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Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade Física Adaptada e Saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS O Uso de Aditivos de Cor e Sabor em Produtos Alimentícios Amanda Tonetto, Andréa Huang, Juliana Yoko, Raquel Gonçalves DISCIPLINA FBT 201 – Tecnologia de Alimentos Profa. Dra. Susana Marta Isay Saad Prof. Dr. Luiz Antonio Gioielli Profa. Dra.Maricê Nogueira de Oliveira São Paulo Novembro 2008

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Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade Física Adaptada e Saúde

Prof. Dr. Luzimar Teixeira

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS

O Uso de Aditivos de Cor e Sabor em Produtos Alimentícios

Amanda Tonetto, Andréa Huang, Juliana Yoko, Raquel Gonçalves

DISCIPLINA FBT 201 – Tecnologia de Alimentos Profa. Dra. Susana Marta Isay Saad

Prof. Dr. Luiz Antonio Gioielli Profa. Dra.Maricê Nogueira de Oliveira

São Paulo Novembro 2008

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ÍNDICE

1)Introdução........................................................................................................3

2)Segurança no emprego de aditivos alimentares ............................................4

3)Justificativa para o uso de aditivos .................................................................5

4)Tipo de aditivos alimentares ...........................................................................5

5)Aditivos de cor e sabor ...................................................................................7

5.1)Corantes ....................................................................................................7

5.2)Aromatizantes e flavorizantes .....................................................................13

5.3)Edulcorantes ............................................................................................14

5.4)Realçadores de sabor .............................................................................17

6)Considerações finais .....................................................................................19

7)Referências bibliográficas .............................................................................20

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1) INTRODUÇÃO

Os aditivos não são exclusividade dos avanços tecnológicos do século XX.

Nossos ancestrais já utilizavam o sal para preservar carnes e peixes;

adicionavam ervas e especiarias para dar sabor às preparações; conservavam

frutas com açúcar e utilizavam a salmoura para diversas hortaliças (FDA,

1992).

Os aditivos alimentares têm um papel fundamental na produção de alimentos,

seja para sua conservação, melhorar suas características organolépticas (cor,

sabor, textura, aroma) e manter e/ou aumentar seu valor nutricional.

A definição de aditivo alimentar atribuída pela Food and Agriculture

Organization/World Health Organization (FAO/WHO) é:

“... toda substância, adicionada ao alimento com a finalidade de impedir

alterações, manter, conferir ou intensificar seu aroma,cor e sabor; modificar ou

manter seu estado físico geral,ou exercer qualquer ação exigida para uma boa

tecnologia de fabricação do alimento” (Food..., 1974).

Se uma substância é adicionada a um alimento com determinado propósito , é

referido como um aditivo direto. Por exemplo, o aspartame utilizado em bebidas

e doces é considerado um aditivo direto. Estes, na maioria dos casos estão

identificados no rótulo do alimento. Aditivos indiretos são aqueles que se

agregam ao alimento em quantidades-traço no momento do empacotamento,

estocagem ou manuseio. Por exemplo, pequenas quantidades de substâncias

presentes nas embalagens podem entrar em contato com o alimento durante a

estocagem e as indústrias produtoras de embalagens alimentícias devem

assegurar a inocuidade de tais substâncias em seus produtos. (FDA, 1992)

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2) SEGURANÇA NO EMPREGO DE ADITIVOS ALIMENTARES

Antes da autorização do uso de aditivos, é necessário que seja feita uma

extensiva avaliação toxicológica, considerando as propriedades específicas de

cada aditivo, seus efeitos cumulativos e colaterais e as interações no

organismo. Seu uso deve ser monitorado e constantemente reavaliado

segundo as mais recentes informações técnico-científicas.

A restrição aos aditivos estabelece que o uso deverá limitar-se a alimentos

específicos, em condições especificas e no nível mínimo para obter o efeito

desejado.

O uso de aditivos somente se justifica quando, na produção for mais vantajoso

tecnologicamente, porém antes, deve-se excluir as possibilidades de alcançar

tais vantagens por meio de operações industriais mais adequadas

(Salinas, 2002).

