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Adolescências e Adolescência em conflito com a lei Capacitação dos profissionais do Sistema Municipal de Atendimento Socioeducativo (SIMASE) com base nos parâmetros de gestão, teórico- metodológicos do Plano Decenal de Atendimento Socioeducativo do Município de São Paulo AULA 3

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Adolescências e Adolescência em conflito com a lei

Capacitação dos profissionais do Sistema Municipal de Atendimento

Socioeducativo (SIMASE) com base nos parâmetros de gestão, teórico-

metodológicos do Plano Decenal de Atendimento Socioeducativo do

Município de São Paulo

AULA 3

ADOLESCÊNCIA: UMA CONSTRUÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA

Características da adolescência contemporânea

devem ser compreendidas no processo histórico de

sua constituição.

A adolescência é um momento do desenvolvimento

humano significado socialmente, interpretado e

construído pelos homem.

A adolescência se constrói a partir de interesses

sócio-políticos-históricos.

Precisamos despatologizar o desenvolvimento

humano.

• Nas sociedades de caça e coleta não existiriam

hierarquizações entre adultos e crianças.

• Desde muito pequenas, as crianças já participavam

das decisões da comunidade.

• O fim da infância acontecia quando ocorria o

processo de maturação sexual, quando o corpo físico

estava preparado para a reprodução.

• Nas sociedades horticultoras, com a organização

do trabalho e a produção de excedentes, teriam

aparecido as primeiras manifestações de

hierarquização social .

• Pelos ritos de iniciação tribal, a pessoa entraria

criança e sairia adulto, em um espaço curto de

tempo. (Pampols, 2004 apud Faria e Leão,2004)

• Na Idade Média, raros textos relativos à vida escolástica

evocam idade dos alunos.

• O processo de classificar por idade data do século

XVIII.

• Com o positivismo e a industrialização aparece a idéia

de classificar, separar, para melhor controlar.

• Cria-se um novo modo de produção e reprodução social

• Conforme, perspectiva sócio-histórica, a invenção da

adolescência data do início do século XX com a

expansão do sistema capitalista.

• A adolescência é vista como uma época de

dificuldades naturais e relativas a uma fase da vida.

• Há uma concepção naturalista e universal acerca do

adolescente, como possuidor de um comportamento

inato, permeado de desequilíbrios e instabilidades.

A adolescência se refere, assim, a esse período de latência social constituída a partir da sociedade capitalista gerada por questões de ingresso no mercado de trabalho e extensão do período escolar, da necessidade do preparo técnico. (Aguiar, Bock & Ozella, 2001, p. 170).

ADOLESCÊNCIA: UMA CONSTRUÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA

O século XX marca o conceito de Adolescência como uma síndrome um período na

vida do indivíduo em que se torna improdutivo.

Isso viabiliza a contenção da necessidade de que se transforme em mais um

trabalhador reivindicando seu posto de trabalho.

Esse aporte teórico coincide com as necessidades do sistema econômico vigente.

A ambivalência e a perplexidade como signos do mundo contemporâneo guardam grande similaridade com os processos de transformação do momento da adolescência, onde o nascimento para o mundo e o desejo de experimentar o novo são acompanhados pelas incertezas, pela avidez de conhecimentos, pelo espanto e pelas indefinições cotidianas de uma realidade que atrai e atemoriza.( Guará, 1997)

...na trilha deixada por Freud, [penso ] que a saída da infância impõe ao sujeito um trabalho intensivo de elaboração do laço social a partir das referências

simbólicas transmitidas pela cultura e representadas pelos ideais. Podemos observar que o adolescente é

particularmente afetado pelos impasses relativos a essa transmissão.

( Coutinho. 2005)

ADOLESCÊNCIA: UMA TEMA PARA O DEBATE

O QUE SIGNIFICA A EXPERIÊNCIA DE VIVER UMA CRISE?

Se aceitarmos a ideia de crise para caracterizar o período da adolescência, precisamos repensar o que significa crise.

Sentido modernoCrise de sinusite = doença, degeneração físicaCrise política = decadência, declínioCrise do feudalismo = morte de um modo de produção.

São todos sentidos negativos de crise. Essa acepção da palavra crise tem apenas 150 anos (século XIX)

Sentido antigoDo grego, Krisis = peneirar, distinguir, julgar, decidir...Kriterion = faculdade de discernir o verdadeiro do falso

Metaforicamente = momento crucial em que nossas certezas se abalam, momento de revisão dos princípios que orientam a ação.

Jo

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Ca

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6

POPULAÇÃO- 202.768.562 brasileir@s- 24.042.852 adolescentes - 24.628 (0,1%) adolescentes em

restrição e privação de liberdade (internação, internação provisória e semiliberdade)

ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI. Quantos são?

