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ADVENTO 2010 Reflexões sobre o nosso mundo através do olhar das crianças Conservando vivo um grande tema do Capítulo Geral XXI

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Page 1: Advent Booklet PT 2010 - Marist Brothers · 3 Mensagem de AGRADECIMENTO a todos os que contribuíram para o livrinho deste ano Com base no tema do Capítulo geral do ano passado,

ADVENTO 2010   

Reflexões sobre o nosso mundo através do olhar das crianças  

Conservando vivo um grande tema do Capítulo Geral XXI    

                

  

                                          

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 Mensagem de AGRADECIMENTO a todos os que contribuíram para o livrinho deste ano  

Com base no  tema do Capítulo  geral do ano passado, entramos em  contato com muitas pessoas de diversos países para colhermos algumas reflexões das crianças.  Solicitamos  que  as  crianças  nos  dissessem  algumas  preocupações acerca do nosso mundo e quais são as suas esperanças para o futuro.   Ficamos  gratos  às  muitas  crianças  que  responderam  ao  nosso  pedido. Recebemos muito mais reflexões do que as que constam no livrinho, pelo que agradecemos efusivamente a todos os que participaram.  Inserimos  especial  agradecimento  àqueles que nos  auxiliaram  a  reunir  essas reflexões, segundo se explicita na lista abaixo.    Austrália  Ir. Mark Murphy, Gail Coates,  Ir. Paul Kane, Dr. Paul Hine, 

Christine McCabe, Ir. Paul Gilchrist e John Healy. Camboja    Ir. Brian Kinsella. Região Pacífico  Ir. David McDonald e Ir. Nevil Bingley. Paraguai    Gloria Dávalos. Malawi    Ir. Nicholas Banda. Catalunha    Albert Salazar, Karmentxu Balugo, Marta Portas, Ir. Manuel 

Mendoza. Brasil    Ir. Vicente Falqueto. Colômbia    Ir. Carlos Alberto Rojas Carvajal.  

Um muito obrigado, por fim, àqueles que traduziram o  livrinho nas diferentes línguas.

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“Vendo o mundo através do olhar de uma criança pobre” [Superior Geral: No discurso de abertura do Capítulo Geral XXI, 7 Set. de 2009]

 

  

Narrando a sua história

Transformando os nossos corações

Mudando as suas vidas

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O Tempo do Advento 

Antecipação e Esperança 

Dennis Bratcher 

Advento é o começo do Ano Eclesiástico para a maioria das Igrejas de tradição ocidental.  Ele  começa  quatro  domingos  antes  do  dia  do  Natal,  isto  é,  no domingo mais próximo de 30 de novembro, e se encerra na véspera de Natal (24 de dezembro). Se a véspera de Natal cai no domingo, este se conta como quarto domingo do Advento,  com a véspera de Natal  começando no pôr do sol.  

As Cores do Advento 

Historicamente, a primeira cor do santuário do Advento é o roxo. Esta é cor de penitência e jejum, como também a cor da realeza, para dar as boas‐vindas ao Rei. A púrpura do Advento é também a cor do sofrimento, usada na Quaresma e na Semana Santa.  Isso aponta  importante conexão do nascimento de  Jesus com a  sua morte. A natividade e a encarnação não podem  ser  separadas da crucifixão. O escopo da vinda de Jesus ao mundo, “do Verbo feito carne” que veio  morar  conosco,  é  revelar  a  Deus  e  a  sua  graça  para  o  mundo,  por mediação  da  vida  e  do  ensino  de  Jesus, mas  também  por mediação  do  seu sofrimento, morte e ressurreição. Para refletir esta ênfase, originariamente, o Advento era  tempo de penitência  e  jejum, muito  similar  à Quaresma  e, por isso, partilhava a cor do tempo quaresmal. 

Nas quatro semanas do Advento, o terceiro domingo vem a ser um tempo de alegria e que era quase o  fim do  jejum. A mudança do  roxo para o  róseo no terceiro domingo do Advento reflete essa diminuição da ênfase na penitência para dirigir a atenção à celebração festiva. 

Recentemente, ainda assim, o Advento teve mudança de ênfase, que se reflete na mudança de  cor usada  em muitas  Igrejas.  Exceto nas  Igrejas Orientais, o aspecto de penitência desse tempo foi substituído, quase de todo, pela ênfase na esperança e na antecipação. 

Mesmo assim, isso não elimina todo o senso de penitência deste tempo. Com o foco no Advento ou chegada de Jesus, especialmente em antecipação da sua Segunda  Vinda,  permanece  a  necessidade  de  preparação  para  tal  vinda.  A maioria  das  Igrejas  incorpora  orações  de  confissão  nos  serviços  do Advento 

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que se relacionam com um senso de menos importância, uma vez que estamos antecipando  a  sua  vinda.  É  apropriado,  até  mesmo  nos  serviços  mais tradicionais de adoração, incorporar ditas orações de confissão como parte da antecipação e preparação da festividade. 

O  vermelho  e  o  verde  são  as  cores mais  seculares  do  Natal.  Embora  elas derivem de  velhas práticas europeias de usar  ramos de  sempre‐verdes e de azevinhos  para  simbolizar  a  vida  da  estação  e  a  esperança  trazida  pelo nascimento  de  Cristo  em  um  tempo  frio,  elas  nunca  se  usam  como  cores litúrgicas no Advento, visto que essas cores têm outros usos consagrados em outras partes do ano eclesiástico. 

Ramos de sempre‐verdes e grinaldas de Advento 

O começo do Advento é o tempo de usar o verde na decoração da igreja com grinaldas de sempre‐verdes, ramos ou árvores que ajudam a simbolizar a vida nova  e  perdurável  que  provém  do  Senhor  Jesus.  Algumas  igrejas  têm  um serviço  especial  de  fim  de  semana,  ou  na  véspera  do  primeiro  domingo  do Advento, ou ainda na manhã do primeiro domingo do Advento, em que a igreja é decorada e a grinalda do Advento é posta no  lugar. Com mais  frequência, esse  serviço  é  primariamente  de  música,  particularmente  com  coro  e bimbalhar  de  sinos,  leitura  bíblica  e  com  uma  explanação  dos  diversos símbolos, enquanto são colocados no santuário. 

A  grinalda  ou  coroa  de  Advento  constitui  símbolo  muito popular  do  começo  do  ano  eclesiástico,  em muitas  igrejas  e lares. É uma grinalda arredondada de sempre‐verdes, naturais ou  artificiais,  com  cinco  velas,  quatro  no  entorno  e  uma  no centro. Dado que ela é símbolo e veículo da história do Natal, há várias formas de  compreender o  simbolismo. O preciso  significado que  se dá  aos diversos aspectos  da  grinalda  não  é  tão  importante  como  a  própria  história  que  ela convida a escutar com viva participação. 

Pequenas coisas e possibilidade de uma reflexão de Advento 

Vivemos  num  mundo  em  que  o  maior  e  o  melhor  definem  as  nossas expectativas  em  muitas  coisas  da  vida.  Tanto  nos  enamoramos  do supertamanho, das grandes estrelas e da alta definição, que tendemos a ver a vida através das lentes que tanto engrandecem o que esperamos do mundo; já não damos atenção ao potencial das pequenas coisas. É o profeta Zacarias que nos  relembra  (Zc  4,10)  que  não  devemos  “desprezar  o  dia  das  pequenas 

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coisas”, porque Deus  faz  alguns dos  seus melhores  trabalhos  com pequenas coisas e em situações inefáveis.     

