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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL ADIÇÃO DE ÓLEOS DE COPAÍBA (Copaifera sp.) E SUCUPIRA (Pterodon sp.) A RAÇÕES DE FRANGOS DE CORTE Fernanda Vieira Castejon Orientador: Prof. Dr. José Henrique Stringhini GOIÂNIA 2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL

ADIÇÃO DE ÓLEOS DE COPAÍBA (Copaifera sp.) E SUCUPIRA (Pterodon sp.) A RAÇÕES DE FRANGOS DE CORTE

Fernanda Vieira Castejon Orientador: Prof. Dr. José Henrique Stringhini

GOIÂNIA 2013

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FERNANDA VIEIRA CASTEJON

ADIÇÃO DE ÓLEOS DE COPAÍBA (Copaifera sp.) E SUCUPIRA (Pterodon sp.) A RAÇÕES DE FRANGOS DE CORTE

Dissertação apresentada como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Ciência Animal junto à Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás.

Área de Concentração:

Produção Animal Orientador: Prof. Dr. José Henrique Stringhini Comitê de Orientação: Prof. Dr. Edemilson Cardoso da Conceição (FF/UFG) Prof.a Dra. Elisabeth Gonzales (EVZ/UFG)

GOIÂNIA 2013

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

GPT/BC/UFG

C347a

Castejon, Fernanda Vieira.

Adição de óleos de copaíba (Copaifera sp.) e sucupira

(Pterodon sp.) a rações de frangos de corte [manuscrito] /

Fernanda Vieira Castejon. - 2013.

65 f. : figs., tabs.

Orientador: Prof. Dr. José Henrique Stringhini;

Coorientadores: Prof. Dr. Edemilson Cardoso da Conceição,

Elisabeth Gonzales.

Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Goiás,

Escola de Veterinária e Zootecnia, 2013.

Bibliografia.

Inclui lista de figuras e tabelas.

1. Frango de corte – Alimentação e rações – Aditivo. 2.

Frango de corte – Nutrição – Copaíba, óleo de. 3. Frango de

corte – Nutrição – Sucupira, óleo de. I. Título.

CDU: 636.6:661.155.3

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DEDICATÓRIA

Para toda minha família e amigos.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por dar saúde, disposição e alegria para enfrentar os

desafios da vida.

À toda minha família. Pelo apoio, incentivo e exemplo de perseverança

da minha mãe Simone. Meu pai Fernando, pela dedicação desde a minha

mudança para Goiânia até os últimos dias da fase experimental. Aos meus irmãos

pelos conselhos.

Ao meu amor, Francisco. Esteve ao meu lado durante todas as etapas,

um verdadeiro companheiro. Seja trabalhando no galpão, fazendo análises ou

cuidando do nosso lar quando eu estava muito atarefada. Deu-me força e ânimo

para vencer mais esse desafio.

Ao professor José Henrique Stringhini pela dedicação, orientação e

amizade durante a realização deste trabalho. Aprendi muito com a nossa

convivência, importante tanto para meu crescimento profissional quanto pessoal.

Aos professores co-orientadores Edemilson Cardoso da Conceição e

Elisabeth Gonzales, e às professoras Heloísa Helena, Maria Auxiliadora Andrade

e Fabyola Carvalho pelas sugestões de melhoria.

Aos amigos Candice, Eduardo, Janaína, Letícia, Maryelle, Micaela,

Raquel e Rejane pelo auxílio na execução e por tornarem os momentos de

trabalho prazerosos. Em especial, ao Bruno Moreira, meu amigo, companheiro e

conselheiro.

Às técnicas Tatiane e Caroline do Labmic-UFG por tornarem possível a

realização das análises de microscopia eletrônica. Ao técnico Helton pelo auxílio

na realização das análises de bioquímica sanguínea no laboratório multiusuário

da Pós-graduação/EVZ.

Ao prof. Marcelo Emílio Beletti da Universidade Federal de Uberlândia

pela oportunidade de realizar as análises histológicas no ICBIM-UFU.

Às empresas que auxiliaram com doações para o projeto. À Super

Frango pela doação das aves, empresa Alltech do Brasil pela doação do Biomos®

e empresa Elanco pela doação do Surmax®.

Enfim, à CAPES e o CNPq pelo auxílio financeiro para execução do

projeto e concessão da bolsa.

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SUMÁRIO

CAPÍTULO 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................................................. 1

1.1 ÓLEOS E EXTRATOS VEGETAIS COMO ADITIVOS EM RAÇÕES ....................... 5 1.2 ÓLEOS DE COPAÍBA (Copaifera sp.)....................................................................... 9

1.3 ÓLEOS DE SUCUPIRA (Pterodon sp.) ................................................................... 12 REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 15

CAPITULO 2. DESEMPENHO E METABOLIZABILIDADE DE NUTRIENTES DE FRANGOS DE CORTE ALIMENTADOS COM RAÇÃO CONTENDO ÓLEO DE SUCUPIRA OU COPAÍBA ............................................................................................ 23

2.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 25

2.2 MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................ 26 2.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................... 29

2.4 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 37 REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 38

CAPÍTULO 3. PESOS RELATIVOS E COMPRIMENTO DE ÓRGÃOS DO SISTEMA DIGESTÓRIO, HISTOMORFOMETRIA E AVALIAÇÃO ULTRAESTRUTURAL DO INTESTINAL DE FRANGOS ALIMENTADOS COM RAÇÕES ADICIONADAS DE ÓLEOS DE COPAÍBA OU SUCUPIRA ........................................................................ 41

3.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 43 3.2 MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................ 44

3.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................... 48 3.4 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 59

REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 61

CAPÍTULO 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................... 65

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LISTA DE TABELAS

CAPÍTULO 1 TABELA 1. Aditivos promotores de crescimento proibidos para utilização

em rações no Brasil..................................................................... 2

CAPÍTULO 2 TABELA 1. Composição percentual e nutricional das rações experimentais

basais........................................................................................... 28 TABELA 2. Desempenho aos sete dias de frangos alimentados com

rações adicionadas de óleo de sucupira................................... 30 TABELA 3. Desempenho aos 14 dias de frangos alimentados com rações

adicionadas de óleo de sucupira................................................ 30 TABELA 4. Desempenho aos 21 dias de frangos alimentados com rações

adicionadas de óleo de sucupira................................................ 31 TABELA 5. Desempenho aos sete dias de frangos alimentados com

rações adicionadas de óleo de copaíba.................................... 32 TABELA 6. Desempenho aos 14 dias de frangos alimentados com rações

adicionadas de óleo de copaíba................................................. 32 TABELA 7. Desempenho aos 21 dias de frangos alimentados com rações

adicionadas de óleo de copaíba................................................. 33 TABELA 8. Ensaio metabólico em frangos de 4 a 7 dias de idade

alimentados com rações adicionadas de óleo de sucupira..... 34 TABELA 9. Ensaio metabólico em frangos de 18 a 21 dias de idade

alimentados com rações adicionadas de óleo de sucupira..... 34 TABELA 10. Ensaio metabólico em frangos de 28 a 31 dias de idade

alimentados com rações adicionadas de óleo de sucupira..... 35 TABELA 11. Ensaio metabólico em frangos de 4 a 7 dias de idade

alimentados com rações adicionadas de óleo de copaíba...... 36 TABELA 12. Ensaio metabólico em frangos de 18 a 21 dias de idade

alimentados com rações adicionadas de óleo de copaíba...... 36 TABELA 13. Ensaio metabólico em frangos de 28 a 31 dias de idade

alimentados com rações adicionadas de óleo de copaíba...... 37 CAPÍTULO 3 TABELA 1. Composição percentual e nutricional das rações experimentais

basais.......................................................................................... 46 TABELA 2. Pesos relativos e comprimento de órgãos do trato

gastrintestinal e anexos de frangos alimentados com rações adicionadas de óleo de sucupira aos sete dias de idade........ 48

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TABELA 3. Pesos relativos e comprimento de órgãos do trato gastrintestinal e anexos de frangos alimentados com rações adicionadas de óleo de sucupira aos 21 dias de idade........... 49

TABELA 4. Pesos relativos e comprimento de órgãos do trato gastrintestinal e anexos de frangos alimentados com rações adicionadas de óleo de sucupira aos 35 dias de idade........... 50

TABELA 5. Pesos relativos e comprimento de órgãos do trato gastrintestinal e anexos de frangos alimentados com rações adicionadas de óleo de copaíba aos sete dias de idade......... 51

TABELA 6. Pesos relativos e comprimento de órgãos do trato gastrintestinal e anexos de frangos alimentados com rações adicionadas de óleo de copaíba aos 21 dias de idade............ 51

TABELA 7. Pesos relativos e comprimento de órgãos do trato gastrintestinal e anexos de frangos alimentados com rações adicionadas de óleo de copaíba aos 35 dias de idade............ 52

TABELA 8. Histomorfometria de segmentos intestinais de frangos consumindo dietas adicionadas de óleo de sucupira aos sete dias de idade............................................................................... 53

TABELA 9. Histomorfometria de segmentos intestinais de frangos consumindo dietas adicionadas de óleo de sucupira aos 21 dias de idade............................................................................... 54

TABELA 10. Histomorfometria de segmentos intestinais de frangos consumindo dietas adicionadas de óleo de sucupira aos 35 dias de idade............................................................................... 55

TABELA 11. Histomorfometria de segmentos intestinais de frangos consumindo dietas adicionadas de óleo de copaíba aos sete dias de idade............................................................................... 56

TABELA 12. Histomorfometria de segmentos intestinais de frangos consumindo dietas adicionadas de óleo de copaíba aos 21 dias de idade............................................................................... 57

TABELA 13. Histomorfometria de segmentos intestinais de frangos consumindo dietas adicionadas de óleo de copaíba aos 35 dias de idade............................................................................... 58

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LISTA DE FIGURAS

CAPÍTULO 3

FIGURA 1. Imagens de microscopia eletrônica de varredura de aves alimentadas com rações adicionadas de mananoligossacarídeo...................................................... 59

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RESUMO

Foram conduzidos dois experimentos com 350 pintos cada, machos, Cobb 500®, utilizando como aditivo nas rações óleo de sucupira ou copaíba, realizado em blocos casualizados com sete tratamentos e cinco repetições. Foi avaliado o ganho em peso, o consumo de ração e o índice de conversão alimentar até 21 dias de idade. A metabolizabilidade da matéria seca e do nitrogênio foi avaliada em ensaios metabólicos conduzidos de quatro a sete dias, de 18 a 21 dias, e de 28 a 31 dias de idade. Aos sete, 21 e 35 dias de idade foram feitas necropsias para coleta de órgãos para análise de peso relativo de órgãos e comprimento intestinal. Fragmentos de duodeno, jejuno e íleo foram coletados para confecção de lâminas histológicas, e posteriormente, medidas a altura de vilos e a profundidade de criptas da mucosa intestinal. Aos 21 dias, foi coletado fragmento para avaliação por microscopia eletrônica de varredura de segmentos do intestino delgado. A adição de 900 e 1300 ppm de óleo de sucupira produziu resultados inferiores em relação aos controles no desempenho. O óleo de copaíba, no nível de 1300 ppm piorou o desempenho. Os demais níveis não diferiram dos controles. A digestibilidade da matéria-seca não foi alterada por nenhum aditivo às rações. De quatro a sete dias de idade, aves consumindo dieta controle, 100 e 500 ppm de óleo de sucupira obtiveram resultados semelhantes à avilamicina para balanço de nitrogênio. De 18 a 21 dias de idade, o balanço de nitrogênio foi menor para 900 e 1300 ppm. Avilamicina produziu resultados semelhantes à 100 ppm e ambos, produziram melhores resultados para balanço e retenção de nitrogênio. De 28 a 31 dias, o balanço e a retenção de nitrogênio foi maior para o nível de inclusão de 500 ppm. Utilizando óleo de copaíba adicionado às rações de 28 a 31 dias de idade foi observada diferença para balanço de nitrogênio entre o tratamento com antibiótico maior que o controle negativo e semelhantes à 100, 500 e 900 ppm de inclusão. A inclusão dos óleos não promoveu alterações no peso relativo e comprimento de órgãos do trato-gastrintestinal. A inclusão de óleo de sucupira no nível de 500 ppm promoveu maior relação vilo-cripta no jejuno das aves aos 21 dias de idade. Já aos 35 dias, 900 ppm promoveu maiores alturas de vilo e relação vilo-cripta no duodeno; e 500 ppm maior relação vilo-cripta no jejuno. Com a inclusão de óleo de copaíba, aos sete dias, 500 ppm proporcionou maior relação vilo-cripta no duodeno; e no íleo o nível de 1300 ppm promoveu maior altura de vilos. Aos 21 dias, no duodeno, os níveis de 100 e 1300 ppm possibilitaram maiores valores de altura de vilos; sendo que 1300 ppm produziu maior relação vilo-cripta. No jejuno, o nível de 1300 ppm e o prebiótico produziram maiores valores de altura de vilos, e o nível de 1300 ppm maior relação vilo-cripta. No íleo, os níveis de 100, 500 e 1300 ppm promoveram maior relação vilo-cripta. Aos 35 dias, no duodeno o nível de 500 ppm foi semelhante ao antibiótico com maior altura de vilo. No jejuno, o nível de 500 e 900 promoveram maiores alturas de vilo, e os níveis de 100 e 900 ppm maior relação vilo-cripta. A inclusão de ambos os óleos não promoveram alterações ultraestruturais na superfície intestinal dos vilos e microvilosidades. Palavras-chave: aditivo, avicultura, Copaifera, fitogênico, nutrição, prebiótico, Pterodon.

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ADDITION OF COPAIBA (Copaifera sp.) AND SUCUPIRA (Pterodon sp.) OILS IN THE RATIONS OF BROILERS

Abstract. Two experiments were conducted with 350 chicks each, male Cobb 500

®, using as feed additive copaiba and sucupira oil. The experiments were designed as randomized complete block with seven treatments and five replications. Zootechnical variables assessed were weight gain, feed intake and feed conversion ratio up to 21 days old. The metabolization of dry matter and nitrogen was evaluated in three metabolic tests conducted in four to seven days, 18-21 days and 28-31 days of age. At seven, 21 and 35 days of age were made necropsy analysis to collect organs. Were calculated the relative weight of organs of the digestive system and measured the length of the intestine. Fragments of duodenum, jejunum and ileum were collected for preparation of histological slides, and measured villus height and crypt depth of intestinal mucosa. At 21 days, fragment was collected for evaluation by scanning electron microscopy of the intestinal segments. The inclusion levels of 100 and 500 ppm of sucupira oil showed no differences compared to controls in performance, but the addition of 900 and 1300 ppm produced worse results. Copaiba oil, included in the 1300 ppm level worsened performance, and the other treatments did not differ from controls. In tests of digestibility, the dry matter was not altered by any additive to animal feed. Four to seven days of age, birds consuming the control diet, 100 and 500 ppm oil sucupira obtained similar results to the promoter avilamycin for nitrogen balance. From 18 to 21 days of age, the nitrogen balance was lower for 900 and 1300 ppm. Avilamycin produced similar results to 100 ppm and both produced better results for balance and nitrogen retention. From 28 to 31 days, balance and nitrogen retention was greater for the inclusion level of 500 ppm. Using copaiba oil added to the diets, only 28 to 31 days old, difference was observed for nitrogen balance between antibiotic treatment that was greater than the negative control. The inclusion of oils did not change the relative weight and length of gastrointestinal-tract organs. In histomorphometric analysis, the inclusion of sucupira oil, at 21 days of age at 500 ppm promoted greater villous-crypt ratio in the jejunum of birds. Already at 35 days, the level of 900 ppm produced greater heights and villous-crypt ratio in the duodenum, and the level of 500 ppm greater villous-crypt ratio in the jejunum. With the inclusion of copaiba, after seven days the level of 500 ppm provided greater villous-crypt ratio in the duodenum, ileum and in the level of 1300 ppm promoted greater villus height. At 21 days, in duodenum, the levels of 100 ppm and 1300 enabled higher values of villus height, and the level of 1300 ppm produced a greater villous-crypt ratio. In the jejunum, the level of 1300 ppm and prebiotic produced higher values of villus height, and the level of 1300 ppm greater villous-crypt ratio. In ileum, the levels of 100, 500 and 1300 ppm promoted greater villous-crypt ratio. After 35 days, in duodenum, 500 ppm level was similar to antibiotic with higher villus height. In the jejunum, the levels 500 and 900 provided greater villus heights, and levels of 100 and 900 ppm highest villous-crypt ratio. The inclusion of both oils did not cause ultrastructural changes in the surface intestinal villi and microvilli. Keywords: Additive, Copaifera, nutrition, phytogenic, poultry, prebiotic, Pterodon.

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CAPÍTULO 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Os altos índices de produtividade da avicultura industrial são alcançados

devido às melhorias contínuas em genética, nutrição, ambiência, manejo e controle

sanitário. A avicultura brasileira é destaque no cenário mundial tanto na exportação

quanto na produção de carne de frango, justamente por aprimorar e adaptar às

criações brasileiras as melhores tecnologias conhecidas em criação de frangos.

Os antibióticos promotores de crescimento (APCs) na ração das aves atuam

no aumento de produção sendo considerados, durante muitos anos, indispensáveis à

produção avícola industrial por produzir melhorias significativas na produtividade.

VISEK (1978) propôs quatro possíveis mecanismos de atuação de

antibióticos: supressão de infecções leves, diminuição da produção de toxinas pela

microbiota, redução da destruição pela microbiota de nutrientes essenciais no trato

gastrointestinal, aumento da síntese de vitaminas ou outros fatores que promovem o

crescimento, aumento da eficiência de absorção e utilização de nutrientes.

DIBNER & RICHARDS (2005) relataram que os APCs atuam no incremento

do ganho em peso, mas frequentemente é limitado somente ao aumento da eficiência

alimentar. O mecanismo de ação é local, no intestino, já que grande parte dessas

moléculas usadas como promotores não são absorvidas.

Segundo ALBUQUERQUE (2005), o mecanismo de ação principal dos APCs

é a manutenção da microbiota desejável, assim como a manutenção do ambiente

intestinal favorável para desenvolvimento da mesma.

Com o amplo uso dos antibióticos na ração dos animais de produção

surgiram questionamentos das consequências desse uso, principalmente relacionados

aos resíduos químicos em produtos de origem animal e indução de resistência

bacteriana. Vários países baniram o uso de antimicrobianos como aditivos em rações

animais (CASEWELL et al. 2003).