ATO INFRACIONAL- 26.913 atos infracionais

[ 11.632 roubo (44%), 6.350 tráfico (24%),- homicídio (2.481 – 9%) ]

- Faixa etária - 16 e 17 anos (56%), - 56% “negros”

UNIDADES DE PRIVAÇÃO DE LIBERDADE

- 476 unidades de restrição e privação de liberdade – [150 unidades em SP (32%) – 6 femininas e 6 mistas]

- SP = Sistema excepcional: 10.211 adolescentes (MG , RJ, PE, RS e DF – 1000 a 2000 – 130 unidades)

MEDIDA SOCIOEDUCATIVA - MEIO ABERTO ( Brasil )

- 67.356 adolescentes (0,25%)- 31.976 LA- 33.636 PSC

SP 112 municípios - Capacidade de atendimento: 7.160

adolescentes

Escreva nas

filipetas e cole

no flip-chart

Tarefa individualQue tipo de sujeitos

são o(a)s

adolescentes que

você conhece?

OLHARES SOBRE O ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI

Campo jurídico:

- Infrator

- Autor de ato infracional

- Adolescente em conflito

com a lei

- Sujeito de direitos

Campo educacional

- O “LA”

- Sujeito indisciplinado

- Sujeito agressivo

- Sujeito autônomo,

responsável, com

espírito crítico

Campo psi:

- Sujeito intratável

- Sujeito incurável

- Sujeito incontrolável

- Sujeito de desejo / Sujeito

autor

Campo psi-jurídico:

- Sujeito desviante

- Sujeito perigoso

- Sujeito descartável -

indesejável / Sujeito invivível(Deligny, 2015)

SINASE 2012

O adolescente infrator e os direitos humanos

1.A infração não é função de adolescente infrator, mas comportamentoesperado do adolescente – no caso da juventude brasileira, que vive emcondições sociais adversas e, com frequência, insuportáveis, ocomportamento antissocial pode ser, também, necessário;

2.A qualidade de infrator não constitui propriedade intrínseca deadolescentes específicos, mas rótulo atribuído pelo sistema de controlesocial a determinados adolescentes;

3.A posição social desfavorecida do adolescente que pratica umainfração é decisiva para sua criminalização;

4.A seleção desigual de adolescentes no processo de criminalizaçãopode ser explicada pela ação psíquica de estereótipos, preconceitos eoutras idiossincrasias pessoais dos agentes de controle social;

5.A prisionalização (no sentido de “institucionalização”) do adolescenterotulado como infrator produz reincidência e, no curso do tempo,carreiras criminosas. Na base desses processos estão asdeterminações primárias do comportamento antissocial: asdesigualdades estruturais das relações econômicas e sociais, instituídaspelas formas políticas e jurídicas do Estado, que garantem e legitimamuma ordem social injusta. (Juarez Cirino dos Santos)

O ESTIGMA

Etiquetamento social

Relações ambíguas entre insegurança-proteção esegurança-risco:

Castel (2005) entende que não se deveopor insegurança e proteção como seelas pertencessem a dois registroscontrários de experiência coletiva.

Estigmatizados são importantes para a ordem social(normaliza)

O “desvio”, o anormal é que dá parâmetros para onormal, delimita os “loucos” e os “delinquentes”.

Profecia auto realizadora – se alguém é taxado de incapaz tende a ser tratado como incapaz e incapaz se torna

(GOFFMAN, 1974)

PROTEÇÃO-TUTELA

• Redimensionamentos mais sutis: proteção e cuidado em nome do tratamento especializado e tecnológico.

• Em nome da proteção necessária pelo suposto risco de infração futura (periculosidade) previsto pelo saber psi – tutela-se!

GESTÃO DO SUJEITO PERIGOSO

“Este jovem necessita contenção externa. Nãotem condições de retornar ao convívio social.Há periculosidade manifesta. Ele necessita detratamento em local especializado sobcontenção” (em audiência, IMESC, 2007).

“Mesmo com uso de medicação, esta seriaapenas sintomática e paliativa. A personalidadedele e as consequências desta em seucomportamento (imprevisibilidade epericulosidade) têm poucas chances demelhorar com o tratamento” (NUFOR, 2007).

Sujeito-Perigoso - gênese criminógena comocaracterística subjetiva e investimento no estereótipoda periculosidade para classificá-los no vir-a-serperigoso. (Foucault, 2002)

• Participação estatisticamente pequena

• Invisibilidade diante do cenário do recorte de gênero e suas

questões conflitantes em diferente dimensões.

