adeus 2012! uma despedida à açoreana!

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ADEUS 2012! UMA DESPEDIDA À AÇOREANA!

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Esta nossa primeira edição pretende mostrar como os açorianos passaram o último mês do ano 2012, as festas que ocorreram bem como outro tipo de eventos. A todos vós Um Bom Ano, são os votos da equipa da Açores Clip

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Adeus 2012!Uma despedida à açoreana!

notas

A Açores Clip é uma revista mensal online que irá abordar temas como fotografia, moda, desporto, eventos sociais, cultura, música, entre outros. É dito que em tempos de crise surgem ideias diferentes, as pessoas tornam-se mais empreendedoras, e foi neste contexto que a Açores Clip surgiu em meados de outubro de 2012. O seu fundador, um amante de fotografia, queria aliar esse seu gosto a algo mais e após semanas de brainstorming nasceu o conceito da Açores Clip. O nome veio mais tarde, tendo como objetivo ser um conjunto de vários temas, unidos por “clips”.Neste momento a Açores Clip possui uma equipa de 4 pessoas, tendo mais 3 a colaborar com artigos para a revista. Em dezembro de 2012 iniciamos os nossos primeiros trabalhos e lançamos a página de gostos no facebook.Esta nossa primeira edição pretende mostrar como os açorianos passaram o último mês do ano 2012, as festas que ocorreram bem como outro tipo de eventos.A todos vós Um Bom Ano, são os votos da equipa da Açores Clip.

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Bem Vindo 3013!

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minUtos com

noticias do corVo

fotograficamente falando

Um sorriso de natal

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Um sorriso de natal

Em outubro de 2012, Fábio Barbosa, locutor da Rádio Nova Cidade, teve a ideia de criar um espetáculo de solidariedade em que a entrada consistia em bens alimentares e/ou brinquedos, um espetáculo em que cada um

pudesse pensar naquilo que os outros necessitam, tendo um pequeno gesto de partilha.Assim surgiu o Sorriso de Natal, ocorrido a 1 de dezembro de 2012 no Teatro Ribeiragrandense, que contou com o apoio da

Rádio Nova Cidade e da Câmara Municipal da Ribeira Grande e com a participação de diversos artistas, tendo sido a Cruz Vermelha a instituição escolhida para receber os donativos angariados no espetáculo.

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A noite começou com a atuação do Coro infanto-juvenil de S. José, de seguida atuaram os Rock a Bit trazendo o rock à sala de espetáculos com um tema de

Skunk Anansie e com a música Sweet Home Alabama. Outro grupo açoriano que participou no Sorriso de Natal foram os Blackout que interpretaram Unchain My

Heart de Ray Charles e I Will Survive de Gloria Gaynor.

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De facto a organização tinha prometido surpresas, e uma delas foi a participação e estreia em palco do grupo musical Arca da Folia que tem como vocalista Carolina Aragão, locutora na Rádio Nova Cidade bem como apresentadora do espetáculo. Este grupo encantou o público com o clássico de Natal, White

Christmas, e com uma música infantil, Era uma vez um cavalo. Após a Arca da Folia, foi a vez do teatro, trazido pela Associação Cultural A Pontilha. O cantor e compositor, Lino Cordeiro também participou neste evento, interpretando duas músicas bem como acompanhando a parte técnica na transmissão

em direto do evento, pela Rádio Nova Cidade. São Pontes acompanhada por Pedro Silva nas teclas, trouxe um pouco mais do espirito natalício, interpretando Oh Holy Night e Silent Night.

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Aníbal Raposo, cantor, compositor e poeta açoriano com vários trabalhos discográficos publicados bem como um livro de poesia juntou-se à iniciativa cantando temas de sua autoria, nomeadamente, Chegada de Maria, Talvez e Cantiga dos Açores. Outro dos grupos musicais que contribuiu para a

iniciativa foi o grupo de cantares Belaurora, que possui mais de 20 anos de existência e de divulgação da música tradicional açoriana, trazendo consigo temas como o Baile da Povoação, Belaurora e o Velho Pezinho de José Costa. O espetáculo foi encerrado pelo tão conhecido, tanto em Portugal como além

fonteiras, Orfeão Edmundo Machado Oliveira, que em 2011 comemorou as suas bodas de prata. O orfeão presenteou o público com a sua qualidade, cantando três temas conhecidos Joy to the World, White Christmas e Oh Happy Day.

