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Trabalho investigativo sobre a Administração Científica

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UNIVERSIDADE KATYAVALA BWILAINSTITUTO SUPERIOR DE CINCIA DA EDUCAODEPARTAMENTO DE CINCIAS SOCIAIS

TRABALHO INVESTIGATIVO DE GESTO E INSPECO EDUCATIVA

Grupo n 1Especialidade: Histria 3 Ano / Ps-laboral

O DOCENTE:Me. Joo de Oliveira

BENGUELA, SETEMBRO DE 2015

UNIVERSIDADE KATYAVALA BWILAINSTITUTO SUPERIOR DE CINCIA DA EDUCAODEPARTAMENTO DE CINCIAS SOCIAIS

TRABALHO INVESTIGATIVO DE GESTO E INSPECO EDUCATIVA

Elementos do grupo:1- Isaac Lucas Cambundo2- Jos Manuel3- Mampassi Alberto Manuel 4- Maria Augusta Cahete 5- Olimpia Ndombuela6- Valdez Alberto

BENGUELA, SETEMBRO DE 2015

PENSAMENTOO principal objecto da gerncia deve serassegurar a mxima prosperidade de cada empregado e do patro

Frederick Taylor

DEDICATRIADedicamos este trabalho investigativo, ao Professor da Cadeira, Me. Joo Oliveira, pelo carinho e da forma to eloquente que tem-nos transmitido a sua sabedoria. A sua dedicao em nos fazer sentir seguros pelos conhecimentos ora adquiridos.

AGRADECIMENTO Agradecemos a Deus Todo-Poderoso, pela sade, inteligncia que nos tem proporcionado em nossas vidas, para continuarmos a trabalhar e engrandecermos o nosso pais, no campo acadmico. De igual modo agradecemos ao nosso Professor da Cadeira Me. Joo Oliveira.

NDICEAGRADECIMENTODEDICATRIAPENSAMENTOOBJECTIVOS7INTRODUO8A definio da categoria trabalho9Administrao Cientfica10Organizao Racional do Trabalho (ORT)14Princpios da Administrao Cientfica de Taylor15Crticas Administrao Cientfica16Consequncias Histricas17Estudo de Movimentos e Tempos17Vantagens e Desvantagens da Administrao Cientfica18CONCLUSES20REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS21

OBJECTIVOSGeral Dar a conhecer o inicio e desenvolvimento da administrao cientfica, assim como sua preocupao com os princpios de gesto e da chamadaOrganizao Racional do Trabalho (ORT) como base para a gesto dentro das indstrias.

Especficos Apresenta estudos sobre Administrao Geral. Identificar os princpios e mecanismos de administrao cientfica enunciados por Taylor. Contextualizar o desenvolvimento e a aplicao da teoria da administrao cientfica. Dar a conhecer o papel de cada um dos lderes, engenheiros, acadmicos, intelectuais e especialistas que actuam em indstrias, empresas ou fbricas, que encontraram o desejo e iniciativa para desenvolver a eficincia e sada de cada uma dessas entidades. Identificar o porqu e para que do nfase no estudo das tarefas de uma pessoa em uma organizao. Apresentar o impacto da gesto cientfica no processo, mtodos e conceitos utilizados actualmente em uma organizao.

INTRODUODurante a Revoluo Industrial, surgiu a necessidade de organizar e administrar complexos sistemas de produo devido ao progresso no sector industrial. Foi nessa poca que nasceu a Engenharia de Produo. Os primeiros Engenheiros de Produo de que se tem notcia surgiram nos EUA entre 1882 e 1912, com o chamado movimento "Scientific Management" (Administrao Cientfica) guiado pelos mentores Taylor, o casal Gilbreth, Gantt, dentre outros.Administrao o processo de tomar e colocar em prtica decises sobre objectivos e utilizao de recursos, onde o processo administrativo abrange quatro tipos principais de decises, tambm chamadas processos ou funes: planejamento, organizao, execuo e controle (MAXIMIANO, 2004). Para Lacombe & Heilborn (2003) o principal objectivo da administrao deve ser assegurar o mximo de prosperidade para o patro e para o empregado, compreendendo no s grandes dividendos para a companhia ou empregador como tambm desenvolvendo no mais alto grau de todos os ramos do negcio.Sendo assim, este trabalho tem como objectivo realizar uma reviso de literatura apresentando a Administrao Cientfica, as fases de Taylor, as vantagens e desvantagens da Administrao Cientfica e os seus principais precursores. Observou-se com isso, que desde que foi desenvolvida a administrao cientfica de Taylor exerce um importante papel para as organizaes.