De  fato,  esbarramos  em  humilde  experiência  na  leitura  de  parte  do  Antigo Testamento. Vemos como todos os “heróis” são frágeis e  imperfeitos. Abraão é o covarde que não pode acreditar na promessa. Jacó é o trapaceiro que briga com  todo  o  mundo.  José  é  o  jovem  imaturo  e  arrogante.  Moisés  é  o impaciente assassino que não sabe esperar a hora de Deus. Gedeão é o poltrão adorador  de  Baal.  Sansão,  beberrão  e  adúltero.  Salomão,  homem  sábio  e, paradoxalmente,  com  fases de  riscos.  Ezequias,  rei  reformador  e  incapaz de ousar. Por  fim, uma pobre  jovem hebreia de modesta povoação, num  canto remoto do grande Império.  

Nunca deixo de me espantar com o  fato de que Deus, muitas vezes, começa com  coisas  pequenas  e  com  gente  inadequada.  Por  certo  Deus  poderia escolher  coisas  “maiores” e pessoas  “melhores” para  a  sua obra no mundo. Ainda assim, se Deus pode valer‐se deles e até mesmo se revela por mediação deles de modo  tão maravilhoso, Ele  também pode valer‐se de mim, em que pese  a minha  inadequação  e modesto  espírito  e, muitas  vezes,  de  pouca  fé como sou. Isso implica que devo cuidar‐me, porque, da minha parte, não posso traçar  limites ao que Deus pode  fazer com  tão pequena coisa, com pessoa a mais  improvável, na mais desesperadora das circunstâncias. Pondero que  isso faz parte da maravilha da festa do Advento.  

Estou convencido de que uma das maiores finalidades da Encarnação de Jesus foi prover o mundo de esperança. Ao passo que, hoje, a maioria das pessoas tende a meditar antes na morte de Jesus e na reparação dos pecados, a Igreja primitiva  celebrava  a  Ressurreição  e  a  esperança  implicada  nesse  milagre fundamental da fé. Era a proclamação de uma verdade que permeia o Antigo Testamento, vale dizer, que o  fim não sempre é o  fim, senão a oportunidade de  Deus  para  dar  partida  a  novo  começo.  A  Ressurreição  proclamava  tal verdade mesmo acerca do maior medo do ser humano, a morte.   

Tanto a estação do Advento como a estação da Quaresma se reportam ambas à esperança. Não se versa a mera esperança de um dia melhor ou de menor sofrimento,  embora  isso  também  seja  importante.  Versa‐se  a  esperança  de que  a  existência  humana  tem  sentido  e  possibilidade  além  da  presente experiência; é a esperança de que as nossas vidas não são tão estreitas como as achamos. O  importante aqui não é o nós senão Deus, porque Deus é Deus de novas coisas e, assim, tudo se torna possível (Is 42,9; Mt 19,26; Mc 14,36).  

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O povo de Deus, no século primeiro, queria que Ele chegasse e mudasse a sua opressiva  situação  e  se  queixava,  quando  tais  circunstâncias  não mudavam. Isto,  porém,  é  visão  míope  da  natureza  essencial  da  esperança.  A  nossa esperança não pode ser colocada nas circunstâncias, não importa quão nocivas nos pareçam ou quão  importantes  sejam para nós. A  realidade da existência humana, com a qual o  livro de Jó parece medir forças, é que o povo de Deus experimenta  uma  vida  física  como  os  demais.  Os  cristãos  ficam  doentes  e morrem, são vítimas de violentos crimes; os cristãos são feridos e mortos nos acidentes de trânsito, nas bombas, na guerra e, em algumas partes do mundo, sofrem fome. 

Caso a nossa confiança seja posta nas circunstâncias que definimos como boas, ou  que  almejamos  tais,  para  a  nossa  felicidade,  sempre  seremos desapontados.  Eis  por  que  temos  de  pôr  a  nossa  confiança  em Deus  e  não nelas. Ao  longo de quatro mil anos, sem cessar, Ele se revela como o Deus da novidade, da possibilidade, da redenção, da recuperação ou transformação da possibilidade,  a  partir  de  fins  que  ultrapassam  o  nosso  pensamento  ou imaginação  (Ef  3,2). O melhor  exemplo  disso  é  a  própria  crucifixão,  seguida pela ressurreição. A sombra da cruz alcança até mesmo a manjedoura. 

Ainda assim, tudo começa na esperança de que Deus vai vir de novo ao nosso mundo, para revelar‐se como o Deus da novidade, da possibilidade, o Deus das novas  coisas.  Nesta  estação  do  ano  contemplamos  a  esperança  em  corpo, matéria  e  carne,  no  recém‐nascido,  como  perfeito  exemplo  de  novidade  e padrão  novo.  No  Advento,  ansiamos  por  tal  novidade  com  a  esperança  e expectativa, melhor dizendo, com fé em Deus de que Ele continua fiel em ver a nossa  situação, escutar os nossos gritos,  conhecer o nosso ardente anelo de um  mundo  melhor  e  vida  plena  (Ex  3,7).  E  esperamos  que  Ele,  que  veio primeiro, como criança, venha de novo como Rei. 

A  experiência me  diz  que  aqueles  que  sofreram,  sem  perder  a  esperança, compreendem  melhor  a  Deus  e  a  própria  vida  do  que  aqueles  que  não sofreram. Deve ser assim a verdadeira esperança: modo de viver, não apenas de sobreviver; mas viver autenticamente, no meio de  todos os problemas da vida  com  Fé que  continua a  ver a possibilidade, quando  já não há evidência disso,  precisamente  porque  Deus  é  Deus.  Eis  a  maravilha  do  tempo  do Advento. 

  

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ORAÇÃO DO ADVENTO  

Cremos que o Filho de Deus veio a nós. Desejamos que Ele venha de novo.  A sua vinda nos traga a luz da sua santidade,  E a sua bênção nos liberte.   R. Amém.   Possa Deus tornar‐nos resolutos na fé,  alegres na esperança e constantes no amor,   todos os dias da nossa vida.   R. Amém.   Alegramo‐nos porque o nosso Redentor veio viver conosco, como nós.  Quando Ele vier de novo na glória,  recompense‐nos com a vida imortal.   R. Amém.   O Deus onipotente nos abençoe,  Pai e Filho e Espírito Santo.   R. Amém.  

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28 de novembro de 2010 Domingo, primeira semana do Advento

  

Leituras:  Isaías 2,1‐5   Romanos 13,11‐14   Mateus 24,37‐44 

   “Parem de poluir o 

ambiente agora.”  

 JP Avau  ‐ Idade 12 anos 

Samoa 

Deus  criou o mundo e o  fez bonito. Ele  também fez o arvoredo cheio de cor, o céu azul, as estrelas brilhantes de noite e o sol que levanta de manhã. Ele  fez  tudo  bonito  no  nosso  entorno,  para  que pudéssemos apreciar a vida. Assim, o meu aviso é este: “Parem de poluir o ambiente agora. Plantem mais  árvores,  para  que  tenhamos mais  oxigênio, porque  já  não  há  árvores  e  vai  faltar  oxigênio  e vamos  morrer.  Temos  de  guardar  o  nosso ambiente  limpo”. Por exemplo, no mangue vivem animais marinhos  e  dele  retiram  o  alimento  no nosso  país.  O  peixe  é  um  dos  nossos  alimentos favoritos, que pode ser cozido de diversos modos. Assim, se poluímos e danificamos o seu alimento e as áreas do seu abrigo, a população de peixes vai decrescer  e  teremos menos  carne  de  peixe  para comer. No nosso país, uma das importantes fontes de renda é o turismo. Os turistas são encorajados a vir por causa das muitas belezas do nosso país e, em particular, pelo encanto da sua limpeza. Assim, mantenhamos o nosso país limpo e lindo. 