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entreVista

Açores Clip (A.C.): De onde surgiu a ideia do Sorriso de Natal?Fábio Barbosa (F.B.): Eu já há algum tempo tinha pensado que seria útil fazer uma iniciativa, um espetáculo, em que a entrada não se baseasse apenas no critério monetário. Habitualmente as pessoas estão acostumadas a contribuir com um valor, por mais simbólico que seja, e depois ignorar a causa a qual esse valor se destina. Achei que o facto da entrada, para um espetáculo do género, se basear num bem alimentar ou brinquedo levaria as pessoas, pelo menos, por uns momentos

a pensar de facto naquilo que a causa em questão precisa e nas pessoas a quem vai se destinar o produto da ação e daí fazer logo, à partida, uma ação.

A.C.: Ao não envolver dinheiro as pessoas que participam sabem para onde vão os produtos fornecidos.F.B.: Sim, a credibilidade foi outro fator essencial, porque hoje em dia e ao longo dos anos, por culpa de algumas ações de caridade as pessoas tornaram-se um bocadinho desconfiadas e assim, em vez de contribuir com um valor e desconhecerem o seu

destino, souberam e viram o resultado. E o terceiro fator foi exatamente esse, verem todos juntos o que o gesto pequeno de cada um conseguiu concretizar. Contamos com o apoio de vários artistas, amigos da casa, que foram essenciais e a eles também agradecemos. Daí, foi uma questão de traduzir para o palco o espirito natalício.

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A.C.: Em relação aos artistas contactados, aderiram todos?F.B.: Aderiram bastante bem à iniciativa, houve apenas um ou outra exceção porque efetivamente a agenda estava preenchida, apenas devido a isso. Ainda assim houve alguns que, apesar de terem outros acontecimentos na mesma noite, tentaram ir ao evento e nós organizamos o alinhamento para conseguirem ir ao palco primeiro e depois seguir o seu caminho.

A.C.: Estavam à espera de uma maior adesão ao evento?F.B.: Confesso que esperávamos um bocadinho mais de afluência.

A.C.: Sabemos que o evento estava em direto na rádio Nova Cidade, obtiveram algum tipo de feedback dos vossos ouvintes?F.B.: Da minha parte, assim que terminou o espetáculo, recebi algumas mensagens a agradecerem, pessoas que me disseram que foi a melhor maneira de começar o Natal.

A.C.: A Cruz Vermelha foi o destinatário dos bens/brinquedos angariados, porquê essa escolha?F.B.: Nós primeiro tínhamos a intenção de encontrar alguma instituição que trabalhasse sobretudo com o nosso concelho, tendo em conta que a rádio está aqui sediada. Foi difícil encontrar alguém orientado para isso e num segundo momento pensei que esta iniciativa podia ser alargada para toda a ilha, dependendo do volume de bens angariados. A Cruz Vermelha foi uma ideia que surgiu, pois tem um historial de ações caritativas

bastante longo e sinceramente eles abriram os braços desde a primeira oportunidade e colaboraram connosco.

A.C.: Qual a quantidade de produtos alimentares e brinquedos angariados?F.B.: Segundo a Cruz Vermelha, nós conseguimos arrecadar, no total, uns 250 kg em alimentos e brinquedos. Isso surpreendeu-nos, afinal de contas, apesar de a sala não ter estado cheia, a contribuição que cada um que lá esteve compensou e isso deixou-me muito contente e à Cruz Vermelha também.

A.C.: Durante o evento referiram que a Unileite contribuiu para a causa com 4 caixas de leite e 4 de sumo, mas apenas referiram esta, foram contactadas mais empresas?F.B.: Sim contactamos, ouvi, pelo menos da parte das que eu contactei, respostas do género: “bom, há muita gente a pedir-nos, não podemos atender a todos”. E não se trata propriamente de uma empresa de pequena dimensão, tendo em conta o nosso meio.

A.C.: Para o ano é para repetir?F.B.: Sim, para o ano e talvez não só no Natal.

“A causa não termina no Na-tal nem naquele espetáculo, a Cruz Vermelha e outras insti-tuições estão sempre a necessi-

tar.”(Fábio Barbosa)

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Pelo segundo ano consecutivo o Convento dos Franciscanos, no Município da Lagoa, acolheu um evento natalício de nome Mercadinho de Natal, cuja organização foi da responsabilidade da Câmara Municipal de Lagoa e que contou ainda com o apoio do NELAG (Núcleo de Empresários de Lagoa), da Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada, do Centro Regional de Apoio ao Artesanato e da Empresa Municipal de Lagoa.

