acrÍsio cruzclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · web viewo governo do...

227
NOMES & HOMENAGENS Desde os tempos das Freguesias que alguns nomes curiosos marcaram o território sergipano, compreendido entre os rios Real e São Francisco. As Freguesias, que sempre tomavam nomes invocativos de santos, muitas vezes agregavam nomes populares, incorporando-os. É o caso de Pé do Banco, incorporado ao nome da Freguesia de Jesus, Maria, José e São Gonçalo, hoje Siriri. Propriá já se chamou Urubu de Baixo, ou Urubu do baixo rio São Francisco. Ao longo do tempo os nomes surgiram e desapareceram, foram mantidos ou trocados, numa dinâmica que tem sido pouco considerada. A memória, que conserva o cotidiano das experiências pessoais e sociais, perde força com o ritmo das cidades, modernizando-se. Aquidabã já foi Cemitério, Arauá já teve o nome de Parida, Nossa Senhora das Dores é o nome novo de Enforcados, como Porto da Folha substitui a denominação de Buraco, Boquim a de Lagoa Vermelha, Gararu a de Curral de Pedras e Nossa Senhora da Glória a de Boca da Mata, Cristina a de Chapada ou Chapada dos Índios, Rosário o de Catete e Muribeca a de Sítio do Meio. Muitos dos nomes decorrem das denominações dos primeiros povoamentos, outros são trocados pelas mais diversas influências. Em 1943 o Departamento Estadual de Estatística, dirigido por João Carlos de Almeida, preparou um projeto de mudança de nomes de vários municípios sergipanos, para evitar que existissem no Estado 20 localidades homônimas de outras anteriormente existentes no País. Pelo projeto, que virou o Decreto-lei 377, de 31 de dezembro de 1943, Simão Dias era o novo nome de Anápolis, Tobias Barreto substituía Campos, Carmelita seria o nome novo de Carmo, Darcilena em lugar de Cedro, Ariquitiba para Cristina, Indiaroba para Espírito Santo, Jaboatã para Jaboatão, Paraissú para Richão, Rosário do Catete, em lugar de Rosário, Juruama substituindo Santo Amaro, Tarapitanga, para São Francisco, Frei Paulo para São Paulo, Irapiranga para Itaporanga, Inajaroba para Santa Luzia e Cotinguiba em lugar de Socorro. Muitos nomes prevalecem até agora, sem mudanças, como Simão Dias, Tobias Barreto, Rosário do Catete, Indiaroba, Frei Paulo, outros voltaram ao que eram antes, como Cedro, Jaboatã, Riachão, agora do Dantas, São Francisco, Santo Amaro, Itaporanga, que ganhou o da Ajuda, Socorro que acrescentou Nossa Senhora e Santa Luzia, que ganhou o

Upload: trinhnga

Post on 17-Nov-2018

225 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

NOMES & HOMENAGENS

Desde os tempos das Freguesias que alguns nomes curiosos marcaram o território sergipano, compreendido entre os rios Real e São Francisco. As Freguesias, que sempre tomavam nomes invocativos de santos, muitas vezes agregavam nomes populares, incorporando-os. É o caso de Pé do Banco, incorporado ao nome da Freguesia de Jesus, Maria, José e São Gonçalo, hoje Siriri. Propriá já se chamou Urubu de Baixo, ou Urubu do baixo rio São Francisco. Ao longo do tempo os nomes surgiram e desapareceram, foram mantidos ou trocados, numa dinâmica que tem sido pouco considerada. A memória, que conserva o cotidiano das experiências pessoais e sociais, perde força com o ritmo das cidades, modernizando-se.

Aquidabã já foi Cemitério, Arauá já teve o nome de Parida, Nossa Senhora das Dores é o nome novo de Enforcados, como Porto da Folha substitui a denominação de Buraco, Boquim a de Lagoa Vermelha, Gararu a de Curral de Pedras e Nossa Senhora da Glória a de Boca da Mata, Cristina a de Chapada ou Chapada dos Índios, Rosário o de Catete e Muribeca a de Sítio do Meio. Muitos dos nomes decorrem das denominações dos primeiros povoamentos, outros são trocados pelas mais diversas influências. Em 1943 o Departamento Estadual de Estatística, dirigido por João Carlos de Almeida, preparou um projeto de mudança de nomes de vários municípios sergipanos, para evitar que existissem no Estado 20 localidades homônimas de outras anteriormente existentes no País.

Pelo projeto, que virou o Decreto-lei 377, de 31 de dezembro de 1943, Simão Dias era o novo nome de Anápolis, Tobias Barreto substituía Campos, Carmelita seria o nome novo de Carmo, Darcilena em lugar de Cedro, Ariquitiba para Cristina, Indiaroba para Espírito Santo, Jaboatã para Jaboatão, Paraissú para Richão, Rosário do Catete, em lugar de Rosário, Juruama substituindo Santo Amaro, Tarapitanga, para São Francisco, Frei Paulo para São Paulo, Irapiranga para Itaporanga, Inajaroba para Santa Luzia e Cotinguiba em lugar de Socorro.

Muitos nomes prevalecem até agora, sem mudanças, como Simão Dias, Tobias Barreto, Rosário do Catete, Indiaroba, Frei Paulo, outros voltaram ao que eram antes, como Cedro, Jaboatã, Riachão, agora do Dantas, São Francisco, Santo Amaro, Itaporanga, que ganhou o da Ajuda, Socorro que acrescentou Nossa Senhora e Santa Luzia, que ganhou o acréscimo de Itanhy. Ariquitiba não demorou, e Cristina virou Cristinápolis, como Vila Nova virou Neópolis. Paraissú, Tarapitanga, Juruama e Irapiranga não vingaram nas respectivas localidades onde o decreto-lei fixou.

Darcilena é um nome composto de Darci – Darci Vargas, mulher de Getúlio Vargas – e de Helena – mulher do Interventor da época, Augusto Maynard Gomes. Irapiranga era, segundo alguns estudiosos, o nome antigo do rio Vaza-Barrís, que passa por Itaporanga. A propósito dos dois topônimos, ainda hoje se tem, em Aracaju, uma placa na rua do Cedro, grafada Darcilena, enquanto a Estação ferroviária de Itaporanga ostenta o letreiro Irapiranga.

Page 2: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

O mesmo Decreto-lei tratou das vilas homônimas, por isto Canindé mudou para Curituba, Igreja Nova para Sambambaia, Providência, que antes chamou-se Panelas, para Itabi e Santa Rosa para Cambuatá. Canindé retomou o nome, como do São Francisco, como Santa Rosa, agora de Lima. A denominação de Itabi prevaleceu quando da criação do município, em 1953. Sambambaia não foi ainda emancipado.

Canindé presta homenagem a um líder indígena do mesmo nome, que chefiou por muitos anos os Janduís, na região do Rio Grande do Norte, enfrentando inimigos brancos, em memoráveis combates. O topônimo, dos mais antigos de Sergipe, sobreviveu, recentemente, às modificações impostas pela construção da barragem e da hidroelétrica de Xingó, e está se tornando num ponto de atração turística, explorando a potencialidade do rio São Francisco, onde as águas represadas dão destaque ao cenário dos paredões rochosos.

Ruas de Aracaju e de todos os municípios sergipanos estão repletas de nomes próprios, que prestam homenagens a figuras, nem sempre conhecidas. Tais homenagens são movidas por sentimentos fortes, de época, que muitas vezes perduram, incorporado à vida cotidiana das cidades. São vultos brasileiros, de biografias eminentes, ou que criaram, em certas circunstâncias, vínculos com a terra sergipana. No primeiro grupo estão estadistas, como o Barão do Rio Branco, Ruy Barbosa, o Duque de Caxias, Osvaldo Aranha, Pedro I, Pedro II, Getúlio Vargas, Tancredo Neves, dentre muitos outros, enquanto no segundo grupo estão pessoas destacadas das administrações federais, como Marcos Freire, que foi presidente da Caixa Econômica Federal e ministro da Reforma Agrária, João Cleofas, Agamenom Magalhães, os generais presidentes – Castelo Branco, Costa e Silva, Emilio Médici, entre outros, ou, ainda, técnicos a serviço de Sergipe, como os engenheiros Basílio Pirro, João Carlos Willagran Cabrita e Saturnino de Brito, além de governantes sergipanos, como Pereira Lobo, Augusto Maynard, Leite Neto, Leandro Maciel, Lourival Baptista, Augusto Franco, e muitos outros.

Os fatos da história também projetam seus personagens, que a sociedade converte em pessoas gratas, merecedoras de todas as homenagens, como João Pessoa, no plano federal, como Fausto Cardoso e Olímpio Campos, políticos locais, todos martirizados.

Algumas datas, que registram episódios marcantes na história recebem a homenagem que garante a posteridade, como o 7 de Setembro, do já distante 1822 – a Independência do Brasil –, 8 de Julho de 1820 e 24 de Outubro de 1824, datas ligadas ao processo de Emancipação Política de Sergipe, 13 de Julho, em louvor ao movimento revolucionário dos tenentes sergipanos, em 1924, 31 de Março de 1964, data do golpe militar que a história consagra como Revolução Redentora.

No mais são personalidades destacadas da vida sergipana, em todos os campos de atividades, cujos exemplos de vida inspiram e justificam as denominações que o tempo guarda, como memória do Estado e do povo de Sergipe.

Este livro, em forma de verbetes, resgata Nomes & Denominações de uso comum, produto de uma legislação ampla, do Estado e do Município para prestar homenagens. Em alguns casos, no

Page 3: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

entanto, a lei que denomina não prevalece sobre os nomes populares, como é exemplo o conjunto residencial Assis Chateaubriand, que os moradores conhecem com a denominação antiga de Bugio, tipo de macaco grande, pertencente ao gênero Sapapis Kerr, ou de Bugio ou Rabo de Bugio, arbusto da família das combretáceas.

Há na geografia e na história brasileira pelo menos três registros sobre Sergipe: o 1º, uma ilha na Baía de Guanabara (Rio de Janeiro), onde os franceses aportaram em 1555 com o propósito de fundar uma colônia, onde os huguenotes (protestantes calvinistas, perseguidos na França) pudessem estabelecer atividades econômicas; o 2º, um rio na então Capitania da Bahia, onde o governador Mem de Sá estabeleceu seu famoso engenho de açúcar, cujas terras mais tarde foram passadas para o Conde de Linhares, levando a povoação a ser denominada de Sergipe do Conde; o 3º, também um rio, no centro do território situado entre os rios Real, ao sul, e São Francisco, ao norte, e que deu nome às terras mais tarde conquistadas por Cristóvão de Barros. As terras de Sergipe, na verdade, eram parte do Foral da Bahia, hereditariamente entregue ao donatário Francisco Pereira Coutinho e que fracassando o sistema das Capitanias Hereditárias reverteu à Coroa portuguesa, por indenização ao herdeiro Manoel Pereira Coutinho, passando a ser conhecidas como Sergipe del Rey.

Corsários franceses e outros aventureiros exploravam o pau brasil e entravam em contato com os indígenas que habitavam a terra sergipana. Negros da Guiné, fugidos da Bahia, buscavam refúgio nas margens do rio Sergipe, fortalecendo os ajuntamentos livres, que mais tarde foram denominados de Santidades.

Alguns padres jesuítas estiveram no território de Sergipe, visitaram as margens do rio São Francisco e tentaram contatos com os grupamentos existentes, sem êxito, até que em 1575, o padre Gaspar Lourenço, acompanhado do irmão João Salonio, empreenderam a missa catequética, fundando missões em torno das aldeias indígenas.

O esforço dos padres da catequese não significou a ocupação ordenada das terras de Sergipe. Depois de episódios sangrentos e igualmente fracassados, a Coroa portuguesa determinou, em 1588, que fosse dada guerra aos indígenas sergipanos. No Regimento Geral do governador Francisco Giraldes estava a clara recomendação da guerra, para os fins específicos de exploração das nitreiras, para extrair o salitre, matéria prima da pólvora, abundante em Sergipe, e abertura de uma estrada que facilitasse a comunicação entre as Capitanias de Bahia e Pernambuco, passando pelo território sergipano.

Morrendo em Lisboa, antes de assumir o cargo de governador, Francisco Giraldes deixou seu Regimento para que as autoridades existentes no Brasil cumprissem a ordem do Rei. Coube a Cristóvão de Barros, conhecido sertanista, afamado comandante de tropas vitoriosas no Rio de Janeiro e em Cabo Frio, organizar e chefiar a expedição conquistadora, em dezembro de 1589. A batalha que matou e cativou milhares de indígenas, terminou no raiar do ano de 1590. O conquistador, com o séquito de soldados e colonos, fundou no local da guerra a povoação de São Cristóvão, em homenagem a Dom Cristóvão de Moura, fidalgo espanhol, representante da Coroa espanhola em Portugal, dando ao local o fórum especial de cidade. Ao fazer do ajuntamento militar uma cidade, Cristovão de Barros deu a São

Page 4: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Cristovão mais um título, o de 4ª cidade mais antiga do Brasil, fazendo de Sergipe del Rey uma nova Capitania, subalterna a Capitania da Bahia.

Antes de deixar o território conquistado, Cristovão de Barros doou a seu filho, Antonio Cardoso de Barros, as terras entre os rios Sergipe e São Francisco, deixando como Capitão Thomé da Rocha, com a missão de distribuir entre os soldados e colonos que participaram da guerra lotes de terra para as diversas lavouras e para criatórios de gado e de cavalos. Durante 30 anos os diversos Capitães que governavam Sergipe assinaram cartas de sesmarias, colonizando Sergipe, do sul para o norte e do leste para o oeste, ocupando os terrenos férteis das margens dos rios e as matas de Itabaiana e de Simão Dias.

Em pouco tempo partes das terras de Sergipe estavam ocupadas com grande número de currais de gado, e eram criados os melhores cavalos do Brasil, como registrou Diogo de Campos Moreno no seu Livro que dá razão do Estado do Brasil, provavelmente escrito entre 1610 e 1611. Em outras partes as roças diversificavam a lavoura, tendo a cana-de-açúcar como o principal produto agrícola, permitindo a instalação dos primeiros engenhos. O gado e açúcar estão na base histórica da economia sergipana, e foram produtos essenciais e estratégicos para o abastecimento interno e das Capitanias de Pernambuco e Bahia, que produziam para exportação.

Além dos currais de gado o século XVI deu a Sergipe as legendárias minas de prata de Itabaiana, cobiçadas por brasileiros, portugueses, espanhóis e holandeses. Diversas expedições vararam o território sergipano em busca das minas de Belchior Dias Moreira, o Moribeca, e se não encontraram prata e nem ouro seguiram procurando em outras partes, minerando o salitre, e subindo pelo rio São Francisco até a região de Jacobina, na Bahia, depois até Minas Gerais, onde finalmente realizou-se o sonho de riqueza.

O século XVIII foi o século dos engenhos de açúcar, plantados nas terras pretas e gordas dos massapês, nos vales férteis do Piauí-Piauitinga, do Vaza-Barrís, e principalmente do Sergipe-Cotinguiba-Japaratuba, que deram a Sergipe uma grade produção açucareira, impulsionando o surgimento e o crescimento de povoações e de vilas, estabelecendo um comércio a partir da instalação de estruturas portuárias, trapiches, e onde floresceu a civilização sergipana. A divisão territorial em Freguesias, de administração religiosa, dava o contorno real da vida sergipana. Os vigários responsáveis fizeram, em 1757, o levantamento dos lugares, com seus nomes, situação, população, modos de vida, relacionando igrejas e capelas com seus oragos.

O século XIX, conforme a Memória sobre a Capitania de Sergipe, de autoria de Dom Marcos Antonio de Souza, de 1808, mostrava a Capitania de Sergipe com seu progresso econômico, suas vilas mais prósperas – Santa Luzia do Paagui (hoje Santa Luzia do Itanhy), Tomar (hoje Tomar do Geru), Lagarto, Itabaiana, Santo Amaro (hoje Santo Amaro das Brotas), Vila Nova (hoje Neópolis) e Propriá –, a situação de sua população em condições de lutar pela emancipação política. O sentimento de liberdade tomava conta de Sergipe, estimulando a formação de grupos favoráveis a desanexação do território sergipano, libertando-o da Bahia.

Page 5: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Em 8 de Julho de 1820 uma Carta Régia do Rey Dom João VI emancipou Sergipe, tornando-o Capitania independente, com administração própria. Forte reação dos partidários da posição subalterna de Sergipe, que pediam a reanexação do território, marcaram os anos seguintes, até a proclamação da Independência do Brasil e a organização do Império. Pedro I confirmou a emancipação concedida pelo seu pai, elevou novamente São Cristovão à categoria de cidade, em 1823, e com a Constituição de 1824 Sergipe já aparece como Província, podendo assim organizar sua vida administrativa e política.

O crescimento econômico, a produção do açúcar e de outros importantes itens da pauta de exportação deu novo ânimo à Província e aos sergipanos. Os temas centrais eram discutidos nos Conselhos da Província, na Assembléia Provincial, nos jornais que começaram a circular em 1832, formando opinião pública sobre os problemas de Sergipe, dentre eles a necessidade de mudar a capital, de São Cristovão para um ponto do estuário do rio Sergipe, onde havia melhor condição para o transporte da produção açucareira.

A escolha recaiu sobre o povoado de Santo Antonio do Aracaju, antiga povoação a margem do rio Sergipe, que a partir de 17 de março de 1855, graças a Resolução nº 143, do presidente da Província Inácio Joaquim Barbosa, passou a ser a capital sergipana. A situação geográfica da nova capital permitiu ampliar os esforços do desenvolvimento de Sergipe, ampliando as relações comerciais, fortalecendo as regiões produtoras onde vicejaram atividades artísticas e culturais.

O acanhado povoado de Santo Antonio do Aracaju, núcleo inicial da cidade, não atendia aos interesses que determinaram a mudança da capital. O Governo da Província contratou os serviços de engenharia, nomeando em comissão engenheiros militares, chefiados pelo capitão Sebastião José Basílio Pirro, para construir a nova cidade, na parte baixa, junto ao leito do rio Sergipe. Era preciso, contudo, vencer as condições adversas, aterrar as áreas pantanosas, combater as febres, para construir a cidade. As doenças causadas pelos focos existentes nos pântanos e terrenos inundados, conhecidas genericamente como “febres do Aracaju”, vitimaram o próprio presidente Inácio Barbosa, que morreu em Estancia, para onde viajou em busca de tratamento.

O peão e modelo de aterragem era a praça, onde seria construído o Palácio, símbolo do Poder provincial. Da praça do Palácio (hoje Fausto Cardoso) foram planejadas as ruas, nos três sentidos – norte, sul e oeste, prevendo que a cidade pudesse avançar 1.188 metros em cada direção. Aterrar os charcos, drenar os diversos pontos de armazenamento natural de água e construir os prédios para abrigar os serviços administrativos transferidos de São Cristovão foram as prioridades dos responsáveis pelo planejamento e construção de Aracaju para ser a capital sergipana. O novo presidente da Província, Salvador Correia de Sá e Benevides, levou adiante o projeto, ampliando o trabalho com a organização portuária e os serviços de navegação a vapor. No seu discurso de 20 de maio 1856, perante os membros da Associação Sergipense, ele diz:

Page 6: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

“A mudança, pois, da Capital arrancada da solidão para um centro de vida,

foi o primeiro passo percursor de uma nova era para esta importante

Província; foi o primeiro degrau que se deve conduzir ao apogeu do

progresso, riqueza e consideração a que lhe dão direito a índole dos seus

dóceis habitantes, a fertilidade prodigiosa do seu solo.”

A idéia do presidente era dotar as barras sergipanas, a começar pela do rio Sergipe, das condições de navegabilidade, introduzindo a rebocagem a vapor, adquirindo o rebocador Aracaju, que entrou em operação no mesmo ano, protegendo a entrada e a saída das embarcações.

Aracaju continuava em obras. Era a segunda experiência da engenharia militar brasileira. A primeira experiência foi no Piauí, quando dois ou três anos antes, foi mudada a capital de Oeiras para Terezina. Aracaju ganhava os primeiros edifícios: o da Casa de Oração São Salvador (hoje Igreja do Salvador), na esquina da rua São Salvador (hoje Laranjeiras) com a rua do Barão de Maroim (hoje João Pessoa). Um terreno na praça do Palácio estava destinado à construção da igreja matriz de Aracaju, mas terminou cedendo lugar ao edifício da Assembléia. A igreja catedral terminou sendo construída no centro das futuras praças Tobias Barreto e Mendes de Morais, hoje Olímpio Campos. O Palácio do Governo estava, provisoriamente, instalado na praça do Palácio, esquina com a rua da Aurora (hoje avenida Rio Branco, onde sempre funcionou a Delegacia Fiscal).

A anunciada visita do Imperador Pedro II e sua comitiva a Sergipe, em janeiro de 1860, alvoroçou a cidade. Várias obras foram feitas em função da visita imperial, como a Ponte de desembarque, (Ponte do Imperador), o Forte, ou Castelo da Praça, obra do engenheiro Pirro e destinado a dar as salvas de boas vindas, o Arco de entrada da rua do Barão, pago pelos portugueses, a Capela ao norte da praça do Palácio, além da preparação do Paço Imperial, adaptação do Palácio da Presidência da Província.

O Imperador visitou em Aracaju, ainda, os prédios da Alfândega, o Cemitério, as obras do novo Quartel para a tropa de linha, a Capitania dos Portos, as obras do novo Palácio, a Câmara Municipal, a Tesouraria Provincial, a Tesouraria da Fazenda, o Quartel da Polícia, os Correios e a repartição das Terras Públicas, as obras do Hospital, da Cadeia, das repartições do Exército, algumas delas de responsabilidade do engenheiro militar capitão Francisco Pereira da Silva e a obra da Companhia de Refinação, entregue ao engenheiro civil Pedro Pereira de Andrade, destinada a melhorar a qualidade do açúcar para comercialização. Tais equipamentos davam a melhor impressão do ritmo de trabalho para construir a nova capital de Sergipe.

O Imperador Pedro II fez uma visita sentimental, ao túmulo de Inácio Joaquim Barbosa, que à época estava na parte dos fundos da Casa de Oração São Salvador, por força da Resolução 453, de 3 de setembro de 1856. Depois de receber homenagens do clero, dos funcionários públicos, das Câmaras de vários municípios, do corpo

Page 7: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

consular, Pedro II visitou a Barra dos Coqueiros, Maroim, Laranjeiras, São Cristovão, Estancia, além das obras do canal que liga os rios Pomonga e Japaratuba e o Engenho Escurial, em Itaporanga, de propriedade de Antonio Dias Coelho e Melo. Em 1859, ao viajar pelo rio São Francisco, em visita a Cachoeira de Paulo Afonso, o Imperador Pedro II conheceu outros lugares de Sergipe, como Vila Nova (Neópolis), Propriá e Porto da Folha, incluindo a Ilha de São Pedro.

A imagem que Pedro II levou da Província de Sergipe, e de sua capital, era certamente fiel à história que os sergipanos construíam, cotidianamente, em todas as partes do território entre os rios Real e São Francisco. Uma história de afirmação da inteligência e da tenacidade de um povo decidido a promover os avanços necessários para melhorar a vida da Província. Os dados não mentiam.

Em 1870 era criado em Aracaju o colégio Ateneu Sergipense, que funciona, ininterruptamente, até hoje. Logo depois, foi criada a Escola Normal (hoje Instituto de Educação Rui Barbosa), garantindo a escolarização dos jovens sergipanos. Àquela época, Sergipe ganhava destaque em todo o País, pela contribuição cultural de muitos dos seus filhos, como o poeta Pedro de Calasans, o filósofo Tobias Barreto, o crítico Sílvio Romero, os políticos Fausto Cardoso, Coelho e Campos, Olímpio Campos e Martinho Garcez, o filólogo João Ribeiro, dentre muitos outros vultos ilustres, com suas obras.

Em vários pontos da Província eclodiram os movimentos contra a escravidão e a propaganda republicana. Jornais, clubes, sociedades passaram a dedicar suas atenções às questões da atualidade. Vários sergipanos, militares e intelectuais, tomaram parte na campanha abolicionista e tiveram papel especial na proclamação da República. Felisbelo Freire, Silvio Romero, Fausto Cardoso, Ivo do Prado, Oliveira Valadão, Pereira Lobo, Siqueira Menezes, e outros, deixaram seus nomes gravados na afirmação democrática do Brasil.

Com a proclamação da República, em 1889, Sergipe passa a Estado federado, organizando sua vida jurídica e política, elaborando sua Constituição, promulgada em 18 de maio de 1892. A expansão econômica leva à instalação de fábricas de tecidos, fazendo do algodão uma lavoura preferencial, ocupando centenas de famílias em pequenas oficinas de desencaroçamento. O ciclo do algodão ajuda Sergipe a aumentar o ritmo de desenvolvimento, em décadas seguidas, ao lado do açúcar, do sal, do gado e dos produtos derivados.

Uma tragédia sacode o Estado e emociona Aracaju em agosto de1906. Fausto Cardoso, deputado federal, lidera um movimento revolucionário e depõe o presidente Guilherme Campos, irmão e representante do monsenhor Olímpio Campos, chefe oligarca que atravessou da Monarquia para a República sem qualquer cerimônia. Fausto Cardoso foi morto na praça do Palácio, que hoje leva o seu nome, por uma bala de fuzil de um soldado das forças legais, que tentavam repor o presidente deposto. A morte de Fausto Cardoso comoveu Sergipe e fez Aracaju chorar. O poeta, que dizia que “a liberdade só se prepara na história com o cimento do tempo e o sangue dos homens” tombava em defesa dos ideais democráticos e republicanos.

Os filhos de Fausto Cardoso, atribuindo a morte do pai ao monsenhor Olímpio Campos, que exercia mandato de senador no Rio de

Page 8: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Janeiro, cumpriram a vingança e mataram o religioso, em novembro do mesmo ano. Findava no luto um confronto político, um conflito ideológico, nascido décadas antes, quando Fausto Cardoso e Olímpio Campos tomaram, no Recife onde foram estudar, posições antagônicas.

Mas Aracaju continuava o seu embelezamento, com o Jardim Olímpio Campos, com as suas novas praças e ruas. Ganhava um teatro, o Carlos Gomes (depois cine-teatro Rio Branco), e bondes, à tração animal que trafegavam pelas principais ruas do centro. As casas começavam a receber água encanada, substituindo as águas das fontes do Mané Preto, do Anipum, dos Caboclos, da Catinga, das Quiribeiras, da Arueira, da Nação e do Tororó, que eram as mais procuradas. A modernização chegava às construções, com incentivo do Governo que isentava de impostos os tijolos comprimidos, os mosaicos, as telhas francesas, e outros materiais importados.

A década de 1910 trouxe a Sergipe a Diocese, criada em 3 de janeiro, pela Bula Divina Disponente Clementia, do Papa Pio X e seu primeiro bispo, Dom José Tomáz Gomes da Silva. No comando do executivo sergipano, o general José de Siqueira Menezes, republicano destacado e herói de Canudos, empreendia uma verdadeira revolução administrativa: a luz elétrica, o trem, o Horto Florestal e o Código Florestal, o serviço de esgotamento sanitário, a construção de grupos escolares, o monumento a Fausto Cardoso. Outros fatos marcaram a vida sergipana, como a criação do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, em 1912, a instalação do aparelho cinematográfico, em 1913, enquanto Aracaju calçava as suas primeiras ruas e praças.

Nem a I Guerra Mundial, nem a gripe espanhola impediram Sergipe de fazer a festa do Centenário de sua Emancipação Política. Uma vasta programação, dirigida pelo presidente Pereira Lobo, celebrava o feito político e espelhava a situação econômica, social e cultural do Estado. Uma missão de artistas italianos, entre os quais Belando Belandi e Oresti Gatti, estava encarregada de reformar e ampliar o Palácio do Governo, e de realizar outros serviços. Um Entreposto mostrava, em Exposição especial, a produção sergipana. Um monumento a Tobias Barreto simbolizava a homenagem ao gênio dos sergipanos, no centro da praça que tomaria, mais tarde, o seu nome. Os fotógrafos Leone Ossovigi, de São Paulo, Fabian, do Rio de Janeiro, e Guilherme Rogatto, italiano residente em Maceió, percorreram Aracaju e várias cidades do interior, registrando a vida do Estado e do povo sergipano. O produto do trabalho fotográfico está no Álbum de Sergipe, obra monumental de Clodomir Silva, e na coleção de cartões postais, comemorativos do Centenário.

Embalado pela festa cívica, Sergipe elegeu seu presidente Maurício Graccho Cardoso, sergipano que fez carreira política no Ceará, depois de passagem pela vida militar. O Governo Graccho Cardoso, malgrado ter enfrentado duas revoltas tenentistas, uma em 13 de julho de 1924, outra em 19 de janeiro de 1926, foi marcado pelo mais puro empreendedorismo. O presidente deu continuidade e ampliou as obras iniciadas por Siqueira Menezes, construiu grupos escolares, criou o Arquivo Público, fez os prédios da Intendência (hoje Prefeitura de Aracaju), tentou a criação do ensino superior, com as faculdades de Farmácia e de Direito, a primeira denominada Aníbal Freire da Fonseca

Page 9: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

e dirigida pelo médico Augusto César Leite, a segunda Tobias Barreto, cuja direção Graccho Cardoso avocou para ele.

Com Graccho o Estado ganhou várias estradas, serviço de água e de esgoto, bondes elétricos, estações experimentais de algodão, orientadas pelo técnico norte americano Tomas R. Day, Instituto de Física, Instituto Parreiras Horta, para análises e vacinas, a Escola de Comércio Conselheiro Orlando, e as edições das Obras Completas de Tobias Barreto, em 10 volumes, organizadas pelo magistrado Manoel dos Passos de Oliveira Teles, o Dicionário Biobibliográfico Sergipano, de Armindo Guaraná, Minha Gente, livro de costumes de Clodomir Silva. Aracaju, naquele tempo, assistiu a chegada dos aviões e a fundação da Hora Literária, entidade cultural mais tarde mudada para Academia Sergipana de Letras, formada por 40 Cadeiras, cada uma com seu Patrono e seu fundador.

O açúcar, o sal e o algodão dominavam a economia rural, ajudados pelo gado de corte, pelo gado leiteiro, pelo arroz das várzeas irrigadas do baixo São Francisco, e por uma indústria distribuída pela capital e por vários municípios sergipanos. O banditismo, no entanto, inquietava parte da população. Virgulino Ferreira da Silva entrava e saía, desembaraçadamente, do território sergipano, visitando constantemente o sertão, onde fez amizades e era acoitado, até morrer, em 1938, na Gruta do Angico, em Sergipe. Os movimentos tenentistas da década anterior fez de Sergipe um ponto de convergência dos revolucionários de 1930, liderados no nordeste por Juarez Távora. Augusto Maynard Gomes e Eronides Carvalho assumiram, alternadamente, a chefia do Poder, como Interventores. Eronides Carvalho foi, por pouco tempo, governador constitucional, passando a Interventor, com o Estado Novo decretado em 10 de novembro de 1937 por Getúlio Vargas.

Os torpedeamentos dos navios mercantes, na costa de Sergipe, na madrugada de 16 de agosto mudaram a posição brasileira, então de neutralidade face a II Guerra Mundial. Os navios Baependy, Araraquara, Aníbal Benévolo, Itagiba, Arará, foram torpedeados pelo submarino alemão U-507, que saiu de Bordéus, na França, sob o comando do Capitão de Corveta Harro Schacht, diretamente para a operação nas águas do nordeste brasileiro. Centenas de mortos e feridos deram na praia sergipana, exigindo imediato socorro, dos grupos mobilizados, na mais completa solidariedade. Nas ruas, revoltada, a massa clamava por justiça, pedia a declaração de guerra e apontava estrangeiros, alemães e italianos, como responsáveis pelos torpedeamentos.

Intelectuais promoviam reuniões, organizavam sociedades, publicavam livros, tomando posição política em face das duas circunstâncias fortes: a ditadura de Vargas e a guerra. Vários jovens, homens e mulheres, aderiam à Força Expedicionária Brasileira, organizada para lutar nos campos da Itália e muitos deles voltaram cobertos de glória, como heróis nacionais. A luta política toma cores ideológicas e transformam a redemocratização de 1945 num acerto de contas eleitoral. Candidatos de diferentes partidos pedem ajuda dos comunistas do PCB, enfrentando a censura e o patrulhamento da Liga Eleitoral Católica. José Rollemberg Leite, eleito governador, funda o ensino superior com as escolas de Economia e de Química e oferece

Page 10: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

donativos do Estado as organizações que quiserem criar as Faculdades de Direito e de Filosofia. Em todo o Estado o Governo instala as Escolas Rurais, numeradas, oferecendo o curso primário no interior.

A década de 1950 coloca novamente Aracaju no centro dos interesses. A capital sergipana vai passar por uma transformação urbana profunda, com o desmonte do Morro do Bonfim, formação gigantesca de dunas, no centro da cidade. A obra é um presente de aniversário, para festejar o Centenário da mudança da capital. O ano de 1955 é todo de festas e são muitos os presentes materiais e intelectuais que Aracaju centenária recebe. Outros eventos, como o Centenário de Nascimento de Silvio Romero, atraem a atenção dos sergipanos e dos brasileiros. A modernização da cidade, a conquista de novos espaços urbanos, o agenciamento de áreas de expansão, os novos prédios timbram uma marca de arquitetura eclética, somatório de contribuições diversas, que garantem a beleza da capital.

A descoberta de petróleo, nos campos de Carmópolis, em 1963 abre novas perspectivas para a economia sergipana. Cinco anos depois, a PETROBRÁS descobre gás natural, pesquisando em lâmina d’água, na plataforma continental de Aracaju. As novas descobertas estimulam a idéia de um modelo de desenvolvimento para o Estado, fundado na exploração e na industrialização das reservas minerais – Halita, Carnalita, Silvinita, Traquidita –, que a mesma PETROBRÁS localizou e cubou, como parte do seu interesse produtor. Outros produtos e subprodutos animaram os governantes na concepção de projetos de Complexo Químico de Base, Polo Cloroquímico e outros que, lastimavelmente, não vingaram.

Politicamente, Sergipe tem seu governador, Seixas Dória, deposto e preso em Fernando de Noronha. Mais uma vez, a ditadura faz grandes estragos entre os sergipanos, frustrando as conquistas que a luta social e política concedera. De outro lado, vários militares sergipanos, de alta patente, assumem comandos importantes, destacando o Estado. Os governantes aprofundam o modelo econômico e aceleram providências, lançando para a população idéias que se tornaram simbólicas para o Estado, como a construção de um porto, que valorizasse o estuário do rio Sergipe, em Aracaju.