Desta forma, a utilização destes aditivos na alimentação animal têm sido

cada vez mais restrita e regulamentada pelos órgãos normativos. No Brasil, alguns

aditivos promotores já foram também proibidos (Tabela 1). Essas informações são

disponibilizadas ao acesso público pela Divisão de Fiscalização de Aditivos da

Coordenação de Produtos para Alimentação Animal (CPAA) do Ministério da

Agricultura Pecuária e Abastecimento.

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TABELA 1. Aditivos promotores de crescimento proibidos para utilização em rações

no Brasil

Aditivo Legislação Avoparcina Of. Circular DFPA Nº 047/98 Cloranfenicol e Nitrofuranos Instrução Normativa 09, 27/06/2003 Arsenicais e antimoniais Portaria 31, 29/01/2002 Penicilina, tetraciclinas, sulfonamidas sistêmicas Portaria 193, 12/05/1998 Olaquindox Instrução Normativa 11, 24/11/2004 Violeta Genciana Instrução Normativa 34, 13/09/2007 Carbadox Instrução Normativa 35, 14/11/2005 Anabolizantes para bovinos Instrução Normativa 10, 27/04/2001 Hormônios como aditivos alimentar em aves Instrução Normativa 17, 18/06/2004 Espiramicina e eritromicina Instrução Normativa 14, 18/05/2012 Fonte: Modificado de http://www.agricultura.gov.br/portal/page/portal/Internet-MAPA/pagina-inicial/animal/alimentacao/aditivos/aditivos-autorizados

Porém, a retirada de promotores de crescimento das dietas gera uma série

de consequências que devem ser consideradas. CASEWELL et al. (2003), em revisão

sobre o banimento europeu e as consequências emergentes na saúde humana e

animal, fazem considerações importantes. Afirmam que o uso total de antibióticos em

rações animais diminuiu nos países que os baniram, porém houve aumento do uso de

antibióticos terapêuticos para uso veterinário, já que os APCs exerciam, também, a

função de promoção da saúde e profilaxia. Considerando que os antibióticos usados na

terapêutica veterinária são os mesmos utilizados na medicina humana, o risco para a

saúde humana pode ser maior.

O banimento do uso de antibiótiocos em rações aumenta a incidência de

colibacilose e de enterite necrótica causada por Clostridium perfringens em aves

(FERKET, 2003) e em leitões aumento de diarréia, perda de peso e mortalidade por

E.coli e Laesonia intracellularis (CASEWELL et al. 2003).

DIBNER & RICHARDS (2005), baseados em dados de mortalidade desde o

banimento na Dinamarca, afirmaram que as mortes por enterite necrótica não

aumentaram, visto que não foi banido, mas pelo contrário, aumentou bastante o uso do

anticcocidiano salinomicina. A salinomicina e outros ionóforos possuem ação de

controle da enterite necrótica, por atuarem em microorganismos gram-negativos. VAN

IMMERSEEL et al. (2004), em revisão sobre Clostridium perfringens, apresentaram

vários dados de trabalhos que confirmam essa ação. No Brasil, trabalho realizado por

SILVA et al (2009) em testes in vitro da susceptibilidade de isolados de campo de

Clostridium perfringes, todas as cepas mostraram alta susceptibilidade aos ionóforos

testados (narasina e monensina).

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São grandes as perdas econômicas causadas pela maior mortalidade e

diminuição de produtividade. LANGHOUT (2005) relatou que a retirada dos antibióticos

promotores de crescimento da dieta de frangos pode resultar em índices produtivos 3-

7% menores.

Na tentativa de encontrar uma solução que atenda os requisitos necessários

para promoção do desempenho e não promova riscos à saúde pública, pesquisas

foram desenvolvidas com produtos que possam ser promotores alternativos aos APCs.

DIBNER & RICHARDS (2005) opinaram que os produtos que possam

substituir os antibióticos na alimentação animal devem manter os mesmos índices

produtivos e a qualidade do produto final, serem inócuos tanto para homens quanto

para animais, além de serem economicamente viáveis. Caso o produto substituto não

tenha propriedades antimicrobianas é necessário considerar o uso de ionóforos para

controle de doenças entéricas e aerossaculite, mudanças no manejo ou as duas

práticas. Os autores acreditam que dificilmente um único produto será capaz de

substituir os APCs, e que as propriedades relevantes (melhoria de eficiência, ganho e

viabilidade) podem ser a base para seleção e combinação dos promotores alternativos.

Os principais promotores alternativos são enzimas, ácidos orgânicos,

extratos e óleos vegetais, probióticos, prebióticos e combinações desses produtos

(HUYGHEBAERT et al., 2011).

As enzimas tem uso conhecido e consolidado a fim de otimizar os nutrientes

das dietas de forma que as rações sejam eficientes e economicamente viáveis,

principalmente quando se utiliza na formulação alimentos alternativos ao milho e ao

farelo de soja. De acordo com SOTO-SALANOVA et al. (1996), de forma geral, as

enzimas exógenas podem atuar na ruptura das paredes celulares das fibras dos

alimentos, reduzir a viscosidade da digesta na porção proximal intestino, degradar as

proteínas, diminuir os efeitos dos fatores antinutritivos e atuar como inibidores de

proteases. Assim, torna os nutrientes mais disponíveis para o animal e suplementa as

enzimas endógenas, promovendo um melhor desempenho.

Os ácidos orgânicos reduzem o pH da ração e do trato gastrintestinal e

desta maneira, são empregados na nutrição animal com o objetivo de inibir o

crescimento de fungos nas matérias-primas e rações, diminuir a proliferação de

Salmonella e Escherichia coli no intestino, além de potencializar ganhos nutricionais

das rações (GONZALES & SARTORI, 2001). Os mais utilizados são o ácido acético,

propiônico, butírico, fumárico, fórmico.

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Os probióticos, segundo FULLER (1989), são cepas de microrganismos

vivos que agem como auxiliares na recomposição da flora microbiana do trato digestivo

dos animais diminuindo o número dos microrganismos patogênicos ou indesejáveis. Os

probióticos podem ser adicionados às rações, na água de bebida, em cápsulas

gelatinosas, inoculados em ovos embrionados e na cama usada pelas aves (BUTOLO,

2001). De acordo com MENTEN (2002) os principais modos de ação dos probióticos

são: adesão aos sítios de ligação do epitélio intestinal bloqueando a ligação à bactérias

patogênicas, produção de bacteriocinas, estímulo imunológico, agonistas da digestão e

absorção de nutrientes, supressão da produção de amônia que pode ser tóxica para as

células intestinais e neutralização de enterotoxinas.

GONZALES & SARTORI (2001) citaram que os probióticos mais comuns

são cepas de bactérias Gram positivas de L. acidophillus, L. farciminis, L. rhammnosus,

L. reuteri e L. salivarius, S. faecium e S. mundtii e B. cereus, B. licheniformis, B. subtilis

e B. toyoi, além de leveduras, como as cepas de Saccharomyces cerevisae.

Os prebióticos foram definidos, de acordo com GIBSON & ROBERFROID

(1995), como ingredientes que não são digestíveis e que beneficiam o hospedeiro por

estimular seletivamente o crescimento e/ou atividade de bactérias benéficas, e assim

promover a saúde. Os prebióticos mais importantes na nutrição animal são hexoses

como glicose, frutose, galactose, manose além das pentoses como ribose, xilose e

arabinose (VAN IMMERSEEL et al., 2007). Os produtos prebióticos mais utilizados são

os frutoligossacarídeos (FOS) e os mananoligossacarídeos (MOS). Ainda é relatado

efeito no sistema imunológico, de maneira que ao bloquear os sítios de adesão de

bactérias patogênicas, os patógenos sejam apresentados às células imunes como

antígenos atenuados (ROPPA, 2006).

Produtos feitos a partir da associação entre probióticos e prebióticos são

denominados simbióticos. Administrados em conjunto podem potencializar o efeito dos

dois produtos (MENTEN, 2002). ARAÚJO et al. (2007) afirmaram que a interação entre

o probiótico e o prebiótico no organismo do animal pode ser favorecida pela adaptação

do probiótico ao substrato prebiótico, o que pode resultar em uma vantagem

competitiva para o probiótico, caso sejam consumidos juntos.

Extratos e óleos vegetais são produtos derivados de plantas com

propriedades biológicas variadas dependendo do princípio ativo presente. Estão sendo

muito estudados, principalmente, devido à grande diversidade de espécies botânicas

com atividades antimicrobiana e/ou anti-inflamatória já confirmadas.

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1.1 ÓLEOS E EXTRATOS VEGETAIS COMO ADITIVOS EM RAÇÕES

As espécies vegetais possuem grande variedade de substâncias químicas

com diferentes ações biológicas. Estudos etnofarmacológicos possibilitam a triagem de

plantas com potencial medicinal, já que populações locais utilizam plantas com

finalidade terapêutica e profilática pelo conhecimento empírico há vários anos

(ELISABETSHY, 2001).

Os principais grupos de moléculas cujas classes químicas são consideradas

princípios ativos dos óleos e extratos, de acordo com MARTINS et al. (2000), são

glicosídeos, alcalóides, compostos fenólicos e polifenólicos, terpenóides, saponinas,

mucilagens, flavonóides e óleos essenciais.

As plantas medicinais produzem substâncias com propriedades

antimicrobianas, por isso é necessária a realização de triagens fitoquímicas para

elucidar os mecanismos de ação dos compostos a serem utilizados com essa

finalidade.

Para que a indústria possa adotá-los com maior segurança e melhor relação

custo/benefício para a produção animal são necessários mais estudos sobre esses

compostos de origem vegetal (BARRETO, 2007).

É importante estudar a composição química, os princípios ativos, atividade

biológica, farmacodinâmica e farmacocinética, eficiência no sistema de extração,

pureza dos produtos e toxicidade dos extratos/óleos, assim como é feito com os

medicamentos sintéticos e de uso tradicional. Após a realização de todos esses

estudos, o mercado de produção animal adotaria mais uma opção de um aditivo

natural, para ser utilizado, principalmente, em rações de aves e suínos.

Para que a produção de extratos/óleos seja viável é necessário considerar

as características de crescimento das espécies vegetais em questão. Algumas plantas

possuem potencial agronômico para produção em larga escala, porém outras requerem

considerações quanto aos procedimentos de obtenção dos extratos e óleos. A coleta à

campo em áreas de mata preservada de espécies nativas pode ser associada à

cooperativas e redes extrativistas, comunidades que utilizam esses recursos naturais

como fonte de sobrevivência. Conhecer essas plantas e aplicá-las em sistemas de

produção animal possibilita além da produção de alimentos proteicos seguros, a

conservação de espécies vegetais nativas.

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Produtos derivados de plantas (extratos e óleos) usados na alimentação

animal para melhorar o desempenho de animais de produção são chamados de

fitogênicos (WINDSCH et al., 2007), sendo que os mesmos não possuem efeito

medicamentoso (FASCINA, 2011). Segundo WINDSCH et al. (2007), os fitogênicos são

uma classe relativamente recente de aditivos em rações e o conhecimento é ainda

limitado em relação ao modo de ação e sua aplicação.

Outras complicações surgem, pois os aditivos fitogênicos podem variar

bastante com relação a origem botânica, processamento e composição. Além da

eficácia, a aplicação de aditivos fitogênicos em animais de produção também tem que

ser segura para o animal, para o produtor/manipulador, para o consumidor dos

produtos de origem animal e para o meio ambiente.

De acordo com OETTING (2005), WINDISCH et al. (2007), HASHEMI &

DAVOODI (2011), os aditivos fitogênicos agem na modulação da microbiota intestinal

inibindo o crescimento de microorganismos patogênicos, aumenta a produção de muco

no intestino, possuem propriedades antioxidantes e diminuem a produção de amônia.

OETTING (2005) ainda acrescenta que podem produzir alterações morfológicas no

epitélio intestinal e na morfometria dos órgãos. BRENES & ROURA (2010), para uso de

óleos essenciais, citam os benefícios do aumento da produção de secreções

digestivas, estimulo à circulação sanguínea, antioxidantes e redução de bactérias

patogênicas intestinais.

Para FALEIRO et al. (2003), a produção de compostos químicos e princípios

ativos das plantas é variável de acordo com as características da própria planta e

ambientais (tipo de solo, estação do ano, incidência de raios ultravioleta).

Em pesquisas realizadas com frangos, podem ser destacados resultados

promissores com o uso de fitogênicos como aditivos em rações. Porém, a variabilidade

nos resultados in vivo sugere que os estudos sejam feitos de forma que mais variáveis

sejam identificadas e controladas, e os efeitos sejam observados na fisiologia do

animal como um todo. Alguns fatores relacionados ao produto fitogênico ainda podem

influenciar os resultados de experimentos, como a época e método de colheita da

planta, estado de maturação da planta, método de conservação da droga vegetal,

duração do armazenamento e possível efeito sinérgico ou antagônico dos compostos

bioativos (BRENES & ROURA, 2010).

Efeitos modulatórios no microambiente intestinal são relatados na microbiota

e no próprio epitélio intestinal. FUKAYAMA et al. (2005) avaliaram os efeitos da

inclusão de extrato de orégano (0,025; 0,050; 0,075; 0,100%) como aditivo promotor de

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crescimento nas rações em comparação à bacitracina de zinco. Houve redução no

número de bactérias do ceco das aves à medida que se elevou o conteúdo do extrato

de orégano nas rações, indicando uma provável ação antimicrobiana dos componentes

deste extrato.

MOUNTZOURIS et al. (2011), comparando a mistura de óleos essenciais de

orégano, anis e limão (80, 125 e 250 mg/Kg) com o promotor avilamicina, relataram

aumento da colonização por intestinal por Lactobacillus, Bifidobacterium e cocos Gram

positivos, também foi observada redução de coliformes termotolerantes no ceco das

aves que receberam os óleos essencias na ração. AGOSTINI et al. (2012), utilizando

diferentes níveis de óleo essencial de cravo na ração de frangos de corte (0, 100, 200,

1000 e 2500 mg/Kg), também observaram aumento da população de Lactobacillus.

Em relação a microorganismos patógenos, BONA et al. (2012), avaliando a

influência do composto vegetal contendo óleo essencial de orégano, alecrim, canela e

extrato de pimenta vermelha (100 ppm) no controle de Salmonella, Eimeria e

Clostridium em frangos de corte, relataram redução nas lesões específicas de

E.maxima e E. tenella aos 14 dias pós-inoculação, e redução da contagem de unidades

formadoras de colônias (UFC) de Clostridium perfringens no conteúdo do ceco,

diminuiu a excreção de Salmonella nas aves 72 horas pós-inoculação.

LÓPEZ et al. (2012) investigaram os efeitos do líquido da casca da castanha

de caju nos níveis de inclusão na ração de 0,10; 0,20; 0,30; 0,40 mL/kg comparados à

virginiamicina, e observaram uma redução gradual da concentração de E. coli.

SANTOS et al. (2011) avaliaram a atividade antimicrobiana in vitro do

manjericão (Ocimum basilicum) em diferentes concentrações de extratos (10, 20, 30,

40 e 50%) e dois tipos de extratos (extrato alcoólico e extrato bruto) sobre o

microrganismo Staphylococcus aureus. Houveram bons resultados de inibição, com

destaque para o efeito de inibição em cepas estafilocócicas resistentes à meticilina.

Efeitos indiretos foram relatados por HONG et al. (2012) que utilizaram a

mistura comercial com 125 ppm de óleo essencial de orégano, anis e casca de citrus e

a contagem de microorganismos totais da microbiota ileal não foi afetada, mas reduziu

a concentração de amônia no íleo das aves alimentadas com óleos essenciais.

Há relatos de mudança morfológica intestinal induzida pelo consumo de

fitogênicos. SILVA et al. (2011a) avaliaram a inclusão a 0,4% de óleo essencial de

aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolius Raddi) como promotor de crescimento nas

rações de frangos comparado a promotores de crescimento (antimicrobiano e/ou

anticoccidiano). Verificou-se que aos 21 dias de idade houve maior relação vilo:cripta

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com a inclusão de 0,4% de óleo de aroeira-vermelha na ração, redução no peso

relativo dos intestinos, não diferindo dos tratados com promotor de crescimento.

Em experimento realizado por TSIRTSIKOS et al. (2012) foi utilizado o

aditivo fitogênico contendo carvacrol do orégano, limoneno do limão e anetol do anis

(115g/Kg) em dispersante composto por FOS e níveis de inclusão de 80, 125 e 250

mg/kg em comparação à avilamicina. Houve alteração da composição da mucina e

quantidade de células caliciformes.

DANESHMAND et al. (2012) avaliaram o efeito de um composto de alho

(30g/Kg), shimeji-preto (2g/Kg) e extrato de própolis (0,2g/Kg) comparado ao promotor

virginiamicina, houve melhoria na resposta imunológica dos frangos. Além disso, houve

diminuição do colesterol sérico, apesar do aditivo utilizado ter diminuido os parâmetros

de desempenho.

O óleo de abóbora (Cucurbita pepo), testado por HAJATI et al. (2011),

reduziu a mortalidade de frangos de corte e o teor de gordura no sangue, mas não

apresentou qualquer efeito no desempenho dos frangos.

Em experimento realizado por TOLEDO et al (2007) foi testada a eficácia de

um fitoterápico (Aviance®) e do antibiótico avilamicina usados de maneira isolada ou

associada no desempenho de frangos. O consumo de ração, o peso corporal e a

conversão alimentar não foram afetados pelos diferentes promotores estudados.

Porém, houve maior índice de mortalidade das aves que não receberam nenhum

promotor de crescimento.

SILVA et al. (2011) testaram diferentes níveis de inclusão 0,0; 0,1; 0,2; 0,4%

de inclusão do óleo de aroeira-vermelha. O consumo de ração, peso corporal e

conversão alimentar foram influenciados significativamente pelos tratamentos

apresentando resultados melhores que controle negativo.

KHODAMBASHI EMAMIA et al. (2012) realizaram experimento comparando

o promotor virginiamicina com dois níveis de óleo essencial de Mentha piperita (200 e

400 mg/Kg, respectivamente) e um prebióico (frutologossacarídeo - FOS, 500 mg/kg) .

A conversão alimentar do grupo com menor nível de inclusão foi semelhante ao do

antibiótico, melhores do que o controle negativo.

Também utilizando Mentha piperita, porém o extrato etanólico das folhas,

NANEKARANI et al. (2012) adicionaram à água de bebida três níveis (0,1; 0,2; 0,3% )

do extrato e compararam os efeitos com o APC virginiamicina. O rendimento de

carcaça aumentou em frangos suplementados com 0.3% e a gordura abdominal

diminuiu no mesmo tratamento.

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FASCINA et al. (2012) avaliaram a influência isolada ou associada de

aditivos fitogênicos e ácidos orgânicos na digestibilidade de nutrientes, desempenho e

rendimento de carcaça. Os aditivos fitogênicos e ácidos orgânicos isolados ou

associados, aumentaram a digestibilidade de nutrientes e melhorou o desempenho em

relação ao controle negativo aos 42 dias de idade. Assim como, proporcionaram

melhores características de carcaça.

