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Agente Administrativo Administração Financeira e Orçamentária Prof. Roberto Chapiro

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Agente Administrativo

Administração Financeira e Orçamentária

Prof. Roberto Chapiro

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Administração Financeira e Orçamentária

Professor Roberto Chapiro

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Edital

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA: Orçamento público. Conceito. Técnicas Orçamentárias. Princípios orçamentários. Ciclo Orçamentário. O orçamento público no Brasil. Plano Plurianual na Constituição Federal. Diretrizes orçamentárias na Constituição Federal. Orçamento anual na Constituição Federal. Estrutura programática. Créditos ordinários e adicionais. Programação e execução orçamentária e financeira. Descentralização orçamentária e financeira. Acompanhamento da execução.

BANCA: Cespe

CARGO: Agente Administrativo

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Administração Financeira e Orçamentária

CONCEITO:

No Brasil, o orçamento é uma lei, de iniciativa do Poder Executivo, aprovada pelo Poder Legislativo, que estima receitas e fixa despesas a serem executadas em um exercício financeiro.

Exercício financeiro é o período em que as receitas previstas serão arrecadadas e as despesas fixadas serão executadas pelo ente público. Por força da Lei nº 4.320/64, que estabelece normas gerais normas gerais para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, este período é de doze meses e coincide com o ano civil, ou seja, inicia-se em 01 de janeiro com término em 31 de dezembro de cada ano:

Lei nº 4.320/64:Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.

EXERCÍCIO FINANCEIRO = ANO CIVIL

Dessa forma, a lei que instituir o orçamento público terá vigência de um ano. Por isso, essa lei é conhecida como Lei Orçamentária Anual (LOA). A cada ano teremos um orçamento, ou seja, uma LOA.

Cada ente da federação (U, E, DF e M) possuirá a sua própria LOA. Assim, temos:

União: Iniciativa do Presidente da República aprovado pelo Congresso Nacional

Estados: Iniciativa do Governador aprovado pela Assembleia Legislativa Estadual

Municípios: Iniciativa do Prefeito aprovado pela Câmara Municipal de Vereadores

Fique atento:

No Brasil, o orçamento público é um ato administrativo do Poder Executivo?

R: Não! O orçamento não é um ato administrativo e sim uma LEI (aprovada pelo legislativo)

O orçamento é uma lei de iniciativa do Poder Legislativo aprovada pelo Executivo?

R: Não! É justamente o contrário: A iniciativa é do Poder Executivo e a aprovação pelo Poder Legislativo.

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O orçamento é uma lei, de iniciativa do Poder Executivo, aprovada pelo Poder Legislativo, que fixa receitas e despesas a serem executadas em um exercício financeiro?

R: Não! Esta lei ESTIMA RECEITAS e FIXA DESPESAS a serem realizadas dentro de um exercício financeiro. Se as receitas fossem fixadas (limitadas a um certo valor), não haveria a possibilidade de se arrecadar um valor superior ao fixado no orçamento, o que não seria nada razoável, tendo em vista que as receitas são fontes de recursos obtidos pelo ente público para custear suas despesas que visam atender às demandas públicas. Como os recursos são finitos e as demandas infinitas, não há óbice, é claro, em se ter uma arrecadação maior do que a prevista. No caso das despesas, estas sim devem ser fixadas no orçamento, pois não há a possibilidade de serem realizadas em montante superior ao fixado no orçamento. Cabe ressaltar, porém, que o candidato pode considerar como correto o termo “estimativa de despesas”, pois estas são fixadas com base em uma estimativa daquilo que se pretende realizar, a qual não pode ser ultrapassada. Dessa forma, podemos aceitar como correto a seguinte assertiva: O orçamento é uma lei, de iniciativa do Poder Executivo, aprovada pelo Poder Legislativo, que ESTIMA receitas e despesas a serem executadas em um exercício financeiro.

Estima receitas e fixa despesas: correto

Fixa receitas e despesas: errado

Estima receitas e despesas: correto

A LOA da União será executada por todos os entes da federação?

R: Não! Cada ente da federação possui o seu próprio orçamento, ou seja, a sua própria LOA.

INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO (GOVERNAMENTAL)

De acordo com a Constituição Federal, são instrumentos de Planejamento Orçamentário:

• Plano Plurianual (PPA)

• Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)

• Lei Orçamentária Anual (LOA)

O PPA é o instrumento de planejamento estratégico da Administração Pública. Nele são traçados os macro-objetivos a serem alcançados em um período de quatro, tendo em vista que essa é a sua vigência.

A LDO, com base nos objetivos traçados no PPA, tem como principal função orientar a elaboração da LOA.

A LOA, por sua vez, é o orçamento propriamente dito que prevê as receitas a serem arrecadas e fixa as despesas a serem executadas ano a ano (exercício financeiro) para que sejam alcançados os objetivos traçados no planejamento estratégico, ou seja, no PPA.

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Com base nas receitas previstas, que são fontes de recursos que irão financiar as despesas públicas, fixam-se, na LOA, as despesas a serem realizadas. Na realidade, as despesas fixadas são os créditos orçamentários contemplados no orçamento, tendo em vista que são autorizações de despesas até determinado montante que não pode ser ultrapassado. Como a LOA é DOTADA desses créditos orçamentários, podemos chamá-los, também, de DOTAÇÕES orçamentárias.

Tendo em vista que a LOA é elaborada de acordo com um planejamento orçamentário (compatível com a LDO e o PPA), a realização de despesas pela Administração Pública somente poderá ser efetuada se nela houver o crédito orçamentário (dotação orçamentária) para atender à despesa que se pretende realizar. Desse modo, para efeitos didáticos, podemos dizer que a LOA está para a Administração Pública assim como o cartão de crédito está para nós (particulares), pois, tanto no caso da administração pública quanto no nosso, só dá para realizar despesas se houver crédito. Entretanto, o crédito (limite) que temos em nosso cartão é global, ou seja, é um montante X que podemos gastar em quaisquer despesas. No caso da LOA, os créditos orçamentários são especificados em quais despesas devemos realizar e, caso não haja uma dotação específica para a realização de determinada despesa, esta não poderá ser realizada.

Perceba que os créditos orçamentários AUTORIZAM a realização de despesas pela Administração Pública e não a obriga a realizá-las. Assim, nosso orçamento é uma lei autorizativa, pois, se por um lado não obriga a administração, por outro não gera direitos subjetivos a terceiros.

Atualmente, nosso orçamento é considerado como um orçamento programa, tendo em vista que as despesas, com base no planejamento orçamentário, são alocadas nos programas de trabalho contidos no orçamento que visam atingir os objetivos traçados no PPA. Por isso, diz-se que o que liga o a LOA ao PPA são os programas, pois sua execução visa atingir os objetivos do planejamento estratégico.

PPA → Instrumento de Planejamento Estratégico

LDO e LOA → Instrumentos de Planejamento Operacional

A LOA pode também ser chamada de lei de meios, pois é por meio dela que os programas de trabalho do governo serão realizados.

Esses três instrumentos de planejamento devem ser estabelecidos por Lei de iniciativa do Poder Executivo, vejamos:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I – o plano plurianual;

II – as diretrizes orçamentárias;

III – os orçamentos anuais.

Portanto a iniciativa de se encaminhar os projetos de leis orçamentárias compete privativamente ao Poder Executivo que exercerá essa competência através de seu chefe, ou seja, o Presidente da Repúbica (União), o Governador (Estados) e o Prefeito (Municípios).

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Entende-se por iniciativa a competência que tem o chefe do Poder Executivo de ENCAMINHAR um projeto de lei para o Poder Legislativo.

Embora a Constituição preceitue que essa é uma competência privativa, a Doutrina entende que essa competência é EXCLUSIVA e VINCULADA, tendo em vista que o chefe do Poder Executivo, além de não poder delegá-la, está, também, vinculado a prazos para exercê-la.

Muito cobradas em prova são as definições de PPA, LDO e LOA estabelecidas na Constituição Federal. Vamos a elas:

PPA

Art. 165. ...........................................................................................................

§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

TERMOS CORRETOS TERMOS INCORRETOS

FORMA REGIONALIZADA FORMA SETORIAL

DIRETRIZES OBJETIVOS E METAS METAS E PRIORIDADES

DESPESAS DE CAPITAL DESPESAS CORRENTES

Macete: Com as iniciais de Diretrizes, Objetivos e Metas formamos a palavra DOM. Lembre-se de DOM PEDRO. Pedro começa com “P” que também começa o PPA.

LDO

Art. 165. ...........................................................................................................

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

Com base nos objetivos traçados no PPA, a LDO terá a função de destacar as METAS E PRIORIDADES para o exercício seguinte, orientando, desta forma, a ELABORAÇÃO da LOA."

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Características da LDO:

• compreende as metas e as prioridades da Administração Pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente;

• orienta a elaboração da Lei Orçamentária Anual;

• dispõe sobre as alterações na legislação tributária;

• estabelece a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

Vimos que a principal função da LDO é orientar a elaboração da LOA, ou seja, do orçamento que será executado no exercício financeiro subsequente. Dessa forma, as alterações ocorridas na legislação tributária devem ser dispostas na LDO a fim de orientar a previsão de receitas da LOA, tendo em vista que as receitas tributárias, embora não sejam as únicas, são a maior fonte de recursos que possui o Estado para custear suas despesas.

É importante notar que a legislação tributária é independente da LDO. Isso significa dizer que os tributos podem ser criados, majorados, extintos ou diminuídos, sem depender de autorização da LDO. Contudo, alterações na legislação tributária provocam mudanças nas receitas do ente público e, como a LDO tem a função de orientar a elaboração da LOA (do orçamento que prevê receitas e fixa despesas), irá dispor sobre as alterações na legislação tributária para que a LOA quando for elaborada considere tais alterações em sua previsão de receitas.

Por fim, a política de como serão aplicados os recursos pelas agências financeiras oficiais de fomento, tais como a Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, BNDES, FINEP, entre outras, por meio de seus empréstimos e financiamentos será estabelecida na LDO.

Nota: Cuidado para não associar DIRETRIZES, Objetivos e Metas à Lei de DIRETRIZES Orçamentárias. Lembre-se do nosso macete: DOM Pedro → PPA

LOA

Art. 165 ............................................................................................................

§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:

I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

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Assim a LOA, embora seja uma única peça legislativa, contempla três orçamentos:

LOA

OF

OI

OSS

Previdência Social

Assistência Social

Saúde

Todos os poderes da União, seus órgãos da administração direta, autarquias, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo poder público bem como as empresas estatais dependentes (que dependem de recursos advindos do orçamento da União) estão contemplados na LOA no orçamento fiscal. Entretanto, se esses órgãos ou entidades estiverem vinculados à seguridade social, seus orçamentos estarão contemplados no orçamento da seguridade social. As áreas compreendidas pelo orçamento da seguridade social são: Previdência Social, Assistência Social e Saúde.

Já o orçamento de investimentos, contempla os orçamentos das empresas estatais não dependentes.

Observação: Cuidado para não confundir a competência privativa do Chefe do Poder Executivo para encaminhar um projeto de lei orçamentária com a elaboração desse projeto, pois todos os poderes elaboram suas propostas orçamentárias.

Na verdade, a maior parte do orçamento é elaborada pelo Poder Executivo, tendo em vista que este é o poder que tem a função típica de gerir os recursos para realizar as despesas que visam o atendimento das demandas públicas. Por isso, com certeza esse é o poder que mais arrecada e também o que mais gasta.

Porém, isso não quer dizer que os demais poderes e o Ministério Público não elaboram suas propostas, pois esses também possuem receitas a arrecadar e despesas a executar.

Assim, as propostas orçamentárias são elaboradas por cada poder, pelo Ministério Público, e enviadas ao Poder Executivo para que sejam consolidadas num único projeto de lei para que esse Poder, e somente esse, apresente tal projeto ao Poder Legislativo.

Vejamos o que preceitua a Constituição Federal:

Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.

§ 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.

Art. 127. ...............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

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§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

.........................................................................................................................

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.........................................................................................................................

PRAZOS DE ENVIO E DEVOLUÇÃO DOS PROJETOS DE LEIS ORÇAMENTÁRIAS

Conforme já mencionado, a competência que tem o chefe do Poder Executivo para apresentar um projeto de lei orçamentária ao Poder Legislativo, segundo a Doutrina, é exclusiva e vinculada. Vinculada porque o Chefe do Executivo está vinculado a prazos para enviar o projeto de lei.

No âmbito da União, os prazos para ENVIO do Poder Executivo ao Legislativo e DEVOLUÇÃO deste àquele, estão fixados no art. 35, § 2º, do ADCT – Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, conforme quadro:

Projeto Prazo de Envio (Executivo para o Legislativo)

Prazo de Devolução (Legislativo para o Executivo)

PPA

Até 4 meses antes do encerramento do 1º exercício financeiro do mandato do

chefe do Executivo. Na prática, deve ser encaminhado até 31/08.

Até o encerramento da sessão legislativa. Na prática, deve ser devolvido até 22/12.

LDO Até 8,5 meses antes do encerramento do exercício financeiro.

Até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa. Na prática, deve ser

devolvido até 17/07.

LOAAté 4 meses antes do encerramento do

exercício financeiro. Na prática, deve ser encaminhado até 31/08.

Até o encerramento da sessão legislativa. Na prática, deve ser devolvido até 22/12.

O projeto de PPA será enviado uma vez a cada quatro anos, tendo em vista que esta é a sua vigência.

Entretanto, cabe ressaltar que essa vigência não coincide com o mandato do Chefe do Poder Executivo.

Por exemplo: Em 2010, tivemos eleição. O Presidente eleito em 2010 tomou posse em 2011 e ficará no cargo até 2014, quatro anos. O PPA por ele proposto em 2011 (1º exercício financeiro do mandato) terá vigência nos próximos 4 anos, ou seja, de 2012 a 2015. Assim, no primeiro ano de seu mandato o PPA vigente é o de seu antecessor, e o último ano do seu PPA será executado pelo seu sucessor.