  

Convenção sobre os direitos da criança (Sínteses)  Artigo 1: Definição de uma criança Uma criança é reconhecida como sendo uma pessoa com menos de 18 anos de idade,  independentemente das  leis nacionais que  reconhecem a maioridade, antes dessa idade. 

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29 de novembro de 2010 Segunda-feira, primeira semana do Advento

  

Leituras:  Isaías 4,2‐6   Mateus 8,5‐11 

«O mundo hoje está precisando conhecer a palavra de Deus para 

viver em paz.» 

De  modo  geral,  vejo  o  mundo  como  um  simples espaço  onde  o  homem  está.  Desse  modo,  posso afirmar  que  o mundo  não  está  se  desenvolvendo, mas  sim  sendo desenvolvido.  Infelizmente essa é a verdade:  as  oportunidades  que  o  mundo  oferece estão muito  longe  da  realidade  de  um mundo  do século  XVIII,  quando  as  oportunidades  eram  dadas de  acordo  com  o  homem.  Hoje  é  diferente,  as oportunidades  estão  sendo  dadas  dependendo  do conhecimento da  tecnologia  e do  avanço  global. O mundo hoje está precisando conhecer a palavra de Deus para viver em paz. As pessoas não têm Deus no coração e  ficam praticando o mal. Se eles  tivessem Deus no coração tudo seria melhor. O mundo muda com a gente!  

Mônica Maria, 17 anosBrasil

Artigo 2: Não discriminação Todas  as  crianças  têm direitos, não  importa quem elas  são, onde  vivem, o que fazem  seus  pais,  que  língua  falam,  de  que  região  provêm,  se  são meninos  ou meninas, qual é sua cultura, se elas  têm alguma deficiência, se elas são  ricas ou pobres e de que tipo de família são originárias.  

Artigo 3: Os melhores interesses da criança Todas as organizações que se ocupam das crianças devem trabalhar tendo como objetivo  realizar o que seja o melhor para cada criança. Os Estados  (referindo‐se aos países que assinaram e ratificaram a Convenção) devem providenciar para que a  criança  tenha  um  cuidado  adequado,  quando  os  pais  ou  outras  pessoas encarregadas dessa responsabilidade deixam de fazê‐lo.  

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30 de novembro de 2010 Terça-feira, primeira semana do Advento

 

 

Leituras:  Isaías 11,1‐10   Lucas 10,21‐24 

 “Há pessoas muito diferentes; mas, se 

juntos colaboramos, poderemos fazer de 

modo que nosso mundo seja melhor.” 

 

Eu  vejo  o mundo  de  vários modos. Do  ponto  de vista de nossa sociedade, o mundo pode ser  feliz, com  uma  vida  fácil  e  trabalhando  para  que  seja assim. Mas pode  ser  também um mundo  injusto, de desconfiança, com um desnível  imenso entre a pobreza  e  a  riqueza.  Um mundo  triste,  cheio  de conflitos e de guerra. Um mundo invisível, egoísta, em que os habitantes  lutam para sobreviver, mas pensam  apenas  em  si  e  não  naqueles  que  são necessitados.  Tudo  somado,  é  um  mundo  com luzes e sombras. É preciso também ver de positivo que  aqueles  que  têm  um  coração  aberto contribuem para um mundo solidário. Há pessoas muito  diferentes;  mas,  se  juntos  colaboramos, poderemos  fazer de modo que nosso mundo seja melhor.  

Gemma – 14 anos – 14 anosCatalunha ‐ Espanha

 Artigo 4: Direitos na prática Os  Estados  têm  a  responsabilidade  de  aplicar  os  direitos  explicitados  na Convenção.  Artigo 5: Orientação dos pais e desenvolvimento das habilidades da criança O  Estado  deve  respeitar  os  direitos  e  as  responsabilidades  dos  pais  e,  por extensão,  da  família,  proporcionando  orientação  para  que  as  crianças  se desenvolvam, ensinando‐lhes como usar corretamente seus direitos.  

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Primeiro de dezembro de 2010 Quarta-feira, primeira semana do Advento

  

Leituras:  Isaías 25,6‐10a   Mateus 15,29‐37 

 

“Sinto‐me egoísta, por aumentar o meu 

consumismo.” 

  

 

Creio  que  o  mundo  está  sofrendo,  porque tratamos  mal  o  planeta  em  que  vivemos.  As pessoas estão  intoxicando o nosso ambiente com venenos  nocivos  e  produtos  químicos  sem controle  rigoroso;  as  pessoas  estão  sob  forte pressão  para  minimizar  a  produção  de  gases‐ estufa e proteger a camada de ozônio, para que as futuras  gerações  possam  usufruir  um  estilo  de vida saudável, nos muitos anos que vêm; mas não vejo  que  sejam  feitas  mudanças.  Penso  que  o nosso  mundo  já  sofreu  demais  e  o  estamos ultrapassando  os  limites.  Temos  de  parar  com tanto descaso.  As pessoas têm coisas demais hoje em dia. Sinto‐me  egoísta,  por  aumentar  o  meu  consumismo. Todos  estão  vivendo  um  estilo  de  vida de muita pressão por luxo; a violência na nossa sociedade é horrível;  as  crianças  já  não  se  sentem  seguras. Como  pode  acontecer  que  eu  viva  aqui,  na Austrália, com mais alimento do que o necessário, se existem crianças, em outros países, vivendo em pobreza  extrema,  desprovidas  de  tudo?  Alguma coisa  ou  muita  deve  ser  feita  em  favor  dessas crianças.  

Brianna,15 anosAustrália

Artigo 6: Direito à vida, à sobrevivência e ao desenvolvimento Toda  criança  tem  o  inerente  direito  à  vida. Os  Estados  têm  a  obrigação  de assegurar a sobrevivência e o desenvolvimento da criança. 

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2 de dezembro de 2010 Quinta-feira, primeira semana do Advento

  

Leituras:  Isaías 26,1‐6   Mateus 7,21, 24‐27 

     

“Amor sem fronteiras”  

 

Para mim a visão de um mundo novo significa um mundo  onde  não  se  declare  guerra  a  outro  ser humano, mas à fome, à pobreza, à corrupção e à ignorância.  Um mundo  novo  é  aquele  que  se  constrói  com heróis  anônimos  que  lutam,  dia  a  dia,  sem importar‐se  da  chuva,  do  cansaço  ou  do  frio,  e ajudam os outros, sem importa‐se da classe social e da cor das pessoas; heróis que têm como armas, não  as  metralhadoras  ou  as  bombas,  mas  um AMOR SEM FRONTEIRAS.    

 Víctor Hugo, 13 anos

Paraguai Artigo 7: Nome e nacionalidade Todas as crianças têm o direito a serem legalmente registradas com um nome, imediatamente após o nascimento. A criança também tem o direito de adquirir a nacionalidade e, tanto quanto possível, a conhecer seu pai ou seus pais, e a ser cuidada por eles.  Artigo 8: Identidade O Estado tem a obrigação de respeitar a identidade, a nacionalidade e os laços familiares da criança.  

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3 de dezembro de 2010 Sexta-feira, primeira semana do Advento

 

 

Leituras:  Isaías 29,17‐24   Mateus 9,27‐31 

 

“Sou sortudo em ter o que tenho.”  