Resultados insatisfatórios sobre o desempenho são observados. LANDY et

al. (2012) realizaram experimento para avaliação dos efeitosda inclusão de 5 e 10g/Kg

das partes aéreas secas da erva-de-são-joão (Hypericum perforatum L.) comparadas

ao antibiótico flavofosfolipol. Os tratamentos com fitogêncios propiciaram menor peso

final aos 42 dias comparado ao antibiótico e as maiores taxas de conversão alimentar.

Fato que reforça que os efeitos são específicos de cada composto vegetal.

Os fitogênicos utilizados em ensaios biológicos devem ser caracterizados

com o maior nível de detalhamento possível quanto a sua composição, e padrões de

qualidade estabelecidos para cada composto, a fim de auxiliar na elucidação dos

mecanismos de ação das moléculas presentes.

1.2 ÓLEOS DE COPAÍBA (Copaifera sp.)

Árvores do gênero Copaifera são classificadas como pertencentes da família

Leguminosae Juss. Subfamília Caesalpinoideae Kunth. São consideradas árvores

nativas da América Latina. No Brasil são encontradas, principalmente, na região

Amazônica e no Centro-oeste (ALENCAR, 1982; VEIGA JUNIOR & PINTO, 2002).

O óleo de copaíba tem cheiro forte e característico, sabor acre e amargo, é

um líquido translúcido com a coloração que varia do amarelo ao marrom (HECK et al.,

2012). O termo correto para designar este óleo seria óleo-resina de copaíba, de acordo

com VEIGA JUNIOR & PINTO (2002), já que ele é composto por uma fração de ácidos

resinosos e de compostos voláteis.

O óleo-resina de copaíba é obtido por diversos métodos de extração do

caule das árvores adultas. O método mais utilizado por comunidades extrativistas

sustentáveis utiliza o trado como ferramenta de perfuração e fechamento do furo com

barro logo após a coleta.

VEIGA JUNIOR & PINTO (2002), em revisão sobre o gênero Copaifera,

afirmaram que óleos-resinas de copaíba são misturas de sesquiterpenos e diterpenos,

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sendo o ácido copálico utilizado como biomarcador por ser o único encontrado em

todos os experimentos realizados. MONTES et al. (2009), pela análise cromatográfica

do óleo de copaíba, também verificaram que o óleo-resina é composto por

sesquiterpenos e diterpenos. Os principais esqueletos de diterpenos descritos são os

de caurano, labdano e cleorodano.

HERRERO-JÁUREGUI et al (2011) caracterizaram o óleo-resina de C.

reticulata e relacionaram a sua variabilidade de composição com as variações

ambientais. Quase todos os componentes encontrados foram sesquiterpenos, sendo os

três principais o β-cariofileno, trans-α-bergamotene e β-bisaboleno. Há grande

variabilidade entre indivíduos da população na composição e concentração de

sesquiterpenos sendo até mesmo comparável a variação interespecífica. A influência

do ambiente e da morfometria das árvores não foi claramente percebida na

composição do óleo-resina. Sendo que, alguns compostos significativamente variaram

de acordo com o tipo de solo e o volume extraído por árvore.

O uso do óleo-resina de copaíba é popularmente difundido no tratamento de

diversos processos inflamatórios, com maior uso em inflamações de garganta, de rins e

de bexiga, além de ser utilizado no tratamento de dermatoses (MARTINS et al., 2000).

A propriedade anti-inflamatória tem sido investigada por alguns autores. Estudos têm

comprovado sua eficiência anti-inflamatória e cicatrizante (EURIDES et al., 2000).

VIRIATO et al. (2009), baseados em resultados experimentais, sugeriram as altas

diluições do óleo para o tratamento de distúrbios inflamatórios. SANTOS et al. (2012)

observaram resultados de neuroproteção causada pela óleo-resina de C.reticulata,

devido ao efeito que o mesmo promove na resposta inflamatória.

A atividade antimicrobiana dos óleos de copaíba já foi testada em vários

trabalhos científicos, apresentaram bons resultados de inibição e é sem dúvida, a mais

estudada. BRAGA & SILVA (2007) avaliaram o potencial de atividade antimicrobiana do

extrato aquoso das folhas da copaíba (C. langsdorffii) frente a 14 isolados de S. aureus

e observou resultado eficaz do extrato nas concentrações de 0,2g/mL e 0,1g/mL que

inibiram 50% das amostras estudadas.

MENDONÇA & ONOFRE (2009), em avaliação in vitro, constataram a

atividade antibacteriana do óleo-resina de C.multijuga sobre E.coli, S.aureus e

P.aeruginosa. No mesmo ano, SANTOS et al. (2008) testaram a atividade

antimicrobiana do óleo-resina de três espécies de copaíba que tiveram boa efetividade

contra bactérias gram-positivas, efeito moderado em fungos dermatófitos, mas não foi

efetivo contra bactérias gram-negativas. Análises por microscopia eletrônica de

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varredura e de transmissão revelaram que houve lise da bactéria, alteração na

morfologia e diminuição de volume, indicando que o mecanismo de ação

antimicrobiana do óleo de copaíba pode ser pela alteração da parede celular do

microorganismo.

Atividades fungiotóxicas foram testadas por MENEZES et al (2009), mas não

observou-se ação inibitória do óleo de C. multijuga à cepa padrão de Candida albicans

(ATCC 90028). Utilizando a mesma espécie de copaíba, DEUS et al. (2011) testaram o

óleo-resina e suas frações, obtiveram resultados positivos de inibição frente a espécies

de fungos filamentosos do gênero Aspergillus e de leveduras do gênero Candida.

PIERI et al. (2012) testaram a atividade inibitória do óleo C.langsdorffii e

C.officinalis sobre o crescimento de bactérias patogênicas na medicina humana e

veterinária. Os resultados mostraram três espécies gram-negativas inibidas por ambas

às soluções de óleo de copaíba: E. coli, P. aeruginosa e S. flexneri. Todas as cepas de

S. aureus tiveram o crescimento inibido pelas soluções no ensaio. VASCONCELOS et

al. (2008) confeccionaram um cimento odontológico à base do óleo de C.multijuga e os

resultados obtidos demonstraram eficiência contra S.mutans e S sanguinis.

LIMA et al. (2006) testaram o óleo de copaíba em cepas de S. aureus

resistente a antibióticos isoladas de leite mastítico bovino. PIERI et al. (2011) utilizaram

os óleos de C. langsdorffii e de C. officinalis em isolados de E. coli de leite mastítico.

Os resultados de inibição de crescimento microbiano observados sugerem

que o óleo de copaíba pode ser uma fonte potencial de moléculas com propriedades

inibitórias para ser utilizada como antimicrobiano. Para isso, mais estudos de triagens

fitoquímicas precisam ser feitos, assim como testes in vivo.

Para realizar ensaios in vivo a toxicidade do óleo deve ser conhecida.

SACHETTI et al. (2009) testaram a toxicidade aguda oral e os efeitos neurotóxicos em

ratas Wistar provocados pela ingestão do óleo-resina de C. reticulata. Não foram

observados sinais clínicos de toxicidade ou neurotoxicidade, alteração no consumo de

ração ou no peso corporal. A dose letal aguda foi estimada como maior que 2000

mg/kg pc, caracterizando o produto na categoria 5 do Guia OECD 423.

Apesar da baixa toxicidade apresentada no ensaio realizado por esses

pesquisadores, são necessários mais estudos sobre o potencial toxicológico dos óleos

de copaíba. Estudos feitos com outras espécies animais, já que a sensibilidade a

alguns compostos é particular a fisiologia da mesma. E, principalmente, devem ser

realizados ensaios relacionados à toxicidade crônica com a ingestão de pequenas

doses por um longo período de tempo.

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A atividade do óleo de copaíba também tem sido testada contra diferentes

estágios de vida de patógenos de interesse em saúde pública. GERIS et al. (2008)

avaliaram a atividade larvicida dos diterpenos obtidos da óleo-resina de Copaifera

reticulata contra larvas de Aedes aegypti, o mosquito principal vetor da dengue e da

febre amarela. IZUMI et al. (2012) testaram o efeito e mecanismo de ação de terpenos

isolados do óleo-resina de copaiba sobre estágios de vida de Trypanosoma cruzi.

Identificou-se que os terpenos promoveram mudanças no metabolismo oxidativo

seguido de processo autofágico na célula do parasita levando a morte seletiva, sendo a

forma amastigota a mais susceptível.

Dados sobre os efeitos da adição do óleo-resina de copaíba como promotor

de crescimento em ração animais são escassos. Na dieta de frangos, FERNANDES

NETO et al. (2010) testaram diferentes níveis de inclusão do óleo sobre o desempenho

zootécnico. Nas idades avaliadas, apenas observou-se efeito para peso corporal, que

reduziu com a adição de 0,6 mL/Kg, o maior nível. Ao avaliar a inclusão de óleo

essencial de copaíba (C. reticulata) no peso relativo de órgãos internos de frangos com

diferentes níveis de inclusão, FONSECA et al. (2010) observaram que no nível de

inclusão de 0,45mL/kg houve aumento do peso relativo do pâncreas e fígado.

KOIYAMA (2012) testou o óleo-resina de Copaifera officinalis no nível de inclusão de

200 ppm e não obteve resultados significativos de incremento no desempenho.

1.3 ÓLEOS DE SUCUPIRA (Pterodon sp.)

Pterodon sp. é uma planta arbórea característica da vegetação do cerrado,

conhecida popularmente como sucupira, faveiro, fava de sucupira ou sucupira lisa.

(LORENZI & MATOS, 2002). Os frutos, que são do tipo sâmara, são circundados por

membrana alada e achatada. Envolvendo a semente existem câmaras que armazenam

o óleo aromático (AFONSO, 1997).

O gênero Pterodon (Leguminosae) é constituído por cinco espécies

distribuídas no Brasil: P.abruptus Vog., P. apparicioi Pedersoli, P. emarginatus Benth,

P. polygalaefl orus Benth e P. pubescens Benth (PIMENTA et al., 2006).

A composição dos produtos derivados de plantas varia de acordo com a

espécie e parte da planta selecionada para a produção do extrato ou extração do óleo.

No extrato das folhas de P. polygalaeflorus foram identificados leucoantocianidinas,

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flavonóides, catequinas, quinonas, saponinas e taninos. No extrato do revestimento da

semente foram encontradas xantonas, flavonóides, flavonas, quinonas, e compostos

fenólicos (FONSECA et al., 2005). Na triagem fitoquímica do pó do extrato etanólico da

casca de P.emarginatus detectou-se a presença de flavonóides, heterosídeos

saponínicos, resinas e traços de esteróides e triterpenóides (BUSTAMANTE et al.

(2010). DUTRA et al. (2012), em triagem fitoquímica de sementes de P.emarginatus,

detectaram a presença de flavonóides, cumarinas, saponinas, triterpenos/esteróides e

óleo essencial.

O óleo bruto do fruto de sucupira apresenta potencial antimicrobiano sobre

desenvolvimento de fungos (Alternaria brassicae, Fusarium oxysporum, Rhizoctonia

solani e Ceratocystis fimbriata) e bactérias (Clavibacter michiganensis subsp.

michiganensis, Xanthomonas campestris pv. Campestris e Pseudomonas syringae)

fitopatogênicos (SILVA et al., 2005).

O extrato etanólico bruto da casca de P. emarginatus apresentou atividade

antimicrobiana contra bactérias Gram positivas, Gram negativas e contra o fungo C.

albicans, criando perspectivas para o uso das cascas da P. emarginatus como agente

antimicrobiano (BUSTAMANTE et al., 2010). O extrato aquoso dos frutos de P.

pubescens não possui atividade bactericida ou bacteriostática contra Pseudomonas

aeruginosa, Escherichia coli e Staphylococcus aureus. Já o extrato hidroalcoólico inibiu

o desenvolvimento de S. aureus (SANTOS et al 2010).

Propriedades anti-inflamatórias foram testadas por alguns autores. O extrato

da casca de sucupira apresenta, também, propriedades anti-inflamatórias. CARVALHO

et al. (1999) observaram diminuição da formação de tecido granulomatoso com o uso

do extrato hexanóico. MORAES et al. (2012) atribuíram aos compostos lupeol e

betulina as atividades anti-inflamatórias e antinociceptivas do extrato etanólico. O óleo

essencial das sementes de Pteredon emarginatus promove efeitos marcantes

antiulcerogênicos e anti-inflamatórios, que é, em parte, uma consequência da

modulação do óxido nítrico e interleucina-1 pelo óleo essencial (DUTRA et al. 2009).

PEREIRA et al. 2010 verificaram efeito antiproliferativo de células leucêmicas

humanas, devido à alteração na expressão de ciclina D1 e E2.

Com relação à toxicidade de Pterodon sp., PUCCI et al. (2007), utilizando as

doses de 2000 e 5000 mg/Kg de peso corporal do extrato etanólico bruto da casca de

P.emarginatus, não observaram efeitos tóxicos agudos ou mortalidade dos

camundongos, o que poderia indicar baixa toxicidade desse extrato. Porém, SANT’ANA

et al. (2012) descrevem um surto de intoxicação natural por Pterodon emarginatus no

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qual 84 bovinos ingeriram folhas e frutos da planta após a queda acidental de uma

árvore. Todos os 84 animais adoeceram e sete vieram a óbito. Várias alterações foram

encontradas após análises clínicas macroscópicas e microscópicas. Portanto, para que

seja feito o uso seguro dos produtos derivados de Pterodon sp., segere-se que sejam

realizados testes de toxicidade e sensibilidade espécie-específicos.

A maioria dos estudos que comprovam as atividades dos óleos e extratos de

Pterodon sp. são realizados in vitro, sendo raros os testes in vivo e ainda mais difíceis

de serem encontrados relatos dos derivados dessa planta para uso animal. No entanto,

as pesquisas in vitro evidenciam o potencial da atividade antimicrobiana dessa planta

sobre vários agentes microbianos de importância na saúde pública e estimula a

pesquisa pelo uso da mesma nos sistemas de produção animal.

Assim, objetivou-se com o presente estudo a elucidação dos efeitos da

inclusão dos óleos de sucupira ou copaíba na ração sobre o desempenho zootécnico,

digestibilidade das rações e características do sistema digestório de frangos.

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REFERÊNCIAS

1. AFONSO, A.P. Biologia reprodutiva e polinização de Pterodon pubescens Benth. e Pterodon polygalaeflorus Benth. (Fabacea-Papilionoideae) em áreas de cerrado do Distrito Federal. 1997. 69f. Dissertação (Mestrado em Botânica) – Instituto

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CAPITULO 2. DESEMPENHO E METABOLIZABILIDADE DE NUTRIENTES DE

FRANGOS DE CORTE ALIMENTADOS COM RAÇÃO CONTENDO ÓLEO DE

SUCUPIRA OU COPAÍBA

RESUMO: Foram realizados dois experimentos, um com óleo de sucupira e outro com óleo de copaíba com 350 pintos de corte Cobb 500®, machos, criados em baterias até 35 dias de idade. Os experimentos foram delineados em blocos casualizados com sete tratamentos e cinco repetições. As variáveis zootécnicas avaliadas foram o ganho em peso, o consumo de ração e o índice de conversão alimentar até 21 dias de idade. A metabolizabilidade da matéria seca e da proteína bruta foi avaliada em três ensaios metabólicos conduzidos de quatro a sete dias, de 18 a 21 dias e de 28 a 31 dias de idade. As rações foram isonutritivas à base de milho e farelo de soja atendendo as exigências nutricionais propostas pelas tabelas brasileiras. A análise estatística foi realizada com o Software SAS e aplicado o teste de Tukey (5%) para comparar as médias. A inclusão dos níveis de 100 e 500 ppm de óleo de sucupira não apresentou diferenças em relação aos controles em nenhuma das idades avaliadas no desempenho. Já a adição de 900 e 1300 ppm do mesmo óleo produziu resultados inferiores em todo o período experimental. Quanto à inclusão de óleo de copaíba, apenas o nível mais alto de copaíba (1300 ppm) piorou o desempenho comparado aos demais tratamentos. No ensaio de digestibilidade realizado de quatro a sete dias de idade, aves consumindo dieta controle e 100 e 500 ppm de óleo de sucupira promoveram resultados semelhantes ao promotor avilamicina e ao prebiótico MOS para digestibilidade da matéria seca e balanço de nitrogênio. Os níveis mais altos do óleo de sucupira promoveram menores balanços de nitrogênio. A digestibilidade da matéria-seca não foi alterada por nenhum aditivo às rações. Na ração inicial (18-21 dias de idade). a digestibilidade da matéria-seca, novamente, não foi afetada pelos aditivos. O balanço de nitrogênio foi menor para 900 ppm, MOS e controle negativo; e ainda pior para 1300 ppm. O promotor avilamicina produziu resultados semelhantes à menor inclusão (100 ppm) e ambos, produziram melhores resultados para balanço e retenção de nitrogênio. Para o coeficiente de metabolizabilidade do nitrogênio, o grupo controle negativo apresentou resultados semelhantes ao grupo prebiótico. Na dieta de crescimento (28-31 dias), o balanço de nitrogênio foi maior para o nível de inclusão de 500 ppm, assim como a retenção do mesmo. Porém, na digestibilidade da matéria-seca, todos os níveis de inclusão proporcionaram resultados semelhantes. Utilizando óleo de copaíba adicionado às rações, no ensaio metabólico da dieta pré-inicial, nenhum dos aditivos testados produziu efeitos distintos nas variáveis pesquisadas. O balanço de nitrogênio no grupo tratado com avilamicina foi o maior valor entre todos os tratamentos. A digestibilidade da matéria-seca não diferiu entre os tratamentos. De 28 aos 31 dias de idade, o balanço de nitrogênio para o tratamento com antibiótico foi maior que o controle negativo, mas não diferiu do MOS e de 100, 500 e 900 ppm de inclusão. Não foram observadas diferenças na retenção de nitrogênio ou na digestibilidade da matéria-seca. Os dados não possibilitam a indicação do nível ideal de inclusão, mas sugere-se que sejam estudadas, em pesquisas posteriores, os menores níveis (100 e 500 ppm) pois apresentaram melhores resultados. Palavras chave: Copaifera, fitogênicos, promotores de crescimento alternativos,

Pterodon.