O modelo de desenvolvimento, apesar de não ser implantado, levou o Governo a construir o Porto de Sergipe, em mar aberto, na Barra dos Coqueiros, e a Adutora do São Francisco, captando em Propriá água do velho Chico para as indústrias, ao longo do caminho, e para o consumo da população de Aracaju. Por toda a década seguinte o Estado perseguiu seu projeto principal, sem êxito, salvo em alguns pontos como a criação da NITROFÉRTIL (hoje FAFEN), com sua unidade de amônia e uréia, e da PETROMISA, subsidiária da PETROBRÁS para minerar o cloreto de potássio da mina de Taquari-Vassouras (hoje Vale do Rio Doce).

Com o retorno das eleições diretas foi eleito governador João Alves Filho, que ao lado da manutenção do interesse na exploração dos recursos minerais resolveu enfrentar o drama das secas e das estiagens prolongadas, concebendo uma série de medidas singelas de engenharia, e projetos destinados à convivência das populações com um regime insuficiente de chuvas. As adutoras, que desde o Governo Paulo Barreto de Menezes distribuía água em regiões do Estado, e que

Page 11: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

foram permanentemente ampliadas pelos governadores José Rollemberg Leite e Augusto Franco, construindo a Adutora do São Francisco.

Os anos de 1980 foram igualmente dedicados à adequação das potencialidades minerais, tendo o Presidente da República José Sarney assinado Decreto definindo o Polo Cloroquímico de Sergipe, a ser implantado junto ao Porto de Sergipe. O Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área do Polo, deixando-a para as próximas administrações. O retorno de João Alves Filho ao Poder dava continuidade ao esforço comum dos governantes do Estado, embora a conjuntura já não fosse a mesma. O presidente da República, Fernando Collor de Mello, com sua política econômica, freou o projeto mineral de Sergipe, tirou a PETROMISA da PETROBRÁS, tentou vender a FAFEN, e privatizou o setor, frustrando um trabalho sério e consistente, realizado pelos políticos e técnicos sergipanos.

A política do Governo Collor foi prejudicial ao Estado, paralisando as ações que vinham sendo empreendidas há décadas. Sergipe teve de buscar, nos anos 1990, novamente a sua vocação produtiva. Os projetos de irrigação, como o Califórnia, o Platô de Neópolis, e outros visaram fortalecer a produção agrícola, buscando o mercado internacional de frutas tropicais. Os gastos com o modelo industrial de exploração das riquezas minerais não trouxeram os efeitos pensados pelos administradores, e Sergipe se viu novamente tendo que elaborar um modelo de desenvolvimento, para atender à sua população.

Nos últimos oito anos o Governo do Estado se voltou para o fortalecimento das atividades produtivas, revitalizando os setores tradicionais e atraindo investimentos para novas indústrias, que foram instaladas em Aracaju e em vários municípios sergipanos. O governador Albano Franco manteve, ainda, os projetos de irrigação, atuando na região semi-árida do Estado com medidas de efeito imediato, financiadas pelo FIDA, através do programa Pró-Sertão.

Aracaju, como capital do Estado, sede do Governo, onde estão concentrados os serviços é uma caixa de ressonância dos problemas sergipanos. Obrigada a gerar boas condições de vida para a sua população, Aracaju construiu milhares de novas casas, abriu avenidas, criou bairros, mudou o modo e viver, verticalizando as moradias com condomínios espalhados pela zona sul da cidade e conquistou áreas de expansão urbana, para o sul, e de expansão industrial, para o norte, estabelecendo uma convivência mais próxima com os municípios de São Cristovão e Nossa Senhora do Socorro.

Mantendo a beleza do seu traçado, incorporando à sua paisagem as múltiplas contribuições da arquitetura e do urbanismo, a capital sergipana prepara a sua estrutura turística, como porta de entrada do Nordeste. Dotada de bons hotéis, restaurantes, e bem servida de estradas que fazem a comunicação com o resto do Estado e com o Brasil, Aracaju cumpriu em sua história a idéia original dos seus construtores, projetando o seu crescimento a partir do peão de ordenamento inicial, que ficou conhecido como o quadrilátero de Pirro.

Page 12: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

ACRÍSIO CRUZ Avenida do bairro São José, em lugar da Avenida I, do Conjunto João Alves (Lei 151/1970). Escola pública estadual, construída no Governo José Rollemberg Leite (1975-1979) à avenida Maranhão.

Acrísio Cruz (Laranjeiras 31.10.1906 – Aracaju 13.9.1969), jornalista e professor, autor de livros didáticos, foi o Diretor do Departamento de Educação no Governo de José Rollemberg Leite (O primeiro, de 1947-1951). Na sua gestão foi criada a Escola Normal Murilo Braga, em Itabaiana (1949) e implantada a rede de Escolas Rurais.

ADÉLIA FRANCO Avenida do bairro Grageru, (Lei 407/1974), continuação da avenida Hermes Fontes.

Adélia Franco, empresária, esposa do Dr. Albano Pimentel Franco, é a mãe do ex-governador Augusto do Prado Franco.

ADOLFO ROLLEMBERG Bairro na zona norte de Aracaju, antes denominado Cidade Nova (Lei 44/1951). Estádio de futebol, junto ao Parque de Exposições João Cleofas.

Adolfo de Faro Rollemberg (12.9.1871-3.8.1919) rico empresário, foi grande benfeitor de Aracaju, doando terrenos, o que continuou sendo feito pela sua família.

AGAMENOM MAGALHÃES Conjunto residencial construído no Governo de Arnaldo Rollemberg Garcez (1951-1955), como projeto de desfavelamento da capital, que contava com a participação da Diocese de Aracaju, então dirigida por D. Fernando Gomes dos Santos.

Agamenom Magalhães (Agamenom Sérgio de Godoi Magalhães, Serra Talhada-PE 1887 – Recife-PE 1952) foi um dos mais destacados políticos pernambucanos. Interventor e Governador de Pernambuco, Ministro do Trabalho e da

Page 13: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Justiça, lutou pelo salário mínimo, pelo sistema previdenciário e pela Justiça do Trabalho.

AIRTON TELES Avenida no bairro Santo Antônio (Lei 53/1960), também conhecida como avenida Canal.

Airton Mendonça Teles (Itabaiana 7.10.1924 – Rio de Janeiro-RJ 24.6.1960 - em desastre de avião). Filho do líder político e Deputado Manoel Francisco Teles, de Itabaiana, foi também Deputado Estadual (1951-1955), suplente de Deputado Federal (1955-1959), assumindo no lugar de José Conde Sobral.

ALBANO FRANCO Avenida no bairro Industrial (Lei 847/1982). Mercado de Aracaju (Lei 2639/1998). Centro Administrativo do Poder Judiciário.

Albano Franco (Albano do Prado Pimentel Franco, Aracaju 1940), advogado, empresário e político, filho de Augusto do Prado Franco e Maria Virgínia Leite Franco, foi Deputado Estadual (1963-1967), Senador (1988-1991, 1991-1994), Governador do Estado (1995-1999) reeleito para novo mandato (1999-2003). Como empresário foi eleito Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe e Presidente da Confederação Nacional da Indústria (1980-1994). Casado com a advogada Leonor Barreto Franco, tem dois filhos – Ricardo e Adélia – e uma neta. Foi o primeiro Governador a ser reeleito em Sergipe, e nos oito anos dos dois mandatos realizou um trabalho de organização administrativa e financeira do Estado, obras públicas em todos os setores, revitalização da indústria e um grande acervo de serviços: educação, saúde, eletrificação rural, casas populares, fortalecimento da geração de emprego e renda.

Page 14: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

ALMIRANTE BARROSO Praça no centro da cidade, entre as praças Fausto Cardoso e Olímpio Campos, (Lei 08/1965). Outra praça com o mesmo nome (Lei 36/1956) no bairro 13 de Julho.

O Almirante Barroso (Francisco Manoel Barroso da Silva, Barão do Amazonas, Lisboa-Portugal 1804 – Montivideo-Uruguai 1882) foi figura destacada da Marinha brasileira, participando das grandes campanhas militares, como a do Uruguai, do rio da Prata, do Paraná, da guerra do Paraguai e da célebre Batalha do Riachuelo, em 1865.

ALMIRANTE TAMANDARÉ Conjunto residencial. Praça no bairro Santo Antônio (Lei 05B/1954).

O Almirante Tamandaré (Joaquim Marques Lisboa, barão e visconde, conde e marquês, Rio Grande-RS 1807 – Rio de Janeiro-RJ 1897) notabilizou-se nas campanhas militares internas, como a Cabanagem, a Sabinada, a Setembrada e a Guerra dos Farrapos, e externas como a campanha Oriental e a Guerra do Paraguai.

AMÉRICA Bairro da zona oeste de Aracaju.

América foi o nome dado às terras do Novo Mundo, pelo cartógrafo Martin Maldseemüller, que publicou em 1507 a Introdução à Cartografia, contendo 12 mapas, um dos quais da América do Sul, atribuindo ao navegador florentino Américo Vespúcio a sua descoberta. O erro do cartógrafo foi repetido e a denominação prevaleceu. Américo Vespúcio (1454-1512) viajando a serviço de Portugal descobriu o grande rio a que deu o nome de São Francisco, no dia 4 de outubro de 1501, dia de São Francisco de Assis.

ANTONIO CARLOS VALADARES Parque Governador Antonio Carlos Valadares, à margem da Rodovia Paulo Barreto de Menezes, também conhecido como Parque dos Cajueiros.

Page 15: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Escola pública da rede estadual de ensino, localizada na rua Joaquim Inácio, esquina com a avenida Visconde de Maracaju. Conjunto residencial na antiga Terra Dura.

Antonio Carlos Valadares, professor, químico, advogado e político (Simão Dias 9.4.1943), foi Prefeito de Simão Dias, Deputado Estadual (1971-1975, 1975-1979) sendo Presidente do Poder Legislativo, Deputado Federal (1979-1983) – deixando o mandato para ser Secretário de Estado da Educação (1979-1982), Vice-Governador do Estado (1983-1987), Governador do Estado (1987-1991), Senador da República (1995-2003), sendo reeleito para novo mandato no Senado (2003-2011). Como Governador promoveu esforços no sentido da exploração e industrialização dos minérios, preparando a infra-estrutura do Polo Cloroquímico, e realizou obras e serviços em todos os municípios sergipanos.

ANTONIO FRANCO Mercado de Aracaju, também conhecido como Mercado Modelo ou Mercado Velho, construído no Governo Graccho Cardoso (1922-1926), contando com a participação financeira do empresário Antonio Franco.

Antonio do Prado Franco (30.11.1880 - Aracaju 1.6.1939), empresário de uma família de proprietários rurais, participou com investimentos da realização de algumas obras públicas como o Mercado Modelo, o primeiro de Aracaju.

APERIPÊ Conjunto residencial. Sistema de comunicação do Governo do Estado, formado por uma TV Educativa, uma rádio AM (fundada em 1941 como Rádio Difusora de Sergipe – PRJ-6 pelo Interventor Augusto Maynard Gomes, depois arrendada a Augusto Luz pelo prazo de 10 anos e finalmente retornando ao controle estatal). Ordem do Mérito do Governo do Estado de Sergipe, a mais alta condecoração do Estado.

Page 16: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Chefe indígena que habitava a região de Aracaju, impondo forte resistência aos invasores.

APULCRO MOTA Rua do centro (Lei 54/1957).

Apulcro Mota Rabelo ou simplesmente Apulcro Mota (São Cristovão 1857 – Aracaju 1924) estudou no Ateneu, exerceu funções públicas na Alfândega e na Tesouraria Geral do Estado. Jornalista, redigiu A Reforma (1877-1889), a Gazeta de Sergipe (1890-1896) e o Diário da Manhã (1911-1924, com 2 anos de interrupção). Político, foi Secretário do Estado, no Governo de Vicente de Oliveira Ribeiro (1891), Secretário Geral em 1898, na interinidade de Daniel Campos, Deputado e Presidente da Assembléia, nesta condição assumiu o Governo do Estado com a renúncia de Martinho Garcez (1899) sendo eleito, depois, Vice- Presidente do Estado (1900-1902).

ARNALDO GARCEZ Auditório do Colégio Ateneu Sergipense, também conhecido como Teatro Ateneu, construído no Governo Arnaldo Garcez (1951-1955).

Arnaldo Rollemberg Garcez (Itaporanga 1911), agricultor e pecuarista, fez carreira política como Deputado Estadual em 1934, Governador do Estado (1951-1955), Deputado Federal (1959-1963, 1963-1967 e 1967-1971) e Prefeito, duas vezes, de Itaporanga da Ajuda.

No seu Governo foi criada a Faculdade de Serviço Social, construído o Parque de Exposições João Cleofas, o Conjunto Agamenom Magalhães, além do Auditório do Colégio Ateneu, inaugurado em 1954 com o Corpo de Baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

ARTUR BERNARDES Antigo nome da atual avenida Coelho e Campos.

Page 17: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Denominação anterior dada pelo Presidente Graccho Cardoso ao Instituto de Química, hoje Instituto de Tecnologia e Pesquisas de Sergipe.

Artur da Silva Bernardes (Viçosa-MG 1875 – Rio de Janeiro-RJ 1955), político brasileiro, foi vereador e prefeito de sua terra natal, Deputado Estadual e Deputado Federal, Secretário de Estado do Governo de Minas Gerais, antes de ser Presidente da República (1922-1926) e Senador. Participou da Revolução de 1930, da Revolução Constitucionalista de 1932, sendo derrotado e exilado em Portugal. Com a redemocratização de 1945 fundou o Partido Republicano, elegendo-se Deputado Federal, dedicando-se às campanhas nacionalistas pelo monopólio estatal do petróleo.

ASSIS CHATEAUBRIAND Conjunto residencial (Lei 591/1978), também conhecido como Bugio. Praça no bairro São José (Lei 45/1968)

Assis Chateaubriand (Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo, Umbuzeiro-PB 1891 – São Paulo-SP 1968), advogado e jornalista, fundador dos Diários Associados, a maior cadeia de comunicação do Brasil, com 34 jornais em 18 Estados e 23 cidades brasileiras e mais 36 emissoras de rádio e 18 de TV (foi ele, com a TV Tupi, quem trouxe a televisão para o Brasil). Foi político e diplomata e membro da Academia Brasileira de Letras.

ATENEU PEDRO II Nome que recebeu o Colégio Ateneu Sergipense, a partir de 1925, por decisão do Presidente do Estado, Graccho Cardoso, que mandou construir novo prédio, à avenida Ivo do Prado, em lugar do velho edifício da praça Camerino, (adquirido pelo Governo estadual em 1896), celebrando o Centenário do Nascimento do Imperador Pedro II.

Pedro II (Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano

Page 18: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Francisco Xavier de Paula Miguel Gabriel Rafael Gonzaga, Rio de Janeiro-RJ 1825 – Paris-França 1891), filho do Imperador Pedro I e da Imperatriz Leopoldina, governou de 1834, ainda menor, até a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889, quando foi deposto, seguindo para Portugal, onde morreu sua esposa Tereza Cristina, na cidade de Porto, transferindo-se para Paris, onde morreu.

Em 1859-60 visitou a Província de Sergipe nos seus lugares mais importantes, como Aracaju, São Cristovão, Laranjeiras, Estância, Barra dos Coqueiros, Maroim, Neópolis, Propriá, Porto da Folha, Ilha de São Pedro, Engenho Escurial, Canal do Pomonga.

AUGUSTO FRANCO Centro Administrativo (Governador), localizado no antigo Capucho. Conjunto Residencial construído na Farolândia (Lei 785/1981). Avenida no bairro Siqueira Campos (Lei 791/1981). Fundação criada e instalada em 1988, com sede na avenida Barão de Maroim, 448. Palácio do Governo, situado na avenida Adélia Franco.

Augusto do Prado Franco, nasceu em Laranjeiras, no dia 4 de setembro de 1912. Médico, empresário e político foi Deputado Federal (1967-1971), Senador (1971-1979), Governador do Estado (1979-1982) e novamente Deputado Federal (1983-1987) com a maior votação de todos os tempos: 102.006 votos, no universo de 323.374 votos válidos.

O Governo Augusto Franco, com seu acervo de realizações, é considerado um dos mais empreendedores da história administrativa de Sergipe, destacando-se a construção da Adutora do São Francisco, de 92 km de extensão, para o abastecimento de Aracaju e

Page 19: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

fornecimento de água aos projetos industriais ao longo da tubulação.

AUGUSTO LEITE Bairro de Aracaju (Lei 581/1978), antigo Cirurgia. Rua no Conjunto Sabino Ribeiro, no bairro Grageru (Lei 770/1981). Hospital da Clínicas.

Augusto César Leite (Riachuelo 30.7.1886 – Aracaju 9.2.1978), médico, jornalista e político. Estudou no Colégio Carneiro Ribeiro, na Bahia, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, especializando-se na Clínica de Mayo, em Minesota-Estados Unidos, e na Sorbone, em Paris, na França. Fundador da União Republicana, foi Deputado Estadual, Deputado Federal, Constituinte e Senador. Revolucionou a cirurgia em Sergipe, fundando o Hospital que leva o seu nome. Foi também fundador da Academia Sergipana de Letras e patrocinador de obras culturais e sociais.

AUGUSTO MAYNARD Jardim de Infância, à rua D. José Tomáz, criado e instalado em 1932. Avenida no bairro São José. Município sergipano (General), emancipado, tendo como sede o antigo povoado e vila de Marcação.

Augusto Maynard Gomes (Rosário do Catete 16 de fevereiro de 1886 – Rio de Janeiro-RJ 14 de agosto de 1957), militar e político, liderou os movimentos revolucionários de 13 de julho de 1924 e 19 de janeiro de 1926, depondo e prendendo o Presidente Graccho Cardoso. Foi Interventor Federal (1930-1935), Comandante do 28 BC (1937-1939), Ministro do Tribunal de Segurança Nacional (1940-1942), novamente Interventor Federal (1942-1945). Foi Senador (1947-1951 e 1955-1957). Reformou-se como general.

Page 20: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

BALTAZAR GOES Travessa no centro de Aracaju (Lei 050/1954).

Baltazar de Araujo Góes (Itaporanga 30.10.1853 – Aracaju 13.1.1914), funcionário público, jornalista e professor, trabalhou em Laranjeiras e em Aracaju, integrava o quadro de servidores da Tesouraria Provincial. Com o advento da República, da qual foi ardoroso propagandista, participou da Junta Provisória (1889-1890) e da Intendência (Prefeitura) de Aracaju. Foi professor da Escola Normal e do Ateneu, sendo interinamente Diretor do Ateneu e da Instrução Pública. Redigiu e colaborou com vários jornais, dentre eles O Laranjeirense e O Republicano.

BANDEIRA Praça no centro da cidade, antes conhecida como praça da Caatinga.

A Bandeira brasileira foi instituída com um dos símbolos nacionais pelos republicanos, em 1889.

BARÃO DE MAROIM Rua antiga do centro da cidade, hoje João Pessoa. Avenida no centro de Aracaju.

João Gomes de Melo, o Barão de Maroim (Maroim 18.9.1809 – Rio de Janeiro-RJ 23.4.1890), foi um dos mais influentes políticos de Sergipe provincial, líder do Partido Conservador e de facções partidárias como o Bagaceira, que combinado com o Camundongo do comendador Travassos é transformado em Saquarema. Foi Deputado Provincial, Deputado Geral (1853-1864) e Vice-Presidente da Província, assumindo o Governo com a doença, o afastamento e a morte do Presidente Inácio Barbosa (6.10.1855), em 27 de setembro de 1855, permanecendo até 27 de fevereiro de 1856. Teve decisiva participação na mudança da capital, de São Cristovão para Aracaju.

Page 21: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

BATISTÃO Estádio Estadual Lourival Baptista (Vide o nome Lourival Baptista).

BENJAMIM CONSTANT Travessa no centro, ao lado do Palácio Olímpio Campos.

Benjamim Constant Botelho de Magalhães (Niteroi-RJ 1836 – Rio de Janeiro-RJ 1891), militar, político e professor, foi um dos líderes do movimento republicano, sendo Ministro da Guerra do Governo Provisório da República. Considerado pela Constituição de 1891 “Fundador da República”, assumiu a Pasta da Instrução Pública, reformando o ensino, de todos os níveis, em todo o território nacional sob influência das idéias positivistas de Augusto Conte, de quem foi fiel seguidor.

Page 22: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

CAMERINO Praça central de Aracaju (Lei 39/1951) inaugurada durante os festejos do Centenário de Nascimento do crítico e historiador Silvio Romero, que também a denominava (Lei 38/1951). No centro da praça está o monumento a Silvio Romero, inaugurado no dia 21 de abril de 1951, em presença de familiares e convidados, destacando-se o folclorista Luiz da Câmara Cascudo.

Francisco Camerino (Estância 21.8.1841 – Paraguai 22.9.1866) era o voluntário paisano, que desde a adolescência pensava em defender o Brasil. Estava na Bahia quando eclodiu a guerra do Paraguai, levando-o a alistar-se e a participar do conflito, morrendo vítima de ferimentos em batalha.

CARLOS BURLAMAQUI Avenida no centro da capital, antes denominada Rua da Vitória.

Carlos César Burlamaqui, militar e político nascido em Portugal. Governou o Piauí de 1806 a 1810 e em 1820 foi nomeado Governador de Sergipe, assumindo em 20 de fevereiro de 1821, sendo logo deposto, preso e levado para a Bahia, que não reconhecia a independência de Sergipe. Era pai do brigadeiro Frederico Leopoldo César Burlamaqui (1803-1866) e de Tibério César Burlamaqui (1810-1863) nascidos no Piauí.

CARLOS FIRPO Avenida no centro da cidade (Lei 30/1958) que tem continuidade com a avenida João Ribeiro.

Carlos Firpo, médico renomado, foi Prefeito de Aracaju (1941-1942). Foi assassinado em sua própria casa, na rua de Campos, enquanto dormia, por criminosos contratados. O crime, ocorrido em 23 de março de 1958, agitou Aracaju, gerando várias versões sobre os mandantes, a partir de depoimentos dos executores, sem jamais ser esclarecido.

Page 23: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

CARVALHO DEDA, Deputado Rua no Conjunto João Alves, bairro São José (Lei 159/1970).

José de Carvalho Déda (Paripiranga-BA 1898 – Simão Dias 1968) exerceu, como provisionado, atividades de advogado, foi Deputado Estadual (1947-1951, 1951-1955 e 1955-1959) e estudioso da história de Simão Dias e das coisas do povo, publicando Simão Dias, Fragmentos de sua História (Aracaju: Livraria Regina, 1967) e Brefáias e Burundangas do Folclore Sergipano (Aracaju: Livraria Regina, 1967), recentemente lançado em 2ª edição (Maceió: Edições Catavento/Instituto Tancredo Neves, 2001).

CARVALHO NETO Praça no bairro de Atalaia. Escola da rede municipal de ensino, criada pela Lei 13 de 7 de julho de 1959. Sede da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção de Sergipe (Casa do Advogado), à travessa Martinho Garcez, 55.

Antonio Manoel de Carvalho Neto (Simão Dias 14.2.1889 – Aracaju 28.4.1954), advogado e político, destacou-se como pioneiro do Direito do Trabalho e do Direito Penitenciário. Foi Deputado Estadual (1912-1913) e Deputado Federal (1921-1923, 1924-1926 e 1951-1954). Foi o fundador do Instituto de Advogados, dirigiu a Revista Sergipe Judiciário e publicou diversos livros, destacando-se Cinzas da Província (1935) e Advogados.

CASTELO BRANCO Conjunto residencial construído na região da Jabotiana. Rua no Jardim Pai André. Escola da rede pública estadual, situada no bairro Industrial.

Humberto de Alencar Castelo Branco, militar (Mecejana-CE 1900 – Fortaleza-CE 1967), foi um dos líderes do movimento militar de 1964, que depôs o Presidente João Goulart e seu

Page 24: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

primeiro Presidente. Castelo Branco morreu no choque de um pequeno avião, em que viajava, com um caça da Força Aérea Brasileira, no espaço aéreo de Fortaleza.

CELSO DE CARVALHO Praça no Conjunto Castelo Branco.

Sebastião Celso de Carvalho (Simão Dias 24.1.1923), advogado e político, foi Prefeito de Simão Dias, Deputado Estadual (1955-1959 e 1959-1963), Vice-Governador (1963-1967), assumindo o Governo em abril de 1964, com a deposição e a prisão do Governador Seixas Dória, e Deputado Federal (1975-1979, 1979-1983 e 1983-1987).

CELSO OLIVA Rua do bairro 13 de Julho (Lei 48/1963).

Celso Pinto de Oliva, nascido em Boquim, cirurgião dentista, dedicou-se à literatura, à pintura e à fotografia, fundando a Sociedade Sergipana de Fotografia. Morreu em 13 de dezembro de 1962, em Brasília, no Distrito Federal, tendo os seus restos mortais trasladados para Aracaju em 15 de fevereiro de 1963.

CHICO MENDES Rodovia no Mosqueiro (Lei 1484/1989). Praça no Conjunto Orlando Dantas (Lei 1631/1990). Rua (Ecologista) na Farolândia (Lei 2259/1995).

Francisco Alves Mendes Filho, seringueiro, sindicalista (Porto Rico-AC 1944 – Xapuri-AC 1988), que lutou contra a destruição da floresta amazônica, sendo reconhecido internacionalmente. Foi assassinado a tiros, no quintal de sua casa, depois de receber da ONU o Prêmio Global 500.

CLODOMIR SILVA Travessa do bairro Getúlio Vargas (Lei 05/1964). Biblioteca pública municipal, situada no bairro Siqueira Campos.

Page 25: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Loja Capitular (Maçônica), à avenida 7 de Setembro, 176. Grêmio dos estudantes do Colégio Ateneu Sergipense.

Clodomir de Souza e Silva, jornalista, escritor, professor e político (Aracaju 20.2.1892 – Aracaju 10.8.1932). Pertenceu à Academia Sergipana da Letras, como fundador da Cadeira 13. Foi redator de diversos jornais sergipanos, Deputado Estadual (1920-1925) e membro eminente da Maçonaria Sergipana. Escreveu Álbum de Sergipe (1920), Minha Gente (1922, 2ª edição em 1962).

COELHO E CAMPOS Avenida no centro de Aracaju, no sentido leste oeste, por onde passavam os trilhos dos trens da Leste Brasileiro, antes denominada Artur Bernardes. Instituto Profissional, à rua de Propriá, instalado no terreno doado por Coelho e Campos, nos Governos Pereira Lobo (1918-1922) e Graccho Cardoso (1922-1926), depois incorporado ao SENAI.

José Luiz Coelho e Campos, advogado, político e magistrado (Divina Pastora 4.2.1843 – Rio de Janeiro-RJ 13.10.1919). Foi Deputado Provincial por três biênios, Deputado Geral em quatro legislaturas (1878-1888) e, aderindo a República, foi Senador (1890-1897, 1897-1906 e 1906-1914). Promotor e Juiz de Direito foi elevado à função de Ministro do Supremo Tribunal Federal (1913), na qual morreu.

CONSTÂNCIO VIEIRA Rua no Residencial Alberto Santos Dumont, no bairro Industrial (Lei 337/1973). Ginásio de Esportes situado na continuação da rua Vila Cristina.

Constâncio Vieira (7.4.1893 – Aracaju 5.2.1973), empresário, desportista e destacado integrante da Maçonaria em Sergipe.

COSTA E SILVA Conjunto residencial no bairro Siqueira Campos (Lei 269/1972).

Page 26: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Escola pública estadual, construída na avenida Rio de Janeiro, atual avenida Augusto Franco.

Artur da Costa e Silva, militar (Jaguari-RS 1902 – Rio de Janeiro-RJ 1969). Foi um dos líderes do movimento militar de 31 de março de 1964, assumindo o Ministério da Guerra (1964-1966) e a presidência da República (1967-1969), afastando-se por motivo de saúde.

CRISTOVÃO DE BARROS Rua do bairro 13 de Julho (Lei 638/1979).

Sertanista português, filho de Antonio Cardoso de Barros, participou de várias conquistas no Rio de Janeiro, em Cabo Frio e fez guerras contra os índios de Sergipe, em 1589, quando era Governador interino do Brasil.

Page 27: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

DELMIRO GOUVEIA Rua na Coroa do Meio (Lei 640/1979).

Delmiro Augusto da Cruz Gouveia (Ipu-Ceará 1863 – Pedra, atual Delmiro Gouveia-AL 1917). Pioneiro da industrialização do Brasil, criou uma fábrica de linhas de costura, e foi defensor da exploração energética da cachoeira de Paulo Afonso. Foi assassinado misteriosamente.

DESEMBARGADOR MAYNARD Avenida na zona oeste da cidade.

João Maynard, magistrado (Rosário 8.1.1877 – Aracaju 4.4.1933), foi Chefe de Polícia, Juiz de Direito e desembargador, sendo Presidente do Tribunal de Justiça do Estado em 1926.

DEUSDETH FONTES Travessa no centro de Aracaju, entre as ruas São Cristovão e Laranjeiras, também conhecida como Beco do Açúcar (Lei 79/1951).

Deusdeth Fontes, comerciante na Firma Fontes Irmãos & Cia, localizada na avenida Rio Branco 232, que administrava o Trapiche Lima. Nascido em Riachão do Dantas, era irmão do embaixador Lourival Fontes, homem forte do Governo Vargas, de dona Bebé (Genésia Fontes) e de Torquato, Gaspar e Silvino Fontes, sócios da mesma firma. Morreu em Aracaju em 19 de julho de 1951.

18 DO FORTE Bairro na zona norte, também denominado Joaquim Távora (Vide este nome) (Lei 05/1949).

18 do Forte foi o nome que tomou o levante tenentista de 1922 no Rio de Janeiro. O movimento dos jovens militares na capital federal precedeu a Revolução Paulista de 1924, a Coluna Prestes e as revoltas estaduais, como a de 13 de julho de 1924 e a de 18 de janeiro de 1926, em Sergipe.

DJENAL QUEIROZ

Page 28: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Avenida (General) no Condomínio Caminho das Árvores, no bairro Grageru (Lei 2544/1997).

Djenal Tavares Queiroz, militar e político (Frei Paulo 12.5.1916 – Aracaju 20.7.1997). Alternando funções militares e civis exerceu Secretarias de Estado – Fazenda, Habitação, Assuntos Parlamentares, Comando da Polícia Militar – e foi Deputado Estadual (1963-1967, 1967-1971, 1971-1975, 1975(foi Presidente do Poder Legislativo)-1979, 1987-1991 e 1991-1995). De 1979 a 1982 foi Vice-Governador, assumindo o Governo em maio de 1982, com a renúncia do Governador Augusto Franco para ser candidato a Deputado Federal.

DOM JOSÉ TOMÁZ Rua do bairro São José, antiga rua Nossa Senhora da Glória (Lei 22/1948). Praça no bairro Siqueira Campos.

José Tomáz Gomes da Silva, dito Dom José (Martins-RN 4.8.1873 – Aracaju 31.10.1948). Primeiro Bispo de Aracaju, eleito a 12 de maio de 1911, sagrado em 19.11.1911 e empossado no dia 4 de dezembro de 1911. No bispado de D. José é criado o Seminário de Aracaju, do qual saíram muitos padres, alguns deles religiosos ilustres como D. Avelar Brandão Vilela. Dom José foi substituído por Dom Fernando Gomes dos Santos (Patos-PB 1910 – Goiânia-GO 1985) que foi Bispo de 1949 a 1957, sendo substituído por Dom José Vicente Távora (Vide este nome).

DOM TÁVORA Bairro de Aracaju (Lei 51/1967). Praça no Conjunto Sabino Ribeiro (Lei 1077/1985).

José Vicente Távora, 3º Bispo de Aracaju (Orobó-PE 1910 – Aracaju 3.4.1970). Assumindo a Diocese de Aracaju, em lugar de D. Fernando Gomes dos Santos, (1960), D. Távora deu grande impulso às obras sociais da Igreja e ao Movimento de Educação de

Page 29: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Base – MEB. No seu bispado foi criada a Província eclesiástica de Sergipe, com a instalação das Dioceses de Estância e Propriá e a elevação de Aracaju a Arquidiocese. Com sua morte foi substituído por Dom Luciano José Cabral Duarte, que tomou posse como segundo Arcebispo de Aracaju em 13 de março de 1971.

DUQUE DE CAXIAS Rua do bairro São José, antes no bairro Joaquim Távora – 18 do Forte – (Lei 88/1955).

Luis Alves de Lima e Silva, barão, marquês e duque (Vila do Porto da Estrela-RJ 1803 – Barão de Juparaná-RJ 1880), militou com grande presença na vida brasileira, combatente nas principais campanhas, Ministro de Guerra várias vezes e herói nacional. É, desde 1962, Patrono do Exército Nacional.

Page 30: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

EDÉLZIO VIEIRA DE MELO Avenida no bairro São José (Lei 16/1967).

Edélzio Vieira de Melo, médico e político (Rosário 8.9.1909 – Aracaju 23.12.1962), filho do desembargador José Sotero. Formado pela Faculdade de Medicina da Bahia (1936) clinicou em Capela, assumindo naquela cidade a direção do Grupo Escolar Coelho e Campos. Foi Deputado Estadual (1947-1951), Vice-Governador (1951-1955), disputando, ainda, o Governo do Estado em 1954, contra Leandro Maciel e a Vice-governadoria em 1958, como companheiro de chapa de José Rollemberg Leite, perdendo as duas eleições. Foi também candidato a Deputado Federal em 1962, sem sucesso, morrendo logo após a eleição.

EDGAR BRITO Rua do Jardim Atlântico, na Atalaia (Lei 1580/1990).

Monsenhor Edgar Brito (Gararu 20.6.1907 – Aracaju 1.8.1989) ordenou-se no Seminário de Aracaju, sendo por isto mesmo considerado um dos padres de Dom José. Professor e jornalista, em 1947 foi eleito Deputado Estadual mudando-se, após o mandato, para Salvador, onde permaneceu até 1968, assumindo altas funções junto ao clero baiano. De volta a Sergipe em 1968, reintegra-se aos trabalhos religiosos, assumindo a Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, na avenida Pedro Calasans, em Aracaju, dando-lhe prédio novo, dinamizando suas atividades pastorais.

ENGENHEIRO PIRRO Rua do bairro Santo Antônio.

Sebastião José Basílio Pirro, engenheiro militar, foi contratado pela Província de Sergipe para levantar a Planta da cidade de Aracaju e edificar muitos dos seus edifícios públicos. Pirro foi também responsável pelas obras do canal do Pomonga, trabalhando sempre com outros profissionais da engenharia, como o uruguaio Cabrita.