A definio da categoria trabalho O homem, em qualquer tipo de sociedade, no pode existir sem satisfazer as suas necessidades vitais: de alimentao, de moradia, de vestimenta etc. Ocorre que nem todos esses itens esto sua disposio na natureza como produtos prontos para serem utilizados. Ento, necessrio produzi-los atravs do trabalho (SVTCHENKO, 1987). Dentro dessa perspectiva, diferentes interpretaes podem ser extradas quando se questiona o conceito de trabalho. So diversas as definies que aparecem nas mais variadas reas de estudo; ora exprimindo conotao positiva, ora associando o trabalho a castigo e sofrimento.Nas palavras de Marx (1996, p.202), o trabalho um processo de que participam o homem e a natureza, processo em que o ser humano com sua prpria aco, impulsiona, regula e controla seu intercmbio com a natureza. Em sntese, um processo de interaco do homem com algum objecto da natureza, onde o homem modifica o objecto de forma til para a sua vida e de acordo com uma finalidade; no dependendo de outro indivduo para exercer seu domnio sobre a natureza. O processo de trabalho apresenta-se sob forma exclusivamente humana porque o homem materializa antecipadamente em sua mente o resultado de seu trabalho, diferentemente dos outros animais, que transformam a natureza atravs do instinto (MARX, 1996). Para realizar trabalho, o homem necessita da actividade laboral, de objecto da natureza e de meios de trabalho. O primeiro elemento diz respeito actividade racional do homem direccionada a um propsito (o trabalho propriamente dito). O segundo elemento a matria submetida transformao que pode ser classificada como material puro (virgem) ou matria-prima (objecto j transformado pelo homem). E o terceiro elemento citado, compreende os instrumentos cujas propriedades so utilizadas para modificar o objecto de trabalho. aquilo que se interpe entre natureza e objecto. Aqui, faz-se necessrio enfatizar que a construo de instrumental tambm particularidade humana. Nesse processo, a juno dos meios e objectos de trabalho constitui os meios de produo que aliados fora de trabalho formam as foras produtivas (MARX, 1996). Produzido o artigo, estar-se- diante de um produto ou de uma mercadoria, a ser denominado produto se o consumidor for o prprio produtor e mercadoria se o seu destino for atender sociedade (MARX, 1985). Independentemente de serem enquadrados como produto ou mercadoria, todos os bens so dotados de um valor de uso, ou seja, de uma utilidade capaz de satisfazer determinada necessidade da vida humana simplesmente por sua forma natural. Caracterizando-se como mercadoria, o item carrega consigo, alm do valor de uso, um valor de troca que nada tem a ver com as suas qualidades naturais, mas com o que pode ser adquirido dando-o em troca (MARX, 1985, 1996).