A regulamentação do emprego dos aditivos, nos Estados Unidos , é realizada

pela pela Food and Drug Administration (FDA) e no Brasil, pela Agência

Nacional de Vigilância Sanitária. Em 1962, foi criado o Joint FAO/WHO Expert

Committee on Food Additives (JECFA), cujo objetivo é avaliar

sistematicamente o potencial tóxico, a mutagenicidade e carcinogenicidade dos

aditivos alimentares. O JECFA, baseado em dados experimentais, tem a

missão de recomendar, ou não, o uso de determinado aditivo e de estabelecer

o valor da Ingestão Diária Aceitável (IDA) para cada aditivo. A IDA indica a

quantidade diária de um aditivo alimentar, que pode ser ingerida, a longo prazo,

não apresentando riscos à saúde humana, dentro dos conhecimentos atuais

(Antunes e Araújo, 2000).

Estudos laboratoriais com várias espécies de animais são realizados a fim de

avaliar a resposta a quantidades elevadas da substância em teste, sua

velocidade e extensão do modo de desintoxicação , a tendência de acúmulo

orgânico e as reações não tóxicas, mas graves como hipersensibilidade,

intolerância, idiossincrasia e carcinogênese.Também há investigação em pelo

menos três espécies animais para saber se há toxicidade aguda e investigação

no período de gravidez para descartar os efeitos teratogênicos (Salinas,2002).

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3) JUSTIFICATIVA PARA O USO DE ADITIVOS

O uso de aditivos em alimentos só se justifica quando servir para melhorar as

condições dos alimentos quanto a seu valor nutritivo, conservação, estabilidade

e aparência. Não devem ser utilizados se oferecerem riscos à saúde, a

quantidade de aditivo utilizada não devem ser superiores às mínimas

necessárias para se obter os efeitos desejados e devem cumprir as normas

de pureza que estão estabelecidas.Mesmo que estudos indiquem que não há

toxicidade, deve-se manter vigilância adequada sobre eles.A autoridade

competente deve autorizar quais aditivos podem ser usados nos alimentos, a

aprovação de uma substância como aditivo não implica em seu uso

indiscriminado em alimentos. Levar em consideração os gurpos populacionais

que consomem quantidades maiores do que a média calculada sobre a

população geral, para evitar ingestões maiores do que aquelas que se fixam

os limites de segurança estabelecidos (Salinas, 2002).

4) TIPOS DE ADITIVOS ALIMENTARES

Tipo Função Antiespumante Previne ou reduz a formação de espumas.

Antiumectante/antiaglutinante São capazes de reduzir características higroscópicas de alimentos e

diminuir a tendência das partículas individuais a aderir umas às outras.

Antioxidante Retarda o aparecimento de alteração oxidativa do alimento.

Corante Confere, intensifica ou restaura a cor do alimento.

Conservante Impede ou retarda a alteração dos alimentos provocada por microrganismos e enzimas.

Edulcorante É diferente do açucares que dão sabor doce aos alimentos.

Espessante Aumenta a viscosidade dos alimentos. Gelificante Dá textura através da formação de gel.

Estabilizante Manutenção de dispersão uniforme de duas ou mais substancias imiscíveis

em um alimento.

Aromatizante/flavorizante Substâncias ou misturas com propriedades aromáticas, sápidas ou ambas, capazes de dar ou reforçar o aroma, o sabor ou ambos dos alimentos.

Umectante Protege os alimentos da perda de umidade em ambiente de baixa umidade

relativa ou que facilitam a dissolução de um pó em meio aquoso.

Regulador da acidez Altera ou controla a acidez ou alcalinidade dos alimentos.

Emulsionante/emulsificante Tornam possível a formação ou manutenção de uma mistura uniforme de

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duas ou mais fases imiscíveis no alimento.

Melhoradores da farinha São substâncias que ser adicionadas a farinha , melhoram sua qualidade tecnológica

Ressaltante de sabor Ressalta e realça o sabor e/ou aroma de um alimento.

Fermentos químicos São substâncias ou misturas de substâncias que liberam gás e desta maneira, aumentam o volume de massa.

Abrilhantadores Substâncias que quando aplicadas na superfície do alimento proporcionam aparência brilhante ou dão revestimento protetor.

Agente de firmeza ou endurecedor ou texturizante

Tornam ou mantem os tecidos de frutas ou hortaliças firmes e crocantes, ou interagem com agentes gelificantes para produzir ou fortalecer um gel.

Seqüestrante Complexos químicos com os íons metálicos.

Espumantes Possibilitam a formação ou manutenção da dispersão uniforme de uma fase gasosa em um alimento líquido ou sólido.