Page 31: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Tinha residência na Barra dos Coqueiros, onde nasceu seu filho, o general Antonio Sebastião Basílio Pirro, em 1852. Este militar sergipano inventou um aparelho de Tiro ao Alvo que foi adotado pelo exército como “Mesa de Pontaria Pirro”.

EPIFANIO DÓRIA Biblioteca pública estadual.

Epifanio da Fonseca Dória e Menezes (Campos do Rio real, hoje Tobias Barreto 7.4.1884 – Aracaju 8.6.1976), jornalista, historiador, funcionário do Governo do Estado. Colaborou em diversos jornais, publicando, principalmente, as Efemérides Sergipanas, série de artigos sobre fatos e vultos da história de Sergipe. Documentarista, organizou os acervos da Biblioteca Pública do Estado, da qual foi Diretor, do Arquivo Público, do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, editando sua Revista e sendo o seu Secretário Perpétuo, e da Loja Capitular Cotinguiba.

ERONIDES CARVALHO Hospital Colônia de Serviço de Assistência a Psicopatas de Sergipe (Decreto 70/1941) depois mudado para Hospital Psiquiátrico Garcia Moreno. Praça no bairro Grageru (Lei 69/1969).

Eronides Ferreira de Carvalho, médico e militar, nascido em Canhoba, fez o curso de medicina da Bahia, concluindo-o em 1918, quando regressou a Sergipe lutou contra a gripe espanhola que grassava no Estado. Na política dividiu com Augusto Maynard o poder revolucionário de 1930 a 1945, sendo eleito indiretamente, Governador Constitucional em 1935. Realizou notável obra pública. Construiu os prédios da Biblioteca Pública, na praça Fausto Cardoso (hoje funciona o Arquivo Público), do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, na rua Itabaianinha, do Palácio Serigi, na

Page 32: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

praça General Valadão (atual Secretaria de Estado da Saúde) e o Hospital de Assistência a Psicopatas, em Nossa Senhora do Socorro, que levava seu nome e ampliou o Hospital de Cirurgia, dentre outros. Morreu no Rio de Janeiro, onde tinha um Cartório.

ESPERANTO Largo no centro de Aracaju, nas confluências das ruas Itabaianinha, Apulcro Mota, Geru, Divina Pastora, travessas Baltazar Goes e Hélio Ribeiro e avenida Carlos Firpo (Lei 253/1972). Rua no bairro Santo Antônio, depois mudada para Arnaldo Dantas (Lei 44/1960).

Esperanto, idioma artificial, criado pelo Dr. Zamenhof, como língua universal, em 1887, tendo como base a máxima internacionalidade das raízes e na invariabilidade dos elementos lexicológicos.

A Lei 759 de 31.10.1918 (Governo Pereira Lobo) instituiu em Sergipe o ensino facultativo do Esperanto na Escola Normal e Escolas Complementares da Capital.

ESTÁDIO ADOLFO ROLLEMBERG(Vide o nome Adolfo Rollemberg)

ESTÁDIO ESTADUAL LOURIVAL BAPTISTA(Vide o nome Lourival Baptista)

ESTÁDIO JOÃO HORA DE OLIVEIRA(Vide o nome João Hora de Oliveira)

ESTÁDIO SABINO RIBEIRO(Vide o nome Sabino Ribeiro)

EUCLIDES FIGUÊIREDO Avenida de contorno da zona norte, ligando o bairro Industrial ao Santos Dumont (Lei 898/1983), inaugurada pelo Governador Djenal Queiroz, contando com a presença do Presidente Figuêiredo.

Euclides de Oliveira Figuêiredo, militar (Rio de Janeiro-RJ 1883 – Campinas-SP 1963), participou do movimento tenentista e da Revolução Constitucionalista de São Paulo, em

Page 33: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

1932. Com a redemocratização foi Deputado Federal pelo Distrito Federal. Era pai do general João Figuêiredo, um dos presidentes do Brasil.

EUCLIDES PAES MENDONÇA Rua no bairro 13 de Julho.

Euclides Paes Mendonça (Itabaiana 3.11.1916 – Itabaiana 8.8.1963), empresário, integrante de uma família de vitoriosos comerciantes – Mamede Paes Mendonça e Euclides Paes Mendonça –, político, foi Prefeito de Itabaiana, Deputado Estadual (1955-1959), Deputado Federal (1963-1967) sendo assassinado na praça Fausto Cardoso, em Itabaiana, em pleno exercício do mandato, juntamente com seu filho, o Deputado Estadual Antonio de Oliveira Mendonça.

Page 34: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

FAUSTO CARDOSO Praça central de Aracaju (antiga praça do Palácio). No centro está o monumento em homenagem ao seu Patrono, feito pelo escultor Lourenço Petruci, e inaugurado no dia 8 de setembro de 1912, pelo Presidente do Estado, general José de Siqueira Menezes, com grande solenidade, sendo orador o jurista Gumercindo Bessa. Palácio Fausto Cardoso (antigo prédio da Assembléia Legislativa do Estado de Sergipe).

Fausto de Aguiar Cardoso, advogado, filósofo, poeta e político (Divina Pastora 22.12.1864 – Aracaju 28.8.1906), considerado o discípulo dileto de Tobias Barreto, redigiu e colaborou com diversos jornais de Sergipe, de Pernambuco e do Rio de Janeiro. Advogado renomado, orador brilhante, se fez político, exercendo mandato de Deputado Federal (1901-1902), sendo também eleito para a legislatura (1906-1908). Em 1906, tendo fundado o Partido Progressista, lidera em Sergipe uma revolução que no dia 10 de agosto depõe o Presidente Guilherme Campos. Atingido por um tiro, disparado por um integrante das forças legalistas, aquartelado para repor a autoridade do Governo, morre na praça do Palácio onde, seis anos depois, é homenageado. Publicou vários livros, destacando-se Concepção Monística do Universo (Rio de Janeiro: Laemment, 1894), Taxionomia Social (Rio de Janeiro: Tipografia Moraes, 1898) e Lei e Arbítrio, discurso em defesa de uma ditadura parlamentar, pelo Congresso Nacional (Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1902).

FLORENTINO MENEZS Rua do centro, próxima aos mercados, antes denominada São Vicente (Lei 24/1948). Escola pública da rede municipal de ensino, situada no Povoado Areia Branca.

Florentino Teles de Menezes (Aracaju 7.11.1886 – Aracaju 20.11.1959), professor e sociólogo, foi um dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe

Page 35: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

(1912) e da Academia Sergipana de Letras (1929). Foi Catedrático do Colégio Ateneu Sergipense e escreveu vasta obra de sociologia, destacando-se Leis de Sociologia Aplicadas ao Brasil (1913), Desenvolvimento Intelectual do Povos (1916), Escola Social Positiva (1917), O Partido Socialista Sergipano (1918), O Voto Secreto (1924), O Processo de Seleção na Sociedades e Influência do Clima nas Civilizações (Teses de Concursos, 1926), Tratado de Sociologia (Aracaju: Casa Ávila, s/d) e Grandezas, Decadência e Renovação da Vida (1952).

FRANCISCO PORTO Avenida no centro (Lei 44/1966). Avenida no bairro 13 de Julho (Lei 237/1971).Avenida no bairro Salgado Filho (Lei 683/1980), antes conhecida como avenida Saneamento.

Francisco de Souza Porto, comerciante e político (Siriri 31.1.1885 – Aracaju 10.7.1964), exerceu diversos mandatos de Deputado Estadual (de 1916 a 1930), sendo Presidente do Poder Legislativo, Intendente (Prefeito) de Aracaju e Presidente eleito do Estado, deixando de assumir por conta da vitória da Revolução de 1930. Com a redemocratização de 1945 preside a Comissão da Anistia, volta à cena política pela União Democrática Nacional – UDN, da qual foi Presidente e é eleito Deputado Estadual (1947-1951, 1955-1959 e Suplente de 1951-1955).

FREI PAULO Município sergipano, elevado à categoria de cidade (Lei 797/ 23.10.1920) sob a denominação de São Paulo e conhecido, popularmente, como São Paulo Moleque. Depois (2.3.1938) passa a ter o nome do seu fundador – Frei Paulo –, denominação confirmada pelo Decreto-Lei 377 de 31 de dezembro de 1943.

Page 36: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Rua do bairro São José, transversal da avenida Hermes Fontes.

Frei Paulo Antonio Danele di Rovejno Casanova (Gênova-Itália 1.12.1813 – Salvador-BA 30.1.1891), dito Frei Paulo Antonio, entrou para o noviciado em 1834, ordenando-se sacerdote em 1837, sendo admitido no Colégio da São Fidelis em 1843. No ano seguinte veio para o Brasil, inicialmente para o Espírito Santo, onde pregou e missões e construiu igrejas. Chegou a Sergipe em 1855 e ficou até 1872, quando assumiu a Vice Prefeitura dos Capuchinhos. Em 1867 pregou santa missão na Chã do Jenipapo, na região de Itabaiana, onde construiu um tanque para enfrentar a seca (aproximadamente 45 metros de comprimento, 40 de largura e mais de 3 de comprimento). Começou a construção de uma capela, que ficou pronta 9 anos depois, voltando ele para rezar a 1ª Missa, em 1879, quando da missão pregada por ele e pelo frei Davi de Umbértidi. A Igreja foi dedicada ao Apóstolo São Paulo, que deu o nome primitivo ao povoado.

Page 37: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

GARCIA MORENO Largo do bairro 13 de Julho (Lei 534/1977). Rua no bairro Palestina. Hospital Psiquiátrico, em Nossa Senhora do Socorro, (antes denominado Eronides Carvalho), criado durante a II Reunião da Sociedade de Neurobiologia, Psiquiatria e Higiene Mental do Nordeste Brasileiro (de 20 a 25 de outubro de 1940) em Aracaju e inaugurado no dia 21. A sugestão do nome do Governador coube a Ulisses Pernambucano de Melo. O Diretor era o médico Garcia Moreno.

João Batista Perez Garcia Moreno, médico, professor e escritor (Laranjeiras 2.12.1910 – Aracaju 21.10.1976). Formado na Bahia (1933), dedicou-se a psiquiatria, dirigindo o Hospital-Colônia Eronides Carvalho, criado e inaugurado em 1940, dentro do complexo de Assistência Psicopata, e desenvolvendo pesquisas e estudos de psicopatologia. Em 1942 ingressa na Academia Sergipana de Letras e em 1944 participa da fundação do Centro de Estudos Econômicos e Sociais de Sergipe. No magistério destaca-se na congregação do Ateneu e com a criação das escolas superiores ensina na Faculdade de Direito (1951) e na de Medicina (1962), sendo Diretor desta última. Na condição de decano do ensino superior assume a Vice Reitoria e a Reitoria da Universidade Federal de Sergipe. Publicou Pequenos Discursos (1946), Letras Vencidas (1955), Cajueiros dos Papagaios (1960), Doce Pronúncia (1960), dentre outros.

GENERAL CALASANS Rua do bairro Industrial.

José de Calasans (Itabaiana 27.8.1863 – Aracaju 31.10.1948), militar com destacada atuação nos movimentos revolucionários republicanos e tenentistas, assumindo o Governo de Sergipe como o primeiro Presidente Constitucional, em 1892.

GENERAL MAYNARD(Vide o nome Augusto Maynard Gomes)

Page 38: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

GENERAL VALADÃO Praça no centro de Aracaju, primitiva praça da Caatinga, depois 24 de Outubro, onde está o monumento em sua homenagem, inaugurado pelo Presidente Graccho Cardoso, no dia 24 de outubro de 1924. Escola pública da rede estadual de ensino, localizada à avenida Carlos Burlamaqui, esquina com Siriri, construída no Governo Graccho Cardoso (1922-1924) em substituição ao Grupo Escolar General Valadão, existente desde 1917 na praça Pinheiro Machado (hoje Tobias Barreto) e que atualmente serve de sede da Secretaria de Estado da Segurança Pública.

Manoel Presciliano de Oliveira Valadão, militar e político (Neópolis 4.1.1849 – Rio de Janeiro-RJ 10.11.1921), participou da Guerra do Paraguai e da Proclamação da República, reformando-se como general. Foi Secretário de Floriano Peixoto no Ministério da Guerra e Chefe de Polícia do Distrito Federal. Na política foi Deputado Federal (1891-1893) integrando a Comissão dos 21 encarregados da elaboração da Constituição de 1891. Exerceu outras vezes o mandato de Deputado Federal (1893-1896/1897, 1903-1905, 1906-1908), renunciando para assumir o Senado (1906-1908, na vaga do Monsenhor Olímpio Campos, para completar o mandato, até 1909). Foi ele mais duas vezes Senador (1912-1920 e 1921-1930), morrendo no início do novo mandato. Governou Sergipe de 1894-1896 e 1914-1918, deixando marca de empreendedor e modernizador do Estado.

GENTIL TAVARES Avenida no bairro Getúlio Vargas (Lei 632/1979).

Gentil Tavares da Mota, engenheiro civil, professor e político (Frei Paulo 11.10.1892 – Aracaju 17.9.1970). Foi Deputado Estadual (1912-1914) e Deputado Federal, inicialmente substituindo Graccho Cardoso (1924), sendo eleito para as

Page 39: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

legislaturas seguintes (1924-1926, 1927-1929).

GERALDO SOBRAL Avenida (Ministro) no bairro Jardins (Lei 1953/1992). Rua (Ministro) na Foz do Tramandaí, bairro Jardins (Lei 2414/1996). Edifício sede da Justiça Federal, Seção Judiciária de Sergipe, no Centro Administrativo Governador Augusto Franco (antigo Capucho).

Geraldo Barreto Sobral, advogado e magistrado (Aracaju 24.1.1937 – Brasília 17.8.1992), foi Juiz Federal em Sergipe e Ministro do Superior Tribunal Federal.

GETULIO VARGAS Bairro de Aracaju. Avenida (Presidente) no bairro Santo Antônio (Lei 24/1957). Praça no bairro São José, também conhecida como praça do Mini Golfe, onde foi colocado um Monumento em sua homenagem, inaugurado em 10 de novembro de 1938, quando era celebrado o primeiro ano do Estado Novo. Escola pública da rede municipal de ensino, localizada na praça Dom José Tomáz, no bairro Siqueira Campos (Lei 49/1957) instalado em 1960.

Getúlio Dorneles Vargas, político (São Borja-RS 1883 – Rio de Janeiro-RJ 1954), foi figura destacada da vida brasileira. Deputado Estadual e Deputado Federal, Presidente do Estado do Rio Grande do Sul e candidato a Presidente da República (1930), liderou a Revolução de 1930, assumindo a Chefia do Governo Provisório. Enfrentou a Revolução Constitucionalista de São Paulo (1932) e a Intentona Comunista (1935) decretando o Estado Novo (1937), permanecendo no Poder até 1945. Em 1950 é eleito Presidente da República, suicidando-se em 1954 (24.8). Seus Governos marcaram a história do Brasil, sobre todos os aspectos.

GINÁSIO DE ESPORTES CONSTÂNCIO VIEIRA

Page 40: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

(Vide o nome Constâncio Vieira)

GODOFREDO DINIZ Praça no logradouro público de forma triangular situada entre as avenidas Carlos Burlamaqui e João Ribeiro (Lei 37/1951). Jardim na Atalaia (Lei 02PL/1964).

Godofredo Diniz Gonçalves (Aracaju 16.7.1898 – Aracaju 26.4.1993), desportista, comerciário, líder classista e político, foi Deputado Estadual Constituinte (1934-1937), deixando o mandato para ser Prefeito de Aracaju (1935-1941), durante o Governo Constitucional de Eronides Carvalho. Foi Deputado Federal (1949-1950) e novamente Prefeito da Capital, desta vez eleito (1963-1967).

GONÇALO PRADO Avenida no bairro São José (Lei 22/1958), entre a rua de Propriá e o bairro São José. Avenida no centro (Lei 236/1971).

Gonçalo Rollemberg do Prado (Rosário ? – Aracaju 3.8.1957), empresário e político, também conhecido como Gonçalo das Pedras, pois era o proprietário da Usina Pedras, no município de Maroim, onde exerceu suas atividades político-partidárias. Foi um dos maiores criadores de gado, das raças Zebu e Holandesa.

GONÇALO ROLLEMBERG LEITE Avenida no bairro São Domingos Sávio (Lei 548/1977).

Gonçalo Rollemberg Leite, professor, jornalista e jurista (Riachuelo 14.2.1906 – Aracaju 17.7.1977), bacharelou-se pela Faculdade de Direito de Minas Gerais (1927), passando a atuar como Promotor de Justiça. Foi, por muitos anos, Procurador Geral do Estado. Fundou e dirigiu a Faculdade de Direito de Sergipe, sendo um dos seus mais respeitados professores. Também exerceu a Cátedra na Faculdade Católica de Filosofia. Integrou a Academia Sergipana de Letras,

Page 41: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

ocupando a Cadeira 23, na vaga do seu irmão Leite Neto (1967). Foi Diretor e Redator de A República e colaborou com jornais e revistas. Publicou, entre outros, A Árvore (Paraisópolis: Tipografia e Papelaria São José, 1928), Raças (Aracaju: Gráfica Editora, 1937), A Graça e a Reabilitação (Aracaju, 1942), Direito Civil (Aracaju: Livraria Regina, 1954), Contratos Imorais (Aracaju: Livraria Regina, 1959), João Ribeiro (Aracaju: Livraria Regina, 1962 – Separata da Revista da Faculdade Católica de Filosofia Ano 1, nº 1, 1961), O Direito e as Letras (Aracaju: Livraria Regina, 1968 – discurso de posse na Academia Sergipana de Letras, 1967), Expressão Cultural de Sergipe (Aracaju: Livraria Regina, 1970 – Separata da Revista da Faculdade de Direito de Sergipe, 1967).

GRACCHO CARDOSO Praça no centro de Aracaju (Lei 42/1951), no local público em frente ao Ateneu (então Colégio Estadual de Sergipe), depois denominado Largo Graccho Cardoso (Lei 42/1954). Edifício da Câmara Municipal de Aracaju. Município da região do sertão do São Francisco, por elevação da Vila de Tamanduá, emancipada do território de Aquidabã (1953).

Maurício Graccho Cardoso, professor e político sergipano (Estância 9.8.1874 – Rio de Janeiro-RJ 3.5.1950), filho do professor Brício Cardoso, estudou na Escola Militar, participando ativamente dos movimentos militares dos primeiros anos da República. Deixa a Escola e entra na Faculdade de Direito, no Rio de Janeiro e no Ceará, onde fixa residência, casa e entra na vida pública como Secretário de Estado da Fazenda, Deputado Estadual, Deputado Federal, sempre formando no grupo político do Dr. Nogueira Acioly. Com o declínio do líder, Graccho Cardoso assume funções no Governo Federal e de professor e retorna a Sergipe onde é eleito Deputado Federal (1921-1923), foi eleito para o Senado,

Page 42: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

na vaga decorrente da morte de Oliveira Valadão, mas não cumpriu o mandato por ter sido eleito Presidente do Estado, 1927-1929, 1930-1932, legislatura interrompida pela Revolução de 1930). Com a redemocratização de 1945 foi novamente eleito Deputado Federal (1946-1950), presidindo as Sessões Preparatórias e assumindo, por eleição, a Vice Presidência da Câmara. Morreu no Plenário, quando se dirigia para a Mesa, para presidir uma sessão. Graccho Cardoso foi um dos mais importantes administradores sergipanos. O seu Governo foi marcado, politicamente, por dois levantes dos tenentes liderados por Augusto Maynard Gomes, um no dia 13 de julho de 1924, sendo Graccho Cardoso deposto e preso, outro em 19 de janeiro de 1926, de curta duração e sem maiores conseqüências. Sergipe experimentou fase de notável progresso com o Governo Graccho Cardoso, que construiu vários Grupos Escolares, o prédio da Prefeitura de Aracaju, o Atheneu Pedro II, o Mercado Modelo, a Associação Comercial de Sergipe, o Colégio Nossa Senhora de Lourdes, fundou duas Faculdades, a de Farmácia Aníbal Freire da Fonseca e a de Direito Tobias Barreto, criou o Instituto de Química e o Instituto Parreiras Horta, dentre outros.

GUILHERME CAMPOS Rua no bairro São José (Leis 33/1950 e 06/1966) em substituição à rua de Campos.

Guilherme de Souza Campos (Itabaianinha 10.2.1850 – Aracaju 3.10.1923), desembargador, foi, por sete vezes, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe (de 1899 a 1905). Por ser irmão do Monsenhor Olímpio Campos é eleito Presidente do Estado (1906), enfrentando, no mesmo ano, a revolta pelo Deputado Federal Fausto Cardoso.

GUMERCINDO BESSA Rua do bairro Santo Antônio (Lei 274/1972).

Page 43: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Fórum do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, primeiro nas dependências do TJS, depois em sua sede própria, no Centro Administrativo Governador Augusto Franco. Colar do Mérito do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe.

Gumercindo de Araujo Bessa, advogado, magistrado e jornalista (Estância 2.1.1859 – Nossa Senhora do soco Mucuri 24.8.1913), estudou no Seminário da Bahia, antes de ingressar na Faculdade de Direito do Recife, sendo aluno de Tobias Barreto, assistindo ao seu célebre concurso (1882), deixando registro em O que é o Direito (1885). Deputado Provincial (1888) e Deputado Federal (1909-1911). Participou da instalação do Tribunal de Apelação de Sergipe (16.11.1891) como desembargador e seu Presidente, que foi substituído pelo Tribunal de Relação, criado pela Constituição de 1892. Ficou conhecido em todo o Brasil pela defesa que fez dos acreanos, na questão movida pelo Estado do Amazonas e que tinha como advogado Rui Barbosa. A abundância e a riqueza dos argumentos utilizados pelo advogado sergipano ensejou a expressão ‘à Bessa’, como abundante, copioso.

Page 44: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

HÉLIO RIBEIRO Travessa no centro comercial (Lei 82/1951).

Hélio da Silva Ribeiro (Aracaju 6.4.1914 – Belo Horizonte-MG 25.9.1951), empresário, advogado e líder católico, presidiu a Liga Eleitoral Católica na década de 1940 em Sergipe, orientando o eleitorado católico na defesa de posições assumidas pela hierarquia da Igreja.

HERACLITO ROLLEMBERG Avenida (Prefeito) no bairro São Conrado (Lei 803/1981).

Heráclito Guimarães Rollemberg, advogado e político (Laranjeiras 3.2.1941), exerceu funções públicas federais no extinto IAPM, foi Deputado Estadual (1967-1971, 1971-1975, 1975-1979) e Presidente da Assembléia Legislativa, Prefeito de Aracaju (1979-1985), Senador Suplente (1979-1987), assumindo, por alguns meses, o mandato. É Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe, tendo sido seu Presidente.

HERMES FONTES Avenida no bairro Suissa.

Hermes Floro Bartolomeu Martins de Araujo Fontes (Boquim 28.8.1888 – Rio de Janeiro-RJ 25.12.1930), jornalista e poeta, colaborou em diversos jornais e revistas do País. Foi considerado um dos maiores poetas do seu tempo. Participou, em 1929, da fundação da Assembléia Sergipana de Letras, ocupando a Cadeira 16. Seus livros principais são: Apoteoses (1908), Gênesis (1923), Miragem do Deserto (1917), A Lâmpada Velada (1922), Despertar (1922), A Fonte da Mata (1930).

HILDETE FALCÃO BATISTA Avenida no bairro de Atalaia (Lei 2069/1993). Maternidade no bairro Siqueira Campos.

Hildete Falcão Batista nasceu em Feira de Santana-BA e morreu no Rio de Janeiro-RJ, no Aeroporto do Galeão,

Page 45: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

quando aguardava o embarque para viagem ao exterior, ao lado do marido, Lourival Baptista, e de outros familiares.

HOSPITAL DAS CLÍNICAS AUGUSTO LEITE(Vide o nome Augusto Leite)

Page 46: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

INÁCIO BARBOSA Monumento ao fundador de Aracaju, inaugurado em 1917, na praça que tomou o seu nome, entre o Mercado Modelo e a Estação da Viação Leste Brasileiro. Os restos mortais do Presidente Inácio foram inicialmente depositados em túmulo adquirido em Pernambuco, nos fundos da Casa de Oração São Salvador, na antiga rua do Barão (João Pessoa). Mais tarde foi construído um Obelisco, no Jardim da praça José de Faro (antes Jardim Olímpio Campos) atrás da Assembléia, de onde foi retirado em 29 de janeiro de 1917, em cumprimento da Lei 695 de 9.1.1915. Praça Inácio Barbosa, situada na extremidade meridional da avenida Ivo do Prado (Lei 33/1951) para onde foi transferido o Monumento. Prédio sede da Prefeitura de Aracaju, à praça Olímpio Campos (Lei 54/1951). Conjunto residencial no bairro de mesmo nome (Lei 324/1973). Avenida no bairro Atalaia (Lei 1485/1989).

Inácio Joaquim Barbosa, advogado e administrador público e político (Rio de Janeiro-RJ 10.10.1821 – Estância 6.10.1855), bacharelou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo (1844), foi funcionário do Tesouro Nacional, Secretário da Província do Ceará, Deputado Geral pela mesma Província (1851) e Presidente da Província de Sergipe nomeado em 7.10.1853, assumindo em 17.11 do mesmo ano, governando até ser acometido da conhecida “Febre de Aracaju”, em 9 de setembro de 1855. Foi no seu Governo que efetivou-se a mudança da capital, de São Cristovão para Aracaju (Resolução 413 de 17 de março de 1855).

IVO DO PRADO Avenida central de Aracaju, à margem do rio Sergipe, desde a praça Fausto Cardoso até a avenida Augusto Maynard.

Ivo do Prado Montes Pires de França, militar, político e historiador (São Cristovão 20.5.1860 – Rio de Janeiro-RJ 25.4.1924), teve destacada

Page 47: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

participação no movimento da Proclamação da República, exercendo diversas funções militares relevantes, na capital da República, no Mato Grosso e em outros lugares. Foi Deputado Constituinte (1890-1894) e Deputado Federal (1921-1923). Escreveu, dentre outros, A Capitania de Sergipe e suas Ouvidorias (1919) fazendo a mais completa defesa dos limites do Estado de Sergipe.

Page 48: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

JACKSON DE FIGUEIREDO Terminal Hidroviário de Aracaju (1982), no Largo que tem o seu nome e onde foi construído monumento em sua homenagem, inaugurado no dia 1º de janeiro de 1939, depois colocado na frente do novo prédio. Escola pública da rede estadual de ensino, adquirida pelo Governador Antonio Carlos Valadares (1987-1991) dos professores Benedito Oliveira e Judite Oliveira, seus Diretores.

Jackson de Figueiredo Martins, poeta, escritor e pensador católico (Aracaju 9.10.1891 – Rio de Janeiro-RJ 4.11.1928), fundou o Centro Dom Vital e a Revista A Ordem, tendo como projeto recatolicizar a intelectualidade e por extensão à literatura brasileira. Publicou vasta obra de propaganda e reflexão, livros de poesia e prosa, além de uma rica correspondência, principalmente com o escritor, por ele convertido, Alceu Amoroso Lima, o Tristão de Ataíde.

JOÃO ALVES Rua (Construtor) no bairro São José (Lei 13/1965).

João Alves (Propriá 6.7.1921 – Aracaju 31.10.1998), empresário da construção civil, responsável pelas obras do Conjunto Agamenom Magalhães e pela construção de casas, que financiava através de sua própria construtora. Foi o responsável pela expansão do bairro São José, abrindo várias ruas, ligando-o ao bairro 13 de Julho.

JOÃO ALVES FILHO Rua do Conjunto Jardins. Palácio, sede do Poder Legislativo do Estado de Sergipe, na praça Fausto Cardoso. Conjunto residencial em Nossa Senhora do Socorro. Escola pública da rede estadual de ensino. Centro de Criatividades (Governador), situado na rua Saturnino de Brito (antiga Caixa d’Água).

João Alves Filho, engenheiro civil, empresário e político (Aracaju

Page 49: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

3.6.1941), graduou-se na Escola Politécnica da Bahia. Conciliando sua vida empresarial na Habitacional Construções com a administração pública aceitou o convite do Governador José Rollemberg Leite e assumiu a Prefeitura de Aracaju (1975-1979), projetando uma imagem moderna de administrador, concorrendo ao Governo do Estado (1982) cumprindo um mandato e empreendedor, sendo reeleito em 1990 e 2002, sendo o único sergipano a ocupar, por três vezes, o Governo do Estado. Realizou diversas obras de adutora, estradas, edifícios públicos e deu prioridade a projetos de irrigação, como o Califórnia e o Platô de Neópolis, continuado pelo Governador Albano Franco. Construiu o Teatro Tobias Barreto, concluído e inaugurado em 17 de Março de 2002, pelo Governador Albano Franco.

JOÃO HORA DE OLIVEIRA Estádio do Clube Esportivo Sergipe, situado na avenida Augusto Franco. Alameda na Coroa do Meio (Lei 1551/1989).

João Hora de Oliveira, comerciante e desportista, construiu nos anos 1950, em lugar do Café Central, na esquina da rua de João Pessoa com Laranjeiras, o Edifício Maiara, destinado a escritórios e consultórios, tendo no térreo a sua loja de tecidos A MODA. Benemérito do Clube Esportivo Sergipe.

JOÃO PESSOA Rua no centro comercial de Aracaju, antiga rua do Barão de Maroim, depois Japaratuba (1930).

João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque (Umbuzeiro-PB 1878 – Recife-PE 1930), político, Presidente do Estado da Paraíba (1928), assassinado no Recife, ensejando, com sua morte, o irrompimento da Revolução de 1930, liderada por Getúlio Vargas.

JOÃO QUINTILIANO DA FONSECA Rua no centro comercial (Lei 57/1957).

Page 50: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Travessa no centro comercial, entre a travessa Hélio Ribeiro e a rua Divina Pastora (Lei 341/1967).

João Quintiliano da Fonseca (Maroim 14.4.1886 – Aracaju 8.3.1956), dito João Fonseca, natural de Maroim, viveu na Alemanha. Comerciante, integrou com a família a firma A. Fonseca, criada em Maroim.

JOÃO RIBEIRO Avenida ligando o centro comercial ao bairro Santo Antônio, antes denominada Independência (década de 1930). Casa de Cultura, em Laranjeiras, reunindo objetos, quadros, livros e escritos diversos.

João Batista Ribeiro de Andrade Fernandes, dito João Ribeiro, jornalista, filólogo, historiador, folclorista (Laranjeiras 24.6.1860 – Rio de Janeiro-RJ 13.4.1934). Funcionário da Biblioteca Nacional (1885), professor de Português do Colégio Pedro II (1887), depois de História Universal (1890), conclui o curso Jurídico na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro (1890). Desde 1895 viaja a Europa, visitando diversos países e estudando pintura com renomados professores. Em 1898 ingressou na Academia Brasileira de Letras, sendo eleito, em 1927, seu Presidente, renunciando imediatamente ao cargo. Publicou diversas obras de poesia, de filologia, de história, de crítica e de folclore, como as Gramáticas Portuguesas para o 1º ano (1886) 2º ano – curso médio (1887) 3º ano – curso superior (1887), História do Brasil, Curso Primário (1900) Curso Médio (1900) Curso Superior (1900), Páginas de Estética (1905), Compêndio de História da Literatura Brasileira, com Silvio Romero (1906), Frases Feitas (1908), o Fabordão (1910), o Folclore (1919), A Língua Nacional (1921), Colméia (1923), dentre outras.

JOÃO RODRIGUES Avenida ligando o centro comercial ao bairro Industrial.

Page 51: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Praça (Industrial / João Rodrigues da Cruz) no Conjunto Augusto Franco (Lei 1027/1984).

João Rodrigues da Cruz, filho de um do mesmo nome (Salvador-BA 9.7.1844 – Maroim 13.3.1893), comerciante e industrial, chegou em Sergipe em 1874, fixando-se em Maroim, trazendo capitais para investi na terra sergipana, que lhe parecia próspera, fundando firma com o seu nome, de importação e exportação, a partir de 1893 denominada Cruz & Irmãos, adquirindo diversos trapiches e fundando a Fábrica de tecidos Sergipe Industrial (1882-1884) em Aracaju, no bairro Industrial, a primeira de Sergipe, ainda hoje em funcionamento.

JOÃO XXIII Praça no centro comercial (Lei 13/1963) junto a praça Godofredo Diniz.

O Papa João XXIII (1888-1963), nascido Ângelo Giuseppe Roncalli (Sotto il Monte 1888 – Roma 1963), convocou o Concílio Vaticano II (1962) para atualizar a Igreja. Suas Eucíclicas Mater et Magistra (Mãe e Mestra, 1961) e Pacem in Terris (Paz na Terra, 1963) obtiveram grande repercussão no mundo.

JOAQUIM TÁVORA Bairro na zona norte, também conhecido como 18 do Forte (Lei 05/1949), onde em 1938 (Decreto-Lei de 25.5) considerou de utilidade pública do lugar denominado Telha, com área total de 255.647 m², para a construção da Linha de Tiro do 28 BC (Quartel do 28 BC).

Joaquim Távora, militar nascido no Ceará, irmão de Juarez Távora, integrou, como Capitão, o grupo de jovens revolucionários que a partir de 1922 e até 1930 agitou o Brasil com ideais revolucionários.

JORGE AMADO Avenida na Foz do Tramandaí – birro Jardins (Lei 908/1983).

Jorge amado, escritor, filho de sergipano (Piranji-BA 1912 – Salvador-

Page 52: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

BA 2001), foi um dos maiores autores da Literatura brasileira, recordista de venda de livros no Brasil, com dezenas de edições no exterior. Foi Deputado Federal, pelo Estado de São Paulo em 1946, pela legenda do Partido Comunista Brasileiro. Escreveu dentre outros: Cacau (1933), Suor (1934), Jubiabá (1935), Mar Morto (1936), Capitães de Areia (1937), Gabriela Cravo e Canela (1958), Os Velhos Marinheiros (1962), Dona Flor e seus dois Maridos (1966), Tereza Batista cansada de Guerra (1972), Tiêta do Agreste (1977). Muitos de seus livros têm passagens, cenários e personagens sergipanos. Viveu algum tempo em Estância, freqüentando a Papelaria Modelo, de José Nascimento, dedicando àquela livraria, que era um ponto de convergência da cidade, um texto representado, mas nunca publicado.

JOSÉ CONRADO DE ARAUJO Bairro na zona oeste da cidade. Escola pública da rede municipal de ensino (Lei 23/1962). Avenida no bairro Industrial. Rua no Loteamento Coqueiral. Rua no bairro América. Rua e travessa no bairro Atalaia.