Administrao Cientfica Aadministrao cientfica um modelo de administrao criado pelo americanoFrederick Winslow Taylorno fim do sculo XIX e incio do sculo XX e que se baseia na aplicao domtodo cientfico na administrao, possua nfase nas tarefas, buscando aeliminao do desperdcio, da ociosidade operria e a reduo dos custos de produo, com o objectivo de garantir uma melhor relao custo/benefcio aos sistemas produtivos das empresas da poca.Taylorbuscava, com isso, uma forma de gesto que fizesse com que o trabalhador produzisse mais em menos tempo, sem elevar os custos de produo da empresa. Ele observou que o sistema de gesto da poca continha muitas falhas, entre elas: afalta de padronizao dos mtodos de trabalho, o desconhecimento por parte dos administradores do trabalho dos operrios e a forma de remunerao utilizada nas empresas.Assim, em 1903, ele publica o livro Administrao de Oficinas onde expe pela primeira vez suas teorias. Taylor prope a racionalizao do trabalho por meio do estudo dostempos e movimentos. O trabalho deveria ser decomposto, analisado e testado cientificamente e deveria ser definida uma metodologia a ser seguida por todos os operrios com a padronizao do mtodo e das ferramentas.Os operrios deveriam ser escolhidos com base em suas aptides para a realizao de determinadas tarefas (diviso do trabalho) e ento treinados para que executem da melhor forma possvel em menos tempo. Taylor, tambm, defende que a remunerao do trabalhador deveria ser feita com base na produo alcanada, pois desta forma, ele teria um incentivo para produzir mais.Seu trabalho foi dividido em dois perodos:1 PERODO DE TAYLOR: racionalizao do trabalho dos operrios das fbricas da poca.Inicialmente, Taylor trabalhava nas bases da produo, focando sua ateno no comportamento dos operrios, nos equipamentos utilizados e como esses factores influenciavam no resultado final. Na poca, a produo no era padronizada, o que significa que cada operrio realizavasua tarefa da forma como achava melhor, e tambm realizava todo o processo, do comeo ao fim da fabricao de cada produto. Este foi o ponto departida parao trabalhode Taylor. Taylor viu que todos os operrios ganhavam a mesma remunerao, quertrabalhassem com afinco, quer fizessem bem menos doque eram realmente capazes. Isso foi identificado como um problema, uma vez que os operrios no tinham motivao para se esforar, pois no teriam nenhum tipo de benefcio porfaz-lo. Assim, ele chegou concluso de que deveria ganhar mais quem produzisse mais, eera a Administrao que deveria cuidar para queisso ocorresse. Outro ponto importante foi a racionalizao do processo de produo, ou seja, em vez de cada operrio fabricar o produto do comeo ao fim, o processo inteiro seria divido, racionalizado, de forma que cada operrio teria uma determinada tarefa especfica. As execues das tarefas individuais seriam articuladas de forma a, no final do processo, ter oproduto finalizado. Assim, Taylor iniciou seuEstudo de Tempos e Movimentos(Motion-Time Study) com o intuito de determinar a melhor forma de racionalizar o processo e executar as tarefas individuais. AAdministrao tambm exerce funo neste item, uma vez que tem papel de racionalizar a tarefa total, distribuir adequadamente as funes individuais, alm de seleccionar e treinar os operrios. Alm disso, Taylor tambm observou haver diferenas entre a execuo de tarefas entre os operrios, e chegou concluso que, dentre diversas formam de se executardeterminada tarefa, existe a melhor; e esta, portanto, a que deveria ser usada como padro (The best way). Na visode Taylor, cabia tambm Administrao o papelde identificar, planejar e fiscalizar a realizao das tarefas de acordo com este conceito.Por fim, Taylor percebeu que nada disso funcionaria bem se o ambiente em que aspessoas estivessem inseridas fosse desagradvel, difcil e desarmonioso. Era tambm da Administrao a funo de garantir condies fsicas e psicolgicas favorveis para que essas ideias pudessem ser praticadas. Estas questes esto presentes em sua primeira obra, Shop Management, de 1903. Ela tratava da necessidade do planejamento para que se atingisse melhores resultados, tanto no processo produtivo e noproduto final, quanto para osprprios funcionrios das fbricas. Em resumo, os operrios deveriam dispor de ferramentas e condies adequadas de trabalho e a relao entre as pessoas (supervisores e trabalhadores) deveria ser cordial. Assim, todos teriam interesse em trabalhar melhor, aumentando a produo de formapensada e estudada, diminuindo os custos do processo e, portanto, do produto final. Desta forma seria possvel melhorar a competitividade, aumentar o lucroe os salrios dos funcionrios. Este era oobjectivo da Administrao.