O Mercadinho de Natal ocorreu entre os dias 7 e 9 de Dezembro de 2012 e contou com a participação de diversos artesãos e instituições sociais e culturais. Para compreendermos melhor esta iniciativa, a Açores Clip teve a oportunidade de fazer algumas perguntas a Verónica Almeida, adjunta do presidente da Câmara da Lagoa.

mercadinho de natal

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Açores Clip (A.C.): De onde surgiu a ideia de fazer um Mercadinho de Natal? Verónica Almeida (V.A.): A ideia de fazer um Mercadinho de Natal surgiu como forma de dinamizar o convento dos Franciscanos, considerado o ex-libris do concelho de Lagoa, juntando a vertente artesanal e musical como forma de dar a conhecer o trabalho dos nossos artesãos e grupos locais que têm contribuído em muito para a promoção da cultura lagoense.

A.C.: De que se trata e qual o tipo de produtos que o público encontra no Mercadinho de Natal?V.A.: O Mercadinho de Natal trata-se de um evento natalício onde vários artesãos e instituições sociais e culturais podem mostrar e vender os seus produtos. Todos aqueles que nos visitam podem encontrar desde objetos de decoração de Natal,

a doçaria típica desta época, licores tradicionais e típicos da nossa terra, bijuteria, arranjos florais, bonecos de presépios, árvores de natal, material para execução de presépios, entre outros produtos que podem servir para presentes originais e criativos.

A.C.: Não sendo a 1ªEdição, qual foi a afluência o ano passado? Esperam a mesma afluência, tendo em conta a conjuntura atual do país.V.A.: No ano anterior contámos com a presença de centenas de pessoas que convergiram ao Convento dos Franciscanos, tendo sido o balanço positivo. Este ano, e apesar da conjuntura económica que se assiste, contamos com uma maior afluência, talvez mais de um milhar.

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A.C.: Qual opinião de todos os envolvidos neste evento? Houve uma boa colaboração por partes de todos?V.A.: O sucesso deste género de eventos depende da colaboração dos artesãos, de empresas, de grupos musicais e, no geral, a opinião de todos

revelou-se muito positiva. A colaboração foi evidente e comprova-se pelo elevado número de participantes, mais de 40, entre artesãos lagoenses e açorianos, instituições locais e grupos musicais.

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A.C.: Este evento tem algum fundo de solidariedade? V.A.: Este evento não é dirigido a fundos de solidariedade social e as entradas são gratuitas. As vendas revertem para as próprias instituições e artesãos.

A.C.: A Câmara Municipal da Lagoa tem mais algum tipo de evento agendado para esta época?V.A.: Neste momento encontra-se em exibição até ao dia 2 de Fevereiro, a exposição "Açorianidade

nos Presépios" na Casa da Cultura. Previsto está igualmente a realização de um concerto de ano pela Banda Militar dos Açores a realizar-se no dia 12 de Janeiro, pelas 21h00, na Igreja de Santo António no Convento dos Franciscanos, encerrando os festejos desta quadra festiva com o Cantar às Estrelas, no dia 2 de Fevereiro, pelas 20h30, na Praça de N. Sra. do Rosário.

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Sendo a palavra “solidariedade” cada mais utilizada, fomos conhecer o Info Solidário, um grupo formado recentemente mas que já apoia um número considerável de pessoas, distribuindo sopa um dia por semana.

Açores Clip (A.C.): Como começou o Info Solidário?Info Solidário (I.S.): O Info Solidário começou a partir de um movimento nas redes sociais, através de um grupo de discussão conhecido no facebook, onde se achou que as redes sociais também poderiam servir para fazer alguma solidariedade e a partir daí surgiu a ideia. Depois, ao longo das semanas a ideia foi sendo estruturada, implementada. A nossa primeira ideia era fazer algo muito simples e que fosse fácil de organizar e assim surgiu a ideia de se distribuir sopa um dia por semana, primeiro em Ponta Delgada, que foi onde começou o primeiro núcleo, e agora também na Ribeira Grande. E assim começou, um grupo de pessoas, alguns até nem se conheciam, conheciam-se só através das redes sociais, que se juntaram para iniciar este projeto.

