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Noções de Direito Administrativo Administração Pública: princípios básicos. Princípios basilares Como vimos, os princípios basilares são o da supremacia do interesse público sobre o particular (ou princípio do interesse público) e o da indisponibilidade. Principio da supremacia do interesse publico - sempre que houver conflito entre interesse público e o particular deve prevalecer o interesse público, que representa a coletividade. Principio da indisponibilidade - os interesses da Administração não são de uma pessoa ou de um agente, mas de toda a coletividade. Por isso, eles não podem ser apropriados ou alienados por ninguém, pois não pertencem a ninguém de forma específica. Principios Expressos Legalidade: Com fundamento constitucional estampado no artigo 5º, II, adverte que: “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. De forma cristalina estabelece uma rígida interpretação de que o administrador público deve obedecer estritamente o que reza a lei, não oportunizando flexibilidade em inovar com subjetividade Impessoalidade: É o princípio que determina que a atividade administrativa tem que ter seu fim voltada ao atendimento do interesse público, sendo vetada o atendimento à vontades pessoais ou favoritismo em qualquer situação. Moralidade: Não se trata neste caso da moral comum, mas sim em um conjunto de regras que excluem as convicções subjetivas e intimas do agente público, trazendo à baila uma necessidade de atuação com ética máxima pré existente em um grupo social. Publicidade: É o princípio que manifesta a imposição da administração em divulgar seus atos. Geralmente, os atos são divulgados no diário oficial (União,estadual ou municipal) como a obrigação constante na lei em garantir a transparência da administração dando conhecimento generalizado e produzindo seus efeitos jurídicos. Eficiência: Este princípio veio através da emenda constitucional nº 19 que de certa forma não inovou, mas garantiu a inclusão de um princípio que já era implícito a outros. A administração pública deve ser eficiente, visando sempre o balanço das contas e despesas públicas controlando adequadamente a captação dos recursos e seu uso contemplando as necessidades da sociedade, visando obter sempre o melhor resultado desta relação. Outros princípios Motivação: Este princípio é reconhecido na Lei 9.784/99 e impõe aos a Administração Pública a obrigação de justificar seus atos. É tão importante que

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Resumo Admistrativo para TRT

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Noes de Direito Administrativo

Administrao Pblica:

princpios bsicos.

Princpios basilares

Como vimos, os princpios basilares so o da supremacia do interesse pblico sobre o particular (ou princpio do interesse pblico) e o da indisponibilidade.

Principio da supremacia do interesse publico - sempre que houver conflito entre interesse pblico e o particular deve prevalecer o interesse pblico, que representa a coletividade.

Principio da indisponibilidade - os interesses da Administrao no so de uma pessoa ou de um agente, mas de toda a coletividade. Por isso, eles no podem ser apropriados ou alienados por ningum, pois no pertencem a ningum de forma especfica.

Principios Expressos

Legalidade:Com fundamento constitucional estampado no artigo 5, II, adverte que: ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei. De forma cristalina estabelece uma rgida interpretao de que o administrador pblico deve obedecer estritamente o que reza a lei, no oportunizando flexibilidade em inovar com subjetividadeImpessoalidade: oprincpio que determina que a atividade administrativa tem que ter seu fim voltada ao atendimento do interesse pblico, sendo vetada o atendimento vontades pessoais ou favoritismo em qualquer situao.

Moralidade:No se trata neste caso da moral comum, mas sim em um conjunto de regras que excluem as convices subjetivas e intimas do agente pblico, trazendo baila uma necessidade de atuao com tica mxima pr existente em um grupo social.

Publicidade: o princpio que manifesta a imposio da administrao em divulgar seus atos. Geralmente, os atos so divulgados no dirio oficial (Unio,estadual ou municipal) como a obrigao constante na lei em garantir a transparncia da administrao dando conhecimento generalizado e produzindo seus efeitos jurdicos.

Eficincia:Este princpio veio atravs da emenda constitucional n 19 que de certa forma no inovou, mas garantiu a incluso de um princpio que j era implcito a outros. A administrao pblica deve ser eficiente, visando sempre o balano das contas e despesas pblicas controlando adequadamente a captao dos recursos e seu uso contemplando as necessidades da sociedade, visando obter sempre o melhor resultado desta relao.

Outros princpiosMotivao: Este princpio reconhecido na Lei9.784/99 e impe aos a Administrao Pblica a obrigao de justificar seus atos. to importante que est ligado diretamente a validade do ato administrativo, e sua ausncia implica na nulidade do ato. A motivao difere da fundamentao, sendo a primeira mais profunda, devendo o Estado amplamente explicar de forma motivada em qual norma a deciso foi motivada para a defesa do interesse coletivo.Razoabilidade:Trata-se de uma limitao ao poder discricionrio da AdministraoPblica, viabilizando a possibilidade de reviso pelo poder judicirio e de certa forma a razoabilidade atender ao interesse pblico dentro da razovel e sensato.

Proporcionalidade:Para alguns doutrinadores este princpio se confunde com o da razoabilidade uma vez que um completa o outro. Noutro giro a doutrina tambm aponta que este princpio serveria para nortear o alcance da competncia vlida da Administrao. Mesmo levando em considerao a supremacia dos direitos pblicos no se deve deixar sem amparo o direito individual, devendo ser proporcional em todas suas formas, sob pena de nulidade.

Ampla defesa:Seguindo o conceito do direito privado, este princpio implcito constitucional prev o direito da pessoa se defender de acusaes imputadas em virtude de ato ilcito cometido pelo sujeito apontado. No caso de acusao deve existir um processo formado e que seja oferecido o direito de resposta antes de qualquer deciso gravosa ao sujeito, podendo ainda recorrer as decises tomadas.

Contraditrio:Como a prpria nomeclatura indica, a oportunidade necessria dada ao sujeito sobre fatos alegados em seu desfavor. No processo administrativo deve-se existir a alternncia das manifestaes deixando clara a acusao e a defesa onde a deciso final deve apontar a base legal considerando o avencado nas manifestaes. Para muitos autores, no se trata de princpio, pois o conceito desta j est implcito a manifestao de todas as partes.

Finalidade:trata-se este princpio da convico de que a Administrao Pblica deve seguir a finalidade do interesse pblico j positivada em Lei, interpretando a lei de forma adequada sem sem praticar qualquer ato que possa viol-la ou causar sua nulidade.

Segurana Jurdica:Este princpio est ligado a obrigatoriedade da administrao em respeitar o direito adquirido e as normas impostas aos sditos que refletem no Estado de alguma forma. Este princpio tem a mesma origem do direito privado, e neste caso est almejando alcanar a prpria administrao, evitando com que esta faa algo em nome do bem coletivo que retire de algum indivduo ou de algum inocente direito j adquirido. Visa este princpio manter segura as relaes entre o Estado e os jurisdicionados de forma que se o ato deve ser desconstitudo este ser anulado ou revogado, mantendo as obrigaes e direitos ex-tunc ou Ex-nunc.

Agentes administrativos: investidura e exerccio da funo pblica

Espcie de agentes pblicos onde se encontra o maior nmero de pessoas naturais exercendo a funes pblicas, cargos pblicos e empregos pblicos nas administraes direta e indireta. So agentes administrativos que exercem uma atividade pblica com vnculo e remunerao paga pelo errio pblico. Podem ser classificados como estatutrios, celetistas ou temporrios.AGENTES ADMINISTRATIVOS: so todos aqueles que exercem profissionalmente atividades na administrao. Outros autores afirmam que so os que exercem funes pblicas de carter permanente em decorrncia de relao funcional. Sujeitam-se hierarquia funcional e ao regime jurdico estabelecido pela entidade qual pertencem.

So eles os servidores pblicos concursados em geral, os ocupantes de cargo ou funo em comisso, os ocupantes de emprego pblico, os servidores contratados temporariamente para atender a necessidade de excepcional interesse pblico.

AGENTES HONORFICOS: so cidados chamados para, transitoriamente, colaborarem com o Estado, na prestao de servios especficos, em razo de sua condio cvica, de sua honorabilidade ou de sua notria capacidade profissional. No possuem qualquer vnculo profissional com Estado (embora sejam considerados funcionrios pblicos para fins penais) e normalmente atuam sem remunerao. So os jurados, os mesrios eleitorais, os comissrios de menores etc.

AGENTES DELEGADOS: so particulares que recebem a incumbncia de determinada atividade, obra ou servio pblico e o realizam em nome prprio, por sua conta e risco, sob a permanente fiscalizao do poder pblico. No so, evidentemente, servidores pblicos, tampouco representantes do Estado, mas apenas colaboradores do poder pblico. So os concessionrios, permissionrios e autorizatrios de servios pblicos; os leiloeiros, os tradutores pblicos, tabelies etc.

AGENTES CREDENCIADOS: so aqueles que recebem a incumbncia de representar a Administrao em determinado ato ou praticar certa atividade especfica, mediante remunerao do Poder Pblico credenciante.

SERVIDORES PBLICOSDa classificao acima, para o direito administrativo a mais importante a relativa aos agentes administrativos.

A expresso agentes administrativos compreende o maior nmero de agentes pblicos, pois congrega no apenas os servidores de carreira, concursados (tambm chamados de efetivos), como tambm os empregados pblicos e os que exercem cargos em comisso ou funes temporrias.