  

 

A minha vida é o máximo;  sou  sortudo em  ter o que  tenho.  Infelizmente,  algumas  pessoas  não possuem  tudo o que  tenho. Algumas  vezes,  vejo mendigos  com  os  seus  filhos  na  rua  ou  na televisão. Outras vezes, eu me pergunto por que a vida deles os deixa em tal situação. Há momentos em que  vejo  famílias  ricas  brigar  por  aquilo  que têm, envergonhando‐se de  tanta  riqueza. Desejo que  as  crianças  do  mundo  saibam  não  ter vergonha  do  que  têm,  mas  que  saibam reconhecer  a  sua  sorte  e  escolham  fazer  uso criterioso da vida para si e para o próximo.   

Melini, 11 anosFiji

 Artigo 9: Separação dos pais A  criança  tem  o  direito  de  viver  com  seus  pais,  desde  que  isso  não  seja incompatível com os melhores interesses da criança. As crianças têm o direito de manter contato com os pais, se separadas de um deles ou de ambos.  

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4 de dezembro de 2010 Sábado, primeira semana do Advento

  

Leituras:  Isaías 30,19‐21, 23‐26   Mateus 9,35‐10,1, 6‐8 

 

“Por todo o mundo pode haver lugar 

maravilhoso...”  

 

Por todo o mundo pode haver lugar maravilhoso; mas  as pessoas  estão  ficando  insaciáveis;  é  fácil para  os  países  abusarem  dos  recursos  naturais. Por exemplo, os Estados Unidos da América, com 4,5%  da  população  do mundo  utilizam  30%  dos recursos do mundo. A coisa não é sustentável; as futuras  gerações  vão  sofrer  por  causa  disso. Espero  que  as  nações  possam  trabalhar  juntas para que haja paz no mundo.  

 George, 17 anos

Papua‐Nova Guiné

 Artigo 10: Reunificação familiar As  famílias  que  vivem  em  diferentes  países  devem  poder  circular  entre  os países,  para  que  os  pais  e  as  crianças  possam  estar  em  contato  ou  se reunificarem enquanto família.  

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5 de dezembro de 2010 Domingo, segunda semana do Advento

  

Leituras:  Isaías  11, 1‐10   Romanos 15, 4‐9   Mateus 3, 1‐12 

 

“No meu mundo romântico, quero ser uma moça que ajuda as pessoas 

que têm necessidade de mim.”

Na  minha  casa  há  um  mundo romântico,  bom  comportamento  e boas  maneiras.  Eu  desejo  a  todos esse  tipo  de  mundo,  do  fundo  do meu  coração.  Interessante, esta é  a minha  vida,  porque  quero  ser  uma moça cristã. Em minha casa levo vida de menina  comum,  igual  às  outras. No meu mundo romântico, quero ser uma moça que ajuda as pessoas que têm  necessidade  de  mim.  Tendo esse tipo de mundo no meu coração, consigo  vê‐lo  e  transformá‐lo  num mundo de ouro, na presença do meu Senhor.  

Tunuataake, 12 anosKiribati

 

Artigo 11: Transferência e não retorno O Estado deve tomar as providências para prevenir o sequestro ou a retenção ilegal das crianças no estrangeiro, por um dos pais ou por um terceiro. 

 

 

 

 

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6 de dezembro de 2010 Segunda-feira, segunda semana do Advento

  

Leituras:  Isaías 35,1‐10   Lucas 5,17‐26 

     

“Podemos ser a diferença de que o mundo necessita.” 

 

 

 

O  meu  olhar  vê  o  mundo  como  oportunidade. Todos nós temos a ocasião de ser o que queremos ser. Podemos mudar o que vemos, para que fique como o queremos ver. Até mesmo podemos ser a diferença  de  que  o  mundo  necessita.  Temos  a habilidade  de  efetivar  a  mudança;  a  questão decisiva é escolher para o bem e não para o mal. Todos  nós  sabemos  que  o mundo  necessita  de mudança. Por exemplo, podemos ajudar os outros e tornar‐nos amigo compassivo ao invés de odioso inimigo.   Por ora a minha única esperança é  ser a melhor pessoa  que  posso  ser.  Não  me  comparo  com ninguém, porque Deus me fez quem eu sou e não para  ser  alguém  outro.  A  minha  esperança  de futuro consiste em conseguir fazer uma diferença. Como efetivar isso não sei, pelo menos não estou segura 100%; mas eu sei que nasci para fazer uma mudança.   

Imogen,15 anosAustralia

  Artigo 12: A opinião da criança A  criança  tem  o  direito  de  expressar  a  sua  opinião  livremente  e  a  ter  essa opinião levada em consideração em assuntos ou procedimentos que afetem a criança.  

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7 de dezembro de 2010 Terça-feira, segunda semana do Advento

  

Leituras: Isaías 40,1‐11 Mateus 18,12‐14  

“É muito importante tomar cuidado da terra.”

  

Yorn, 17 anosCamboja

  

Vejo um mundo maravilhoso ao  redor de mim:  florestas,  rios,  lagos,  animais silvestres. É o lugar que os estrangeiros vêm  visitar,  para  contemplar  as  belas coisas que tem o nosso Camboja. Isto é bom,  porque  dá  rendimento  ao  país; eu, porém, me preocupo.  Por  quanto  tempo  vamos  ter  essas lindas  coisas,  se  continuarmos  a maltratar  o  ambiente?  Estamos eliminando  as  nossas  florestas  e poluindo  os  nossos  rios;  enquanto  as pessoas  do  lugar  estão  sofrendo,  as empresas  constroem  hotéis modernos para os turistas. Assim, desejo para o futuro que todos, em  toda  a  parte,  compreendam  quão importante é cuidar da terra, para que, tanto  eu  como  os  meus  amigos, tenhamos  água  limpa,  ar  puro,  e  a minha  família  possa  produzir  o alimento  de  que  necessita  para sustentar‐se e melhorar de vida.  

 Artigo 13: Liberdade de expressão A  criança  tem  o  direito  de  expressar  a  sua  visão,  de  obter  informação,  de informar e de conhecer, apesar das  fronteiras, e no  respeito aos direitos dos outros, da ordem pública, da saúde e da moral públicas. 

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8 de dezembro de 2010 

Quarta-feira, Imaculada Conceição (Solenidade)

  

Leituras:  Gênesis 3,9‐15, 20   Efésios 1,3‐6,11‐12   Lucas 1,26‐38 

“Hoje contemplamos a humilde jovem de 

Nazaré...” 

  

Tiepolo.  Imaculada Conceição  

A  solenidade  da  Imaculada  Conceição  da  Virgem Maria é festa muito cara ao povo cristão. Ela combina com  o  Advento  e  irradia  a mais  pura  luz  na  nossa viagem espiritual para o Natal. Hoje contemplamos a humilde  jovem  de  Nazaré.  Ela,  por  privilégio extraordinário e  inefável, foi preservada do contágio do pecado original e de  toda a  falta, de modo que pudesse ser digna morada do Verbo Encarnado. Em Maria, nova Eva, Mãe do Novo Adão, o maravilhoso plano  de  amor  do  Pai  foi  restabelecido  de  modo ainda mais maravilhoso.  Eis  por  que  a  Igreja,  com gratidão,  aclama:  Pela  vossa  mediação,  Imaculada Virgem,  foi‐nos  devolvida  a  vida  que  havíamos perdido. Recebestes do céu um Filho e o entregastes ao mundo como Salvador.    