A.C.: Há quanto tempo existe o Info Solidário?I.S.: Foi um projeto que começou no mês de novembro, portanto muito recente, no entanto tem crescido muito rapidamente, quer a nível de participação de voluntários quer em número de pessoas a que conseguimos chegar.

A.C.: Quantas pessoas colaboram neste projeto? I.S.: Nós, em termos de voluntários, já ultrapassamos os 100, no entanto o grupo que organiza anda à volta de 20 pessoas. Nós tentamos que todas as semanas participem mais pessoas, tentamos que rode pelo maior número de pessoas possível.

A.C.: De momento só distribuem sopas ou também fazem distribuição de outro tipo de bens?I.S.: A ideia do projeto, a base do projeto, é a distribuição de sopa a famílias carenciadas, no entanto no Natal fizemos dois projetos pontuais, a oferta de prendas a crianças e recolha de mantas para os idosos, mas a ideia basilar do projeto é apenas a distribuição de sopas.

A.C.: E como correu o projeto das ofertas de prendas a crianças?

I.S.: Este projeto, que ocorreu no natal, chamava-se os “Anjinhos de Natal” e consistia no seguinte: quem quisesse participar, “adotava” uma criança, comprava uma prenda para aquela criança mas que era dada aos pais para estes darem a criança sem que ela soubesse que foi oferecida por terceiros. Não sei os números de cor, mas a última vez que vimos conseguimos abranger cerca de 60 crianças. Foi um projeto muito interessante porque funcionou bem do lado de quem queria ajudar e a verdade é que tivemos muita ajuda.

A.C.: A distribuição de sopa é feita só ao sábado? I.S.: Sim, é só ao sábado porque achamos que o fim-de-semana seria o período onde há menos apoio para essas famílias e portanto identificamos que seria a altura onde existe maior necessidade.

A.C.: Porquê a sopa?I.S.: O nosso compromisso é com a sopa por variadíssimas razões, porque é um bem básico, por razões logísticas, por diversas razões, mesmo porque é o que fazemos com os ingredientes que nos oferecem. Com estes ingredientes fazemos sopa

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Info SolIdárIo

para a semana seguinte. O que acontece é que às vezes aparecem voluntários que nos oferecem outro tipo de coisas, bolachas, comida já confecionada e nestes casos, como é óbvio não recusamos, e quando tal acontece reforçamos a oferta com esses alimentos. Mas normalmente o que pedimos é ingredientes para que possa ser feita sopa e o que fazemos de uma semana para a outra é preparar esses ingredientes para que na semana seguinte quem faz regularmente sopa também tenha esse apoio.

A.C.: Embora tenham um início tão recente, tem havido um aumento de pedidos de ajuda? I.S.: Nos temos vindo a ter mais pedidos todas as semanas, muito também por irem nos conhecendo,

mas perspetivamos que realmente estes pedidos vão aumentar ao longo do

ano e estamos a preparar para isso, pois sabemos que provavelmente

vamos continuar a ter cada vez mais solicitações.

A.C.: Reparamos em alguns dos vossos voluntários a saírem do local com sopa, fazem entregas no domicílio? I.S.: Nos casos de, por exemplo, idosos, famílias

muito numerosas em que é complicado a deslocação até cá,

nós fazemos alguma distribuição, mas a ideia é as pessoas virem cá, por

uma série de razões, tal como querermos conhece-las, etc.

A.C.: Tanto na Ribeira Grande como em Ponta Delgada?I.S.: Sim, tanto na Ribeira Grande como em Ponta Delgada.

A.C.: Como é feito o pedido de ajuda por parte das famílias? I.S.: Nós temos sinalizado as famílias de variadas formas, através das cooperações que temos com varias instituições, a igreja, o projeto São Lucas em s. José, várias juntas de freguesia ou a família pode, através do facebook ou deslocando-se até um dos locais onde fazemos a distribuição para pedir ajudar, não recusamos ajuda a ninguém o que fazemos

depois a posteriori é tentar identificar essas famílias, tentar sinalizá-las junto das instituições para que também seja feito outro tipo de apoio dado não termos essa capacidade, só temos capacidade de dar sopa.

