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Piscinões, o uso da Infraestrutura Verde como ferramenta para mudança na paisagem hidrológica. Caso: Piscinão Pirajuçara (Cedrolândia) Estudio de Infraestrutura Verde Fculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo - FAUUSP Prof. Dr. Paulo Pellegrino Autor do estudo: Adriana T. S. Alves

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Piscinões, o uso da Infraestrutura Verde como ferramenta para mudança na paisagem hidrológica. Caso: Piscinão Pirajuçara (Cedrolândia)

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Page 1: Adriana Alves AUP5859

Piscinões, o uso da Infraestrutura Verde como ferramenta para mudança na paisagem hidrológica.

Caso: Piscinão Pirajuçara (Cedrolândia)

Estudio de Infraestrutura VerdeFculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo - FAUUSPProf. Dr. Paulo PellegrinoAutor do estudo: Adriana T. S. Alves

Page 2: Adriana Alves AUP5859

Resumo_

Neste estudo serão abordados os problemas de convívio

com os recursos hídricos na cidade e, a busca por novas

alternativas de projeto que possam ir além de uma

solução somente técnica, mas também de transformação da

paisagem urbana. Para isso serão trabalhadas ferramentas

da Infraestrutura Verde e Hídrica, como forma de inte-

gração, proteção e revitalização da hidrologia urbana,

dos ecossistemas e da paisagem ambiental.

Ilustração da Embya Studio, Rio de Janeiro

Page 3: Adriana Alves AUP5859

Introdução_

A cidade de São Paulo vive um momento contraditório com

relação à sua hidrografia, vivemos a falta e o excesso de

água ao mesmo tempo. Enfrentamos um dos piores momentos de

escassez de abastecimento de água nos reservatórios, e em

contrapartida presenciamos graves alagamentos em várias

regiões, um acúmulo de água de chuva que poderia ter uma

outra utilização, mas que por fim acaba sendo desperdiçada

e escoa para se misturar com as águas contaminadas de muitos

córregos e rios da cidade.

O exercício que propomos aqui tem o propósito de criar e

modificar a paisagem urbana de modo a mimetizar as funções

hidrológicas e ecológicas dos ambientes naturais, formando

uma rede de espaços interconectados e que possam atender de

uma só maneira todos os contrapontos urbanos.

E com o intuito de analisar e propor de alternativas de mel-

horia, utilizamos a Bacia do Pirajuçara como estudo de caso,

mais especificamente a região onde localiza-se um dos seus

principais “piscinões” ou mais precisamente Bacia de De-

tenção, o Piscinão Cedrolândia, também conhecido como Pira-

juçara.

Fonte: TV Globo

Page 4: Adriana Alves AUP5859

Para entender melhor o que acontece em casos

pontuais como o Piscinão, é preciso compreender

também a bacia hidrológica como um todo.

A Bacia do Pirajuçara está localizada na grande

Bacia do Alto Tietê e tem como rio principal o

Rio Pirajuçara. Abrange os municípios de São

Paulo, Taboão da Serra e Embu.

Tem um grande histórico de enchentes e alaga-

mentos, sendo um dos mais graves em ocorridos em

1996 e 1999.

1. Juqueri - Cantareira2. Cotia - Guarapiranga3. Penha - Pinheiros4. Cabeceiras5. Billings - Tamanduateí6. Jusante - PinheirosPirapora

LegendaExtremidade de jusante de subbaciasBacia de detençãoContorno ou “divisor” das subbaciasContorno ou “divisor” da bacia do rio Pirajuçara

Fonte: www.baciasirmas.org.br

Fonte: Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo

Bacia Alto Tietê e Sub-bacias

Bacia do Rio Pirajuçara

Localização_bacia

Page 5: Adriana Alves AUP5859

Observando a evolução da mancha

urbana na região da Bacia do Pira-

juçara, notamos que ela se expandiu

de maneira desordenada, sem muito

planejamento prévio, avançando

sobre áreas permeáveis, abrindo

avenidas nas margens dos rios, ocu-

pando várzeas e impermeabilizando

grandes áreas. Essas ações tiveram

um impacto muito grande na hidrogra-

fia urbana e na paisagem da cidade.