Ou seja, compreendem:

Servidores pblicos: so os ocupantes de cargo pblico, ou seja, tanto os que o fazer por meio de concurso pblico, como os que fazem atravs de nomeao em funo de confiana. No tem contrato de trabalho, pois so submetidos aos estatutos do funcionalismo pblico (so estatutrios);

Empregados pblicos: so os que trabalham com vnculo de contrato de trabalho, regidos pela CLT Consolidao das Leis do Trabalho;

Servidores temporrios: so aqueles contratados para atender a uma das hipteses previstas no art. 37, IX: IX - a lei estabelecer os casos de contratao por tempo determinado para atender a necessidade temporria de excepcional interesse pblico. Quanto ao regime jurdico, os servidores temporrios ou sero estatutrios ou celetistas.

ASPECTOS GERAIS MAIS RELEVANTES

Acesso a funes, cargos e empregos pblicos: concurso pblico como regra geral:

Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte:

I - os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;Proibio de diferenas nos critrios de admisso por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil (art. 7, XXX da CF). EXCEO: Smula 683 do STF: O limite de idade para a inscrio em concurso pblico s se legitima em face do artigo 7, XXX, da Constituio Federal, quando possa ser justificado pela natureza das atribuies do cargo a ser preenchido

Necessidade de lei para criao e extino de cargos, empregos e funes pblicas: o que dispem os seguintes dispositivos constitucionais:

Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sano do Presidente da Repblica, no exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matrias de competncia da Unio, especialmente sobre:

X - criao, transformao e extino de cargos, empregos e funes pblicas, observado o que estabelece o art. 84, VI, b; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 32, de 2001)XI - criao e extino de Ministrios e rgos da administrao pblica; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 32, de 2001)Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da Repblica:

VI - dispor, mediante decreto, sobre: (Redao dada pela Emenda Constitucional n 32, de 2001)a) organizao e funcionamento da administrao federal, quando no implicar aumento de despesa nem criao ou extino de rgos pblicos; (Includa pela Emenda Constitucional n 32, de 2001)b) extino de funes ou cargos pblicos, quando vagos;

Exigncia de concurso pblico:A exigncia de concurso pblico aplica-se para os cargos ou empregos pblicos de provimento efetivo, ou seja, no se aplica aos cargos em comisso, nem aos contratados temporariamente. o que dispe o art. 37, II, da Constituio Federal:

Art. 37 (...)

II - a investidura em cargo ou emprego pblico depende de aprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao;

Prazo de validade do concurso: at dois anos, prorrogveis por igual perodo uma vez. III - o prazo de validade do concurso pblico ser de at dois anos, prorrogvel uma vez, por igual perodo;

Formas de provimento ou investidura (de preenchimento) do cargo pblico (art. 8 da Lei 8.112/90):

Originrio: o primeiro ato de investidura do agente em cargo, emprego ou funo pblica, o qual se materializa por meio da NOMEAO ou pela CONTRATAO.

Derivado: consiste num ato de investidura que pressupe um provimento originrio. Ou seja, depende de um vnculo anterior do agente pblico com a Administrao.Art.8So formas de provimento de cargo pblico:

I-nomeao; -

II-promoo; - progresso na carreira V-readaptao; - compatibilidade com as limitaes sofridas pelo servidorvi-reverso; - retorno do aposentado por invalidez quando cessada a causaVII-aproveitamento; - retorno do servidor que se encontrava em disponibilidadeVIII-reintegrao; - retorno ao cargo em virtude de anulao da demisso pela Administrao ou pelo Poder JudicirioIX-reconduo. retorno do servidor ao cargo anteriormente ocupado por inabilitao em estgio probatrio relativo a outro cargo ou reintegrao do anterior ocupante em que havia sido investido o reconduzidoEstabilidade (caracterstica dos servidores efetivos, aprovados aps concurso pblico):OBS: Efetivo (tem a ver com o cargo carter definitivo) NO sinnimo de Estabilidade e tambm no EfetivaoA Constituio Federal dispe, no art. 41, a respeito da estabilidade para os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pblico. Foi uma opo poltica da Assembleia Constituinte (que elaborou a Constituio Federal), visando a assegurar aos servidores independncia e autonomia para no cederem a presses polticas e poderem exercer suas funes sem depender da aprovao ou da concordncia daqueles que assumem transitoriamente o poder (presidentes, governadores, prefeitos etc).

Art. 41. So estveis aps trs anos de efetivo exerccio os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pblico.

1 O servidor pblico estvel s perder o cargo:

I - em virtude de sentena judicial transitada em julgado;

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

III - mediante procedimento de avaliao peridica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.

2 Invalidada por sentena judicial a demisso do servidor estvel, ser ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estvel, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenizao, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remunerao proporcional ao tempo de servio.

3 Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estvel ficar em disponibilidade, com remunerao proporcional ao tempo de servio, at seu adequado aproveitamento em outro cargo.

4 Como condio para a aquisio da estabilidade, obrigatria a avaliao especial de desempenho por comisso instituda para essa finalidade.

DIREITOS E DEVERES DOS SERVIDORES PBLICOSArt. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte: I - os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;

II - a investidura em cargo ou emprego pblico depende de aprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao; III - o prazo de validade do concurso pblico ser de at dois anos, prorrogvel uma vez, por igual perodo;

IV - durante o prazo improrrogvel previsto no edital de convocao, aquele aprovado em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos ser convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;

V - as funes de confiana, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comisso, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condies e percentuais mnimos previstos em lei, destinam-se apenas s atribuies de direo, chefia e assessoramento; VI - garantido ao servidor pblico civil o direito livre associao sindical;

VII - o direito de greve ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei especfica; VIII - a lei reservar percentual dos cargos e empregos pblicos para as pessoas portadoras de deficincia e definir os critrios de sua admisso;

IX - a lei estabelecer os casos de contratao por tempo determinado para atender a necessidade temporria de excepcional interesse pblico;

X - a remunerao dos servidores pblicos e o subsdio de que trata o 4 do art. 39 somente podero ser fixados ou alterados por lei especfica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada reviso geral anual, sempre na mesma data e sem distino de ndices; XI - a remunerao e o subsdio dos ocupantes de cargos, funes e empregos pblicos da administrao direta, autrquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes polticos e os proventos, penses ou outra espcie remuneratria, percebidos cumulativamente ou no, includas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, no podero exceder o subsdio mensal, em espcie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municpios, o subsdio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsdio mensal do Governador no mbito do Poder Executivo, o subsdio dos Deputados Estaduais e Distritais no mbito do Poder Legislativo e o subsdio dos Desembargadores do Tribunal de Justia, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centsimos por cento do subsdio mensal, em espcie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no mbito do Poder Judicirio, aplicvel este limite aos membros do Ministrio Pblico, aos Procuradores e aos Defensores Pblicos; XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judicirio no podero ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

XIII - vedada a vinculao ou equiparao de quaisquer espcies remuneratrias para o efeito de remunerao de pessoal do servio pblico; XIV - os acrscimos pecunirios percebidos por servidor pblico no sero computados nem acumulados para fins de concesso de acrscimos ulteriores; XV - o subsdio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos pblicos so irredutveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, 4, 150, II, 153, III, e 153, 2, I; XVI - vedada a acumulao remunerada de cargos pblicos, exceto, quando houver compatibilidade de horrios, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: a) a de dois cargos de professor;

b) a de um cargo de professor com outro, tcnico ou cientfico; c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de sade, com profisses regulamentadas; XVII - a proibio de acumular estende-se a empregos e funes e abrange autarquias, fundaes, empresas pblicas, sociedades de economia mista, suas subsidirias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder pblico; XVIII - a administrao fazendria e seus servidores fiscais tero, dentro de suas reas de competncia e jurisdio, precedncia sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;

XIX somente por lei especfica poder ser criada autarquia e autorizada a instituio de empresa pblica, de sociedade de economia mista e de fundao, cabendo lei complementar, neste ltimo caso, definir as reas de sua atuao; XX - depende de autorizao legislativa, em cada caso, a criao de subsidirias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participao de qualquer delas em empresa privada;

XXI - ressalvados os casos especificados na legislao, as obras, servios, compras e alienaes sero contratados mediante processo de licitao pblica que assegure igualdade de condies a todos os concorrentes, com clusulas que estabeleam obrigaes de pagamento, mantidas as condies efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitir as exigncias de qualificao tcnica e econmica indispensveis garantia do cumprimento das obrigaes.

XXII - as administraes tributrias da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras especficas, tero recursos prioritrios para a realizao de suas atividades e atuaro de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informaes fiscais, na forma da lei ou convnio. 1 A publicidade dos atos, programas, obras, servios e campanhas dos rgos pblicos dever ter carter educativo, informativo ou de orientao social, dela no podendo constar nomes, smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos.

2 A no-observncia do disposto nos incisos II e III implicar a nulidade do ato e a punio da autoridade responsvel, nos termos da lei.

3 A lei disciplinar as formas de participao do usurio na administrao pblica direta e indireta, regulando especialmente:

I - as reclamaes relativas prestao dos servios pblicos em geral, asseguradas a manuteno de servios de atendimento ao usurio e a avaliao peridica, externa e interna, da qualidade dos servios;

II - o acesso dos usurios a registros administrativos e a informaes sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5, X e XXXIII;

III - a disciplina da representao contra o exerccio negligente ou abusivo de cargo, emprego ou funo na administrao pblica. 4 Os atos de improbidade administrativa importaro a suspenso dos direitos polticos, a perda da funo pblica, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao errio, na forma e gradao previstas em lei, sem prejuzo da ao penal cabvel.