A.C.: E dão apoio a sem-abrigos?I.S.: Embora cooperamos com as associações, instituições que dão dado apoio aos sem-abrigo, estes não tem sido alvo da nossa ajuda. Por acaso partilhamos o espaço físico, na Rua dos Manaias, onde é feita esse apoio e de vez em quando também damos alguma ajuda, mas optamos por não ser o nosso alvo, mas sim famílias com crianças ou então idosos.

A.C.: Pediram ajuda a algumas empresas, câmaras municipais?I.S.: As únicas coisas que temos pedido são o que já referi, ingredientes, sopa e ajuda, mas têm aparecido voluntariamente ajuda de muitos lados. O espaço onde distribuímos em Ponta Delgada é da câmara municipal, na Ribeira Grande os bombeiros estão a disponibilizar o espaço, há empresas que têm feito ofertas, mas nós também temos um princípio base que é o anonimato e portanto quem dá, também dá anonimamente, e quem participa também. Um dos princípios é anonimato tanto para quem ajuda como quem é ajudado.

A.C.: Quantas famílias estão a apoiar de momento? I.S.: Tendo em conta os números da semana passada, distribuímos 400 litros de sopa, considerando meio litro por dose, mas também há que ter em conta que temos dado sopa para sábado e domingo, o que quer dizer que devemos estar a ajudar cerca de 400 pessoas, ou seja, cerca de 100 famílias.

A.C.: Pensam abranger outros locais da ilha, além de Ponta Delgada e Ribeira Grande? I.S.: O projeto foi feito desde inicio para ser modelar, ou seja, que os grupos não sejam muito grandes porque nós tínhamos a noção de que quanto maior for o grupo maior é a complexidade, maior é a exigência em termos logísticos e que esses grupos possam ser replicados.

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O que queremos é criar grupos onde for necessário e que sejam autónomos, por exemplo, embora haja uma interligação entre Ponta Delgada e Ribeira Grande, o que há a mais na Ribeira Grande vai para Ponta Delgada e vice-versa e se há falta de sopa na Ribeira Grande esta vem de Ponta Delgada e vice-versa, mas em termos de gestão são grupos autónomos. A ideia é que existam pessoas, voluntários para outros locais onde haja necessidade, neste momento há vários com quem estamos a conversar e a tentar organizar. Obviamente o que é feito é partilhar o know-how, conhecimento, para fundar em outros locais. Mas sim, o que gostávamos era que aparecessem grupos noutros locais que sejam necessários, por exemplo, Ribeira Grande está a abranger uma área muito grande e é possível que em breve tenhamos que pensar em partir em dois grupos. A distribuição em Ponta Delgada também não está a chegar às freguesias todas, também gostávamos de estar sem S.Roque, Livramento e Santa Clara, mas também temos que ter um bocadinho de noção da nossa capacidade.

Neste momento temos mais ou menos a noção

qual o nosso limite máximo, a partir daí teremos que arranjar um novo grupo, mas o projeto está feito dessa maneira, poder ser replicado e feito em outro sitio qualquer, até noutra ilha. Já há algumas conversas com pessoas da Terceira e Faial, de haver pessoas com vontade que se organizem, que utilizem o nosso know-how, que também não é nada de extraordinário e que basicamente se juntem e que ajudem os outros.

A.C.: E como podem as pessoas participar? I.S.: Uma pessoa pode participar de três maneiras, pode participar dando sopa feita, pode participar dando ingredientes para a sopa ou com trabalho voluntário. A única coisa que têm que fazer é contactar-nos através do nosso grupo de facebook (Info Solidário) e dizer “eu quero participar” e depois será orientada por alguém, qual a melhor maneira, consoante a disponibilidade da pessoa e consoante aquilo com que cada um pode ajudar.

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Info SolIdárIo

Entre os dias 7 e 23 de dezembro de 2012 esteve patente no Pavilhão do Mar a 1ª edição do Mercado d’Arte, uma exposição e comercialização de artesanato e obras de arte plástica de diversos artesãos e artistas dos Açores.Eis algumas fotografias captadas pelas lentes da Açores Clip:

mercado d’arte

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A Azores Golden Party, que ocorreu no dia 21 de dezembro de 2012, trouxe pela primeira vez a São Miguel o DJ Gregor Salto de naturalidade holandesa e aclamado como um dos melhores DJ’s da atualidade.

Além deste também foi presença neste evento o cantor Chapell que possui alguns êxitos em parceria com DJ Gregor Salto. Um dos objetivos da 2Loud Produções, organizadora do evento, é a promoção de artistas

açorianos e por tal outra presença da noite foi o DJ Pedrinho, que tem-se tornado uma referência na noite micaelense.