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CHAPTER 2. PERFORMANCE AND NUTRIENTS METABOLIZABILITY OF BROILER

FED RATIONS CONTAINING SUCUPIRA OIL OR COPAIBA OIL

ABSTRACT: Two experiments were conducted, one with Sucupira oil and another with

Copaiba oil using 350 broiler chickens each, Male Cobb 500 ®, reared in cages until 35 days of age. The experiments were designed as randomized complete block, with seven treatments and five replications. Zootechnical variables assessed were weight gain, feed intake and feed conversion ratio up to 21 days old. The metabolization of dry matter and crude protein was evaluated in three metabolic tests conducted in four to seven days, 18-21 days and 28-31 days of age. Isonutritives diets were formulated based on corn and soybean meal meeting the nutritional requirements proposed by the Brazilian tables. The weight gain, feed intake and feed conversion ratio were evalueted at seven, 14 and 21 days old. Statistical analysis was performed through the procedure GLM do software SAS and the Tukey test (5%) for comparing averages. The inclusion levels of 100 and 500 ppm oil sucupira showed no differences from controls in any of the ages. Already addition levels of 900 and 1300 ppm of the same oil produced during the entire experimental period, worse performance results. Regarding the inclusion of copaiba, only the highest level of copaiba (1300 ppm) promoted growth performance inferior to other treatments. In the digestibility trial with oil sucupira performed in four to seven days old birds consuming the control diet, and the levels of 100 and 500 ppm oil promoted similar results to the promoter avilamycin and prebiotic MOS in dry matter digestibility and in nitrogen balance. Higher levels of sucupira oil promoted lower values for nitrogen balance. The dry-matter digestibility was not altered by any additive to animal feed. With the starter diet (18-21 days old) the dry-matter digestibility, again, was not affected by any of the additives. Nitrogen balance was lower for 900 ppm of oil, MOS and negative control, and even worse for the highest level of inclusion (1300 ppm). The antibiotic avilamycin promoter produced similar results to the lower inclusion (100 ppm) and both produced better results for the variables nitrogen balance and nitrogen retention. For the coefficient of nitrogen metabolization, the negative contorl group showed similar results to the group treated with prebiotic. In the assay with the growth diet (days 28-31) nitrogen balance was greater for inclusion level of 500 ppm, even as the retention of nitrogen. However, the dry-matter digestibility of all inclusion levels provided similar results. Using copaiba oil added to the diets, the metabolism trial of pre-starter diet, none of the additives tested produced significantly different effects on variables. Nitrogen balance in the group treated with avilamycin was the highest value found among all treatments. The dry-matter digestibility did not differ among treatments. From 28 to 31 days of age nitrogen balance obtained with the antibiotic treatment was higher than the negative control, but was not different from MOS or levels 100, 500 and 900 ppm of inclusion. No differences were observed in the retention of nitrogen or dry-matter digestibility. The data are contradictory in relation to an optimum level of inclusion, but it is suggested that further research be studied in the lower levels (100 e 500 ppm) that showed better results. Key words: alternative growth promoters, Copaifera, phytogenic, Pterodon.

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2.1 INTRODUÇÃO

O uso de antibióticos como promotores de crescimento (APCs) tem sido cada

vez mais restrito na cadeia de produção de carnes. A possibilidade de indução de

resistência bacteriana e a transferência da resistência a outras bactérias devido ao uso

de APCs (PALERMO NETO et al., 2005) são os principais fatores responsáveis por

essas restrições.

Estão sendo testados produtos alternativos aos APCs que possam manter os

índices produtivos e a qualidade do produto final, além de serem financeiramente

viáveis (DIBNER & RICHARDS, 2005).

Aditivos fitogênicos são produtos derivados de plantas (extratos e óleos)

usados na alimentação animal para melhorar o desempenho (WINDISCH et al. 2007),

desde que os mesmos não possuam efeito medicamentoso (FASCINA, 2011). Os

fitogênicos inibem o crescimento de microorganismos patogênicos, aumentam a

produção de muco, possuem propriedades antioxidantes e diminuem a produção de

amônia (OETTING, 2005, WINDISCH et al., 2007, HASHEMI & DAVOODI, 2011).

No Brasil, a diversidade de espécies vegetais estimula a busca por produtos

com essas atividades biológicas. A copaíba é encontrada, no Brasil, na região

Amazônica e no Centro-Oeste (ALENCAR, 1982). O óleo é composto por misturas de

sesquiterpenos e diterpenos (VEIGA JUNIOR & PINTO (2002) e utilizado popularmente

como medicamento natural com comprovadas ações antiinflamatórias (EURIDES et al.,

2000; VIRIATO et al. 2009; SANTOS et al. 2012) e antimicricrobianas (BRAGA &

SILVA, 2007; MENDONÇA & ONOFRE, 2009; SANTOS et al., 2008; DEUS et al.,

2011; PIERI et al., 2012).

A sucupira (Pterodon sp.) é característica da vegetação do cerrado

(LORENZI & MATOS, 2002), cujos frutos são do tipo sâmara e circundados por

membrana alada e achatada. Existem câmaras envolvendo a semente e que

armazenam o óleo aromático (AFONSO, 1997). DUTRA et al. (2012) realizaram

triagem fitoquímica de sementes de P.emarginatus e detectaram a presença de

flavonóides, cumarinas, saponinas, triterpenos/esteróides e óleo essencial. Atividades

antimicrobianas (SILVA et al., 2005; BUSTAMANTE et al., 2010; SANTOS et al., 2010)

e antiinflamatórias (CARVALHO et al., 1999; MORAES et al., 2012; DUTRA et al.,

2009) de diferentes produtos derivados da sucupira foram relatadas.

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Essas características fazem dos derivados de Copaifera sp. e Pterodon sp.

candidatos potenciais substitutos dos antibióticos promotores de crescimento em

rações. Assim, busca-se conhecer os efeitos no desempenho de frangos e na

digestibilidade dos nutrientes de rações adicionadas de óleo de sucupira ou copaíba

em diferentes níveis comparados às dietas isentas de promotores, com o promotor

avilamicina e com o prebiótico mananoligossacarídeo (MOS), que constituíram o

objetivo para realização deste trabalho.

2.2 MATERIAL E MÉTODOS

Os experimentos foram conduzidos no Setor de Avicultura do Departamento

de Produção Animal da Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de

Goiás, em Goiânia. Foi realizado um experimento com o óleo de sucupira e outro com

o óleo de copaíba. O projeto foi submetido à avaliação pela Comissão de Ética no Uso

de Animais (CEUA) PRPPG/UFG e aprovado sob o número de protocolo 030/12.

O óleo de copaíba foi adquirido de cooperativa de extrativistas, assim como

os endocarpos alados de sucupira para produção do óleo. O óleo de copaíba foi

extraído diretamente do seio lenhoso do caule das árvores, e o óleo de sucupira foi

obtido por compressão das sementes à frio. Ambos foram analisados quanto à pureza

e padronizados pelo Laboratório de Pesquisa em Produtos Naturais da Faculdade de

Farmácia da Universidade Federal de Goiás. Foi feito o doseamento para os teores de

β-cariofileno, sendo 21,31% do óleo de copaíba e 7,36% do óleo de sucupira.

Foram alojados em cada experimento 350 pintos de um dia de idade,

machos, Cobb 500®, provenientes de matrizes com 32 semanas de idade. Os pintos

foram avaliados no momento do alojamento quanto à hidratação, cicatrização umbilical

e comportamento. Em seguida, foram pesados e distribuídos nas parcelas com

uniformidade de pesos entre as mesmas. Os pintos foram alojados em gaiolas de

arame galvanizado, com dimensões de 0,50 m x 0,40 m x 0,40 m.

Cada gaiola foi equipada com um bebedouro tipo calha e um comedouro na

parte frontal. A limpeza dos bebedouros foi feita diariamente, assim como a troca de

água e o abastecimento dos comedouros duas vezes ao dia. Água e ração foram

disponibilizadas à vontade para as aves durante todo o período experimental.

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A temperatura e a umidade foram monitoradas constantemente por

termômetros e higrômetros para possíveis intervenções. Foi fornecido iluminação às

aves 24 horas por dia durante todo o período experimental.

O delineamento dos experimentos foi em blocos casualizados, e o andar das

gaiolas considerado o critério para escolha dos blocos. Os experimentos foram feitos

utilizando óleo de sucupira ou de copaíba, com sete tratamentos cada e cinco

repetições.

Os tratamentos utilizados foram:

- Controle negativo (Ração pré-inicial, inicial e crescimento sem aditivo promotor);

- Nível 100 ppm (Uso de 100 mg de óleo de sucupira ou copaíba por quilograma de

ração pré-inicial, inicial e crescimento);

- Nível 500 ppm (Uso de 500 mg de óleo de sucupira ou copaíba por quilograma de

ração pré-inicial, inicial e crescimento);

- Nível 900 ppm. Uso de 900 mg de óleo de sucupira ou copaíba por quilograma de

ração pré-inicial, inicial e crescimento;

- Nível 1300 ppm. Uso de 1300 mg de óleo de sucupira ou copaíba por quilograma de

ração pré-inicial, inicial e crescimento;

- Prébiótico mananoligossacarídeo (MOS). Uso de 800 mg por quilograma de ração nas

dietas pré-inicial e inicial, e 400 mg por quilograma de ração na dieta de crescimento;

- Antibiótico promotor de crescimento Avilamicina. Uso de 50 mg por quilograma de

ração.

As rações experimentais foram formuladas com o auxílio do software

SuperCrac 5.7 Master (TD Software, 2005) para serem isonutritivas e à base de milho e

farelo de soja atendendo as exigências nutricionais de cada fase de criação de acordo

com as tabelas brasileiras para aves e suínos (ROSTAGNO et al., 2011).

A composição da ração basal (controle negativo) está apresentada na

Tabela 1 e o amido foi utilizado na substituição dos óleos de copaíba ou sucupira. Os

óleos foram primeiramente misturados ao óleo de soja, homogenizados e adicionados

junto aos demais ingredientes no misturador.

As variáveis utilizadas para avaliação do desempenho zootécnico foram

ganho em peso, o consumo de ração e índice de conversão alimentar. As aves foram

pesadas com um, sete, 14 e 21 dias de idade. A quantidade de ração fornecida e as

sobras de ração foram pesadas semanalmente a partir da primeira semana do

experimento.

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TABELA 1. Composição percentual e nutricional das rações experimentais basais

Ingredientes Pré-Inicial (1-7dias)

Inicial (8-21 dias)

Crescimento (22-31 dias)

Milho 55,29 59,82 62,05 Farelo de Soja 38,25 34,67 31,54 Óleo de soja 2,05 1,88 2,99 Fosfato Bicálcico 1,90 0,99 1,28 Calcário Calcítico 0,90 1,24 0,85 Sal Comum 0,50 0,49 0,45 DL-Metionina 99% 0,36 0,29 0,26 L-Lisina HCL 0,29 0,21 0,19 Amido 0,20 0,20 0,20 L-treonina 98% 0,11 0,06 0,04 Suplemento vitamínico1 0,10 0,10 0,10 Suplemento mineral2 0,05 0,05 0,05

TOTAL 100,00 100,00 100,00

Valores calculados3

Energia metabolizável kcal/kg 2950,00 3000,00 3100,00 Proteína (%) 22,20 20,80 19,50 Lisina digestível (%) 1,31 1,17 1,07 Metionina +Cistina digestíveis 0,94 0,84 0,78 Cálcio (%) 0,92 0,81 0,73 Fósforo disponível (%) 0,47 0,39 0,34 Sódio (%) 0,22 0,21 0,20 1Suplemento vitamínico - níveis de garantia por quilograma de produto: 3.125.000 UI Vitamina A,

550.000 UI Vitamina D3, 3.750 mg Vitamina E, 625 mg Vitamina K3, 250 mg Vitamina B1, 1.125 mg Vitamina B2, 250 mg Vitamina B6, 3.750mg Vitamina B12, 9.500 mg Niacina, 3.750 mg Pantotenato de cálcio, 125 mg Ácido fólico, 350.000 mg DL-metionina, 150.000 mg Cloreto de colina 50%, 50 mg Selênio, 2.500 mg Antioxidante, 1.000 g Veículo q.s.p. 2Suplemento mineral – níveis de garantia por quilograma de produto: Manganês 150.000mg, Zinco

100.000mg, Ferro 100.000mg, Cobre 16.000mg, Iodo 1.500mg. 3Valores calculados baseados em ROSTAGNO et al. (2011).

Para cálculo dos coeficientes de metabolizabilidade da matéria seca e da

proteína bruta foram realizados três ensaios metabólicos. Cada ensaio metabólico feito

referente à fase de criação. O ensaio de 4-7 dias de idade foi conduzido com a dieta

pré-inicial, o ensaio de 18-21 com a dieta inicial e o ensaio de 28-31 com a dieta de

crescimento. Utilizou-se a técnica de coleta total de excretas, respeitando o período de

adaptação à ração e ao ambiente recomendados por SAKOMURA & ROSTAGNO

(2007). Foram utilizadas cinco repetições por tratamento, com dez, nove e quatro aves

por parcela no primeiro, segundo e terceiro ensaio.

As excretas foram coletadas duas vezes ao dia (manhã e tarde) em três dias

consecutivos. Foram armazenadas em sacos plásticos identificados, pesadas e

congeladas para posteriores análises.

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As análises de matéria seca (MS) e nitrogênio (N) foram realizadas no

Laboratório de Nutrição Animal da Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade

Federal de Goiás seguindo a metodologia descrita por SILVA & QUEIROZ (2002).

Com os resultados das análises bromatológicas foram calculados os

coeficientes de digestibilidade da matéria-seca (Dig. MS), balanço de nitrogênio (BN),

coeficiente de digestibilidade do nitrogênio (BN) e retenção de nitrogênio (RN), cujas

fórmulas utilizadas foram:

- Dig.MS (%) = [MS ingerida (g) – MS excretada (g)] x 100 / MS ingerida

- BN (g) = N ingerido MS (g) – N excretado (g)

- BN (%) = (N ingerido MS (g) – N excretado (g)) x 100 / N ingerido MS (g)

- RN (mg N/g ganho em peso) = BN (g) x 1000 / ganho em peso (g)

A análise estatística dos dados obtidos foi realizada por intermédio do

Software SAS (2004). Os dados foram submetidos à análise de variância (PROC GLM),

e posteriormente, foi adotado o teste de Tukey (5% de probabilidade) para comparação

das médias distintas.

2.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Em todo o período experimental não foram observadas diferenças

significativas na mortalidade entre os tratamentos.

Na tabela 2, no experimento com óleo de sucupira, tem-se que aos sete dias

de idade houve diferença entre os tratamentos para peso médio aos sete dias de idade

(p<0,0001), ganho em peso (p<0,0001), consumo de ração (p<0,0001) e conversão

alimentar (p<0,0027). Dietas com 900 ppm e 1300 ppm de óleo de sucupira na ração

pré-inicial resultaram em menor consumo de ração e, consequentemente, menores

ganho em peso na primeira semana e peso final. A dieta com 1300 ppm na ração

promoveu o pior índice de conversão alimentar entre os tratamentos.

Aos 14 dias de idade também se obtiveram diferenças significativas entre os

tratamentos (Tabela 3). O peso final aos 14 dias (p<0,0001), o consumo de ração

(p<0,0001) e o ganho em peso (p<0,0001) foram menores nos tratamentos com 900 e

1300 ppm de óleo de sucupira na ração. Porém, diferentemente dos sete dias de idade,

essas reduções não foram suficientes para alterar o índice de conversão alimentar.

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TABELA 2. Desempenho aos sete dias de frangos alimentados com rações

adicionadas de óleo de sucupira

Tratamentos Peso médio

alojamento (g) Peso

médio (g) Ganho em peso

médio (g) Consumo de

ração (g) Conversão alimentar

Nível zero 40,1 142,2a* 102,1a 105,6a 1,036a

Nível 100 ppm 40,2 138,2a 98,0a 107,2a 1,094ab

Nível 500 ppm 40,4 140,2a 99,8a 107,0a 1,074ab

Nível 900 ppm 40,4 119,0b 78,6b 89,5b 1,140bc

Nível 1300 ppm 40,0 103,8c 63,8c 76,7b 1,205c

Prebiótico 40,3 142,0a 101,7a 110,9a 1,092ab

Antibiótico 40,4 147,6a 107,2a 115,6a 1,079ab

Probabilidade1 0,7760 <0,0001 <0,0001 <0,0001 0,0027

C. V. (%)1 1,42 4,84 7,02 6,55 4,38 *Letras iguais na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%. 1Probabilidade, probabilidade da análise de variância; C. V., coeficiente de variação.

TABELA 3. Desempenho aos 14 dias de frangos alimentados com rações adicionadas

de óleo de sucupira

Tratamentos Peso

médio (g) Ganho em peso

médio (g) Consumo de

ração (g) Conversão alimentar

Nível zero 376,4a* 336,3a 417,2a 1,241

Nível 100 ppm 379,0a 338,8a 422,7a 1,248

Nível 500 ppm 370,1a 329,7a 414,2a 1,257

Nível 900 ppm 270,5b 230,2b 299,4b 1,301

Nível 1300 ppm 239,8b 199,7b 260,8b 1,311

Prebiótico 378,0a 337,7a 429,0a 1,272

Antibiótico 385,2a 344,8a 440,8a 1,279

Probabilidade1 <0,0001 <0,0001 <0,0001 0,1700

C. V. (%)1 5,22 5,89 4,97 3,20 *Letras iguais na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%. 1Probabilidade, probabilidade da análise de variância; C. V., coeficiente de variação.

Aos 21 dias de idade (Tabela 4), houve diferença significativa para os

parâmetros de peso final (p<0,0001), ganho em peso (p<0,0001) e consumo de ração

(p<0,0001). O tratamento com 1300 pmm de óleo de sucupira na ração produziu menor

peso final aos 21 dias e menor ganho em peso comparado aos demais tratamentos.

Dietas com 900 e 1300 ppm foram estatisticamente iguais na redução do consumo de

ração das aves.

Os maiores níveis de inclusão do óleo de sucupira produziram consumos de

ração muito inferiores aos demais tratamentos, fato que refletiu diretamente em

menores ganhos em peso semanais e, consequentemente, menor peso médio final.

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31

As aves não são reconhecidas como animais sensíveis à palatabilidade das

rações comparadas a outras espécies. Porém, estudos que avaliaram essa

característica na espécie são escassos na literatura. Extratos e ervas adicionados à

ração dos animais podem melhorar a palatabilidade da ração, aumentando assim o

desempenho da produção (WINDISCH et al., 2007). Portanto, é possível que a relação

inversa também possa ocorrer na utilização de produtos amargos ou adstringentes na

ração. O óleo de sucupira tem sabor bastante amargo, o que pode ter sido

determinante na redução do consumo de ração.