5 A lei estabelecer os prazos de prescrio para ilcitos praticados por qualquer agente, servidor ou no, que causem prejuzos ao errio, ressalvadas as respectivas aes de ressarcimento.

6 As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privado prestadoras de servios pblicos respondero pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsvel nos casos de dolo ou culpa.

7 A lei dispor sobre os requisitos e as restries ao ocupante de cargo ou emprego da administrao direta e indireta que possibilite o acesso a informaes privilegiadas. 8 A autonomia gerencial, oramentria e financeira dos rgos e entidades da administrao direta e indireta poder ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder pblico, que tenha por objeto a fixao de metas de desempenho para o rgo ou entidade, cabendo lei dispor sobre:

I - o prazo de durao do contrato;

II - os controles e critrios de avaliao de desempenho, direitos, obrigaes e responsabilidade dos dirigentes;

III - a remunerao do pessoal.

9 O disposto no inciso XI aplica-se s empresas pblicas e s sociedades de economia mista, e suas subsidirias, que receberem recursos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municpios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. 10. vedada a percepo simultnea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remunerao de cargo, emprego ou funo pblica, ressalvados os cargos acumulveis na forma desta Constituio, os cargos eletivos e os cargos em comisso declarados em lei de livre nomeao e exonerao. 11. No sero computadas, para efeito dos limites remuneratrios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de carter indenizatrio previstas em lei. 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu mbito, mediante emenda s respectivas Constituies e Lei Orgnica, como limite nico, o subsdio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justia, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centsimos por cento do subsdio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no se aplicando o disposto neste pargrafo aos subsdios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.

Art. 38. Ao servidor pblico da administrao direta, autrquica e fundacional, no exerccio de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposies:

I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficar afastado de seu cargo, emprego ou funo;

II - investido no mandato de Prefeito, ser afastado do cargo, emprego ou funo, sendo-lhe facultado optar pela sua remunerao;

III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horrios, perceber as vantagens de seu cargo, emprego ou funo, sem prejuzo da remunerao do cargo eletivo, e, no havendo compatibilidade, ser aplicada a norma do inciso anterior;

IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exerccio de mandato eletivo, seu tempo de servio ser contado para todos os efeitos legais, exceto para promoo por merecimento;

V - para efeito de benefcio previdencirio, no caso de afastamento, os valores sero determinados como se no exerccio estivesse.

Seo II

Dos Servidores Pblicos

(Redao dada pela Emenda Constitucional n 18, de 1998)

Art. 39. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios instituiro, no mbito de sua competncia, regime jurdico nico e planos de carreira para os servidores da administrao pblica direta, das autarquias e das fundaes pblicas. (Vide ADIN n 2.135-4)

1 A fixao dos padres de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratrio observar:

I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira; II - os requisitos para a investidura; III - as peculiaridades dos cargos. 2 A Unio, os Estados e o Distrito Federal mantero escolas de governo para a formao e o aperfeioamento dos servidores pblicos, constituindo-se a participao nos cursos um dos requisitos para a promoo na carreira, facultada, para isso, a celebrao de convnios ou contratos entre os entes federados.

3 Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo pblico o disposto no art. 7, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admisso quando a natureza do cargo o exigir.

4 O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretrios Estaduais e Municipais sero remunerados exclusivamente por subsdio fixado em parcela nica, vedado o acrscimo de qualquer gratificao, adicional, abono, prmio, verba de representao ou outra espcie remuneratria, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. 5 Lei da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios poder estabelecer a relao entre a maior e a menor remunerao dos servidores pblicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI.

6 Os Poderes Executivo, Legislativo e Judicirio publicaro anualmente os valores do subsdio e da remunerao dos cargos e empregos pblicos. 7 Lei da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios disciplinar a aplicao de recursos oramentrios provenientes da economia com despesas correntes em cada rgo, autarquia e fundao, para aplicao no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernizao, reaparelhamento e racionalizao do servio pblico, inclusive sob a forma de adicional ou prmio de produtividade.

8 A remunerao dos servidores pblicos organizados em carreira poder ser fixada nos termos do 4. Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, includas suas autarquias e fundaes, assegurado regime de previdncia de carter contributivo e solidrio, mediante contribuio do respectivo ente pblico, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critrios que preservem o equilbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. 1 Os servidores abrangidos pelo regime de previdncia de que trata este artigo sero aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos 3 e 17: I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuio, exceto se decorrente de acidente em servio, molstia profissional ou doena grave, contagiosa ou incurvel, na forma da lei; II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuio; III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mnimo de dez anos de efetivo exerccio no servio pblico e cinco anos no cargo efetivo em que se dar a aposentadoria, observadas as seguintes condies:

a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuio, se homem, e cinqenta e cinco anos de idade e trinta de contribuio, se mulher; b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuio. 2 Os proventos de aposentadoria e as penses, por ocasio de sua concesso, no podero exceder a remunerao do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referncia para a concesso da penso.

3 Para o clculo dos proventos de aposentadoria, por ocasio da sua concesso, sero consideradas as remuneraes utilizadas como base para as contribuies do servidor aos regimes de previdncia de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei. 4 vedada a adoo de requisitos e critrios diferenciados para a concesso de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores:

I - portadores de deficincia;

II - que exeram atividades de risco;

III - cujas atividades sejam exercidas sob condies especiais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica. 5 Os requisitos de idade e de tempo de contribuio sero reduzidos em cinco anos, em relao ao disposto no 1, III, a, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exerccio das funes de magistrio na educao infantil e no ensino fundamental e mdio. 6 Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumulveis na forma desta Constituio, vedada a percepo de mais de uma aposentadoria conta do regime de previdncia previsto neste artigo. 7 Lei dispor sobre a concesso do benefcio de penso por morte, que ser igual: I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, at o limite mximo estabelecido para os benefcios do regime geral de previdncia social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado data do bito; ou II - ao valor da totalidade da remunerao do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, at o limite mximo estabelecido para os benefcios do regime geral de previdncia social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do bito. 8 assegurado o reajustamento dos benefcios para preservar-lhes, em carter permanente, o valor real, conforme critrios estabelecidos em lei. 9 O tempo de contribuio federal, estadual ou municipal ser contado para efeito de aposentadoria e o tempo de servio correspondente para efeito de disponibilidade. 10. A lei no poder estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuio fictcio. 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulao de cargos ou empregos pblicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuio para o regime geral de previdncia social, e ao montante resultante da adio de proventos de inatividade com remunerao de cargo acumulvel na forma desta Constituio, cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao, e de cargo eletivo. 12. Alm do disposto neste artigo, o regime de previdncia dos servidores pblicos titulares de cargo efetivo observar, no que couber, os requisitos e critrios fixados para o regime geral de previdncia social. 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao bem como de outro cargo temporrio ou de emprego pblico, aplica-se o regime geral de previdncia social.

14. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, desde que instituam regime de previdncia complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, podero fixar, para o valor das aposentadorias e penses a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite mximo estabelecido para os benefcios do regime geral de previdncia social de que trata o art. 201. 15. O regime de previdncia complementar de que trata o 14 ser institudo por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus pargrafos, no que couber, por intermdio de entidades fechadas de previdncia complementar, de natureza pblica, que oferecero aos respectivos participantes planos de benefcios somente na modalidade de contribuio definida. 16. Somente mediante sua prvia e expressa opo, o disposto nos 14 e 15 poder ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no servio pblico at a data da publicao do ato de instituio do correspondente regime de previdncia complementar. 17. Todos os valores de remunerao considerados para o clculo do benefcio previsto no 3 sero devidamente atualizados, na forma da lei.

18. Incidir contribuio sobre os proventos de aposentadorias e penses concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite mximo estabelecido para os benefcios do regime geral de previdncia social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigncias para aposentadoria voluntria estabelecidas no 1, III, a, e que opte por permanecer em atividade far jus a um abono de permanncia equivalente ao valor da sua contribuio previdenciria at completar as exigncias para aposentadoria compulsria contidas no 1, II. 20. Fica vedada a existncia de mais de um regime prprio de previdncia social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, 3, X. 21. A contribuio prevista no 18 deste artigo incidir apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de penso que superem o dobro do limite mximo estabelecido para os benefcios do regime geral de previdncia social de que trata o art. 201 desta Constituio, quando o beneficirio, na forma da lei, for portador de doena incapacitante. Art. 41. So estveis aps trs anos de efetivo exerccio os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pblico.

1 O servidor pblico estvel s perder o cargo:

I - em virtude de sentena judicial transitada em julgado; II mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III mediante procedimento de avaliao peridica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.

2 Invalidada por sentena judicial a demisso do servidor estvel, ser ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estvel, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenizao, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remunerao proporcional ao tempo de servio. 3 Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estvel ficar em disponibilidade, com remunerao proporcional ao tempo de servio, at seu adequado aproveitamento em outro cargo. 4 Como condio para a aquisio da estabilidade, obrigatria a avaliao especial de desempenho por comisso instituda para essa finalidade.