(Salinas,2002)

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5) ADITIVOS DE COR E SABOR

5.1) Corantes

São substâncias, de diferentes origens, que proporcionam, intensificam ou

modificam a cor de alimentos ou outros produtos, como remédios e cosméticos,

São utilizados pelo homem desde os tempos mais remotos, como aditivo de

alimentos extraídos de plantas e de minérios. Hoje, devido aos avanços

tecnológicos, os corantes sintéticos/ artificiais são bastante utilizados, obtidos

por meio de processos químicos de síntese (Madrid, 1995).

Manter a cor natural do produto, ou intensificá-la é determinante para a

primeira avaliação do consumidor, pois antes de experimentar sensações

gustativas, ocorre a sedução inicial pela visão, que associa alimentos coloridos,

vistosos e atraentes como alimentos altamente palatáveis (Prado e Godoy,

2007).

Devido à regulamentação dos corantes e a necessidade de controle de

qualidade do governo sobre as empresas, o desenvolvimento de novas

técnicas analíticas estão sendo eficientes na resposta à demanda do número

de análises de forma rápida e, principalmente, confiável. Os métodos de

cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) são os mais utilizados para se

determinar quantitativa e qualitativamente esse tipo de aditivo (Prado e Godoy,

2007).

Classificação:

-Corantes orgânicos naturais , provenientes de animais e plantas, cujo

princípio corante tenha sido isolado com o emprego de processo tecnológico

adequado e apresentando grau de pureza compatível com o seu emprego

para fins alimentares.

A maioria dos corantes naturais é de origem vegetal. São classificados em

quatro grandes categorias:

• os pigmentos porfirínicos: clorofila

• os flavonóides e derivados: antocianinas

• os carotenóides: β-caroteno, licopeno, xantofila

• as quinonas: ácido carmínico, carmim

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A essas quatro principais categorias convém adicionar as xantonas, a

betalaina, a cúrcuma, os taninos e o caramelo.

Estudos realizados com a bixina (urucum), usada como corante em manteigas,

queijos, margarinas e outros alimentos, apresentaram resultados de

ação antimutagênica, reduzindo as freqüências de micronúcleos e de

aberrações cromossômicas, induzidas pela radiação-gama, nas células da

medula óssea de camundongos e em linfócitos de ratos em cultura

(Thresiamma et al., 1996; Thresiamma et al., 1998).

A curcumina é considerada um agente antimutagênico e anticarcinogênico e

está sendo testada pelo Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, por

inibir a apoptose, ação antioxidante, inibir peroxidação lipídica, entre outras

funções (Antunes e Araújo, 2000).

O alcatrão de hulha é utilizado como corante na confeitaria, cascas de queijos,

recheios de bombons, gelatinas e algumas bebidas.

Os corantes de origem animal e vegetal não toleram altas temperaturas sem

perder tonalidade, por isso é necessário o uso de corantes inorgânicos em

altas temperaturas. Os pigmentos podem se misturar para dar tonalidades

médias (Salinas, 2002).

-Corantes orgânicos sintéticos : são obtidos por síntese orgânica mediante o

emprego de processo tecnológico adequado. Podem ser:

Artificial - é o corante orgânico sintético não encontrado em produtos naturais.

São conhecidas mais de 3000 substâncias, das quais, menos de 10% são

utilizadas em alimentos. São obtidos por síntese química e proporcionam cores

persistentes, variadas e uniformes; são de alta pureza e baixo custo e podem

ser obtidos em grande quantidade (Salinas,2002).

Os corantes sintéticos podem ser classificados com relação à função química.

Um dos grupos mais importantes e extensivamente usados nas indústrias

alimentícias são os corantes que apresentam o grupo azo: -N=N-

Esses corantes podem ser metabolizados pela microflora intestinal e muitos

desses compostos se mostraram mutagênicos no teste de Ames (Chung &

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Cerniglia, 1992). O corante Green S também apresentou potencial mutagênico

após o tratamento agudo em camundongos, aumentando a freqüência de

aberrações cromossômicas nas células da medula óssea (Giri et al., 1992).

Alguns corantes sintéticos também podem apresentar potencial

antimutagênico, dependendo das condições experimentais. Os corantes

tartrazina, índigo e eritrosina mostraram ação antimutagênica sobre as lesões

induzidas em camundongos (Antunes e Araújo, 2000). No Brasil é permitido o

uso de onze corantes artificiais, sendo eles: Tartrazina (E-102); Amarelo

Crepúsculo (E-110); Azorrubina (E-122); Amaranto (E123); Ponceau 4R (E-

124); Eritrosina (E-127); Vermelho 40 (E-129); Azul Patente V (E-131);

Indigotina (E-132); Azul Brilhante (E-133); Verde Rápido (E143) (Prado e

Godoy, 2007).