1930

1952

1962

1972

1983

1995

2003

Histórico_bacia

Fonte: Flávio Villaça - “A estrutura territorial da metrópole sul brasileira”

Page 6: Adriana Alves AUP5859

Fonte: Geoportal

Fonte: Google Earth

Piscinão Cedrolândia em destaque

1958

2013

Page 7: Adriana Alves AUP5859

Hidrografia Área urbanizada

Favelas Vegetação

Mapa_usos

Fonte: Emplasa

Page 8: Adriana Alves AUP5859

Em uma escala mais aproximada notamos nitid-

amente que a urbanização foi avançando sem

nenhum critério de planejamento.

As moradias mais precárias e as favelas

foram tendo um aumento considerável e aca-

baram ocupando as áreas restantes periféri-

cas, não-ocupadas, geralmente com topografia

mais acentuada ou nas margens dos córregos.

Toda essa ocupação, em sua grande parte, se

dá em áreas onde a infraestrutura de coleta

de esgoto e abastecimento de água ainda hoje

é inadequada, acarretando o despejo nos

corpos d’água de esgoto doméstico, lixo e

carga urbana difusa de poluição, levando ao

comprometimento da qualidade da água na

maioria dos casos.

Há também uma considerável diminuição de

áreas verdes de mata nativa, principalmente

de mata ciliar, que contribui para a preser-

vação e proteção dos corpos d’água.

Page 9: Adriana Alves AUP5859

Como umas das consequências de toda essa ocupação desor-

denada, além do impacto na paisagem urbana e na péssima

qualidade da água, temos as enchentes e alagamentos.

Em épocas de chuvas mais intensas, e somando toda essa

intensa impermeabilização do solo, a canalização de cór-

regos (fazendo com que as águas escoem em uma maior ve-

locidade), que por sua vez recebem poluição difusa e

esgoto, é impossível não prever que esse sistema cen-

tralizado de drenagem não suporta toda essa vazão. Os al-

agamentos são uma realidade em sistemas hidrológicos

saturados como esse.

Em muitos casos, como solução técnica e imediatista para

os alagamentos, são adotados os chamados Piscinões, ou

Bacias de Detenção, que são grandes “buracos” de concre-

to que tem a função de receber o excedente das águas dos

rios em épocas de precipitações mais intensas, e que

depois retornam toda essa água aos poucos de volta para

o mesmo rio.

A questão é, seria o Piscinão a solução mais adequada?

Ou somente uma alternativa técnica que em nenhum momento

resolve as questões do impacto na paisagem urbana e na

qualidade das águas?

Fonte: Aluízio P. Canholi, “Drenagem Urbana e Controle de Enchentes”

Page 10: Adriana Alves AUP5859

Piscinão_Cedrolândia

Figura xx_Localização na Bacia.

Passamos agora para as análises

na escala do Piscinão Cedrolân-

dia, que está localizado na

divisa dos municípios de São

Paulo e Taboão da Serra. Teve

sua construção cocluída em

2005, e foi concebido para re-

ceber e conter o excedente das

águas do córrego Pirajuçara em

épocas de chuvas intensas.

Fonte: Emplasa

Base para ilustração: Google Earth

Page 11: Adriana Alves AUP5859

Histórico_piscinão

1958

2003

2005

Fonte: Geoportal

Fonte: material fornecido pela Subprefeitura do Butantã

Fonte: material fornecido pela Subprefeitura do Butantã

Page 12: Adriana Alves AUP5859

A área que hoje encontra-se o piscinão,

até meados da década 50 e 60, era uma

área de várzea onde o córrego Poá desa-

guava no Pirajuçara, e que em épocas de

fortes chuvas, alguns lagos se formavam

de maneira intermitente.

Havia um percentual muito maior de área

permeável, a urbanização ainda não

tinha avançado para essa região, e os

córregos adjacentes não eram canaliza-

dos.