Já a LDO e a LOA terão de ser editadas anualmente.

Vimos, então, que os prazos a serem respeitados tanto pelo o Executivo quanto pelo Legislativo estão estampados no Art. 35 do ADCT. Entretanto, de acordo com o § 9º do art. 165 da CF, cabe

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à lei complementar dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual. Como até hoje esses prazos não foram fixados em Lei Complementar, usa-se o Art. 35 do ADCT da CF.

CICLO ORÇAMENTÁRIO

O orçamento público passa por algumas etapas desde a formalização de uma proposta orçamentária que se transformará em um projeto de lei a ser apreciado, discutido, emendado e aprovado pelo legislativo, sancionado e publicado, pelo Poder Executivo passando, depois, pela sua execução, quando são arrecadadas as receitas e realizadas as despesas dentro do exercício financeiro, até o acompanhamento e a avaliação da execução caracterizada pelo exercício dos controles interno e externo.

Dessa forma, podemos agrupar as atividades relacionadas ao ciclo orçamentário da seguinte forma:

• elaboração do projeto de lei orçamentária;

• apreciação, votação, sanção e publicação da lei orçamentária;

• execução da lei orçamentária; e

• acompanhamento e avaliação da execução orçamentária.

PROCESSO LEGISLATIVO DAS LEIS ORÇAMENTÁRIAS (ART. 166, CF)

De acordo com o Art. 84, XXIII, da CF, compete privativamente ao Presidente da República enviar ao Congresso Nacional o PPA, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição.

Iniciativa → Presidente da República

A omissão do Presidente da República constituirá CRIME DE RESPONSABILIDADE (Art. 85.)

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Segundo o Art. 166 da CF, os projetos de lei relativos ao PPA, LDO, LOA e aos CRÉDITOS ADICIONAIS serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.

Apreciação → Congresso Nacional na forma do regimento comum.

Não há, no processo legislativo orçamentário, casa iniciadora e casa revisora, pois os projetos de leis orçamentárias são enviados ao Congresso Nacional para serem apreciados pelas suas duas casas (Câmara dos Deputados e Senado) na forma do regimento comum, ou seja, na forma de Congresso Nacional.

No legislativo, esse projeto de lei é encaminhado para a Comissão Mista Permanente de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização que examinará e emitirá parecer sobre os projetos de leis orçamentárias.

Nota: Essa comissão é permanente porque não se desfaz; e é mista porque é composta por deputados federais e senadores, ou seja, parlamentares das duas casas legislativas. O termo COMISSÃO MISTA só deve ser utilizado na esfera federal, tendo em vista que o Legislativo da União é BICAMERAL. Já nas outras esferas, estadual e municipal, o legislativo é UNICAMERAL não havendo, portanto, a possibilidade de se formar uma COMISSÃO MISTA. As comissões parlamentares dos estados e municípios não podem ser chamadas de mistas!

Os parlamentares podem propor EMENDAS aos projetos de leis orçamentárias. Essas emendas são apresentadas à Comissão Mista, que sobre elas emitirá parecer. Após esse parecer, serão apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.

As emendas ao projeto de LOA somente podem ser aprovadas caso:

I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;

II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:

a) dotações para pessoal e seus encargos;

b) serviço da dívida;

c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou

III – sejam relacionadas:

a) com a correção de erros ou omissões; ou

b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.

Atenção: Quem propõe EMENDAS aos projetos de leis são os parlamentares. Na prova, associaremos o termo EMENDA à PARLAMENTAR.

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O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos de leis orçamentárias enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.

Note-se que o Presidente não faz emendas ao seu projeto, mas sim retificações por meio de mensagem presidencial, ou mensagem retificadora. Entretanto, essa mensagem presidencial para retificar o seu projeto não pode ser encaminhada a qualquer tempo, pois se já tiver sido iniciada, na comissão mista, a votação do texto em que se propõe a alteração, tal mensagem se tornou INTEMPESTIVA, ou seja, fora do prazo.

É importante salientar a hipótese de orçamento impositivo introduzido no nosso ordenamento jurídico pela EMENDA CONSTITUCIONAL nº 86/2015.

A Emenda Constitucional nº 86/2015 (que acresceu o art. 166 da CF) trouxe hipótese de despesa de execução obrigatória, ou seja, hipótese de orçamento impositivo.

Trata-se das despesas introduzidas na LOA por meio das emendas individuais de parlamentares no Projeto de LOA, aprovadas até o limite de 1,2% da receita corrente líquida prevista no referido projeto (que está sendo apreciado no legislativo).

Metade desse percentual deve ser destinado às ações e aos serviços públicos de saúde.

Tais despesas (inseridas por meio de emendas individuais) devem ser executadas até o limite de 1,2% da receita corrente líquida arrecadada no exercício anterior (e não da que constava no PLOA que serviu de base para a proposição das emendas).

Embora a regra trazida pela EC nº 86/2015 tenha ficado conhecida como a emenda do orçamento impositivo, não tornou o orçamento (como um todo) impositivo, apenas trouxe hipótese de despesa que, obrigatoriamente, deve ser executada.

Essa regra visa acabar com a "politicagem" que o Poder Executivo fazia para executar os programas inseridos na LOA por emenda parlamentar individual. Por exemplo, "só executo tal programa (inserido na LOA por emenda parlamentar) se você parlamentar votar em novos projetos meus".

Mesmo sendo emendas individuais de execução obrigatória, havendo impedimento técnico para a realização de tais despesas as mesmas não serão executadas.

O regramento detalhado introduzido na CF/88 pode ser observado a seguir:

Art. 166 ............................................................................................................

§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde.

§ 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no § 9º, inclusive custeio, será computada para fins do cumprimento do inciso I do § 2º do art. 198, vedada a destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais.

§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o § 9º deste artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida realizada

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no exercício anterior, conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei complementar prevista no § 9º do art. 165.

§ 12. As programações orçamentárias previstas no § 9º deste artigo não serão de execução obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica.

§ 13. Quando a transferência obrigatória da União, para a execução da programação prevista no § 11 deste artigo, for destinada a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios, independerá da adimplência do ente federativo destinatário e não integrará a base de cálculo da receita corrente líquida para fins de aplicação dos limites de despesa de pessoal de que trata o caput do art. 169.

§ 14. No caso de impedimento de ordem técnica, no empenho de despesa que integre a programação, na forma do § 11 deste artigo, serão adotadas as seguintes medidas:

I – até 120 (cento e vinte) dias após a publicação da lei orçamentária, o Poder Executivo, o Poder Legislativo, o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública enviarão ao Poder Legislativo as justificativas do impedimento;

II – até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso I, o Poder Legislativo indicará ao Poder Executivo o remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável;

III – até 30 de setembro ou até 30 (trinta) dias após o prazo previsto no inciso II, o Poder Executivo encaminhará projeto de lei sobre o remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável;

IV – se, até 20 de novembro ou até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso III, o Congresso Nacional não deliberar sobre o projeto, o remanejamento será implementado por ato do Poder Executivo, nos termos previstos na lei orçamentária.

§ 15. Após o prazo previsto no inciso IV do § 14, as programações orçamentárias previstas no § 11 não serão de execução obrigatória nos casos dos impedimentos justificados na notificação prevista no inciso I do § 14.

§ 16. Os restos a pagar poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução financeira prevista no § 11 deste artigo, até o limite de 0,6% (seis décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior.

NÃO ENVIO DA LOA

O não envio da LOA está caracterizado quando o Poder Executivo não apresenta ao Poder Legislativo o projeto de lei orçamentária anual

O não envio caracteriza CRIME DE RESPONSABILIDADE do Chefe do Poder Executivo.

A CF/88 não dispõe sobre o que deve ser feito caso o Projeto de LOA não seja enviado ao Poder Legislativo.

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O Art. 32 da Lei nº 4.320/64 estabelece que caso não receba a proposta no prazo fixado, o Poder Legislativo considerará como proposta a LOA vigente.

NÃO DEVOLUÇÃO DA LOA

A não devolução da LOA está caracterizado quando o Poder Legislativo não devolve ao Poder Executivo o projeto de LOA para sanção.

Nem a CF/88, nem a Lei nº 4.320/64 mencionam nada a respeito.

Na falta de uma norma permanente que regulamente esta situação, tanto na União com em alguns Estados, a LDO vem dispondo sobre essa hipótese, autorizando o Poder Executivo a gastar determinada proporção (X/12) da proposta que ainda está tramitando (que não foi devolvida).

REJEIÇÃO DAS LEIS ORÇAMENTÁRIAS

PPA e LDO → De acordo com a doutrina, o Poder Legislativo não pode rejeitar.

Art. 35 dos ADCT (Atos das Disposições Constitucionais Transitórias) prevê que ambas as leis devem ser devolvidas ao Poder Executivo para SANÇÃO.

Sendo assim, não cabe sancionar o que foi rejeitado.

Inclusive, em relação à LDO, o Art. 57, § 2º, da CF dispõe que a sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias. Ou seja, os parlamentares não entrarão em recesso enquanto não aprovar o projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

LOA → De acordo com o art. 166, § 8º pode haver rejeição da LOA.

Atendidas essas regras especiais (por isso o orçamento é considerado uma lei especial), as leis orçamentárias serão apreciadas à luz das demais normas do processo legislativo (Art. 66 da CF/88) estudadas em Direito Constitucional.

TIPOS DE ORÇAMENTOS

Legislativo – É o orçamento cuja elaboração, votação e aprovação é da competência do Poder Legislativo, cabendo ao Executivo sua execução. Esse tipo é utilizado em países parlamentaristas;

Executivo – É o orçamento cuja elaboração, aprovação, execução e controle é da competência do Poder Executivo. É utilizado em países onde impera o poder absoluto;

Misto – É o orçamento elaborado e executado pelo Poder Executivo, cabendo ao Poder Legislativo sua votação e seu controle. Esse tipo é utilizado pelos países em que as funções legislativas são exercidas pelo Congresso ou Parlamento, sendo sancionado pelo Chefe do Poder Executivo. Esse é o tipo utilizado no Brasil.

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VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS EM MATÉRIA ORÇAMENTÁRIA

A seguir reproduziremos o texto do art. 167 da CF com as vedações relacionadas à matéria orçamentária:

Art. 167. São vedados:

I – o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;

II – a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;

III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;

IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

V – a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes;

VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;

VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

VIII – a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º;

IX – a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.

X – a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XI – a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele

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exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.

§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.

§ 4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa prevista no inciso VI deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)

PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

LEGALIDADE – O orçamento deve ser instituído por lei (lei formal) bem como os mecanismos que o retificam (créditos suplementares e especiais) devem ser aprovados pelo legislativo. Dessa forma, a lei é o instrumento que autoriza a Administração Pública a realizar despesas. Não pode haver despesa pública sem a prévia autorização legislativa.

UNIVERSALIDADE – Todas as receitas que se pretende arrecadar e todas as despesas que se pretende realizar em determinado exercício financeiro devem estar contidas no orçamento, ou seja, na LOA. Todo o universo de receitas e despesas deve constar na LOA. Tal princípio é expresso na Lei nº 4.320/64, arts. 3º e 4º.

PERIODICIDADE (ANUALIDADE) – O orçamento deve ter vigência limitada a um exercício financeiro, que, no Brasil, por força da Lei nº 4.320/64, coincide com o calendário civil, iniciando-se em 01 de janeiro e encerrando-se em 31 de dezembro.

EXCLUSIVIDADE – A LOA não conterá dispositivo estranho à fixação das despesas e previsão das receitas, ressalvada a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita.

ORÇAMENTO BRUTO – Todas as receitas e despesas constarão da LOA pelos seus TOTAIS, vedadas quaisquer deduções. As receitas e as despesas devem constar na LOA pelos seus valores brutos e não valores líquidos, em que deduções são feitas.

Aqui temos que ter atenção ao seguinte:

A LOA deverá conter todas as receitas e despesas → UNIVERSALIDADE

A LOA deverá conter todas as receitas e as despesas pelos seus valores totais vedadas quaisquer deduções → ORÇAMENTO BRUTO

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PUBLICIDADE – uma das bases essenciais dos governos democráticos e uma de suas características como forma de organização da autoridade dentro do Estado é a publicidade dos atos relativos à condução da coisa pública. Esse princípio está contido no art. 37 da Constituição, como um princípio geral da Administração Pública.

NÃO AFETAÇÃO DA RECEITA – o principio da não afetação ou da não vinculação da receita significa que o legislador não poderá vincular receitas públicas a determinadas despesas, órgãos ou fundos. No Brasil, esse principio está previsto apenas em relação às receitas de IMPOSTOS. Dessa forma, a norma constitucional (art. 167, IV e § 4º) vedou a vinculação da receita proveniente de IMPOSTOS a determinado órgão, fundo ou despesa, ressalvadas as seguintes:

a) transferências tributárias constitucionais;b) destinação de recursos para a manutenção e desenvolvimento do ensino;c) prestação de garantias às operações de credito por antecipação de receita;d) destinação de recursos para aplicação na área de saúde;e) realização de atividades da administração tributária (EC nº 42/2003);f) prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com

esta.

É importante notar que a proibição para que o legislador vincule receitas é válida somente para aquelas provenientes de impostos. Outras receitas, porém, podem ser vinculadas pelo legislador ordinário a determinadas despesas, fundos ou órgãos. Perceba, ainda, que, mesmo existindo o preceito constitucional para que não seja vinculada a receita de impostos, a própria Constituição enumerou diversas exceções onde aqueles recursos são ou poderão ser vinculados a determinadas finalidades. Desse modo, mesmo havendo o princípio da não afetação ou não vinculação, que deveria dar mais flexibilidade de planejamento orçamentário ao gestor público, são tantas as exceções previstas que o processo orçamentário no Brasil é extremamente rígido.