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ponta delgada solidária

O Natal é das alturas do ano mais propícia a iniciativas de solidariedade, muitos são os eventos que ocorrem nessa época com o objetivo de ajudar o outro. Assim, seguindo esta tendência, a Câmara Municipal de Ponta Delgada, no âmbito do seu programa de Natal, realizou diversas iniciativas.

saco solidário, que pretendeu promover o comércio local

Um saco de cartão com a mensagem prefere “o que é nosso”, feito pelos utentes do Instituto de São João de Deus, da Casa de Saúde de São Miguel, foi a forma de promover o comércio tradicional. Esta iniciativa teve diversos objetivos, sendo um deles a divulgação que os utentes da valência de terapia ocupacional da Casa de Saúde executam vários trabalhos com proveito para a sua integração social e para a comunidade em geral, além de que, ao adquirir cerca de 10 000 sacos a Câmara apoia o trabalho dessa instituição de reabilitação para a reinserção social. Outro dos objetivos passou por conseguir passar a mensagem de que o comércio tradicional não está sozinho nesta altura de austeridade, pois há instituições públicas como a Câmara Municipal e instituições privadas que se preocupam em promover a economia local, tendo tal sido feito com a distribuição pelas lojas do comércio tradicional de Ponta Delgada, em feriado e Dia de Montras.

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dê a qUem não tem, que pretendeu recolher roupas e brinquedos de modo a ajudar as famílias mais carenciadas do Concelho. Decorrida em dezembro, esta campanha conseguiu recolher um total de 30 volumes de roupa e 12 de brinquedos, tendo sido uma parceria entre a Câmara de Ponta Delgada e a Associação Académica da Universidade dos Açores (AAUA). Relativamente ao doado, as últimas informações obtidas pela Açores Clip foram

que os brinquedos tinham sido distribuídos por 8 famílias desfavorecidas das freguesias de Fajã de Cima, São Sebastião, Feteiras, São Pedro, Capelas, São José, Santa Bárbara e Ajuda da Bretanha. Em relação à roupa, esta encontra-se a ser separada e convenientemente tratada no espaço municipal “Uma Dádiva”, da Divisão de Ação Social para após ser distribuída por famílias necessitadas referenciadas nos mesmos serviços.É de salientar o trabalho

efetuado no espaço “Uma Dádiva” que, desde 2009, faz a angariação de móveis, pequenos eletrodomésticos, têxteis-lar, vestuário e calçado, entre outros, que revertem para pessoas e famílias com dificuldades económicas do concelho de Ponta Delgada.

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Medicamento doado é aproveitado, foi feita a recolha de medicamentos que pudesse ser aproveitados por quem mais precisa.

Tendo contado com a colaboração da Ordem dos Médicos e da Ordem dos Farmacêuticos, esta iniciativa da Cruz vermelha Portuguesa em parceria com a Câmara de Ponta Delgada, decorrida entre 5 de Dezembro e 5 de Janeiro, angariou um total de 173 embalagens de vários tipos de medicamentos, desde anti-inflamatórios, analgésicos, ansiolíticos entre outros. Os medicamentos recolhidos irão

ser distribuídos, pela Cruz Vermelha Portuguesa de Ponta Delgada, por famílias que, devido a problemas económicos, não conseguem aviar as receitas na farmácia. Contudo, esta instituição ainda necessita de outro tipo de medicamentos, como os destinados ao colesterol, controlo da tensão arterial e diabetes, os quais poderão ser entregues na sede da instituição em Ponta Delgada.De referir que esta campanha irá ser alargada a todos os concelhos da ilha de São Miguel bem como Santa Maria.

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Gala de Beneficência, que pretendeu angariar fundos que foram atribuídos a 2 instituições de solidariedade. Tendo sido um espetáculo social e cultural, os fundos angariados nesta gala reverteram a favor de Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), particularmente o Lar Luís Soares de Sousa, e o Centro de Terapia Familiar e Intervenção Sistémica, escolhidos por sorteio de entre as 67 IPSS com registo no concelho de Ponta Delgada. 4590 euros, foi o montante angariado durante a gala, ao qual foram acrescentados donativos de pessoas e entidades que, não podendo estar presentes, entregaram o seu contributo, diretamente, na

autarquia. A própria Câmara Municipal doou o montante referente a cerca de 20% do valor que seria, este ano, destinado à realização da anterior receção de ano novo, enquanto os 80% do total da verba será colocado na Reserva de Emergência Social que a Câmara Municipal está a criar para apoiar as famílias que são confrontadas com o novo fenómeno social da pobreza em resultado da crise.