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Tabela 1: Principais tipos de corantes orgânicos s intéticos artificiais

CORANTE ORIGEM APLICAÇÃO EFEITOS ADVERSOS

Amarelo Crepúsc ulo Sintetizado a partir da tinta do alcatrão de carvão e tintas azóicas

Cereais, balas, caramelos, coberturas, xaropes, laticínios, gomas de mascar.

A tinta azóica, em algumas pessoas, causa alergia, produzindo urticária, angioedema e problemas gástricos.

Azul Brilhante Sintetizado a partir da tinta do alcatrão de carvão

Laticínios, balas, cereais, queijos, recheios, gelatinas, licores, refrescos.

Pode causar hiperatividade em crianças, eczema e asma. Deve ser evitado por pessoas sensíveis às purinas.

Amaranto ou Vermelho Bordeaux

Sintetizado a partir do alcatrão de carvão

Cereais, balas, laticínios, geléias, gelados, recheios, xaropes, preparados líquidos.

Deve ser evitado por sensíveis à aspirina. Esse corante já causou polêmica sobre sua toxicidade em animais de laboratório, sendo proibido em vários países.

Vermelho Eritrosina Tinta do alcatrão de carvão

Pós para gelatinas, laticínios, refrescos, geléias.

Pode ser fototóxico. Contém 557mg de iodo por grama de produto. Consumo excessivo pode causar aumento de hormônio tireoidano no sangue em níveis para ocasionar hipertireoidismo.

Indigotina (azul escuro)

Tinta do alcatrão de carvão

Goma de mascar, iogurte, balas, caramelos, pós para refrescos artificiais.

Pode causar náuseas, vômitos, hipertensão e ocasionalmente alergia, com prurido e problemas respiratórios.

Vermelho Ponceau 4R

Tinta do alcatrão de carvão

Frutas em caldas, laticínios, xaropes de bebidas, balas, cereais, refrescos e refrigerantes, sobremesas.

Deve ser evitado por sensíveis à aspirina e asmáticos. Podem causar anemia e aumento da incidência de glomerulonefrite (doença renal).

Amarelo Tartrazina Tinta do alcatrão de carvão

Laticínios, licores, fermentados, produtos de cereais, frutas, iogurtes.

Reações alérgicas em pessoas sensíveis à aspirina e asmáticos. Recentemente tem-se sugerido que a tartrazina em preparados de frutas causa insônia em crianças. Há relatos de casos de afecção da flora gastrointestinal.

Vermelho 40 Sintetizado quimicamente

Alimentos à base de cereais, balas, laticínios, recheios, sobremesas, xaropes para refrescos, refrigerantes, geléias.

Pode causar hiperatividade em crianças, eczema e dificuldades respiratórias.

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Orgânico sintético idêntico ao natural - são aqueles iguais ao princípio ativo,

obtido do corante natural, mas são obtidos por síntese orgânica, através de

processos tecnológicos. Os corantes idênticos aos naturais permitidos pela

legislação brasileira são o beta-caroteno, o beta apo-8-carotênico, éster etílico

de beta apo-8-carotênico, riboflavina e xantofila.

- Corantes inorgânicos : Obtidos a partir de substâncias minerais e

submetidos a processos de elaboração e purificação adequados a seu

emprego em alimento.

Tabela 2: Principais corantes inorgânicos

CORANTE

INORGÂNICO

Origem Função Produtos típicos

Alumínio encontrado na natureza como minério (bauxita).

propiciar cor metálica à superfície

drágeas, confeitos e similares (somente para revestimento)

Carbonato de Cálcio ocorre na natureza (calcita).

corante de superfície em alimentos

drágeas, confeitos e similares (somente para revestimento)

Dióxido de titânio preparado de mineral encontardo na natureza (ilmenite).

coloração branca em superfícies

drágeas, confeitos e similares (somente para revestimento), preparados sólidos para refrescos e refrigerantes

Óxidos e hidróxidos de ferro, ouro e prata

encontrado na natureza colorir nas cores amarela, vermelha, laranja, marrom e preta

drágeas, confeitos e similares (somente para revestimento).