João Paulo II, 2000    

 Artigo 14: Liberdade de pensamento, de consciência e de religião O governo nacional deve respeitar o direito da criança à liberdade de pensamento, de consciência e de religião, sujeita a uma apropriada orientação dos pais e respeitando‐se os direitos dos outros, a ordem, a saúde e a moral públicas. 

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9 de dezembro de 2010 Quinta-feira, segunda semana do Advento

  

Leituras: Isaías 41,13‐20 Mateus 11,11‐15 

 “Vejo o mundo como lugar em 

que as pessoas se esforçam em fazer o que têm por 

cumprir.” 

Vejo  o  mundo  como  lugar  em  que  as pessoas  se  esforçam  em  fazer  o  que  têm por  cumprir. O mundo  é  um  lugar  lindo  e querido;  as  pessoas,  algumas  vezes,  o desejam umas às outras.     Por  ora,  a minha  esperança  é  tentar,  com todo  o  empenho,  aprender  dos  demais. Quanto ao futuro, o meu projeto é exercer uma  grade  profissão,  para  poder  servir  ao próximo. O que é divertido, neste exercício, é que você nunca realmente sabe o que de fato  é  o  futuro.  Você  consegue  apenas sonhar com ele.  

Ella, 8 anosAustrália

 Artigo 15: Liberdade de associação. As crianças  têm o direito a encontrar‐se com os outros e a aderir ou  formar  associações.  Artigo 16: Proteção da privacidade As crianças têm o direito à proteção contra interferências à sua privacidade, à de  sua  família,  de  seu  lar  e  de  sua  correspondência,  além  de  calúnias  e difamações.  

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10 de dezembro de 2010 Sexta-feira, segunda semana do Advento

  

Leituras:  Isaías 41,13‐20   Mateus 11,11‐15 

 “Tenho a esperança de que, um dia, todos os 

seres humanos trabalharão unidos...” 

Eu vejo o mundo um tanto mal pela contaminação causada pelos carros, pelas grandes  fábricas, pela contaminação  das  matas  tropicais,  dos  mares, rios,  oceanos,  e  que  são  muito  importantes porque, se não temos água, os seres humanos não poderão viver. Também  a  queima  dos  bosques  e  o  corte  das árvores  prejudicam  os  animais,  as  plantas  e  os seres  humanos.  Tenho  a  esperança  de  que,  um dia,  todos  os  seres  humanos  trabalharão  unidos para  salvar  o  meio  ambiente  e  conseguir  um planeta melhor. 

 Ismael –  9 anos

Chile 

 Artigo 17: Acesso à informação apropriada O governo nacional deve assegurar o acesso das crianças às informações importantes a seu bem‐ estar, provenientes de rádio, jornais, livros, computadores e outras fontes, e tomar as providências para proteger as crianças de materiais danosos. 

 

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11 de dezembro de 2010 Sábado, segunda semana do Advento   

 

«Uma criança é como uma formiguinha, no 

mundo.»  

Uma criança é como uma formiguinha, no mundo. Há muitas  crianças  no mundo, mas  quase  todas pensam  do  mesmo  modo:  querem  a  paz  no mundo, querem que não morra nenhum  familiar seu  ou  de  outros;  sonham  cada  noite  ao  irem  à cama,  ao  se  cobrirem  com  o  cobertor,  ao agarrarem  sua  boneca  de  brincar;  e  sonham,  e sonham  com  o  que  serão  no  futuro,  com  o  que farão, pensam em toda aquela gente que poderão ajudar  ou  atender;  sonham  em  ser médicos,  nas muitas vidas que poderão  salvar, em  ser agentes de polícia e nas pessoas que poderão deter para que  não  cometam  crimes,  e  sonham,  e  sonham com o melhor para todos, porque ainda vivem no mundo de “Peter Pan”; mas logo crescerão e, sem notar, deixarão para  trás esse mundo da  infância e,  talvez,  realizam  o  sonho  que  tinham  quando pequenos;  mas  algumas  se  converterão  em adultos  egoístas,  que  são  os  mais  numerosos neste  mundo;  mesmo  assim,  sempre  haverá algumas formiguinhas que vão continuar a sonhar e ajudarão a melhorar o mundo.  

  Anna – 14 anosCatalunha, Espanha

 Artigo 18: Responsabilidade dos pais Os  pais  têm  a  responsabilidade  primária  de  proporcionar  o  crescimento  da criança e o Estado deverá apoiá‐los nisso.  

Leituras:  Sirac (Eclesiástico) 40,25‐31  Mateus 11,28‐30 

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12 de dezembro de 2010 Domingo, terceira semana do Advento

  

Leituras:  Isaías 35,1‐6.10   Tiago 5,7‐10   Mateus 11,2‐11 

 

      

Sinto que a  terra está  sob uma  grande  ameaça, com a pesada poluição do ar ao nosso redor. Ao mesmo  tempo,  as  fontes  naturais  estão  sendo reduzidas, causando mudanças no clima, a ponto de não colhermos tantos cereais como antes. Isso leva as pessoas a viverem com fome e na miséria. Na educação, o número de alunos está crescendo mais  rápido  do  que  o  número  de  professores, fazendo  com que  aumente o número de  alunos por  classe.  O  desemprego  também  está crescendo muito. 

Joel – 11 anos   Maláui

 Penso que existe uma  inadequada distribuição das riquezas da terra. Existem pessoas que têm mais do que precisam, enquanto outras vivem em  uma  desesperada  pobreza.  Isto  é  verdade também  no  que  se  refere  às  necessidades básicas  de  alimento,  proteção,  vestuário  e condições de educação. 

 Yankho – 10 anos

Maláui

               

Artigo 19: Proteção contra abusos e a negligência Os Estados membros deverão proteger a criança de toda forma de maus tratos por  parte  dos  pais  ou  outros  responsáveis  por  cuidar  dela,  devendo estabelecer programas sociais apropriados para a prevenção de abusos e para o tratamento das vítimas. 

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13 de dezembro de 2010 Segunda-feira, terceira semana do Advento

  

Leituras:  Números 24,2‐7a.15‐17a   Mateus 21,23‐27 

 “Muitos saberão que também há muitas famílias e crianças, pelas ruas, pedindo 

esmola...”  

 

Na verdade, não vejo o mundo muito bom; vejo‐o,  sim, muito  descuidado  porque  talvez  todos sabem  que  há  muitas  guerras,  violações, seqüestros,  tráfico  não  apenas  de  drogas, mas também de crianças, jovens, mulheres e outros. O  ambiente  também  não  vai muito  bem;  está muito  contaminado,  quase  ninguém  se preocupa  com  isso,  inclusive eu. Muitos  sabem que  há  também  numerosas  famílias  e  crianças que  estão  pelas  ruas,  pedindo  esmola,  ou crianças  órfãs  e  sem  lar;  ou  seja,  crianças  que não  têm  uma  alimentação  adequada,  um  lar digno para viver e estudar. Em  síntese,  gostaria  que  no  mundo  houvesse ‘PAZ E AMOR’, e assim eu estaria de acordo com o mundo, em  liberdade, segurança e otimismo, sem  que  ninguém  seja  privado  de  nada.  Não deve haver desigualdade nem discriminação.  Mudar o mundo depende de todos nós.  

  Liz Andrea – Idade 13 anosParaguai

 Artigo 20: Proteção de uma criança sem família As crianças têm o direito a um cuidado especial e à ajuda se elas não podem viver  com  suas  famílias.  Aqueles  que  cuidam  dessas  crianças,  inclusive instituições e outras famílias, devem respeitar a religião, a cultura e a língua da criança. 