José Conrado de Araujo (Mangues, entre os municípios de Boquim, Lagarto e Salgado, 10.6.1906 – Aracaju, Sítio Quem Dera 9.5.1963). Político, foi Intendente de Boquim, Prefeito de Aracaju (1959-1962) e Secretário da Fazenda no Governo Seixas Dória (1963). Sua morte, ainda não esclarecida, foi atribuída a um acidente com arma de fogo, enquanto descansava numa rede, no seu sítio, ao lado de sua companheira Ruth Dulce de Almeida.

JOSÉ DE FARO Travessa no centro. Rua no bairro salgado Filho (Lei 53/1965).

José de Faro Rollemberg, empresário rural (Capela 2.1845 –

Page 53: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Maroim 1.10.1889), proprietário de vários engenhos, foi um dos homens mais arejados e atualizados do seu tempo. Amigo de Fausto Cardoso e de Tobias Barreto, abraçou as causas da abolição da escravatura, libertando os seus escravos e exortando a que outros senhores fizessem o mesmo. Benemérito da cultura foi um dos fundadores do Gabinete de Leitura de Maroim, integrou a sua Comissão de Contas e foi seu Presidente (1888-1889). Como político presidiu o Conselho Municipal de Maroim, foi Deputado Provincial e Vice-Presidente da Província, assumindo o Governo de 9 a 27 de junho de 1885.

JOSÉ DO PRADO FRANCO Rua no centro comercial, entre a praça General Valadão e a avenida Coelho e Campos (Lei 76/1951).

José do Prado Franco, também conhecido como Zezé do Pinheiro (Riachuelo 14.2.1905 – Aracaju 20.11.1949), empresário da agro-indústria açucareira, diretor da Usina Central de Riachuelo, do Banco Comércio e Indústria de Sergipe e da Companhia Industrial São Gonçalo, em São Cristovão.

JOSÉ RAMOS DE MORAIS Conjunto residencial no bairro Siqueira Campos. Largo no bairro Cirurgia (Lei 1108/1985).

José Ramos de Morais, empresário e dirigente sindical, patronal (Itaporanga 3.10.1903 – Aracaju 9.5.1975), dirigiu a fIrma Vieira & Garcez, depois Morais Cia Ldta – venda de automóveis e fábrica de sabão (Saboaria Celeste). Presidiu, por muitos anos, a Federação do Comércio do Estado de Sergipe, construindo vários equipamentos administrativos e desportivos com a sede da Federação e o Ginásio de Esportes Charles Montz. Construiu também os conjuntos residenciais José Pinto Freire e José Ramos de Morais, para comerciários.

Page 54: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

JOSÉ ROLLEMBERG LEITE Terminal Rodoviário de Aracaju, na avenida de Contorno, entrada da cidade. Escola pública da rede estadual de ensino, localizada junto ao Conjunto Agamenom Magalhães. Auditório do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, à praça Fausto Cardoso. Auditório da Faculdade Pio X, à rua Estância, 382.

José Rollemberg Leite, professor, engenheiro pela Escola de Minas de Ouro Preto, e político (Riachuelo 19.9.1912 – Aracaju 24.10.1996), exerceu diversas funções técnicas e com e redemocratização de 1945 elegeu-se Governador do Estado (1947-1951), realizando uma gestão de grandes empreendimentos, como a criação da rede de Escolas Normais, no interior do Estado, a criação da Escola Normal Rural Murilo Braga (1948), hoje Colégio Murilo Braga, a criação das primeiras faculdades, a de Economia e a de Química, auxiliando com recursos a de Direito e a de Filosofia. Foi Senador Suplente, assumindo a cadeira com o falecimento do seu irmão, Leite Neto, (1951-1971) e novamente Governador do Estado (1975-1979), construindo o prédio do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, o Terminal Rodoviário, o Colégio Acrísio Cruz, dentre outros.

JOSÉ SAMPAIO Rua no bairro Siqueira Campos. Quando de sua morte em 1956, os estudantes da Academia Clodomir Silva, do Colégio Estadual de Sergipe (Ateneu) fizeram movimento junto à Câmara de vereadores para dar à rua de Santa Rosa o nome de Poeta José Sampaio, tendo o Vereador Roque Simas apresentado o respectivo Projeto, que foi aprovado.

José de Aguiar Sampaio, comerciante e poeta (Carmópolis 2.5.1913 – Aracaju 3.4.1956), foi considerado o cantor do drama dos humildes, líder da juventude, com sua poesia engajada. É o autor de Nós

Page 55: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Acedemos as Nossas Estrelas (1954) e teve suas Obras Completas publicadas pelo Movimento Cultural de Sergipe, dirigido por José Augusto Garcez (1956). Jackson da Silva Lima, que havia organizado os Esparsos e Inéditos de José Sampaio (1967), organizou José Sampaio Poesia & Prosa (1992) .

JOSÉ SARNEY Rodovia ligando a Praia de Aruana, no Mosqueiro, pela costa.

José Ribamar Ferreira de Araujo Costa, dito José Sarney (Pinheiro-MA 24.4.1930), bacharel em Direito, jornalista, escritor e político. Foi Deputado Federal (1955-1961), Governador do Maranhão (1965-1969) e Senador, deixando o Senado para formar, como Vice-Presidente, na Chapa de Tancredo Neves (1985). Com a morte do titular, assumiu a Presidência da República, governando até 1990. É, atualmente, Senador pelo Estado do Amapá. É membro da academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira que tem como Patrono Tobias Barreto.

JOSÉ SOTERO Rua (Desembargador) no bairro 13 de Julho (Lei 36/1956).

José Sotero Vieira de Melo, proprietário rural e magistrado (Rosário ? – Maroim março de 1927), foi um dos 5 juízes nomeados pelo Presidente General José Calasans, em 26.12.1892, para compor o Tribunal de Relação. Em 1895 foi afastado do Tribunal a apresentado pelo Presidente General Oliveira Valadão, voltando ao Tribunal de Relação em 1898, por ato do Presidente Martinho Garcez. Presidiu o Tribunal de Justiça nos anos de 1905, 1906, 1907 e 1908. Morreu em Maroim em março de 1927.

JÚLIO LEITE Avenida (Senador) próxima ao Aeroporto de Santa Maria (Lei 1579/1990).

Page 56: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Júlio César Leite (Riachuelo 6.11.1896 – Rio de Janeiro-RJ 6.2.1990), bacharel pela Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro, banqueiro, industrial e político atuante, ligado ao Partido Republicano, considerado um dos mais influentes da história contemporânea de Sergipe. Foi também empresário progressista, dirigindo uma fábrica de tecidos, em Estância, uma indústria de charutos, na Bahia, e o Banco Mercantil Sergipense (com Moacir Rabelo Leite). Foi duas vezes Senador, sempre pela coligação do seu partido, o PR, com o PSD (1951-1959 e 1963-1971).

JUSCELINO KUBITSCHEK Conjunto residencial, conhecido como JK, no bairro Jabotiana (Lei 865/1982). Avenida no bairro Santos Dumont (Lei 634/1979), também no bairro Santo Antônio, ligando-o ao Santos Dumont. Distrito Industrial de Aracaju – D.I.A. (Lei 491/1976).

Juscelino Kubitschek de Oliveira (Diamantina-MG 12.1.1900 – na Rodovia Presidente Dutra 28.8.1976), médico e político. Foi Deputado Federal (1934-1937), Prefeito de Belo Horizonte (1939), novamente Deputado Federal (1946-1950), Governador de Minas Gerais (1951-1955), e Presidente da República (1956-1961). No seu Governo desenvolveu um Plano de Metas, implantou a industria automobilística em São Paulo, as grandes usinas hidroelétricas de Furnas e Três Marias, construiu Brasília para ser a Capital Federal, inaugurando-a em 21 de abril de 1960.

Page 57: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

LEANDRO MACIEL Bairro popularmente conhecido como Mosqueiro (Lei 09/1957). Conjunto residencial, construído na zona oeste. Escola pública da rede estadual de ensino.

Leandro Maynard Maciel (Rosário do Catete 8.12.1897 – Aracaju 14.7.1984), engenheiro civil e político, exerceu funções técnicas na Paraíba e em Sergipe, antes de ingressar na política, concorrendo para a Câmara Federal (1930-1932) tendo a legislatura interrompida pela Revolução de 1930. Foi eleito para a Constituinte (1933-1934) como Senador, permanecendo na legislatura ordinária (1935-1937) quando foi decretado o Estado Novo. Com a redemocratização de 1945 fundou a União Democrática Nacional – UDN em Sergipe, elegendo-se Deputado Federal (1946-1950 e 1951-1954). É eleito Governador do Estado (1955-1959) realizando grandes obras, como o desmonte do Morro do Bonfim, no centro de Aracaju. Em 1962 perde a eleição para o Governo do Estado (o vitorioso foi Seixas Dória), adere ao golpe militar de 1964, ingressa na ARENA, elegendo-se Senador (1967-1975), perdendo a reeleição em 1974 (o eleito foi Gilvan Rocha), encerrando a carreira política de grande apelo popular e grandes realizações materiais.

LEITE NETO Praça (Senador) no bairro Siqueira Campos (Lei 02/1965). Conjunto residencial (Senador) no bairro Grageru (Lei 475/1976). Escola pública da rede estadual de ensino, no conjunto de mesmo nome.

Francisco Leite Neto, jornalista, advogado, professor (Riachuelo 14.3.1907 – Rio de Janeiro-RJ 10.12.1964), foi um dos mais influentes políticos de Sergipe, participando da administração do Estado, como Diretor da Penitenciária (1934-1938) e Secretário Geral do Governo (1941-

Page 58: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

1945), liderando o Partido Social Democrático e exercendo mandatos de Deputado Estadual (1935-1937), Deputado Federal Constituinte (1946-1951), Deputado Federal (1951-1955, 1955-1959 e 1959-1963), Senador (1963-1971, morreu cumprindo o mandato, sendo substituído pelo suplente, seu irmão José Rollemberg Leite) e Interventor Federal (1945). Professor da Faculdade de Direito de Sergipe e intelectual, pertenceu a Academia Brasileira de Letras (Cadeira 23) e publicou: Política, Doutrina e Crítica (Salvador: Gráfica Popular, 1933), Sergipe e seus Problemas (Rio de Janeiro: Tipografia do Jornal do Comércio, 1937), Orações Provincianas (Aracaju: Casa Ávila, 1940), Estudos e Afirmações (Aracaju: Livraria Regina, 1942).

LOURIVAL BAPTISTA Praça (Governador) no Conjunto Castelo Branco, na Jabotiana (Lei 13/1968). Conjunto residencial, no bairro Novo Paraízo (Lei 187/1970). Estádio Estadual, situado na zona sul da cidade (1969).

Lourival Baptista, médico e político (Entre Rios-BA 3.10.1915) formado pela Faculdade de medicina da Bahia, transferindo-se logo para Sergipe, fixando residência em São Cristovão, exercendo a medicina social e na fábrica de tecidos daquela cidade. Filiando-se a UDN foi Deputado Estadual (1947-1951), Prefeito de São Cristovão (1951-1954), Deputado Federal (1959-1963, 1963-1967), Governador (1967-1970 – eleito indiretamente) e Senador (1971-1979, 1979-1987 – indireto, dito biênico, 1987-1995). No Governo construiu grandes obras, como o Edifício Estado de Sergipe, o Estádio Estadual, dito Baptista, além de escolas, rodovias e outros melhoramentos.

LUIZ GARCIA

Page 59: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Rodoviária (Governador), no centro da cidade, no terreno do antigo Morro do Bonfim (1962).

Luiz Garcia, advogado, jornalista e político (Rosário 14.10.1910 – Aracaju 11.8.2001), bacharelou-se na Faculdade de Direito da Bahia. Promotor Pública, Deputado Estadual (1934-1937), Deputado Federal (1951-1955, 1955-1959, 1967-1971, 1971-1975) e Governador do Estado (1959-1962 – renunciou em maio de 1962 para ser candidato ao Senado). No Governo criou o Banco do Estado, como banco de fomento construiu o Hotel Pálace de Aracaju, a Estação Rodoviária, a Estação de Passagens do Aeroporto Santa Maria, criou o IPES, o Centro de Reabilitação Ninote Garcia, a Faculdade de medicina de Sergipe, o Museu Histórico, em São Cristovão e realizou obras e serviços essenciais ao Estado. Integrou a Academia Sergipana de Letras a partir de 1942.

Page 60: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

MAMEDE PAES MENDONÇA Avenida no centro da cidade (Lei 2501/1967).

Mamede Paes Mendonça (Serra do Machado 5.8.1915 – Salvador-BA 21.10.1995) foi um comerciante vitorioso, como seus irmãos Euclides e Pedro Paes Mendonça. Começando com uma pequena padaria em Ribeirópolis (1936), depois em Itabaiana (1942) o empresário passou pelo ramo de secos e molhadas em Aracaju (1947), mudando-se para Salvador, na Bahia (1951), onde construiu sua rede de supermercados, com a inauguração da primeira loja (1959). Dominou o mercado da Bahia, instalou sede em São Paulo (1984) e no Rio de Janeiro (1987), constituindo sua empresa como uma das maiores do Brasil, antes de enfrentar as turbulências e incertezas de mercado e da inflação.

MANOEL CRUZ Rua no bairro Industrial (Lei 67/1960). Fundação criada em 26 de março de 1941, destinada ao tratamento médico de doentes pobres, tendo como patrimônio 535 contos, 840 mil réis em dinheiro e 400 contos de réis em imóveis e semoventes.

Manoel Rollemberg Rodrigues da Cruz, empresário, integrante da família dos fundadores e dirigentes da Fábrica Sergipe Industrial (filho de Tomáz Rodrigues da Cruz), a primeira fábrica de tecidos, da qual foi Diretor de 1918 a 1937. Ao morrer, em 21 de agosto de 1937, sem herdeiros, deixou no seu Testamento a seguinte recomendação: “O remanescente de minha meação deixo para ser aplicado em uma obra de beneficência, ou mais de uma, que aproveite de perto a pobreza de Aracaju, ao critério da minha mulher (Maria Rollemberg da Cruz), minhas irmãs e meus irmãos.”

MANOEL DANTAS Rua (Presidente) no bairro Siqueira Campos (Lei 27-1963).

Page 61: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Rua (Governador) no Conjunto Castelo Branco (Lei 13/1968). Conjunto residencial, também conhecido como Sol Nascente (Lei 582/1978). Rua e travessa no Ponto Novo.

Manoel Corrêa Dantas, proprietário rural e político (Santa Rosa de Lima 22.12.1874 – Belo Horizonte-MG 5.6.1937), exerceu cargos públicos em Capela, Vereador e Prefeito (1908), Deputado Estadual em vária legislaturas, sendo Presidente da Assembléia e Presidente do Estado (1977-1930) assumindo com a morte do Presidente Ciro de Azevedo. Manoel Dantas foi deposto pelo Governo Provisório da Revolução, em outubro de 1930, exilando-se em Minas Gerais, onde morreu, deixando diversos seguidores, como Leandro Maciel e o seu filho Orlando Dantas.

MARECHAL RONDON Avenida que leva ao Campus da Universidade Federal de Sergipe.

Cândido Mariano da Silva Rondon, militar e desbravador (Mimoso-MT 1865 – Rio de Janeiro-RJ 1958), pioneiro nas comunicações, era bacharel em Ciências Físicas Naturais e Matemáticas. Foi pacificador de diversas nações indígenas dirigindo o Serviço de proteção ao Índio (1910) (hoje FUNAI), usando a seguinte frase: “Morrer se preciso for, matar nunca.”

MARTINHO GARCEZ Travessa no centro, entre a praça Camerino e a avenida Ivo do Prado.

Martinho César da Silva Garcez, advogado, jurista, professor e político (Laranjeiras 30.11.1850 – Rio de Janeiro-RJ 1923), bacharelou-se na Faculdade de Direito do Recife, tendo como colega de curso Silvio Romero, com quem ingressa no Partido Liberal, participa de atividades jornalísticas, exerce a Promotoria Pública e conquista mandato de Deputado Provincial (1874-1875). Entra na Magistratura como Juiz Municipal em

Page 62: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Sergipe – Campos e Lagarto – e em Minas Gerais – Juiz de Fora. A partir de 1888 fixou residência no Rio de Janeiro. Foi eleito Presidente do Estado de Sergipe (1896-1899) e Senador da República (1901-1909). Dedicou-se ao Direito, como advogado e professor da Faculdade Teixeira de Freitas, no Rio de Janeiro, deixando vastíssima obra jurídica.

MÉDICI Conjunto residencial I e II (Lei 177/1970). Avenida no Conjunto Pai André. Escola pública da rede estadual de ensino, no conjunto do mesmo nome.

Emílio Garrastazu Médici (Bajé-RS 1905 – Rio de Janeiro-RJ 1985), general do Exército, foi o terceiro Presidente do Brasil, durante o regime militar de 1964.

MENDES DE MORAIS Praça antiga do centro de Aracaju, onde estavam os prédios da Biblioteca Pública (hoje Câmara de Vereadores de Aracaju) e da Intendência Municipal (hoje Prefeitura).

Luiz Mendes de Morais, militar e político (São Paulo-SP 1850 – Rio de Janeiro-RJ 1914). Foi Presidente de Sergipe, em 1891. Foi Ministro da Guerra, no Governo Afonso Pena (de maio a junho de 1909) e Ministro do Supremo Tribunal Militar (1909).

MERCADO ALBANO FRANCO(Vide o nome Albano Franco)

MERCADO ANTONIO FRANCO(Vide o nome Antonio Franco)

MERCADO THALES FERRAZ(Vide o nome Thales Ferraz)

MONSENHOR SILVEIRA Rua ao lado do Ateneu Sergipense.

Antonio Fernandes da Silveira (Estância 1795 – Itapicuru-BA 30.1.1862), dito Monsenhor Silveira, ingressou no Seminário da Bahia (1818). Fundou o primeiro partido político em Sergipe – Partido Legalista

Page 63: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

ou Legal (1830/31). Fundou a imprensa em Sergipe, editando em Estância o jornal O Recopilador Sergipense (1832). Foi Deputado Geral, Deputado Provincial (1835-1841) e Presidente da Assembléia. É atribuída a ele a frase “O Brasil está à beira do abismo”. Foi Secretário de Governo do Piauí e editou o primeiro jornal, em Oeiras, capital daquela Província, também em 1832.

Page 64: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

NOBRE DE LACERDA Rua do Jardim Atlântico, Atalaia (Lei 391/1974), por transposição de denominação anterior a antiga rua do Bonfim, hoje Sete de Setembro.

Francisco Carneiro Nobre de Lacerda, poeta, historiador, magistrado (Laranjeiras 12.5.1869 – Aracaju 1935), fez seus primeiros estudos em laranjeira, transferindo-se para o Recife, onde tinha família, estudando no Ginásio Pernambucano (1918) e na Faculdade de Direito do Recife, onde bacharelou-se (1891). Foi Juiz Municipal de Aracaju (1891), Procurador Fiscal do Tesouro do Estado (1892-1894). É autor, dentre outros, de A Década Republicana (Aracaju: Tipografia de O Estado de Sergipe, 1906).

NUBIA MARQUES Rua no bairro de Atalaia.

Núbia Nascimento Marques, poeta e ficcionista, professora (Aracaju 21.12.1927 – Aracaju 26.8.1999), com formação em Serviço Social, teve atuação especial nos estudos de comunidades de mulheres trabalhadoras. Como intelectual escreveu poesia, ficção e ensaios, destacando-se na Poesia: Um Ponto e Duas Divergentes (Aracaju: Livraria Regina, 1959), Dimensões Poéticas (Aracaju: Livraria Regina, 1961), Máquinas e Lírios (Aracaju: Labor, 1971), Geometria do Abandono (São Paulo: Editora do Escritor, 1975), Poemas Transatlânticos (Lisboa/Portugal: Edições Átrio, 1997); Ficção: Berço de Angústia (São Paulo: Editora Gráfica Tietê, 1967), O Passo de Estefania (Rio de Janeiro: Editora Achiamé, 1980 – 2ª edição em 1982, 3ª edição em 1984), Dente na Pele – contos (Rio de Janeiro: Editora Achiamé, 1986) e O Sonho e o Sino (Manaus-AM: Editora Umberto Calderano, 1992); Ensaios: Hegemonia Cultural na Escola (Aracaju: FUNDESC/SESC, 1987), Aspectos do Folclore Sergipano (Aracaju: PMA/ASL,

Page 65: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

1996), O Luso, o Lúdico e o Perene (Rio de Janeiro: IMAGO, 1999) dentre outros. Ocupa a Cadeira 34 da Academia Sergipana de Letras, sendo a primeira mulher a entrar naquele sodalício.

NUNES MENDONÇA Rua (Professor) no bairro Cirurgia (Lei 99/1984). Escola pública da rede municipal de ensino.

José Antonio Nunes Mendonça, professor, escritor, jornalista e político (Itabaiana 15.12.1923 – Vila Velha-ES 15.6.1983), teve participação nos movimentos estudantis, intelectuais e políticos de Aracaju. Ingressando no PTB – Partido Trabalhista Brasileiro, foi eleito Deputado Estadual (1951-1955). Professor do Instituto de Educação Rui Barbosa, enfrentou forte campanha difamatória e processo sumário de investigação pela CGI, instalada após o golpe militar de 1964, que o aposentou. Deixou grande obra de reflexão sobre a educação em Sergipe e de crítica literária, destacando-se Pelo Desenvolvimento de Sergipe (Aracaju: Centro de Estudos Pedagógicos/Livraria Regina, 1961), José Sampaio – O Homem e a Mensagem (Aracaju: Livraria Regina, 1962), Velhos Companheiros & Outros Escritos (Aracaju: sem indicação de editor, 1963), A Educação Sexual na Escolas – Libelo Contra a Ignorância e a Maldade (Aracaju: Edição do Autor, 1965 – incluindo Pareceres de Garcia Moreno e Imídeo G. Nérice). Em 1993, dez anos depois de sua morte, seu irmão, o advogado Fernando Mendonça publicou o livro Vítima da Ditadura e Mártir da Educação – A Defesa do Professor Nunes Mendonça (Rio de Janeiro: Editora Lumem Juris, 1993), historiando todo o processo de linchamento moral do mestre sergipano.

Page 66: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

OLÍMPIO CAMPOS Praça e monumento no centro da capital, onde está a catedral Metropolitana, inaugurada pelo Presidente Oliveira Valadão (1916).

Olímpio de Souza Campos, sacerdote o político (Itabaianinha – Engenho Piniquito 25.11.1853 – Rio de Janeiro-RJ 9.11.1906), fez preparatórios no Recife, decidindo-se pela vida eclesiástica, ordenando-se no Seminário da Bahia, assumindo funções em Sergipe, sendo Vigário da Catedral, em Aracaju, envolvendo-se em polêmica com o Presidente da Província, Inglês de Souza (1881) sobre a obrigatoriedade do ensino religioso. Por conta disto candidatou-se a Deputado Provincial, com a promessa de tornar novamente obrigatório o ensino de religião nas escolas públicas sergipanas (1882). Foi Deputado Geral no Império (1885-1886, 1886-1889), com a Proclamação da República foi Intendente da Aracaju, Deputado Estadual e Presidente da Assembléia Constituinte (1892), Presidente do Estado (1899-1902), tornando-se líder de forte facção política, colocando no Governo o seu irmão desembargador Guilherme Campos, assumindo o Senado (1903-1911). Fausto Cardoso, a frente de um movimento revolucionário, depôs o Presidente Guilherme Campos, sendo assassinado por integrante da tropa legalista. Os partidários de Fausto Cardoso atribuíram a morte do líder ao Senador Olímpio Campos, que foi assassinado, na Praça XV, no Rio de Janeiro pelos filhos de Fausto, Humberto e Armando Cardoso.

ORATÓRIO DE BEBÉ Instituição de caridade, criada em 14 de agosto de 1914, por Genésia Fontes – a Dona Bebé, com a denominação de Oratório Festivo São João Branco, instalado na avenida Desembargador Maynard, esquina com a rua de Frei Paulo.

Page 67: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Genésia Fontes, dita Bebé, filantropa (Riachão do Dantas 22.9.1890 – Aracaju 14.9.1960), fundadora do Oratório Festivo São João Branco, conhecido popularmente como Oratório de Bebé, obra benemérita, mais tarde entregue à administração das Irmãs Caminianas.

ORLANDO DANTAS Praça (Jornalista) no Conjunto Augusto Franco – Farolândia (Lei 857/1982). Conjunto (Jornalista) no bairro São Conrado (Lei 1286/1887). Escola pública da rede municipal de ensino, no bairro Nova Veneza, à rua Evagelino da Paixão, 297 (Decreto 139/1987).

Orlando Vieira Dantas, empresário, jornalista e político (Capela, Engenho Palmeira 28.9.1900 – Aracaju 9.4.1982), filho do Presidente Manoel Dantas, foi Prefeito de Divina Pastora (1935), Deputado Estadual Constituinte (1947-1951), Deputado Federal (1951-1955), participando de todas as lutas a favor do desenvolvimento do Estado. Jornalista desde os tempos de estudante, fundou a Gazeta Socialista (1956) depois denominada de Gazeta de Sergipe (1961), assumindo as grandes causas sergipanas, como a construção do Porto, a exploração dos minérios e o combate ao crime e a corrupção. Foi o primeiro Presidente do BANESE, Banco do Estado de Sergipe (1963) e também presidiu o DESO. Acadêmico da Academia Sergipana de Letras – Cadeira 39 – publicou diversos trabalhos, destacando-se O Problema Açucareiro em Sergipe (1944), Política de Desenvolvimento Econômico em Sergipe (1974), A Vida Patriarcal de Sergipe (Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980).

OSVALDO ARANHA Avenida (Chanceler) de acesso a Aracaju, parte da BR 235 (Lei 07/1960).

Osvaldo Euclides de Souza Aranha (Alegrete-RS 1894 – Rio de Janeiro-RJ 1960), político e diplomata, foi um dos

Page 68: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

articuladores da Revolução de 1930, sendo nomeado Ministro da Justiça, Embaixador nos Estados Unidos e Ministro das Relações Exteriores. Foi também Ministro da Fazenda e chefiou várias Delegações diplomáticas.

OTONIEL DÓRIA Avenida do centro comercial (Lei 02/1952).

Otoniel da Fonseca Dória, comerciante e político (Lagarto 14.9.1895 – Aracaju 6.6.1950), fez toda a sua carreira política em Itabaiana, onde foi Exator, Delegado de Polícia, comerciante de tecidos, depois de ferragens, continuando com as atividades comerciais em Aracaju com a Casa Satélite, estabelecida à rua João Pessoa. Agregado à corrente remanescente do Presidente Manoel Dantas, foi eleito Deputado Estadual Constituinte (1934).

OVIÊDO TEIXEIRA Edifício à avenida Rio Branco, 186, no centro comercial de Aracaju, destinado a escritórios.

Oviêdo Teixeira (Itabaiana 9.4.1910 – Aracaju 2.7.2001), empresário e político, começou aos 9 anos o trabalho, ajudando na casa Mesquita durante a semana, em Itabaiana, indo às feiras do antigo Saco do Ribeiro (hoje Ribeirópolis), nas segundas-feiras, vendeu tecidos, primeiro em banca, depois na pequena loja Casa Teixeira (1929). Sem abandonar o Saco do Ribeiro, abriu loja em Itabaiana, como matriz da Casa Teixeira (1931) e depois em Aracaju (1939) no nº 13 da rua João Pessoa, mais tarde mudando para o nº 75, funcionando até 1968. Oviêdo Teixeira investiu em outras empresas, com seus irmãos, seus filhos e seus genros, tornando-se um dos maiores empresários sergipanos. Irmão do Deputado Silvio Teixeira, somente entrou na política em 1966, quando da criação em Sergipe do Movimento Democrático Brasileiro (1966) pelo seu filho Deputado Federal José Carlos

Page 69: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Teixeira, para resistir ao autoritarismo do jovem militar. Candidatou-se duas vezes ao Senado (1966 e 1970) sem sucesso, mas foi Deputado Estadual (1975-1979). Foi, também, um dos maiores criadores de gado zebu, membro do Rotary Clube de Aracaju e dirigente lojista.

Page 70: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

PARQUE JOÃO CLEOFAS Parque de Exposições de animais, construído no Governo Arnaldo Rollemberg Garcez (1951-1955) e inaugurado no dia 8 de dezembro de 1952. Foi, durante algum tempo, chamado de “Palácio das Vacas”.

João Cleofas de Oliveira (Vitória de Santo Antão 1898), político pernambucano, dentre outros cargos ocupou o de Ministro da Agricultura durante o Governo constitucional de Getúlio Vargas (1951-1954).

PARREIRAS HORTA Instituto de Patologia, criado no Governo Graccho Cardoso (1922-1924), à semelhança do Instituto Pasteur, em Paris, na França e entregue sua direção ao cientista Parreiras Horta, inaugurado em 5.5.1924.

Paulo de Figueiredo Parreiras Horta (Rio de Janeiro-RJ 24.1.1884 – Rio de Janeiro-RJ 26.6.1961), médico e higienista, pesquisou no Instituto Manguinhos, conviveu com Osvaldo Cruz e fez curso de especialização em microbiologia na França, no Instituto Pasteur, de Paris. De volta ao Brasil vai trabalhar no Instituto de Manguinhos e foi professor e Diretor da Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária, onde era professor Maurício Graccho Cardoso. Desta amizade nasceu o convite para a criação, instalação e a Direção do Instituto que levou o seu nome, destinado à produção de vacinas, laboratório de análises clínicas, bacteriológica e química, além de seu centro de pesquisas médicas.

PAULO BARRETO DE MENEZES Conjunto residencial na zona oeste de Aracaju. Rodovia que liga a Praia 13 de Julho à Atalaia, também conhecida como avenida Beira Mar.

Paulo Barreto de Menezes (Riachuelo 9.10.1925), engenheiro civil, ocupou diversos cargos, como o de Diretor de Obras no Governo Lourival Baptista, sendo responsável por grandes

Page 71: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

construções. Em 1970 foi eleito, indiretamente, Governador do Estado (1971-1975) empreendendo um conjunto de realizações, como a estrada duplicada, ligando a cidade ao bairro de Atalaia.

PAULO FIGUEIREDO BARRETO Avenida no Lamarão (Lei 2152/1994). Edifício de escritórios à rua Pacatuba, esquina com a rua de Estância, no local da casa do Dr. Carvalho Neto, onde também morou Leite Neto.

Paulo Figueiredo Barreto, empresário e líder patronal, (Nossa Senhora das Dores 28.3.1911 – Aracaju 17.10.1993), estabeleceu-se no comércio de Aracaju com a Casa e Alfaiataria “Dois Irmãos” à rua de João Pessoa 45, também conhecida como Irmãos Figueiredo. Participou da Diretoria da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe e através do SESI promoveu obras e serviços desportivos e sociais. Morreu em Aracaju.

PEDRO DE CALASANS Avenida no centro, entre a avenida Coelho e Campos e a praça da Bandeira.

Pedro Luziense de Bitencourt Calasans, poeta (Santa Luzia do Itanhy – Engenho Castelo 29.11.1837 – No mar, a bordo do navio que o levaria para Lisboa 24.2.1874). Bacharel pela Faculdade de Direito do Recife ocupou diversas funções como Promotor, magistrado e Deputado Geral (1861-1864). Publicou diversas obras, dentre elas: Páginas Soltas (Recife, 1855), Ofenísia (Bruxelas, 1864), Wiesbade (Leipsig: F.A. Brocklans, 1864), A Cascata de Paulo Afonso (Salvador-BA: Oficina Dois Mundos, 1906) foi publicada postumamente.

PEDRO VALADARES Avenida (Deputado) no bairro Jardins (Lei 1314/1987).

Pedro Almeida Valadares (Tobias Barreto 27.11.1911 – Simão Dias 5.3.1965), empresário e político, foi Prefeito de Simão Dias e Deputado Estadual (1963-1967). Era o pai do ex-

Page 72: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Governador e Senador Antonio Carlos Valadares.

PEREIRA LOBO Bairro na zona oeste, entre os bairros Cirurgia e Suissa.

José Joaquim Pereira Lobo, militar e político (São Cristovão 23.12.1864 – Rio de Janeiro-RJ 24.2.1933), fez brilhante carreira no exército, reformando-se como Marechal. Na política foi Deputado Estadual (1893), Vice-Presidente de Estado (1897), Senador (1914-1918), Presidente do Estado (1918-1922) e novamente Senador (1923-1930, 1930). No seu Governo Sergipe comemorou o Centenário da sua emancipação política (8.7.1920) erguendo monumento a Tobias Barreto, editando o Álbum de Sergipe, de Clodomir Silva, realizando exposição de produtos sergipanos. O ponto alto foi a vinda de um grupo artístico italiano, para realizar as obras de reforma do Palácio do Governo.

PINHEIRO MACHADO Praça antiga do bairro São José (atual Tobias Barreto). Rua no bairro Joaquim Távora (Lei 05/1949).

José Gomes Pinheiro Machado (Cruz Alta-RS 1852 – Rio de Janeiro-RJ 1915), general honorário do Exército brasileiro, líder do Partido Republicano Conservador, Deputado Federal Constituinte de 1891 e participou de vários episódios políticos no Rio Grande do Sul e no País.

PONTE DO IMPERADOR Ponte do Desembarque de sua majestade Imperial Dom Pedro II, construída em frente à praça do Palácio, com 220 palmos de comprimento e 16 de largura, inaugurada no dia 11 de janeiro de 1860, passando a ser denominada de Ponte do Imperador.

Page 73: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

RIO BRANCO Avenida do centro, antes rua da Aurora, no trecho entre as praças Fausto Cardoso e General Valadão (1912). Cine-Teatro (recentemente demolido) inaugurado em 1903 como Teatro Carlos Gomes, passando a Rio Branco em 1912, em homenagem ao Barão do Rio Branco, morto naquele ano. Rua no bairro Siqueira Campos (Lei 72/1952).

José Maria da Silva Paranhos Junior, dito Barão do Rio Branco, diplomata e historiador (Rio de Janeiro-RJ 1845 – Rio de Janeiro-RJ 1912), exerceu grande importância na consolidação do território nacional e foi, por muitos anos, Ministro das Relações Exteriores. Dentre os seus trabalhos destaca-se Efemérides Brasileiras (1892).