Outro cuidado que devemos tomar é com a tradicional pegadinha de prova:

O princípio da não afetação das receitas é direcionado às receitas tributárias?Gabarito: Errado.

Tributo é o gênero do qual são espécies (visão orçamentária):

• Impostos;

• Taxas;

• Contribuições de melhoria.

A vedação trazida pelo princípio é direcionada apenas às receitas de IMPOSTOS!

Por fim, cabe ressaltar que como a proibição de se vincular receitas de impostos foi imposta pela Constituição Federal, as exceções a esta regra somente podem ser trazidas por Emendas Constitucionais, vez que o legislação ordinária não tem o condão de modificar o texto constitucional.

ESPECIFICIDADE OU ESPECIFICAÇÃO – Previsto no art. 5º da Lei nº 4.320/64, estatui que o orçamento não consignará dotações globais para atender às despesas. É também chamado

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de princípio da especialização ou discriminação. Pode-se dizer também que a exigência de especificar, na LOA, as receitas e as despesas, segundo a categoria econômica, as fontes, as funções e os programas, é uma consequência do princípio da especificação.

Exceção: Reserva de Contingência → dotação global , genérica, contida na LOA, destinada a atender passivos contingentes.

UNIDADE – o princípio da unidade estabelece que todas as receitas e despesas devem estar contidas numa única peça legislativa. Embora contemple três orçamentos (OF, OI, OSS), a LOA é uma lei única. Esse princípio pode ser chamado de princípio da TOTALIDADE e funciona como um facilitador no controle político da execução orçamentária proibindo a existência de diversas leis contemplando e autorizando a realização de receitas e despesas públicas.

Nota: A existência do PPA, LDO e LOA não afronta o princípio da unidade vez que são instrumentos de planejamento orçamentário que resultam na elaboração do orçamento propriamente dito, qual seja, a LOA, única peça legislativa que prevê receitas e fixa despesas.

Princípio da CLAREZA – O orçamento público deve ser claro e compreensível para qualquer indivíduo. Por isso, tal princípio pode ser chamado também de princípio da INTELIGIBILIDADE.

Princípio da QUANTIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS – Os créditos orçamentários não podem ser ilimitados. As autorizações de despesas contidas no orçamento devem obedecer a limites, ou seja, devem ser quantificadas. Não há exceção a esse princípio. Tal princípio encontra-se na CF, art, 167, IV e é uma regra absoluta.

Princípio da UNIDADE DE TESOURARIA ou UNIDADE DE CAIXA – Está positivado no art. 56 da Lei nº 4.320/64, que dispõe: o recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais. Isso significa que todo o valor arrecadado de receitas deve ser recolhido à Conta Única do Tesouro, que é gerenciada pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Na União, tal conta é mantida no Banco Central do Brasil.

CRÉDITOS ADICIONAIS

A execução dos programas de trabalho do governo só é viável por meio dos créditos orçamentários aprovados pelo legislativo e dotados no orçamento anual (LOA). Assim, a execução da LOA começa com a utilização desses créditos, que são os créditos orçamentários iniciais. Entretanto, durante a execução da LOA, pode-se ter a necessidade de realizar despesas que não haviam sido computadas na LOA (não existia crédito orçamentário para tal) ou, então, que haviam sido computadas, mas seu saldo se tornou insuficiente (o crédito orçamentário existia, mas possuía saldo insuficiente para a realização da despesa). Nesses casos, podemos lançar mão dos mecanismos de retificação da LOA, os conhecidos CRÉDITOS ADICIONAIS. São chamados de “adicionais” porque eserão adicionados à LOA já em vigor para que a despesa não computada ou insuficientemente dotada possa ser realizada, pois, lembre-se, sem o crédito não há como se realizar despesas. Vamos, então, estudar as características dos créditos adicionais.

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Conceito

→ Créditos Adicionais são autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas no orçamento público.

Espécies

→ Créditos Suplementares

→ Créditos Especiais

→ Créditos Extraordinários

Finalidade

Crédito Suplementar → sua finalidade é reforçar uma dotação que durante a execução do orçamento se tornou insuficiente;

Crédito Especial → sua finalidade é atender às despesas para as quais o orçamento não consignava dotação específica

Créditos Extraordinários → sua finalidade é atender despesas imprevistas e urgentes.

Condições para abertura dos créditos adicionais

Os créditos suplementares e especiais dependem de prévia autorização legislativa e também da indicação de recursos que irão financiá-los. Após a prévia autorização legislativa serão abertos por decreto, ato do poder executivo.

A necessidade de prévia autorização legislativa se dá porque estamos alterando uma lei. Além disso, a indicação de recursos é necessária, porque a LOA quando foi elaborada respeitou o princípio do equilíbrio e, ao adicionar à LOA tais créditos, o montante da despesa aumenta. Sendo assim, é necessário indicar os recursos que irão cobrir esse aumento de despesa.

Essa prévia autorização legislativa, no caso dos créditos suplementares, pode estar contida na própria LOA. Caso não haja essa autorização na própria LOA, a abertura do crédito suplementar dependerá, então, de uma lei específica autorizando sua abertura. Entretanto, no caso dos créditos especiais a prévia autorização legislativa será por meio de lei específica, visto que, na LOA, a autorização só poderia ser para abertura dos créditos suplementares.

Já os créditos extraordinários não dependem de prévia autorização legislativa nem da indicação de recursos para cobrir essa nova despesa. Normalmente, os créditos extraordinários são abertos por decreto, ato do executivo, que dará imediato conhecimento ao legislativo. Na União, por força da CF, os créditos extraordinários serão abertos por medida provisória.

Como a finalidade dos créditos extraordinários é atender despesas imprevistas E urgentes, assim como as decorrentes de guerra, comoção interna (comoção intestina) ou calamidade pública, que exigem uma ação urgente do poder público, dispensa-se a prévia autorização

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legislativa para que o crédito seja aberto de forma mais célere. E, se é necessária uma ação urgente, o crédito deve ser aberto, para que as despesas sejam realizadas, sem precisar indicar os recursos que irão custeá-los. Mal comparando, é mais ou menos a situação em que pedimos para que nosso limite no cartão de crédito seja aumentado para realizar uma despesa urgente e depois nos viramos para pagar a fatura.

Recursos

De acordo com a Lei nº 4.320/64 (art. 43), são recursos que servirão para abertura dos créditos suplementares e especiais, desde que não estejam comprometidos:

1. SUPERÁVIT FINANCEIRO apurado em balanço patrimonial do exercício anterior.

2. EXCESSO DE ARRECADAÇÃO: excesso de arrecadação é o saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício. Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-á a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.

3. ANULAÇÃO PARCIAL OU TOTAL DE DOTAÇÕES orçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados em Lei. Nessa fonte, inclui-se a Reserva de Contingência, que também é uma dotação orçamentária.

4. OPERAÇÕES DE CRÉDITO autorizadas, em forma que, juridicamente, possibilite ao Poder Executivo realizá-las.

5. ART. 166, § 8º DA CF/88 – Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.

Vigência

Créditos Suplementares → vigência adstrita ao exercício financeiro em que foi aberto.

Créditos Especiais e Extraordinários → como regra, terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que foram abertos, ressalvados os casos em que são abertos nos últimos quatro meses do exercício, situação em que PODERÃO ser reabertos no exercício financeiro seguinte, nos limites de seus saldos.

Aqui temos uma exceção ao princípio da anualidade. A LOA SEMPRE terá vigência de um ano, porém, alguns créditos, os especiais e os extraordinários, quando abertos nos meses de setembro a dezembro de um exercício financeiro, podem ser reabertos no exercício seguinte, vigorando, portanto, por mais de 12 meses, ou seja, mais de um ano, mais de um exercício financeiro.

Para os suplementares, não há essa possibilidade!

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ESTRUTURA COMPLETA DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA

 

10. 39. 252. 26. 782. 2075. 7M64. 0043. 9999. 0. 100. 4490. 210

Q Órgão:  Ministério  dos  Transportes 39U Unidade  Orçamentária:A Departamento  Nacional  deL Infraestrutura  de  Transportes  -­‐  I DNITT Função:  Transporte 26A Subfunção:  Transporte  Rodoviário 782T PROGRAMA:  Transporte  Terrestre 2075I AÇÃO:  Construção  de  TrechoV RodoviárioA SUBTÍTULO:  Rio  Grande  do  Sul 0043Q 9999UANTITATIVA

4490

2

252

7M64.

0

100

Identificador  de  Resultado  Primário:  PrimáriaDiscricionária

Fonte  de  Recursos:  Recursos  do  Tesouro  -­‐  ExercícioCorrente  (1)  Recursos  Ordinários  (00)

Natureza  da  Despesa:  Categoria  Econômica:  Despesasde  Capital  (4);  Grupo  de  Natureza:  Investimentos  (4);

Modalidade  de  Aplicação:  Aplicação  Direta  (90)

CLASSIFICAÇÃOINSTITUCIONAL

CLASSIFICAÇÃOFUNCIONAL

CLASSIFICAÇÃOPROGRAMÁTICA

Esfera:  Orçamento  FiscalCÓDIGO  COMPLETO

IDUSO:  Recursos  não  destinados  à  Contrapartida

IDOC:  Outros  recursos

CLASSIFICAÇÃO POR ESFERA

Na LOA, a esfera tem por finalidade identificar se a despesa pertence ao Orçamento Fiscal (F), da Seguridade Social (S) ou de Investimento das Empresas Estatais (I), conforme disposto no § 5o do art. 165 da CF.

Na LOA, o classificador de esfera é identificado com as letras “F”, “S” ou “I”. Na base de dados do SIOP, o campo destinado à esfera orçamentária é composto de dois dígitos e será associado à ação orçamentária:

CÓDIGO ESFERA ORÇAMENTÁRIA

10 Orçamento Fiscal

20 Orçamento da Seguridade Social

30 Orçamento de Investimentos

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CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL DA DESPESA

É a classificação que permite conhecer quem é o responsável por fazer a despesa, ou seja, qual unidade orçamentária é responsável pela realização da despesa.

A classificação institucional reflete a estrutura de alocação dos créditos orçamentários e está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária.

Unidade orçamentária é o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias.

Os órgãos orçamentários, por sua vez, correspondem a agrupamentos de unidades orçamentárias.

As dotações são consignadas às unidades orçamentárias, responsáveis pela realização das ações.

No caso do Governo Federal, o código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois primeiros reservados à identificação do órgão e os demais à unidade orçamentária.

Exemplos de órgão orçamentário e unidade orçamentária do Governo Federal:

ÓRGÃO UNIDADE ORÇAMENTÁRIA

22000Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

22101 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

22202 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)

22211 Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)

22906 Fundo de Defesa da Economia Cafeeira

30000 Ministério da Justiça

30107 Departamento de Polícia Rodoviária Federal

30108 Departamento de Polícia Federal

30109 Defensoria Pública da União

30911 Fundo Nacional de Segurança Pública

39000 Ministério dos Transportes

39250 Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)

39252 Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transpor-tes (DNIT)

Cabe ressaltar que uma unidade orçamentária não corresponde necessariamente a uma estrutura administrativa, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos especiais e com as unidades orçamentárias “Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios”, “Encargos

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Financeiros da União”, “Operações Oficiais de Crédito”, “Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal” e “Reserva de Contingência”.

CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DA DESPESA

É a classificação que permite conhecer em que áreas de despesa a ação governamental será realizada.

A classificação funcional foi instituída pela Portaria nº 42, de 14 de abril de 1999, do então Ministério do Orçamento e Gestão (MOG), e é composta de um rol de funções e subfunções prefixadas, que servem como agregador dos gastos públicos por área de ação governamental nos três níveis de Governo.

Trata-se de uma classificação independente dos programas e de aplicação comum e obrigatória, no âmbito dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União, o que permite a consolidação nacional dos gastos do setor público.

A classificação funcional é representada por cinco dígitos, sendo os dois primeiros relativos às funções e os três últimos às subfunções

FUNÇÃO SUBFUNÇÃO

01 – Legislativa 031 – Ação Legislativa032 – Controle Externo

02 – Judiciária 061 – Ação Judiciária062 – Defesa do Interesse Público no Processo Judiciário

03 – Essencial à Justiça 091 – Defesa da Ordem Jurídica092 – Representação Judicial e Extrajudicial

04 – Administração

121 – Planejamento e Orçamento122 – Administração Geral123 – Administração Financeira124 – Controle Interno125 – Normatização e Fiscalização126 – Tecnologia da Informação127 – Ordenamento Territorial128 – Formação de Recursos Humanos129 – Administração de Receitas130 – Administração de Concessões131 – Comunicação Social

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05 – Defesa Nacional151 – Defesa Aérea152 – Defesa Naval153 – Defesa Terrestre

06 – Segurança Pública181 – Policiamento182 – Defesa Civil183 – Informação e Inteligência

07 – Relações Exteriores 211 – Relações Diplomáticas212 – Cooperação Internacional

08 – Assistência Social

241 – Assistência ao Idoso242 – Assistência ao Portador de Deficiência243 – Assistência à Criança e ao Adolescente244 – Assistência Comunitária

09 – Previdência Social

271 – Previdência Básica272 – Previdência do Regime Estatutário273 – Previdência Complementar274 – Previdência Especial

10 – Saúde

301 – Atenção Básica302 – Assistência Hospitalar e Ambulatorial303 – Suporte Profilático e Terapêutico304 – Vigilância Sanitária305 – Vigilância Epidemiológica306 – Alimentação e Nutrição

11 – Trabalho

331 – Proteção e Benefícios ao Trabalhador332 – Relações de Trabalho333 – Empregabilidade334 – Fomento ao Trabalho

12 – Educação

361 – Ensino Fundamental362 – Ensino Médio363 – Ensino Profissional364 – Ensino Superior365 – Educação Infantil366 – Educação de Jovens e Adultos367 – Educação Especial368 – Educação Básica (3) (I)

13 – Cultura 391 – Patrimônio Histórico, Artístico e Arqueológico392 – Difusão Cultural