2 PERODO DE TAYLOR: definio de princpios de administrao aplicveis em todas as situaes do quotidiano da empresa.O segundo perodode Taylor marcadopelo seu livro Princpios da Administrao Cientfica (Principles of Scientific Management), no qual ele se preocupou em fazer da Administrao uma actividade mais cientfica do que emprica, como era at ento, lanando, assim, oconceito de Administrao Cientfica. Nesta fase, Taylor j possua uma ideia muito mais precisa do que era fundamental a ser modificado, para que fosse substitudo o tipo de administrao nas empresas.Para Taylor, haviamtrs problemas bsicos queafectavam directamente aproduo: a vadiagem sistemtica dos operrios, a falta de conhecimento tcnico da parte administrativa e a falta de um padro a ser seguido. 1. - A Vadiagem Sistemtica: Primeiramente, era difundido que, quanto menos o operrio trabalhasse, mais operrios seriam necessrios para realizar a tarefa completa, deforma que todos teriam emprego garantido. Aprpria administrao, como era feita, levavaas pessoas a acreditarnisso.Taylor percebeu que esta ideia, aparentemente lgica, estava errada, umavez que, se as pessoas trabalhassem devidamente, a produo aumentaria de forma a fazer toda a fbrica crescer e todos sairiam ganhando. Alm disso, o fato de cada trabalhador realizarsuas tarefas da forma que sabe ouacha melhor fazia com queficassem mais cansados e demorassem mais que o necessrio na realidade.2. - Falta de conhecimento tcnico dos administradores: Naquela poca, quem administrava no tinha conhecimento a respeito do servio dos operrios. No saber como deveria ou poderia ser feito o trabalhoimpossibilitava o administrador de avaliar e cobrar para que seus funcionrios realizassem correctamente seu servio.Para Taylor, fazia partedo papel daadministrao ter conhecimentotcnico para orientar, ensinar e fazer com que o operrio trabalhasse adequadamente.3. - Falta do padro:Como no era determinada a melhor forma de se fazer a tarefa, cada um fazia e ensinava o ofcio do seujeito. a chamada Regra do Polegar. Essa falta de critrio acabavapor provocar um gasto muito maior de tempo que o necessrio para se fabricar o produto. Alm disso, podiam ser usadas diversas ferramentas diferentes, o queacabava poratrapalhar as pessoas que iriam us-las, perdendo tempoat escolher ou encontrar a apropriada.Este padro deveria ser designado pela parte administrativa da empresa, a quem caberia organizar o trabalho, os trabalhadores, oespao e as ferramentas necessrias para a fabricao dos produtos. Alm de apontar estes problemas, Taylor tambm percebeu que era muito mais interessante, em termos produtivos, dividir o trabalho em partes menores, racionaliz-lo, e fazer isso de forma organizada. Partir o trabalho em partes menores facilita tanto sua execuo pelos operrios, quanto sua verificao pelos supervisores. Surge a o conceito de Organizao Racionaldo Trabalho.

Organizao Racional do Trabalho (ORT)AOrganizao Racional do Trabalhovisava a eliminao de movimentos inteis, fazendo com que os trabalhadores executassem suas tarefas de forma mais simples e rpida, estabelecendo um tempo mdio, a fim de que as actividades fossem feitas em um tempo menor e com qualidade, aumentando a produo de forma eficiente. A ORT se fundamenta nos seguintes aspectos[footnoteRef:2]: [2: Trecho retirado do livro: Chiavenato, Idalberto Introduo Teoria Geral da Administrao 7. Edio pg 57]

Anlise dotrabalho edo estudo dos tempose movimentos. Estudo da fadiga humana. Diviso do trabalho e especializao do operrio. Desenho de cargos e tarefas. Incentivos salariais e prmios por produo. Conceitode homo economicus. Condies ambientais de trabalho, comoiluminao, conforto, etc. Padronizao demtodose de mquinas. Superviso funcional.

Princpios da Administrao Cientfica de Taylor Chiavenato (2003) relata que existem quatro princpios de Taylor que devem ser seguidos, sendo eles: Planejamento onde se deve substituir a improvisao pela cincia atravs do planejamento do mtodo de trabalho; Preparo onde realizado o preparo das mquinas e equipamentos em um arranjo fsico e disposio racional; Controle onde a gerncia deve cooperar com os trabalhadores para que a execuo seja a melhor possvel; Execuo onde distribui as atribuies e responsabilidades para que a execuo do trabalho seja disciplina. Com a aplicao destes princpios, a Administrao Cientfica conseguiu atingir alguns objectivos e identificar novas situaes importantes para o processo de desenvolvimento da Administrao. A cooperao dos operrios foi obtida com planos de incentivos salariais e prmios de produo. Os gestores da poca pensavam que o salrio era a nica motivao do trabalhador (homo economicus).O desenho de cargos e tarefas mostrou o trabalho simples e repetitivo das linhas de produo, a padronizao e as condies de trabalho que asseguravam a eficincia. Verificou-se, tambm, que no adiantava racionalizar o trabalho do operrio se o superior continuasse trabalhando como antes.Taylor no s defendia o pagamento por pea produzida, mas ainda um pagamento no linear, isto , a remunerao por pea tinha um determinado valor at atingir a meta estabelecida, assim que a meta fosse atingida, e um valor mais alto se produzisse a mais (LACOMBE & HEILBORN, 2003). Outra contribuio de Taylor chamada de estrutura funcional de Taylor, apesar se j no poder ser utilizada actualmente, serviu de base para outras formas de organizao e para a identificao das funes a serem exercidas nessa rea (LACOMBE & HEILBORN, 2003). De acordo Kwasnicka (2006) as principais caractersticas da administrao cientfica so: a viso e a caracterizao da administrao como cincia, o conceito de diviso e especializao do trabalho, o conceito de especializao da superviso funcional, o conceito de recompensas salariais e financeiras, o conceito de influncia da psicologia no trabalho, o conceito de eficincia e seus componentes, o conceito de controlo de produo comparando a padres.A teoria proposta por Taylor e que causou uma verdadeira revoluo no sistema produtivo seguiu sendo aperfeioada ao longo dos anos apesar das crticas e sem dvida alguma a precursora da Teoria Administrativa. Contriburam para o desenvolvimento da administrao cientfica: Frank e Lilian Gilbreth que se aprofundaram nos estudos dos tempos e movimentos e no estudo da fadiga propondo princpios relativos economia de movimentos; Henry Grant que trabalhou o sistema de pagamento por incentivo; Harrington Emerson que definiu os doze princpios da eficincia; Morris Cooke que estendeu a aplicao da administrao cientfica educao e s administraes pblicas; e Henry Ford que criou a linha de montagem aplicando e aperfeioando o princpio da racionalizao proposto por Taylor.