• Meninas-mulheres são associadas à prostituição e as explicações

para a sua transgressão está circunstancialmente tomada pela

moralização.

• Há expansão das adolescentes e das mulheres no comércio e no

tráfico de drogas

• CNJ (2015) realizou um levantamento inicial das especificidades

do cotidiano do atendimento socioeducativo com as adolescentes.

• As questões de gênero “conformam identidades múltiplas

situadas em interações sociais plurais, de modo que os sujeitos

nelas engajados estão envolvidos em significados contextuais e

imersos em processos de desconstrução e (re)construção” (ABRAMOVAY; CUNHA, 2009).

MENINAS-MULHERES EM CONFLITO COM A LEI

Como foi ouvir isso?

Tudo bem, já to acostumada mesmo. Ontem de manhã minha mãe me acordou xingando, que eu sou isso, aquilo. É sempre assim. Ela não me entende, eu sou difícil de entender.

Trechos entrevista com filha

Trecho de entrevista com mãe de menina em MSE:

Foi bom conversar, frequentar o núcleo. Não só o círculo, mas as reuniões que a gente vai lá com as outras mães. Fica sabendo que cada uma tem uma história. Apesar que a maioria é menino...Menina monstro não tem.Menina monstro?

É, menina normalmente é delicada, não faz essas coisas. Quando eu conto o que ela fez... “nossa, sua filha fez isso?! Que horror!” Dá vergonha.Dá vergonha?

...Olho pra filha, que está

escutando sem falar nada.

Eu me sinto dentro do “trem” mas eu sei o que eu faço de errado, por isso, eu também não tô dentro. O que você faz de errado? Eu saio, viro a noite, fico com pessoas de fora. De fora? Minha família é da Congregação Cristã. Depois que batiza, precisa seguir umas regras, não pode virar a noite, ficar saindo, ficar com pessoas de fora da igreja.Me sinto culpada por não estar seguindo as regras da Igreja. Quero, mas não consigo. Sou é da rua e sei das consequências disso. Que consequências? Depois que você escolhe ser batizado tem que seguir, senão é inferno na certa. A rua tem muita coisa ruim, tem droga, tem violência, eu conheço bem isso. Já experimentei de tudo. Mas tem coisa boa também e disso eu sinto falta: o samba, as amigas, a balada.Às vezes dá vontade de me suicidar. Às vezes, não, a maior parte do tempo.

SUJEITO INDESEJÁVEL: VIDA NUA

Destruição Aniquilamento Segregacão

Isolamento Contenção

JUVENTUDE E VIOLÊNCIA

Nos meandros dessa problemática

instalada em que a vítima é algoz e o algoz

é vítima, trilhamos outras chaves de

leituras oferecidas, além dos dados

estatísticos apresentados, pesquisas que

abordam a criminalização da pobreza (Zaluar; Noronha; Albuquerque, 1994; Zaluar, 2004).

Pesquisas contemporâneas demonstram

ainda uma ampliação do campo mais

tutelar e de proteção ao jovem com uma

perspectiva disciplinadora para um

campo novo de estratégias mais

genocidas (Vicentin, 2005; Teixeira, 2002; Oliveira, 2001;

Zaluar, 2004; Caldeira, 2000; Peralva, 2000).

EVIDÊNCIAS DA LÓGICA MENORISTA

Propostas de redução da maioridade penalCrise de interpretação do ECAResistência de uma lógica menorista – confunde-seinimputabilidade com impunidade – discurso midiático.

Naturalização do binômio adolescência-violênciaCriminalização da pobreza: violência contra o jovempobre e negro: linchamentos, chacinas, assassinato.

Afirmações sobre a ineficiência das instituiçõesDesinvestimento nas políticas sociais (promoção desaúde e proteção) - precarização

Táticas de internamentos - Simulacros de medida desegurança a jovens autores de ato infracional (UES) einternações compulsórias (circuitos psi de continuuminternamento)

Medicalização, Patologização e Judicialização da vida -Produção de práticas de controle social .

▪ processos de exclusão social

▪ inclusão perversa,

▪ prática tutelares e genocidas.

LINHAS DE FUGA

A ruptura para a garantia

do intempestivo com a

busca da

desterritorialização,

campo de intensidade

infixas.

NOVAS DISPOSIÇÕES

OBJETIVOS DA MSE (SINASE, 2012)

I - a responsabilização do adolescente quanto às consequências lesivas do ato infracional, sempre que possível incentivando a sua reparação;

II - a integração social do adolescente e a garantia de seus direitos individuais e sociais, por meio do cumprimento de seu plano individual de atendimento (PIA); e

III - a desaprovação da conduta infracional, efetivando as disposições da sentença como parâmetro máximo de privação de liberdade ou restrição de direitos, observados os limites previstos em lei.