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Após dois dias, 24 e 25 de Dezembro, passados com a família foi a vez de se comemorar o Natal com os amigos numa grande festa. Foi esta a ideia de Miguel Silva e Jacinto Franco ao organizarem a Green Christmas Party que ocorreu na noite de 25 de Dezembro, no Pavilhão do Mar. Contou com diversos apoios, além das atuações de artistas açorianos como Tape, Dj Pedrinho, The Hitman e Captain Luvlace.A Açores Clip teve a oportunidade de fazer umas perguntas aos organizadores deste evento.

Açores Clip (A.C.): É o segundo ano que organizam a Green Christmas Party?Miguel Silva (M.S.): É o terceiro ano, segundo ano aqui no Pavilhão das Portas do Mar. O primeiro ano foi no Marrakesh, foi a primeira iniciativa que tivemos e foi quando começamos o lançamento da nossa empresa.

A.C.: Qual o nome da empresa?M.S.: A empresa chama-se Vasconcelos Franco e Rocha Silva Lda., foi o primeiro nome dado pois estávamos com pressa para o festival, mas estamos a pensar mudar agora, criar um nome mais apelativo e mais relacionado com os eventos.

A.C.: A empresa é formada por quantas pessoas? M.S.: É formada por mim e pelo Jacinto Franco.

A.C.: Como e quando iniciaram a empresa? M.S.: Começou no natal, há 3 anos atrás. Eu já organizava festas açorianas em Lisboa, mas mais pequenas, para juntar os açorianos lá no continente. Há 3 anos, pela altura do natal eu ia fazer uma festa e vim a saber que o Jacinto ia fazer outra, ou seja, os mesmos amigos, duas festas não faziam sentido e foi aí que falamos e decidimos juntarmo-nos.

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A.C.: Pretendem continuar a organizar eventos apenas em São Miguel ou pretendem alargar a vossa atividade para as outras ilhas?M.S.: Por enquanto estamos em São Miguel a tentar aumentar as festas, melhorá-las e cativar as pessoas de cá e depois então, quando tivermos mais experiência e mais contactos poderemos ir então para as restantes ilhas.

A.C.: Porquê associarem a palavra Green a esta festa?M.S.: Porque temos associado tudo muito ao verde, ao ecológico. Além disso temos a Heineken como patrocinador, que também está associada ao verde.

A.C.: Associaram o evento à solidariedade, nos outros anos também o fizeram?M.S.: Não, este foi o primeiro ano que associamos a caridade e a diversão. As pessoas podem trazer

qualquer coisa que não necessitam, roupa, comida, etc. e em troca recebem um shot da casa, como um bónus.

A.C.: Já sabem a que instituição irão entregar o angariado?M.S.: Não temos nada definido ainda, vamos reunir o angariado e consoante a quantidade vamos repartir por várias instituições ou se for uma quantidade mais reduzida atribuímos tudo a uma instituição.

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A.C.: O ano passado como correu?M.S.: O ano passado foi um sucesso, esgotamos os bilhetes todos. Este ano está a correr mais ou menos, pois existem muito mais festas, mas estamos confiantes e acho que há de correr bem.

A.C.: E que eventos podemos esperar para o próximo ano (2013)?M.S.: O Festival Monte Verde está garantido,

vamos avançar e tentar melhorar algumas coisas que falhamos na 1ª edição. Vai haver outras festas que neste momento não posso revelar, que irão aparecer mais à frente.

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Estivemos presentes no evento até de madrugada, vimos o pavilhão a encher de pessoas prontas a divertirem-se e a partilharem o natal com os amigos e com os mais necessitados. Na Green Christmas Party tiveram presentes cerca de 900 pessoas, um pouco menos que o ano anterior, contudo o feedback foi que a festa em 2012 foi melhor que a do ano anterior. Relativamente aos bens angariados, até à data do fecho de edição, a organização não nos precisou a quem irão doar, contudo adiantaram-nos que angariaram cerca de 4 caixotes de roupas.