DEVERES Os deveres do servidor pblico civil da Unio so: Exercer com zelo e dedicao as atribuies do cargo; Ser leal s instituies a que servir; Observar as normas legais e regulamentares; Cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; Atender com presteza: ao pblico em geral, prestando as informaes requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; expedio de certides requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situaes de interesse pessoal; s requisies para a defesa da Fazenda Pblica. Levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver cincia em razo do cargo; Zelar pela economia do material e a conservao do patrimnio pblico; Guardar sigilo sobre assunto da repartio; Manter conduta compatvel com a moralidade administrativa; Ser assduo e pontual ao servio; Tratar com urbanidade as pessoas; Representar contra ilegalidade, omisso ou abuso de poder. Esta representao ser encaminhada pela via hierrquica e apreciada pela autoridade superior quela contra a qual formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa.

PROIBIES As proibies ao servidor pblico civil da Unio esto descritas a seguir: Ausentar-se do servio durante o expediente, sem prvia autorizao do chefe imediato; Retirar, sem prvia anuncia da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartio; Recusar f a documentos pblicos; Opor resistncia injustificada ao andamento de documento e processo ou execuo de servio; Promover manifestao de apreo ou desapreo no recinto da repartio; Cometer a pessoa estranha repartio, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuio que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; Coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associao profissional ou sindical, ou a partido poltico; Manter sob sua chefia imediata, em cargo ou funo de confiana, cnjuge, companheiro ou parente at o segundo grau civil; Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da funo pblica; Participar de gerncia ou administrao de sociedade privada, personificada ou no personificada, salvo a participao nos conselhos de administrao e fiscal de empresas ou entidades em que a Unio detenha, direta ou indiretamente, participao no capital social ou em sociedade cooperativa constituda para prestar servios a seus membros, e exercer o comrcio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditrio; Atuar, como procurador ou intermedirio, junto a reparties pblicas, salvo quando se tratar de benefcios previdencirios ou assistenciais de parentes at o segundo grau, e de cnjuge ou companheiro; Receber propina, comisso, presente ou vantagem de qualquer espcie, em razo de suas atribuies; Aceitar comisso, emprego ou penso de estado estrangeiro; Praticar usura sob qualquer de suas formas; Proceder de forma desidiosa; Utilizar pessoal ou recursos materiais da repartio em servios ou atividades particulares; Cometer a outro servidor atribuies estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situaes de emergncia e transitrias; Exercer quaisquer atividades que sejam incompatveis com o exerccio do cargo ou funo e com o horrio de trabalho; Recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.

REGIMES JURDICOSRegime jurdico dos servidores pblicos o conjunto de princpios e regras referentes a direitos, deveres e demais normas que regem a sua vida funcional. A lei que rene estas regas denominada de Estatuto e o regime jurdico passa a ser chamado de regime jurdico Estatutrio.

No mbito de cada pessoa poltica - Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios - h um Estatuto. A lei 8.112/90, de 11/12/1990, com suas alteraes, o regime jurdico Estatutrio aplicvel aos Servidores Pblicos Civis da Unio, das autarquias e fundaes pblicas federais, ocupantes de cargos pblicos.

PROCESSO ADMINISTRATIVO (Lei n 9.784/99): DAS DISPOSIES GERAIS

Art. 1oEsta Lei estabelece normas bsicas sobre o processo administrativo no mbito da Administrao Federal direta e indireta, visando, em especial, proteo dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administrao.

1oOs preceitos desta Lei tambm se aplicam aos rgos dos Poderes Legislativo e Judicirio da Unio, quando no desempenho de funo administrativa.

2oPara os fins desta Lei, consideram-se:

I - rgo - a unidade de atuao integrante da estrutura da Administrao direta e da estrutura da Administrao indireta;

II - entidade - a unidade de atuao dotada de personalidade jurdica;

III - autoridade - o servidor ou agente pblico dotado de poder de deciso.

Art. 2oA Administrao Pblica obedecer, dentre outros, aos princpios da legalidade, finalidade, motivao, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditrio, segurana jurdica, interesse pblico e eficincia.

Pargrafo nico. Nos processos administrativos sero observados, entre outros, os critrios de:

I - atuao conforme a lei e o Direito;

II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renncia total ou parcial de poderes ou competncias, salvo autorizao em lei;

III - objetividade no atendimento do interesse pblico, vedada a promoo pessoal de agentes ou autoridades;

IV - atuao segundo padres ticos de probidade, decoro e boa-f;

V - divulgao oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipteses de sigilo previstas na Constituio;

VI - adequao entre meios e fins, vedada a imposio de obrigaes, restries e sanes em medida superior quelas estritamente necessrias ao atendimento do interesse pblico;

VII - indicao dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a deciso;

VIII observncia das formalidades essenciais garantia dos direitos dos administrados;

IX - adoo de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurana e respeito aos direitos dos administrados;

X - garantia dos direitos comunicao, apresentao de alegaes finais, produo de provas e interposio de recursos, nos processos de que possam resultar sanes e nas situaes de litgio;

XI - proibio de cobrana de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei;

XII - impulso, de ofcio, do processo administrativo, sem prejuzo da atuao dos interessados;

XIII - interpretao da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim pblico a que se dirige, vedada aplicao retroativa de nova interpretao.

DOS DIREITOS E DEVERES DOS ADMINISTRADOSDOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS

Art. 3oO administrado tem os seguintes direitos perante a Administrao, sem prejuzo de outros que lhe sejam assegurados:

I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que devero facilitar o exerccio de seus direitos e o cumprimento de suas obrigaes;

II - ter cincia da tramitao dos processos administrativos em que tenha a condio de interessado, ter vista dos autos, obter cpias de documentos neles contidos e conhecer as decises proferidas;

III - formular alegaes e apresentar documentos antes da deciso, os quais sero objeto de considerao pelo rgo competente;

IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatria a representao, por fora de lei.

CAPTULO III

DOS DEVERES DO ADMINISTRADO

Art. 4oSo deveres do administrado perante a Administrao, sem prejuzo de outros previstos em ato normativo:

I - expor os fatos conforme a verdade;

II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-f;

III - no agir de modo temerrio;

IV - prestar as informaes que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.

PRINCIPIOS DO PROCESSO ADMINISTRATIVOOficialidade:no mbito administrativo, esse princpio assegura a possibilidade de instaurao do processo por iniciativa da Administrao, independentemente de provocao do administrado e ainda a possibilidade de impulsionar o processo, adotando todas as medidas necessrias sua adequada instruo. Na Lei 9.784/99 est previsto como um dos critrios a serem adotados nos processos administrativos, a impulso, de ofcio, do processo administrativo, sem prejuzo da atuao dos interessados. No Art. 5 est expresso que o processo pode iniciar-se de ofcio ou a pedido de interessado e o Art. 29 contm a determinao de que as atividades de instruo destinadas a averiguar e comprovar os dados necessrios tomada de deciso realiza-se de ofcio ou mediante impulso do rgo responsvel pelo processo, sem prejuzo do direito dos interessados de propor atuaes probatrias. A lei permite que nos processos administrativos de que resultem sanes, a reviso se faa a pedido ou de oficio, quando surgirem fatos novos ou circunstncias relevantes suscetveis de justificar a inadequao da sano aplicada, ficando expressamente vedado o agravamento da sano. O Princpio da Oficialidade autoriza a Administrao a requerer diligncias, investigar fatos de que toma conhecimento no curso do processo, solicitar pareceres, laudos, informaes, rever os prprios atos e praticar tudo o que for necessrio consecuo do interesse pblico. Portanto, a oficialidade est presente: 1) no poder de iniciativa para instaurar o processo; 2) na instruo do processo; 3) na reviso de suas decises. Em todas essas fases, a Administrao pode agirex officio.

Informalismo procedimental: informalismo no significa, nesse caso, ausncia de forma; o processo administrativo formal no sentido de que deve ser reduzido a escrito e conter documentado tudo o que ocorre no seu desenvolvimento; informal no sentido de que no est sujeito a formas rgidas. s vezes, a lei impe determinadas formalidades ou estabelece um procedimento mais rgido, prescrevendo a nulidade para o caso de sua inobservncia. Isso ocorre como garantia para o particular de que as pretenses confiadas aos rgos administrativos sero solucionadas nos termos da lei; alm disso, constituem o instrumento adequado para permitir o controle administrativo pelos Poderes Legislativo e Judicial. Na realidade, o formalismo somente deve existir quando for necessrio para atender ao interesse pblico e proteger os direitos dos particulares. o que est expresso no Art. 2, que exige, nos processos administrativos, a observncia das formalidades essenciais garantia dos direitos dos administrados e a adoo de formas simples, suficientes para proporcionar adequado grau de certeza, segurana e respeito aos direitos dos administrados. Trata-se de aplicar o Princpio da Razoabilidade ou da Proporcionalidade em relao s formas. Ainda na mesma linha do informalismo, o Art. 22 da lei estabelece que os atos do processo administrativo no dependem de forma determinada seno quando a lei expressamente a exigir. Inclusive o reconhecimento de firma, salvo imposio legal para casos especficos, s pode ser exigido quando houver dvida de autenticidade e a autenticao de documentos exigidos em cpia poder ser feita pelo prprio rgo administrativo.

Verdade Real:verdade sabida o conhecimento pessoal e direto da falta pela autoridade competente para aplicar a pena.