BARRETO (2007) realizou teste piloto com frangos para verificação do

consumo de ração com diferentes níveis de extrato de pimenta a fim de avaliar se

haveria prejuízo na ingestão de ração. Pode-se sugerir que em experimentos futuros

seja realizada a triagem dos níveis por testes de consumo.

TABELA 4. Desempenho aos 21 dias de frangos alimentados com rações adicionadas

de óleo de sucupira

Tratamentos Peso

médio (g) Ganho em peso

médio (g) Consumo de

ração (g) Conversão alimentar

Nível zero 743,7a* 703,5a 961,6a 1,367

Nível 100 ppm 761,0a 720,8a 977,9a 1,356

Nível 500 ppm 744,9a 704,4a 958,2a 1,360

Nível 900 ppm 565,1b 524,7b 704,3b 1,343

Nível 1300 ppm 498,3c 458,3c 632,7b 1,382

Prebiótico 747,1a 706,8a 979,2a 1,387

Antibiótico 754,7a 714,2a 987,2a 1,383

Probabilidade1 <0,0001 <0,0001 <0,0001 0,3043

C. V. (%)1 4,50 4,79 4,84 2,57 *Letras iguais na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%. 1Probabilidade, probabilidade da análise de variância; C. V., coeficiente de variação.

Em nenhuma das idades avaliadas foram observadas diferenças entre as

dietas controle, com prebiótico e com antibiótico. Tal fato pode ser justificado pela

ausência de desafios ambientais. O efeito do antibiótico como promotor é mais

expressivo em condições sanitárias deficitárias em que há maior desafio ao sistema

imunológico e o estado de saúde das aves está reduzido (THOMKE & ELWINGER,

1998). Os prebióticos, assim como os antibióticos, possuem como principal ação a

modulação do ambiente intestinal, e a ação local pode não ser traduzida em melhoria

no desempenho de animais em condições favoráveis ao desenvolvimento.

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Com o uso de óleo de copaíba adicionado a ração, aos sete dias de idade as

variáveis de ganho em peso (p=0,03) e peso final (p=0,03) apresentaram diferenças

significativas entres os tratamentos (Tabela 5) e destaca-se a diferença entre 100 ppm

e o 1300 ppm, apresentando resultados melhores e piores, respectivamente.

KOIYAMA (2012), ao utilizar 200 ppm de óleo-resina de copaíba Copaifera

officinalis na ração, obteve resultados de ganho em peso e consumo de ração

semelhantes ao controle negativo na fase pré-inicial, e ambos foram menores do que

os resultados apresentados pelo tratamento com o promotor virginiamicina.

TABELA 5. Desempenho aos sete dias de frangos alimentados com rações

adicionadas de óleo de copaíba

Tratamentos Peso médio

alojamento (g) Peso

médio (g) Ganho em peso

médio (g) Consumo de

ração (g) Conversão alimentar

Nível zero 40,1 142,2ab* 102,1ab 105,6 1,036

Nível 100 ppm 40,3 148,1a 107,8a 109,3 1,015

Nível 500 ppm 40,3 140,0ab 99,7ab 109,0 1,094

Nível 900 ppm 40,4 142,2ab 101,8ab 106,7 1,048

Nível 1300 ppm 40,3 134,7b 94,4b 103,5 1,096

Prebiótico 40,3 142,0ab 101,7ab 110,9 1,092

Antibiótico 40,4 147,6a 107,2a 115,6 1,079

Probabilidade1 0,7200 0,0300 0,0300 0,0900 0,2100

C. V. (%)1 1,44 4,07 5,72 6,63 5,61 *Letras iguais na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%. 1Probabilidade, probabilidade da análise de variância; C. V., coeficiente de variação.

TABELA 6. Desempenho aos 14 dias de frangos alimentados com rações adicionadas

de óleo de copaíba

Tratamentos Peso

médio (g) Ganho em peso

médio (g) Consumo de

ração (g) Conversão alimentar

Nível zero 376,4ab* 336,3ab 417,2ab 1,241

Nível 100 ppm 396,5a 356,3a 433,0ab 1,269

Nível 500 ppm 381,7ab 341,4ab 402,7b 1,239

Nível 900 ppm 394,1a 353,7a 414,6ab 1,219

Nível 1300 ppm 363,9b 323,7b 405,0ab 1,275

Prebiótico 378,0ab 337,7ab 427,7ab 1,268

Antibiótico 385,2ab 344,8ab 440,8a 1,279

Probabilidade1 0,0300 0,0300 0,0500 0,2800

C. V. (%)1 3,58 4,03 4,32 3,35 *Letras iguais na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%. 1Probabilidade, probabilidade da análise de variância; C. V., coeficiente de variação.

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Aos 14 dias de idade foram encontradas diferenças estatísticas entre peso

final aos 14 dias (p=0,03), ganho em peso médio (p=0,03) e consumo de ração

(p=0,05), com os dados apresentados na Tabela 6. Os resultados para peso final e

ganho em peso seguem os mesmos resultados observados aos sete dias de idade,

com diferenças significativas entre os níveis de 100 ppm e 1300 ppm. Para a variável

de consumo de ração, há diferenças entre 500 ppm e o controle positivo (antibiótico).

Aos 21 dias de idade, diferenças significativas só foram encontradas na

variável de consumo de ração corrigida pela mortalidade (Tabela 7). Sendo que os

níveis de 100 ppm e 500 ppm foram distintos, o maior e o menor consumo,

respectivamente.

Utilizando óleo de C. reticulata na ração, FERNANDES NETO et al. (2010)

observaram que aos 21 dias de idade, aves consumindo dietas com 0,15 mL/Kg de

óleo de copaíba (menor nível testado) apresentaram peso corporal semelhante ao

tratamento com virginiamicina.

TABELA 7. Desempenho aos 21 dias de frangos alimentados com rações adicionadas

de óleo de copaíba

Tratamentos Peso

médio (g) Ganho em peso

médio (g) Consumo de

ração (g) Conversão alimentar

Nível zero 743,7 703,5 961,6 1,367

Nível 100 ppm 780,8 740,5 1014,5 1,370

Nível 500 ppm 758,9 718,6 968,7 1,349

Nível 900 ppm 761,7 721,3 962,8 1,337

Nível 1300 ppm 717,1 676,8 927,6 1,371

Prebiótico 747,1 706,8 979,2 1,387

Antibiótico 754,7 714,2 987,2 1,383

Probabilidade1 0,2683 0,2720 0,0595 0,6570

C. V. (%)1 4,15 4,39 3,36 3,07 1Probabilidade, probabilidade da análise de variância; C. V., coeficiente de variação.

Os ensaios de digestibilidade feitos com as rações pré-iniciais, iniciais e de

crescimento com os óleos de sucupira estão apresentados nas tabelas 8 a 13.

No ensaio realizado de quatro a sete dias de idade no experimento com óleo

de sucupira, na dieta controle e nos níveis de inclusão de 100 e 500 ppm de óleo

promoveram resultados semelhantes ao promotor avilamicina e ao prebiótico MOS na

digestibilidade da matéria seca e no balanço de nitrogênio (Tabela 8). Níveis mais altos

de inclusão do óleo de sucupira promoveram os menores valores para o balanço de

nitrogênio, valores explicados pela redução no consumo de ração e,

consequentemente no consumo de matéria-seca e de nitrogênio. Assim, as excretas

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apresentaram níveis reduzidos de nitrogênio e as aves os menores ganhos em peso. A

digestibilidade da matéria-seca não foi alterada por nenhum aditivo às rações.

TABELA 8. Ensaio metabólico em frangos de 4 a 7 dias de idade alimentados com rações adicionadas de óleo de sucupira

Tratamentos Dig MS1 (%) BN1 (g) BN1 (%) RN1

(mg N/g GP)

Nível zero 72,2 7,9ab 50,2ab 13,3 Nível 100 ppm 72,1 7,9ab 51,7ab 14,0 Nível 500 ppm 72,2 9,9a 56,8a 17,3 Nível 900 ppm 71,0 7,1bc 54,0ab 16,6 Nível 1300 ppm 69,0 4,9c 44,8b 13,8 Prebiótico 73,5 8,9ab 54,5ab 15,0 Antibiótico 71,8 9,8a 55,3a 15,9

Probabilidade2 0,2178 <0,0001 0,0189 0,0315 C. V. (%)2 3,58 14,01 9,76 13,52 *Letras iguais na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%. Dig.MS, coeficiente de digestibilidade da matéria seca; BN (g), balanço de nitrogênio; BN(%), coeficiente de metabolizabilidade do nitrogênio; RN (mg N/g GP), retenção de nitrogênio. 2Probabilidade, probabilidade da análise de variância; C. V., coeficiente de variação.

Ao avaliar os resultados do ensaio metabólico realizado com a ração inicial

(18-21 dias de idade), apresentados na Tabela 9, constatou-se que a digestibilidade da

matéria-seca, novamente, não foi afetada por nenhum dos aditivos.

TABELA 9. Ensaio metabólico em frangos de 18 a 21 dias de idade alimentados com

rações adicionadas de óleo de sucupira

Tratamentos Dig MS1

(%) BN1 (g) BN1 (%)

RN1 (mg N/g GP)

Nível zero 74,2 22,5c 44,7cd 14,0c Nível 100 ppm 73,9 28,6ab 53,5ab 18,3ab Nível 500 ppm 73,9 26,6b 49,6bc 17,6b Nível 900 ppm 74,5 22,2c 52,8ab 17,3b Nível 1300 ppm 74,0 13,8d 42,0d 12,3c Prebiótico 74,1 21,1c 43,7cd 14,0c Antibiótico 74,2 31,4a 56,4a 20,7a

Probabilidade2 0,7803 <0,0001 <0,0001 <0,0001 C. V. (%)2 1,73 7,06 6,05 8,23 *Letras iguais na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%. Dig.MS, coeficiente de digestibilidade da matéria seca; BN (g), balanço de nitrogênio; BN(%), coeficiente de metabolizabilidade do nitrogênio; RN (mg N/g GP), retenção de nitrogênio. 2Probabilidade, probabilidade da análise de variância; C. V., coeficiente de variação.

O consumo, matéria-seca ingerida, quantidade de excretas produzidas e a

matéria-seca excretada foram significativamente menores para as dietas com 900 e

1300 ppm de óleo de sucupira. O balanço de nitrogênio foi menor para os níveis de 900

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ppm, MOS e controle negativo; e ainda pior para 1300 ppm. O antibiótico promotor

avilamicina produziu resultados semelhantes à menor inclusão (100 ppm) e ambos

produziram melhores resultados para balanço e retenção de nitrogênio. Para o

coeficiente de metabolizabilidade do nitrogênio, o grupo controle negativo apresentou

resultados semelhantes ao grupo tratado com prebiótico.

No ensaio realizado com a dieta de crescimento (28-31 dias) a quantidade

de nitrogênio ingerido foi maior nos níveis de 500 ppm que nos demais tratamentos,

semelhantes apenas ao antibiótico (Tabela 10). Quanto à matéria seca excretada,

somente é nítida a diferença entre 500 e 1300 ppm de óleo de sucupira, com o maior e

o menor valor excretado, respectivamente. O balanço e a retenção de nitrogênio foram

maior para a dieta com 500 ppm. Porém, na digestibilidade da matéria-seca, todos os

níveis de inclusão proporcionaram resultados semelhantes.

TABELA 10. Ensaio metabólico em frangos de 28 a 31 dias de idade alimentados com

rações adicionadas de óleo de sucupira

Tratamentos Dig MS1

(%) BN1 (g) BN1 (%)

RN1 (mg N/g GP)

Nível zero 73,9ab 16,5bc 48,9b 19,0b Nível 100 ppm 74,1ab 19,5bc 54,4ab 19,1b Nível 500 ppm 72,4ab 27,3a 61,8a 27,4a Nível 900 ppm 71,0b 15,6c 47,2b 16,0b Nível 1300 ppm 74,2ab 13,5c 44,1b 15,5b Prebiótico 75,9ab 17,4bc 53,3ab 16,9b

Antibiótico 77,0a 22,9ab 62,3 a 22,0ab

Probabilidade2 0,0419 <0,0001 0,0003 0,0006 C. V. (%)2 3,78 18,26 11,80 20,18 *Letras iguais na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%. Dig.MS, coeficiente de digestibilidade da matéria seca; BN (g), balanço de nitrogênio; BN(%), coeficiente de metabolizabilidade do nitrogênio; RN (mg N/g GP), retenção de nitrogênio. 2Probabilidade, probabilidade da análise de variância; C. V., coeficiente de variação.

No experimento utilizando óleo de copaíba adicionado às rações, nenhum dos

aditivos testados produziu efeitos significativamente distintos nas variáveis pesquisadas

no primeiro ensaio metabólico (Tabela 11). Já no segundo ensaio (18 e 21 dias de

idade), para consumo de ração, matéria-seca ingerida e nitrogênio ingerido, os

resultados dos grupos controle negativo, MOS e antibiótico apresentaram semelhança.

A matéria-seca ingerida foi menor no grupo com adição de 900 ppm de óleo de copaíba

na ração. O balanço de nitrogênio no grupo tratado com avilamicina foi o maior valor

encontrado entre todos os tratamentos. A digestibilidade da matéria-seca não diferiu

entre os tratamentos (Tabela 12).

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TABELA 11. Ensaio metabólico em frangos de 4 a 7 dias de idade alimentados com

rações adicionadas de óleo de copaíba

Tratamentos Dig MS1

(%) BN1 (g) BN1 (%)

RN1 (mg N/g GP)

Nível zero 72,2 7,9 50,2 13,3 Nível 100 ppm 69,0 8,9 51,8 14,3 Nível 500 ppm 72,1 9,0 55,0 15,3 Nível 900 ppm 71,5 9,8 58,9 17,8 Nível 1300 ppm 71,4 9,5 57,8 17,3 Prebiótico 73,5 8,8 54,5 15,0 Antibiótico 72,8 9,8 55,3 15,9

Probabilidade2 0,5129 0,4287 0,2562 0,0904 C. V. (%)2 4,47 16,14 10,61 15,99 *Letras iguais na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%. Dig.MS, coeficiente de digestibilidade da matéria seca; BN (g), balanço de nitrogênio; BN(%), coeficiente de metabolizabilidade do nitrogênio; RN (mg N/g GP), retenção de nitrogênio. 2Probabilidade, probabilidade da análise de variância; C. V., coeficiente de variação.

TABELA 12. Ensaio metabólico em frangos de 18 a 21 dias de idade alimentados com

rações adicionadas de óleo de copaíba

Tratamentos Dig MS1

(%) BN1 (g) BN1 (%)

RN1 (mg N/g GP)

Nível zero 74,2 22,5bc 44,7b 14,0b Nível 100 ppm 73,8 25,4b 50,1ab 15,4b Nível 500 ppm 71,9 22,0bc 46,4b 14,2b Nível 900 ppm 73,5 18,4c 41,6b 13,4b Nível 1300 ppm 74,2 19,4bc 43,7b 17,0ab Prebiótico 74,1 21,1bc 43,7b 14,0b Antibiótico 74,2 31,4a 56,4a 20,7a

Probabilidade2 0,1260 <0,0001 0,0001 0,0004 C. V. (%)2 1,87 13,01 9,07 15,24 *Letras iguais na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%. Dig.MS, coeficiente de digestibilidade da matéria seca; BN (g), balanço de nitrogênio; BN(%), coeficiente de metabolizabilidade do nitrogênio; RN (mg N/g GP), retenção de nitrogênio. 2Probabilidade, probabilidade da análise de variância; C. V., coeficiente de variação.

Dos 28 aos 31 dias de idade, no ensaio metabólico realizado, o balanço de

nitrogênio obtido com o tratamento com antibiótico foi maior que o controle negativo,

mas não diferiu do MOS e dos níveis de 100, 500 e 900 ppm de inclusão. Os dados

sobre diferenças observadas nas variáveis de consumo, matéria-seca ingerida e

nitrogênio ingerido não foram conclusivas. Não foram observadas diferenças na

quantidade de excreta produzida, matéria-seca excretada, ganho em peso no período,

retenção de nitrogênio ou digestibilidade da matéria-seca (Tabela 13).

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TABELA 13. Ensaio metabólico em frangos de 28 a 31 dias de idade alimentados com

rações adicionadas de óleo de copaíba

Tratamentos Dig MS1

(%) BN1 (g) BN1 (%)

RN1 (mg N/g GP)

Nível zero 73,9 16,5b 49,0b 19,0 Nível 100 ppm 73,5 18,3ab 52,1ab 18,7 Nível 500 ppm 74,8 18,2ab 47,2b 16,5 Nível 900 ppm 75,0 18,0ab 51,1ab 16,8 Nível 1300 ppm 73,5 16,2b 51,3ab 16,1 Prebiótico 75,9 17,4ab 53,3ab 16,9 Antibiótico 77,0 22,9a 62,3a 22,0

Probabilidade2 0,2452 0,0487 0,0146 0,1247 C. V. (%)** 3,23 17,25 11,49 18,96 *Letras iguais na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%. Dig.MS, coeficiente de digestibilidade da matéria seca; BN (g), balanço de nitrogênio; BN(%), coeficiente de metabolizabilidade do nitrogênio; RN (mg N/g GP), retenção de nitrogênio. 2Probabilidade, probabilidade da análise de variância; C. V., coeficiente de variação.

O caráter inédito da pesquisa dos efeitos dos óleos de copaíba e de sucupira

no desempenho e na digestibilidade de frangos dificultam a comparação dos dados. A

comparação dos dados obtidos com extratos e óleos vegetais de outras espécies

vegetais não se justifica, já que a composição dos óleos é específica e bastante

variável. Como interferentes na composição química da planta e na quantifidade dos

princípios ativos têm-se as espécies e subespécies, época de colheita e parte da planta

coletada para processamento (BRENES & ROURA, 2010). Devido a esse conjunto de

fatos, pode ser atribuída a variabilidade de resultados dos trabalhos publicados com

fitogênicos.

Sugere-se que sejam estudados, em pesquisas posteriores, os menores

níveis de inclusão associadas a avaliações de outras variáveis.

2.4 CONCLUSÃO

O óleo de sucupira nas rações empequenos níveis de inclusão (100 ppm e

500 ppm) podem ser utilizados nas rações de frangos, pois resultam em desempenho e

digestibilidade das dietas semelhantes aos controles. Quanto à inclusão de óleo de

copaíba, o nível mais alto de copaíba (1300 ppm) promove desempenho zootécnico

inferior, sendo os demais tratamentos semelhantes aos controles.