Tabela 3: Esquema geral de classificação

CLASSIFICAÇ ÃO CORANTES

Orgânico Natural Curcumina, Riboflavina, Cochonilha/ácido carmínico, Urzela/orceína/orecína sulfonada, Clorofila, Caramelo, Carvão medicinal, Carotenóides: - alfa, beta, e gama-caroteno - bixina, norbixina - capsantina, capsorubina - licopeno Xantofilas: - flavoxantina, luteína - criptoxantina - rubixantina - violaxantina - rodoxantina - cantaxantina

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Vermelho de beterraba, betanina Antocianinas: - pelargonidina, cianidina - peonidina, delfinidina - petunidina, malvidina

Orgânico sintético artificial Amarelo crepúsculo Laranja GGN Amarelo ácido ou amarelo sólido Tartrazina Azul brilhante FCF Azul de idantreno RS ou Azul de alizarina Indigotina Bodeaux S ou amaranto Eritrosina Escarlate GN Vermelho sólido E Ponceau 4 R Vermelho 40

Orgânico Sintético idêntico ao natural Beta-caroteno Beta-Apo-8´-carotenal Éster etílico do ácido beta-Apo-8´ carotênico Cantaxanteno Complexo cúprico da clorofila e clorofilina Caramelo amônia

Inorgânico (pigmentos – emprego limitado à superfície)

Carbonato de cálcio Dióxido de Titânio Óxido e hidróxido de ferro Alumínio Prata Ouro

-Caramelo: É o produto obtido a partir de açúcares pelo aquecimento a

temperatura superior ao seu ponto de fusão e ulterior tratamento indicado pela

tecnologia. Sua composição e poder corante dependerá do tipo de matéria-

prima e do processo utilizado. Tanto reações do tipo Maillard quanto reações

de pura caramelização estão envolvidas, sendo o produto comercializado de

composição bastante complexa. Os compostos corantes do caramelo podem

ser de baixo e alto peso molecular, tendo também variados componentes

voláteis. O caramelo é o mais utilizado de todos os corantes alimentícios.

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5.2) Aromatizantes e Flavorizantes

Conhecidas há muito tempo, são utilizadas para conferir, acentuar e/ou

modificar o sabor e aroma dos alimentos. Também possuem propriedades

conservantes em carnes, por exemplo.

De acordo com a Resolução RDC nº. 2 de 15 de janeiro de 2007 da ANVISA,

que aprova o Regulamento Técnico sobre Aditivos Aromatizantes, os aromas

podem ser classificados em duas categorias:

- “Os aromas naturais “são obtidos exclusivamente por métodos físicos,

microbiológicos ou enzimáticos, a partir de matérias-primas aromatizantes

naturais”, as quais são “produtos de origem animal ou vegetal aceitáveis para

consumo humano, que contenham substâncias odoríferas e ou sápidas, seja

em seu estado natural ou após um tratamento adequado, como: torrefação,

cocção, fermentação, enriquecimento, tratamento enzimático ou outros”.

- Os aromas sintéticos, “são compostos quimicamente definidos obtidos por

processos químicos”, compreendendo: os aromatizantes idênticos aos naturais

e os aromatizantes artificiais.

• Os aromas idênticos aos naturais “são as substâncias

quimicamente definidas obtidas por síntese e aquelas isoladas por

processos químicos a partir de matérias-primas de origem animal,

vegetal ou microbiana que apresentam uma estrutura química idêntica

às substâncias presentes nas referidas matérias-primas naturais

(processadas ou não)”.

• Os aromas artificiais “são os compostos químicos obtidos por

síntese, que ainda não tenham sido identificados em produtos de origem

animal, vegetal ou microbiana, utilizados em seu estado primário ou

preparados para o consumo humano” “ (ANVISA, 2007).

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Os aromatizantes naturais, por exemplo as especiarias, de uso cotidiano e

intenso, como as de origem floral, (açafrão e o cravo da Índia); das frutas

(baunilha, coriandro, pimenta, zimbro e o cominho); das sementes,

(cardamomo, mostarda, noz-moscada e o anis); dos rizomas e

raízes(gengibre, cúrcuma e a angélica); das folhas (orégano, tomilho, louro) ; e

das cascas,(canela).

Pode-se obter os aromas de frutas através de concentração à vácuo , extração

e fermentação. Em alguns casos, podem ser substituídos por produtos de

síntese ou grupos químicos, como beta-metilfenilglicidato de etilo, que

proporciona aroma de semelhante ao morango; butirato de benzilo, semelhante

ao ananás;a etilvanilina, semelhante a vanilina; gama-undecalactona,

semelhante ao pêssego; e acetato de amilo, semelhante a banana, entre

outros. Os aromatizantes artificiais, obtidos por meio de síntese, são muito

mais utilizados nos alimentos, pelo seu alto poder aromatizante, baixo custo e

persistência do aroma.