Contraditrio e Ampla Defesa:O Princpio da Ampla Defesa aplicvel a qualquer tipo de processo que envolva situaes de litgio ou o poder sancionatrio do estado sobre as pessoas fsicas e jurdicas. o que decorre do Art. 5, LV, da CF e est tambm expresso no Art. 2 da lei que impe, nos processos administrativos, sejam assegurados os direitos comunicao, apresentao de alegaes finais, produo de provas e interposio de recursos, nos processos de que possam resultar sanes e nas situaes de litgio. O Principio do Contraditrio, que inerente ao direito de defesa, decorrente da bilateralidade do processo; quando uma das partes alega alguma coisa, h de ser ouvida tambm a outra, dando-lhe oportunidade de resposta. Ele supe o conhecimento dos atos processuais pelo acusado e o seu direito de resposta ou de reao. Exige: 1) notificao dos atos processuais parte interessada; 2) possibilidade de exame das provas constantes do processo; 3) direito de assistir inquirio de testemunhas; e 4) direito de apresentar defesa escrita.

DA COMPETNCIAArt. 11. A competncia irrenuncivel e se exerce pelos rgos administrativos a que foi atribuda como prpria, salvo os casos de delegao e avocao legalmente admitidos.

Art. 12. Um rgo administrativo e seu titular podero, se no houver impedimento legal, delegar parte da sua competncia a outros rgos ou titulares, ainda que estes no lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razo de circunstncias de ndole tcnica, social, econmica, jurdica ou territorial.

Pargrafo nico. O disposto nocaputdeste artigo aplica-se delegao de competncia dos rgos colegiados aos respectivos presidentes.

Art. 13. No podem ser objeto de delegao:

I - a edio de atos de carter normativo;

II - a deciso de recursos administrativos;

III - as matrias de competncia exclusiva do rgo ou autoridade.

Art. 14. O ato de delegao e sua revogao devero ser publicados no meio oficial.

1oO ato de delegao especificar as matrias e poderes transferidos, os limites da atuao do delegado, a durao e os objetivos da delegao e o recurso cabvel, podendo conter ressalva de exerccio da atribuio delegada.

2oO ato de delegao revogvel a qualquer tempo pela autoridade delegante.

3oAs decises adotadas por delegao devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-o editadas pelo delegado.

Art. 15. Ser permitida, em carter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocao temporria de competncia atribuda a rgo hierarquicamente inferior.

Art. 16. Os rgos e entidades administrativas divulgaro publicamente os locais das respectivas sedes e, quando conveniente, a unidade fundacional competente em matria de interesse especial.

Art. 17. Inexistindo competncia legal especfica, o processo administrativo dever ser iniciado perante a autoridade de menor grau hierrquico para decidir.

DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIO Art. 18. impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que:

I - tenha interesse direto ou indireto na matria;

II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situaes ocorrem quanto ao cnjuge, companheiro ou parente e afins at o terceiro grau;

III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cnjuge ou companheiro.

Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato autoridade competente, abstendo-se de atuar.

Pargrafo nico. A omisso do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave, para efeitos disciplinares.

Art. 20. Pode ser argida a suspeio de autoridade ou servidor que tenha amizade ntima ou inimizade notria com algum dos interessados ou com os respectivos cnjuges, companheiros, parentes e afins at o terceiro grau.

Art. 21. O indeferimento de alegao de suspeio poder ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo.

DA MOTIVAO

Art. 50. Os atos administrativos devero ser motivados, com indicao dos fatos e dos fundamentos jurdicos, quando:

I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanes;

III - decidam processos administrativos de concurso ou seleo pblica;

IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatrio;

V - decidam recursos administrativos;

VI - decorram de reexame de ofcio;

VII - deixem de aplicar jurisprudncia firmada sobre a questo ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatrios oficiais;

VIII - importem anulao, revogao, suspenso ou convalidao de ato administrativo.

1oA motivao deve ser explcita, clara e congruente, podendo consistir em declarao de concordncia com fundamentos de anteriores pareceres, informaes, decises ou propostas, que, neste caso, sero parte integrante do ato.

2oNa soluo de vrios assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecnico que reproduza os fundamentos das decises, desde que no prejudique direito ou garantia dos interessados.

3oA motivao das decises de rgos colegiados e comisses ou de decises orais constar da respectiva ata ou de termo escrito.

DOS PRAZOS

Art. 66. Os prazos comeam a correr a partir da data da cientificao oficial, excluindo-se da contagem o dia do comeo e incluindo-se o do vencimento.

1oConsidera-se prorrogado o prazo at o primeiro dia til seguinte se o vencimento cair em dia em que no houver expediente ou este for encerrado antes da hora normal.

2oOs prazos expressos em dias contam-se de modo contnuo.

3oOs prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no ms do vencimento no houver o dia equivalente quele do incio do prazo, tem-se como termo o ltimo dia do ms.

Art. 67. Salvo motivo de fora maior devidamente comprovado, os prazos processuais no se suspendem

Regime Jurdico dos Servidores Pblicos Civis da Unio (Lei n 8.112/90, com as alteraes posteriores): Das Disposies PreliminaresArt.1oEsta Lei institui o Regime Jurdico dos Servidores Pblicos Civis da Unio, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundaes pblicas federais.

Art.2oPara os efeitos desta Lei, servidor a pessoa legalmente investida em cargo pblico.

Art.3oCargo pblico o conjunto de atribuies e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.

Pargrafonico.Os cargos pblicos, acessveis a todos os brasileiros, so criados por lei, com denominao prpria e vencimento pago pelos cofres pblicos, para provimento em carter efetivo ou em comisso.

Art.4o proibida a prestao de servios gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

Do Provimento, Vacncia, Remoo, Redistribuio e SubstituioCaptulo IDo ProvimentoSeo IDisposies GeraisArt.5oSo requisitos bsicos para investidura em cargo pblico:

I-a nacionalidade brasileira;

II-o gozo dos direitos polticos;

III-a quitao com as obrigaes militares e eleitorais;

IV-o nvel de escolaridade exigido para o exerccio do cargo;

V-a idade mnima de dezoito anos;

VI-aptido fsica e mental.

1oAs atribuies do cargo podem justificar a exigncia de outros requisitos estabelecidos em lei.

2os pessoas portadoras de deficincia assegurado o direito de se inscrever em concurso pblico para provimento de cargo cujas atribuies sejam compatveis com a deficincia de que so portadoras; para tais pessoas sero reservadas at 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.

3oAs universidades e instituies de pesquisa cientfica e tecnolgica federais podero prover seus cargos com professores, tcnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei. Art.6oO provimento dos cargos pblicos far-se- mediante ato da autoridade competente de cada Poder.

Art.7oA investidura em cargo pblico ocorrer com a posse.

Art.8oSo formas de provimento de cargo pblico:

I-nomeao;

II-promoo;

III-(Revogado pela Lei n 9.527, de 10.12.97)IV-(Revogado pela Lei n 9.527, de 10.12.97)V-readaptao;

VI-reverso;

VII-aproveitamento;

VIII-reintegrao;

IX-reconduo.

Seo IIDa NomeaoArt.9oA nomeao far-se-:

I-em carter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira;

II-em comisso, inclusive na condio de interino, para cargos de confiana vagos. Pargrafonico.O servidor ocupante de cargo em comisso ou de natureza especial poder ser nomeado para ter exerccio, interinamente, em outro cargo de confiana, sem prejuzo das atribuies do que atualmente ocupa, hiptese em que dever optar pela remunerao de um deles durante o perodo da interinidade. Art.10.A nomeao para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prvia habilitao em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, obedecidos a ordem de classificao e o prazo de sua validade.

Pargrafonico.Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoo, sero estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administrao Pblica Federal e seus regulamentos. Seo IIIDo Concurso PblicoArt.11.O concurso ser de provas ou de provas e ttulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrio do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensvel ao seu custeio, e ressalvadas as hipteses de iseno nele expressamente previstas. Art.12.O concurso pblico ter validade de at 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma nica vez, por igual perodo.

1oO prazo de validade do concurso e as condies de sua realizao sero fixados em edital, que ser publicado no Dirio Oficial da Unio e em jornal dirio de grande circulao.

2oNo se abrir novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade no expirado.

Seo IVDa Posse e do ExerccioArt.13.A posse dar-se- pela assinatura do respectivo termo, no qual devero constar as atribuies, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que no podero ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofcio previstos em lei.

1oA posse ocorrer no prazo de trinta dias contados da publicao do ato de provimento. 2oEm se tratando de servidor, que esteja na data de publicao do ato de provimento, em licena prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e X do art. 102, o prazo ser contado do trmino do impedimento. 3oA posse poder dar-se mediante procurao especfica.

4oS haver posse nos casos de provimento de cargo por nomeao. 5oNo ato da posse, o servidor apresentar declarao de bens e valores que constituem seu patrimnio e declarao quanto ao exerccio ou no de outro cargo, emprego ou funo pblica.

6oSer tornado sem efeito o ato de provimento se a posse no ocorrer no prazo previsto no 1odeste artigo.

Art.14.A posse em cargo pblico depender de prvia inspeo mdica oficial.

Pargrafonico.S poder ser empossado aquele que for julgado apto fsica e mentalmente para o exerccio do cargo.