Um pouco antes das obras do Piscinão

serem iniciadas, temos esse levantamen-

to que nos mostra o forte adensamento

na área adjacente, e que se tornou uma

área de comércio, serviço e residên-

cias. A área que antes era uma várzea

com formação de pequenos lagos intermi-

tentes, neste momento era tomada por

pequenas edificações, e o problema com

alagamentos é constante. Os córregos ao

redor ainda não estão canalizados.

Aqui vemos já uma implantação do proje-

to executivo do Piscinão, uma obra exe-

cutada pelo DAEE (Departamento de Água

e Energia Elétrica) e posteriormente

repassada para a Subprefeitura do Bu-

tantã. Nesta implantação notamos a

retificação e canalização do Córrego

Pirajuçara, e parte do córrego Poá; as

edificações que ali existiam foram re-

alocadas, e um grande “buraco de con-

creto” com 10m de profundidade se for-

maria para solucionar os problemas de

alagamentos.

Page 13: Adriana Alves AUP5859

Fonte: Geraldo Nunes

Fonte: elaborada pela autora

Fonte: elaborada pela autora

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situação hidrológica_com precipitação forte

situação hidrológica_sem precipitação

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Dados Técnicos_

O Piscinão tem capacidade de armazenar

113 mil m de água, é revestido de con-

creto e possui aproximadamente 30 m de

largura e 10 m de profundidade.

Obtém um sistema de colunas e degraus

de concreto que ajudam a impedir a en-

trada de rejeitos sólidos maiores, e

também ajudam a reduzir a velocidade da

água na entrada do piscinão. Possui

duas bombas que retornam a água nova-

mente para o córrego Pirajuçara.

É inegável o seu grande impacto na

paisagem urbana, mas que mesmo assim

acaba por desempenhar a sua função jun-

tamente com o Piscinão Sharp (mais a

montante do córrego), que é a de conter

os alagamentos na região.

O desafio está em requalificar a pais-

agem, preservando a condição de re-

tenção das águas.

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Comércio, Serviços

Residencial

Industrial

Hospital

Córrego aberto

Córrego fechado

Área condomínio fechado

Área com topografia bastante acentuada

Área de proteção da Linha de Alta Tensão

Diagnóstico_problemas

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Circulação Pedestres - Por haver uma concentração de comércio e

serviços nesta área, há também uma intensa circulação de pedes-

tres, e as principais rotas de circulação esbarram em alguns

pontos críticos de travessia e cruzamentos. A circulação não se

mostra eficaz e acaba ficando em segundo plano, assim como em

muitos casos em São Paulo onde o carro é o protagonista. Além

disso as calçadas são precárias e mal dimensionadas.

Hidrografia - As águas das grandes cidades como São Paulo repre-

sentam até então uma problemática a ser escondida da paisagem

urbana, por serem águas extremamente poluídas, com mal cheiro,

muitas pessoas veem o córrego como um canal de esgoto. Por isso

querem o mais distante possível.

As águas de uma cidade devem ser vivenciadas, integradas ao con-

vívio das pessoas, devem fazer parte da identidade da paisagem

urbana, e não negligenciadas.

Escassez de área de lazer - Apesar da grande circulação diária

de pessoas por essa área, nota-se uma carência de espaços públi-

cos de lazer com qualidade, onde ao mesmo tempo possa servir de

área para convício social, contemplação da paisagem, circulação

e integração de usos diversificados.

Impermeabilização do solo- Com o avanço da urbanização sobre as

áreas periféricas veio também a impermeabilização do solo,

bairros se formam sem um planejamento de conservação de áreas

permeáveis tanto em uma macro escala como em uma escala menor,

como por exemplo a falta de área permeável dentro de um lote.

Espaços urbanos com perda da capacidade de absorção de água

pelo solo, e que durante as chuvas direcionam suas águas dire-

tamente para os canais centralizados de drenagem, e que por

consequência sobrecarregam os córregos, intensificando alaga-

mentos.