Crticas Administrao CientficaComo todo processo pioneiro e inovador, aAdministrao Cientficateve seus crticos ferrenhos. E muitas destas crticas perduram at hoje, em virtude da abordagem criada por Taylor.As principais crticas a Administrao Cientfica de Taylor so: Para os crticos a Administrao Cientfica transformou o homem em uma mquina. O operrio tratado como apenas uma engrenagem do sistema produtivo, passivo e desencorajado de tomar iniciativas. A padronizao do trabalho seria mais uma intensificao deste do que uma forma de racionalizar o trabalho; A super especializao do operrio facilita o treinamento e a superviso do trabalho, porm, isso reduz sua satisfao e ele adquire apenas uma viso limitada do processo; A Administrao Cientfica no leva em conta o lado social e humano do trabalhador. A anlise de seu desempenho leva em conta apenas as tarefas executadas na linha de produo; A Administrao Cientfica prope uma abordagem cientfica para a administrao, no entanto, ela mesma carece de comprovao cientfica e teve sua formulao baseada no conhecimento emprico; A Administrao Cientfica se restringe apenas aos aspectos formais da organizao no abrangendo por exemplo o conflito que pode haver entre objectivos individuais e organizacionais; A Administrao Cientfica trata da organizao como um sistema fechado sem considerar as influncias externas.Mas apesar das crticas, a Administrao Cientfica tem um papel importantssimo na formao do que conhecemos hoje comoAdministrao. Em seu livro Introduo teoria Geral da Administrao, Chiavenato afirma que a administrao foi o primeiro passo na busca de uma teoria administrativa. Um passo pioneiro e irreversvel.Consequncias HistricasAs ideias apresentadas por Taylor logo se espalharam pelos Estados Unidos epelo mundo com a publicaode seu livro Princpios de Administrao Cientfica. Nos EUA, um de seus grandes adeptos foi Henry Ford, que unido as prticas dotaylorismo com a produo em massa e linhas de montagem, ajudou a desenvolver e aprimorar a indstria americana. Pelo mundo, um deseus grandes seguidores foi Lenin, que uniu aos princpios comunistas e assim conseguiu levantar a Rssia ps-guerra civil parapatamares organizacionais mais rgidos e eficientes.

Estudo de Movimentos e Tempos Em seu livro Administrao de Oficinas (1903), Taylor prope a racionalizao do trabalho por meio do estudo dostempos e movimentos. Tal estudo visava definir uma metodologia que deveria ser seguida por todos os trabalhadores, pregando a padronizao do mtodo de trabalho e das ferramentas utilizadas.Instrumento criado para promover a racionalizao do trabalho do operrio. Era a diviso e subdiviso de todos os movimentos necessrios execuo de cada operao em uma tarefa. Entre as vantagens do estudo dos tempos e movimentos esto: Eliminao do desperdcio de esforo e movimentos inteis; Racionalizao da seleco dos operrios e sua adaptao ao trabalho; Facilita o treinamento e melhora a eficincia e rendimento.O Estudo de Movimentos e Tempos visa racionalizar o trabalho e alcanar a optimizao da relao tempo-esforo, procurando identificar os melhores movimentos e tempos na execuo de uma tarefa (RIBEIRO, 2005). Ribeiro (2005) o Estudo de Movimentos e Tempo (EMT) decide duas questes aflitivas para o empregado, a do tempo e a do esforo, empregando na avaliao do EMT aparelhos e formulrios, onde Taylor acreditava que todo e qualquer trabalho admitia uma frmula para ser aperfeioada, mas para isso era preciso estudar a tarefa, o local de trabalho, as mquinas e ferramentas. Ribeiro (2005) relata que as vantagens de utilizar o EMT so: trabalho racionalizado, maior produtividade, menor fadiga, maiores salrios, bem-estar social e ascenso profissional.