Art.15.Exerccio o efetivo desempenho das atribuies do cargo pblico ou da funo de confiana. 1o de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo pblico entrar em exerccio, contados da data da posse. 2oO servidor ser exonerado do cargo ou ser tornado sem efeito o ato de sua designao para funo de confiana, se no entrar em exerccio nos prazos previstos neste artigo, observado o disposto no art. 18. 3o autoridade competente do rgo ou entidade para onde for nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe exerccio. 4oO incio do exerccio de funo de confiana coincidir com a data de publicao do ato de designao, salvo quando o servidor estiver em licena ou afastado por qualquer outro motivo legal, hiptese em que recair no primeiro dia til aps o trmino do impedimento, que no poder exceder a trinta dias da publicao. Art.16.O incio, a suspenso, a interrupo e o reincio do exerccio sero registrados no assentamento individual do servidor.

Pargrafonico.Ao entrar em exerccio, o servidor apresentar ao rgo competente os elementos necessrios ao seu assentamento individual.

Art.17.A promoo no interrompe o tempo de exerccio, que contado no novo posicionamento na carreira a partir da data de publicao do ato que promover o servidor. Art.18.O servidor que deva ter exerccio em outro municpio em razo de ter sido removido, redistribudo, requisitado, cedido ou posto em exerccio provisrio ter, no mnimo, dez e, no mximo, trinta dias de prazo, contados da publicao do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuies do cargo, includo nesse prazo o tempo necessrio para o deslocamento para a nova sede. 1oNa hiptese de o servidor encontrar-se em licena ou afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo ser contado a partir do trmino do impedimento. 2o facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos nocaput. Art.19.Os servidores cumpriro jornada de trabalho fixada em razo das atribuies pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a durao mxima do trabalho semanal de quarenta horas e observados os limites mnimo e mximo de seis horas e oito horas dirias, respectivamente. 1oO ocupante de cargo em comisso ou funo de confiana submete-se a regime de integral dedicao ao servio, observado o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administrao. 2oO disposto neste artigo no se aplica a durao de trabalho estabelecida em leis especiais.

Art.20.Ao entrar em exerccio, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficar sujeito a estgio probatrio por perodo de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptido e capacidade sero objeto de avaliao para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores:(vide EMC n 19)I-assiduidade;

II-disciplina;

III-capacidade de iniciativa;

IV-produtividade;

V- responsabilidade.

1o 4 (quatro) meses antes de findo o perodo do estgio probatrio, ser submetida homologao da autoridade competente a avaliao do desempenho do servidor, realizada por comisso constituda para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuzo da continuidade de apurao dos fatores enumerados nos incisos I a V do caput deste artigo. 2oO servidor no aprovado no estgio probatrio ser exonerado ou, se estvel, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no pargrafonico do art. 29.

3oO servidor em estgio probatrio poder exercer quaisquer cargos de provimento em comisso ou funes de direo, chefia ou assessoramento no rgo ou entidade de lotao, e somente poder ser cedido a outro rgo ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comisso do Grupo-Direo e Assessoramento Superiores-DAS, de nveis 6, 5 e 4, ou equivalentes. 4oAo servidor em estgio probatrio somente podero ser concedidas as licenas e os afastamentos previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participar de curso de formao decorrente de aprovao em concurso para outro cargo na Administrao Pblica Federal. 5oO estgio probatrio ficar suspenso durante as licenas e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, 1o, 86 e 96, bem assim na hiptese de participao em curso de formao, e ser retomado a partir do trmino do impedimento. Seo VDa EstabilidadeArt.21.O servidor habilitado em concurso pblico e empossado em cargo de provimento efetivo adquirir estabilidade no servio pblico ao completar 2 (dois) anos de efetivo exerccio.(prazo 3 anos - vide EMC n 19)Art.22.O servidor estvel s perder o cargo em virtude de sentena judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

Seo VIDa TransfernciaArt. 23.(Revogado pela Lei n 9.527, de 10.12.97)Seo VIIDa ReadaptaoArt.24.Readaptao a investidura do servidor em cargo de atribuies e responsabilidades compatveis com a limitao que tenha sofrido em sua capacidade fsica ou mental verificada em inspeo mdica.

1oSe julgado incapaz para o servio pblico, o readaptando ser aposentado.

2oA readaptao ser efetivada em cargo de atribuies afins, respeitada a habilitao exigida, nvel de escolaridade e equivalncia de vencimentos e, na hiptese de inexistncia de cargo vago, o servidor exercer suas atribuies como excedente, at a ocorrncia de vaga.(Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97)Seo VIIIDa Reverso(Regulamento Dec. n 3.644, de 30.11.2000)

Art.25.Reverso o retorno atividade de servidor aposentado: I-por invalidez, quando junta mdica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ouII-no interesse da administrao, desde que: a)tenha solicitado a reverso; b)a aposentadoria tenha sido voluntria; c)estvel quando na atividade; d)a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores solicitao; e)haja cargo vago. 1oA reverso far-se- no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformao. 2oO tempo em que o servidor estiver em exerccio ser considerado para concesso da aposentadoria. 3oNo caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercer suas atribuies como excedente, at a ocorrncia de vaga. 4oO servidor que retornar atividade por interesse da administrao perceber, em substituio aos proventos da aposentadoria, a remunerao do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente aposentadoria. 5oO servidor de que trata o inciso II somente ter os proventos calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos no cargo. 6oO Poder Executivo regulamentar o disposto neste artigo. Art.26.(Revogado pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001)Art.27.No poder reverter o aposentado que j tiver completado 70 (setenta) anos de idade.

Seo IXDa ReintegraoArt.28.A reintegrao a reinvestidura do servidor estvel no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformao, quando invalidada a sua demisso por deciso administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

1oNa hiptese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficar em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31.

2oEncontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante ser reconduzido ao cargo de origem, sem direito indenizao ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.

Seo XDa ReconduoArt.29.Reconduo o retorno do servidor estvel ao cargo anteriormente ocupado e decorrer de:

I-inabilitao em estgio probatrio relativo a outro cargo;

II-reintegrao do anterior ocupante.

Pargrafonico.Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor ser aproveitado em outro, observado o disposto no art. 30.

Seo XIDa Disponibilidade e do AproveitamentoArt.30.O retorno atividade de servidor em disponibilidade far-se- mediante aproveitamento obrigatrio em cargo de atribuies e vencimentos compatveis com o anteriormente ocupado.

Art.31.O rgo Central do Sistema de Pessoal Civil determinar o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos rgos ou entidades da Administrao Pblica Federal.

Pargrafonico.Na hiptese prevista no 3odo art. 37, o servidor posto em disponibilidade poder ser mantido sob responsabilidade do rgo central do Sistema de Pessoal Civil da Administrao Federal - SIPEC, at o seu adequado aproveitamento em outro rgo ou entidade. Art.32.Ser tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor no entrar em exerccio no prazo legal, salvo doena comprovada por junta mdica oficial.

Captulo IIDa VacnciaArt.33.A vacncia do cargo pblico decorrer de:

I-exonerao;

II-demisso;

III-promoo;

IV-(Revogado pela Lei n 9.527, de 10.12.97)V-(Revogado pela Lei n 9.527, de 10.12.97)VI-readaptao;

VII-aposentadoria;

VIII-posse em outro cargo inacumulvel;

IX-falecimento.

Art.34.A exonerao de cargo efetivo dar-se- a pedido do servidor, ou de ofcio.

Pargrafonico.A exonerao de ofcio dar-se-:

I-quando no satisfeitas as condies do estgio probatrio;

II-quando, tendo tomado posse, o servidor no entrar em exerccio no prazo estabelecido.

Art.35.A exonerao de cargo em comisso e a dispensa de funo de confiana dar-se-: I-a juzo da autoridade competente;

II-a pedido do prprio servidor.

Pargrafonico.(Revogado pela Lei n 9.527, de 10.12.97)Captulo IIIDa Remoo e da RedistribuioSeo IDa RemooArt.36.Remoo o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofcio, no mbito do mesmo quadro, com ou sem mudana de sede.

Pargrafo nico. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoo: I-de ofcio, no interesse da Administrao; II-a pedido, a critrio da Administrao; III- a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administrao: a)para acompanhar cnjuge ou companheiro, tambm servidor pblico civil ou militar, de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, que foi deslocado no interesse da Administrao; b)por motivo de sade do servidor, cnjuge, companheiro ou dependente que viva s suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada comprovao por junta mdica oficial; c)em virtude de processo seletivo promovido, na hiptese em que o nmero de interessados for superior ao nmero de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo rgo ou entidade em que aqueles estejam lotados. Seo IIDa RedistribuioArt.37.Redistribuio o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no mbito do quadro geral de pessoal, para outro rgo ou entidade do mesmo Poder, com prvia apreciao do rgo central do SIPEC, observados os seguintes preceitos: I-interesse da administrao; II-equivalncia de vencimentos; III-manuteno da essncia das atribuies do cargo; IV-vinculao entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades; V-mesmo nvel de escolaridade, especialidade ou habilitao profissional; VI-compatibilidade entre as atribuies do cargo e as finalidades institucionais do rgo ou entidade. 1oA redistribuio ocorrerex officiopara ajustamento de lotao e da fora de trabalho s necessidades dos servios, inclusive nos casos de reorganizao, extino ou criao de rgo ou entidade. 2oA redistribuio de cargos efetivos vagos se dar mediante ato conjunto entre o rgo central do SIPEC e os rgos e entidades da Administrao Pblica Federal envolvidos. 3oNos casos de reorganizao ou extino de rgo ou entidade, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no rgo ou entidade, o servidor estvel que no for redistribudo ser colocado em disponibilidade, at seu aproveitamento na forma dos arts. 30 e 31.4oO servidor que no for redistribudo ou colocado em disponibilidade poder ser mantido sob responsabilidade do rgo central do SIPEC, e ter exerccio provisrio, em outro rgo ou entidade, at seu adequado aproveitamento. Captulo IVDa SubstituioArt.38.Os servidores investidos em cargo ou funo de direo ou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial tero substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omisso, previamente designados pelo dirigente mximo do rgo ou entidade. 1oO substituto assumir automtica e cumulativamente, sem prejuzo do cargo que ocupa, o exerccio do cargo ou funo de direo ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacncia do cargo, hipteses em que dever optar pela remunerao de um deles durante o respectivo perodo. 2oO substituto far jus retribuio pelo exerccio do cargo ou funo de direo ou chefia ou de cargo de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporo dos dias de efetiva substituio, que excederem o referido perodo. Art.39.O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de unidades administrativas organizadas em nvel de assessoria.