Linha de Alta Tensão - Oferecem um grande impacto visual na

paisagem, além de representar uma complexa barreira que at-

ravessa as grandes cidades. Por conta da sua área de proteção

obrigatória, que neste caso é de aproximadamente 40m de largu-

ra ao redor da linha, existem várias restrições quanto á con-

struções, plantio de vegetação, usos alternativos e até mesmo

quanto à a permanência à longo prazo de pessoas debaixo dessas

linhas, devido ao grande potencial magnético.

Page 17: Adriana Alves AUP5859

Objetivos_

Paisagem_

- Requalificação/transformação da Paisagem

Urbana;

- Estímulo de paisagens produtivas através da

criação de Hortas Urbanas e outros usos integra-

dos;

- Aterramento da Linha de Alta Tensão. De acordo

com a AES Eletropaulo há um estudo para aterra-

mento de linhas de alta tensão em alguns lugares

mais centrais de São Paulo. Para este exercício,

adotamos essa medida de aterramento no trecho

mais próximo do Piscinão, tendo em vista um

melhor aproveitamento da área de proteção en-

voltória da Linha;

Mobilidade_

- Melhoria na circulação de pedestres, adequando

calçadas, criando passarelas práticas de traves-

sia de grandes cruzamentos, e adoção de caminhos

com trajetos mais diretos, levando em consider-

ação as necessidades de locomoção na região;

- Criação de ciclovias como alternativa e estímu-

lo de transporte não motorizado e menos poluente.

Serão trajetos que se conectam com o Plano de ci-

clovias existente na cidade de São Paulo e Taboão

da Serra;

Page 18: Adriana Alves AUP5859

Água_

- Melhoria na infiltração e drenagem urbana com

a adoção de lagoas pluviais para retenção da água

de chuva, fazendo com o que o espaço utilizado

pelo Piscinão possa dar lugar a um novo uso;

- Fitorremediação como ferramenta de despoluição

e tratamento das águas;

- Adoção de Jardins de chuva em alguns pontos

próximos a topografias mais acentuadas, evitando

sobrecarga nos córregos;

vegetação_

- Enriquecimento arbóreo visando à recuperação

da biodiversidade, a reintrodução de espécies ar-

bóreas nativas da Mata Atlântica e a recuperação

da mata ciliar adjacente aos córregos;

- Uso da vegetação para promover a saúde pública

através da melhoria da qualidade do ar, atenuando

os efeitos da “ilha de calor”, favorecendo a for-

mação de barreira acústica e de ventos, além

disso é comprovada a relação entre áreas verdes e

o bem estar/relaxamento das pessoas;

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O Estudo_

Área de proteção da Linha de Alta Tensão, que após aterramento deverá ter outros usos como: plantio de vegetação, lazer, circulação, feira livre e para a criação de lagoas pluvi-ais para reter a água excedente do córrego Pi-rajuçara.

Trajeto observado da circulação de pedestre

Adoção de um novo uso para o Piscinão

Nesta área existem algumas lojas e uma in-dústria, e como uma das formas de viabilizar este estudo, propõe-se a transformação e requalificação dessa área, realocando seus usos comerciais no mesmo lugar, criando novos espaços para investimentos e novos comér-cios/serviços.

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O Projeto_

O projeto foi pensado com base em todos os objetivos traçados, partindo do ponto de vista ecossistêmico, levando em consideração os processos ecológicos, hidrológicos e os que resultam de atividades humanas. A intenção é de fazer com que a natureza “funcione” dentro da cidade, criando cenários onde a própria natureza possa trabalhar sozinha.Tanto na implantação, quanto na seção abaixo, é possível identificar os processos dispostos: as lagoas pluviais, os dois córregos (Poá e Pira-juçara), os caminhos e passarelas propostas e a a área do Piscinão que passou a ter uma função de paisagem mais produtiva, com a implementação de hortas urbanas.A seguir serão detalhadas todas as funções desta proposta.