14 – Direitos da Cidadania421 – Custódia e Reintegração Social422 – Direitos Individuais, Coletivos e Difusos423 – Assistência aos Povos Indígenas

15 – Urbanismo451 – Infra-estrutura Urbana452 – Serviços Urbanos453 – Transportes Coletivos Urbanos

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16 – Habitação 481 – Habitação Rural482 – Habitação Urbana

17 – Saneamento 511 – Saneamento Básico Rural512 – Saneamento Básico Urbano

18 – Gestão Ambiental

541 – Preservação e Conservação Ambiental542 – Controle Ambiental543 – Recuperação de Áreas Degradadas544 – Recursos Hídricos545 – Meteorologia

19 – Ciência e Tecnologia571 – Desenvolvimento Científico572 – Desenvolvimento Tecnológico e Engenharia573 – Difusão do Conhecimento Científico e Tecnológico

20 – Agricultura

601 – Promoção da Produção Vegetal (4) (E)602 – Promoção da Produção Animal (4) (E)603 – Defesa Sanitária Vegetal (4) (E)604 – Defesa Sanitária Animal (4) (E)605 – Abastecimento606 – Extensão Rural607 – Irrigação608 – Promoção da Produção Agropecuária (4) (I)609 – Defesa Agropecuária (4)(I)

21 – Organização Agrária 631 – Reforma Agrária632 – Colonização

22 – Indústria

661 – Promoção Industrial662 – Produção Industrial663 – Mineração664 – Propriedade Industrial665 – Normalização e Qualidade

23 – Comércio e Serviços

691 – Promoção Comercial692 – Comercialização693 – Comércio Exterior694 – Serviços Financeiros695 – Turismo

24 – Comunicações 721 – Comunicações Postais722 – Telecomunicações

25 – Energia

751 – Conservação de Energia752 – Energia Elétrica753 – Combustíveis Minerais (2) (A)754 – Biocombustíveis (2) (A)

26 – Transporte

781 – Transporte Aéreo782 – Transporte Rodoviário783 – Transporte Ferroviário784 – Transporte Hidroviário785 – Transportes Especiais

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27 – Desporto e Lazer811 – Desporto de Rendimento812 – Desporto Comunitário813 – Lazer

28 – Encargos Especiais

841 – Refinanciamento da Dívida Interna842 – Refinanciamento da Dívida Externa843 – Serviço da Dívida Interna844 – Serviço da Dívida Externa845 – Outras Transferências (I) (A)846 – Outros Encargos Especiais847 – Transferências para a Educação Básica (1) (I)

Entende-se por função o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público.

A função reflete a competência institucional do órgão, como, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que guarda relação com os respectivos Ministérios. Há situações em que o órgão pode ter mais de uma função típica, considerando-se que suas competências institucionais podem envolver mais de uma área de despesa. Nesses casos, deve ser selecionada, entre as competências institucionais, aquela que está mais relacionada com a ação.

Por sua vez, a subfunção representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar a natureza da atuação governamental.

De acordo com a Portaria nº 42, de 14 de abril de 1999, é possível combinar as subfunções a funções diferentes daquelas a elas diretamente relacionadas, o que se denomina matricialidade. Exceto na função 28 – Encargos Especiais que só pode ser conjugada as suas subfunções típicas.

Observação: A função Encargos Especiais engloba as despesas que não podem ser associadas a um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra. A utilização dessa função irá requerer o uso das suas subfunções típicas.

Exemplos:

ÓRGÃO 22 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

FUNÇÃO 20 Agricultura

SUBFUNÇÃO 131 Comunicação Social

AÇÃO 4641 Publicidade de Utilidade Pública

Note-se que, de acordo com a Portaria nº 42/99, a subfunção 131 – Comunicação Social foi originalmente combinada com a função 04 – Administração. Nesse exemplo, tal subfunção foi combinada com a função 20 – Agricultura.

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ÓRGÃO 32 Ministério de Minas e Energia

FUNÇÃO 25 Energia

SUBFUNÇÃO 131 Comunicação Social

AÇÃO 4641 Publicidade de Utilidade Pública

Note-se que, de acordo com a Portaria nº 42/99, a subfunção 131 – Comunicação Social foi originalmente combinada com a função 04 – Administração. Nesse exemplo, tal subfunção foi combinada com a função 25 – Energia.

ÓRGÃO 01 Câmara dos Deputados

FUNÇÃO 01 Legislativa

SUBFUNÇÃO 365 Educação Infantil

AÇÃO 2010Assistência Pré-escolar aos Dependentes dos Servidores e Empregados

Note-se que, de acordo com a Portaria nº 42/99, a subfunção 365 – Educação Infantil foi originalmente combinada com a função 12 – Educação. Nesse exemplo, tal subfunção foi combinada com a função 01 – Legislativa.

CLASSIFICAÇÃO PROGRAMÁTICA DA DESPESA

Assim como a classificação funcional, a classificação programática foi também instituída pela Portaria nº 42, de 14 de abril de 1999, do então Ministério do Orçamento e Gestão (MOG).

É a classificação que permite identificar o tema da política pública que será desenvolvida.

Toda ação do Governo está estruturada em programas. Esses programas são orientados para a realização dos objetivos estratégicos definidos para o período do PPA, ou seja, quatro anos. Por isso, o orçamento a ser executado é organizado em programas, a partir dos quais são relacionadas às ações a serem desenvolvidas sob a forma de atividades, projetos ou operações especiais.

Sendo assim, podemos pensar da seguinte maneira: os programas são os instrumentos de organização da atuação governamental que visam atingir um objetivo preestabelecido, visando à solução de um problema ou ao atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade. Para que sejam desenvolvidos, tais programas são estruturados em ações. Essas, por sua vez, são as operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que contribuem para atender ao objetivo de um programa. As ações articuladas em um programa são, na realidade, aquilo que será desenvolvido para alcançar o seu objetivo. E, dependendo da característica da ação desenvolvida, podemos classificá-la como um projeto, atividade ou operações especiais.

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As ações contribuem para um objetivo de um programa. Este, por sua vez, contribui para objetivos estratégicos preestabelecidos.

Programa → É o instrumento de organização da ação governamental que visa à concretização dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual.

Atividade → É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. Exemplo: “Fiscalização e Monitoramento das Operadoras de Planos e Seguros Privados de Assistência à Saúde”.

Projeto → É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo. Exemplo: “Implantação da rede nacional de bancos de leite humano”.

Operação Especial → Despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços.

Na classificação programática, temos o seguinte:

O programa é representado por quatro dígitos numéricos

A ação (projeto, atividade, operação especial) é representada por um código alfanumérico de oito dígitos, como segue:

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Ao observar o 1º dígito do código, pode-se identificar:

1º DIGITO TIPO DE AÇÃO

1,3,5 ou 7 Projeto

2, 4, 6 ou 8 Atividade

0 Operação Especial

As atividades, os projetos e as operações especiais serão detalhados em subtítulos, utilizados especialmente para identificar a localização física da ação orçamentária.

Na estrutura completa da programação orçamentária, ainda temos:

Identificador de Doação e de Operações de Crédito (IDOC) – permite identificar a que doação ou operações de crédito os recursos se relacionam.

Identificador de Uso (IDUSO) – identifica se os recursos são destinados para contrapartida.

Fonte de Recursos – indica de onde virão os recursos para a realização da despesa.

Natureza da Despesa – identifica qual efeito econômico da despesa, qual classe de gasto da despesa, como os recursos serão aplicados, quais os insumos se pretende utilizar ou adquirir.

Identificador de Resultado Primário – identifica qual o efeito da despesa sobre o resultado primário da União.

Para compreendermos como se dá a programação e a execução orçamentária e financeira, bem como a descentralização orçamentária e financeira e o acompanhamento da execução, faz-se necessário conhecer as fases pelas quais percorrem as receitas e despesas públicas.

FASES DA RECEITA PÚBLICA

São fases da receita pública, na seguinte ordem cronológica:

PREVISÃOLANÇAMENTOARRECAÇÃORECOLHIMENTO

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Previsão:

Ocorre na etapa de planejamento orçamentário.

É a fase em que é planejada e estimada a arrecadação das receitas que constará na proposta orçamentária. Isso deverá ser realizado em conformidade com as normas técnicas e legais correlatas e, em especial, com as disposições constantes na LRF. Sobre o assunto, vale citar o art. 12 da referida norma:

Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.

A previsão de receitas é a etapa que antecede a fixação do montante de despesas que irá constar nas leis de orçamento, além de ser base para se estimar as necessidades de financiamento do governo.

Lançamento:

De acordo com o art. 53 da Lei nº 4.320, de 1964, o lançamento é o ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.

Segundo o art. 52 da mencionada lei, são objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato.

Com isso, verificamos que nem todas as receitas passam pela etapa do lançamento, pois somente os impostos diretos e quaisquer outras rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato passam por essa fase.

Uma doação recebida em dinheiro poderia servir como exemplo de receita que não passou por esta etapa.

Arrecadação:

Fase em que os contribuintes ou devedores da fazenda pública comparecem aos agentes arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas pelo ente e quitam suas obrigações com o Tesouro Público.

É no estágio da arrecadação que se considera a receita realizada, tendo em vista o que preceitua o art. 35, I, da Lei nº 4.320/64

Art. 35 Pertencem ao exercício financeiro:

I – as receitas nele arrecadadas;

[...]

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Diz-se, então, que o regime das receitas orçamentárias é o regime de caixa, a fim de evitar que as despesas sejam realizadas em montante superior ao que de fato foi arrecadado.

Recolhimento:

Fase em que os agentes arrecadadores transferem à Conta específica do Tesouro os recursos arrecadados, observando o princípio da unidade de tesouraria (unidade de caixa), conforme preceitua a Lei nº 4.320/64.

Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.

FASES DA DESPESA PÚBLICA

A despesa pública percorre algumas fases, até que seja paga.

São fases da despesa pública, na seguinte ordem cronológica:

FIXAÇÃOEMPENHOLIQUIDAÇÃOPAGAMENTO

Fixação:

Ocorre na etapa de planejamento orçamentário.

A fixação da despesa refere-se aos limites de gastos, incluídos nas leis orçamentárias com base nas receitas previstas, a serem efetuados pelas entidades públicas. A fixação da despesa orçamentária insere-se no processo de planejamento e compreende a adoção de medidas em direção a uma situação idealizada, tendo em vista os recursos disponíveis e observando as diretrizes e prioridades traçadas pelo governo.

A despesa fixada na LOA não poderá ser ultrapassada. Caso haja a necessidade, durante a execução do orçamento, de se realizar despesas para as quais o orçamento não havia fixado um limite ou que o limite fixado se tornou insuficiente, deve-se adicionar novos créditos a LOA, ou seja, os CRÉDITOS ADICIONAIS.

Empenho:

Segundo o art. 58 da Lei nº 4.320/64, o empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.

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O empenho reserva dotação orçamentária para garantir o pagamento estabelecido em relação contratual existente.

Por exemplo:

No orçamento de 2012, consta uma despesa fixada no valor de R$ 10.000,00 para aquisição de material permanente – computadores. Após o procedimento licitatório, em que foi escolhida a proposta mais vantajosa para a Administração Pública, verificou-se que a quantidade a ser adquirida custaria, conforme contrato, R$ 6.000,00. Então, dos R$ 10.000,00 fixados na LOA, deve-se empenhar R$ 6.000,00 (reservar) para que se possa, em momento posterior, pagar tal despesa. Note-se que após o empenho de R$ 6.000,00, o limite para aquisições dessa natureza passou a ser de R$ 4.000,00.

É no estágio do empenho que se considera a despesa realizada, tendo em vista o que preceitua o art. 35, II, da Lei nº 4.320/64

Art. 35 Pertencem ao exercício financeiro:

I – [...]

II – as despesas nele legalmente empenhadas

Embora não tenha havido o pagamento, o empenho já compromete o crédito orçamentário, motivo pelo qual se considera, nessa fase, a despesa realizada.

Diz-se, então, que o regime das despesas orçamentárias é o regime de competência.

Nota: O regime orçamentário brasileiro é misto, pois adota o regime de caixa para as receitas (fase de arrecadação) e de competência para as despesas (fase do empenho).

O empenho será formalizado mediante a emissão de um documento denominado “Nota de Empenho”, no qual deve constar o nome do credor, a especificação do credor e a importância da despesa, bem como os demais dados necessários ao controle da execução orçamentária.

Em casos previstos em legislação específica, a nota de empenho (o documento) pode ser dispensada. Entretanto, o empenho NUNCA poderá ser dispensado e deve ser SEMPRE prévio à despesa. Vejamos:

Lei nº 4.320/64

Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.

Qual a lógica do prévio empenho?

Só se pode empenhar (reservar, comprometer o crédito orçamentário) se houver a fixação da despesa através de um crédito orçamentário dotado no orçamento. Sendo assim, a necessidade de empenho prévio obriga o gestor público a consultar a LOA para verificar se existe dotação orçamentária para a despesa que ele pretende realizar. Se não houvesse a necessidade do prévio empenho, os gestores poderiam acabar realizando despesas que não estavam fixadas

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na LOA (portanto, não estavam planejadas). Por isso, é vedada a realização de despesas sem o prévio empenho. Essa regra é absoluta, não existindo exceção!

Obviamente, o empenho não pode exceder o limite dos créditos concedidos. Claro, né? Pois não posso reservar um valor maior que o limite concedido na LOA.

Liquidação:

Conforme dispõe o art. 63 da Lei nº 4.320/1964, a liquidação consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito e tem por objetivo apurar:

I – a origem e o objeto do que se deve pagar;

II – a importância exata a pagar;

III – a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.

A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá por base:

I – o contrato, ajuste ou acordo respectivo;

II – a nota de empenho;

III – os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.