Dos Direitos e VantagensCaptulo IDo Vencimento e da RemuneraoArt.40.Vencimento a retribuio pecuniria pelo exerccio de cargo pblico, com valor fixado em lei.

Pargrafonico.(Revogado pela Lei n 11.784, de 2008)Art.41.Remunerao o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecunirias permanentes estabelecidas em lei.

1oA remunerao do servidor investido em funo ou cargo em comisso ser paga na forma prevista no art. 62.

2oO servidor investido em cargo em comisso de rgo ou entidade diversa da de sua lotao receber a remunerao de acordo com o estabelecido no 1odo art. 93.

3oO vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de carter permanente, irredutvel.

4o assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuies iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos trs Poderes, ressalvadas as vantagens de carter individual e as relativas natureza ou ao local de trabalho.

5o Nenhum servidor receber remunerao inferior ao salrio mnimo. Art.42.Nenhum servidor poder perceber, mensalmente, a ttulo de remunerao, importncia superior soma dos valores percebidos como remunerao, em espcie, a qualquer ttulo, no mbito dos respectivos Poderes, pelos Ministros de Estado, por membros do Congresso Nacional e Ministros do Supremo Tribunal Federal.

Pargrafonico.Excluem-se do teto de remunerao as vantagens previstas nos incisos II a VII do art. 61.

Art. 43.(Revogado pela Lei n 9.624, de 2.4.98)(Vide Lei n 9.624, de 2.4.98)Art.44.O servidor perder:

I-a remunerao do dia em que faltar ao servio, sem motivo justificado; II-a parcela de remunerao diria, proporcional aos atrasos, ausncias justificadas, ressalvadas as concesses de que trata o art. 97, e sadas antecipadas, salvo na hiptese de compensao de horrio, at o ms subseqente ao da ocorrncia, a ser estabelecida pela chefia imediata. Pargrafonico.As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de fora maior podero ser compensadas a critrio da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exerccio. Art.45.Salvo por imposio legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidir sobre a remunerao ou provento.Pargrafonico.Mediante autorizao do servidor, poder haver consignao em folha de pagamento a favor de terceiros, a critrio da administrao e com reposio de custos, na forma definida em regulamento.

Art.46.As reposies e indenizaes ao errio, atualizadas at 30 de junho de 1994, sero previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo mximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado. 1oO valor de cada parcela no poder ser inferior ao correspondente a dez por cento da remunerao, provento ou penso. 2oQuando o pagamento indevido houver ocorrido no ms anterior ao do processamento da folha, a reposio ser feita imediatamente, em uma nica parcela.(Redao dada pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001)3oNa hiptese de valores recebidos em decorrncia de cumprimento a deciso liminar, a tutela antecipada ou a sentena que venha a ser revogada ou rescindida, sero eles atualizados at a data da reposio.

Art.47.O servidor em dbito com o errio, que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, ter o prazo de sessenta dias para quitar o dbito. Pargrafo nico.A no quitao do dbito no prazo previsto implicar sua inscrio em dvida ativa. Art.48.O vencimento, a remunerao e o provento no sero objeto de arresto, seqestro ou penhora, exceto nos casos de prestao de alimentos resultante de deciso judicial.

Captulo IIDas VantagensArt.49.Alm do vencimento, podero ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:

I-indenizaes;

II-gratificaes;

III-adicionais.

1oAs indenizaes no se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.

2oAs gratificaes e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condies indicados em lei.

Art.50.As vantagens pecunirias no sero computadas, nem acumuladas, para efeito de concesso de quaisquer outros acrscimos pecunirios ulteriores, sob o mesmo ttulo ou idntico fundamento.

Seo IDas IndenizaesArt.51.Constituem indenizaes ao servidor:

I-ajuda de custo;

II-dirias;

III-transporte.

IV-auxlio-moradia. Art.52.Os valores das indenizaes estabelecidas nos incisos I a III do art. 51, assim como as condies para a sua concesso, sero estabelecidos em regulamento. Subseo IDa Ajuda de CustoArt.53.A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalao do servidor que, no interesse do servio, passar a ter exerccio em nova sede, com mudana de domiclio em carter permanente, vedado o duplo pagamento de indenizao, a qualquer tempo, no caso de o cnjuge ou companheiro que detenha tambm a condio de servidor, vier a ter exerccio na mesma sede. 1oCorrem por conta da administrao as despesas de transporte do servidor e de sua famlia, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais.

2o famlia do servidor que falecer na nova sede so assegurados ajuda de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 1 (um)ano, contado do bito.

3o No ser concedida ajuda de custo nas hipteses de remoo previstas nos incisos II e III do pargrafo nico do art. 36. Art.54.A ajuda de custo calculada sobre a remunerao do servidor, conforme se dispuser em regulamento, no podendo exceder a importncia correspondente a 3 (trs)meses.

Art.55.No ser concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo.

Art.56.Ser concedida ajuda de custo quele que, no sendo servidor da Unio, for nomeado para cargo em comisso, com mudana de domiclio.

Pargrafonico.No afastamento previsto no inciso I do art. 93, a ajuda de custo ser paga pelo rgo cessionrio, quando cabvel.

Art.57.O servidor ficar obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustificadamente, no se apresentar na nova sede no prazo de 30 (trinta)dias.

Subseo IIDas DiriasArt.58.O servidor que, a servio, afastar-se da sede em carter eventual ou transitrio para outro ponto do territrio nacional ou para o exterior, far jus a passagens e dirias destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinria com pousada, alimentao e locomoo urbana, conforme dispuser em regulamento. 1oA diria ser concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento no exigir pernoite fora da sede, ou quando a Unio custear, por meio diverso, as despesas extraordinrias cobertas por dirias. 2oNos casos em que o deslocamento da sede constituir exigncia permanente do cargo, o servidor no far jus a dirias.

3oTambm no far jus a dirias o servidor que se deslocar dentro da mesma regio metropolitana, aglomerao urbana ou microrregio, constitudas por municpios limtrofes e regularmente institudas, ou em reas de controle integrado mantidas com pases limtrofes, cuja jurisdio e competncia dos rgos, entidades e servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se houver pernoite fora da sede, hipteses em que as dirias pagas sero sempre as fixadas para os afastamentos dentro do territrio nacional. Art.59.O servidor que receber dirias e no se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restitu-las integralmente, no prazo de 5 (cinco)dias.

Pargrafonico.Na hiptese de o servidor retornar sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituir as dirias recebidas em excesso, no prazo previsto nocaput.

Subseo IIIDa Indenizao de TransporteArt.60.Conceder-se- indenizao de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilizao de meio prprio de locomoo para a execuo de servios externos, por fora das atribuies prprias do cargo, conforme se dispuser em regulamento.

Subseo IV

Do Auxlio-Moradia

Art.60-A.O auxlio-moradia consiste no ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por empresa hoteleira, no prazo de um ms aps a comprovao da despesa pelo servidor.(Includo pela Lei n 11.355, de 2006)Art.60-B.Conceder-se- auxlio-moradia ao servidor se atendidos os seguintes requisitos: I-no exista imvel funcional disponvel para uso pelo servidor; II-o cnjuge ou companheiro do servidor no ocupe imvel funcional; III-o servidor ou seu cnjuge ou companheiro no seja ou tenha sido proprietrio, promitente comprador, cessionrio ou promitente cessionrio de imvel no Municpio aonde for exercer o cargo, includa a hiptese de lote edificado sem averbao de construo, nos doze meses que antecederem a sua nomeao; IV-nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxlio-moradia; V-o servidor tenha se mudado do local de residncia para ocupar cargo em comisso ou funo de confiana do Grupo-Direo e Assessoramento Superiores-DAS, nveis 4, 5 e 6, de Natureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes; VI-o Municpio no qual assuma o cargo em comisso ou funo de confiana no se enquadre nas hipteses do art. 58, 3o, em relao ao local de residncia ou domiclio do servidor; VII-o servidor no tenha sido domiciliado ou tenha residido no Municpio, nos ltimos doze meses, aonde for exercer o cargo em comisso ou funo de confiana, desconsiderando-se prazo inferior a sessenta dias dentro desse perodo; e