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14 de dezembro de 2010 Terça-feira, terceira semana do Advento

  

Leituras: Sofonias 3,1‐2.9‐13 Mateus 21,28‐32 

 “Tudo o que eu queria é que as pessoas tivessem um coração e mostrassem ao mundo quanto 

elas são cuidadosas.”

Vejo  o  mundo  onde  as  pessoas  sofrem. Tudo  o  que  eu  queria  é  que  as  pessoas tivessem  um  coração  e  mostrassem  ao mundo  quanto  elas  são  cuidadosas.  Eu quero que este mundo mude e nós somos aqueles que o  farão mudar, para mostrar o  quanto  zelamos  pelas  pessoas,  e  pelo nosso  mundo.  Tudo  o  que  eu  tenho  a fazer  é  ajudar  os  necessitados,  e  assim nosso mundo será um lugar melhor. 

Mametaaki ‐ 17 anos de idadeKiribati

 Artigo 21: Adoção Em  países  onde  a  adoção  é  reconhecida  e/ou  admitida,  esta  deve  apenas realizar‐se no melhor  interesse da  criança e  somente  com a autorização das autoridades competentes, com todas as salvaguardas para a criança.  Artigo 22: Crianças refugiadas Especial proteção deve ser garantida à criança refugiada ou à criança em busca do  estatuto  de  refugiada.  Cooperar  com  as  organizações  competentes  que podem providenciar tal proteção e assistência é obrigação do Estado.  Artigo 23: Crianças deficientes Uma  criança  deficiente  tem  o  direito  a  cuidados,  educação  e  treinamentos especiais  que  a  ajudem  a  usufruir  inteira  e  decentemente  da  vida  com dignidade,  acedendo  tanto  quanto  possível,  aos  maiores  graus  de autorrealização e de integração social. 

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15 de dezembro de 2010 Quarta-feira, terceira semana do Advento

  

Leituras: Isaías 45,6b‐8.18.21b‐25 Lucas 7,18b‐23 

 “Nossa vida está ameaçada por 

doenças como HIV e AIDS, sarampo e tuberculose...” 

 

 

Nossa  vida  está  sob  a  ameaça  de doenças  como  HIV  e  AIDS,  varíola  e tuberculose, que estão  fora de  controle e matam  muitas  pessoas.  A  população cresceu  também,  levando  as  pessoas  a cortarem  indiscriminadamente  as árvores  para  fazer  combustível  de carvão,  deixando  as  florestas  peladas  e provocando a erosão do  solo. Tudo  isto nos  deixa  espantados  sobre  como  as futuras gerações irão sobreviver.  Sentimos  também  que  os  níveis  do desemprego  desencorajam  aqueles  que estão nas escolas. Achamos que não há necessidade  do  ensino,  dado  que podemos  não  encontrar  emprego, terminado o curso. O que nos dá esperança é que a escola primária é gratuita e  temos a dedicação dos professores em nossas escolas.  

James – 15 anos de idade e William – 13 anos de idade

MaláuiArtigo 24: Saúde e serviços de saúde As  crianças  têm  o  direito  de  aceder  ao melhor  índice  possível  de  cuidados relativos  à  saúde  e  à medicina.  Os  governos  devem  providenciar  um  local especial,  onde  serão  proporcionados  os  cuidados  primários  e  preventivos relativos à  saúde, uma educação  sanitária pública e uma efetiva  redução da mortalidade infantil. 

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16 de dezembro de 2010 Quinta-feira, terceira semana do Advento

  

Leituras:  Isaías 54,1‐10   Lucas 7,24‐30 

 “Para mim, o mundo é assombroso, em todos 

os sentidos da palavra.”  

 Diana Maria – 14 anos 

Chile 

Para  mim,  o  mundo  é  assombroso,  em  todos  os sentidos da palavra. Nele, podemos ver o Criador e todas  as  suas  obras  de  arte;  e  que  obra  de  arte melhor do que nós, o ser humano, o único ser capaz de raciocinar, mas... tal raciocínio, sabemos usá‐lo? Queremos casas maiores, mas famílias menores. Há sempre  mais  profissionais,  mas  também  mais problemas.  Podemos  construir  grandes  edifícios, mas  não  construímos  lares,  e  é  no  lar  onde  tudo começa.  Entretanto,  nem  tudo  é  como  afirmei; existem  também  coisas  maravilhosas  como  a natureza,  a  diversidade  de  pensamento  e  de conhecimento, o poder da mente humana, o desejo de aprender e de partilhar, viver os valores e sentir‐se orgulhoso com o que conseguimos. Com  isso quero dizer: Sorriam! Vamos partilhar em comunidade!  Valorizar  tudo  o  que  temos, especialmente nossos  seres queridos; agradeçamos a todos os que tornam possível este mundo; e antes de tudo, demos graças também a Deus. 

 Artigo 25: Periódica revisão dos internamentos Uma  criança, que  é  encaminhada pelo  Estado, por  razões de  zelo, proteção ou tratamento,  a  uma  instituição  ou  estrutura  onde  receberá  os  cuidados  de  que necessita,  tem  o  direito  a  ter  esse  local  de  internamento  regularmente inspecionado.  Artigo 26: Seguridade social A criança tem o direito ao benefício do seguro social, incluindo a assistência social. 

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17 de dezembro de 2010 Sexta-feira, terceira semana do Advento

 

 

 

“Eu vejo o mundo como uma aventura.” Eu vejo o mundo como uma aventura. Eu gostaria que  todos  os  meninos  e  meninas  tivessem  uma escola para aprender a  ler, a escrever, a somar, a subtrair... E a  família  tendo uma  casa. As pessoas deveriam ajudar‐se, amar‐se e cuidar das plantas. Nós  deveríamos  seguir  o  caminho  que  Jesus  nos ensinou para construir o Reino de Deus sobre esta terra. 

Olga – 9 anosCatalunha, Espanha

 

“Devemos investir para melhorar as coisas...” O mundo não está em seu melhor momento. Vejo‐o contaminado por causa das  fábricas; há crise, o aquecimento  global;  desperdiçamos  papel  e papelão.  Não  reciclamos,  não  reutilizamos  as coisas;  não  respeitamos  a  terra  e  os  outros. Devemos  investir  para  que  tudo  vá melhor,  para reduzir  a  poluição;  desse  modo,  nossas  crianças poderiam desfrutar deste mundo.  

Martí – 10 anosCatalunha, Espanha

Artigo 27: Padrão de vida Toda  criança  tem  direito  a  um  padrão  de  vida  adequado  ao  seu desenvolvimento  físico,  mental,  espiritual,  moral  e  social.  Os  pais  têm  a primária  responsabilidade  de  assegurar  que  a  criança  tenha  um  adequado padrão de vida e os governos devem assistir os pais a esse respeito. 

Leituras:  Gênesis 49,2, 8‐10  Mateus 1,1‐17 

 

 

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18 de dezembro de 2010 Sábado, terceira semana do Advento

  

Leituras: Jeremias 23,5‐8 Mateus 1,18‐25 

 “ A dedicação de nossos 

professores nos dá esperança…”

 

Nosso objetivo é a mudança do clima, pois há menos  chuva  e  às  vezes  ela  é  imprevisível, prejudicando  o  crescimento  dos  cereais. Talvez  os  professores  não  nos  ensinem  bem sobre  alguns  assuntos,  como  as  matérias ligadas ao ambiente e aos temas sociais, para que  a  gente  possa  compreender  melhor  o meio ambiente.  O que nos dá esperança  são os esforços dos mais velhos e do governo para se certificarem de que nossa educação está assegurada, com a construção de mais escolas secundárias e a doação  de  equipamentos.  Isto  acontece  no Maláui,  mas  parece  que  acontece  também em  outros  países.  A  dedicação  de  nossos professores nos dá esperança de que teremos um bom ensino.  