A liquidação é a fase que antecede a fase do pagamento. Tem por objetivo verificar o direito do credor (fornecedor ou prestador de serviços). Somente após essa verificação (liquidação) pode -se efetuar o pagamento da despesa, normalmente feito por rede bancária.

Aqui, temos um ponto muito importante a destacar: embora a Lei nº 4.320/64 defina que o empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição, esse pagamento, seguindo as fases da despesa, somente deverá ser realizado após a liquidação. Assim, a banca Cespe já se posicionou, reiteradamente, no sentido de que o empenho, por si só, não cria obrigação de pagamento, pois esta só passa a existir quando é verificado o direito do credor, na fase da liquidação. Tal procedimento é para evitar que pagamentos sejam feitos sem que o fornecedor tenha realizado o fornecimento, ou sem que o prestador de serviços tenha prestado o serviço.

Veja como isso já foi cobrado em prova:

(AGU – Contador – 2010) O empenho da despesa não cria obrigação para o Estado, mas reserva dotação orçamentária para garantir o pagamento estabelecido em relação contratual existente.

Gabarito: Certo

O empenho reserva dotação orçamentária, comprometendo o crédito contido no orçamento, mas, não cria a obrigação de pagamento para o Estado, uma vez que esse somente estará obrigado a pagar se na liquidação for verificado o direito do credor. Muita atenção com isso!

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Pagamento:

Verificado o direito do credor, na fase da liquidação, a autoridade competente ordena que a despesa seja paga.

Segundo a Lei nº 4.320/64, art. 64, a ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa seja paga.

A ordem de pagamento só poderá ser exarada em documentos processados (liquidados) pelos serviços de contabilidade.

Após esse despacho, ordenando-se que a despesa seja paga, chega-se ao último estágio da despesa. O pagamento, que de acordo com o art. 65 da lei mencionada, será efetuado por tesouraria ou pagadoria regularmente instituídos, por estabelecimentos bancários credenciados e, em casos excepcionais, por meio de adiantamento.

DESCENTRALIZAÇÃO DE CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS E MOVIMENTAÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS

As descentralizações de créditos orçamentários ocorrem quando se movimenta de parte do orçamento (movimentação de crédito orçamentário), mantidas as classificações institucional, funcional, programática e econômica, para que outras unidades administrativas possam executar a despesa orçamentária.

Importante: Embora executada por outras unidades administrativas, a descentralização do crédito orçamentário não altera a unidade orçamentária (classificação institucional) detentora do crédito orçamentário aprovado na lei orçamentária ou em créditos adicionais.

Quando a descentralização envolver unidades gestoras de um mesmo órgão, tem-se a descentralização interna, também chamada de provisão.

Por outro lado, se a descentralização ocorrer entre unidades gestoras de órgãos ou entidades de estrutura diferente, tem-se uma descentralização externa, também denominada de destaque.

Para a União, de acordo com o inciso III do § 1º do art. 1º do Decreto nº 6.170/2007, a descentralização de crédito externa dependerá de termo de cooperação, ficando vedada a celebração de convênio para esse efeito.

Descentralização entre unidades gestoras de uma mesma estrutura orçamentária = PROVISÃO

Descentralização entre unidades gestoras pertencentes a estruturas diferentes = DESTAQUE

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Na descentralização, as dotações serão empregadas obrigatória e integralmente na consecução do objetivo previsto pelo programa de trabalho pertinente, respeitadas fielmente a classificação funcional e a estrutura programática (Além de não mudar a classificação institucional, já dito anteriormente). Somente a execução da despesa orçamentária será realizada por outro órgão ou entidade, não mudando, em nenhum aspecto, sua classificação e sua finalidade.

Nota: Na aprovação da LOA, já podemos afirmar que há a primeira movimentação de créditos orçamentários, pois são disponibilizados às unidades orçamentárias por meio do sistema de administração financeira utilizado ente público, a fim de que tais unidades possam executar os seus programas. Chamamos essa movimentação de DOTAÇÃO.

Importante, nesse momento, diferenciar o termo “CRÉDITO ORÇAMENTÁRIO” do termo “RECURSO”:

CRÉDITO ORÇAMENTÁRIO refere-se à autorização de gasto contida na LOA, sem o qual não é permitido realizar a despesa. Já o RECURSO refere-se ao aspecto financeiro do orçamento (dinheiro), que deverá ser utilizado para honrar os compromissos assumidos em virtude da utilização, da execução, dos créditos orçamentários.

Assim, os termos Provisão e Destaque tem a ver com a movimentação, com a descentralização, de CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS, para que outras unidades gestoras executem a despesa. E, para cobrir essas despesas realizadas por meio de descentralização, devem ser movimentados, também, os RECURSOS FINANCEIROS que serão necessários para o efetivo pagamento das mesmas.

Assim, a movimentação dos recursos financeiros que darão suporte a provisão é denominada subrrepasse.

Já, a movimentação dos recursos financeiros que darão suporte ao destaque é denominada repasse.

Observe, abaixo, o quadro que sintetiza essas movimentações:

MOVIMENTAÇÃO

CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS RECURSOS FINANCEIROS

DOTAÇÃO COTA

PROVISÃO SUBRREPASSE

DESTAQUE REPASSE

Nota: A descentralização de créditos orçamentários entre unidades orçamentárias ocorre antes da realização do empenho, portanto, na etapa de planejamento.

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PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO

A programação orçamentária e financeira, considerada compreendida na etapa de planejamento, consiste na compatibilização do fluxo dos pagamentos com o fluxo dos recebimentos, visando ao ajuste da despesa fixada às novas projeções de resultados e da arrecadação.

Tal procedimento é necessário a fim de se prevenir, durante a execução do orçamento, insuficiências de caixa.

Vamos a um exemplo doméstico:

Suponhamos que você tenha previsto no seu orçamento anual pessoal receitas totais de

R$ 13.000,00 e, com base nesta estimativa de receita, tenha fixado despesas totais, também, de R$ 13.000,00.

Considere, ainda, que na estimativa das suas receitas você computou seus 12 salários mensais + o 13º salário, cada um de R$ 1.000,00.

Dessa forma, você tem autorização para realizar, no ano a que se refere aquele orçamento, despesas de R$ 13.000,00.

Nesse contexto, será que é possível, já em janeiro daquele ano, você realizar as despesas totais do ano e efetuar o pagamento integral delas? Claro que não! Mas, por quê? Porque, dessa forma, você teria uma insuficiência de caixa, já que o fluxo de recebimento de suas receitas (seu salário) ocorre mensalmente.

É aí que entra a necessidade da programação financeira, pois esta ajusta o fluxo de pagamentos das despesas ao fluxo de recebimento das receitas, evitando-se problemas com a insuficiência de caixa.

A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) definiu procedimentos para auxiliar a programação orçamentária e financeira:

Estabelece, no art. 8º, que até 30 dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.

Em seu art. 13, estabeleceu que, no prazo previsto no art. 8º, as receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das medidas de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa.

Por fim, em seu art. 9º, trouxe uma medida de acompanhamento da execução orçamentária: se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos 30 dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela LDO.

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A LDO, por força da LRF, vai dispor sobre as formas e critérios de limitação de empenho. Não se pode limitar despesas relativas a obrigações constitucionais e legais, tampouco aquelas que foram ressalvadas pela LDO como prioritárias. Sobram, portanto, apenas as despesas discricionárias.

Dessa forma, podemos sintetizar tais preceitos, da seguinte maneira:

Em até 30 dias após a publicação dos orçamentos, o Poder Executivo estabelecerá a programação orçamentária e financeira. Nesta, teremos as receitas desdobradas em metas bimestrais de arrecadação ao lado do cronograma mensal de desembolso (despesa). Se, ao final de um bimestre, for verificado que a arrecadação poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado estabelecidas na LDO, deve-se, nos 30 dias subsequentes a esse bimestre, limitar empenho e movimentação financeira (contingenciar despesas).

Em outras palavras, se houver frustração da receita estimada no orçamento, deverá ser estabelecida limitação de empenho e movimentação financeira, com objetivo de atingir os resultados previstos na LDO e impedir a assunção de compromissos sem respaldo financeiro, o que acarretaria uma busca de socorro no mercado financeiro, situação que implica em encargos elevados.

Porém, cabe ressaltar que, no caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas (LRF, art. 9º, § 1º).

O acompanhamento da execução orçamentária é fundamental para o controle do gasto e a avaliação da efetividade do planejamento. Nesse sentido, por força da CF/88, art. 3º, o Poder Executivo deverá elaborar relatórios bimestrais resumidos da execução orçamentária, cujo conteúdo foi estabelecido na LRF, nos artigos 52 e 53.

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ORÇAMENTO

Orçamento Tradicional ou Clássico

Inicialmente, o orçamento era uma peça bastante simples. Conhecido como orçamento tradicional, ou clássico, se resumia a uma “lista de compras” onde o legislativo autorizava o executivo a realizar suas despesas, não se preocupando com o que o governo fazia, somente controlando o que ele gastava. O foco era no objeto do gasto, sem se preocupar com os resultados atingidos pela administração Pública.

Tinha como principal característica o controle político, exercido pelo Legislativo sobre o Executivo.

Assim, o orçamento tradicional é um processo orçamentário em que apenas uma dimensão do orçamento é explicitada, qual seja, o objeto do gasto.

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Orçamento de Desempenho

O orçamento de desempenho inicia a fase moderna do orçamento. É uma evolução do orçamento tradicional, pois deixou de ser apenas uma peça que autorizava gastos (“lista de compras”) e passou a associá-los às ações que deveriam ser realizadas pelo governo.

Conhecido também como orçamento funcional, o orçamento de desempenho resulta de um processo orçamentário que se caracteriza por apresentar duas dimensões do orçamento: o objeto do gasto e um programa de trabalho, contendo as ações a serem desenvolvidas.

Toda a ênfase reside no desempenho organizacional.

Dessa forma, nesse orçamento passou a constar não somente as despesas a serem realizadas, mas também as atividades e os projetos a desenvolver bem como indicadores capazes de medir o desempenho do governo.

Nota-se que, no orçamento de desempenho, já há uma preocupação com o planejamento, tendo em vista que, com base na definição dos objetivos a serem alcançados, desenvolvem-se os programas de trabalho a serem executados. Entretanto, essa associação entre planejamento e orçamento, para fins de concursos, só se tornou estreita (forte) no orçamento-programa.

Por fim, pode-se afirmar que, se orçamento tradicional funcionava como um instrumento de controle, o orçamento de desempenho passou a ser um instrumento de administração.

Orçamento-Programa

O orçamento-programa é a versão mais atual do orçamento moderno, tendo em vista que o orçamento de desempenho foi a primeira versão.

Originário do sistema de planejamento, programação e orçamentação, introduzido nos EUA no final da década de 1950, sob a denominação de Planning Programinng Budgeting System (PPBS) tem como características principais: integração entre o planejamento e o orçamento; quantificação dos objetivos e fixação de metas; relação de insumo-produto; alternativas programáticas; acompanhamento físico-financeiro; avaliação de resultados e gerência por objetivos.

O orçamento-programa preocupa-se com o impacto das ações governamentais sobre as necessidades da sociedade, no sentido de medir a efetividade de tais ações. Dessa forma, o que justifica a realização dos programas são as necessidades sociais e seu alcance será medido por indicadores e metas.

Na elaboração do orçamento-programa, identifica-se, primeiro, um problema e, depois, os objetivos que são pretendidos para sanar ou amenizar este problema; as ações a serem desenvolvidas; os custos e trabalhos necessários para a execução destas ações; os recursos que irão custeá-las; bem como os instrumentos que irão medir a efetividade dessas ações no que tange ao impacto sobre a sociedade.

Por exemplo, se o problema identificado é a mortalidade infantil, poderíamos pensar em algo assim: Para reduzir a mortalidade infantil em “X” por cento (objetivo), é necessário a construção de “X” postos de saúde (metas, ações) que serão custeados pelas fontes A, B, C e D.

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Assim, segundo o Professor James Giacomoni, são elementos essenciais do orçamento-programa:

• Objetivos e propósitos, que são o foco da utilização dos recursos;

• Programas, que convergem os esforços do governo para a concretização dos objetivos e propósitos;

• Custos, que são medidos pela identificação dos insumos para a obtenção dos resultados;

• Medidas de Desempenho, que medem os resultados obtidos e os esforços despendidos.

TÉCNICAS DE ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO

Orçamento Base Zero ou por Estratégia

O orçamento base-zero ou por estratégia tem como característica a não existência de direitos adquiridos da unidade orçamentária em relação àquilo que lhe foi autorizado no orçamento anterior, tornando-se necessária a justificativa de todas as atividades que desenvolverá no exercício corrente.

Segundo a STN, o orçamento base-zero é uma abordagem orçamentária desenvolvida nos Estados Unidos da América, pela Texas Instruments Inc., Durante o ano de 1969. Foi adotada pelo estado de Geórgia (gov. Jimmy Carter), com vistas ao ano fiscal de 1973. Principais características: análise, revisão e avaliação de todas as despesas propostas e não apenas das solicitações que ultrapassam o nível de gasto já existente; todos os programas devem ser justificados cada vez que se inicia um novo ciclo orçamentário.

Portanto, nessa técnica de elaboração, não existem direitos adquiridos em relação às verbas do orçamento anterior. A cada ciclo orçamentário, deve-se justificar os programas a serem realizados, além de haver a necessidade de uma revisão crítica dos gastos. A base para a sua elaboração é zero.

Orçamento Incremental

Ao contrário do orçamento base zero, essa técnica utiliza como base os valores autorizados no orçamento do exercício anterior. Normalmente, tais valores são somados a índices (de inflação) que permitam a atualização monetária dos valores.

Orçamento Participativo

O orçamento participativo é a técnica em que a população de uma cidade participa da elaboração do orçamento, definindo as suas demandas e prioridades.