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REFERÊNCIAS

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CAPÍTULO 3. PESOS RELATIVOS E COMPRIMENTO DE ÓRGÃOS DO SISTEMA

DIGESTÓRIO, HISTOMORFOMETRIA E AVALIAÇÃO ULTRAESTRUTURAL DO

INTESTINAL DE FRANGOS ALIMENTADOS COM RAÇÕES ADICIONADAS DE

ÓLEOS DE COPAÍBA OU SUCUPIRA

RESUMO: Foram conduzidos dois experimentos com 350 pintos cada, machos, Cobb

500®, com peso médio inicial de 40,3g ± 0,5g, utilizando como aditivo nas rações óleo de copaíba e sucupira comparados à avilamicina e ao prebiótico mananoligossacarídeo. Os experimentos foram delineados em blocos casualizados com sete tratamentos e cinco repetições. Foram elaboradas rações pré-iniciais, iniciais e de crescimento à base de milho e farelo de soja, formuladas de acordo com as exigências nutricionais de cada fase. Aos sete, 21 e 35 dias de idade foram feitas necropsias para coleta órgãos para análise. Foi calculado o peso relativo de órgãos do sistema digestório e anexos, e medido o comprimento do intestino. Fragmentos de duodeno, jejuno e íleo foram coletados para confecção de lâminas histológicas. Foram medidas a altura de vilos e a profundidade de criptas da mucosa intestinal aos sete, 21 e 35 dias de idade. Aos 21 dias, foi coletado fragmento para avaliação por microscopia eletrônica de varredura dos segmentos intestinais. As análises de variância e o teste Tukey ou Duncan a 5% de significância foram feitas utilizando o software SAS. A inclusão de óleos de sucupira e copaíba nas rações não promoveu alterações distintas dos controles no peso relativo e comprimento de órgãos do trato-gastrintestinal. Na análise histomorfométrica, a inclusão de óleo de sucupira, aos 21 dias de idade no nível de 500 ppm promoveu maior relação vilo-cripta no jejuno das aves. Já aos 35 dias, o nível de 900 ppm promoveu maiores alturas de vilo e relação vilo-cripta no duodeno; e o nível de 500 ppm maior relação vilo-cripta no jejuno. Com a inclusão de óleo de copaíba, aos sete dias o nível de 500 ppm proporcionou maior relação vilo-cripta no duodeno; e no íleo o nível de 1300 ppm promoveu maior altura de vilos. Aos 21 dias, no duodeno, os níveis de 100 e 1300 ppm possibilitaram maiores valores de altura de vilos; e o nível de 1300 ppm produziu maior relação vilo-cripta. No jejuno, o nível de 1300 ppm e o MOS produziram maiores valores de altura de vilos, e o nível de 1300 ppm maior relação vilo-cripta. No íleo, os níveis de 100, 500 e 1300 ppm promoveram maior relação vilo-cripta. Aos 35 dias, no duodeno o nível de 500 ppm foi semelhante ao antibiótico com maior altura de vilo. No jejuno, o nível de 500 e 900 promoveram maiores alturas de vilo, e os níveis de 100 e 900 ppm maior relação vilo-cripta. A inclusão de ambos os óleos não promoveram alterações ultraestruturais na superfície intestinal dos vilos e microvilosidades.

Palavras-chave: aditivos, Copaifera, fitogênicos, Pterodon.

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CHAPTER 3. RELATIVE WEIGTHS AND LENGTH OF DIGESTIVE SYSTEM

AND INTESTINAL HISTOMORPHOMETRY AND ULTRASTRUCTURAL

EVALUATION OF BROILERS FED DIETS ADDED COPAIBA OIL OR

SUCUPIRA OIL

ABSTRACT: Two experiments were conducted with 350 chicks each, male Cobb 500 ®, with an average initial weight of 40.3 g ± 0.5 g, using as feed additive copaiba oil and sucupira. The experiments were designed as randomized complete block design with seven treatments and five replications. Were prepared pre-starter, initial and growth diets based on corn and soybean meal, formulated according to the nutritional requirements. At seven, 21 and 35 days of age, one bird per replicate was chosen to calculated the relative weight of the digestive organs, and measured the length of the intestine. Fragments of duodenum, jejunum and ileum were collected for preparation of histological slides. Were measured villus height and crypt depth of intestinal mucosa. At 21 days old, fragment was collected for evaluation by scanning electron microscopy of the intestinal segments. Analyses of variance and the Tukey test at 5% significance level were performed to compare averages of relative weights and lengths of digestive organs, and Duncan test for histomorphometrics paramerters, using SAS software. The inclusion of sucupira and copaiba oils in the diet did not change the effects that were observed in the controls treatments in relative weight and length of gastrointestinal organs. In histomorphometric analysis, the inclusion of sucupira oil, at 21 days of age at 500 ppm promoted greater villous-crypt ratio in the jejunum of birds. At 35 days old, the level of 900 ppm produced greater heights and villous-crypt ratio in the duodenum, and the level of 500 ppm greater villous-crypt ratio in the jejunum. With the inclusion of copaiba oil, after seven days the level of 500 ppm provided greater villous-crypt ratio in the duodenum, ileum and in the level of 1300 ppm promoted greater villus height. At 21 days, in duodenum evaluation, the levels of 100 ppm and 1300 enabled higher values of villus height, and the level of 1300 ppm produced a greater villous-crypt ratio. In the jejunum, the level of 1300 ppm and prebiotic produced higher villus height, and the level of 1300 ppm greater villous-crypt ratio. In ileum, the levels of 100, 500 and 1300 ppm promoted greater villous-crypt ratio. After 35 days, the duodenum level was similar to 500 ppm with higher antibiotic villus height. In the jejunum, the level 500 and 900 provided greater villus heights, and levels of 100 and 900 ppm highest villous-crypt ratio. The inclusion of both oils did not cause ultrastructural changes in the surface intestinal villi and microvilli.

Key-words: Additive, Copaifera, phytogenic, Pterodon.

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3.1 INTRODUÇÃO

Pesquisas sobre produtos que possam ser promotores alternativos aos

antibióticos promotores de crescimento (APC) visam obter os mesmos índices

produtivos dos antibióticos, produzir produtos de qualidade e inócuos, além de serem

financeiramente viáveis (DIBNER & RICHARDS, 2005).

Dentre os aditivos alternativos pesquisados encontram-se os derivados de

plantas (extratos e óleos) usados na alimentação animal para melhorar o desempenho

de animais de produção fitogênicos (WINDSCH et al. 2007), e os mesmos não

possuem efeito medicamentoso (FASCINA, 2011). Os fitogênicos inibem o crescimento

de microorganismos patogênicos, modulam a produção de muco, possuem ação

antioxidante e diminuem a produção de amônia (OETTING, 2005, WINDISCH et al.,

2007, HASHEMI & DAVOODI, 2011).

Fatores relacionados à composição do produto fitogênico podem influenciar

os resultados de experimentos, como a época e método de colheita da planta, estado

de maturação da planta, método de conservação do produto vegetal, duração do

armazenamento e possível efeito sinérgico ou antagônico dos compostos bioativos

(BRENES & ROURA, 2010).

A copaíba é encontrada, no Brasil, na região Amazônica e no Centro-Oeste

(ALENCAR, 1982). Óleos-resinas de copaíba são misturas de sesquiterpenos e

diterpenos (VEIGA JUNIOR & PINTO, 2002). O óleo da copaíba é bastante utilizado

popularmente como fitoterápico. Relatos publicados na literatura comprovaram

atividades antiinflamatórias (EURIDES et al., 2000; VIRIATO et al., 2009; SANTOS et

al., 2012) e antimicricrobianas (BRAGA & SILVA, 2007; MENDONÇA & ONOFRE,

2009; SANTOS et al., 2008; DEUS et al, 2011; PIERI et al., 2012).

A sucupira (Pterodon sp.) é característica da vegetação do cerrado

(LORENZI & MATOS, 2002). Os frutos do tipo sâmara são circundados por membrana

alada e achatada. Envolvendo a semente existem câmaras que armazenam o óleo

aromático (AFONSO, 1997). DUTRA et al. (2012) em triagem fitoquímica de sementes

de P.emarginatus detectaram a presença de flavonóides, cumarinas, saponinas,

triterpenos/esteróides e óleo essencial.

Atividades antimicrobianas (SILVA et al., 2005; BUSTAMANTE et al., 2010;

SANTOS et al., 2010) e antiinflamatórias (CARVALHO et al., 1999; MORAES et al.,

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2012; DUTRA et al., 2009) de diferentes produtos da sucupira foram testadas por

vários autores, com bons resultados.

Os resultados in vitro auxiliam a descoberta ou a confirmação da ação de um

princípio ativo, porém resultados de experimentos in vivo demonstram a dificuldade de

sobrepor os efeitos observados in vitro para uso in vivo (SCHEUERMANN et al., 2009).

DIBNER & RICHARDS (2005) sugerem que as pesquisas sobre produtos

alternativos a antibióticos utilizem que as propriedades e efeitos relevantes dos

antibióticos como base para seleção e combinação dos promotores alternativos.

Pesquisou-se no presente trabalho os efeitos dos óleos de copaíba e

sucupira sobre a morfologia do trato-gastrintestinal (peso relativo, comprimento, análise

histomorfométrica e ultraestrutural de intestino) de frangos de corte, devido ao potencial

demonstrado por esses óleos em testes de ação antimicrobianas e antiinflamatórias

confirmadas in vitro.

3.2 MATERIAL E MÉTODOS

Os procedimentos experimentais foram submetidos à avaliação e aprovados

(protocolo 030/12) pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) PRPPG/UFG.

Os experimentos foram conduzidos no Setor de Avicultura do Departamento de

Produção Animal da Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de

Goiás, em Goiânia. Foram realizados dois ensaios, utilizando óleo de sucupira e outro

utilizando óleo de copaíba.

O óleo-resina de copaíba foi adquirido de cooperativa de extrativistas, assim

como as sementes de sucupira para produção do óleo. O óleo de sucupira foi

produzido por método de compressão à frio das sementes. O óleo de sucupira foi

produzido pelo Laboratório de Pesquisa em Produtos Naturais da Faculdade de

Farmácia da Universidade Federal de Goiás, e juntamente com o óleo adquirido de

copaíba foram analisados quanto à pureza e padronizados. Foi feito o doseamento

para os teores de β-cariofileno, sendo 21,31% do óleo de copaíba e 7,36% do óleo de

sucupira.

Foram alojados 350 pintos de um dia, machos, linhagem Cobb 500®, em

cada experimento. Os pintos foram alojados em gaiolas metálicas 0,50 m x 0,40 m x

0,40m e criados nas mesmas até 35 dias de idade. Ao longo do período experimental a

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densidade de aves por gaiola foi ajustada de acordo com o crescimento das mesmas,

sendo alojadas dez aves por gaiola.

O delineamento dos experimentos foi em blocos casualizados, e o andar das

gaiolas considerado o critério para escolha dos blocos. Os experimentos foram feitos

utilizando óleo de sucupira ou de copaíba, com sete tratamentos cada e cinco

repetições.

Os tratamentos utilizados foram:

- Controle negativo (Nível zero). Ração basal pré-inicial, inicial e crescimento sem

aditivo promotor;

- Nível 100 ppm. Uso de 100 mg de óleo de sucupira ou copaíba por quilograma de

ração basal pré-inicial, inicial e crescimento;

- Nível 500 ppm. Uso de 500 mg de óleo de sucupira ou copaíba por quilograma de

ração basal pré-inicial, inicial e crescimento;

- Nível 900 ppm. Uso de 900 mg de óleo de sucupira ou copaíba por quilograma de

ração basal pré-inicial, inicial e crescimento;

- Nível 1300 ppm. Uso de 1300 mg de óleo de sucupira ou copaíba por quilograma de

ração basal pré-inicial, inicial e crescimento;

- Prébiótico mananoligossacarídeo (MOS). Uso de 800 mg por quilograma de ração

basal nas dietas pré-inicial e inicial, e 400 mg por quilograma de ração na dieta de

crescimento;

- Antibiótico promotor de crescimento Avilamicina. Uso de 50 mg por quilograma de

ração basal.

As rações basais foram formuladas com auxílio do software SuperCrac 5.7

Master (TD Software, 2005) à base de milho e farelo de soja atendendo as exigências

nutricionais de cada fase de criação recomendadas por ROSTAGNO et al. (2011).

Foram consideradas as idades de um a sete dias para a fase pré-inicial, de oito a 21

para a fase inicial e de 22 a 35 para a fase de crescimento.

A ração basal (controle negativo) está apresentada na Tabela 1 e o amido foi

utilizado na substituição dos óleos de copaíba ou sucupira. Os óleos foram

primeiramente misturados ao óleo de soja, homogenizados e adicionados junto aos

demais ingredientes no misturador.

As variáveis pesquisadas foram peso relativo do proventrículo e moela, dos

intestinos, do pâncreas e do fígado; comprimento de cada segmento do intestino

delgado (duodeno, jejuno e íleo); altura de vilos, profundidade de cripta e relação

vilo:cripta. A avaliação ultraestrutural de segmentos do intestino das aves foi feita

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através de inspeção visual por microscopia eletrônica de varredura das estruturas

absortivas intestinais.

TABELA 1. Composição percentual e nutricional das rações experimentais basais

Ingredientes Pré-Inicial (1-7dias)

Inicial (8-21 dias)

Crescimento (22-31 dias)

Milho 55,29 59,82 62,05 Farelo de Soja 38,25 34,67 31,54 Óleo de soja 2,05 1,88 2,99 Fosfato Bicálcico 1,90 0,99 1,28 Calcário Calcítico 0,90 1,24 0,85 Sal Comum 0,50 0,49 0,45 DL-Metionina 99% 0,36 0,29 0,26 L-Lisina HCL 0,29 0,21 0,19 Amido 0,20 0,20 0,20 L-treonina 98% 0,11 0,06 0,04 Suplemento vitamínico1 0,10 0,10 0,10 Suplemento mineral2 0,05 0,05 0,05

TOTAL 100,00 100,00 100,00

Valores calculados3

Energia metabolizável kcal/kg 2950,00 3000,00 3100,00 Proteína (%) 22,20 20,80 19,50 Lisina digestível (%) 1,31 1,17 1,07 Metionina +Cistina digestíveis 0,94 0,84 0,78 Cálcio (%) 0,92 0,81 0,73 Fósforo disponível (%) 0,47 0,29 0,34 Sódio (%) 0,22 0,21 0,20 1Suplemento vitamínico - níveis de garantia por quilograma de produto: 3.125.000 UI Vitamina A,

550.000 UI Vitamina D3, 3.750 mg Vitamina E, 625 mg Vitamina K3, 250 mg Vitamina B1, 1.125 mg Vitamina B2, 250 mg Vitamina B6, 3.750mg Vitamina B12, 9.500 mg Niacina, 3.750 mg Pantotenato de cálcio, 125 mg Ácido fólico, 350.000 mg DL-metionina, 150.000 mg Cloreto de colina 50%, 50 mg Selênio, 2.500 mg Antioxidante, 1.000 g Veículo q.s.p. 2Suplemento mineral – níveis de garantia por quilograma de produto: Manganês 150.000mg, Zinco

100.000mg, Ferro 100.000mg, Cobre 16.000mg, Iodo 1.500mg. 3Valores calculados baseados em ROSTAGNO et al. (2011).

Uma ave por repetição foi necropsiada aos sete, 21 e 35 dias. Essas aves

representavam o peso médio da parcela, eram clinicamente normais, e passaram por

jejum de quatro a seis horas. Todas as aves necropsiadas, e em todas as idades,

foram insensibilizadas por inalação de dióxido de carbono previamente ao

deslocamento cervical. O procedimento de necropsia foi realizado conforme os

procedimentos recomendados para inspeção de higidez de aves domésticas. Todos os

órgãos e sistemas foram avaliados visualmente e não apresentaram alterações

macroscópicas.

Os órgãos do sistema digestório e anexos foram separados e pesados em

balança semi-analítica, e o comprimento do intestino e suas porções medidos com

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47

auxílio de réguas e fitas métricas. De cada porção do intestino delgado (duodeno,

jejuno e íleo) foram coletados fragmentos com aproximadamente dois centímetros

destinados à análise histológica. Aos 21 dias de idade foi coletado, além do fragmento

para a histologia, um fragmento de cada porção destinado à análise em microscopia

eletrônica de varredura.

Os fragmentos do intestino destinados à histologia foram coletados, fixados

em solução de formalina a 10%, tamponada em pH 7,2, por um período de 24 horas.

Após a fixação os fragmentos de intestino foram transferidos para um cassete

histológico e armazenados em álcool 70% até o início do processamento do material no

Laboratório de Técnicas Histológicas do Instituto de Ciências Biológicas da

Universidade Federal de Uberlândia.

O procedimento padrão utilizado pelo laboratório de histologia consiste em

banhos com o total de uma hora em concentrações crescentes de álcool (70%, 85%,

95% e absoluto PA). Os cassetes passaram por três soluções de xilol sendo meia-hora

em cada, e em seguida por três banhos de parafina líquida antes de serem fixados no

bloco de parafina. Os blocos com o material incluído foram congelados até momentos

antes do corte feito em micrótomo. Foram feitos cortes com espessura aproximada de

cinco micrômetros, semi-seriados com intervalo de, no mínimo, 50 micrômetros entre

eles.

As lâminas foram coradas pela técnica de Hematoxilina e Eosina (LUNA,

1968) e submetidas à avaliação em microscópio óptico, no qual foram feitas capturas

de imagens. As imagens capturadas foram analisadas com auxílio do sofware LAS-EZ

(2012), no qual se realizou medidas de altura de vilo e profundidade de cripta.

Para a preparação de amostras destinadas à análise em microscópio

eletrônico de varredura, fragmentos do duodeno, jejuno e íleo foram coletados e

acondicionados em frascos contendo solução conservadora de glutaraldeído 3%.

Foram lavados em solução tampão fosfato 0,1 M, pH 7,6, passaram por desidração em

concentrações crescentes de álcool e foram encaminhados para o Laboratório

Multiusuário de Microscopia – LabMic da UFG. As amostras passaram para a câmara

de secagem do aparelho de secagem em ponto crítico, no qual toda a umidade

restante da amostra foi substituída por dióxido de carbono líquido. As amostras foram

devidamente distribuídas no porta-objetos e cobertas por uma camada de ouro. As

amostras prontas foram submetidas a análise em microscópio eletrônico de varredura

(Jeol JSM 6610).

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48

Fez-se a avaliação visual da integridade dos tecidos e foram capturadas

imagens de cada tratamento.

A comparação dos pesos relativos e o comprimento de órgãos do sistema

digestório e avaliação histológica do intestino (duodeno, jejuno e íleo) foi realizada pela

ANOVA pelo procedimento GLM do software SAS (Statistical Analysis System, version

9.0). Foi adotado o teste de Tukey a 5% de probabilidade para peso relativo de órgãos

e comprimento relativo do intestino. O teste de Duncan, também a 5% de significância,

foi utilizado para comparar as medidas de altura de vilo, profundidade de cripta e

relação vilo-cripta entre os tratamentos.