VIII-o deslocamento no tenha sido por fora de alterao de lotao ou nomeao para cargo efetivo. IX - o deslocamento tenha ocorrido aps 30 de junho de 2006. Pargrafonico.Para fins do inciso VII, no ser considerado o prazo no qual o servidor estava ocupando outro cargo em comisso relacionado no inciso V. Art. 60-C.(Revogado pela Lei n 12.998, de 2014)Art. 60-D.O valor mensal do auxlio-moradia limitado a 25% (vinte e cinco por cento) do valor do cargo em comisso, funo comissionada ou cargo de Ministro de Estado ocupado. 1o O valor do auxlio-moradia no poder superar 25% (vinte e cinco por cento) da remunerao de Ministro de Estado. 2o Independentemente do valor do cargo em comisso ou funo comissionada, fica garantido a todos os que preencherem os requisitos o ressarcimento at o valor de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais). Art.60-E.No caso de falecimento, exonerao, colocao de imvel funcional disposio do servidor ou aquisio de imvel, o auxlio-moradia continuar sendo pago por um ms. Seo IIDas Gratificaes e AdicionaisArt.61.Alm do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, sero deferidos aos servidores as seguintes retribuies, gratificaes e adicionais: I-retribuio pelo exerccio de funo de direo, chefia e assessoramento; II-gratificao natalina;III-(Revogado pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001)IV-adicional pelo exerccio de atividades insalubres, perigosas ou penosas;

V-adicional pela prestao de servio extraordinrio;

VI-adicional noturno;

VII-adicional de frias;

VIII-outros, relativos ao local ou natureza do trabalho.

IX - gratificao por encargo de curso ou concurso. Subseo IDa Retribuio pelo Exerccio de Funo de Direo, Chefia e Assessoramento

Art.62.Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em funo de direo, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comisso ou de Natureza Especial devida retribuio pelo seu exerccio. Pargrafo nico. Lei especfica estabelecer a remunerao dos cargos em comisso de que trata o inciso II do art. 9o.

Art.62-A.Fica transformada em Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada - VPNI a incorporao da retribuio pelo exerccio de funo de direo, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comisso ou de Natureza Especial a que se referem os arts. 3oe 10 da Lei no8.911, de 11 de julho de 1994, e o art. 3oda Lei no9.624, de 2 de abril de 1998. Pargrafo nico.A VPNI de que trata ocaputdeste artigo somente estar sujeita s revises gerais de remunerao dos servidores pblicos federais. Subseo IIDa Gratificao NatalinaArt.63.A gratificao natalina corresponde a 1/12 (um doze avos)da remunerao a que o servidor fizer jus no ms de dezembro, por ms de exerccio no respectivo ano.

Pargrafonico. A frao igual ou superior a 15 (quinze)dias ser considerada como ms integral.

Art.64.A gratificao ser paga at o dia 20 (vinte)do ms de dezembro de cada ano.

Pargrafonico.(VETADO).

Art.65.O servidor exonerado perceber sua gratificao natalina, proporcionalmente aos meses de exerccio, calculada sobre a remunerao do ms da exonerao.

Art.66.A gratificao natalina no ser considerada para clculo de qualquer vantagem pecuniria.

Subseo IIIDo Adicional por Tempo de ServioArt. 67.(Revogado pela Medida Provisria n 2.225-45, de 2001, respeitadas as situaes constitudas at 8.3.1999)Subseo IVDos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou Atividades PenosasArt.68.Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com substncias txicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo.

1oO servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade dever optar por um deles.

2oO direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a eliminao das condies ou dos riscos que deram causa a sua concesso.

Art.69.Haver permanente controle da atividade de servidores em operaes ou locais considerados penosos, insalubres ou perigosos.

Pargrafonico.A servidora gestante ou lactante ser afastada, enquanto durar a gestao e a lactao, das operaes e locais previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre e em servio no penoso e no perigoso.

Art.70.Na concesso dos adicionais de atividades penosas, de insalubridade e de periculosidade, sero observadas as situaes estabelecidas em legislao especfica.

Art.71.O adicional de atividade penosa ser devido aos servidores em exerccio em zonas de fronteira ou em localidades cujas condies de vida o justifiquem, nos termos, condies e limites fixados em regulamento.

Art.72.Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios X ou substncias radioativas sero mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiao ionizante no ultrapassem o nvel mximo previsto na legislao prpria.

Pargrafonico.Os servidores a que se refere este artigo sero submetidos a exames mdicos a cada 6 (seis) meses.

Subseo VDo Adicional por Servio ExtraordinrioArt.73.O servio extraordinrio ser remunerado com acrscimo de 50% (cinqenta por cento) em relao hora normal de trabalho.

Art.74.Somente ser permitido servio extraordinrio para atender a situaes excepcionais e temporrias, respeitado o limite mximo de 2 (duas) horas por jornada.

Subseo VIDo Adicional NoturnoArt.75.O servio noturno, prestado em horrio compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, ter o valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento), computando-se cada hora como cinqenta e dois minutos e trinta segundos.

Pargrafonico.Em se tratando de servio extraordinrio, o acrscimo de que trata este artigo incidir sobre a remunerao prevista no art. 73.

Subseo VIIDo Adicional de FriasArt.76.Independentemente de solicitao, ser pago ao servidor, por ocasio das frias, um adicional correspondente a 1/3 (um tero) da remunerao do perodo das frias.

Pargrafonico.No caso de o servidor exercer funo de direo, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em comisso, a respectiva vantagem ser considerada no clculo do adicional de que trata este artigo.

Subseo VIIIDa Gratificao por Encargo de Curso ou Concurso

Art. 76-A. A Gratificao por Encargo de Curso ou Concurso devida ao servidor que, em carter eventual: I - atuar como instrutor em curso de formao, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente institudo no mbito da administrao pblica federal; II - participar de banca examinadora ou de comisso para exames orais, para anlise curricular, para correo de provas discursivas, para elaborao de questes de provas ou para julgamento de recursos intentados por candidatos; III - participar da logstica de preparao e de realizao de concurso pblico envolvendo atividades de planejamento, coordenao, superviso, execuo e avaliao de resultado, quando tais atividades no estiverem includas entre as suas atribuies permanentes; IV - participar da aplicao, fiscalizar ou avaliar provas de exame vestibular ou de concurso pblico ou supervisionar essas atividades. 1o Os critrios de concesso e os limites da gratificao de que trata este artigo sero fixados em regulamento, observados os seguintes parmetros: I - o valor da gratificao ser calculado em horas, observadas a natureza e a complexidade da atividade exercida; II - a retribuio no poder ser superior ao equivalente a 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais, ressalvada situao de excepcionalidade, devidamente justificada e previamente aprovada pela autoridade mxima do rgo ou entidade, que poder autorizar o acrscimo de at 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais; III - o valor mximo da hora trabalhada corresponder aos seguintes percentuais, incidentes sobre o maior vencimento bsico da administrao pblica federal: a) 2,2% (dois inteiros e dois dcimos por cento), em se tratando de atividades previstas nos incisos I e II do caput deste artigo; b) 1,2% (um inteiro e dois dcimos por cento), em se tratando de atividade prevista nos incisos III e IV do caput deste artigo. 2o A Gratificao por Encargo de Curso ou Concurso somente ser paga se as atividades referidas nos incisos docaputdeste artigo forem exercidas sem prejuzo das atribuies do cargo de que o servidor for titular, devendo ser objeto de compensao de carga horria quando desempenhadas durante a jornada de trabalho, na forma do 4odo art. 98 desta Lei. 3o A Gratificao por Encargo de Curso ou Concurso no se incorpora ao vencimento ou salrio do servidor para qualquer efeito e no poder ser utilizada como base de clculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de clculo dos proventos da aposentadoria e das penses. Captulo IIIDas FriasArt.77.O servidor far jus a trinta dias de frias, que podem ser acumuladas, at o mximo de dois perodos, no caso de necessidade do servio, ressalvadas as hipteses em que haja legislao especfica. 1oPara o primeiro perodo aquisitivo de frias sero exigidos 12 (doze) meses de exerccio.

2o vedado levar conta de frias qualquer falta ao servio.

3oAs frias podero ser parceladas em at trs etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administrao pblica. Art.78.O pagamento da remunerao das frias ser efetuado at 2 (dois) dias antes do incio do respectivo perodo, observando-se o disposto no 1odeste artigo. 1 e 2(Revogado pela Lei n 9.527, de 10.12.97)3oO servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comisso, perceber indenizao relativa ao perodo das frias a que tiver direito e ao incompleto, na proporo de um doze avos por ms de efetivo exerccio, ou frao superior a quatorze dias. 4oA indenizao ser calculada com base na remunerao do ms em que for publicado o ato exoneratrio. 5oEm caso de parcelamento, o servidor receber o valor adicional previsto no inciso XVII do art. 7oda Constituio Federal quando da utilizao do primeiro perodo. Art.79.O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substncias radioativas gozar 20 (vinte) dias consecutivos de frias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hiptese a acumulao.

Pargrafonico.(Revogado pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Art.80.As frias somente podero ser interrompidas por motivo de calamidade pblica, comoo interna, convocao para jri, servio militar ou eleitoral, ou por necessidade do servio declarada pela autoridade mxima do rgo ou entidade.(Frias de Ministro - Vide)Pargrafonico.O restante do perodo interrompido ser gozado de uma s vez, observado o disposto no art. 77. Captulo IVDas LicenasSeo IDisposies GeraisArt.81.Conceder-se- ao servidor