Não há perigo de toxicidade nos aromatizantes naturais, já nos artificiais,

quando aplicados em baixa dose, não há risco. Quando as doses são

elevadas, podem provocar ações irritantes e narcóticas, outros podem produzir

toxicidade crônica a longo prazo, sempre que sejam empregados em doses

superiores às recomendações (Salinas,2002).

5.3) Edulcorantes

Devido aos avanços da tecnologia em alimentos e os conhecimentos

científicos sobre a relação entre o consumo excessivo de açúcares simples e o

desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como o diabetes

melito tipo 2 e a obesidade, foi possível o desenvolvimento e crescimento da

aplicação de edulcorantes artificiais, provenientes de diversas fontes e de

várias estruturas químicas diferentes, oferecendo baixo ou nenhum valor

calórico.

Os compostos utilizados como adoçantes estimulam a sensação doce por

interagirem com os receptores gustativos da língua e garganta (ADA, 2004).

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São classificados em edulcorantes naturais e artificiais.

Naturais: a sacarose, o xarope de glicose, dextrose, lactose, maltose e frutose.

Suas principais características são, além do sabor doce, absorção rápida,

solubilidade em água, facilidade para formação de xaropes, alta capacidade de

cristalização, caramelização e fermentação e quando se encontram em

concentrações elevadas, inibem o crescimento de microorganismos.

Os edulcorantes polióis, ou alcoóis poliídricos, também chamados de

edulcorantes de substituição, são derivados das hexoses por redução, ou seja ,

por fixação do hidrogênio sobre o grupo redutor ou hidrogenação catalítica dos

açúcares redutores. Entre eles, pode-se citar: sorbitol, manitol,maltitol, lactitol,

eritritol, frutooligossacarídeos e polidextrose , os quais estão presentes, em

concentrações reduzidas, em frutas e hortaliças, mas para fins industriais,

podem ser empregados como aditivos em diversos alimentos; tendem a ser

mais higroscópicos e, frequentemente, mais difíceis de cristalizar do que os

açúcares comuns.Possuem densidade calórica que varia entre 2,5 a 4 kcal/g.

Artificiais: substâncias que produzem o sabor doce ou melhoram sua

percepção (grupos hidroxila, aminoácidos, alguns sais metálicos). Podem

conter compostos de origem vegetal ou artificial e possuem menos que 2% do

valor calórico da sacarose, além do efeito não cariogênico. Possuem poder

edulcorante maior em relação aos açúcares naturais, mesmo em baixíssimas

concentrações Os principais são sacarina, ciclamato, aspartame, sucralose,

acessulfame K e estévia.

Sacarina: Descoberta acidentalmente em 1879, é o primeiro adoçante artificial e é utilizada nos Estados Unidos desde 1901. Devido a problemas de abastecimento de açúcar, a sacarina foi amplamente comercializada durante as duas últimas guerras mundiais. É um derivado da naftalina 400 vezes mais doce do que a sacarose, é lentamente absorvida pelo trato intestinal e rapidamente excretada pelos rins, sem ser metabolizada. Apresenta sabor amargo quando utilizada em concentrações elevadas, por isso passou a ser associado a outros edulcorantes, a partir de 1950 com a descoberta do ciclamato. Ciclamato: É constituído pelo ácido ciclohexilsulfâmico e sais de sódio, cálcio e potássio. Apresenta poder edulcorante 30 até 140 vezes mais que a sacarose e não possui calorias. Não apresenta sabor residual e não sofre alterações com