3.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Aos sete dias de idade, a diferença entre as médias dos tratamentos

testados no experimento utilizando óleo de sucupira foi significativa para as variáveis

de pesos relativos do intestino, fígado e pâncreas (Tabela 2). O peso relativo total do

intestino foi menor em aves consumindo a dieta controle (sem nenhum aditivo)

comparada aos níveis de 100, 900 e 1300 ppm de óleo de sucupira, sendo que o

mesmo não diferiu dos tratamentos com adição do antibiótico ou com o MOS.

TABELA 2. Pesos relativos e comprimento de órgãos do trato gastrintestinal e anexos

de frangos alimentados com rações adicionadas de óleo de sucupira aos sete dias de

idade

Tratamento

Comprimento Peso relativo

IT (cm)1

ID (cm)1

IG (cm)1

IT (%)1

P+M (%)1

F (%)1

P (%)1

Nível zero 84,4 80,6 9,2 7,86b* 5,61 3,91ab 0,45b

Nível 100 ppm 85,0 81,4 9,6 9,62a 5,76 4,02a 0,57ab

Nível 500 ppm 92,6 88,6 10,0 9,32ab 5,80 3,62ab 0,65a

Nível 900 ppm 94,8 91,8 9,8 9,66a 5,64 3,73ab 0,52ab

Nível 1300 ppm 85,6 81,8 8,2 9,86a 5,98 3,43b 0,46b

Prebiótico 90,2 80,6 9,2 8,65ab 5,40 3,61ab 0,55ab

Antibiótico 89,8 85,0 10,0 8,81ab 5,01 3,57ab 0,49ab

Probabilidade2 0,1000 0,1200 0,2700 0,0042 0,0800 0,0200 0,0200

C. V. (%)2 7,25 7,50 13,05 8,56 8,62 7,05 17,21 *Letras iguais na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%. 1IT, intestino total; ID, intestino delgado; IG, intestino grosso; E+P, esôfago e papo; P+M, pró-ventrículo e

moela; F, fígado; P, pâncreas. 2Probabilidade, probabilidade da análise de variância; C. V., coeficiente de variação.

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O peso relativo do pâncreas do controle negativo foi semelhante ao maior

nível (1300 ppm) e distintos do nível de 500 ppm.

Na tabela 3 encontram-se os dados referentes à avaliação aos 21 dias de

idade de aves arraçoadas com dietas adicionadas de óleo de sucupira. Houve

diferença significativa no comprimento do intestino total e, também, do intestino grosso.

A diferença percebida no comprimento do intestino total foi entre o tratamento MOS

que foi menor que o nível de 500 ppm. Os níveis de inclusão de óleo não foram

significativamente distintos entre si. Os tratamentos com prebiótico e antibiótico

apresentaram pesos relativos de intestinos menores do que a inclusão de 500, 900, e

1300 ppm de óleo de sucupira. No comprimento do intestino grosso, os tratamentos

500 ppm e 1300 ppm foram o maior e o menor, respectivamente.

Efeitos significativos foram observados no peso relativo do conjunto pró-

ventrículo e moela e os maiores níveis de inclusão foram semelhantes ao controle

negativo e possibilitaram maiores pesos. No peso relativo do pâncreas, foi encontrada

diferença entre os tratamentos com a inclusão de 1300 ppm e o prebiótico, sendo o

peso relativo do tratamento com o MOS inferior. Não houve diferença entre os níveis de

inclusão testados.

As médias de peso relativo de fígado foram estatísticamente distintas na

análise de variância, porém, não identificadas no teste de Tukey a 5%.

TABELA 3. Pesos relativos e comprimento de órgãos do trato gastrintestinal e anexos

de frangos alimentados com rações adicionadas de óleo de sucupira aos

21 dias de idade

Tratamentos Comprimento Peso relativo

IT (cm)1

ID (cm)1

IG (cm)1

IT (%)1

P+M (%)1

F (%)1

P (%)1

Nível zero 124,8ab* 119,2 13,0ab 5,18bc 2,62abc 2,65 0,37ab

Nível 100 ppm 133,2ab 128,0 13,0ab 5,65abc 2,50c 2,73 0,34ab

Nível 500 ppm 137,0a 136,2 13,4a 6,51a 2,58bc 2,93 0,38ab

Nível 900 ppm 123,8ab 119,8 11,0ab 5,79ab 3,08a 2,85 0,36ab

Nível 1300 ppm 128,0ab 124,4 10,4b 6,83a 2,98ab 2,89 0,38a

Prebiótico 123,4b 133,4 13,0ab 5,30bc 2,49c 2,54 0,27b

Antibiótico 132,6ab 127,4 13,8a 4,50c 2,49c 2,47 0,31ab

Probabilidade2 0,0170 0,4890 0,0060 <0,0001 0,0060 0,0320 0,0210

C. V. (%)2 5,22 11,70 11,61 10,56 8,66 8,84 14,36 *Letras iguais na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%. 1IT, intestino total; ID, intestino delgado; IG, intestino grosso; E+P, esôfago e papo; P+M, pró-ventrículo e

moela; F, fígado; P, pâncreas. 2Probabilidade, probabilidade da análise de variância; C. V., coeficiente de variação.

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50

Aos 35 dias de idade, houve diferença significativa somente para peso

relativo do intestino total e do fígado (Tabela 4). O peso relativo do intestino total foi

maior para 900 e 1300 ppm em relação ao controle negativo, efeito observado aos 21

dias de idade. Em relação aos níveis de óleo, os mesmos não diferiram entre si.

Diferentemente do ocorrido na idade anteriormente analisada, o peso relativo de fígado

encontrado com os maiores níveis de inclusão (900 e 1300 ppm) apresentaram maior

peso.

TABELA 4. Pesos relativos e comprimento de órgãos do trato gastrintestinal e anexos

de frangos alimentados com rações adicionadas de óleo de sucupira aos

35 dias de idade

Tratamentos

Comprimento Peso relativo

IT (cm)1

ID (cm)1

IG (cm)1

IT (%)1

P+M (%)1

F (%)1

P (%)1

Nível zero 155,4 140,2 17,8 3,75c* 1,97 1,73b 0,21

Nível 100 ppm 145,2 150,8 18,4 4,22abc 1,96 1,72b 0,23

Nível 500 ppm 153,4 145,0 19,6 4,29abc 2,03 1,77b 0,19

Nível 900 ppm 156,6 151,4 17,2 5,05ab 2,13 2,19a 0,18

Nível 1300 ppm 147,4 142,4 18,4 5,27a 2,09 2,23a 0,21

Prebiótico 147,6 135,2 16,0 4,61abc 2,16 1,96ab 0,18

Antibiótico 142,0 136,6 16,2 3,99bc 2,11 1,81b 0,19

Probabilidade2 0,7210 0,6620 0,3990 0,0020 0,8230 <0,0001 0,3650

C. V. (%)2 10,58 12,06 13,49 13,03 12,49 8,97 21,52 *Letras iguais na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%. 1IT, intestino total; ID, intestino delgado; IG, intestino grosso; E+P, esôfago e papo; P+M, pró-ventrículo e

moela; F, fígado; P, pâncreas. 2Probabilidade, probabilidade da análise de variância; C. V., coeficiente de variação.

No ensaio utilizando óleo de copaíba como aditivo à ração, aos sete dias de

idade, as aves apresentaram diferenças significativas somente no peso relativo do

intestino (Tabela 5). O nível de 900 ppm foi significativamente menor que o controle

negativo, e não houve diferenças entre os níveis de inclusão do óleo.

Aos 21 dias de idade, a inclusão de óleo de copaíba em diferentes níveis

não promoveu alterações em nenhuma das variáveis avaliadas (Tabela 6). O mesmo

ocorreu, também, aos 35 dias (Tabela 7).

Diferentemente do observado nesse experimento, KOIYAMA (2012) relatou

menor peso relativo do fígado aos 42 dias de idade em aves que receberam a inclusão

de 200 ppm de óleo-resina de Copaifera officinalis na dieta. Que difere ainda dos

resultados obtidos por FONSECA et al. (2010), em que a inclusão de 0,45mL/kg de

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51

óleo essencial de C. reticulata proporcionou aumento do peso relativo do fígado e

pâncreas.

TABELA 5. Pesos relativos e comprimento de órgãos do trato gastrintestinal e anexos

de frangos alimentados com rações adicionadas de óleo de copaíba aos

sete dias de idade

Tratamentos Comprimento Peso relativo

IT (cm)1

ID (cm)1

IG (cm)1

IT (%)1

P+M (%)1

F (%)1

P (%)1

Nível zero 84,4 80,6 9,2 7,86b* 5,61 3,91 0,45

Nível 100 ppm 90,8 86,8 9,8 8,46ab 5,71 3,57 0,52

Nível 500 ppp 95,8 91,4 10,6 9,18ab 5,25 3,75 0,52

Nível 900 ppm 86,0 92,4 9,6 9,37a 5,38 3,89 0,56

Nível 1300 ppm 91,2 88,2 9,2 9,21ab 5,68 3,64 0,56

Prebiótico 90,2 8,6 9,2 8,65ab 5,40 3,61 0,55

Antibiótico 89,8 85,0 10,0 8,81ab 5,01 3,57 0,49

Probabilidade2 0,2710 0,2690 0,6650 0,0440 0,3870 0,3040 0,2120

C. V. (%)2 8,35 8,47 14,59 8,36 9,97 7,80 13,49 *Letras iguais na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%. 1IT, intestino total; ID, intestino delgado; IG, intestino grosso; E+P, esôfago e papo; P+M, pró-ventrículo e

moela; F, fígado; P, pâncreas. 2Probabilidade, probabilidade da análise de variância; C. V., coeficiente de variação.

TABELA 6. Pesos relativos e comprimento de órgãos do trato gastrintestinal e anexos

de frangos alimentados com rações adicionadas de óleo de copaíba aos

21 dias de idade

Tratamentos Comprimento Peso relativo

IT (cm)1

ID (cm)1

IG (cm)1

IT (%)1

P+M (%)1

F (%)1

P (%)1

Nível zero 124,8 119,2 13,0 5,18 2,62 2,65 0,37

Nível 100 ppm 130,6 125,4 14,2 5,23 2,47 2,58 0,28

Nível 500 ppp 129,8 124,2 13,4 5,11 2,68 2,53 0,3

Nível 900 ppm 132,4 127,8 14,0 5,39 2,61 2,64 0,33

Nível 1300 ppm 132,2 127,6 13,2 5,14 2,63 2,47 0,30

Prebiótico 123,4 133,4 13,0 5,30 2,49 2,54 0,27

Antibiótico 132,6 127,4 13,8 4,50 2,49 2,47 0,31

Probabilidade2 0,3810 0,8700 0,6930 0,1120 0,9390 0,7930 0,0880

C. V. (%)2 6,21 12,1 10,04 9,12 13,67 8,87 16,09 1IT, intestino total; ID, intestino delgado; IG, intestino grosso; E+P, esôfago e papo; P+M, pró-

ventrículo e moela; F, fígado; P, pâncreas. 2Probabilidade, probabilidade da análise de variância; C. V., coeficiente de variação.

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52

TABELA 7. Pesos relativos e comprimento de órgãos do trato gastrintestinal e anexos

de frangos alimentados com rações adicionadas de óleo de copaíba aos

35 dias de idade

Tratamentos

Comprimento Peso relativo

IT (cm)1

ID (cm)1

IG (cm)1

IT (%)1

P+M (%)1

F (%)1

P (%)1

Nível zero 155,4 140,2 17,8 3,75 1,97 1,73 0,21

Nível 100 ppm 14,7 142,8 17,6 4,07 2,10 1,79 0,20

Nível 500 ppp 15,5 150,6 17,4 4,21 2,29 1,81 0,19

Nível 900 ppm 14,5 142,0 18,0 4,08 1,96 1,88 0,16

Nível 1300 ppm 15,7 160,2 20,4 4,00 1,84 1,81 0,20

Prebiótico 147,6 135,2 16,0 4,61 2,16 1,96 0,18

Antibiótico 142,0 136,6 16,2 3,99 2,11 1,81 0,19

Probabilidade2 0,7400 0,5200 0,1600 0,5000 0,5700 0,5300 0,6500

C. V. (%)2 11,39 14,44 12,62 15,26 17,75 9,70 24,09 1IT, intestino total; ID, intestino delgado; IG, intestino grosso; E+P, esôfago e papo; P+M, pró-

ventrículo e moela; F, fígado; P, pâncreas. 2Probabilidade, probabilidade da análise de variância; C. V., coeficiente de variação.

Em nenhum dos ensaios (óleo de sucupira ou copaíba) ou idade foi

observada diferença entre o controle negativo e o tratamento com antibiótico. É

conhecido que o efeito do antibiótico é mais expressivo em situações de desafio

(THOMKE & ELWINGER, 1998), e os principais efeitos são decorrentes da interação

com a microbiota (ALBUQUERQUE, 2005).

OETTING (2005) relata que fitogênicos podem produzir alterações

morfológicas no epitélio intestinal e na morfometria dos órgãos. As mudanças na

morfologia do trato-gastrintestinal e nos tecidos causadas por fitogênicos podem

fornecer informações sobre os possíveis benefícios ao tratogastrointestinal (WINDISCH

et al., 2007). Entretanto, os dados experimentais de peso de órgãos e morfometria

intestinal com o uso de fitogênicos são bastante variáveis, e que diferem dos obtidos no

presente experimento utilizando óleos de sucupira e copaíba.

Os resultados reforçam a hipótese de que os efeitos dos fitogênicos seriam

dependentes da composição do produto vegetal. A composição dos mesmos é passível

de variações de acordo a época e método de colheita da planta, estado de maturação

da planta, método de conservação da droga vegetal, duração do armazenamento e

possível efeito sinérgico ou antagônico dos compostos bioativos (BRENES & ROURA,

2011). Desta forma, cada resultado seria específico para determinado fitogênico

pesquisado.

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53

A análise histomorfométrica dos segmentos intestinais das aves tratadas

com rações adicionadas de óleo de sucupira está apresentada na tabela 8. No

duodeno, a altura de vilo para o nível de inclusão de 500 ppm foi semelhante ao

antibiótico, sendo ambos maiores que os demais tratamentos. Criptas mais profundas

foram encontradas nos tratamentos com níveis de inclusão de 500, 900 e 1300 ppm.

Diferenças na relação vilo-cripta entre os tratamentos não foram significativas.

No jejuno, os níveis 100 e 1300 ppm possibilitaram menores alturas de vilo

que o controle negativo, o tratamento com MOS e com antibiótico. Os tratamentos com

500 e 900 ppm apresentaram criptas mais profundas em comparação com os demais

níveis de inclusão. Já na relação vilo-cripta desse segmento, não houve diferenças

entre os níveis de inclusão, que foram semelhantes ao antibiótico. O controle negativo

foi semelhante ao tratamento com o MOS (os com maiores valores), porém, não diferiu

do maior nível de inclusão (1300 ppm).

No íleo, o nível de 100 ppm e o antibiótico apresentaram maiores valores de

comprimento de vilo que os demais níveis de inclusão, entretanto não diferiu do

controle negativo, prebiótico e antibiótico. Criptas mais profundas foram observadas

nos níveis de 100, 500 ppm e com o MOS, em relação aos demais tratamentos, exceto

o antibiótico. Diferenças conclusivas na relação vilo-cripta somente são observadas

entre o controle negativo e o nível de inclusão de 500 ppm de óleo de sucupira. Esse

nível apresentou menor relação entre os níveis de inclusão, sendo inferior ao controle

negativo e antibiótico.

TABELA 8. Histomorfometria de segmentos intestinais de frangos consumindo dietas

adicionadas de óleo de sucupira aos sete dias de idade

Tratamento

Duodeno Jejuno Íleo

Vilo1

(m)

Cripta1

(m) V/C

1 Vilo

(m)

Cripta

(m) V/C

Vilo

(m)

Cripta

(m) V/C

Nível zero 793,8c* 200,8c 4,07 564,1ab 133,0b 4,40a 478,8ab 129,6b 3,73a

Nível 100 ppm 771,6c 210,0bc 3,85 437,3c 172,3b 2,53b 519,6a 172,6a 3,03abc

Nível 500 ppm 1066,8a 295,3a 3,61 559,0ab 215,4a 2,59b 405,0c 164,9a 2,46c

Nível 900 ppm 883,2bc 275,9ab 3,20 502,6bc 223,6a 2,28b 448,9bc 127,5b 3,52ab

Nível 1300 ppm 856,6bc 289,9a 2,96 461,5c 156,0b 2,96ab 424,5bc 123,3b 3,46ab

Prebiótico 944,2b 260,7ab 3,65 615,0a 145,4b 4,32a 466,7abc 160,6a 2,93bc

Antibiótico 1076,8a 247,6abc 4,39 549,4ab 172,6b 3,22b 519,6a 149,8ab 3,51ab

Probabilidade2

0,0002 0,0100 0,18 0,002 0,001 0,002 0,01 0,003 0,012

C. V. (%)2

7,3 12,0 17,4 8,0 12,6 18,4 7,8 8,8 11,7

*Letras iguais na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%. 1Vilo, altura de vilo; Cripta, profundidade de cripta; V/C, relação vilo-cripta.

2Probabilidade, probabilidade da análise de variância; C. V., coeficiente de variação.

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Aos 21 dias de idade, as aves consumindo rações adicionadas com os

níveis de óleo de sucupira (Tabela 9) não obtiveram diferenças na altura de vilos do

duodeno em relação ao grupo controle negativo, porém os resultados dos níveis de

100, 500 e 1300 ppm foram maiores que o antibiótico. O tratamento com o MOS

possibilitou os menores valores para altura de vilos. Para a profundidade de criptas, os

níveis de 900 e 1300 ppm resultaram em maiores valores, seguidos pelos níveis de

100, 500 ppm e o controle negativo. Os menores valores de profundidade de cripta

foram encontrados para os tratamentos com antibiótico e prebiótico. Devido aos

maiores valores de altura de vilos para as inclusões de óleo de sucupira terem sido

acompanhados por maiores valores de profundidade de cripta, a relação vilo-cripta não

foi alterada pela inclusão de nenhum aditivo.

No jejuno, diferenças claras somente foram observadas entre a altura de vilo

do nível de inclusão de 500 ppm (maior) e o nível de 900 ppm que foi semelhante ao

antibiótico. Os controle negativo e níveis de 100 e 900 ppm produziram maiores valores

de profundidade de cripta que o tratamento com antibiótico e o nível de 500 ppm de

inclusão. A relação vilo-cripta na dieta com inclusão de 500 ppm possibilitou o maior

valor entre todos os tratamentos, indicando possíveis incrementos na morfologia

intestinal ao utilizar esse nível de inclusão de óleo de sucupira nessa idade. No íleo,

nenhum dos aditivos promoveu alterações significativas em nenhuma das variáveis

analisadas.