Stonly ‐ 13 anos de idade e Katte ‐ 12 anos de idade

Maláui

Artigo 28: Educação As crianças têm direito a uma educação. É dever do Estado de assegurar que a educação primária seja livre e compulsória; que diferentes formas de educação secundária sejam acessíveis a toda criança; fazer com que a educação superior esteja  disponível  a  todos,  em  base  à  própria  capacidade.  As  disciplinas  nas escolas devem respeitar a dignidade humana das crianças. O Estado deverá se comprometer em cooperar internacionalmente para realizar esse direito.  

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19 de dezembro de 2010 Domingo, quarta semana do Advento

  

Leituras: Isaías 7,10‐14 Romanos 1,1‐7 Mateus 1,18‐24 

 «Eu vejo o mundo como se ele 

estivesse com uma doença, precisando de ajuda.»

“Eu vejo o mundo como se ele estivesse com  uma doença, precisando  de  ajuda. O que mais  se vê nos noticiários  são as consequências do aquecimento da terra, pessoas  que  sofrem  todo  o  tipo  de violência,  injustiça,  muita  corrupção entre  os  políticos,  assassinatos  cruéis, entre  outras  coisas.  Sei  que  existem muitas  pessoas  que  fazem  o  bem,  e  é isso  que  me  faz  acreditar  que  todos esses  problemas  mundiais  possam mudar.  Existem  instituições,  entidades que promovem a paz,  tentam de algum modo  diminuir  os  problemas  da humanidade,  para  que  o  estilo  de  vida de muitas pessoas mude. Basta cada um fazer a sua parte para curar esse mundo de Deus.”  

  Douglas Vinícius – 17 anosBrasil

 Artigo 29: Objetivos da educação A educação deve desenvolver completamente a personalidade e os talentos de cada criança. A educação deverá preparar a criança para uma vida adulta ativa, em uma sociedade livre e zelar para que haja respeito aos pais da criança, por sua identidade cultural, língua e valores, e pelos valores e culturas originais dos outros.  

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20 de dezembro de 2010 Segunda-feira, quarta semana do Advento

  

Leituras:  Isaías 7,10‐14   Lucas 1,26‐38 

 “Nossos cursos d’água estão cheios de lixo e nossos lagos estão 

secando.” 

 Merk – 15 anos 

Camboja 

Juntos para proteger a natureza Atualmente,  vemos  que  no  nosso  mundo  a natureza  está  sofrendo.  Nossos  cursos  d’água estão cheios de lixo e nossos lagos estão secando. Os  animais  selvagens  estão  desaparecendo  de nossas  florestas, e mesmo nossas  florestas estão diminuindo. A maneira como as pessoas exploram os  minerais  não  garante  o  meio  ambiente.  As pessoas  avarentas  estão  tirando  a  madeira  de nossas florestas, sem pensar no futuro. Os  agricultores estão  sofrendo porque  a estação das chuvas está mudando ou as chuvas não caem mais. Muitas pessoas do Camboja vivem na zona rural  e  trabalham  em  pequenas  áreas  de  terra para  produzir  comida  suficiente  para  sustentar suas  famílias.  Quando  as  coisas  vão  mal,  no campo, toda a família sofre. Eu  queria  que  todos  os  povos  do  mundo,  não apenas no Camboja, pensassem no futuro e como poderemos  ajudar  nosso meio  ambiente  através de boas políticas.  

  Artigo 30: Crianças de populações minoritárias ou indígenas As  crianças  de  comunidades minoritárias  e  de  populações  indígenas  têm  o direito  de  usufruir  de  sua  própria  cultura  e  a  praticar  sua própria  religião  e língua.  Artigo 31: Lazer, recreação e atividades culturais A criança tem o direito ao lazer, a brincar e a participar de atividades culturais e artísticas. 

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21 de dezembro de 2010 Terça-feira, quarta semana do Advento

  

Leituras:  Cântico 2,8‐14 ou Sofonias 3,14‐18a   Lucas 1,39‐45 

       

“Penso que a capacidade humana de 

sempre olhar para o alto e ver a linha prateada, 

além das nuvens escuras, é 

surpreendente.” 

Hoje  em  dia,  penso  que  o  mundo  é  um  lugar realmente meio  louco! Uma pessoa  comum  sofre muitas pressões em sua vida, durante as horas de trabalho, na escola, na família e em muitas outras coisas.  Eu  sinto  esses  fatores  que  influenciam nossas vidas de maneira muito significativa.   Penso que a capacidade humana de olhar sempre para o alto e ver a linha prateada além das nuvens escuras  é  surpreendente! Mesmo  que  tenhamos todas  essas  pressões  em  nossa  vida  pessoal  ou profissional, ainda continuamos dispostos a ajudar os necessitados, a marcar presença junto a nossos amigos e amá‐los.  Penso que o mundo neste momento está passando por  tempos  difíceis,  sem  precedentes,  na economia,  no  meio  ambiente  e  com  desastres naturais,  mas  eu  acho  que  o  nosso  mundo  é bonito,  um  presente  único.  Com  grande  força iremos  adiante  e  sairemos  dessa, melhor  do  que nunca.  Sei  que  seremos  fortes  ao  longo  desses tempos  extremamente  duros!  E  sairemos  ainda melhores porque juntamos conhecimento e fé. 

   David ‐ 16 ano

AustráliaArtigo 32: Trabalho infantil A criança tem direito a ser preservada do trabalho que prejudique a sua saúde, sua  educação  ou  seu  desenvolvimento.  O  Estado  deve  determinar  a  idade mínima para o emprego e regular as condições de trabalho. 

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22 de dezembro de 2010 Quarta-feira, quarta semana do Advento

  

Leituras:  1 Samuel 1,24‐28   Lucas 1,46‐56 

 “As crianças têm sofrido 

coisas horríveis...” Estou realmente muito triste com o meu país. As crianças nestes tempos mudaram de cultura e  de  religião.  As  crianças  têm  sofrido  coisas horríveis,  como  violência  sexual,  abusos. Algumas  garotas  venderam  seus  corpos  a homens,  e  outras  acabaram  sabendo  disso.  E não  apenas  garotas,  mas  meninos  também. Devemos proteger nosso corpo e não usá‐lo de qualquer  maneira.  Devemos  realmente  nos preocupar com  tudo  isso, porque essas coisas acontecem verdadeiramente nas Ilhas Fiji. 

Leone Joseph ‐ 11 anos Fijii

 Artigo 33: Abusos da droga As  crianças  têm  o  direito  a  serem  protegidas  dos  danos  das  drogas  e  do envolvimento em sua produção e distribuição.  Artigo 34: Exploração sexual O  Estado  deverá  proteger  as  crianças  da  exploração  e  do  abuso  sexual, incluindo a prostituição e o envolvimento na pornografia.  Artigo 35: Venda, tráfico e abdução É  obrigação  do  Estado  empenhar‐se  para  prevenir  a  venda,  o  tráfico  e  a abdução de crianças.  Artigo 36: Outras formas de exploração A  criança  tem direito  à  proteção  contra  todas  as  formas  de  exploração que possam prejudicar seu bem‐estar e desenvolvimento. 

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23 de dezembro de 2010 Quinta-feira, quarta semana do Advento

  

Leituras:  Malaquias 3,1‐4.23‐24   Lucas 1,57‐66 

 “Os pais não pensam que 

essas crianças podem ajudar o desenvolvimento 

do país.” 