RODOVIA DOS NÁUFRAGOS Estrada ligando a Atalaia ao Mosqueiro, inaugurada no Governo Augusto Franco (1979-1982) e duplicada no Governo Albano Franco (o segundo, 1999-2003). A denominação presta homenagem às vítimas dos torpedeamentos dos navios brasileiros na costa sergipana pelo submarino alemão V-507, em agosto de 1942.

RODOVIA PAULO BARRETO DE MENEZES(Vide o nome Paulo Barreto de Menezes)

RODRIGUES DÓRIA Avenida no centro (05-A/1954), depois mudada. Rua no Ponto Novo e travessa no bairro Luzia.

José Rodrigues da Costa Dória, médico, professor e político (Própria 25.6.1859 – Salvador-BA 13 (ou 14).2.1938), trabalhou em Laranjeiras, ensinou medicina na Bahia, colaborando nos jornais tratando de temas médicos e científicos. Foi Deputado Federal em 4 legislaturas (1897-1899, 1901-1902, 1903-1905, 1906-1908). Foi eleito Presidente do Estado (1909-1911), retornando à

Page 74: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Câmara Federal (1918-1920), onde encerra a carreira política.

RUI BARBOSA Instituto de Educação - antiga Escola Normal, criada em 1874 e mais tarde instalada na atual praça Olímpio Campos (1911) em prédio construído pelo Governo Rodrigues Dória (1909-1911) -, recebendo a denominação de Rui Barbosa em 1923, sendo transferido para o novo prédio, no bairro Siqueira Campos, construído no Governo Leandro Maciel (1955-1959). Rua no bairro Grageru (Lei 46/1968). Rua no Conjunto Inácio Barbosa (Lei 324/1937).

Rui Barbosa de Oliveira, escritor e político (Salvador-BA 1849 – Petrópolis-RJ 1923), foi um dos maiores intelectuais brasileiros, com larga presença na imprensa, e com farta obra publicada. Participou de campanhas civilistas e missões diplomáticas. Integrou a Corte Permanente da Justiça, foi duas vezes candidato à Presidência da República e foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. O dia do seu nascimento – 5 de novembro – foi instituído como Dia da Cultura.

Page 75: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

SABINO RIBEIRO Conjunto no bairro Industrial. Estádio de futebol da Associação Desportiva Confiança. Rua no bairro Industrial.

Sabino José Ribeiro (Maroim 30.12.1864 – Aracaju 20.5.1935), proprietário rural e usineiro – Usina Caraíbas –, comerciante e industrial, fundador da Fábrica Confiança, através da firma Ribeiro Chaves & Cia, em 1907, passando a produzir em 1911.

SALGADO FILHO Bairro conhecido como, Grageru (Lei 41/1953).

Joaquim Pedro Salgado Filho (Porto Alegre-RS 1888 – RS 1950, desastre de avião), homem público com passagem pelos Ministérios do Trabalho (1932-1938), do Superior Tribunal Militar (1938-1941) e da Aeronáutica (1941-1945), organizando a Força Aérea. Foi Deputado Federal (1937) e Senador (1945-1950) pelo seu Estado.

SANTO ANTONIO Bairro na zona norte, onde estava o povoado de Santo Antônio do Aracaju, citado em 1757, como parte da Freguesia de Nossa Senhora do Socorro da Cotinguiba. Igreja, antes conhecida como Escapelado do Santo Antônio.

Santo Antonio de Lisboa (por ter nascido na capital de Portugal, por volta de 1195) e de Pádoa (por ter morrido na cidade italiana no dia 13 de junho de 1231). Nascido Fernando, estudou em Lisboa e Coimbra antes de seguir a carreira religiosa como franciscano. Trabalhou na África, na Espanha, na Itália e foi professor na França. Foi canonizado pelo Papa Gregório IV.

SANTOS DUMONT Bairro na zona norte (Lei 63/1955). Praça na frente do Aeroporto de Aracaju (Lei 52/1965). Avenida na Atalaia (Lei 311/1973).

Page 76: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Escola pública da rede estadual de ensino, na avenida do mesmo nome, na Atalaia.

Alberto Santos Dumont, inventor (Palmira – Sítio Cabauju, hoje Santos Dumont-MG 1873 – Guarujá-SP 1932). Em 1892 mudou-se para a França para estudar física, mecânica e eletricidade, interessando-se por projetos aéreos, desenhando balões, dirigíveis, estudando projetos mais pesados que o ar, voando com 14 Bis e com o Demoseille nos céus de Paris, entrando definitivamente para a história da aviação, é o Patrono da Aeronáutica e da Força Aérea Brasileira. Suicidou-se em 1932.

SÃO CRISTOVÃO Cidade mais antiga, com este título, de Sergipe, fundada em 1590 como capital da Capitania, depois Província e até 17 de março de 1855. Rua no centro de Aracaju, onde outros municípios são homenageados.

Dom Cristovão de Moura (1540-1613), fidalgo espanhol, era uma espécie de Vice-Rei de Portugal representando Felipe II, nos primeiros anos do domínio. Em honra dele e para homenageá-lo, Cristovão de Barros deu o seu nome ao local de conquista de Sergipe.

SATURNINO DE BRITO Praça no bairro Getúlio Vargas, onde foi colocado o Cruzeiro do Século (1º de janeiro de 1900) e construída a caixa d’água para abastecer a cidade, sob orientação do engenheiro Saturnino de Brito, no Governo Graccho Cardoso (1922-1926) e foi construído o Centro de Criatividades.

Francisco Saturnino Rodrigues de Brito (Campos-RJ 1864 – Pelotas-RS 1929), grande engenheiro e sanitarista, ligado a diversos projetos de abastecimento de água, esgotamento sanitário e saneamento básico. Executou alguns trabalhos em Sergipe.

SENADOR ROLLEMBERG Rua no bairro São José.

Page 77: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Gonçalo de Faro Rollemberg, dito Senador Rollemberg (Maroim 12.9.1860 – Aracaju 14.9.1927), médico e político, genro do Barão de Estância – Antonio Dias Coelho e Melo, foi Deputado Provincial e Estadual, Vice-Presidente do Estado, assumindo provisoriamente o Governo, e Senador da República (1918-1926).

SERIGY Palácio construído na praça General Valadão, onde funciona a Secretaria de Estado da Saúde. Ordem do Mérito do Município de Aracaju.

Nome do principal cacique sergipano, cuja taba estava situada em Aracaju. Era irmão do cacique Siriri e com ele foi morto pelos homens de Cristovão de Barros, na chamada guerra de Sergipe, que matou 16 mil índios e capturou mais de 4 mil, segundo cálculos da época.

SETE DE SETEMBRO Avenida no centro da cidade (Lei 93/1969).

Foi no dia 7 de setembro de 1822 que Dom Pedro proclamou a Independência do Brasil, junto ao riacho Ipiranga, em São Paulo.

SILVA RIBEIRO Travessa no centro comercial, também conhecida como Beco dos Cocos (Lei 03/1949).

José da Silva Ribeiro (Simão Dias ? - Salvador-BA 1949), comerciário e comerciante, trabalhando inicialmente com João Victor de Matos, que viria a ser seu sogro, depois fundando sua própria casa comercial – Silva Ribeiro & Cia, com a qual prosperou. Em 1927 estimula a Hora Literária General José Calasans, sociedade depois transformada em Academia Sergipana de Letras, assumindo um papel de Mecenas, merecendo o título de benfeitor da ASL.

SILVIO TEIXEIRA

Page 78: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Avenida (Deputado) no Jardins (Lei 1124/1985).

Silvio Teixeira (Itabaiana 11.4.1906 – Aracaju 21.10.1971), um dos 14 irmãos de Oviêdo Teixeira, liderou a Aliança Liberal em Itabaiana, onde foi Prefeito. Fez carreira política pelo Partido Republicano – PR, elegendo-se Deputado Estadual Constituinte (1947-1951) e Deputado Estadual (1951-1955), sendo Presidente do Poder Legislativo.

SIMÃO DIAS Município no oeste do Estado, emancipado em 1890. Rua do centro de Aracaju, como de resto homenageando os municípios do Estado.

SIMEÃO SOBRAL Avenida que corta os bairros Industrial e Santo Antônio, asfaltada em 1947.

Simeão Teles de Menezes Sobral, magistrado (Japaratuba 14.7.1868 – Aracaju 21.3.1953), estudou na Faculdade de Direito do Recife, bacharelando-se em 1889. Foi Promotor Público, Juiz e Procurador Seccional da República. Nomeado desembargador (1898) assumiu a Procuradoria Geral do Estado. Colocado em disponibilidade foi eleito Deputado Estadual (1915-1916 e 1917-1919).

SIQUEIRA CAMPOS Bairro populoso de Aracaju.

Antonio de Siqueira Campos, militar (Rio Claro-SP 1898 – Perto de Montivideo-Uruguai 1930, em desastre de avião), foi um dos combativos revolucionários, integrante do famoso grupo dos 18 do Forte (1922) e participou da Coluna Prestes (1926).

SIQUEIRA MENEZES Praça no bairro Santo Antônio, no alto da colina.

José de Siqueira Menezes (São Cristovão 4.12.1852 – Salvador-BA 6.2.1931), militar e político, cumpriu missões de engenharia e de guerra,

Page 79: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

engajando-se na propaganda republicana. Estava na Junta Governativa de Sergipe, quando da Proclamação da República. Lutou em Canudos em 1897, foi Prefeito de Alto Punis, no Amazonas (1904-1905), Presidente do Estado (1911-1913) e Senador da República (1915-1923). No seu Governo Sergipe viu chegar o trem, Aracaju recebeu água encanada, esgoto e luz elétrica, novos grupos escolares e outros benefícios.

SOLDADO SERGIPANO DA FEB Monumento na praça dos Expedicionários, em frente da nova Estação da RFLB (Lei 21/28.3.1951), em homenagem aos sergipanos, homens e mulheres, que tomaram parte da Força Expedicionária Brasileira.

STANLEY SILVEIRA Rua (Coronel) do bairro São José (Lei 59/1961).

Stanley Fernando da Silveira, Coronel da Polícia Militar do Estado de Sergipe e sogro do vereador Antonio Conrado Dantas, autor da propositura transformada em lei. Morreu em Aracaju em 17 de junho de 1960.

Page 80: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

TANCREDO NEVES Praça (Tancredo de Almeida Neves) no bairro América (Lei 1074/1985). Avenida (Presidente) no Distrito Industrial de Aracaju – D.I.A. (Lei 1190/1986).

Tancredo de Almeida Neves (São João del Rei-MG 1910 – São Paulo-SP 1985) foi principalmente político, percorrendo todos os escalões da representação popular desde Vereador em sua cidade natal, até a Presidência da República, para a qual foi eleito, pelo Colégio Eleitoral, em 15 de janeiro de 1985, passando pelo Governo de Minas Gerais. Foi, ainda, Deputado Federal, Senador e Primeiro Ministro, na experiência parlamentarista brasileira (1961-1963). Morreu, num hospital de São Paulo, antes de tomar posse, deixando o Poder para o seu Vice José Sarney.

TEÓFILO DANTAS Parque na praça Olímpio Campos, construído no Governo do Presidente Manoel Dantas (1927-1930), inaugurado em 1928. Monumento inicialmente colocado no final da avenida Barão de Maroim com a avenida Ivo do Prado, depois mudado para o Parque que leva o seu nome. Avenida (Prefeito) na Coroa do Meio (Lei 640/1979).

Teófilo Correia Dantas, irmão do Presidente Manoel Correia Dantas e seu colaborador (Divina Pastora – Engenho Samônio 8.2.1879 – Maroim 18.12.1941), dirigiu o Engenho Vassouras, de propriedade da família, a Fábrica de Tecidos de Maroim, o Instituto Coelho e Campos, sendo Prefeito de Aracaju, no Governo Manoel Dantas, 26.1.1927 a 24.10.1930.

TERMINAL RODOVIÁRIO JOSÉ ROLLEMBERG LEITE(Vide o nome José Rollemberg Leite)

THALES FERRAZ Mercado Auxiliar, também conhecido como Mercado Novo, construído pelo Prefeito Marcos Ferreira de Jesus (1947-1951). Rua (Dr.) no bairro Industrial (Lei 52/1959).

Page 81: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Thales Ferraz (Aracaju, aproximadamente 1870 – Aracaju 1927), empresário e engenheiro têxtil, formado em Manchester (Inglaterra), foi Diretor da Fábrica Sergipe Industrial, de 1906 a 1927, substituindo a seu pai, e sócio, José Augusto Ferraz. Thales Ferraz tentou repassar os seus conhecimentos técnicos e científicos aos mestres e contra-mestres da fábrica e introduzir novas regras nas relações capital/trabalho. Em 1913 foi aos Estados Unidos estudar o lazer entre os operários e quando retornou criou o Parque Sergipe Industrial, complexo de arte e de lazer cultural e desportivo, que funcionou até o afastamento do Dr. Carlos Cruz (1955).

TOBIAS BARRETO Praça no bairro São José (antiga Pinheiro Machado), onde o Governo do Presidente Pereira Lobo, celebrando o Centenário da Emancipação Política de Sergipe, erigiu monumento (1920). Escola pública da rede estadual de ensino, à rua Pacatuba 288, adquirida pelo Governo do Estado (1975), no mesmo local de uma particular, fundada pelo professor José de Alencar Cardoso (18.4.1878 - 4.5.1964) em Estância, depois transferida para Aracaju. Município da zona sul do Estado, antigo Campos do Rio Real, ou simplesmente Campos (1943). Palácio da Justiça, sede do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe. Grande Colar do Mérito Judiciário do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe. Teatro, situado na rótula do Distrito Industrial de Aracaju, junto ao Centro de Interesse Comunitário, inaugurado no dia 17 de março de 2002.

Tobias Barreto de Menezes, poeta, jurista, crítico e filósofo (Campos 7.6.1839 – Recife-PE 26.6.1889), tem sido considerado o maior dos sergipanos, pelas suas contribuições intelectuais nos vastos campos da cultura. Bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Recife (1869) – ainda hoje conhecida como a casa de Tobias –

Page 82: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

passando a advogar e a exercer as funções de Curador dos Órfãos em Escada, onde também foi Juiz Municipal substituto. Vivendo em Escada dez anos (1871-1881) foi lá que Tobias Barreto lançou os seus jornais e alguns livros, preparando-se para o concurso de professor da Faculdade de Direito do Recife (1882) onde complementou sua obra, mais tarde reunida em 10 volumes, por um dos seus discípulos sergipanos – Manoel dos Passos de Oliveira Teles – (1926) e reeditada com acréscimos e nova organização (1989/90). Tobias Barreto foi Deputado Provincial em Pernambuco (1879-1881) e candidato a Senador por Sergipe (1884).

TOMAZ RODRIGUES DA CRUZ Praça (Dr.) no bairro Industrial (Lei 12/1952).

Tomáz Rodrigues da Cruz, médico, industrial e político (Salvador-BA 29.1.1852 – Aracaju 1.8.1919), era irmão de João Rodrigues da Cruz, empresário baiano que viveu em Maroim e em Aracaju, fundador da Fábrica Sergipe Industrial. Tomáz Rodrigues da Cruz foi Deputado Provincial (1884-1885), Vice-Presidente, assumindo a Presidência (1889) quando foi proclamada a República. Eleito Senador (1890-1893). Foi um dos fundadores do Gabinete de Letras de Maroim (1877), co-fundador da Fábrica Sergipe Industrial (1882/84), dirigindo-a de 1893 a 1918. Foi, ainda, um dos fundadores do Banco de Sergipe (1906). Era sogro do médico Augusto César Leite.

13 DE JULHO Nome que tomou a Praia Formosa, com plano de arruamento em terrenos de Josué Cunha e filhos (Lei 07/1949), a partir do plano de abertura da avenida Beira Mar, ligando a Praia 13 de Julho à Ponte o rio Poxim (Lei 6/1949). Bairro da zona sul da capital.

13 de julho assinala a data da primeira revolução tenentista (1924)

Page 83: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

liderada por Augusto Maynard Gomes, que depôs e prendeu o Presidente Graccho Cardoso, tendo as tropas acampado na então Praia Formosa.

31 DE MARÇO Praça na Atalaia (Lei 66/1969). Havia uma avenida (atual Tancredo Neves) com a denominação de 31 de Março (Lei 324/1973 – revogada).

Movimento militar – 31.3.1964 – que depôs o Presidente João Goulart, outorgando Atos Institucionais e uma Constituição, a de 1967, sendo o Brasil governado sucessivamente, de 1964 a 1985, pelos generais Castelo Branco, Costa e Silva (uma Junta Militar formada pelo Exército, Marinha, Aeronáutica), Emílio Garrastazan Médici, Ernesto Geiser e João Figueiredo.

Page 84: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

URQUIZA LEAL Rua do bairro Salgado Filho (Lei 21/1960).

Urquiza Leal, comerciante, proprietário da Casa Leal, à rua João Pessoa, 85 – Tecidos, Chapéus, Perfumaria e produtos de armarinhos, continuada pelo seu filho Dalvo Leal.

Page 85: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

VISCONDE DE MARACAJU Avenida no bairro Joaquim Távora (Lei 05/1949).

Rufino Enéas Guatavo Galvão, dito Visconde de Maracaju, grande vulto militar do Império (Laranjeiras 2.7.1831 – Rio de Janeiro-RJ 18.2.1909), Tenente General, Ministro do Supremo Tribunal Militar, Conselheiro de Estado, presidiu as Províncias do Amazonas, Mato Grosso e Pará, e Ministro da Guerra, no último Gabinete da monarquia (1889), sendo reformado com a Proclamação da República (15.11.1889).

Page 86: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

WALTER FRANCO Edifício na praça Fausto Cardoso, esquina com João Pessoa, onde funcionava a Recebedoria Estadual, construído no Governo Leandro Maciel (1955-1959) para ser o Palácio da Secretarias (1957).

Walter do Prado Franco (Laranjeiras 21.4.1908 – Aracaju 16.8.1957), banqueiro, comerciante e industrial, um dos filhos de Adélia Franco e Albano do Prado Pimentel Franco, foi Senador (1946-1955) e Deputado Federal (1955-1959), morrendo no cumprimento do mandato.

Page 87: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

ZAQUEU BRANDÃO Rua do bairro São José.

Zaqueu de Freitas Brandão (Rosário, por volta de 1895 – Aracaju 1.11.1924) era bacharel pela Faculdade de Direito da Bahia, foi Promotor de Itabaianinha e participou do movimento revolucionário de 1924, sendo uma de suas vítimas.

ZEZINHO CARDOSO Avenida no bairro Salgado Filho (Lei 53/1965).

José de Alencar Cardoso, professor (Estância 18.4.1878 – Aracaju 4.5.1964), fundou em Estância o Colégio Tobias Barreto (1909), militarizado, transferindo-o para Aracaju, sendo incorporado pelo Estado no Governo José Rollemberg Leite (1975-1979) quando estava sob a direção do professor Alcebíades Melo Vilas Boas.

Page 88: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

VERBETES ARACAJUANOS *

* Série dicionarizada de nomes, denominações, fatos e informações de Aracaju, cobrindo mais de 120 anos de vida da capital sergipana. Com o título de Verbetes Aracajuanos este pequeno dicionário foi publicado, por mais de dois meses, diariamente, na Gazeta de Sergipe, em 1983. (LAB)

Page 89: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

"Seu Abrão" - Casa de seu Abrão na baixa Fria, hoje Conjunto Paulo Barreto. Local de festejos de baikes de pic-nic, e de outros divertimentos organizados com o consentimento do seu proprietário. 13 de Julho - Fundado em 15 de Outubro de 1927, o 13 de Julho F. C. tinha como fim a natação, o futebol e outros esportes e como cores oficiais o Verde e o Branco nas camisas e o Branco nos calções.

13 de Julho - O nome homenageia a revolta dos tenentistas, em 1924. o bairro tem sua área nos seguintes limites: Trecho da rua Campo do Brito iniciando na rua Guilhermino Resende até a margem direita do rio Sergipe; Trecho da margem direita do rio Sergipe iniciando na rua Campo do Brito até o riacho Tramanday; Trecho do riacho Tramanday iniciando na margem direita do rio Sergipe até a linha imaginária prolongamento da avenida Acrísio Cruz; Linha imaginária prolongamento da avenida Acrísio Cruz; Toda a avenida Acrísio Cruz; Trecho da rua Guilhermino Resende iniciando na avenida Acrísio Cruz até a rua Campo do Brito.

13 de Maio - Nome de um Igreja Presbiteriana fundada pelo Pastor Walter Reis Donald, com sede na rua de São Cristóvão, a partir de 22 de agosto de 1971.

18 do Forte - Por força da Lei, o bairro 18 do Forte tem seus limites compreendidos pelas seguintes áreas: Trecho da rua Paraíba iniciando na avenida São Paulo até a avenida Maranhão; Trecho da avenida Maranhão iniciando na rua Paraíba até a rua Roberto Morais; Trecho da rua Roberto Morais iniciando na avenida Maranhão até a rua Diretora Maria Marques; Toda a rua Diretora Maria Marques prolongando-se em linha imaginária até a avenida Visconde de Maracaju; Trecho da avenida Visconde de Maracaju iniciando na linha imaginária prolongamento da rua Diretora Maria Marques até a avenida Guilhermino Bezerra; Trecho da avenida Canal iniciando na avenida Guilhermino Bezerra até a rua João Andrade; Toda a rua Guilhermino Bezerra; Trecho da rua João Andrade iniciando na avenida Canal até a avenida Simeão Sobral; Trecho da avenida Simeão Sobral iniciando na rua João Andrade até a avenida Minas Gerais;

Trecho da avenida Minas Gerais iniciando na avenida Simeão Sobral até a rua Salgado; Trecho da rua Salgado iniciando na avenida Minas Gerais até a avenida Coelho e Campos; Trecho da avenida Coelho e Campos iniciando na rua Salgado até a avenida São Paulo; Trecho da avenida São Paulo iniciando na avenida Coelho e Campos até a rua Paraíba.

18 do Forte - Rua, ladeira e bairro de Aracaju, no alto ao noroeste da Cidade. É no Cassino 5 de Julho, da rua de Itabaianinha, seu proprietário, Brasiliano de Jesus, diante de grande foto dos 18 do Forte, dizia: "lá fora 5 de Julho, aqui dentro os 18 do Forte do Brasil".

19 de Janeiro - Neste dia no ano de 1926, as 2 horas da madrugada, teve início o levante liderado pelo 1º Tenente Augusto Maynard Gomes, pelo Tenente João Soriano de Melo e mais 300 praças do 28 BC, atacando a residência particular do Presidente do Estado Graccho Cardoso, o Palácio do Governo, a Chefatura de Polícia, a Cadeia, e o Quartel do Batalhão Militar do Estado. Para combater os revoltosos a Força Pública foi acrescida de homens angariados pelos coronéis Pedro Freire de Carvalho, Francisco Porfírio de Brito, Antonio do Prado Franco, Acrísio Garcez e Antonio Borges.

19ª Companhia - Antes era o 41º Batalhão de Caçadores, que foi dissolvido. Para substituí-lo foi criada a 19ª Companhia de Metralhadoras, em Janeiro de 1920.

2 de Julho - Praça de Aracaju, hoje Largo Esperanto, em frente ao Banco do Estado de Sergipe.

24 de Outubro - Antigo nome da atual praça General Valadão e também da atual avenida Augusto Maynard.. A data é homenagem popular à Emancipação Política de Sergipe, ocorrida primeiramente pela Carta Régia de 08 de julho de 1820.

28 BC - O 28 BC foi criado pelo Decreto 15.325 de 11 de julho de 1922.

4 e 400 - Nome pelo qual era conhecida, há algum tempo, as Lojas Brasileiras, da rua de João Pessoa.

Page 90: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

7 de Setembro - Nome que recebeu uma Igreja Batista fundada em Aracaju em 1971.

Abacatada - Preparado alimentar feito com abacate, leite e açúcar, apreciado como desjejum entre os aracajuanos. Há quem diga que foi, juntamente com a vitamina de banana, invenção de Sizino Aciole Almeida, da famosa Sorveteria Primavera.

Abate - O abate de bovinos e suínos sempre foi, comparativamente com outras capitais, grande em Aracaju. No ano de 1926 eram abatidos 42 bovinos e 40 suínos por dia. O Talho da carne Verde funcionava na rua de Laranjeiras, depois mudou para a atual travessa Basílio Rocha.

ABC - Vila de quartos da rua de Arauá, com Estância, cada cômodo marcado com uma letra.

Abrição de Porta - Primeira jornada dos grupos folclóricos ligados ao ciclo natalino, especialmente a Chegança. Em Aracaju existiram muitas cheganças, como a de Zé do Peão, a de Antonio Chorão, e a de Enole, esta última no bairro Industrial. Os seus integrantes cantavam, abrindo as portas das suas visitas: "Entremos nesta nobre casa / nesta nobre casa / com prazer e alegria / com prazer e alegria / louvores viemos dar / viemos dar / a Jesus Filho de Maria".

Abrigo Betel- Sociedade filantrópica das Igrejas Evangélicas Assembléia de Deus, destinada a velhos de ambos os sexos, organizada em 1963, no bairro Siqueira Campos.

Absínios - Bloco carnavalesco organizado pelo homem-folk Zé do Pão, com recrutamento de jovens residentes na região da Baixa da Égua, ao final da rua de Propriá. Foi o maior sucesso.

Academia - Chamavam Academia de Zé Cardoso, ao local de guarda dos burros que puxavam os bondes de Aracaju, na avenida João Ribeiro, em frente a praça Princesa Isabel, onde hoje está a Cimavel.

Acalanto - Cantiga de ninar ou de embalar, comum em Aracaju, especialmente nas áreas mais carentes da Cidade. São encontrados versos assim: "Dorme Nenen / que eu tenho o

que fazer / vou lavar e vou gomar / camisinha pra você " . Ou assim : "Dorme nenen / que a onça já vem / Papai foi pra roça / mamãe foi também".

Ação Católica - Foi um ato do bispo Dom José Tomáz Gomes da Silva, de 12 de setembro de 1946, que criou a Ação Católica Diocesana de Aracaju.

Ação Solidária - A Ação Solidária de Trabalhadores de Aracaju é a denominação atual do Círculo Operário de Aracaju, fundado em 1935.

ACS - Sigla da Associação Comercial de Sergipe, instalada há muitos anos na rua José do Prado Franco, em prédio próprio, fundada em 6 de maio de 1872, é a mais antiga das instituições classistas, reunindo o empresariado do Comércio e sendo, por força de lei, órgão de consulta e assessoramento ao Governo. Seu atual Presidente é Januário Gomes.

Açúcar - Um dos fatos a concorrer para a mudança da Capital, de São Cristóvão para Aracaju, foi o volume da exportação de açúcar pela Barra do Cotinguiba, mais tarde Barra de Sergipe: 25 mil sacos, enquanto pela Barra de São Cristóvão saiam apenas 2 mil sacos.

Adivinhação - As crianças, principalmente, utilizam as adivinhas em suas brincadeiras de rua, praticando uma arte antiga, comum a quase todos os povos. Foram recolhidas em Aracaju as seguintes adivinhas: Gordinho como capado, se come a cerne crua e o osso assado - CAJU; Com corda não ando, sem corda não posso andar, bota corda e tira corda, para eu poder andar - PIÃO; Tem cabeça mas não pensa, tem olhos mas não vê, tem dente mas não morde - ALHO; Uma caixinha de bom parecer, não há carpina que possa fazer - AMENDOIM; Pintadinha de Guiné, voa sem ter asa e caminha sem ter pé – CARTA; Lambeu, lambeu, no cú meteu – LINHA DA AGULHA.

Administradores - Os primeiros administradores de Aracaju foram eleitos a partir de 1893. A partir de 1913, por força de reforma constitucional, passaram a ser nomeados. Somente em 1952 voltaram a ser eleitos, cumprindo disposto do Ato Constitucional nº 2, de 7 de setembro de 1951. A última eleição foi em 1962, daí para cá novamente os

Page 91: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

administradores são nomeados. 44 pessoas administraram, desde 1893, Aracaju, sendo 14 eleitos ou substituídos dos eleitos e 31 nomeados.

Advogados - No dia 1º de janeiro de 1931 os advogados Carvalho Neto, Álvaro Silva, João Maynard, Edson de Oliveira Ribeiro, Evangelino José de Faro, João Pessoa Cabral, Maria Rita Soares de Andrade, Mário de Menezes, Manoel de Carvalho Barroso e os provisionados Aureliano Luiz Betamio e Antonio Gervázio de Sá Barreto, fundaram em Aracaju o Instituto da Ordem dos Advogados de Sergipe, para filiar-se ao recém criado Instituto do Rio de Janeiro.

Aero Clube - O Aero Clube de Sergipe, com sede em Aracaju e que desempenhou papel importante em 1942, quando do torpedeamento dos navios nas praias sergipanas, e que também fomentou o desenvolvimento aeronáutico na Capital, foi fundado em 23 de outubro de 1939 e ainda hoje funciona, graças a dois abnegados: Walter Baptista, seu fundador, Luiz Eduardo Costa, seu atual dirigente. O Aero Clube de Sergipe ocupa parte da área onde funcionou o campo de pouso de Aracaju, na avenida Maranhão.

Aeroporto - Através da Lei 873 de 1º de Outubro de 1982, foi estabelecida uma nova delimitação dos bairros de Aracaju. Por ela, o bairro do Aeroporto compreende toda a área situada dentro do seguinte limite: Trecho da faixa de servidão do Oleoduto iniciando na Rodovia dos Náufragos até o Canal de Santa Maria; Trecho do Canal de Santa Maria iniciando na faixa de servidão do oleoduto até a avenida Contorno Sul; Trecho iniciando no Canal de Santa Maria até a rua José Rodrigues; Trecho da rua José Rodrigues iniciando na avenida Contorno Sul até a linha imaginária prolongamento da avenida Melício Machado; Linha imaginária prolongamento da avenida Melício Machado; Trecho da avenida Melício Machado iniciando no seu prolongamento até a faixa de servidão do oleoduto.

Aeroporto - O primeiro avião a sobrevoar Aracaju, causando admiração, foi o que fez a travessia do oceano Atlântico, com Gabo Coutinho e Sacadura Cabral. Depois chegaram os hidroaviões, deslizando nas águas do rio

Sergipe sob os olhares dos aracajuanos. Mais tarde foi preparado o Campo de Pouso do Matadouro e por fim o Aeroporto de Santa Maria, no outro extremo da Cidade, recentemente ampliado em suas instalações.

Agências - Pelo menos três agências de carros foram bastantes freqüentadas e conhecidas em Aracaju. A dos carros Chevrolet de Hugo Bozzi, esquina da rua de João Pessoa, hoje Cine Pálace; a dos carros Ford, de Vieira & Garcez, na rua de João Pessoa, onde hoje está o Banco Real; e a dos carros Internacional, de Carlito Dantas, na avenida Rio Branco.

Agricultura - Apesar de não ser um município agrícola, nem tem área para praticar a agricultura, Aracaju foi, na década de 40, o maior produtor de côco do Estado. Em 1941 produziu 171.970 centos de côco e em seus sítios foram contados 605 mil coqueiros.

Água - Os minadouros, as cacimbas, depois as fontes públicas, forneciam água para Aracaju dos primeiros anos. Horácio Urpia, em 1869, ofereceu ao Governo da Província um serviço de abastecimento de água, com captação no rio Pitanga, através de tubos de ferro, louça, chumbo ou barro, construindo quatro chafarizes. O Contrato, assinado em 19 de Fevereiro de 1869 tinha prazo de 50 anos.

Água - Uma fonte e um cata-vento, na rua de Itabaianinha com São Cristóvão, de Miguel Mota Maia, forneciam a água vendida na feira, quando esta era realizada na rua de Laranjeiras com a rua da Frente, hoje avenida Rio Branco.

Alabama - Cabaré da avenida Otoniel Dória. Tinha, como os outros da sua categoria, a mesma estrutura: um salão com mesas, nas quais as mulheres esperavam os homens para beber e para dançar e também para ir para os quartos. Um conjunto musical animava a noite e um bar, cobrando o preço que bem queria, sustentava a freguesia até as primeiras horas do dia.

Alambra - Nome do teatro projetado no final do século passado, que chegou a ter a sua construção iniciada, na praça da Matriz, hoje Olímpio Campos, no local onde mais tarde foi construída a Escola Normal, prédio que serviu de instalação de muitas repartições, inclusive o

Page 92: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Arquivo Público e os Cartórios Eleitorais, e que foi restaurado para ser o Centro de Turismo de Aracaju, no Governo José Rollemberg Leite.

Alaska - Rua do bairro América que o povo já começa a chamar de A Lasca.

Albergue - Chamou-se inicialmente Albergue Noturno Lívio Pereira, fundado em 16 de julho de 1948, a sociedade para assistência moral e material aos necessitados, em 19 de Março de 1953 transformada em Fundação Lívio Pereira.

Álbum de Sergipe - Publicação comemorativa de Centenário da Emancipação Política de Sergipe, em 1920, de autoria de Clodomir Silva, editado sob os auspício do Governo, na Presidência de Pereira Lobo. Está no Álbum de Sergipe uma das mais valiosas informações sobre Aracaju.

Alé - Local e nome de uma fonte no antigo Carro Quebrado. O termo pode ser uma corrutela de alhue que representa, entre os índios araucanos, a alma dos mortos que vaga pelo mundo a cumprir penas.

Alecrim - Rua do centro de Aracaju, estreita e sinuosa, que liga as ruas de Lagarto e Simão Dias, nos trechos entre Divina Pastora e São Cristóvão.

Alegóricos - A maior atração dos carnavais aracajuanos eram os carros alegóricos. Cada bloco costumava desfilar com três carros cada um com um enredo próprio, geralmente mitológico. Algumas vezes a exaltação afeitos da Pátria quebravam a exibição das personagens da mitologia greco-romana.

Alegrete - Chácara do professor Rafael Arcanjo de Moura e Matos, nas imediações das ruas Siriri, Estância e Simão Dias, considerada das mais aprazíveis de Aracaju no fim do século XIX.

Alfabetização - O Rotary Clube de Aracaju organizou, de 18 a 24 de Novembro de 1935, a Semana de Alfabetização, tendo o seu Conselho Diretor formado por Franco Freire, José Couto de Farias, Epifânio Dória, José Quintiliano da Fonseca Sobral, Tavares de Bragança, Júlio P. Filho, mobilizado a

comunidade aracajuana para o evento que teve no seu Programa uma retreta, uma sessão cinematográfica no Rio Branco, entremeada de falas de Mário Cabral, Freire Ribeiro e José Calasans, um Festival de Arte, uma passeata, uma sessão especial da Academia Sergipana de Letras e por fim um chá dançante no Recreio Club.