Page 21: Adriana Alves AUP5859

Para melhor compreen-dermos o projetos, foram feitas divisões por camadas:-Camada da água, camada em uma cota mais baixa;-Camada da vegetação;-Camada dos caminhos de circulação, praças e usos;-Camada das Passarelas suspensas e das rampas, em um nível mais alto

Page 22: Adriana Alves AUP5859

Água_

Com o aterramento da Linha de Alta

tensão, um novo espaço foi disponibili-

zado, e um dos novos usos que poderiam

ser aplicados, seria a transformação da

paisagem e da funcionalidade hidrológi-

ca, partindo das seguintes premissas;

- Resgate da paisagem hidrológica exis-

tente anos atrás, os lagos que ali se

formavam, buscando uma funcionalidade

mais natural do ciclo da água;

- Descentralização do sistema de drena-

gem existente;

- Valorização das águas em meio à pais-

agem urbana;

- Utilização de estratégias de In-

fraestrutura Verde;

Page 23: Adriana Alves AUP5859

As lagoas pluviais funcionaram como bacias de re-

tenção, no caso deste estudo, receberão o exceden-

te das águas do córrego Pirajuçara. Esse excedente

de água será desviado para essa rede de bacias,

uma conectada à outra, soque receberão água á

medida a vazão vai aumentando. Caso a água atinja

a capacidade máxima dessas lagoas, ela será dire-

cionada, através de um escape, para uma outra rede

de drenagem ou no próprio córrego de maneira mais

lentaA água pluvial captada poderá permaneeer

retida durante os eventos de precipitação de

chuva, e também poderá infiltrar lentamente pelo

solo.

Escape p/o córrego

Infiltração

Lagoas Pluviais

Page 24: Adriana Alves AUP5859

Infiltração

Escape

O jardim de chuva ou bacia de bioretenção, é uma pequena depressão topográfica, que tem a função de coletar e tratar o excedente das águas de chuva, infil-trá-las no solo ou en-caminhá-las lentamente para drenagem.Os jardins de chuva estão localizados em meio a vegetação, em áreas que recebem grande quantidade de água que é escoada de topografias mais acentua-das.

A intenção principal é a

de promover a recuperação

e revitalização dos cór-

regos Poá e Pirajuçara,

através da descanalização

e restituição da vege-

tação da calha, bem como o

plantio de vegetação

ciliar nas margens.

Utilização de estrutura

de gabião para melhor es-

truturar a vegetação em

desnível, evitando a

erosão nas margens.

As margens poderão ter

visuais e usos diferentes

ao longo do percurso.

Jardin de chuva

Córregos renaturalizados

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Vegetação

Serão plantadas diversas espécies da

Mata Atlântica capazes de tolerar com-

petição e os níveis de estresse ambien-

tal.

O objetivo é recuperar a vegetação

nativa existente e promover o enriqueci-

mento da biodiversidade e a capacidade

resiliência dos ecossistemas naturais,

através do enriquecimento arbóreo, uso

de plantas para fitorremediação e culti-

vo de Hortas.

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O espaço onde antes era designado para o piscinão, na

nova proposta deverá ser transformado em uma paisagem

produtiva de Hortas Urbanas.

Este novo espaço será estruturado a partir do uso da

terra que será retirada para criação das Lagoas Pluvi-

ais. Ou seja, uma grande parte da área do piscinão será

aterrada, e a partir daí serão criados patamares com no

máximo 50 cm de altura de degrau de um patamar para

outro. Sobre esses patamares as hortas serão cultivadas

com o envolvimento da população, serão cultivos abertos

e comunitários.

Haverá ainda um pequeno desvio de água do córrego Pi-

rajuçara, que passará pelo meio desses patamares e do

cultivo, como que permeado o espaço de maneira mais

lenta. Essas águas terão tratamento através de fitorre-

mediação e ao final, assim como vemos na ilustração ao

lado, essas águas poderão ser divididas: uma parte irá

voltar para o córrego Pirajuçara e a outra poderá even-

tualmente escoar através de um sistema de degraus em

concreto até se acumular em uma espécie de reservatório

secundário. Neste ponto poderá haver integração das

pessoas com a água.

Quando o nível deste reservatório secundário atingir

sua capacidade máxima, poderá ser “devolvido” ao cór-

rego através da bomba do antigo Piscinão que ali per-

manecerá até mesmo como um museu à céu aberto da estru-

tura anterior.