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Segundo o portal da transparência do Governo Federal, o orçamento participativo é um importante instrumento de complementação da democracia representativa, pois permite que o cidadão debata e defina os destinos de uma cidade. Nele, a população decide as prioridades de investimentos em obras e serviços a serem realizados a cada ano, com os recursos do orçamento da prefeitura. Além disso, ele estimula o exercício da cidadania, o compromisso da população com o bem público e a corresponsabilização entre governo e sociedade sobre a gestão da cidade.

Dificilmente será adotado em âmbito nacional, tendo em vista as dimensões do país. Como o próprio portal da transparência preceitua, é utilizado em âmbito municipal.

Curiosidade: O município de Porto Alegre é considerado como a Cidade Capital do Orçamento Participativo.

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Questões

1. (Polícia Federal – Agente Administrativo – 2014)

O orçamento público constitui norma legal a ser aplicada integralmente e contém a previsão de receitas e a estimativa de des-pesas a serem realizadas pelo governo em determinado exercício financeiro, sendo objeto de estudo tanto do direito financeiro quanto do direito tributário.

( ) Certo   ( ) Errado

2. (TCE – RS – Oficial de Controle Externo – 2013)

O orçamento público tem caráter e força de lei, em sentido formal.

( ) Certo   ( ) Errado

3. (SESAES – Administrador – 2011)

O orçamento público é o ato pelo qual o Po-der Legislativo prevê receitas, autoriza o Po-der Executivo a realizar despesas por certo período e se responsabiliza pela definição das metas de resultados fiscais.

( ) Certo   ( ) Errado

4. (EBC – Analista – 2011)

As propostas orçamentárias dos Poderes Le-gislativo e Judiciário devem ser encaminha-das diretamente, pelos respectivos pode-res, ao Congresso Nacional, respeitados os prazos atribuídos ao Poder Executivo.

( ) Certo   ( ) Errado

5. (AGU – Contador – 2010)

A competência de elaboração do orçamen-to anual é atribuída privativamente ao Po-der Executivo, embora a execução orçamen-tária seja feita de modo autônomo em cada um dos Poderes.

( ) Certo   ( ) Errado

6. (TJ-RR – Administrador – 2012)

O orçamento público fixado na Lei Orça-mentária Anual não determina os gastos de modo impositivo ou obrigatório.

( ) Certo   ( ) Errado

7. (TCE – RS – Oficial de Controle Externo – 2013)

O projeto da lei orçamentária anual pode ser de iniciativa do Poder Legislativo, desde que computadas a receita e a despesa de todos os órgãos públicos.

( ) Certo   ( ) Errado

8. (TCE – RS – Oficial de Controle Externo – 2013)

A CF, tendo previsto a elaboração do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentá-rias e dos orçamentos anuais, estabeleceu uma sistemática de planejamento orçamen-tário.

( ) Certo   ( ) Errado

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9. (MPE-PI – Analista Administrativo – 2012)

Os estados, o Distrito Federal e os municí-pios são obrigados a elaborar, submeter aos respectivos Poderes Legislativos e aprovar suas próprias leis de diretrizes orçamentá-rias, independentemente do que ocorra no processo orçamentário da União.

( ) Certo   ( ) Errado

10. (TCE – RS – Oficial de Controle Externo – 2013)

O plano plurianual — instrumento de pla-nejamento de médio prazo do governo fe-deral — estabelece objetivos e metas para despesas de capital, incluindo-se despesas correntes necessárias a investimentos a se-rem realizados durante mais de um exercí-cio financeiro.

( ) Certo   ( ) Errado

11. (Polícia Federal – Agente Administrativo – 2014)

Na CF, é prevista, para áreas específicas, a elaboração de planos nacionais de desen-volvimento, que, por sua importância, se-guem uma dinâmica própria, independen-temente de adequação ao PPA.

( ) Certo   ( ) Errado

12. (DPU – Agente Administrativo – 2016)

O período de vigência do PPA compreende o início do segundo ano de mandato do pre-sidente da República até o final do primei-ro ano financeiro do mandato presidencial subsequente.

( ) Certo   ( ) Errado

13. (DPU – Economista – 2016)

Considere que determinado investimen-to não esteja previsto no PPA. Nesse caso, quando da elaboração da LOA, não poderá ser consignada dotação para o referido in-vestimento.

( ) Certo   ( ) Errado

14. (ICMBIO – Analista Adminsitrativo – 2014)

O período do plano plurianual (PPA) coinci-de com o período do mandato do chefe do Poder Executivo.

( ) Certo   ( ) Errado

15. (ANTAQ – Técnico Administrativo – 2014)

De acordo com as normas constitucionais vigentes, o plano plurianual (PPA) deve ser elaborado em consonância com os planos e programas nacionais, regionais e setoriais.

( ) Certo   ( ) Errado

16. (Polícia Federal – Agente Administrativo – 2014)

A Lei de Diretrizes Orçamentárias estabele-ce metas e diretrizes a serem adotadas pela administração pública no período de quatro anos subsequentes ao de sua elaboração, estabelecendo um elo entre os instrumen-tos orçamentários previstos no plano pluria-nual e no orçamento anual.

( ) Certo   ( ) Errado

17. (Polícia Federal – Agente Administrativo – 2014)

A LDO orienta a elaboração da LOA e auxilia na coerência entre o PPA e a LOA.

( ) Certo   ( ) Errado

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18. (DPU – Agente Administrativo – 2016)

As diretrizes orçamentárias são estabeleci-das por leis de iniciativa do Poder Executivo.

( ) Certo   ( ) Errado

19. (TCU – Auditor Federal de Controle Externo – 2011)

Um tributo pode ser criado, majorado ou di-minuído, ainda que sua criação ou alteração não esteja prevista na LDO.

( ) Certo   ( ) Errado

20. (AL-CE – Analista Legislativo Administração – 2011)

A lei de diretrizes orçamentárias estabelece a política de aplicação das agências financei-ras oficiais de fomento, por meio da previ-são de empréstimos e financiamentos.

( ) Certo   ( ) Errado

21. (MPE-PI – Analista Administrativo – 2012)

O plano plurianual deve prever e delimitar a política de aplicação dos recursos investidos pelas agências financeiras oficiais de fomen-to.

( ) Certo   ( ) Errado

22. (Polícia Federal – Agente Administrativo – 2014)

No Brasil, a LOA é, de fato, composta por três orçamentos: o fiscal, o da seguridade social e o de investimento das empresas es-tatais.

( ) Certo   ( ) Errado

23. (ANATEL – Analista Administrativo – 2014)

A Constituição Federal de 1988 estabelece que a Lei Orçamentária Anual (LOA) deve ser composta por três tipos de orçamentos específicos: o fiscal, o da seguridade social e o de investimento das empresas estatais.

( ) Certo   ( ) Errado

24. (ICMBIO – Analista Administrativo – 2014)

Os orçamentos não compreendidos na LOA pelo orçamento fiscal incluem os orçamen-tos da saúde e do investimento das empre-sas.

( ) Certo   ( ) Errado

25. (ANATEL – Analista Administrativo – 2014)

A Constituição Federal de 1988 determina que o orçamento fiscal inclua todos os po-deres da União, seus fundos, órgãos e enti-dades da administração direta e indireta.

( ) Certo   ( ) Errado

26. (DPU – Agente Administrativo – 2016)

A LDO compreende o orçamento fiscal, o or-çamento da seguridade social e o orçamen-to de investimentos das empresas com capi-tal inicial pertencente à União.

( ) Certo   ( ) Errado

27. (Polícia Federal – Agente Administrativo – 2014)

Dada a importância da integração entre pla-nejamento e orçamento para o bom fun-cionamento da administração pública, é previsto na CF um ciclo de planejamento e execução do plano orçamentário integral-mente constituído pelo PPA e pela LDO

( ) Certo   ( ) Errado

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28. (TCU – Auditor de Controle Externo – 2015)

Considerando a evolução conceitual da ter-minologia usada em referência ao orçamen-to, o Brasil utilizou o orçamento legislativo, o executivo e o misto ao longo de sua his-tória.

( ) Certo   ( ) Errado

29. (TCE – RN – Inspetor de Controle Externo – 2013)

O orçamento fiscal poderá destinar recursos para despesas operacionais e de manuten-ção de empresas públicas e sociedades de economia mista com participação governa-mental no capital social.

( ) Certo   ( ) Errado

30. (DPU – Agente Administrativo – 2016)

O PPA e a LDO devem ser aprovados pelo Poder Legislativo.

( ) Certo   ( ) Errado

31. (TCE-ES – Auditor de Controle Externo – 2012)

Em virtude da independência dos poderes, o orçamento do Poder Judiciário é incorpo-rado à Lei Orçamentária Anual sem que haja fixação anterior de limites para a elaboração da proposta.

( ) Certo   ( ) Errado

32. (ABIN – Oficial de Inteligência Administra-ção – 2010)

Os prazos para que o Poder Executivo enca-minhe os projetos de lei do Plano Plurianu-al, de LDO e de LOA ao Poder Legislativo e para que este os devolva para sanção estão definidos em lei complementar.

( ) Certo   ( ) Errado

33. (ANTAQ – Técnico Administrativo – 2014)

O projeto de lei do plano plurianual da União deve ser encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro de cada mandato do chefe do executivo e devolvido, para sanção, até o encerramento da sessão legislativa. Esse prazo não é obrigatório para os demais entes da Federação.

( ) Certo   ( ) Errado

34. (MPU – Analista Administrativo – 2011)

O projeto de lei orçamentária deve ser en-caminhado, pelo Congresso Nacional, para sanção presidencial, até o dia 31 de agosto do ano anterior à sua aplicação.

( ) Certo   ( ) Errado

35. (TCU – Auditor Federal de Controle Externo – 2011)

A exigência de compatibilidade entre o PPA e a LOA não se aplica ao primeiro ano de man-dato do chefe do Poder Executivo, quando os respectivos projetos são analisados simulta-neamente pelo Poder Legislativo.

( ) Certo   ( ) Errado

36. (TCU – Auditor Federal de Controle Externo – 2011)

A LOA é uma lei posterior à LDO e de mesma hierarquia. Apesar disso, a LOA não pode re-vogar dispositivos da LDO.

( ) Certo   ( ) Errado

37. (ANATEL – Analista Administrativo – 2014)

O projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é enviado anualmente pelo presiden-te da República ao Congresso Nacional, que não pode iniciar seu recesso antes de con-cluir a votação da LDO.

( ) Certo   ( ) Errado

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38. (TELEBRÁS – Analista – 2015)

Caso se tenha iniciado o exercício financeiro e o projeto de lei orçamentária anual ainda não tenha sido aprovado no Poder Legisla-tivo, a própria lei orçamentária do exercício anterior prevê os procedimentos para libe-ração de recursos financeiros.

( ) Certo   ( ) Errado

39. (DPU – Economista – 2016)

O ciclo orçamentário pode ser definido como um rito legalmente estabelecido, com etapas que se repetem periodicamente e que envolvem elaboração, discussão, vota-ção, controle e avaliação do orçamento.

( ) Certo   ( ) Errado

40. (ABIN – Oficial de Inteligência Administra-ção – 2010)

Ao Poder Executivo é permitido propor mo-dificações no projeto de lei orçamentária, enquanto não iniciada a votação, pela co-missão mista de senadores e deputados a que se refere o art. 166 da Constituição Fe-deral, da parte cuja alteração é proposta.

( ) Certo   ( ) Errado

41. (AL-CE – Analista Legislativo Administração – 2011)

Após iniciada a análise do projeto de lei orçamentária anual na comissão mista de orçamento, o presidente da República não poderá mais enviar mensagem ao Congres-so Nacional propondo modificações no pro-jeto.

( ) Certo   ( ) Errado

42. (ABIN – Oficial de Inteligência Administra-ção – 2010)

A comissão mista permanente de senadores e deputados a que se refere o art. 166 da CF encerra sua participação no ciclo orçamen-tário com a aprovação de parecer ao projeto de lei orçamentária e seu encaminhamento ao plenário das duas Casas do Congresso Nacional.

( ) Certo   ( ) Errado

43. (DPU – Economista – 2016)

Para efeitos da LOA, o exercício financeiro tem início com a aprovação da lei, não coin-cidindo este com o ano civil.

( ) Certo   ( ) Errado

44. (TC-DF – Analista – 2014)

Denomina-se orçamento misto o orçamen-to público elaborado pelo Poder Executivo e que preveja que parte dos recursos seja exe-cutada por empresas do setor privado.

( ) Certo   ( ) Errado

45. (TCE – RS – Oficial de Controle Externo – 2013)

A lei não permite a transferência voluntária de recursos pelos governos federal e esta-dual para pagamento de despesas com pes-soal ativo, inativo e pensionista dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

( ) Certo   ( ) Errado

46. (TCE – RS – Oficial de Controle Externo – 2013)

A CF proíbe a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra sem autorização prévia em lei.

( ) Certo   ( ) Errado

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47. (ANEEL – Analista Administrativo – 2010)

A lei de orçamento contém a discriminação da receita e despesa, de forma a evidenciar a política econômica financeira e o progra-ma de trabalho do governo, respeitados os princípios da unidade, universalidade e anu-alidade.

( ) Certo   ( ) Errado

48. (DPU – Economista – 2016)

De acordo com o princípio da universalidade orçamentária, cada unidade orçamentária deve possuir apenas um orçamento.

( ) Certo   ( ) Errado

49. (DPU – Agente Administrativo – 2016)

No Brasil, para determinado período do ano civil, cada ente da Federação deve possuir um orçamento para as receitas e um orça-mento para as despesas.

( ) Certo   ( ) Errado

50. (ANTAQ – Analista Administrativo – 2014)

O princípio da anualidade orçamentária de-termina que o orçamento de cada um dos entes da Federação deve ser elaborado e encaminhado ao Poder Legislativo no ano anterior ao da sua execução.

( ) Certo   ( ) Errado

51. (Polícia Federal – Agente de Polícia – 2014)

Segundo o princípio orçamentário da uni-versalidade, ao Poder Executivo é permitido realizar quaisquer operações de receita ou de despesa sem prévia autorização parla-mentar.