Alfândega - A partir de 1836, a Alfândega foi instalada nas proximidades de Aracaju. Primeiro no Porto das Redes, depois em Laranjeiras, Barra dos Coqueiros, novamente Porto das Redes e em 1854 finalmente em Aracaju. O prédio construído para a Alfândega, na nova Capital, é dos mais antigos e bonitos, entre as atuais avenidas Rio Branco e Otoniel Dória.

Algodão - Na interventoria de Augusto Maynard Gomes, em 1934, foi adquirida pelo Estado uma casa com grande área e nela instalado o Entreposto Estadual de Algodão, para preparar, através de uma grande prensa, os fardos de algodão de Sergipe para exportação. A prensa permitia maior peso em menor volume, barateando, portanto, o frete e beneficiando a exportação. Ficava na avenida Ivo do Prado, hoje SENAC.

Almanaque - Com o nome de Almanak Sergipano a Tipografia Comercial, estabelecida à rua Japaratuba, hoje João Pessoa, 28, de propriedade de Guilherme Filho & Cia, deu início a uma publicação anual, a partir de 1897, com conselhos úteis aos agricultores, seções literárias, informações gerais sobre o Estado de Sergipe e guia astrológico.

Almas - Nome primitivo da Rua de Dom Quirino.

Almirante Barroso - Praça entre as praças Fausto Cardoso e Olímpio Campos, onde existiu, no começo do século, o Jardim Olímpio Campos. Pelo lado leste a praça dispõe de bancos, chamados de Senado ou Senadinho, ou ainda de Banco dos Broxas. No centro existe, sempre mal cuidado, um sanitário público para homens e mulheres. No final, ao oeste, encontra os prédios do antigo Tribunal de Justiça e do Tesouro do Estado. Em paralela uma fileira de palmeiras que atravessa a praça, declaradas de interesse público pelo Governo.

Page 93: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Aloques - Povoado antigo, formado por pequenos proprietários, depois da Jabotiana.

Alto da Bela Vista - Morro que deu nome a região hoje conhecida como Suíça, formado por várias dunas alvas.

Alto da Borborema- Também conhecido como Tabica, era o morro onde terminava o traçado da cidade, pela rua São Cristóvão, no encontro da rua Capela. Junto a ela existiu o primeiro Cemitério de Aracaju cercado de varas, visitado pelo Imperador em 1860.

Alto do Cruzeiro - Assim foi chamado, durante muitos anos, o alto do final da rua de Itaporanga, no qual foi fincando o Cruzeiro do fim do século, depois transferido para uma elevação nas proximidades do 18 do Forte, no chamado Morro do Quartel.

Alvorada - As bandas de música do 28º BC e do Batalhão do Corpo Policial, depois Polícia Militar, costumavam festejar a entrada do ano novo com uma alvorada em frente à residência do Presidente do Estado. Foi assim com Manoel Dantas, em 1927, quando ele,interinamente, estava no exercício do Governo, na qualidade de Presidente da Assembléia. A Alvorada foi em frente à sua residência, à rua Estância, prédio que mais tarde serviu para a Faculdade de Serviço Social, a Justiça Federal e o Fórum Tobias Barreto.

Amarela - Avenida Amarela foi o antigo nome da atual avenida Minas Gerais, por onde passava um trecho da estrada de saída de Aracaju.

América - O bairro América, conforme a Lei 873 de 1º de Outubro de 1982, tem sua área dentro do seguinte limite: Toda a rua D (Loteamento Santa Helena); Trecho da avenida 31 de março iniciando na rua D até a rua Haiti; Trecho da rua Haiti iniciando na avenida 31 de Março até a avenida Camilo Calasans; Trecho da avenida Camilo Calasans iniciando na rua Haiti até a rua Guilhermino José Martins; Toda a rua Guilhermino José Martins; Trecho da rua Paraíba iniciando na rua Guilhermino José Martins até a rua Porto Alegre; Trecho da rua Porto Alegre iniciando na rua Paraíba até a rua Acre; Trecho da rua

Acre iniciando na rua Porto Alegre até a rua D.

Americana - Escola fundada no final do século passado, funcionando na rua da Aurora, depois Ivo do Prado, nº 5, sob a responsabilidade do norte-americano W. E. Finley. Foi provavelmente, a primeira escola protestante fundada em Aracaju. A Mr. Finley o protestantismo, especialmente a corrente presbiteriana, deve muito de sua expansão na Capital e no interior.

Amigos do Bairro - Em 17 de março de 1964 o padre Nestor Sampaio, reunindo algumas pessoas no salão da pequena igreja do Grageru, organizou a Associação dos Amigos do Bairro Grageru, visando a construção de uma nova civilização, mais justa, mais humana, mais cristã, identificada com o bem da comunidade e não com os interesses individuais.

Amorosa - Nome pelo qual ficou conhecido e apreciado entre os meninos, um refresco de essência de frutas feito na hora e vendido aos copos ou nas pequenas garrafas. Conta-se que um comerciante ambulante, natural de Pernambuco, foi o responsável pela fabricação do refresco, picando gelo e colocando nos copos com essência de groselha e outras e adicionando água para completar. Casado com uma mulher bonita, enfrentou o dissabor de vê-la seduzida. Certo dia depois do seu trabalho, mandou que a mulher vestisse a melhor roupa, para levá-la a passear. Entrando na Brahma, onde funcionava um dancing, deixou a mulher numa mesa, dizendo que aquele era o seu lugar.

Âncora de Ouro - Atelier de Chapéus, de propriedade de Olga Franca, situado na rua de João Pessoa, 25, que na década de 30 era casa especializada em chapéus para senhoras, senhoritas e crianças.

Angelin - Rua que fazia a ligação entre a avenida Ivo do Prado e a atual rua Duque de Caxias, passando ao lado do palacete dos Rollembergues, onde mais tarde foi construída a atual praça Getúlio Vargas.

Animais - Foi a partir da década de 40, com o agrônomo Urbano Neto, que teve seqüência a realização das

Page 94: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Exposições de Animais, ou Agro-pecuária. A partir da terceira, vez que a primeira foi especial, no prédio do Quartel dos Bombeiros, em 1920 para comemorar a Emancipação Política, e a segunda 10 anos depois, já nos Terrenos do Esquadrão, na rua de Campo do Brito, no mesmo local da Segunda, o evento foi consolidado, aproveitando as condições apropriadas, inclusive as baias. Mais tarde, no Governo Arnaldo Garcez, foi construído o Parque João Cleofas com o fim específico de sediar as Exposições.

Anipum - Nome antigo da região onde foi construído, no Governo Graccho Cardoso, o Matadouro Modelo e onde hoje está assentado o bairro Santos Dumont. Também naquele local foi instalado o Campo de Aviação, mais tarde transferido para as proximidades do canal de Santa Maria, enquanto a área passou a servir ao Aero Clube de Aracaju.

Ano Novo - Primeiro dia do ano, também chamado de Ano Bom. Pertence ao ciclo de festas natalinas que termina a 6 de Janeiro, com Festa de Reis. Sempre foi, em Aracaju, o dia da prévia carnavalesca, de rua, depois mantida apenas nos clubes.

Antártica - Bar famoso da rua de João Pessoa, rival da Brahma, embora não tivesse dancing e nem mulheres. Ficava no trecho entre a praça Fausto Cardoso e a rua de Laranjeiras, com frente para o poente.

Apa - Nome do vapor que trouxe a Aracaju, no dia 11 de janeiro de 1860, o Imperador Pedro II e a Imperatriz. Ele desceu, em ponte especialmente construída, trajando o 1º uniforme de Almirante e ela um vestido de seda, de cor de chumbo, ao gosto chinês, manteleta de filó bordado e no cabelo adornos de coral e no colo trancelim de ouro com uma medalha azul.

Apicum do Bode - Região do bairro Industrial.

Apolo - Famoso bar da rua de João Pessoa, local de encontro e de estar de muita gente. Aos sábados, principalmente, era indispensável a dose de conhaque acompanhada de pastel feito na hora.

Apolo - Bar da avenida João Ribeiro, esquina com Coelho e Campos.

Aprendizes - para atender aos que não podiam deixar a Província para estudar fora e seguir carreira foi pedida a criação, finalmente efetivada em 1868, da Escola de Aprendizes Marinheiro, instalada provisoriamente na rua da Aurora, depois da praça do Palácio, hoje Fausto Cardoso e mais tarde definitivamente, até sua extinção, novamente para a rua da Aurora, hoje Avenida Ivo do Prado.

Aprendizes - Fundada como Companhia de Aprendizes Marinheiros, em 5 de abril de 1868, e extinta em 14 de fevereiro de 1885, a Escola de Aprendizes Marinheiros foi mandada restaurar no Governo do Monsenhor Olímpio Campos, por causa dos bons serviços prestados aos jovens, especialmente aos pobres, de Aracaju e do Estado.

Aquário - No canto esquerdo do Parque Teófilo Dantas, construído como se fosse uma pequena fortaleza, existia o Aquário. Dentro dele diversos tanques de vidro, com várias espécimes de peixes, atraindo a visitação pública. Em 1963 foi demolido, cedendo lugar a Galeria de Artes Álvaro Santos, construída na administração do Prefeito Godofredo de Diniz Gonçalves.

Árabes - Muitos árabes, sírios e libaneses, comerciavam com suas grandes malas pelas ruas de Aracaju, vendendo tecidos de corte, objetos de uso doméstico e adornos. Alguns chegaram a estabelecer casa de negócios, outros permaneciam ambulante, mascateando pelo Estado todo. No final do ano de 1883, já para entrar 1884, causaram espécie quatro árabes, vestindo saiote azul, paletó e gorro encarnado, que diziam ter sido derrotados na guerra de Alexandria com os ingleses. Não falavam e nem entendiam o português e estavam descendo desde o Ceará, com destino a Bahia.

Arabuntan - Cinema situado à rua de Siriri, no trecho próximo a avenida Coelho e Campos, já desaparecido.

Araçá - Antiga rua de Aracaju, edificada com a frente para o prédio da Alfândega, e os quintais para o rio Sergipe.

Page 95: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Aracaju - Hotel localizado na rua Japaratuba, hoje João Pessoa, de propriedade de Madureira & Mendonça bem freqüentado na década de 20.

Aracaju - Quanto ao termo, de origem indígena, são as seguintes as definições de Aracaju: Composto de ar acayú, com o significado de cresce ou nasce o cajueiro; apanhar ou colher caju. Corrução de ara acayú, como caju do tempo ou da estação. Corrução de ará-acayú, como cajueiro dos papagaios, segundo Teodoro Sampaio. Para Martius o termo vem de ar, como nascer e caju, como árvore. O significado do termo tem sido variado, de acordo com os autores. Assim, Aracaju tanto é Cajueiro dos Papagaios, como Vento sobre os Cajueiros, como ainda Terra dos Cajueiros todos consagrando o cajueiro como próprio da terra.

Aracaju - Recebeu o nome de Aracaju Foot Ball Club o clube fundado em 14 de março de 1922, com sede à rua de Laranjeiras, e reuniões na casa de Heliogábolo Pinto Fontes e tendo como presidente Carlos Leão Mendonça.

Aracajús - Nome de índios da região amazônica, do Grupo Gê.

Aracajuzinho - Arruado próximo ao bairro Industrial, comunicando-se com este através da rua lateral ao Campo do Confiança. Também tem comunicação com o bairro Santo Antônio, através da avenida Filadelfo Dória, do bairro Brasília e com o Manoel Preto, saindo ainda para o Quendera e para o Alto da Favela. É dos mais antigos lugares de Aracaju.

Aragipe - O armador José Alcides Leite, com estaleiro na curva do Carvão, hoje Iate Clube, planejou fazer um grande, talvez o maior navio de madeira do País, para transporte de madeira do sul e de outras cargas. Não conseguiu, teve seus pertences leiloados e adquiridos pelo armador Heráclito Dantas que, ainda reduzindo as dimensões, fez o barco Aragipe um orgulho da construção naval aracajuana.

Araujo - Adão não se vestia, porque ARAUJO não existia. Esta era a propaganda da Confecção, a rigor, Araujo, localizada à rua José do Prado Franco, 484.

Arauto - Chamava-se Arauto da Reforma Completa o jornal que começou a circular em 1940, sob a responsabilidade de Manoel Alves Santos e dirigido pelo missionário Adventista José Augusto dos Reis.

Arborização - A praça do Palácio, hoje Fausto Cardoso, peão do ordenamento urbano da cidade, estava arborizada em 1865 com palmeiras, nogueiras, mangueiras e tamarindeiras. Parte da rua da Aurora, hoje avenida Rio Branco, ao norte e Ivo do Prado, ao sul, também estava arborizada.

Arcádia - Em 26 de Setembro de 1956, alguns estudantes do Colégio Estadual de Sergipe, resolveram tirar do Grêmio Clodomir Silva a Academia do mesmo nome, que já não estava funcionando há mais de dez anos, dando-lhe autonomia e vida própria sob a denominação de Arcádia Estadual de Sergipe. Funcionou durante muitos anos, mas hoje está sem atividade.

Arco - Quando da visita do Imperador Pedro II a Aracaju, foi armado na praça do Palácio, hoje Fausto Cardoso, um grande Arco para, simbolicamente, dar acesso à Cidade, então com cinco anos de fundada. Nele foram hasteadas as bandeiras e entregue a Chave da Cidade, e o ponto de homenagens a Pedro II por parte do povo.

Areia - A Intendência Municipal, em 1911, baixou instrução dizendo de onde era permitido retirar areia para aterros e construções. Os locais eram os seguintes: Alto norte da rua de Capela; rua de Geru em direção a rua de Divina Pastora; Alto da rua de Itabaianinha, no extremo norte de modo a facilitar a comunicação com a antiga rua de Socorro.

Areial - Dunas, morros e planos inteiramente de areia caracterizava a paisagem de Aracaju e dificultava o trânsito. A Comitiva de Pedro II, inclusive ele, se perdeu no areal quando tomou o caminho do Campo Grande para a São Cristóvão.

Areias - Arruado de pequenas casas, algumas cobertas de palha, entre as avenidas São João Batista e Augusto Franco, resultante de uma invasão nos terrenos desapropriados pelo Estado, nas imediações do Conjunto Castelo Branco,

Page 96: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

e que deveriam servir para uma variante da avenida Contorno.

Areinha - Local onde hoje passa a rua Senador Rollemberg, próximo ao Atheneu, e a Associação Atlética de Sergipe.

Ariado - Local junto ao Poço do Mero, por trás do Estádio Lourival Baptista.

Aribé - O nome Aribé foi dado durante a Intendência de Teófilo Dantas depois do levantamento das construções daquela área da zona oeste da cidade onde morava a ceramista e oleira Maria Aribé. Na administração de Camilo Calazans o bairro Aribé, que homenageava sua antiga moradora, cuja cerâmica fazia com o material tirado Barro Vermelho, passou a chamar-se Siqueira Campos.

Aribé - Um dos nomes primitivos do bairro Siqueira Campos.

Armas - As armas mais comuns em Aracaju eram o punhal, a faca de marinheiro e a pistola de dois canos, de dois tiros, chamada pelo povo de "fogo-tebei".

Arquidiocese - A Arquidiocese de Aracaju foi instalada às 19 horas do dia 14 de Outubro de 1960, pelo Núncio Apostólico Dom Armando Lombardi, desmembrada da de Maceió pela Bula AD PERPETUAM REI MEMORIAM do Papa João XXIII, datada de 30 de Abril de 1960, mesma data de nomeação do Arcebispo, Dom José Vicente Távora, que ocupava a Diocese desde 30 de Novembro de 1957. Com o falecimento de Dom José Távora, em 3 de Abril de 1970, foi nomeado arcebispo o então Bispo Auxiliar Dom Luciano José Cabral Duarte.

Arquivo - O Arquivo Público do Estado de Sergipe foi criado pelo artigo 6º da Lei nº 233 de 16 de junho de 1848 que criou a Biblioteca Pública Provincial. Primeiro como uma seção da própria Biblioteca, depois desmembrado e autônomo. Andou em vários prédios até que recebeu prédio próprio, o da antiga Biblioteca, na praça Fausto Cardoso, no Governo José Rollemberg Leite, montando uma Câmara de Expurgo e um Laboratório de Restauração de Papéis, em 1976.

Arraial - Também designado Arraiá, é a representação ambiental de áreas rurais. Os organizadores das festas juninas projetam um ambiente, construindo com taquaras, palhas de coqueiros, tábuas, uma réplica dos terreiros interioranos nos quais são realizadas as festas do ciclo. Em Aracaju são feitos vários arraiás pelos bairros, sendo o mais tradicional e famoso de todos o da rua de São João, que abriga um grande tablado para o qual convergem diversas ruas que são transformadas em passeios para os festeiros e visitantes.

Arraiás - Em 1901 eram listados como arraiás de Aracaju: Bairro Industrial, Bairro Vermelho, Fundição, Gengibre, Getimana, Jabotiana e Saco.

Arrepiada - Avenida para uns, rua para outros, é um antigo arruado de pequenas casas, antes de palha, agora de telha, e de vilas de quartos, que começa na descida da ladeira da rua Propriá e não tem saída.

Arroz - Para as crianças e muitos adultos que freqüentavam a Feirinha do Natal o prato de arroz com galinha ensopada era obrigatório. Ao lado da comida, os refrescos, a gasosa, a amorosa.

Arrozal - Povoado próximo aos morros que circundam o aeroporto de Aracaju, conhecidos pelos moradores como Morros da Cidade Velha.

Artífices - A Escola de Aprendizes Artífices foi criada em 1909 e mereceu, em Aracaju, a dedicação do doutor Augusto César Leite. Em 1942, já funcionando no seu prédio próprio da rua Lagarto, esquina com Maroim, onde hoje está a Delegacia do MEC, foi transformada em Escola Industrial de Sergipe. Em 1965 teve sua denominação mudada para a Escola Técnica Federal de Sergipe. Funciona num amplo prédio, com oficinas e auditório, na avenida Canal, hoje Gentil Tavares esquina com a rua de Estância.

Artigo Bélico - Nome popular do depósito de armas e munições existentes na avenida João Ribeiro, em frente a Nicola Mandarino, onde hoje está a Delegacia do Ministério da Agricultura.

Page 97: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

As 5 Letras Vogais - Conjunto de pequenas casas, para outros uma via, na rua de Siriri com Laranjeiras. Era ocupada por mulheres da vida livre e freqüentada por grande por grande número de pessoas.

ASA - Sigla da Associação Sergipana de Administração, fundada em 6 de outubro de 1961 sob a denominação de Colégio Tiradentes, mantenedora do próprio Colégio e dos cursos de Administração, Economia, Ciências Contábeis, Direito e Jornalismo. Funciona com um complexo integrado, dirigido pelo professor Jouberto Uchôa de Mendonça, cujos prédios dão frente para as ruas de Lagarto e Simão Dias.

Asfalto - Coube ao Prefeito Marcos Ferreiras de Jesus iniciar a pavimentação asfáltica da Cidade, no seu período administrativo de 1947 a 1951. As primeiras ruas a receberem o novo tratamento foram João Pessoa e Simeão Sobral.

ASI - Associação Sergipana de Imprensa, entidade fundada para reunir os profissionais do jornalismo sergipano. Funciona continuamente desde a sua fundação a 31 de Agosto de 1933. Seu cinqüentenário foi comemorado festivamente, tendo a sua Diretoria, presidida pelo jornalista José Rosa de Oliveira Neto, trazido o Presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Barbosa Lima Sobrinho, para proferir uma palestra. Tem sede própria, situada à rua de Itabaianinha, graças ao empenho de um dos seus antigos presidentes, Eliezer Leopoldinho de Santana.

Asilo - O atual Asilo Rio Branco, de mendicidade, mantido pela Maçonaria sergipana, funcionou antes na atual rua Dom José Thomas, no local onde hoje está o Ginásio de Esportes Charles Moritz. O primeiro asilo, o de Órfãs e Desvalidas, foi autorizado a funcionar em 1874, quando era Presidente da Província o Dr. Antonio Passos de Miranda.

Asilo - Tinha o nome de Nossa Senhora da Pureza, o Asilo criado em Aracaju em 2 de maio de 1874.

Asilo - A pedra fundamental da construção do Asilo, no local onde hoje está o Ginásio de Esportes Charles

Moritz, foi batida no dia 2 de Abril de 1983, no Governo do general Siqueira de Menezes. O Asilo tem sua sede, atualmente, à margem direita da avenida Hermes Fontes.

A.S.L. - Sigla da Academia Sergipana de Letras, que teve sua fundação decidida pelos integrantes da Hora Literária no dia 13 de Abril de 1929. Compõe-se de 40 Cadeiras de preenchimento efetivo e perpétuo, cada uma com um Patrono. Atualmente a Academia Sergipana de Letras tem sua sede na rua Pacatuba, 288.

ASPES - Sigla da poderosa Associação dos Servidores Públicos de Sergipe, influente organismo no período compreendido de 1946 até 1964 quando foi desativada. Nos últimos meses alguns funcionários tentam reorganizar a ASPES para a defesa dos funcionários públicos estaduais.

Associação - A Associação Luso-Brasileira, sob a direção do ator Silva Braga, em Outubro de 1902 apresentou a peça de Batista Machado O Tio Padre de Braga ou o Falso casamento. Depois, a mesma companhia teatral montou a cançoneta cômica A Missa Campal e a opereta bolsa e Cachimbo. As apresentações foram no Teatro São José.

Associação - A Associação de Sergipe foi instalada no dia 24 de maio de 1925.

Associação Atlética - Com o fim de fomentar o desporto entre os seus associados, propagar no espírito de cada um a moral e concitar a todos ao culto da sua Pátria, foi fundada em Aracaju, no dia 24 de maio de 1925, a Associação Atlética de Sergipe, adotando as cores: verde, vermelho e branco. O artigo 136 dos seus Estatutos rezava que o clube faria, anualmente, festas em benefício de instituições de caridade, inclusive uma para o Hospital de Cirurgia.Associação Desportiva - A Associação Desportiva Brasil, foi fundada em 3 de Agosto de 1922 para a prática de esportes náuticos e terrestres, adotando as cores Vermelho e Preto. Seu presidente era Manoel Xavier de Oliveira.

Astrólogos - De há muito que os astrólogos, auto denominados professores, andam em Aracaju vendendo consultas. Em 1946, por exemplo, José Jany oferecia os seus

Page 98: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

serviços no Hotel Internacional a 10 cruzeiros por consulta, enquanto Firmino L. Torres vendia, na rua de Simão Dias, 119, as suas cartas-astrológicas-natal. São ainda comuns, hoje, os programas radiofônicos com tais videntes e astrólogos que vendem consultas para todos os males do corpo e do espírito.

Atalaia - Principal praia de Aracaju. Pertenceu ao município de São Cristóvão por longo período, sendo depois definitivamente incorporada a Aracaju. A estrada de acesso ao balneário era pelo Carro Quebrado, até foi construída a estrada pela costa, na administração do Prefeito Marcos Ferreira de Jesus. A praia do extremo norte da Barra dos Coqueiros, no Pontal do Norte ou Pontal de Propriá, ao receber sinalização para entrada de embarcações, especialmente depois do assoreamento das antigas barras de Aracaju, recebeu o nome de Atalaia Nova, hoje um movimentado ponto turístico.

Atalaia - Time de futebol do então povoado de Atalaia velha: o Atalaia Futebol Clube.

Atalaia - Pela Lei deu nova delimitação aos bairros de Aracaju, a Atalaia tem sua área situada nos seguintes limites: Trecho da margem do Oceano Atlântico iniciando na linha imaginária prolongamento da Atalaia até a rua que passa ao lado da PETROBRÁS (TECARMO); Toda a rua que passa ao lado da PETROBRÁS trecho da avenida Melício Machado, prolongando-se em linha imaginária até a rua do Saquinho; Linha imaginária prolongamento da rua Atalaia; Toda a rua Atalaia; Linha imaginária prolongamento da rua Atalaia até a margem do Oceano Atlântico.

Atalaia - Sistema de comunicação que envolve uma emissora de Rádio AM, uma emissora FM, a única de Aracaju, e uma emissora de televisão. Integra também o sistema o Jornal da Cidade, todos do Grupo Franco. As emissoras de rádio e de televisão funcionam na rua Cláudio Batista, entre os bairros Santo Antônio e Sanatório, e o Jornal da Cidade tem sua sede na avenida Rio Branco, 40.

Aterros - Grande parte de Aracaju foi conquistada e urbanizada graças aos aterros empreendidos pelos seus administradores. A praça Olímpio Campos, por exemplo, foi aterrada no

Governo do Monsenhor Olímpio Campos (1899 - 1902), com areia do Alto da Borborema ou Tabica. No Governo Pereira Lobo foram aterradas as avenidas Simeão Sobral, João Ribeiro e Barão do Rio Branco.

Aterros - As embarcações que transportavam açúcar, côco e sal para o sul da Bahia costumavam voltar cheias de areia, para melhor navegarem, uma vez que eram á vela. Aqui chegando depositavam, de pá, as areias na beira do rio Sergipe, favorecendo os aterros de muitas áreas da hoje avenida Ivo do Prado.

Atlântica - Churrascaria e bar da rua de Itabaiana, de propriedade então do vereador Silval Machado. Era ponto de reunião de jornalistas, na década de 60.

Atlântico - Cabaré instalado no andar superior do Bar Triunfo, na esquina da avenida Coelho e Campos coma rua José do Prado Franco.

Au Rintemps - Loja de fazendas de Bonfim & Irmão, situada à rua Aurora, 39, muito procurada no final do século passado.

Audição - Astréa e Anális Bastos Coelho, violino e piano; D. Lyly, Clarita e Rosinha Hanequim, bandolin e piano; Maria Florisbela e Pepina Lins, violino e piano; Maria de Lourdes e Estrina Menezes, canto, deram um Concerto, em três partes, no dia 24 de outubro de 1903, em benefício do hospital Santa Izabel, dirigidas pelo maestro Antônio Martins de Almeida.

Aurora - Antigo nome da avenida Rio Branco e de parte da avenida Ivo do Prado, ambas também chamadas de Rua da Frente.

Automóvel - Por volta de 1911, circulou pelas ruas de Aracaju o automóvel de Arnold da Silveira Coelho, o primeiro que em 1912 estava servindo para transportar as pessoas envolvidas em batizados, casamentos, passeios, etc.

Autos - São chamados também de auto natalinos os folguedos próprios ao ciclo, que possuem estrutura dramática como Reisado, a Chegança, e mais modernamente o Guerreiro. O Pastoril, também conhecido como Baile, se enquadra nos autos populares do Natal.

Page 99: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Em Aracaju tais autos eram apresentados na praça da Igreja, mais tarde Olímpio Campos.

Avenida Amarela - Nome do arruado de pequenas casas, algumas de palha, a margem do Canal de Santa Maria, próximo da Ponte dos Caboclos, nas imediações do povoado Terra Dura.

Avenida Vitória - Nome antigo da rua Altamira, no bairro Industrial.

Avenidas de Contorno - Contornando a Cidade existem três grandes avenidas. A primeira delas foi construída no Governo Lourival Baptista, concluída no Governo Paulo Barreto de Menezes, ligando a BR-235 à pista da Atalaia. A Segunda contorna o Morro do Urubu, o Porto Dantas, ligando o bairro Industrial ao Matadouro, com 10 quilômetros de extensão, construída por Djenal Queiroz. A terceira nasce na avenida Hermes Fontes e se liga também a Atalaia, no ponto de bifurcação entre a Praia e o Aeroporto. A primeira recebeu o nome de avenida 31 de Março, mas o povo chama mesmo de Contorno, a Segunda é a General Euclides Figueiredo, antes Contorno Norte e a última é Heráclito Rollemberg, antes Contorno Sul, construída pela Prefeitura.

Aviões - Praticamente todas as companhias aéreas serviram a Aracaju. Os velhos Douglas, DC – 3, e de toda a linha, o Convair, o Super Convair, o Curtiss Comander, o Vicont, o Dart-Herald, o Eletra, o Samuray, o One Eleven, e mais recentemente os Boeing’s 727, e 737. A Panair, a Real Aerovias, o Loyd Aéreo, a Cruzeiro, a Varig, a Sadia, a NAB, a Vasp e a Transbrasil foram, e algumas ainda são, responsáveis pelo transporte de passageiros por via aérea.

A Voz da Mocidade - Jornal da Igreja Presbiteriana Independente de Aracaju, que começou a circular no dia 7 de Setembro de 1934.

Bacupary - Lugarejo junto as dunas da Atalaia Velha espalhado hoje junto a Rodovia dos Náufragos que liga Aracaju ao Mosqueiro, do lado esquerdo, antes do TECARMO.

Bacurau - Bar localizado na avenida Coelho e Campos, próximo a esquina da rua José do Prado franco, especializado em pratos de arraia.

Baile - O governador Leandro Maciel abriu as portas do Palácio Olímpio Campos para um grande Baile do Centenário de Aracaju, em março de 1955. Foi um acontecimento social de grande repercussão.

Baile dos Artistas - O Baile dos Artistas é a abertura oficial do carnaval dos aracajuanos, com desfile de fantasias, apresentação do Rei Momo, entrega da Chave Simbólica da Cidade e também a apresentação da Rainha do Carnaval, além do baile propriamente dito.

Bairros - A Prefeitura, através da Lei nº 873 de 1º de Outubro de 1982, fixou em 35 o número de bairros de Aracaju e mais uma Zona de Expansão.

Baixa da Égua - Nome que toma a região da baixada onde termina a rua de Propriá.

Balão - O balão é uma alegoria tipicamente junina que está proibida nos últimos tempos, por causa dos vários incêndios provocados pela queda brusca. Com feitio variado, o balão alegre a noite de São João, como um ponto luminoso e colorido no céu, a atrair a atenção do povo. Apesar de proibido e da rigorosa fiscalização por parte de diversos órgãos, entre eles o IBDF, o balão exerce um fascínio em todas as pessoas que saem as ruas nas noites de Junho.

Baleiro - Vendedor ambulante de balas, que também fazia ponto nas portas dos cinemas.

Banco - No dia 24 de Março de 1923, foi celebrado o Contrato entre o Estado e o Credit Foncier du Bresil et l'Amerique do Sud, para fundação do Banco Estadual de Sergipe. O Contrato era de 70 anos e o Capital inicial de cinco mil contos de réis.

Banco Agrícola - Em sua Mensagem à Assembléia Provincial, em 1858, o Presidente de Sergipe, João Dabney de Avelar Brotero anunciou que "brevemente será instalado um estabelecimento de crédito em Laranjeiras, com o título de banco Agrícola Comercial e Hipotecário" que depois seria removido para a Capital.

Page 100: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Bancos - Era costume das famílias aracajuanas, enquanto aguardavam o início da Missa do Galo, colocarem bancos para quatro ou cinco pessoas, num lado e no outro da pista central do parque Teófilo Dantas, e neles esperarem a celebração. Entre as fileiras de bancos o povo passeava . Os bancos tinham os nomes dos seus proprietários.

Bandeira Inglesa - A bandeira Inglesa foi hasteada em 1926, no Caiça, pelo industrial Thales Ferraz, na qualidade de Vice-Consul da Inglaterra, para proteger o local e os operários da Fábrica Sergipe Industrial contra os choques possíveis entre os revoltosos do 28 BC e a Força Policial Estadual.

BANESE - Sigla do Banco do Estado de Sergipe S.A., criado pela Lei 1068 de 13 de novembro de 1961, sob a denominação de Banco do Fomento Econômico, sendo Governador o doutor Luiz Garcia. A instalação do Banco ocorreu no dia 2 de Janeiro de 1964, já no Governo Seixas Dória, sendo o jornalista e empresário Orlando Vieira Dantas o primeiro presidente.

Banheiros - Existem banheiros públicos em Aracaju, mas também banheiros particulares. Na rua de Geru, no centro da Cidade, funcionava a venda de banhos, num prédio de propriedade de Apulcro Mota.

Banheiros - Na administração do Intendente Teófilo Dantas foram construídos os Banheiros públicos do antigo beco do Açúcar, hoje travessa Deusdeth Fontes. O banheiro era gratuito.

Banhos - Miguel da Mota Maia, que vendia água do poço da sua casa, na esquina da rua Itabaianinha com São Cristóvão também vendia banhos. Seus banheiros, como os demais da Cidade, permitiam o conhecido banho de cuia - a água no corpo, a partir da cabeça, tendo o banhista que utilizar uma cuia, mais tarde um caneco - e eram bem freqüentados por as residências, em sua grande maioria, não dispunham nem de água e nem de banheiros.

Bar de Pedro Neguinho - Bar da rua de João Pessoa, como o Apolo, no mesmo trecho, entre a praça Fausto Cardoso e a rua de Laranjeiras. Após acabar o bar, Pedro Rodrigues foi explorar uma

pequena lanchonete no interior do prédio da Recebedoria Estadual, ou Edifício Walter Franco.

Bar do Meio da Rua - Pequeno bar construído no início da avenida Carlos Firpo, no meio da pista de rolamento, que funcionava sem fechar e atendia aos freqüentadores das casas noturnas, especialmente do Imperial, do Shell, as mais próximas.

Bar do Neri - Bar da rua de Laranjeiras, assim conhecido. Seu proprietário costumava ser ríspido com os fregueses. Se alguém, após o doce, pedia água, ele apontava a moringa e dizia: tá ali, vá beber. Na hora do freguês pagar, ele apontava a gaveta e mandava pegar o troco.

Bar do Pinto- Ponto de encontro de bebedores aracajuanos, na avenida Rio Branco, antes da atual Churrascaria São Carlos, depois nas vizinhanças da GAZETA DE SERGIPE. Era, até fechar, bem freqüentado por funcionários das empresas que trabalham para a PETROBRÁS, especialmente estrangeiros, acompanhados de prostitutas. Os jornalistas também faziam ponto no bar do pinto, dando preferência aos pratos de miúdos de galinha e arraia.

Bar do Português - Pequeno bar localizado na rua de Laranjeiras, entre as ruas de Itabaianinha e Santo Amaro. Era dos poucos que vendia, em certa época, a cerveja Brahma.

Bar do Primo - Bar localizado na avenida Carlos Burlamaqui, esquina com a rua de Simão Dias. Um dos primeiros a vender caranguejo.

Bar Familiar - Conhecido ponto da rua de São Cristóvão com João Pessoa, bem freqüentado nos últimos anos da década de 30.

Bar Triunfo - Restaurante situado na esquina da rua José do Prado Franco com avenida Coelho e Campos, que funcionava como ponto de encontro e local de refeição das pessoas que de trem ou de caminhão vinham do interior diariamente. Baralho - Existiam diversos jogos de baralho na Feirinha de Natal do centro de Aracaju. 7 e 21 eram os que mais atraíam os jogadores e os que permitiam

Page 101: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

maiores apostas. De baralho, todos os jogos eram a dinheiro.