Esquema ilustrativos de tratamento de água através de

Fitorremediação com plantas aquáticas flutuantes.

Utilização de espécies macrófitas em canais rasos.

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Vegetação_espécies

Ipê AmareloAndroanthus Albus

Foto: Nestor Mariani

JequitibáCariniana Legalis

Foto: Ricardo Cardim

Pau-ferroCesalpinia Leiostachyafoto: Ricardo Cardim

BroméliaAlcantarea Imperialis

Foto: Ken Woods

OrquídeaOrchidaceae

Foto: Kathia Mello

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QuaresmeiraTibouchina Granulosafoto: Dora Santoro

Palmito JuçaraEuterpe Edulis

Foto: Ricardo Cardim

EmbaúbaCecropia AngustifoliaFoto: Ricardo cardim

SibipirunaCaesalpina Pluviosafoto: Ricardo Cardim

PaineiraCeiba Specisa

Foto: Ricardo Cardim

CambuciCampomanesia Phaea

Foto: Ricardo cardim

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Caminhos_

Como forma de atender a demanda de cir-

culação e a necessidade de trajetos das

pessoas, foram traçados os caminhos que

possuem linhas orgânicas e que são mul-

tidirecionais, de forma que o pedestre

possa se conectar ao seu destino de ma-

neira mais prática, e ao mesmo tempo

contemplar e interagir com a natureza e

todos os seus processos.

O material desses caminhos é formado a

partir de pisos drenantes, com blocos

intertravados, que possibilitam uma

maior permeabilidade no solo.

Os caminhos passam por todas as funções,

margeando o córrego ou as lagoas pluvi-

ais, os jardins de chuva e vegetação

mais e menos adensada,

É importante ressaltar que os trechos

principais possuem espaçamento para ci-

clistas e pedestres.

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Usos_

Também presentes nessa “camada”, alguns elemen-

tos construtivos cobertos, espécie de quiosques

que estão localizados em áreas estratégias vi-

suais e de circulação. Deverão abrigar estrutu-

ras de usos diversos como: sanitários, locais

para refeição, espaços de estar coletivo e edi-

ficações de apoio de atividades.

Essas estruturas possuirão coberturas com

painéis triangulares capazes de captar luz solar

e transformá-la em energia a ser utilizada no

próprio local.

Este espaço em cinza mais escuro

da ilustração ao lado, deverá

ser um espaço com a função de

abrigar Feiras Livres que hoje

acontencem na rua ao lado.

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Passarela_

Para as passarelas também foi levada em

consideração as necessidades e trajetos

que as pessoas fazem no local, tanto

para acessar serviços, comércio e resi-

dencias, como também para acessar os

pontos de onibus espalhados nesta área.

E como forma de atenuar as dificuldades

de travessia das grandes avenidas ali

localizadas, as passarelas acabaram por

ser a melhor opção de acesso. Serão

rampas com declividades suaves, e que

terão no máximo 300 m de percurso na sua

maior distância.

Como estímulo para utlização das pas-

sarelas, o pedestre terá a vatagem de

poder desfrutar de vistas interessantes

e contemplação de diferentes ângulos

dessa nova paisagem: próximo á copa das

árvores, por cima das lagoas pluviais e

córregos, visões mais abrangentes da

cidade, das hortas e do entorno.

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Abaixo, observamos quais foram as

referências que inspiraram a concepção

dessas passarelas

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Conclusão

Este exercício de projeto desenvolvido aqui, promove a ideia de que é

possível a transformação de paisagens hidrológicas através de elementos

da infraestrutura verde. E mais iportante, muitos dos elementos exercit-

ados zpodem muito bem servirem de modelo a ser propagado e aplicado em

outras áreas, outras situações hidrológicas e ecológicas, outras pais-

agens. Sempre mantendo as funções de proteção e revitalização dos siste-

mas ambientais.

A ideia de que a infraestrutura verde deve funcionar com uma rede

descentralizada e integradora de espaços deve ser reforçada em cada pro-

jeto ou intervenção, seja ela em qualquer escala.