Vantagens e Desvantagens da Administrao Cientfica De acordo Bernardes (2007) existem algumas vantagens de se utilizar a Administrao Cientfica, sendo elas: Optimizao dos movimentos, reduo dos tempos de produo; Racionalizao da seleco e do treinamento; Melhoria da eficincia do operrio, mais rendimento da produo; Distribuio uniforme do trabalho; Estabelecimento de base uniforme para salrios e prmios; Definio mais precisa do custo unitrio.Benome (2009) relata que houveram vrias crticas para a Administrao Cientfica sendo elas: a abordagem do sistema fechado, abordagem incompleta da organizao, super especializao do trabalhador e a viso microscpica do homem.

CONCLUSESActualmente difcil encontrar uma empresa ou indstria que no siga ao menos um dos princpios de Taylor. Adoptando tais princpios as empresas conseguem uma melhor qualidade em seus produtos, diminui desperdcios, funcionrios mais incentivados a trabalhar, trabalho menos cansativo e stressante, pois sabem que seu esforo est sendo recompensado e o aumento de produo tambm significativo. Com o Estudo de Movimento e Tempos, as indstrias tm como racionalizar o trabalho de seus funcionrios, alcanando assim uma melhora significativa em relao ao tempo-esforo. Taylor acreditava que qualquer trabalho teria uma frmula para ser completada, mas para isso teria que se estudar a tarefa, o ambiente de trabalho e mquinas. Com o estudo realizado, considera-se a importncia que a Teoria da Administrao Cientfica tem na administrao de empresas sejam elas indstrias ou prestadoras de servios.Mesmo com a extrema especializao dos procedimentos na produo e supresso da criatividade dos trabalhadores, o taylorismo trouxe benefcios para a populao, pois como barateamento dos custos de produo, mais utenslios passaram a ser acessveis a classe trabalhadora. Os efeitos da Administrao Cientfica se propagaram pelo mundo e pelo tempoe ainda hoje so utilizados na administrao de empresas. Claro que com suas devidas modificaes, mas a base continua com o foco na melhor forma de se trabalhar com contrapartidas financeiras para os empregados.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS BENOME, J. B. V. Teoria Geral da Administrao. IESD. 2009. BERNARDES. C. Teoria Geral da Administrao. So Paulo: Atlas, 1997. CHIAVENATO, I. Introduo Teoria Geral da Administrao. 7a Edio. Editora Campus. Rio de Janeiro, 2003. KWASNICKA, E. L. Teoria Geral da Administrao. 3 Edio. Editora Atlas. So Paulo, 2006. LACOMBE, F; HEILBORN, G. Administrao Princpios e Tendncias. Ed. Saraiva. So Paulo, 2003. MAXIMINIANO, A. C. A. Teoria Geral da Administrao Da Revoluo Urbana Revoluo Digital. 4 Edio. Editora Atlas. So Paulo, 2004. RIBEIRO, A. L. Teorias da Administrao. 3 Edio. Editora Saraiva. So Paulo, 2005. MOTTA, Fernando C.P. Teoria Geral daAdministrao. TAYLOR, FrederickW. Princpiosda Administrao Cientfica. MAXIMIANO, Antnio Csar Anaru. Introduoa Administrao. CHIAVENATO, Idalberto.Introduo Teoria Geral da Administrao,- 3a. ed. So Paulo: Ed. McGaw-Hill do Brasil, 1983. CHIAVENATTO, Idalberto.Introduo Teoria Geral da Administrao. 6.ed. Rio de Janeiro: Campus,2000 HAMPTON, David R.Administrao Contempornea,Ed. McGraw-Hill KALIL, Mariana.A profisso 5 Estrelas. Revista poca. So Paulo, p. 54-60, agosto 2000. LODI, Joo Bosco.Histria da Administrao,livraria pioneira e editora - 11 edio MAXIMIANO, Antnio Cesar Amaru.Da escola cientfica competitividade na economia globalizada.2. ed. So Paulo : Atlas, 2000.

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