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elevação da temperatura, como o aspartame. Quando associado à sacarina, o ciclamato atenua seu sabor desagradável. Foi banido nos Estados Unidos em 1970 devido a estudos que indicavam que o ciclamato seria potencialmente carcinogênico em ratos. Entretanto, novas pesquisas garantem a sua segurança e o produto é comercializado em mais de 50 países. Existe uma petição no FDA para que seja reintroduzida no mercado americano. Aspartame: Foi aprovado como aditivo alimentar na década de 80, muito semelhante a sacarose, apresenta o mesmo valor calórico, mas possui poder edulcorante 180-200 maior, o que o torna útil como adoçante. Quimicamente, é um éster de dois aminoácidos: o ácido aspartático e a fenilalanina. O aspartame e seus produtos de degradação figuram entre os aditivos alimentares mais estudados pelo FDA. Após sua ingestão, o aspartame se decompõe na luz intestinal em metanol, aspartato e fenilalanina.Uma das preocupações se deve aos seus possíveis efeitos deletérios do metanol, que produz formaldeído e ácido fórmico, responsáveis pela acidose e toxicidade ocular atribuíveis à ingestão de álcool. Mas estima-se que a quantidade ingerida pra ocorrer toxicidade seria muito alta. A outra preocupação se deve ao seu uso por pessoas com fenilcetonúria (PKU), indivíduos com forma homozigótica da PKU têm uma deficiência da enzima hepática fenilalanina-hidroxilase e são incapazes de converter a fenilalanina (aminoácido essencial) em tirosina (aminoácido não essencial), o que resulta no acúmulo de fenilalanina, potencialmente tóxica para o tecido cerebral. A ausência de tratamento pode levar ao atraso mental, microcefalia, mielinização deficiente dos nervos, reflexos hiperativos e menor expectativa de vida. Sucralose : A obtenção da sucralose é feita a partir da substituição seletiva de grupos hidroxilas por cloro nos carbonos 4 e 6 da sacarose. O consumo de sucralose não prejudica o controle glicêmico de pacientes diabéticos. Seu poder edulcorante é 600 vezes maior do que o açúcar, é isento de calorias e possui grande estabilidade, tanto térmica como química, grande parte do produto ingerido não é metabolizada, sendo que uma pequena quantidade absorvida é excretada por meio de urina e fezes. Recebeu aprovação total do FDA para o consumo humano em 1998, é um dos adoçantes mais comercializados nos Estados Unidos, é estável a temperaturas altas e baixas, e por longos períodos de armazenamento. Acessulfame–K: É um sal de potássio sintético derivado do ácido acético, isento de calorias, que possui poder edulcorante 200 vezes mais do que a sacarose e que pode ser levado ao fogo sem perder a doçura. De sabor agradável, no começo da degustação é intensamente doce, sensação que desaparece depressa, mas sem deixar resíduo ruim na boca. A substância não é metabolizada, sendo excretada integralmente pela urina.Foi aprovado pelo FDA em 1998, é utilizado em centenas de produtos industrializados, desde alimentos e bebidas até produtos de higiene oral e medicamentos em mais de 90 países, incluindo os Estados Unidos. Estévia: Este adoçante não-calórico tem sido usado comercialmente no Japão e no Brasil há mais de 20 anos. Em 1995, o FDA liberou a importação da

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estévia como suplemento alimentar. A estévia não possui calorias,possui poder edulcorante 300 vezes mais do que o açúcar e não é metabolizada. Tem gosto amargo de ervas ou alcaçuz no momento da ingestão, ao contrário da sacarina, cujo amargor emerge como resíduo no final da degustação. Tem boa estabilidade em altas ou baixas temperaturas.. A estévia reduz a glicemia pós-prandial de pacientes com diabetes tipo 2. O uso de estévia pode modificar o resultado de testes de tolerância à glicose, reduzindo significativamente os níveis de glicemia. Esse duplo efeito (anti-hipertensivo e anti-hiperglicêmico) torna a estévia particularmente indicada no tratamento de pacientes obesas com síndrome metabólica e pode ser usada em pacientes com fenilcetonúria e não foram descritas reações alérgicas até o momento (Torloni et al, 2007).

Edulcorantes Ingestão Diária Aceitável(IDA) Sacarina 5mg/kg/dia Ciclamato 11mg/kg/dia Aspartame 40mg/kg/dia Sucralose 15mg/kg/dia

Acessulfame-k 15mg/kg/dia Estévia 5,5mg/kg/dia

(Torloni et al, 2007)

5.4) Realçadores de sabor

As substâncias utilizadas com esta finalidade, consistem em agentes

flavorizantes, cuja principal função é a de reforçar o sabor os alimentos e dos

ingredientes presentes no mesmo. O primeiro flavorizante a ser vendido

comercialmente foi o glutamato monossódico (aminoácido L-glutâmico). Esta

substância é capaz de proporcionar um sabor rico e característico dos

alimentos. Outros compostos que são utilizados como flavorizantes são as

lactonas, ésteres, os 5'-ribonucleotídeos, monofosfato de inosina (IMP), malte e

proteínas vegetais hidrolizadas.