Bariri - Campo de futebol situado no Carro Quebrado.

Barra dos Coqueiros - Povoado de Aracaju. Ilha da foz do rio Sergipe, citada pelos primeiros viajantes como Ilha das Canafistulas, depois conhecida como Ilha de Santa Luzia. Teve como orago Nossa Senhora dos Mares, mudado depois para Santa Luzia cuja festa se comemora a 13 de Dezembro.

Barracão - Bar da praia de Atalaia, de propriedade de Luiz Adelmo que também exercia a crônica social e através dela movimentava as noites da praia, estimulando o hábito que hoje marca a vida noturna de Aracaju, cuja infra-estrutura está nos bares e nos restaurantes do balneário.

Barreta - Lugar no bairro de Atalaia, por onde passa a avenida Contorno Sul, denominada Heráclito Rollemberg, em direção ao Conjunto Augusto Franco. No passado era uma pequena entrada de embarcações, através de um canal hoje aterrado.

Batalhão - No dia 27 de Novembro de 1924, o Governo do Estado criou o Segundo Batalhão Policial do Estado, com o objetivo específico de combater, no sul do País, os revolucionários. No dia 1º de Janeiro de 1925, o Batalhão seguiu para o sul no vapor "Itapacy" chegando ao Rio de Janeiro no dia 6, alojando-se na Praia Vermelha. Passando a São Paulo, depois ao Paraná, o Batalhão foi desfeito e a maioria dos seus membros devolvidos ao Estado de Sergipe. Os que ficaram foram incorporados ao 2º Batalhão do 11º Regimento de Infantaria, recebendo louvores do General Rondon.

Batina do Padre - Famoso beco do bairro Santo Antônio, atualmente designado como rua São Francisco. Era uma ligação entre o alto da colina e a rua do Cajueiro, hoje Muribeca, através do Beco de Sã Eva, junto a Igreja do Santo Antônio. Há quem diga que o fato do padre Carlos Camélio Costa ter sido proprietário de um sítio na região tenha influído para o nome. Outros informantes dizem conhecer o lugar como Batina do Padre antes da chegada de Carlos Costa.

Bazar - Numa pequena barraca eram instalados os bazares, com objetos de todas as qualidades, que eram sorteados através de um sistema de venda de bilhetes. Por não ser considerado um jogo de azar, o sorteio dos bazares atraía casais e senhoras.

Beco da Bosta - Parte da antiga rua Esperanto, hoje Arnaldo Dantas.

Beco da Cerimônia - Passagem estreita entre a rua de São João e a avenida João Rodrigues, no bairro Industrial. Nos tempos áureos da fábrica Sergipe Industrial foram registrar muitos casos de briga no Beco da Cerimônia.

Beco das Amêndoas - Passagem estreita, de poucas casas, entre o bairro Santo Antônio e o bairro Industrial, mais tarde desaparecido em face dos aterros e ocupações dos terrenos que hoje formam a rua principal do bairro Brasília.

Beco do Anun - Na rua de Armindo Guaraná, entre Coelho e Campos e Canal.

Beco do Arame - Atual rua Sargento Duque, no bairro Santo Antônio. Liga a avenida João Ribeiro ao Beco da Cerimônia, passagem estreita entre a rua de São João para o bairro Industrial.Beco do Cantagalo - Passagem da colina Santo Antônio para o Mané Preto; junto ao antigo cinema São Francisco, hoje rua Sargento Florêncio.

Beco do Cigarro Victor - Pequena rua estreita, na avenida Pedro Calasans, antiga rua do Rosário.

Beco do Veneno - Famosa vila do bairro Santo Antônio, entre casas da rua Armindo Guaraná. Os tipos que ali residiam eram conhecidos pelas arruaças que faziam, atemorizando a vizinhança.

Beija-Mão - No dia 1 de Janeiro, depois variou a data, era comum que, antes da procissão de Bom Jesus dos Navegantes, o Governador do Estado recebesse a visita de auxiliares de todos os escalões e pessoas do povo, políticos que iam a Palácio apresentar cumprimentos. Este hábito ficou conhecido como o Beija-Mão e por certo foi herança do Império, pois Pedro II recebeu, para o mesmo fim, dezenas de pessoas em sua visita a Aracaju, em 1860.

Page 102: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Bela Vista - Nome do morro que existe no bairro Santos Dumont, onde passa a rua de São Gonçalo. Antigamente integrava os terrenos de João Croa.

Belas Artes - Em 1955 o professor Freire Pinto ministrou, na Escola Normal, hoje Instituto de Educação Rui Barbosa, um Curso Experimental de Belas Artes. Seus organizadores acreditavam que, naquela época, estava sendo plantada a semente da Escola de Belas Artes. A Escola não saiu ainda.

Beleza - "A mais bela cidade brasileira vista do alto", frase que teria pronunciado o Comandante Eckner, do Graf Zepelin, ao sobrevoar Aracaju.

Beleza - Desde os primeiros tempos que as mulheres aracajuanas eram servidas de lojas com as mais atualizadas criações da moda e tinham, ao dispor, salões de beleza, como o de Carmosita Morais ou o Instituto de Beleza Democrata, de Divete Melo, à rua de São Cristóvão, 316.

Bem Aventurado - No dia 8 de Setembro foi criada a Paróquia do Conjunto Augusto Franco, sob a invocação do Bem Aventurado José de Anchieta e confiada a sua direção ao padre Balbino Marques da Silveira.

Bem-Me-Quer - Centro Educacional fundado por Geovana de Oliveira Lima, Juciara Fernandes Leal, Cecília Ugheito e Maria da Salete Agra de Albuquerque, antes freiras, para amparar e assistir aos filhos de prostitutas apenas.

Beneficente - Para custear as despesas com funeral dos servidores estaduais foi criada, em 11 de maio de 1919, a Sociedade Beneficente dos funcionários Públicos de Sergipe, que ainda hoje funciona.

Bento XV - Instituto criado em 10 de fevereiro de 1917, pelo Bispo de Aracaju, destinado a ser um externato para ensinar as matérias exigidas para os cursos superiores do País. Era inicialmente dirigido pelo cônego Serapião Machado de Aguiar Menezes, funcionando na rua Senador Rollemberg. Hoje só restam as casas, umas alugadas,

outras ocupadas por integrantes da Igreja.

Biblioteca - Criada em 1848, ainda em São Cristóvão, a Biblioteca Pública veio para Aracaju com as repartições transferidas para a nova Capital. Aqui teve várias sedes, até que ganhou prédio construído na praça Fausto Cardoso por Emílio Odebrecht, na administração de Eronides de Carvalho e mais tarde, em 1974, mudou novamente, para o novo e monumental prédio, construído no prolongamento da rua Vila Cristina, no Governo Paulo Barreto de Menezes.

Biblioteca - A Prefeitura de Aracaju, na administração de José Conrado de Araújo (1959-1963) criou e instalou, no bairro Siqueira Campos, a Biblioteca Clodomir Silva, em prédio próprio, de dois pavimentos, que ainda hoje funciona com um acervo razoável de obras, especialmente didática.

Biblioteca Infantil - A primeira Biblioteca Infantil de Aracaju, no sentido mesmo da palavra, foi instalada em anexo ao prédio da Biblioteca Pública Epifânio Dória, construída em 1974. A segunda foi o Vagão-Biblioteca, montada dentro de um vagão de passageiros da Rede Ferroviária Federal, no Parque Teófilo Dantas, pela Prefeitura Municipal de Aracaju, em 1981.

Bica - Local nascente d'água nos fins do bairro 18 do Forte, que servia ao abastecimento e aos banhos. Hoje não existe mais.

Bilhar de Dé - Casa de jogos localizada na antiga rua do Bonfim.

Bilhar de Zé do Sol - Ponto da rua de João Pessoa, frente para o nascente, entre a rua de Laranjeiras e a praça Fausto Cardoso, onde mais tarde foi a Lojas Teixeira e hoje está construído o Norcon Shopping Center, com o Banco Brasileiro Comercial que incorporou o Banco Dantas Freire. O Bilhar reunia a intelectualidade jovem da época, como os irmãos Carlos e Antônio Garcia, o poeta José Sampaio e outros. Nos fundos uma jogatina, com roleta fazendo correr grandes apostas.

Bispo - Foi uma grande festa aracajuana a chegada, à Capital, do primeiro Bispo, Dom José Tomáz Gomes da Silva, que antes servia na Paraíba. Desembarcando

Page 103: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

do "Jequintinhonha", barco da navegação Baiana, no dia 4 de setembro de 1911, foi recebido por uma multidão popular e por todas as autoridades. Paramentou-se na chácara de Josino Menezes e cumpriu vasta programação, ouvindo a primeira saudação do padre Filadelfo Jônatas de Oliveira, pároco de Laranjeiras.

Bizarria - Jogo de dados ou pio. Cabolino, jogador com banca na feirinha do Natal, chegou a usar copos de vidro para que os jogadores vissem o movimento dos dados e ficassem mais animados para o jogo.

Blocos - Segundo Corinto Mendonça, um grande memorialista de Aracaju, os primeiros blocos carnavalescos foram o Mercuriano e o Cordovinico, organizados em 1895. As suas cores eram, respectivamente, azul e vermelho, e branco e vermelho ou encarnado. Mais tarde foram organizados os blocos Os Filhos de Bacho e o Arranca, rivais na primeira década do século.

Blokete ou Bloquete - Ladrilho de cimento, em forma hexagonal, experimentado pelo setor de obras da Prefeitura de Aracaju, na gestão de Godofredo Diniz, nos primeiros anos da década de 60, e colocado na praça João XXIII, em frente a Estação Rodoviária Governador Luiz Garcia, e na praça Dom José Tomáz, no bairro Siqueira Campos e ainda na rua Urquiza Leal.

Boa Esperança - Colégio fundado em Aracaju pela professora Mariana Braga, no fim do século XIX.

Boa Esperança - Escola localizada na rua da Aurora, 16, para atendimento exclusivo a meninas, sob a direção de Dona Mariana Braga.

Boato - Entre os conversadores das ruas, farmácias e barbearias da Cidade, dizia-se que o boato nascia na Casa Yankee, tomava corpo na farmácia de Dr. Berilo Leite, a Farmácia Confiança, calçava as botas na Sapataria Mascarenhas, e ganhava o Aracaju que ninguém segurava mais.Bode - Nome de uma das mais antigas ruas do bairro Industrial, ligando a rua Altamira à rua Curitiba. Hoje a rua do Bode tem placa como travessa Altamira.

Bolachinha - Fileira de casas, como uma vila, abaixo do nível da rua, na rua

Siriri, entre as ruas Divina Pastora e Bonfim, hoje Sete de Setembro.

Bolsa de Caridade - Em 4 de Fevereiro de 1870 foi criada, em Aracaju a Bolsa de Caridade. O total das doações em dinheiro foi distribuído em forma de carne, farinha, feijão, milho e bolacha, em Aracaju, Propriá, Porto da Folha, Itabaiana, Nossa Senhora das Dores, Riachão do Dantas, Vila Nova, hoje Neópolis, São Cristóvão, Capela, Santo Amaro das Brotas, Rosário e Estância, em face da fome causada pela seca.

Bolsa de Valores - A Bolsa Oficial de Valores de Sergipe foi criada pela Lei estadual de 31 de dezembro de 1953, no Governo de Arnaldo Rollemberg Garcez e foi presidida por Hélio de Araújo Faro.

Bom Jesus - Bom Jesus dos Navegantes é o orago da Paróquia do bairro de Atalaia criada em 8 de Setembro de 1983, sendo pároco padre Luiz Lemper.

Bom Jesus - Realiza-se no dia 1 de Janeiro a Festa de Bom Jesus dos Navegantes, com grande afluência de público que toma toda a extensão do cais do rio Sergipe para assistir a procissão fluvial que marca o clímax da festa. A imagem embarca na Ponte do Imperador, no mesmo barco em que embarcam as autoridades religiosas e seus convidados civis e militares, segue pelo rio Sergipe em direção a sua foz, retorna passando pela Atalaia Nova, Barra dos Coqueiros, bairro Industrial, até o ponto original, sempre acompanhada de grande número de embarcações, a vela e a motor, superlotadas de fiéis. A imagem que saiu da Catedral em cortejo até a Ponte do Imperador, retorna também em cortejo encerrando o ato religioso com sua concentração no Parque Teófilo Dantas.

Bom Samaritano - Centro Social e Promocional, fundado em 1º de junho de 1972 no Conjunto Agamenon Magalhães, pelo Frei Faustino de Ripatrasone que passou a ser o seu Diretor.

Bombeiros - O Quartel do Corpo de Bombeiros foi construído, na rua de Siriri, na primeira administração do Prefeito Godofredo Diniz (1935 - 1941).Bondes - Foi defronte a casa comercial A . Fonseca, na antiga rua da Aurora, hoje avenida Rio Branco, em

Page 104: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

1908, que no Governo de Guilherme Campos teve início o serviço de transporte de Aracaju, por bondes à tração animal.

Bondes - Uma empresa particular, contratada em 1908, explorou o serviço de viação urbana até 1919, quando o colocou à venda, sem achar comprador. O Estado, no mesmo ano, comprou os serviços por 250 contos de réis, pagando 75 contos em dinheiro e 150 em apólices. O serviço operava com bondes de tração animal, lotação de 20 passageiros, percorrendo um total de 13 quilômetros e 638 metros de linha de 0,80 de bitola. Quando o Estado encampou os serviços rodavam 9 bondes de passageiros, 1 oficial, 1 fúnebre, e 1 para rês abatidas. Os demais eram inservíveis. Coube a Graccho Cardoso, modernizar os serviços e ampliar as linhas, com bondes elétricos que serviam até a década de 50.

Bonfim - Cinema municipal, na antiga rua de Goiás, hoje Carlos Correia, mais tarde chamado Cine Siqueira Campos, arrendado a uma empresa privada e depois desativado. O seu prédio é ocupado atualmente pelo Centro de Estudos Supletivos de Aracaju.

Bonfim - Rua principal do meretrício aracajuano, pólo de atração da Cidade por muitos anos. Foi Bonfim de Palha. Nobre da Lacerda, Getúlio Vargas e Sete de Setembro. Hoje é ainda Sete de Setembro.

Bonfim - Rua, Morro e Zona, que marcaram a vida de Aracaju. A rua porque estavam a grande maioria dos cabarés. O Morro porque ao tempo em que representava um obstáculo ao desenvolvimento urbano, era parte fiel e natural da paisagem aracajuana, dando as suas areias para os aterros, até que foi retirado permitindo o aproveitamento da área central no plano. A Zona porque parte da vida social, a maior parte mesmo, girava em torno da zona do Bonfim: os jogos, as casas noturnas, os pontos de encontro, as bodegas, a circulação natural de parcela da população aracajuana.

Bordados - Os enxovais de noivas e de recém-nascidos, eram, geralmente, encomendados as boas bordadeiras que não apenas marcavam, com diversos pontos, as peças, como deixavam nomes

ou iniciais para individualizar as encomendas. Houve época em que era comum ter o nome bordado, por sobre o bolso esquerdo da camisa, especialmente as de linho ou de cambraia. Ainda hoje o rendendê é um dos bordados favoritos das aracajuanas, com sua variedade de pontos, usados nas peças de mesa e cama.

Bossa Nova - Bar da Tartaruga, na rua Itaporanga, no terreno onde mais tarde foi construído o Trópicos Hotel.

Botija - Quando alguém dá uma topada dentro de casa, ou numa calçada costuma ouvir que ali no chão existe uma botija, que é um vaso rico em ouro ou moedas. Há quem afirme conhecer diversos casos verdadeiros, de pessoas que ficaram ricas depois que cavaram botijas. Outros indicam que as indicações também são através de sonhos e não apenas de topadas.

Box - Nas décadas passadas diversos lutadores amadores de box estiveram em Aracaju e realizaram lutas, principalmente nos cinemas. O Ideal, na década de 30, era aberto ao pugilismo.

Brahma - Bar e dancing localizado na rua de João Pessoa, no trecho entre Laranjeiras e a praça Fausto Cardoso.

Brahma Bar - Bar da rua de Geru, muito freqüentado na década de 60, varando a madrugada com dezenas de pessoas em suas mesas.

Brasão - O Brasão de Aracaju, instituído pela Lei nº 6 de 27 de janeiro de 1955, na administração de Jorge Campos Maynard, tem as seguintes características: Insígnias: Coroa Mural de ouro, com cinco torres, que é da Capital do Estado, segundo as normas da heráldica; Tenentes: Dois hipocampos de ouro, à destra e à sinistra, assentes no listel, simbolizando Porto fluvial; Brasão de Armas: Escudo português, asquarte lado, com ornadura de prata. No quartel um campo de ouro, uma cruz vermelha simbolizando a fé cristã do povo aracajuano. No segundo quartel, em campo azul, salinas de prata, representando a maior riqueza extrativa do município. No terceiro quartel, em campo de azul, um coqueiro de prata, simbolizando o principal produto agrícola do município. No quarto quartel em campo de ouro, roda dentada de

Page 105: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

vermelho, símbolo do trabalho através dos tempos; Divisa: Em leste de azul a frase latina PAX ET LABOR de ouro.

Brasil - Hotel situado na rua da Aurora, 30.

Brown - Trapiche de Monteiro & Irmão. Funcionava na antiga rua da Aurora, ou rua da Frente, hoje avenida Otoniel Dória, Rio Branco e Ivo do Prado, nº 60.Bocel - A Lei 873 de 1º de outubro de 1982 da área do Bocel, o seguinte limite: Toda a avenida Centenário prolongando-se em linha imaginária até o limite do município de Aracaju com o município de Nossa Senhora do Socorro; Trecho do limite do município de Aracaju com o município de Nossa Senhora do Socorro iniciando na linha imaginária prolongamento da avenida Centenário até o rio do Sal; Trecho do rio do Sal iniciando no limite do município de Aracaju com o município de Nossa Senhora do Socorro até o riacho do Cabral; Trecho do riacho do Cabral iniciando no rio do Sal até a avenida Centenário.

Buraco da Veia - Local da Cidade Nova, onde hoje está edificada, nas proximidades, a Igreja de São Pio Décimo. No local havia um Xangô, alvo da pancadaria do velho e desaparecido Esquadrão.

Buraco do Prefeito - Depressão junto ao Alto do Pindaíba, nas proximidades da Penitenciária, onde havia uma invasão de flagelados, na administração de José Conrado de Araújo que chegou, inclusive, a visitar o local.

Caatinga - Nome antigo da praça da Bandeira.

Cabacinha - Também conhecida como Limão de Cheiro, é um recipiente de cera ou parafina, cheio de água temporada, que é jogada contra as pessoas nas ruas. Era hábito aracajuano, no ciclo do Natal, a guerra das cabacinha, ainda hoje presente nas festas de Japaratuba. Com elas seus lançadores "batisavam" os transeuntes, num clima que revivia o Entrudo, o primitivo carnaval.

Cabana do Pai Tomaz - Por volta do ano de 1882 o abolicionista Francisco José Alves, após fundar a Sociedade Libertadora Sergipana e o Jornal O

Libertador, abriu a sua casa para reuniões em favor da libertação dos negros. Por isso a casa, situada à rua de Capela, recebeu o nome de A Cabana de Pai Tomaz, justamente por causa do livro norte-americano do mesmo nome, da escritora Harriet Becher Stowe, de grande sucesso à época. Muitos anos mais tarde, Aracaju ganhava outra Cabana do Pai Tomaz, na atual avenida Pedro Calasans, em frente ao Grupo Escolar Manoel Luiz, que era uma casa de jogos e um bar de grande freqüência popular.

Cabaré - Nome comum para as casas noturnas, especialmente aquelas que possuíam salões de dança de mulheres e quartos para ocupação temporária. Na rua de Bonfim houve muitos cabarés. Bem freqüentado foi, também, o Cabaré que funcionou na rua de Vitória, hoje avenida Carlos Burlamaqui, esquina com Simão Dias, no mesmo local onde havia funcionado o Cine Tobias Barreto e que mais tarde veio a ser o Cine Tupy.

Cabarés - Muitos eram os tipos de cabarés da Cidade, que concorriam com as casas de mulheres, especialmente na zona do Bonfim. Na rua de Divina Pastora era muito freqüentado o Cabaré de Tonhita e seu irmão Euclides.

Cabeludas - Região de Aracaju por onde passa hoje parte da avenida Desembargador Maynard.

Cacete Armado - Vila de quartos da rua Gumercindo Bessa, na altura do canal por onde hoje passa a avenida Visconde de Maracaju.

Cachorro Assado - Antigo nome da rua General Chaves, no bairro São José.

Cachorro Quente - Durante muitos anos, num quiosque construído no Parque Teófilo Dantas, "seu" João fez e vendeu seu famoso cachorro quente. Na década de 50, numa tosca barraca, ele já vendia o seu molho de carne e batata dentro do pão em fatias ou de bico, cobrindo com alface picada. Sua fama de cozinheiro vem dos tempos de pensão de Fenelon Araújo, na rua de Capela.

Cacique Chá - Ponto de encontro de parte da população aracajuana. Construído no Parque Teófilo Dantas, se constituía de uma parte de alvenaria e

Page 106: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

outra de palha. Nas suas paredes está um trabalho de Jenner Augusto, datado de 1949. Seu mais famoso arrendatário, Freitas, marcou uma geração inteira de freqüentadores, estando sempre por trás do pequeno balcão lateral, lendo um livro de bolso de faroeste ou policial, sempre disposto a fazer uma brincadeira. Houve época em que eram realizados bailes, matinês e soirés, no salão central do Cacique, que foi um dos melhores restaurantes de Aracaju.

Cacumbi - Dança dramática que parece oriunda dos antigos Congos ou Congadas, praticada por grupos de homens vestidos de calça branca e camisa amarela, com chapéus enfeitados de longas fitas coloridas a descer sobre os ombros. Suas apresentações são mais comuns no ciclo natalino. São do Cacumbi de Manuel Nata, da rua de Estância com Nossa Senhora das Dores, depois da rua de Boquim os versos: "Quem quiser lavar roupa, gente / vá na ilha de Santa Helena / que lá tem pouca água / ela é baixa, grossa e morena".Cadastro de Sergipe - Publicação anual, tipo almanaque, editado sob a responsabilidade de Armando Barreto.

Cadeia - mandada construir em 1857 pela Resolução de 13 de Março, a Cadeia Pública, edificada na antiga praça 24 de Outubro, hoje General Valadão, foi outra obra grandiosa do principal construtor da Cidade em seus primeiros tempos, o capitão de engenheiros Sebastião José Basílio Pirro. Em 1873, começou a funcionar. Hoje é o Palácio Serigy, sede da Secretaria de Estado da Saúde.

Café - Para facilitar e incrementar o consumo do café me Sergipe o Governo do Estado cedeu ao Governo Federal, para depósito, o prédio da avenida Ivo do Prado, onde havia funcionado o Entreposto Estadual de Algodão. Hoje a área está ocupada pelo edifício do SENAC. O mesmo antigo prédio serviu por alguns anos, de depósito de objetos e papéis velhos.

Café Central - Ponto de encontro, bar e sorveteria situado na esquina das ruas de João Pessoa e Laranjeiras, rivalizando em preferência com o Ponto Chic.

Café Paris - Bar localizado na esquina da rua de Itabaianinha com rua de Geru, no centro da Cidade.

Caga em Pé - Nome antigo da rua Campo do Brito.

Caiçá - Riacho que passa pela Ilha das Cobras e deságua no rio Sergipe. Teve seu curso alterado e desviado quando da instalação da Fábrica Sergipe Industrial. É também nome da rua lateral da Fábrica, onde está construída a Igreja de São João, oficialmente denominada travessa Thales Ferraz.

Cais de Lenha - Ponto de atracação dos saveiros e outras embarcações que traziam lenha para a Capital, no rio Sergipe, a altura do primeiro trecho da rua da Aurora, ou rua da Frente, nos primeiros anos do século.

Caixa Escolar - Para fomentar e impulsionar a freqüência escolar em Aracaju foi criada, em 23 de julho de 1916, a Caixa Escolar General Valadão. Hoje existem dezenas de Caixas Escolares que retiram do próprio aluno contribuições que revertem para cobrir despesas da própria escola. Na rede municipal de ensino desde 1979 que é proibido a existência da Caixa Escolar ou outra qualquer forma de tirar recursos da comunidade.

Cajueiro - Nome antigo da rua Muribeca, tanto no sentido leste, até o Beco das Amêndoas, como no sentido oeste, até a Batina do Padre e a entrada da rua do Fogo hoje Japaratuba.

Calçada Alta- Local até onde chegavam os saveiros carregados de lenha para os alambiques do Carro Quebrado.

Calçamento - O primitivo calçamento das ruas e praças de Aracaju foi feito com pedras calcária irregular. A praça do Palácio, hoje Fausto Cardoso, foi a primeira a receber o benefício, seguindo-se outras ruas. Já no final da década de 10 e início de 20, o Governo Pereira Lobo, foi iniciado o calçamento a paralelepípedo. A era do asfalto aconteceu no final da década de 40 quando Marcos Ferreira de Jesus era Prefeito, no Governo de José Rollemberg Leite.

Calendário - Programa radiofônico de variedades, comentários e conselhos, apresentado por Santos Mendonça, que durante anos fez muito sucesso na

Page 107: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

radiofonia sergipana, principalmente quando apresentado na Rádio Liberdade.

Campanha - Em 1947, o Governo José Rollemberg Leite empreendeu um movimento contra o analfabetismo criando e pondo a funcionar a Campanha de Educação de Adultos.

Camping - O Camping Clube de Aracaju é uma secção do Camping Clube do Brasil. Está localizado a poucos metros da praia, em terreno próprio, no lado sul da Atalaia.

Campo do Tobias - Campo de futebol do time Tobias Barreto, hoje praça de Esportes Eduardo Abreu, da Prefeitura de Aracaju, com frente para a CEASA. Antigamente sua entrada era pela rua de Bonfim, e o time que nele jogava com privilégio era dirigido por Ramilton Souza.

Campo Grande - Região próxima a Palestina, hoje à margem da rodovia BR-101.

Canaã- Nome que tinha a Casa de "Seu Abrão", local de festas, danças e piqueniques.

Canção do Mar - Cabaré da avenida Otoniel Dória.

Câncer - Para educar mulheres na luta de combate ao câncer, foi organizada em Aracaju, em 1965, a Legião Feminina de Educação e Combate ao Câncer, que tem tido destacada atuação preventiva, bem assim de auxílio as doentes carentes.

Cano 10 - Ruela entre a praça Saturnino de Brito, ou da Caixa D'Água, e a rua de Propriá. Ficou com tal nome porque era passagem do cano de distribuição de água que vinha da Cabrita.

Cansanção - Rua do bairro Industrial, prolongamento da atual da rua de São Luiz.

Cantina Capri - Vizinho ao Hotel Marozzi, na rua de João Pessoa, a Cantina Capri era um bar que servia vinho e tinha como especialidade da casa a casquinha de siri. Era um ponto de muita freqüência no começo da década de 60.

Cantinho da Saudade - Conjunto de casas nas proximidades do Cemitério Santa Isabel, pelos fundos, na maioria ocupados por prostitutas e por casas noturnas. É a zona de meretrício mais próxima do centro da Cidade.

Canto Escuro - Antiga rua de Aracaju, hoje rua de Vila Cristina.

Canudos - As tropas do 26 e 33 Batalhões, de passagem para Canudos para combaterem os liderados de Antônio Conselheiro, acamparam em Aracaju, na praça da Matriz, hoje Olímpio Campos, em 1897, com dezenas de barracas de lona.

Capela - Juntamente com o Arco e com o Forte, a Capela foi uma outra construção especial na praça do Palácio, hoje Fausto Cardoso, para a recepção ao Imperador Pedro II.

Capelanias - Em Aracaju existem, além das 16 Paróquias, 4 Capelanias. As Capelas são a do Asilo de Mendicidade Rio Branco, no bairro Grageru, da Polícia Militar no Quartel da PM, a da Penitenciária, e de São Salvador e São Benedito, no centro da Cidade.

Capineira - Cabaré localizado no oitão do portão da Estrada de Ferro, no encontro da avenida São Paulo com a rua de Bahia.

Capital - Eis a integra da Resolução nº 413, de 17 de março de 1855, que eleva o povoado de Aracaju à categoria de Cidade e a faz Capital da Província de Sergipe: Artigo 1º - Fica elevado à categoria de Cidade o povoado de Santo Antônio do Aracaju na barra do Cotinguiba com a denominação de Cidade do Aracaju; Artigo 2º- O município da Cidade do Aracaju será o da vila de Socorro, sendo sua sede na referida Cidade, Artigo 3º - As reuniões da Assembléia Legislativa provincial celebrar-se-ão, desde já, e d'ora em diante na mesma Cidade do Aracaju, Artigo 4º - Fica transferida, desde já da cidade de São Cristóvão para a de Aracaju a Capital desta província; Artigo 5º - Revogam-se as disposições em contrário. Assinou a Resolução, como Presidente da Província, Inácio Joaquim Barbosa.

Page 108: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Capitão da Aldeia - João Mulato, tido como índio, foi nomeado Capitão da Aldeia do Aracaju em 1669.

Capucho - Região a sudoeste do bairro Siqueira Campos. Em 1944 uma área foi loteada pelo proprietário José Zuckerman e em 1947 o loteamento, através do Decreto Lei 113, de 05 de fevereiro, foi denominado de bairro América, com a maioria das ruas recebendo nome de países americanos.

Capucho - O bairro Capucho tem sua área fixada entre os seguintes limites: Trecho da avenida Marechal Rondon iniciando na avenida 31 de Março até o limite do município de Aracaju com o município de São Cristóvão; Trecho do limite do município de Aracaju com o município de São Cristóvão iniciando na avenida Marechal Rondon até a avenida Chanceler Osvaldo Aranha; Trecho da avenida Chanceler Osvaldo Aranha iniciando no limite de Aracaju com o município de São Cristóvão até a avenida 31 de Março iniciando na avenida Chanceler Osvaldo Aranha até a avenida Marechal Rondon.

Carestia - O médico Autram da Mata Albuquerque, dos primeiros, se não o primeiro, de Aracaju, era também Inspetor geral das Aulas, Comissário Vacinador e provedor de Saúde, que na parte da tarde dava receitas cobrando cinco mil réis, pagamento à vista, segundo ele para suportar a carestia dos gêneros de primeira necessidade.

Carícia - Bolero de Euler Bessa, composto há mais de trinta anos e ainda inédito em gravação comercial. A composição era comum nos salões aracajuanos, tocada por profissionais e amadores como Carlos Rubens que ainda hoje é pianista do Iate Clube de Aracaju. Carícia é, sem dúvida, a música inédita mais famosa, conforme observou o crítico e pianista Carlos Dantas, sergipano radicado no Rio de Janeiro e costumaz executor do bolero.

Carnaval - Tanto os integrantes dos corsos, como os dançarinos e assistentes do carnaval aracajuano faziam ponto na antiga Sorveteria Primavera, na esquina da rua de João Pessoa com a praça Fausto Cardoso.

Carro Quebrado - Região hoje conhecida pelos nomes de São José e

Salgado Filho. O nome, segundo a tradição, advém de um carro de bois quebrado que servia de ponto de encontro da rapaziada aracajuana. O carro de boi, que transportava lenha da Calçada Alta para os alambiques, permaneceu longo período abandonado. É uma região de muitas tradições, com vida própria durante décadas, até a sua transformação urbana.

Carrossel - Também conhecido como Trivoli, é brinquedo indispensável das feiras natalinas e dos parques de diversões. Montado sobre uma base giratória, sustenta uma viga principal e hastes horizontais em cujas extremidades estão cavalinhos, carros e outras figuras que giram com o eixo, ganhando velocidade. Muitos carrosséis marcaram a vida dos aracajuanos na festa natalina, ficando na memória coletiva um deles, o de "Seu Tobias", que levava uma figura de preto, fixa a girar com os brinquedos.

Carrossel da Alegria - Programa radiofônico, a partir das 17 horas, que obteve muito sucesso especialmente quando transmitido pela Rádio Liberdade. Seu apresentador Carlito Melo, costumava se despedir dizendo: "Quando vocês encontrarem na rua um sujeito com um lenço no bolso, que mais parece um lençol, se não for ele, é imitação'. Assim ele chamava a atenção dos ouvintes para a sua própria pessoa, no programa que imitava o som dos carrosséis, cujos cavalinhos eram ritmos, como se eles estivessem correndo em disputa. Carlito Melo dizia: Corre o cavalinho samba, agora o cavalinho bolero, parou no bolero. E tocava um bolero.

Casa Colombo - Casa de móveis "artísticos e estilizados, situada na rua de João Pessoa, 201, de propriedade de Elias Roitman. Mais tarde de Ari Siqueira, uma das boas casas do ramo.

Casa da Criança - Casa da Assistência, da Legião Brasileira de Assistência, para atendimento às crianças, localizada na avenida Maranhão. Mantém serviços de creche e de jardim de infância, adotando recentemente o sistema Casulo. Teve sua instalação na administração do Governador Arnaldo Rollemberg Garcez, contando com o trabalho e a dedicação de Dona Maria Augusta Garcez.

Page 109: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Casa da Fraternidade - Centro espírita fundado em 5 de outubro de 1949, na rua de Porto da Folha e instalado, com vida jurídica, em 6 de julho de 1951, em presença do presidente da Federação Espírita Sergipana. Seu presidente era Elpídio Francisco de Menezes.

Casa das Tintas - Casa de mulheres, montada na invasão, mais tarde transformada no bairro Brasília na ligação dos bairros Industrial e Santo Antônio.

Casa Espírita - Em 1964, na rua de Goiás, 559, dona Erundina Nobre de Oliveira registrava a sua Casa Espírita São Jorge. Ganhava fama o nome de Nanã.

Casa Maternal - Funcionando na rua de Riachuelo, mantendo a Escolinha Raio de Sol, a Casa Maternal Amélia Leite é uma das mais atuantes instituições aracajuanas, fundada pelo Dr. Augusto César Leite e outras pessoas, sob os auspícios da Fundação Hospital de Cirurgia e do Instituto de Proteção e Assistência à Infância, para as mães e os seus filhos, em 26 de março de 1947.

Casa Rosada - Nome que ganhou o prédio do Atheneu Pedro II, na avenida Ivo do Prado, quando foi reformado para sediar a Secretaria de Educação e Cultura do Estado de Sergipe, na administração José Rollemberg Leite e quando era secretário o economista Everaldo Aragão Prado, em 1976.