( ) Certo   ( ) Errado

52. (TCU – Auditor Federal de Controle Externo – 2011)

Se determinado município precisar urgen-temente aprovar a autorização legal para a contratação de determinado empréstimo destinado a reformar as escolas locais antes do início do período letivo, tal autorização não poderá ser incluída na LOA, pois essa lei não pode conter dispositivo estranho à pre-visão das receitas e à fixação das despesas.

( ) Certo   ( ) Errado

53. (AGU – Administrador – 2010)

O crédito especial é o único que pode ter sua abertura autorizada no âmbito da pró-pria lei orçamentária anual.

( ) Certo   ( ) Errado

54. (TCU – Auditor Federal de Controle Externo – 2011)

Como parte integrante do processo orça-mentário, o PPA deve obedecer ao princípio da universalidade.

( ) Certo   ( ) Errado

55. (TC-DF – Analista – 2014)

Considera-se respeitado o princípio da uni-dade orçamentária ainda que a lei orçamen-tária anual seja composta por três orçamen-tos diferentes, como ocorre no Brasil.

( ) Certo   ( ) Errado

56. (TC-DF – Auditor de Controle Externo – 2014)

Atende ao princípio da unidade orçamentá-ria a inclusão, na lei orçamentária, do orça-mento de investimento de empresa em que a União detenha participação, ainda que sem direito a voto.

( ) Certo   ( ) Errado

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57. (Polícia Federal – Agente Administrativo – 2014)

De acordo com o princípio da unidade, ou da totalidade orçamentária, todos os entes federados devem reunir seus diferentes or-çamentos em uma única lei orçamentária, que consolidará todas as receitas e despe-sas públicas do Estado

( ) Certo   ( ) Errado

58. (ICMBIO – Analista Administrativo – 2014)

Para evitar dupla contagem, os registros das receitas e despesas na lei orçamentária anual (LOA) devem ser realizados pelos seus valores líquidos, abatendo os impostos e as taxas.

( ) Certo   ( ) Errado

59. (TCE – RS – Oficial de Controle Externo – 2013)

Em atendimento ao princípio da universali-dade orçamentária, deve ser adotada uma forma específica quando da elaboração do orçamento, fazendo-se constar todos os ele-mentos pertinentes em um único documen-to.

( ) Certo   ( ) Errado

60. (TCE – RS – Oficial de Controle Externo – 2013)

Dado o princípio da exclusividade orçamen-tária, exige-se que o orçamento contenha apenas matéria financeira, não podendo conter assuntos estranhos à previsão de re-ceita e à fixação de despesa, ressalvadas as hipóteses previstas na CF.

( ) Certo   ( ) Errado

61. (TCE – RS – Oficial de Controle Externo – 2013)

É vedada a vinculação de receita de imposto para realização de atividades típicas da ad-ministração tributária.

( ) Certo   ( ) Errado

62. (TC-DF – Técnico de Administração – 2014)

Suponha que determinado município tenha instituído contribuição de melhoria sobre imó-veis localizados próximos de obra pública con-cluída. Nessa situação, em respeito ao prin-cípio da não vinculação, o município estará proibido de determinar a destinação do pro-duto da arrecadação da referida contribuição ao atendimento de despesa pública específica.

( ) Certo   ( ) Errado

63. (AL-CE – Analista Legislativo Administração – 2011)

A reserva de contingência é uma das exce-ções ao princípio orçamentário da especifi-cação ou especialização.

( ) Certo   ( ) Errado

64. (EBC – Analista – 2011)

A reserva de contingência, dotação global para atender passivos contingentes e outras despesas imprevistas, constitui exceção ao princípio da especificação ou especialização.

( ) Certo   ( ) Errado

65. (TCU – Técnico de Controle Externo – 2013)

O projeto de lei orçamentária anual deve contemplar reserva de contingência desti-nada a honrar passivos contingentes, bem como outros riscos e eventos fiscais não previstos pelo ente federativo. O montante dessa reserva deve ser definido com base na receita corrente líquida do referido ente.

( ) Certo   ( ) Errado

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66. (ANTAQ – Analista Administrativo – 2014)

A reserva de contingência destina-se ao atendimento de passivos contingentes e ou-tros riscos e eventos fiscais imprevistos.

( ) Certo   ( ) Errado

67. (AGU – Contador – 2010)

Um dos princípios básicos de administração orçamentária determina a vinculação da re-ceita pública a gastos predeterminados, de modo que haja equilíbrio no balanço finan-ceiro.

( ) Certo   ( ) Errado

68. (SESAES – Administrador – 2011)

O princípio da não afetação das receitas en-volve apenas o produto da arrecadação de impostos e é impraticável no caso de opera-ções de crédito por antecipação de receita.

( ) Certo   ( ) Errado

69. (TCE-RN – Assessor Técnico Jurídico – 2015)

Admite-se que lei vincule a receita do im-posto sobre produtos industrializados (IPI) incidente sobre a venda de veículos para a reforma de estradas federais.

( ) Certo   ( ) Errado

70. (TELEBRÁS – Analista – 2015)

A destinação de recursos provenientes da receita de impostos ao fundo de participa-ção dos estados e municípios tem previsão constitucional e representa uma exceção ao princípio da não afetação das receitas.

( ) Certo   ( ) Errado

71. (TCE-ES – Auditor de Controle Externo – 2012)

A vinculação de receitas para educação, saúde e segurança não pode ser considera-da violação do princípio da não afetação de receitas, uma vez que esses serviços são a razão da existência do Estado moderno.

( ) Certo   ( ) Errado

72. (EBC – Analista – 2011)

O princípio da não afetação da receita veda a vinculação de receita de impostos, taxas e contribuições a despesas, fundos ou órgãos.

( ) Certo   ( ) Errado

73. (INMETRO – Analista Contábil – 2007)

Segundo o princípio da não-afetação, as re-ceitas e despesas devem ser apresentadas pelos seus valores brutos, relativos a deter-minado período.

( ) Certo   ( ) Errado

74. (INMETRO – Analista Contábil – 2007)

O princípio da publicidade dispõe que o con-teúdo orçamentário deve ser divulgado por meio de veículos oficiais de comunicação, para conhecimento público e para a eficácia de sua validade.

( ) Certo   ( ) Errado

75. (TCU – Analista de Controle Externo – 2007)

De acordo com o princípio do orçamento bruto, as receitas e despesas públicas de-vem constar da lei orçamentária, de forma a possibilitar que nela se incluam apenas saldos positivos ou negativos resultantes do confronto entre as receitas e as despesas de determinado serviço público.

( ) Certo   ( ) Errado

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76. (ANTAQ – Analista Administrativo – 2014)

O órgão público que precisa realizar despesa não prevista na LOA deverá utilizar, necessa-riamente, o crédito especial.

( ) Certo   ( ) Errado

77. (TCE-SC – Auditor – 2016)

Caso seja necessário modificar os atribu-tos de determinado crédito orçamentário, a modificação deverá ser feita por meio de créditos suplementares, créditos especiais ou créditos extraordinários.

( ) Certo   ( ) Errado

78. (TCE-RN – Assessor Técnico Jurídico – 2015)

Se houver necessidade de alteração orça-mentária qualitativa, os instrumentos que devem ser utilizados para essa finalidade são os créditos especiais e os extraordinários.

( ) Certo   ( ) Errado

79. (TCE-RN – Assessor Técnico Jurídico – 2015)

Caso constatada a ausência de dotação or-çamentária para realização de despesa pú-blica, determinado órgão poderá efetivar sua execução no exercício em curso, desde que, antes de assumir a obrigação, obtenha a inserção da referida dotação no projeto de lei orçamentária do ano seguinte.

( ) Certo   ( ) Errado

80. (TC-DF – Técnico em Administração Pública – 2014)

Caso o governo federal precise realizar gasto urgente e imprevisto, decorrente, por exem-plo, da necessidade de atendimento às ví-timas do desabamento de uma ponte em rodovia federal, poderá ser aberto crédito ex-traordinário por meio de medida provisória.

( ) Certo   ( ) Errado

81. (DPU – Agente Administrativo – 2016)

Em caráter de urgência, é permitido iniciar programas que não estejam incluídos na LOA.

( ) Certo   ( ) Errado

82. (Polícia Federal – Agente Administrativo – 2014)

Na execução do orçamento, as dotações ini-cialmente aprovadas na LOA podem revelar--se insuficientes para a realização dos pro-gramas de trabalho, caso em que poderá haver a abertura de créditos especiais desti-nados à conclusão dos programas, após au-torização legislativa.

( ) Certo   ( ) Errado

83. (Polícia Federal – Agente Administrativo – 2014)

Considere que, na fronteira entre Brasil e Bolívia, incidentes envolvendo membros das forças de segurança brasileira e trafican-tes tenham demandado operações extras da Polícia Federal na região e que, apesar de o orçamento prever recursos para essas operações, eles não sejam suficientes para financiá-las. Nessa situação, os recursos adi-cionais necessários devem ser providos por meio da abertura de créditos extraordiná-rios.

( ) Certo   ( ) Errado

84. (Polícia Federal – Agente Administrativo – 2014)

A Secretaria do Tesouro Nacional pode de-terminar, mediante portaria, a desconside-ração das operações de crédito vinculadas ao saldo dos créditos adicionais, para a apu-ração do superávit financeiro.

( ) Certo   ( ) Errado

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85. (TCU – Auditor de Controle Externo – 2015)

Por não estarem previstas no momento de elaboração da proposta orçamentária, as despesas provenientes de créditos adicio-nais abertos durante o exercício financeiro são consideradas extraorçamentárias

( ) Certo   ( ) Errado

86. (TCU – Auditor de Controle Externo – 2015)

Se a arrecadação efetivamente realizada for maior que a prevista na lei orçamentária anual, a diferença a maior poderá ser utiliza-da como fonte de recursos para a abertura de créditos adicionais.

( ) Certo   ( ) Errado

87. (ICMBIO – Analista Administrativo – 2014)

A alteração orçamentária suplementar visa atender despesas para as quais não exista dotação específica na LOA.

( ) Certo   ( ) Errado

88. (ABIN – Oficial de Inteligência Administra-ção – 2010)

Os créditos adicionais suplementares e es-peciais são abertos por decreto do Poder Executivo e dependem da existência de re-cursos disponíveis para custear o aumento de despesa, sendo fontes de recursos para abertura dos créditos suplementares o ex-cesso de arrecadação e a anulação parcial ou total de outras dotações orçamentárias.

( ) Certo   ( ) Errado

89. (SESAES – Administrador – 2011)

Se, em decorrência de variações cambiais, determinado grupo de obrigações do go-verno federal, contratadas em moeda es-trangeira, for majorado em um percentual superior a 10% do montante originalmente

aprovado no orçamento, somente a aber-tura de um crédito especial poderá suprir a dotação do saldo restante.

( ) Certo   ( ) Errado

90. (MPU – Analista Administrativo – 2011)

Os recursos que ficarem sem despesas cor-respondentes poderão ser realocados, con-forme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.

( ) Certo   ( ) Errado

91. (TCU – Auditor Federal de Controle Externo – 2011)

Se o governo federal homologar o resulta-do de determinado concurso público em setembro de determinado ano, prevendo a nomeação dos aprovados para janeiro do ano subsequente, mas descobrir-se depois que os recursos necessários para o paga-mento dos salários dos novos servidores não foi previsto na lei orçamentária, o órgão encarregado das nomeações poderá pedir a abertura de um crédito extraordinário.

( ) Certo   ( ) Errado

92. (SESAES – Administrador – 2011)

Se um crédito especial foi aberto no dia 10 de outubro de determinado exercício e, em decorrência de dificuldades relacionadas com os processos de licitação, os recursos correspondentes não forem integralmente utilizados até o dia 31 de dezembro, então o crédito poderá ser reaberto no exercício seguinte, no limite do saldo remanescente.

( ) Certo   ( ) Errado

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93. (TCE-ES – Auditor de Controle Externo – 2012)

Segundo a Lei nº 4.320/1964, do superávit financeiro apurado no balanço patrimonial do exercício anterior e a ser utilizado como fonte de abertura de um crédito adicional especial devem ser subtraídos os créditos extraordinários abertos no exercício.

( ) Certo   ( ) Errado

94. (EBC – Analista – 2011)

O saldo não aplicado do crédito adicional extraordinário cuja promulgação ocorrer em setembro de 2011 poderá ser reaberto e incorporado ao orçamento de 2012, sendo uma exceção ao princípio da anualidade.

( ) Certo   ( ) Errado

95. (EBC – Analista – 2011)

A LOA poderá conter a autorização prévia para abertura de crédito adicional especial.

( ) Certo   ( ) Errado

96. (TJ-AC – Analista Judiciário – Contador – 2012)

O superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício imediatamente an-terior e os recursos provenientes de exces-so de arrecadação, desde que não estejam comprometidos, podem ser utilizados para a abertura de créditos suplementares e es-peciais.

( ) Certo   ( ) Errado

97. (TJ-RR – Administrador – 2012)

É vedada a realocação, mediante créditos suplementares, de recursos que ficarem sem despesas correspondentes decorrente de veto.

( ) Certo   ( ) Errado

98. (ICMBIO – Analista Administrativo – 2014)

Na LOA, a classificação das despesas restrin-ge-se à esfera fiscal e à seguridade social.

( ) Certo   ( ) Errado

99. (ANTAQ – Analista Administrativo – 2014)

A classificação institucional tem por objeti-vo identificar em que orçamento a despesa deverá ser realizada.

( ) Certo   ( ) Errado

100. (Telebrás – Contador – 2015)

A classificação institucional da despesa per-mite a identificação da unidade administra-tiva responsável pelas dotações autorizadas pelo Legislativo.

( ) Certo   ( ) Errado

101. (TCU – Auditor Federal de Controle Exter-no – 2015)

O segmento da classificação funcional da despesa pública que se relaciona com a mis-são institucional do órgão é denominado programa.