Glutamato monossódico:

Composto pertencente ao grupo dos glutamatos. É vendido

na forma de um pó branco cristalino, similar em aparência ao

sal ou açúcar. Não possui um sabor próprio e os mecanismos

de adição de sabor a outros alimentos não é claramente compreendido. Muitos

cientistas acreditam que o glutamato monossódico estimula os receptores de

glutamato na língua, o que aumenta a percepção de sabores parecidos com a

da carne (umami). Pesquisas sobre a ação do grupo dos glutamatos no

glutamato monossódico (MSG)

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sistema nervosa também, levantaram questões sobre sua segurança.

Conhecimentos científicos sobre como o corpo metaboliza o glutamato

cresceram rapidamente durante a década de 80, mostrando que o glutamato

possui importante papel no funcionamento normal do sistema nervoso. A

questão que surge a partir disto é se o glutamato adicionado aos alimentos

possuem a mesma função ou contribui para o aparecimento de doenças

neurológicas (FDA, 1995) .A utilização do realçador de sabor glutamato

monossódico é permitida pela Legislação Brasileira (Resolução RDC n. 1, de 2

de Janeiro de 2001, da Anvisa), não existindo um limite para a sua adição nos

alimentos. A adição corresponde ao "quantum satis", ou seja, a quantidade

necessária para dar o sabor desejado (Guimarães e Lanfer-Marquez, 2005).

Tabela 4: Regulamento técnico que aprova o uso de a ditivos com a função de

realçadores de sabor, estabelecendo limites máximos para alimentos:

(ANVISA, 2001)

Aditi vo Função/Nome ALIMENTO Limite máximo g/100g g/ 100mL

REALÇADOR DE SABOR Ácido glutâmico alimentos para os quais a

função está autorizada quantum satis

Glutamato de sódio, glutamato monossódico

alimentos para os quais a função está autorizada

quantum satis

Hortaliças em conserva quantum satis Preparações culinárias

industriais quantum satis

Glutamato de potássio, glutamato monopotássico

alimentos para os quais a função está autorizada

quantum satis

Glutamato de cálcio, digultamato de cálcio alimentos para os quais a função está autorizada

quantum satis

Glutamato de amônio, glutamato monoamônio

alimentos para os quais a função está autorizada

quantum satis

Glutamato de maganésio, diglutamato de magnésio

alimentos para os quais a função está autorizada

quantum satis

Ácido guanílico alimentos para os quais a função está autorizada

quantum satis

Guanilato dissódico, dissódio 5'- guanilato alimentos para os quais a função está autorizada

quantum satis

Guanilato de potássio, potássio 5'- guanilato

alimentos para os quais a função está autorizada

quantum satis

Guanilato de cálcio, cálcio 5'- guanilato alimentos para os quais a função está autorizada

quantum satis

Ácido inosínico alimentos para os quais a função está autorizada

quantum satis

Inosinato dissódico, dissódio 5' - inosinato alimentos para os quais a função está autorizada

quantum satis

Inosinato de potássio, potássio 5'- inosinato

alimentos para os quais a função está autorizada

quantum satis

Inosinato de cálcio, cálcio 5'- inosinato alimentos para os quais a função está autorizada

quantum satis

Acesulfame de potássio Goma de mascar 0,08 Aspartame Goma de mascar 0,25

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6) CONSIDERAÇÕES FINAIS

A utilização de aditivos alimentares vem de tempos remotos, onde nossos ancestrais já se utilizavam de substâncias simples, como o sal, para conservar alimentos.

Atualmente, com o crescimento populacional, houve também maior necessidade de alimentos e o incremento da tecnologia nessa área possibilitou a criação e o desenvolvimento de aditivos sintéticos, com a finalidade de conservar, modificar, intensificar e/ ou melhorar diversas características dos alimentos. Muitas técnicas são desenvolvidas para permitir a produção de aditivos de formas que antes não eram possíveis.Uma delas, a biotecnologia, utiliza organismos simples para produzir aditivos que são os mesmo componentes de alimentos encontrados na natureza.

Ainda são contraditórios os resultados de pesquisas realizadas a fim de descobrir e/ou comprovar os possíveis efeitos dos aditivos no organismo, a longo prazo e as possíveis patologias associadas ao consumo de alimentos com aditivos.

Desde que respeitadas as normas de biossegurança, incluindo o monitoramento pelos órgãos responsáveis, estabelecimento de limites de adição nos alimentos e níveis máximos de ingestão, o uso dos aditivos permitidos é seguro e permite a melhoria e manutenção da qualidade de muitos produtos alimentícios.

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7) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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http://www.anvisa.gov.br/divulga/consulta/80_2000.htm (acesso em

9/11/08)

Revista Eletrônica do departamento de química-UFSC http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/aditivos.html