Ao  observar  o  que  algumas  crianças  andam fazendo atualmente,  fico em dúvida  sobre  como será  o  futuro  delas.  São mandadas  para  vender fósforos, chicletes, chips, colares e outras coisas, mas  não  vão  à  escola. Os  pais  não  pensam  que essas  crianças  podem  ajudar  o  desenvolvimento do país. O governo precisa aplicar estritamente a lei que manda as crianças de 5 a 14 anos de idade para a escola. O ensino precisa ser obrigatório, já que  o  governo  paga  as  despesas  e  fornece  o material escolar. 

Justin ‐ 11 anos Samoa

Artigo 37: Tortura e privação da liberdade Nenhuma criança deve ser sujeita à tortura, tratamento cruel ou punição, prisão fora da lei ou privação da liberdade. Tanto a pena capital como a prisão perpétua sem  a  possibilidade  de  liberação  são  proibidas  como  punição  por  ofensas cometidas por pessoas com menos de 18 anos de idade. Qualquer criança privada da  liberdade deverá ser tratada com respeito, de maneira que sejam  levadas em consideração as necessidades de uma pessoa de sua idade. Uma criança privada da liberdade deverá ser separada dos adultos, desde que isso seja feito no seu melhor interesse. Uma  criança detida deverá  ter  assistência  legal  e outras,  assim  como manter contato com a família.  Artigo 38: Conflito armado Os Estados membros devem tomar as providências para assegurar que as crianças com  menos  de  15  anos  de  idade  não  tomem  parte  direta  nas  hostilidades. Nenhuma  criança  com menos  de  15  anos  poderá  ser  recrutada  para  as  forças armadas. As crianças nas zonas de guerra deverão receber especial proteção. 

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24 de dezembro 2010 Sexta-feira, quarta semana do Advento

  

Leituras:  2 Samuel 7,1‐5. 8b‐11. 16   Lucas 1, 7‐79 

 “É tempo de amar‐nos 

uns aos outros. Ser solidários, não só 

financeiramente, mas com palavras, carinho e 

atenção, e dar bons conselhos.” 

Para mim, o Natal é uma data muito especial, pois é o dia do nascimento de Jesus Cristo e o Advento é a espera  do  seu  nascimento.  Nessa  data,  devemos nos  preparar  para  esquecer  o  que  passou  e  viver uma  nova  vida.  Recomeçar,  ajudar  os  outros, compreender. É tempo de amar‐nos uns aos outros. Ser  solidários,  não  só  financeiramente,  mas  com palavras, carinho e atenção, e dar bons conselhos. O Natal para mim é muito especial, porque é tempo em que eu esqueço o que  fiz de errado, recomeço de novo para uma  vida nova. No Natal,  na minha casa,  às  vezes  tem  festa,  mas  é  um  dia  normal, porque  minha  família  não  tem  condição  de  dar presente, de sempre fazer uma ceia. Mesmo assim é  um  dia  feliz,  porque  Jesus  veio  ao mundo  para alegrar o nosso coração. 

Alessandra ‐ 15 anosBrasil  

 A  jovem Alessandra, algumas semanas depois do seu  relato,  foi atropelada e veio a falecer.  Rezemos para que ela esteja vivendo um constante Natal junto de Deus e de nossa Boa Mãe.  Artigo 39: Cuidados de reabilitação O  Estado  tem  a  obrigação  de  assegurar  que  a  criança,  vítima  de  conflito armado, de  tortura, de negligência, de maus  tratos ou de exploração, receba tratamento apropriado para sua recuperação e reintegração social. 

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25 de dezembro de 2010 Sábado – Natal do Senhor

(Missa da meia-noite)   

Leituras:  Isaías 9,1‐6   Tito 2,11‐14        Lucas, 2,1‐14 

 “Creio que posso ajudar a salvar o mundo...” 

         

Elida  – 15 anos Colombia 

 

Sonho  com  um  mundo  melhor  em  que  todos sejamos  iguais,  seja  qual  for  a  raça,  a  religião  e  o modo de pensar. Vejo neste mundo muita violência. Gostaria que não fosse assim; gostaria também que se  respeitassem  os  nossos  direitos,  para  vivermos num mundo sem corrupção. Espero  poder  dizer  um  dia:  “Terminou  a  guerra”, mesmo que seja por um momento, assim vou dizer. Gostaria que terminasse a pobreza e que a gente se preocupasse mais com o meio‐ambiente. Penso  que  posso  ajudar  a  salvar  o mundo,  ou  ao menos, fazer o que estiver ao meu alcance para que não  se  continue  a  poluir  ou  a  cortar  árvores, para que  no  futuro  meus  filhos  possam  dele  usufruir, mesmo  que  seja  um  pouquinho, mas  que  possam fazê‐lo. 

Artigo 40: Crianças em conflito com a lei Uma criança em conflito com a lei tem direito a tratamento que promova o senso da dignidade e dos valores infantis, levando em consideração a idade da criança, e tenha por objetivo a sua reintegração na sociedade. A criança é titular das garantias básicas,  assim  como  da  assistência  legal  e  outras,  úteis  para  a  sua  defesa.  Os processos  judiciais  e  as  tutelas  institucionais  deverão  ser  evitados  sempre  que possível.  

Artigo 41: Respeito dos altos padrões Se as leis de algum país proporcionam às crianças uma proteção maior do que os artigos desta Convenção, então estas leis deverão ser aplicadas. 

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The Shepherds, He Qi, China

NÃO HÁ NADA TÃO DIGNO DE AMOR QUANTO UMA CRIANÇA 

São Marcelino Champagnat  

O  Padre  Champagnat  reuniu‐se  com  a  comunidade  para  adorar  o  divino Menino deitado na manjedoura:  “Não há nada mais  louvável do que uma criança.  Sua  inocência,  sua  simplicidade,  sua  gentileza,  suas  carícias  e mesmo a sua fraqueza podem ser tocadas e vencem os corações mais duros e  cruéis.  Como,  então,  não  podemos  ajudar  a  amar  Jesus,  que  se  tornou criança  para  estimular  nossa  confiança,  para  demonstrar  o  seu  amor insuperável  e  para  fazer‐nos  compreender  que  ele  não  nos  recusa  nada? Ninguém é tão facilmente amigo ou mais maleável do que uma criança, pois ela oferece  tudo, perdoa  tudo,  tolera  tudo. A coisa mais  simples a delicia, acalma e enche de  felicidade. Em seu coração não há engano nem rancor, pois para ela tudo é ternura e doçura”. 

     (Vida de José Bento Marcelino Champagnat, Ed. do Bicentenário, pág. 321) 

O Senhor me enviou para levar a Boa‐nova aos pobres. Natal é a festa do pobre – uma festa realmente pobre, 

o nascimento de uma criança que foi rejeitada por todos. E os primeiros a chegar a seu presépio foram pessoas simples – pastores,  

pessoas pobres. Eles foram os primeiros a ouvir a Boa‐nova e a dizer: 

‘Hoje, o Salvador nasceu para você’. 

Jean Vanier  

(Fundador de “L’Arche” ‐ Centros para Deficientes, nascido em 1929)  

   

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Convenção sobre os Direitos da Criança (CRC)  A versão completa da CRC em várias línguas pode ser encontrada no seguinte site:  http://www.unicef.org/voy/explore/rights/explore_2781.html   ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐  

Feliz Natal e Próspero Ano-novo!

Votos da equipe da FMSI  

                        

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