PassatemPo Green Christmas Party A Açores Clip obteve uma pulseira para o evento e decidiu oferecê-la a um dos seus seguidores, contudo não poderíamos dar a pulseira sem dar luta! Assim, criamos um passatempo que consistia em escrever uma frase

que contivesse as palavras Green Christmas.O vencedor do passatempo foi Mário Castello com a frase: “O Green Christmas está a chegar bora lá todos festejar!”. Infelizmente, por motivos vários, o Mário não pôde levantar a sua pulseira, tendo sido o seu irmão, Henrique Castello o seu representante.

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As primeiras horas de 2013 foram passadas de diversas maneiras em São Miguel. A Açores Clip foi dar uma espreitadela em diversos locais, onde os micaelenses partilharam com os seus amigos e familiares as primeiras horas de um ano, que, infelizmente, não se prevê positivo.

academia das artes face clUB

atlantic Bowling

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dinU’s Bar

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Muitas foram as festas ocorridas no passado mês de dezembro na ilha do Corvo, desde festas de natal nas escolas, nas paróquias, entre outras. A nossa correspondente no Corvo esteve presente, apresentando-nos de seguida um apanhado geral do ocorrido.

No dia 12 de dezembro de 2012, a Escola Básica e Secundária Mouzinho da Silveira convidou os pais, encarregados de educação, familiares, amigos e população em geral para assistirem à sua tradicional festa de Natal. Esta iniciou-se com um lanche no qual houve contribuição de todos, com uma sobremesa e/ou aperitivo. Durante a festa houve atividades desportivas bem como a apresentação dos presépios de natal, que foram feitos com a ajuda dos professores e pais de alunos do ensino básico. Não faltaram as tradicionais canções de Natal, cantadas em diversos idiomas como português, inglês e francês, além de terem sido distribuídos cartões de natal elaborados pelos alunos. Por último, e não podendo faltar, o Pai Natal visitou a escola para entregar prendas a todas as crianças, ofertas essas dadas pela Câmara Municipal do Corvo.

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Outro dos eventos ocorridos no mês de dezembro deu-se no dia 16 pelas 15h00 no Multiusos, tendo sido organizado pelas catequistas e pelos alunos da paróquia da Nossa Senhora dos Milagres. Contou com uma missa celebrada pelo padre Hélio Soares e com uma pequena encenação em conjunto com a eucaristia. Após a missa houve um pequeno lanche, que sendo de natal teve como intuito a partilha e por tal, todos os que participaram na festa contribuíram.

Tal como a festa da paróquia da Nossa Senhora dos Milagres, ocorreu no Multiusos, no dia 20 de dezembro, a festa oferecida pela Santa Casa da Misericórdia. Esta contou com a participação das crianças do jardim-de-infância e creche “Jardim Azul”, bem como dos utentes do lar e outros séniores da comunidade. Houve pequenas peças de teatro feitas pelas crianças, textos alusivos ao natal lidos pelos séniores como também houve a visita do Pai Natal e distribuição de presentes. De referir que a Câmara Municipal ajudou neste evento, cedendo o espaço e fornecendo as prendas para as crianças e séniores.

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Uns minUtos com

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Maria Silva, formadora há 3 anos na área dos bordados, expôs juntamente com as suas formandas no passado mês de Novembro, os bordados elaborados durante uma formação na Junta de freguesia da Covoada, com duração de 6 meses.

Os bordados hardanger foram dados a conhecer a Maria Silva quando esta frequentava uma formação de arraiolos. Foi durante um ano, na Ribeirinha, que aprendeu a bordá-los. Contudo, foi a sua sede de saber aliada com a sua paixão por este

tipo de bordado que fez com que pocurasse mais conhecimento, recorrendo a livros bem como pesquisas na internet.

Maria Silva-Formadora

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O bordado hardanger é tradicional da Noruega, apesar de existirem evidências de que a sua origem remonta à antiga Pérsia e Ásia. É uma técnica a fios contados, o que requer, de acordo com a formadora, muita paciência, dedicação e, principalmente, amor.Aquando da nossa conversa, Maria Silva informou-nos que em 2013, provavelmente estará a dar formação nas Juntas de Freguesia de S. Vicente, Arrifes e Relva. Se estiver interessado em aprender este tipo de bordados/técnicas, dirija-se às Juntas de Freguesia para mais informações.

Maria Silva com duas das suas formandas

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fotograficamente falando

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