TABELA 9. Histomorfometria de segmentos intestinais de frangos consumindo dietas

adicionadas de óleo de sucupira aos 21 dias de idade

Tratamento

Duodeno Jejuno Íleo

Vilo1

(m)

Cripta1

(m) V/C

1 Vilo

(m)

Cripta

(m) V/C

Vilo

(m)

Cripta

(m) V/C

Nível zero 1432,3ab* 300,2bc 4,81 852,4bcd 221,8a 3,85de 581,6 176,3 3,31

Nível 100 ppm 1402,7ab 316,0b 4,46 827,0cd 215,6a 3,95cde 563,8 223,4 2,54

Nível 500 ppm 1540,6a 309,0b 3,56 972,9a 159,8b 6,14a 622,1 204,8 3,04

Nível 900 ppm 1304,2bc 387,7a 3,36 816,9d 232,5a 3,54e 564,9 185,9 3,04

Nível 1300 ppm 1440,9ab 406,2a 3,56 934,5abc 192,1ab 4,90cb 487,5 187,8 2,60

Prebiótico 1032,6d 235,7d 4,40 965,5ab 200,6ab 4,81ced 619,7 195,3 3,19

Antibiótico 1235,2c 264,2cd 4,67 805,5d 155,9b 5,16b 638,8 211,5 3,04

Probabilidade2

<0,0001 <0,0001 0,5121 0,0138 0,0344 0,0004 0,3296 0,2970 0,0538

C. V. (%)2

6,16 6,76 26,46 7,02 14.67 11.39 13,51 12,26 10,15

*Letras iguais na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%. 1Vilo, altura de vilo; Cripta, profundidade de cripta; V/C, relação vilo-cripta.

2Probabilidade, probabilidade da análise de variância; C. V., coeficiente de variação.

Page 69: ADIÇÃO DE ÓLEOS DE COPAÍBA (Copaifera sp.) E SUCUPIRA ... · A digestibilidade da matéria-seca não foi alterada por nenhum aditivo às rações. De quatro a sete dias de idade,

55

Na tabela 10, aos 35 dias de idade, a inclusão de 900 ppm possibilitou

maiores alturas de vilo no duodeno, semelhantes ao antibiótico. Maior profundidade de

cripta e relação vilo-cripta foram observadas nesse mesmo nível em relação aos outros

tratamentos, que não diferiram entre si.

No jejuno, comparando os efeitos entre os níveis, o nível de 500 ppm foi

semelhante ao nível de 1300 ppm, e o nível de 100 ppm semelhante ao nível de 900

ppm. O nível de 1300 ppm apresentou maior altura de vilo comparado com o

antibiótico. Não foram significativas as diferenças entre os tratamentos na profundidade

de criptas do jejuno. A relação vilo-cripta do nível de 500 ppm foi o maior valor

encontrado, seguidos pelos tratamentos com o antibiótico, controle negativo e 1300

ppm.

No íleo, diferenças entre os diferentes níveis de inclusão de óleo de sucupira

não foram observadas para as variáveis de altura de vilo e profundidade de cripta. O

prebiótico proporcionou o maior valor para altura de vilo entre os tratamentos, assim

como os maiores valores de profundidade de cripta, não sendo distintos do tratamento

com antibiótico. As diferenças entre a relação vilo-cripta do íleo é de difícil

interpretação, mas é possível afirmar que não houve diferença entre os níveis de

inclusão.

TABELA 10. Histomorfometria de segmentos intestinais de frangos consumindo

dietas adicionadas de óleo de sucupira aos 35 dias de idade

Tratamento

Duodeno Jejuno Íleo

Vilo1

(m)

Cripta1

(m) V/C

1 Vilo

(m)

Cripta

(m) V/C

Vilo

(m)

Cripta

(m) V/C

Nível zero 1103,8d* 281,5bc 4,02b 1024,2ab 217,6 4,72b 667,6c 192,9b 3,46bc

Nível 100 ppm 1173,4cd 254,7bc 4,60b 914,7cd 251,1 3,66c 689,4bc 183,8b 3,80abc

Nível 500 ppm 1245,1cd 272,8bc 4,56b 1015,3ab 169,2 6,03a 793,7abc 178,6b 4,45a

Nível 900 ppm 1593,9a 242,4c 6,59a 864,4d 195,3 3,29c 749,8abc 181,2b 4,14ab

Nível 1300 ppm 1320,1bc 357,9a 3,75b 1045,0a 225,2 4,64b 798,4abc 181,3b 4,42a

Prebiótico 1255,1cd 286,2bc 4,39b 978,0abc 287,2 3,41c 844,3a 252,0a 3,36c

Antibiótico 1475,2ab 318,3bc 4,71b 951,7bc 208,6 4,56b 803,6ab 216,4ab 3,75abc

Probabilidade2

0,0002 0,0197 0,0008 0,0031 0,3061 <0,0001 0,0037 0,0005 0,0005

C. V. (%)2

7,02 12,24 12,24 4,77 25,87 8,45 6,01 8,17 6,69

*Letras iguais na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%. 1Vilo, altura de vilo; Cripta, profundidade de cripta; V/C, relação vilo-cripta.

2Probabilidade, probabilidade da análise de variância; C. V., coeficiente de variação.

Page 70: ADIÇÃO DE ÓLEOS DE COPAÍBA (Copaifera sp.) E SUCUPIRA ... · A digestibilidade da matéria-seca não foi alterada por nenhum aditivo às rações. De quatro a sete dias de idade,

56

Com relação à inclusão de óleo de copaíba na ração, aos sete dias de idade

(Tabela 11), no duodeno, os níveis de inclusão do mesmo não diferiram entre si. Os

níveis de 100, 500 e 900 ppm foram menores que o antibiótico, porém não diferiram do

controle negativo. Para os valores de profundidade de cripta, todos os níveis foram

similares ao antibiótico. Na relação vilo-cripta, o nível de 500 ppm apresentou menores

valores em relação ao antibiótico, sendo os demais tratamentos semelhantes ao

promotor. Na comparação somente entre os níveis, os níveis mais altos de inclusão

proporcionaram maiores valores de relação vilo-cripta.

No jejuno não foram observadas diferenças entre as variáveis

histomorfométricas. No íleo somente a diferença entre altura de vilos foi significativa.

Entre os níveis de inclusão de óleo de copaíba, o nível de 1300 ppm promoveu o

menor valor para altura de vilos, os outros níveis não diferiram entre si. O nível de 1300

ppm foi semelhante ao controle negativo, tratamento com MOS e o antibiótico.

TABELA 11. Histomorfometria de segmentos intestinais de frangos consumindo dietas

adicionadas de óleo de copaíba aos sete dias de idade

Tratamento

Duodeno Jejuno Íleo

Vilo1

(m)

Cripta1

(m) V/C

1 Vilo

(m)

Cripta

(m) V/C

Vilo

(m)

Cripta

(m) V/C

Nível zero 793,86c* 200,8c 4,07abc 564,1 133,0 4,40 478,8cd 129,6 3,73

Nível 100 ppm 895,2bc 251,7abc 3,58bc 553,1 169,0 3,43 570,2a 168,9 3,38

Nível 500 ppm 913,3bc 290,3a 3,15c 581,8 170,0 3,45 528,6ab 162,4 3,30

Nível 900 ppm 928,3bc 227,9bc 4,08abc 590,9 166,4 3,55 547,7ab 165,6 3,31

Nível 1300 ppm 986,7ab 200,8bc 4,98a 590,8 173,4 3,41 466,8d 152,7 3,06

Prebiótico 944,2b 260,7ab 3,65bc 615,0 145,4 4,32 466,7d 160,6 2,93

Antibiótico 1076,8a 247,6abc 4,39ab 549,4 172,6 3,22 519,6bc 149,7 3,50

Probabilidade2

0,0110 0,0157 0,0390 0,4333 0,1255 0,1571 0,0005 0,1158 0,2737

C. V. (%)2 7,69 11,80 14,78 6.88 11.60 16.23 4.79 10.19 11,63

*Letras iguais na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%. 1Vilo, altura de vilo; Cripta, profundidade de cripta; V/C, relação vilo-cripta.

2Probabilidade, probabilidade da análise de variância; C. V., coeficiente de variação.

Na tabela 12, encontram-se os dados de histomorfometria das aves

necropsiadas aos 21 dias consumindo rações adicionadas de óleo de copaíba. No

duodeno, a inclusão de 100 e de 1300 ppm produziram alturas de vilosidades

semelhantes ao controle negativo, sendo mais altos que os demais tratamentos. O

prebiótico obteve os menores valores para altura de vilo. Os níveis de inclusão de 100,

500 e 900 ppm foram semelhantes para a profundidade de cripta em comparação ao

grupo controle negativo, com os maiores valores. O nível de 1300 ppm foi semelhante

ao antibiótico e ao tratamento com MOS, produzindo menores valores de profundidade

Page 71: ADIÇÃO DE ÓLEOS DE COPAÍBA (Copaifera sp.) E SUCUPIRA ... · A digestibilidade da matéria-seca não foi alterada por nenhum aditivo às rações. De quatro a sete dias de idade,

57

de cripta. A relação vilo-cripta no nível de 1300 ppm foi maior do que o controle

negativo e os tratamentos com antibiótico e MOS. Entre os níveis de inclusão, o nível

de 1300 ppm não foi distinto do nível de 100 ppm.

No jejuno, maior altura de vilo foi observada no tratamento com 1300 ppm

entre os níveis, não diferindo do tratamento com o prebiótico. Na profundidade de

cripta, o nível de 100 ppm foi maior que os demais níveis, mas não diferiu do controle

negativo e do prebiótico; os níveis de 500, 900 e 1300 ppm não diferiram do antibiótico.

Na relação vilo-cripta, o nível de 1300 ppm produziu os maiores valores entre os níveis,

não diferindo do tratamento com antibiótico. O nível de 100 ppm apresentou resultados

semelhantes ao controle negativo.

No íleo, somente foram significativas as diferenças obtidas na relação vilo-

cripta. Os níveis de inclusão de 100, 500 e 1300 ppm de óleo promoveram maiores

valores dessa razão comparado ao antibiótico e o controle negativo.

TABELA 12. Histomorfometria de segmentos intestinais de frangos consumindo dietas

adicionadas de óleo de copaíba aos 21 dias de idade

Tratamento

Duodeno Jejuno Íleo

Vilo1

(m)

Cripta1

(m) V/C

1 Vilo

(m)

Cripta

(m) V/C

Vilo

(m)

Cripta

(m) V/C

Nível zero 1432,3a* 300,2a 4,81b 852,4bc 221,8ab 3,85cd 581,6 176,3 3,31bc

Nível 100 ppm 1349,0ab 271,2ab 4,98ab 815,8c 227,5a 3,61d 662,1 172,7 3,83ab

Nível 500 ppm 1125,2cd 285,8ab 3,93c 736,8c 172,0cd 4,32bc 710,4 187,3 3,84ab

Nível 900 ppm 1162,4bcd 270,6ab 4,30bc 755,3c 174,0cd 4,36bc 568,3 163,4 3,50bc

Nível 1300 ppm 1455,7a 259,4bc 5,61a 972,9a 189,4bcd 5,14a 673,6 155,6 4,35a

Prebiótico 1032,6d 235,7c 4,40bc 962,5ab 200,6abc 4,81ab 619,7 195,3 3,19bc

Antibiótico 1235,2bc 264,2bc 4,68b 805,5c 155,9d 5,16a 638,8 211,5 3,04c

Probabilidade2

0,0009 0,0177 0,0021 0,0022 0,0026 0,0008 0,3785 0,2157 0,0108

C. V. (%)2

8,10 6,66 7,95 7,65 9,75 8,45 12.80 14,55 10,57

*Letras iguais na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%. 1Vilo, altura de vilo; Cripta, profundidade de cripta; V/C, relação vilo-cripta.

2Probabilidade, probabilidade da análise de variância; C. V., coeficiente de variação.

Aos 35 dias, no duodeno, apenas a altura de vilo foi significativamente

distinta entre os tratamentos (Tabela 13). O nível de 100 ppm foi semelhante ao

controle negativo e ao nível de inclusão de 1300 ppm. O antibiótico e a inclusão de 500

ppm foram os maiores valores de altura de vilos.

No jejuno, os níveis de 500 e 900 ppm obtiveram os mais altos vilos em

comparação ao controle negativo, antibiótico e demais níveis. O nível de 1300 ppm

possibilitou menor altura de vilo. Criptas mais profundas foram encontradas no nível de

inclusão de 500 ppm e no tratamento com prebiótico. O nível de 1300 ppm foi

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semelhante ao controle negativo, e o nível de 900 ppm semelhante ao antibiótico.

Maior relação vilo-cripta foi encontrada nos tratamentos de inclusão de 100 e 900 ppm

em relação a todos os outros tratamentos.

No íleo, a adição de antibiótico e prebiótico produziram maior tamanho de

vilo em relação ao controle negativo. Os níveis de inclusão não diferiram entre si.

Apenas o nível de 900 ppm não foi semelhante ao antibiótico, com menor altura. Com

relação à profundidade de cripta, só foi observada diferença entre o prebiótico, que

apresentou valor maior que todos os demais tratamentos (não diferiram entre si). Não

houve diferença significativa entre nenhum dos tratamentos para os valores de relação

vilo-cripta.

TABELA 13. Histomorfometria de segmentos intestinais de frangos consumindo dietas

adicionadas de óleo de copaíba aos 35 dias de idade

Tratamento

Duodeno Jejuno Íleo

Vilo1

(m)

Cripta1

(m) V/C

1 Vilo

(m)

Cripta

(m) V/C

Vilo

(m)

Cripta

(m) V/C

Nível zero 1103,8d* 281,5 4,02 1024,2b 217,6b 4,72b 667,6d 192,9b 3,46

Nível 100 ppm 1138,5cd 274,4 4,36 1015,1b 159,2d 6,37a 806,0ab 195,2b 4,14

Nível 500 ppm 1339,8ab 250,9 5,36 1164,7a 291,7a 4,00bcd 750,2bc 193,0b 3,90

Nível 900 ppm 1296,3b 322,8 4,02 1132,5a 192,4c 5,96a 715,2cd 187,4b 3,88

Nível 1300 ppm 1092,8d 259,6 4,22 830,7c 218,4b 3,81cd 754,9bc 187,2b 4,03

Prebiótico 1255,1bc 286,2 4,39 978,0b 287,2a 3,41d 844,3a 252,0a 3,36

Antibiótico 1475,2a 318,3 4,71 951,7b 208,6bc 4,57cb 803,6ab 216,4b 3,75

Probabilidade2

0,0003 0,2314 0,2967 <0,0001 <0,0001 <0,0001 0,0030 0,0079 0,1784

C. V. (%)2

6,40 13,30 15,84 4,96 5,87 9,65 5,62 9,22 9,96

*Letras iguais na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%. 1Vilo, altura de vilo; Cripta, profundidade de cripta; V/C, relação vilo-cripta.

2Probabilidade, probabilidade da análise de variância; C. V., coeficiente de variação.

A análise realizada na avaliação de fragmentos intestinais utilizando

microscópio eletrônico de varredura, não revelaram diferenças perceptíveis na

superfície intestinal entre os óleos (sucupira e copaíba), entre os níveis ou nos

controles negativo e com uso de antibiótico. O tratamento com o prebiótico

mananoligossacarídeo foi o único em que pode ser observada alteração. Na superfície

dos enterócitos houve adesão de partículas com formato circular, com diâmetro

aproximado de 1 µm, principalmente no jejuno e no íleo formando uma estrutura

semelhante a uma camada recobrindo as vilosidades (Figura 1).

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FIGURA 1. Imagens de microscopia eletrônica de varredura de aves alimentadas com

rações adicionadas de mananoligossacarídeo. As fotomicrografias A e B

são referentes ao jejuno, C e D ao íleo em diferentes aumentos.

Para SILVA (2000) os prebióticos agem alimentando e estimulando o

crescimento de diversas bactérias intestinais benéficas. De acordo com SPRING et al.

(2000), o MOS da parede celular de leveduras podem atuar bloqueando os sítios de

ligação de bactérias patogênicas à mucosa intestinal, diminuindo os danos à mucosa e,

conseqüentemente, o turnover dessas células, o que pode resultar em melhor

utilização dos ingredientes da dieta.

3.4 CONCLUSÃO

A inclusão de óleos de sucupira e copaíba nas rações não promove

alterações no peso relativo e comprimento de órgãos do trato-gastrintestinal quando

comparada aos controles, mas produz alterações na morfometria intestinal. Os níveis

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de inclusão que promovem alterações na altura de vilos e relação vilo-cripta variam

entre as idades avaliadas. A inclusão de ambos os óleos não promoveram alterações

em microvilosidades.

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61

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CAPÍTULO 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

É crescente a necessidade de subtituição de antibióticos promotores de

crescimento das dietas de frangos de corte, de forma que possíveis riscos à saúde

humana sejam minimizados.

Produtos alternativos têm sido testados, e os fitogênicos são uma classe de

compostos com grande potencial devido aos vários efeitos biológicos possíveis. Os

efeitos são variáveis de acordo com os princípios ativos presentes no fitogênico, e

portanto, passíveis de serem manipulados futuramente, quando maior conhecimento

dessas moléculas estiverem disponíveis.

Estudos realizados com frangos demonstram resultados promissores com o

uso de fitogênicos como aditivos promotores em rações. Porém, a variabilidade nos

resultados sugere que devem ser feitas melhorias em metodologias de pesquisa, de

forma que mais variáveis sejam identificadas e controladas, e que os efeitos sejam

avaliados em todos os aspectos fisiológicos e de bem-estar do animal.

Deve ser feito o desenvolvimento de metodologias de análises mais

eficientes, completas e padronizadas, a fim de possibilitar comparação entre dados

obtidos com diferentes produtos vegetais. Assim, a variação entre diferenças de

resultados tanto in vitro quando in vivo seriam significativamente reduzidas, ou ao

menos compreendida.

A utilização dos óleos de copaíba e sucupira produziram alterações em

alguns parâmetros utilizados para avaliação do efeito promotor em frangos,

demonstrando potencial para uso como fitogênicos. Mas não foi possível, nesse

primeiro estudo, a identificação de um nível ideal de inclusão para ambos os óleos.

Sugere-se a realização de estudos complementares para melhor elucidação dos efeitos

desses óleos sobre a fisiologia de frangos de corte.