DIREITOS

HUMANOS >>>

SUJEITOS DE

DIREITOS

SUJEITO de

DESEJO >>>

Autonomia e

Responsabilidade

AGENCIAMENTO DE NOVOS FLUXOS: INTENSIDADE DA VIDA

É no campo das linhas moleculares que se localizam os limiares constituindo devires, marcando contínuos de intensidade, conjugações de fluxos.

Devir é estar entre, é uma multiplicidade de fugas,é a experimentação da vida.

Um novo começo.

Busca-se o agenciar, uma invenção em que o processo de diferenciação recorta os fluxos e

efetua novas configurações.

Agenciamento é todo conjunto de singularidades e de traços extraídos do fluxo.

O TRABALHO EM REDE: “EM BUSCA DA COMPLETUDE”

Responsabilidade do Estado em produzir novos arranjos, em rede, para a necessária garantia de direitos.

• Incompletude Institucional - Reconhecer o papel de cada organização/instituição – complementaridade.

• Superar fragmentação e desarticulação.• Construção conjunta de conhecimentos na diferença.• Participação na garantia dos direitos:

• Defesa (judiciário, Centros de defesa dos direitos da Criança e do Adolescente)

• Promoção (educação, saúde, trabalho)

• Controle da efetivação (institutos de pesquisa, conselhos)

Convite para ampliação do olhar e da ação para a complexa e restrita trama na qual esses jovens se inserem socialmente.

A questão permanente é: que elementos ainda não estão conectados?

(ASSIS-CRPSP, 2016)

AS DESNATURALIZAÇÕES NECESSÁRIAS

• Avaliação situada com amplo acordo entre os atores

(adolescentes, família, equipe, judiciário + defesa) – aproximação

da lógica da situação-problema.

• Desconstrução dos critérios de “família desestruturada, família

pobre, jovem com baixo desempenho escolar”= RISCO- PERIGO.

• Os estereótipos da periculosidade encobrem ou impedem que a

situação de sofrimento seja superada.

• A oferta de alternativas ao “destino” desses jovens não pode ser

feita por nenhuma instituição isoladamente.

• A articulação coletiva entre diversos atores sociais e instituições

que acompanhem esses jovens poderão criar outras alternativas

a esse circuito violento.

RESPONSABILIZAÇÃO (CDHEP, 2014)

O sistema socioeducativo é um sistema jurídico especial de responsabilização

do adolescente autor de ato infracional, diferente do sistema de

responsabilidade penal do infrator adulto;

A medida socioeducativa é um modo de responsabilização pela conduta infracional do inimputável por razão de idade; ela não isenta de responsabilidade, mas imputa de forma diferenciada

“A atribuição da responsabilidade ao adolescente é um componente central de

seu direito a uma plena cidadania, pois, ser sujeito de direito também significa

ter capacidade jurídica e social e constitui-se como um atributo indispensável

ao exercício do valor máximo representado pela liberdade – não se pode

exercer liberdade sem limite, sem respeito, sem responsabilidade perante si e

perante o outro. Além disso, “todo e qualquer processo educativo supõe a não

redução do educando à condição de sujeito incapaz de responder” (KONZEN, 2007, p.

34).

AGENCIAMENTO DE NOVOS FLUXOS: INTENSIDADE DA VIDA

É necessário que cada adolescente seja

tomado na medida de “um corpo e de

uma vida” (ESPOSITO, 2006) e não na

perspectiva da população em uma

prática massificadora de políticas de

controle social.

Talvez o adolescente “LA” não consiga

escapar das ações de defesa social

(BARATTA, 2002), mas possa ser visto

em seu corpo vivo.

GRUPOS FORMADOS BUSCANDO-SE A DIVERSIDADE DE SERVIÇOS

1. Discutir em grupo as significações do adolescente que surgiram no primeiro exercício (que adolescente nos conhecemos?)

2. Eleger um caso marcante e desenhar na folha de flip-chart (distribuir uma para cada grupo) os fluxos, movimentos, percursos e trajetórias do adolescente no bairro e outros locais que frequenta.

3. Apresentar na plenária a produção do grupo analisando as buscas destes para tornarem-se “sujeito de ação”.

Trabalho

em

grupo:

Trabalho individual posterior:

1. Ver o filme: Nunca me sonharam ( está no

circuito comercial)

2. Exercitar com os adolescentes atendidos um

desenho de mapa dos itinerários e relações

por onde anda, como cada um se vê nesses

lugares e como ele se vê.

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