( ) Certo   ( ) Errado

102. (TCE-RO – Agente Administrativo – 2013)

As subfunções típicas da função adminis-tração não podem ser combinadas com a função educação, em razão de os objetivos finalísticos da atuação governamental, em cada uma dessas funções, serem distintos.

( ) Certo   ( ) Errado

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103. (TCE – RN – Inspetor de Controle Externo – 2013)

A localização do gasto na estrutura progra-mática da União poderá ser de abrangência nacional, no exterior, por região, por estado ou por município.

( ) Certo   ( ) Errado

104. (Telebrás – Contador – 2015)

A classificação programática da despesa permite a segregação das dotações orça-mentárias de acordo com as funções das áreas de atuação governamental.

( ) Certo   ( ) Errado

105. (ANAC – Técnico Administrativo – 2009)

Os programas orçamentários são compos-tos de atividades, projetos e operações es-peciais. As atividades representam as ações orçamentárias de natureza continuada; os projetos, as ações de duração limitada no tempo; e as operações especiais, as ações de governo que não resultam em produto e (ou) serviços disponibilizados à população, como amortização e encargos, pagamento de sentenças judiciais, entre outras.

( ) Certo   ( ) Errado

106. (UNIPAMPA – Técnico de Contabilidade – 2009)

O projeto envolve um conjunto de operações a serem realizadas de modo contínuo e per-manente, das quais resulta um produto neces-sário à manutenção da ação do governo.

( ) Certo   ( ) Errado

107. (ANP – Analista Administrativo – 2013)

As ações orçamentárias são classificadas como projetos, se realizadas de modo contí-nuo e permanente.

( ) Certo   ( ) Errado

108. (ANTAQ – Analista Administrativo – 2009)

Os programas, conforme suas característi-cas, podem ser classificados em atividades, projetos e operações especiais.

( ) Certo   ( ) Errado

109. (MTE – Agente Administrativo – 2014)

Na estrutura programática da despesa, as despesas decorrentes de sentenças judi-ciais, por não gerarem produtos, podem ser classificadas como operações especiais.

( ) Certo   ( ) Errado

110. (TCU – Auditor de Controle Externo – 2015)

A etapa do planejamento de determinada despesa pública encerra-se com sua fixação na lei orçamentária anual.

( ) Certo   ( ) Errado

111. (TCE-RN – Inspetor – 2015)

A descentralização de créditos orçamentá-rios ocorre durante o estágio de fixação da despesa pública.

( ) Certo   ( ) Errado

112. (MPU – Analista – 2015)

A transferência de créditos orçamentários de um órgão público a outro órgão que esteja em ministério ou estrutura administrativa di-ferente deve ser feita por meio de repasse.

( ) Certo   ( ) Errado

113. (TRE-GO – Analista – 2015)

O destaque consiste na descentralização ex-terna de recursos financeiros realizada no nível de órgão setorial entre unidades ges-toras de órgãos ou entidades de estruturas administrativas diferentes.

( ) Certo   ( ) Errado

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114. (ICMBIO – Analista – 2014)

A descentralização orçamentária que ocorre entre ministérios denomina-se descentrali-zação executiva.

( ) Certo   ( ) Errado

115. (SUFRAMA – Analista – 2014)

Caso pretenda transferir ao Ministério do Exército parte de uma de suas ações orça-mentárias destinadas ao recadastramento de eleitores, a fim de atingir regiões do país de difícil acesso, o Tribunal Superior Eleito-ral deverá efetuar uma provisão.

( ) Certo   ( ) Errado

116. (TCU – Auditor Federal de Controle Exter-no – 2011)

A descentralização de créditos caracteriza--se pela cessão de crédito orçamentário entre unidades orçamentárias ou unidades gestoras. Contudo, a descentralização de crédito de um órgão/ministério para entida-des da administração indireta ou entre estas dependerá da celebração de convênio.

( ) Certo   ( ) Errado

117. (TCU – Técnico de Controle Externo – 2011)

São operações descentralizadoras de cré-dito orçamentário o destaque e a provisão. Acerca do destaque, julgue o item abaixo.

Consiste na movimentação de créditos or-çamentários em que a unidade orçamentá-ria detentora de um crédito descentraliza em favor de outra unidade orçamentária ou administrativa do próprio órgão o poder de utilizar esse crédito ou parte dele.

( ) Certo   ( ) Errado

118. (TCU – Auditor de Controle Externo – 2015)

O segmento da classificação funcional da despesa pública que se relaciona com a mis-são institucional do órgão é denominado programa.

( ) Certo   ( ) Errado

119. (DPU – Economista – 2016)

Após a sanção presidencial à LOA aprovada pelo Congresso Nacional, o Poder Executivo, mediante decreto, deve estabelecer, em até sessenta dias, a programação financeira e o cronograma de desembolso mensal por ór-gãos.

( ) Certo   ( ) Errado

120. (TCU – Auditor de Controle Externo – 2015)

É vedado à lei de diretrizes orçamentárias prever a indisponibilidade de determinadas dotações orçamentárias para a limitação de despesas, diante da hipótese de a realização da receita não comportar o cumprimento das metas

( ) Certo   ( ) Errado

121. (TCE-RN – Auditor – 2015)

Se os órgãos públicos da União realizarem limitação de empenho em decorrência de frustração de receita anteriormente verifica-da, e se a arrecadação presente demonstrar restabelecimento das metas previstas na lei orçamentária, a recomposição das dotações deve ser feita de acordo com critérios esta-belecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

( ) Certo   ( ) Errado

122. (TCE-RN – Auditor – 2015)

Os critérios para limitação do empenho são válidos somente no exercício financeiro para o qual foram instituídos.

( ) Certo   ( ) Errado

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123. (INPI – Analista de Planejamento – 2013)

O acompanhamento da execução orçamen-tária é fundamental para o controle do gasto e avaliação da efetividade do planejamento. Nesse sentido, no Brasil, o Poder Executivo deve elaborar relatórios bimestrais resumi-dos da execução orçamentária.

( ) Certo   ( ) Errado

124. (TCE-RO – Agente Administrativo – 2013)

O relatório resumido da execução orçamen-tária da receita exige que o demonstrativo discrimine o grupo de natureza, a dotação inicial, a dotação atualizada para o exercício, a execução no bimestre e no exercício.

( ) Certo   ( ) Errado

125. (MS – Técnico de Contabilidade – 2012)

O relatório resumido da execução orçamen-tária é emitido ao final de cada quadrimes-tre pelos titulares dos poderes e órgãos.

( ) Certo   ( ) Errado

126. (MS – Administrador – 2012)

O Poder Executivo de cada ente da Federa-ção terá de publicar, até trinta dias após o encerramento do trimestre, o relatório re-sumido da execução orçamentária.

( ) Certo   ( ) Errado

127. (STJ – Analista Judiciário – 2015)

O relatório resumido da execução orça-mentária deverá contar, de acordo com as circunstâncias, com justificativas para a frustração de receitas, e especificar as provi-dências adotadas em matéria de fiscalização e cobrança dos créditos da fazenda pública, assim como em matéria de combate à eva-são e à sonegação.

( ) Certo   ( ) Errado

128. (TCE-RN – Auditor – 2015)

As necessidades financeiras das unidades organizacionais são consideradas na elabo-ração do orçamento denominado clássico ou tradicional.

( ) Certo   ( ) Errado

129. (DPU – Economista – 2016)

O orçamento tradicional ou clássico adotava linguagem contábil-financeira e se caracte-rizava como um documento de previsão de receita e de autorização de despesas, sem a preocupação de planejamento das ações do governo.

( ) Certo   ( ) Errado

130. (TCE – ES – Auditor de Controle Externo – 2012)

A principal função do orçamento, na sua for-ma tradicional, é o controle político; em sua forma moderna, o orçamento foca o plane-jamento.

( ) Certo   ( ) Errado

131. (DPU – Contador – 2010)

O orçamento tradicional tinha como foco o controle, para que o Poder Legislativo não extrapolasse a proposta do Poder Executivo.

( ) Certo   ( ) Errado

132. (TRE-RJ – Analista Judiciário – 2012)

A ênfase no objeto do gasto, na classificação institucional e por elemento de despesa são características do orçamento-programa.

( ) Certo   ( ) Errado

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133. (TCE – ES – Auditor de Controle Externo – 2012)

A alocação dos recursos visa, no orçamento tradicional, à aquisição de meios e, no orça-mento-programa, ao atendimento de metas e objetivos previamente definidos.

( ) Certo   ( ) Errado

134. (CNJ – Técnico Administrativo – 2013)

O orçamento de desempenho pode ser considerado uma importante evolução no processo de integração entre orçamento e planejamento. Uma de suas principais ca-racterísticas é a apresentação dos propósi-tos e objetivos para os quais os créditos se fazem necessários.

( ) Certo   ( ) Errado

135. (SAD-PE – Analista Administrativo – 2010)

O orçamento clássico ou tradicional tem ên-fase naquilo que a instituição realiza, não no que ela gasta.

( ) Certo   ( ) Errado

136. (MPU – Analista Administrativo – 2010)

O orçamento tradicional tinha como função principal a de possibilitar ao parlamento dis-cutir com o órgão de execução as formas de planejamento relacionadas aos programas de governo, visando ao melhor aproveita-mento dos recursos, com base nos aspectos relativos a custo/benefício.

( ) Certo   ( ) Errado

137. (SAD – PE – Analista – 2010)

O orçamento por desempenho caracteriza--se pela forte vinculação ao sistema de pla-nejamento.

( ) Certo   ( ) Errado

138. (STM – Técnico – 2011)

O orçamento de desempenho é a mais re-cente evolução do orçamento-programa, fruto das pressões sociais por serviços públi-cos de melhor qualidade e por mais transpa-rência na gestão pública.

( ) Certo   ( ) Errado

139. (TCE – ES – Auditor de Controle Externo – 2012)

O orçamento-programa consagra o princípio de que o gasto público deve estar vinculado a uma finalidade.

( ) Certo   ( ) Errado

140. (ABIN – Agente – 2010)

O orçamento-programa discrimina as des-pesas segundo sua natureza, dando ênfase aos fins, de modo a demonstrar em que e para que o governo gastará e quem será res-ponsável pela execução de seus programas.

( ) Certo   ( ) Errado

141. (TCE-TO – Analista – 2008)

O orçamento-programa possui medidas de desempenho com a finalidade de medir as realizações, os esforços despendidos na exe-cução do orçamento e a responsabilidade pela sua execução.

( ) Certo   ( ) Errado

142. (EBC – Analista – 2011)

No orçamento base zero, os gerentes devem justificar todos os gastos orçamentários e não apenas as variações em relação ao or-çamento do ano anterior. A linha de base é zero, e não, o orçamento do último ano.

( ) Certo   ( ) Errado

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143. (SEBRAE – Assistente Administrativo – 2010)

O orçamento base zero não gera direitos ad-quiridos, devendo o gestor justificar toda a despesa.

( ) Certo   ( ) Errado

144. (ABIN – Agente – 2010)

O orçamento de base zero tem a grande vantagem de permitir a elaboração de pro-posta orçamentária por meio de processo mais célere e menos oneroso para os órgãos públicos.

( ) Certo   ( ) Errado

145. (MMA – Analista Ministerial – 2008)

O orçamento base-zero caracteriza-se como um modelo do tipo racional, em que as de-cisões são voltadas para a maximização da eficiência na alocação dos recursos públi-cos. Adota-se, como procedimento básico, o questionamento de todos os programas em execução, sua continuidade e possíveis alte-rações, em confronto com novos programas pretendidos.

( ) Certo   ( ) Errado

146. (TJ – AL – Analista Judiciário – 2012)

A participação do cidadão, no orçamento participativo, ocorre somente após a fase de elaboração, por meio da avaliação das esco-lhas feitas pelos agentes do governo.

( ) Certo   ( ) Errado

147. (ABIN – Agente – 2010)

No Brasil, vigora o orçamento do tipo par-ticipativo, visto que todos os poderes e ór-gãos da administração direta e alguns da administração indireta têm a prerrogativa de elaborar suas próprias propostas orça-mentárias.

( ) Certo   ( ) Errado

148. (TCE – RN – Inspetor – 2009)

O orçamento participativo, que apresenta vantagens inegáveis do ponto de vista da alocação de recursos segundo as demandas sociais existentes, não é utilizado no âmbito do governo federal.

( ) Certo   ( ) Errado

Gabarito: 1. E 2. C 3. E 4. E 5. E 6. E 7. E 8. C 9. C 10. C 11. E 12. C 13. E 14. E 15. E 16. E 17. C  18. C 19. C 20. C 21. E 22. C 23. C 24. C 25. C 26. E 27. E 28. C 29. C 30. C 31. E 32. E 33. C 34. E  35. E 36. C 37. C 38. E 39. C 40. C 41. E 42. E 43. E 44. E 45. C 46. C 47. C 48. E 49. E 50. E  51. E 52. E 53. E 54. E 55. C 56. E 57. E 58. E 59. E 60. C 61. E 62. E 63. C 64. C 65. C 66. C 67. E  68. C 69. E 70. C 71. E 72. E 73. E 74. C 75. E 76. E 77. E 78. C 79. E 80. C 81. E 82. E 83. E 84. E  85. E 86. C 87. E 88. C 89. E 90. C 91. E 92. C 93. E 94. C 95. E 96. C 97. E 98. E 99. E 100. C  101. E 102. E 103. C 104. E 105. C 106. E 107. E 108. E 109. C 110. E 111. E 112. E 113. E 114. E 115. E  116. E 117. E 118. E 119. E 120. E 121. E 122. C 123. C 124. E 125. E 126. E 127. C 128. C 129. C 130. C  131. E 132. E 133. C 134. C 135. E 136. E 137. E 138. E 139. C 140. C 141. C 142. E 143. C 144. E 145. C  145. C 146. E 147. E 148. C