Casamento - O casamento é um símbolo de São João, muito embora seja prática devocional ligada a Santo Antônio. São comuns os casamentos na roça, onde noivos improvisados, com padre e juiz, fazem desfile entre pais e padrinhos, de carroça e de cavalo, pelas principais ruas da Cidade. Em Aracaju os casamentos na roça são freqüentes e o mais famoso é o "Casamento da Viúva".

Casas - Ao raiar do século XX, quando a Cidade ainda dava seus passos de progresso, as casas eram assim classificadas: Palacetes, Sobrados, Casas Assombradas, Casas de Telhas e Casas de Palha.

Casas das Titias - Casa de mulheres, montada na invasão mais tarde

transformada no bairro Brasília, na ligação dos bairros Industrial e Santo Antônio.

Casas de banho - No centro da Cidade e nos bairro existiam muitas Casas de banho que vendiam a água e permitiam, em local próprio, que o interessado tomasse, ali mesmo, o seu banho. Na avenida Coelho e campos funcionava a Casa de banho de José Antônio, e na Fonte Grande, hoje rua Anatólio Garcia Moreno, no bairro Santo Antônio, a de Aníbal. Um vintém pagava o banho.

Casas Modestas - No dia 1º de setembro de 1963 o empresário Gabriel Curvelo Sampaio, colaborador da GAZETA DE SERGIPE, escreve artigo citando a idéia de Lourival Bonfim, médico e professor, de criar um fundo para a construção de casas modestas, mas contendo os índices mínimos de higiene e conforto, para serem vendidas a prazo bem longo aos menos afortunados da sorte. O título do artigo era AGÊNCIA PARA O BEM ESTAR SOCIAL.

Casas Populares - Na década de 40 o construtor João Alves deu início a construção de casas em diversos pontos da cidade, vendendo-as a prestação, variando os prazos até dez anos, uma antecipação ao sistema financeiro da habitação. Foi a experiência de João Alves que levou o Governo a contratá-lo para construir o Conjunto Agamenon Magalhães, para favelados.

Casca de Pau - Eufemismo de cachaça. É a mistura de aguardente com pedaços de raízes, frutos e folhas de diversas plantas. Dentre as mais comuns, vendidas nas bodegas dos Mercados e nas quitandas de ponta de Aracaju, estão: Laranja, Capim Santo, Erva Doce, Angico, Cidreira, Milone, Catuaba, Tora Facão, Papa Tudo, Tipi, Noz de Cola, Limão, Jururbeba, Arruda, Alecrim e Pindaíba.

Cassino - Aracaju possuía vários cassinos, dentre eles o 5 de Julho, talvez o mais bem apresentado com salão de dança, salão de jogos, cômodos outros, instalados na casa da rua de Itabaianinha, esquina com Laranjeiras, onde hoje está construído o Edifício Aliança. O Cassino 5 de Julho apresentava atrações de fora do Brasil e

Page 110: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

mantinha uma Jazz Orquestra e um crooner, permanentemente. No começo da década de 30, quando o algodão estava fazendo a riqueza de Sergipe, especialmente depois da experimentação do norte-americano Thomas Day na Barra dos Coqueiros e da criação do Departamento Estadual do Algodão, o Cassino 5 de Julho era a principal casa noturna de Aracaju, onde circulava mais dinheiro.

Castelo - Denominação das casas que alugavam quartos para encontros de homens e mulheres. Muitos deles não possuíam bares e nem salões, eram apenas compostos de quartos.

Catavento - Em 1924 foi instalado, no então povoado Santo Antônio, um Catavento para distribuição de água à população.

Catavento - Para o abastecimento central da Cidade foi instalado um Catavento na praça 24 de Outubro, hoje General Valadão.

Catedral - Coube ao vigário Eliziário Muniz Teles dar início a construção da Catedral de Aracaju, em 21 de setembro de 1862, cabendo ao Monsenhor Carlos Costa realizar alterações em sua estrutura interna e externa.

Catedral - Sendo uma construção de longa duração a Catedral mereceu, a partir de 1936, pela presença do Monsenhor Carlos Costa, uma completa reforma, a definitiva e que lhe marca a presença no centro da praça Olímpio Campos. Trabalharam na pintura os artistas Orestes Gatti, italiano, responsável pelo teto, e Rodolfo Tavares.

Catolé - Campo de futebol do América.

Cavaco Chinês - Uma mistura de farinha, açúcar, leite de côco e manteiga, dá o cavaco chinês, cuja massa, prensada entre duas formas redondas, é levada ao fogo, dando-se a forma com o auxílio de um cilindro de meio centímetro de diâmetro. A forma antiga era de cone, hoje é de cilindro. O cavaco chinês é vendido por adultos ou crianças que chamam atenção dos compradores pelo som de um triângulo, com ritmo acelerado de toque. Há alguns anos as latas dos vendedores tinham em suas tampas uma pequena roleta. Com uma

certa importância o comprador rodava a roleta, recebendo tantos cavacos quantos indicassem o número da roleta.

Cavalo Morto - Nome que tomava a rua de Propriá, no seu final.

Cemitério - O Cemitério de Aracaju. Em 1860, era cercado de varas. Ao visitá-lo, o Imperador, Pedro II perguntou ao vigário "porque era tão pouco respeitado o jazido dos mortos", recebendo a resposta de que era porque o povo ia, à noite, furtar a cerca do cemitério para fazer lenha. Cemitério - O Cemitério Santa Isabel começou a funcionar a partir de 1862 e daí para cá tem sido o principal campo santo da cidade.

Centro - Com a denominação de Centro Católico Sergipano foi fundado, após a missa do dia 23 de Julho de 1911, um organismo que visava difundir as idéias do catolicismo em Aracaju e no resto do Estado.

Centro - É Centro de Aracaju toda a área situada dentro dos seguintes limites: Toda a travessa João Francisco Silveira; Toda a avenida Barão de Maroim; Trecho da avenida Pedro Calasans iniciando na avenida Barão de Maroim até a avenida Coelho e Campos; Trecho da avenida Coelho e Campos iniciando na avenida Pedro Calasans até a margem direita do rio Sergipe; Trecho da margem direita do rio Sergipe iniciando na avenida Coelho e Campos até a travessa João Francisco Silveira.

Centro Cívico - No dia 24 de maio de 1942, Alfredo Rollemberg Leite, Freire Ribeiro, Napoleão Dória, Carlos Garcia, José Augusto Garcez, Moacir Ribeiro, Francisco Teles Barreto, Jadson Barbosa Sobrinho, José Ferreira Lima, Átila Ramos, Eunápio Linhares Nou, Hernani Mesquita Prata, Osman Hora Fontes, e Aloísio Prata, reunidos na sede da Associação Atlética de Sergipe, à rua Vila Cristina, 137, resolveram fundar o Centro Cívico Duque de Caxias, tendo como finalidade: a) defesa da produção nacional; b) defesa da economia popular; c) defesa dos ideais democráticos; d) combate à 5º Coluna. 5º Coluna eram chamados os integralistas e simpatizantes do eixo.

Page 111: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Centro Espírita - Um dos mais antigos Centros Espíritas de Aracaju em atividade é o Centro Espírita da Prosperidade, fundado em 4 de Junho de 1937, sob a direção de João Batista de Andrade, com o fim exclusivo de disseminar o ensino da religião espírita.

Centro Espírita - Tendo como finalidade a propagação do espiritismo e a prática do bem, foi organizado em 1953 o Centro Espírita Assembléia de Jesus.

Centro Espírita - O Centro Espírita organizado pelo médium João Arcanjo de Oliveira recebeu o nome de Centro Espírita Filantrópico Adolfo Bezerra de Menezes, organizado a partir de 9 de outubro de 1969.

Centro Operário - O Centro Operário de Sergipe foi fundado em 28 de Maio de 1911 e funcionou por muitos anos, num prédio da esquina da rua Santo Amaro com Geru, onde existiu a Fonte da Nação. O prédio foi demolido, depois que o Centro foi desarticulado em 1964.

Cerâmica - A Cerâmica, uma indústria de tijolos e telhas, por onde passava uma antiga estrada para São Cristóvão, era ponto de preferência dos alunos que gazeavam aulas e de bicicleta passeavam em busca de cajus dos sítios próximos. Desativada, hoje é um arruado, povoado de antigos trabalhadores da Cerâmica Santa Cruz e atuais trabalhadores da Santa Márcia, fábrica montada nas proximidades, ao leste do final do Distrito Industrial de Aracaju.

Cercas - Desde 1841 que existia uma legislação sobre cercas dividindo lugares de lavouras de criatórios, tanto na Barra dos Coqueiros, como em Aracaju, especialmente a Resolução que manda levantar cerca para as mesmas demarcações, em Campo Grande, região de criação de gado.

Cerveja - Na década de 30 Aracaju fabricava cerveja. Era a Cerveja Sergipe, cuja fábrica, à rua Arauá, 21, era de propriedade de Antonio Alves da Silva. Os preços eram os mais baratos.

Cessa Farinha - Nome popular de uma antiga lagoa existente na praça da Matriz, nas proximidades do local da Catedral.

C'Est Ci Bon - Bar e sorveteria da rua de Laranjeiras, esquina com a rua de Lagarto.

CEUS - Sigla da Casa dos Estudantes Universitários de Sergipe, órgão criado pela UEES - União dos Estudantes de Sergipe - em 20 de Setembro de 1957.

Chauffeurs - Os Chauffeurs organizaram o seu Sindicato, reunindo todos os profissionais do Estado de Sergipe, com sede em Aracaju, em 11 de Julho de 1983, tendo como Presidente José Fausto Neri.

Chegança - Auto popular natalino que relembra lutas entre cristãos e mouros, encenada antigamente dentro de um navio de madeira. E também conhecida como Marujada e possui cantos de rua, cantos embarcados e cantos de despedida. Em Aracaju foram famosas as Cheganças de Antônio Chorão e de Zé do Pão, apresentadas principalmente na época das festas do Natal.

Chiado - Carro de boi que chiasse ou cantasse ao conduzir gêneros e materiais pelas ruas de Aracaju davam aos seus donos a pesada multa, em 1927, de 10$000 e dois dias de cadeia.

Cicla - Sigla do Clube de Cinema de Aracaju, fundado em 24 de julho de 1952 por José Lima de Azevedo, José Bonifácio Fortes Neto, Felte Bezerra, João Marques Guimarães, Jessé Cláudio de Alencar, Lélio Fortes, Hilton José Ribeiro, José Silvério Leite Fontes, Zair Dantas Moreira, José Aloísio de Campos, Alcebíades Melo Vilas Boas, Arício Fortes, Paulo Plácido de Lima Gama, Tertuliano Azevedo, Luiz Azevedo, Luiz Carlos Rollemberg Dantas, Saudalina Passos de Guimarães Fortes, Marivalda de Azevedo Menezes Fortes, Núbia Marques de Azevedo, Ilma Silveira de Mendonça e Maria Lúcia Figueiredo Ávila, para divulgar o cinema como arte. Ainda hoje funciona.

Cidade - Num documento de 3 de Setembro de 1603, há uma referência que há 7 ou 8 anos, ou seja, em 1595 ou 1596, o Desembargador Gaspar de Figueiredo consultou e assentou com os moradores e Capitão de Sergipe de se mudar a Cidade que no tal tempo estava no Aracaju. A referência é a mais antiga com o nome de Aracaju e com a

Page 112: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

localização da Cidade de São Cristóvão, fundada em 1590 nas praias de Atalaia.

Cidade Nova- Bairro da zona norte de Aracaju, que tem sua área resguardada legalmente pelos seguintes limites: Trecho da rua Cláudio Batista iniciando na rua Artur Fortes até a rua Nossa Senhora da Glória; Toda a rua Nossa Senhora da Glória prolongando-se em linha imaginária até a estrada do Engenho Novo; Trecho da estrada do Engenho Novo iniciando na linha imaginária prolongamento da rua Nossa Senhora da Glória até a avenida Contorno Norte (General Euclides Figueiredo); Trecho da avenida Contorno Norte iniciando na Estrada do Engenho Novo até a rua Benjamim Constant; Trecho da rua Benjamim Constant iniciando na avenida Contorno Norte até a avenida Visconde de Maracaju; Toda a avenida Visconde de Maracaju; Toda a rua Artur Fortes.

Cidade Velha - Suposta povoação existente nos morros do mesmo nome, entre a Terra Dura e o Caipe, onde teria sido erguida, por volta de 1590, a Cidade de São Cristóvão, antes fundada nas praias do Aracaju. Documentos e Escrituras dão os morros da Cidade Velha como referências de limites das propriedades do povoado Arrozal. Alguns moradores asseguram ter encontrado, nos morros, pedaços de louça e outros fragmentos que indicam a existência da antiga cidade.

Ciganinha - Casa de mulheres da avenida Rio de Janeiro, hoje Augusto Franco, na entrada do bairro Siqueira campos. Sua proprietária, conhecida como Ciganinha, teve ponto nas proximidades da praça Santa Isabel, no final dos anos 50.

Cine Star - Cinema do bairro Cidade Nova. Fechou e em seu lugar existe o Super Mercado Aracaju.

Cinelândia - Sorveteria fundada em 1956, na rua de Itabaianinha no mesmo local de hoje. Renovando a técnica de fazer sorvete, a Cinelândia deu aproveitamento a todas as frutas comuns em Sergipe e manteve, num percentual menor, as essências.

Cinema - A chamada sétima arte despertou, de cedo, o interesse dos aracajuanos que pagaram, no começo do

século, por uma apresentação de gramofone. Depois vieram os aparelhos com imagens em movimento, o cinema propriamente dito e os filmes marcando época. Ao lado do gosto pelo cinema floresceu a crítica cinematográfica, com Bonifácio Fortes, João Simões Filho, Ivan Valença, José Carlos Monteiro no rádio. No entanto foi Silva Lima, na Rádio Liberdade, quem teve o programa de maior audiência, contando com a colaboração de Antonio Rocha Santos que usava o pseudônimo de Dr. Gastão para comentar os filmes em cartaz.

Cinema - A Fábrica de Tecidos Confiança, do bairro Industrial, também teve o seu cinema para a assistência dos operários. A inauguração aconteceu no princípio do ano de 1927, e contou com a presença do Presidente, em exercício do Estado, Manoel Dantas.

Cinema - Não tinha nome o cinema que funciona debaixo das árvores, nos fundos do bar, Antártica, na rua de João Pessoa. Anízio Dantas, dono do Cinema REX, era o responsável pelas exibições.

Cinemas - Aracaju conheceu, muito cedo, o cinema. Há quem afirme que houve uma sessão de cinema falado em 1903, antes mesmo da existência oficial do cinema falado. Ficaram famosos o Cinema Sergipe, o cinema Elite, o Royal, o Guarany que inicialmente funcionou nos fundos do Hotel Internacional, depois Aracaju Hotel, na antiga rua de Japaratuba, hoje João Pessoa, o Éden, na travessa José de Faro, o Fênix, no mesmo lugar, e o Ivo do Prado.

Cinemascope - O Cine Vitória possui sua tela panorâmica. Mas coube ao Cine Rio Branco, de Juca Barreto, em 1955, trazer para Aracaju o sistema Cinemascope com o filme O Manto Sagrado, apresentando-o no dia 30 de abril para grande platéia.

Cine-Produções - O fotógrafo Walmir Almeida, trabalhando no Palácio do Governo Luiz Garcia, organizou o seu Cine-Produções Atalaia, produzindo jornais cinematográficos em 16 milímetros, narrados por Cid Moreira. Grande maioria dos noticiosos que eram exibidos nos cinemas de Aracaju e do interior do Estado, tratava da ação governativa, embora muitos registrassem festas populares,

Page 113: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

procissões, atos inauguratórios e reuniões.

Circo Luzitano - Dirigido pelo empresário e artista português Henrique Lustre, com capacidade para duas mil pessoas, foi um sucesso em sua permanência em agosto de 1903, em Aracaju.

Circos- Os circos sempre incluíram Aracaju em seus roteiros. As apresentações eram sempre bem concorridas. Os circos eram armados na praça da Matriz, de um lado e do outro da Igreja, depois na praça que ficava em frente ao mercado, onde mais tarde foi construído o Colégio Nossa Senhora de Lourdes, agora Centro Comercial Norcon, depois na praça da Caatinga, hoje Bandeira, depois no largo do antigo Morro do Bonfim e em muitos outros lugares até que, presentemente, os circos ocupam os poucos terrenos livres que ainda restam, especialmente nas avenidas Francisco Porto e Hermes Fontes.

Círculo Operário - O Círculo Operário de Aracaju foi fundado em 11 de Agosto de 1935, funcionando no prédio do antigo Seminário, tendo como principal dirigente o padre João Moreira Lima.

Cirurgia - Bairro que tem sua área fixada nos seguintes limites: Trecho da avenida Desembargador Maynard iniciando na avenida Pedro Calasans até a avenida Augusto Franco; Trecho da avenida Augusto Franco iniciando na avenida Desembargador Maynard até a rua dos Estudantes; Toda a rua que contorna a praça Saturnino de Brito; Trecho da rua Itaporanga iniciando na rua que contorna a praça Saturnino de Brito até a avenida Pedro Calasans; Trecho da avenida Pedro Calasans iniciando na rua de Itaporanga até a avenida Desembargador Maynard.

Classe - A Classe, jornal da Associação dos Empregados do Comércio. Circulava aos domingos e seu primeiro número veio a lume no dia 1º de Julho de 1922.

Clichês - O primeiro jornal a dispor de uma clicheria foi O Imparcial, de Francisco Melo, por volta do ano de 1918.

Club de Turismo - Os alunos da Escola de Comércio Conselheiro Orlando tinham sob sua organização e direção o Clube de Turismo Instrutivo, pelo qual excursionavam pelo interior e participavam da vida cultural do Estado, principalmente nos anos 30.

Club dos Diários - Antigo Clube de Aracaju, fundado no século passado e que funcionou até as primeiras décadas deste século.

Clube do Sapato - Uma idéia engenhosa de Pedro Rodrigues, o Pedro Neguinho. Recolhia uma certa importância semanal dos pretendentes à compra de sapatos e sorteava entre esses o felizardo. Assim mantinha uma espécie de cooperativa, conhecida como o clube do Sapato, funcionando na rua de João Pessoa, na década de 30.

Clube dos Médicos - Organizado para congraçamento e esporte, o Clube dos Médicos montou sua sede na praia de Atalaia, em 1971, tendo sido seu primeiro presidente o médico José Leite Primo.

Côco - Ritmo e dança do povo, comum em Aracaju, especialmente no ciclo junino. O canto é acompanhado de pandeiro e ganzá, normalmente com improvisador e coro ou as duplas de improvisadores ou conquistas. A dança, tanto em roda como em parelha e entre passos a umbigada, serviu, no passado, para o trabalho de aterro de piso de casas levantadas em mutirão. Os cantadores e dançarinos de côco estavam, com mais freqüência, no Manoel Preto, no 18 do Forte e no Santo Antônio.

Colégio - O Colégio Nossa Senhora d Lourdes, filiado à Congregação das Religiosas do Santíssimo Sacramento, com sede na Bahia, foi fundado em Aracaju no ano de 1903 funcionando na rua de São Cristóvão, até que construiu sua sede na rua de João Pessoa, hoje José do Prado Franco, 607, mais tarde vendida ao grupo NORCON.

Colégio Salvador - Primeiro foi Colégio do Salvador, fundado em 2 de fevereiro de 1935 pelas irmãs Galrão Leite (Zilda, Maria Zorilda e Nair). Depois foi Educandário do Salvador, Ginásio do Salvador e de novo Colégio do Salvador, sob a direção da professora Maria

Page 114: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Bernadete Galrão Leite, estabelecido à avenida Ivo do Prado, 182.

Cólera - Morreram em Aracaju, em 1863, 400 pessoas de cólera. Representava cerca de 5 % da população da cidade. Foram enterradas em cemitério próprio, pois desde 1855, por causa mesmo da doença, não mais se faziam sepultamentos dentro das igrejas como antes era o costume.

Comandante Miranda - Vapor que trouxe a Aracaju o senador e Presidente eleito do Brasil Washington Luiz Pereira de Souza, no dia 13 de agosto de 1926. Desembarcando na Ponte do Imperador o Presidente da República eleito foi saudado pelo Intendente Municipal Hunald Cardoso. No saguão do Palácio do Governo quem falou foi o Padre José Augusto da Rocha Lima, enquanto o Coronel Manoel Maurício Cardoso, Presidente da Associação Comercial, fez a saudação em nome das classes produtoras, à época chamadas de "classes conservadoras". Na sua permanência em Aracaju Washington Luiz inaugurou os novos serviços de abastecimento de água, serviços de tração e luz, Matadouro Modelo e Atheneu Pedro II.

Comarca - A Comarca da Capital de 1868, abrangia os Municípios de Aracaju, São Cristóvão e Itaporanga.

Comercial - Hotel da rua de São Cristovão. Primeiro foi uma pensão, depois foi adquirido por Antônio Oliveira Lima e por este vendido, em 1946, a Joaquim Nunes de Oliveira que manteve até o final da década de 70. O local do Hotel Comercial foi ocupado pelo edifício Jangada.

Comércio - Em 1941 Aracaju possuía 709 estabelecimentos comerciais.

Companhia - A Companhia Dramática dirigida pelo ator G. Lessa exibiu-se em maio de 1896, no teatro São José, em Aracaju, com o seguinte repertório: A Lei de 13 de Maio, Apulcro de Castro, Lição aos Maridos, O Folho da Santa Casa, Izolina, O Desterrado, Ouro e Honra, O Repobro, Serpentes e Flores, Nem Tudo se Pode Dizer todos dramas, e a alta comédia Lenço Branco.

Conceição - Nome que teve a praça Pinheiro Machado, depois Tobias Barreto, nome atual.

Conceição - Para construção de uma Igreja de Nossa Senhora da Conceição foi doado um terreno por João Manoel de Souza Pinto, na praça do Palácio, onde hoje funciona a Assembléia Legislativa do Estado de Sergipe. O terreno, mais tarde reverteu para seu antigo dono e em 1863, na praça onde hoje está a Catedral teve início a construção da Igreja de Nossa Senhora da Conceição. Nos primórdios de Aracaju, por causa da doação do terreno, Conceição passou a ser o nome da rua que passava na praça do Palácio, vindo de Maroim e chegando até Laranjeiras, mais tarde nomeadas rua dos Músicos e posteriormente Pacatuba e rua do Barão de Maroim, popularmente conhecida como rua do Barão, depois Japaratuba, hoje João Pessoa ou Calçadão.Concerto - Maria Amélia Sobral Menezes realizou, em 1º de novembro de 1955, no Auditório do então Colégio Estadual de Sergipe, a Terceira Audição de Acordeon, um pequeno concerto com seus alunos, em benefício do Natal dos abrigos do SAME. Entre os alunos estavam: Juçara Leal, Hortência Andrade, Leila Duarte, Violeta Santos Silva, Sonia Nabuco Teixeira, Sonia Dantas Passos, Marta Suzana Oliveira Costa, Angélica Campos e José Garcez Filho.

Confiança - A Associação Desportiva Confiança foi fundada no dia 1º de maio de 1936, tendo como esporte básico o basquetebol.

Confiança - A fábrica de Tecidos Confiança, a Segunda a ser instalada em Aracaju, foi fundada em 1907, no bairro Industrial, pela firma Ribeiro Chaves & Cia. Em 1911 começava a produzir, branqueando os tecidos com água canalizada nas nascentes do Engenho Velho.

Conflitos - No dia 21 de abril de 1889 praças do 26º Caçadores entraram em conflito com membros do Corpo Policial, na rua de Arauá, por questões políticas.

Confraternização - Ao bater das horas, a meia-noite, tocam os sinos, as buzinas, e explodem os foguetes pelas ruas de Aracaju. No interior das casas os braços, os votos de felicidades no ano

Page 115: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

que tem início, o brinde com champanhe, a confraternização que une as famílias. Depois, a comemoração nos clubes.

Congresso - Realizou-se em Aracaju, com grande participação popular, de 11 a 17 de novembro de 1946 o Congresso Eucarístico. Foi, talvez, a maior festa religiosa realizada na Capital Sergipana.

Conjuntos - Até 1964 apenas dois conjuntos residenciais existiam em Aracaju, ambos construídos pelo Governo do Estado: O Agamenon Magalhães e a Cidade dos Funcionários. Depois vieram o Jardim da Esperança, construído pela Prefeitura, e os conjuntos da Companhia de Habitação Popular - COHAB, que são: Castelo Branco, Costa e Silva, Presidente Médici, todos na mesma área da zona sul, outros pequenos conjuntos e os maiores: Santa Tereza, na Atalaia, Assis Chateaubriand, no Bugio, e o Augusto Franco nas proximidades do canal de Santa Maria, no sítio Tabuado.

Conselho municipal - Órgão de direção normativa, sendo os seus integrantes eleitos por voto direto. Nos municípios interioranos, o Conselho municipal escolhia o Intendente, enquanto em Aracaju o Intendente era nomeado pelo Presidente do Estado. O papel dos Conselhos Municipais vem sendo desempenhado pelas Câmaras de Vereadores.

Conselhos - Ao assumir o Governo, em 1889, Felisberto Freire dissolveu as Câmaras Municipais, criando os Conselhos de Intendência. Assim começava a República em Sergipe e em Aracaju.

Cooperativa - Tão logo receberam as suas casas, os moradores do Conjunto Residencial Agamenon Magalhães organizaram, no dia 6 de julho de 1953 no Centro Social Dom Fernando Gomes, a sua Cooperativa de Consumo.

Cooperativa - No dia 17 de Outubro de 1938, reunidos numa casa da rua de João Pessoa, nº 3, José do Prado Franco, Manoel Rollemberg, Júlio Pinto Filho, Pe. Carlos Costa, e outros, fundaram a Cooperativa Aracajuana de Laticínios.

Coordenadas - Aracaju tem as seguintes coordenadas geográficas: 10º 54' 00'' de latitude sul e 37º 05" 00'' de longitude W.Gr.

Coral "Genaro Plech" - Em 1950 funcionava em Aracaju a Sociedade Litero-Musical Coral "Genaro Plech". O próprio maestro e professor Genaro Plech, pai do regente Antonio Carlos Plech, era quem dirigia a Sociedade e o Coral.

Coretos - São dois os coretos da praça Fausto Cardoso, ambos construídos pelo Intendente Hunald Santaflor Cardoso (1925 - 1926) no governo de seu irmão Graccho Cardoso.

Corno Velho - Famoso bar localizado na estrada Aracaju-Atalaia, no lado esquerdo ou leste da pista demolido para a construção da segunda pista no Governo Paulo Barreto de Menezes. Mais tarde surgiu o Caranguejo, ou Corno Velho, já no lado oeste da mesma pista.

Coroa do Meio - A Coroa do Meio resulta da junção das duas coroas, a velha e a nova, que figuravam as plantas de Aracaju no final do século passado. Urbanizada é hoje um loteamento. Pela Lei 873/82, é um bairro compreendido a seguinte área de limite: Linha imaginária prolongamento da rua Atalaia iniciando na margem do Oceano Atlântico até a rua Atalaia; Toda a rua Atalaia prolongando-se em linha imaginária até a Maré do Apicum; Trecho da Maré do Apicum iniciando na linha imaginária prolongamento da rua Atalaia até a confluência do rio Sergipe no Oceano Atlântico; Trecho da margem do Oceano Atlântico iniciando na confluência do rio Sergipe com o Atlântico até a linha imaginária prolongamento da rua Atalaia.

Corredor da Luzia - Um dos locais, na região do mesmo nome, de corridas de cavalos.

Corrente - Nome que tinha a linha de fiscalização do estado, espécie de barreira para verificação das notas das mercadorias, localizada na avenida Minas Gerais, no cruzamento com a rua de Salgado.

Corso - Desfile de automóveis pelas ruas da Cidade, em dias de carnaval, como uma das atrações da festa momesca. Os carros, normalmente abertos, levavam bonitas moças fantasiadas. No carnaval de 1928 o roteiro obrigatório dos Corsos era o seguinte: Rua Japaratuba, hoje João

Page 116: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Pessoa, e se estendia até a rua de Itabaiana voltando pela rua de Maroim, subindo a rua Pacatuba até a face do jardim Fausto Cardoso, fazendo e seu contorno pelo lado da ponte do Governador, hoje Imperador, e descendo a rua de Japaratuba (João Pessoa) pelo lado direito.

Cosme e Damião - Centro Espírita e Umbandista organizado em 1970, com sede na rua Governador Manoel Dantas, no Conjunto Castelo Branco, sob a responsabilidade de João Lima de Andrade.

Cosme e Damião - Festa popular e religiosa do dia 27 de setembro, com terreiros e casas oferecendo comidas, especialmente caruru, aos visitantes e freqüentadores e balas às crianças. Cosme e Damião é também dupla de soldados da PM que policiam as ruas centrais da Cidade, comuns desde o Governo Luiz Garcia.

Costura - A arte da costura é das mais antigas de Aracaju. São centenas as escolas de ensino de corte e de costura, em todos os bairros, desde a fundação da Cidade e até os dias atuais. A Prefeitura de Aracaju mantém uma rede de escolas de corte e costura, diplomando anualmente grande número de pessoas.

Cotinguiba - A grafia mais antiga é Cotinguiba, corrutela de Coti-dyba, que segundo os estudiosos das línguas indígenas, significa voltas ou sinuosidades em demasia. Cotinguiba é nome do rio que deságua no Sergipe e que, por muito tempo, foi confundido com o próprio rio Sergipe, dando nome à barra de acesso a Aracaju.

Cotinguiba - Nome que recebia o rio Sergipe. A nova denominação do rio que banha a Cidade foi oficializada através de Decreto do Presidente Manoel Dantas, em 1930. Também é um Clube Esportivo, dos mais antigos e tradicionais, organizado no bairro da Fundição.

Crimes - Dois crimes alvoroçaram a vida aracajuana no final da década de 50. O do médico Carlos Firpo, na madrugada de 25 de maio de 1958, atribuído a razões passionais e o do menino Carlos Werneck, perpetrado pelo alcunhado Laconga, no bairro Siqueira Campos. Ambos comoveram a população

e foram, no plano jurídico, dois grandes momentos para acusação e defesa.

Cristão - O Cristão, jornal defensor da religião, presbiteriana e evangélica, fundado em Julho de 1919, dirigido pelo reverendo Rodolfo Fernandes. Circulava as segundas e últimas quartas-feiras do mês.

Cronistas - Garcia Moreno foi cronista da doce Província, como Mário Cabral fez cuidadoso levantamento da vida aracajuana. Coube a Santos Souza ser, no rádio, o cronista da Cidade de Aracaju, com página diária na voz de Santos Santana que, também, terminou por escrever belas crônicas sobre a cidade. Dois cronistas famosos, também no rádio, foram Wellington Elias, falando de gente, e Lindinalva Cardoso Dantas, evocando Maria, na Hora do Ângelo, as 18 horas, na rádio Cultura.

Cruzada - A Cruzada, órgão de propaganda e combate, católico, oficial da Diocese, editado aos domingos, redigido pelo cônego Floduardo Fontes e padre Solano Dantas de Menezes.

Cruzeiro - No dia 31 de dezembro de 1899 foi plantado, no local onde hoje existe a velha Caixa D'Água, o Cruzeiro do fim do século, como ficou conhecida a grande cruz de madeira colocada para marcar a entrada do século XX.

Culinária - A comida aracajuana consagra o leite de côco como acompanhamento dos frutos do mar, com leve dendê, especialmente nas moquecas. O café da manhã do aracajuano é, geralmente, composto de cuscuz de milho, ovos estrelados ou carne do sol, leite e café. O almoço faz da carne de boi o produto mais usado, seguido do frango, normalmente semanal, e dos mariscos e da carne de porco. O jantar é precedido de sopa, repetindo-se o cuscuz de milho, ou os frutos da terra, com alguma carne, especialmente do sol. Não há um prato típico de Aracaju, muito embora na época junina sejam comuns as canjicas, as pamonhas e o mucunzá. O uso do feijão e de farinha continua como parte da alimentação básica, complementada pelo arroz e pelo macarrão.

Cultos - A Igreja Católica celebrava diversas missas e um culto especial na noite de 31 de Dezembro. As

Page 117: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

igrejas protestantes fazem culto especial, numa espécie de vigília de oração.

Cultos Africanos - O radialista Flodualdo Vieira e mais Aloísio Santos, Osmam Militão de Araújo e o famoso pai de santo Alexandre José Silva, de Laranjeiras, fundaram em 31 de março de 1971 a Federação dos Cultos Africanos e Espíritas Umbandistas Independentes de Sergipe, com sede em Aracaju.

Cultura Popular - Em 1963 funcionavam dois grupos de Cultura Popular. O CPC, de orientação da UNE, formado por universitários e secundaristas e o MCP - Movimento de Cultura Popular - da Secretaria da Educação e Cultura do Estado. Ambos foram extintos em 1964.

Curato - A Barra dos Coqueiros, então povoado de Aracaju, foi elevada a Curato em 20 de Julho de 1864. Em 10 de Maio de 1875 o Curato foi removido para o Porto Grande, sendo criada a Freguesia de Nossa Senhora dos Mares da Barra dos Coqueiros. No entanto, desde 1875 que existia a Capela de Santa Luzia que é hoje, a padroeira da Barra dos Coqueiros.

Curral- Cabaré da avenida Pedro Calasans, entre Bonfim e Divina Pastora.

Curral- Conjunto de pequenas casas construídas para aluguel por Achiles Franco, nas ruas Pedro Calasans, Bonfim e Divina Pastora. Nelas existiam diversas casas de mulheres, sendo a área conhecida como a do baixíssimo meretrício. Achiles Franco transferiu a propriedade a José de Barros Pimentel Franco e seus irmãos. Quando Dom Fernando Gomes dos Santos era Bispo de Aracaju houve forte pressão junto aos proprietários das casas para que essas, uma vez liberadas, não fossem mais alugadas. E como o tempo o curral cedeu lugar a novas construções.

Curral- Nome da propriedade de José de Barros Pimentel Franco, nas imediações da avenida Pedro Calasans.

Curva do Carvão - Assim era chamada a volta que dava o rio Sergipe, próximo a sua foz. O local hoje pode ser identificado como próximo ao Iate Clube de Aracaju.

Cu tapado - Nome popular da rua José Sotero, na praia 13 de julho, assim chamada por não ter saída.

D.I.A. - Sigla do Distrito Industrial de Aracaju, área de aglutinação de empreendimentos industriais, erguida pelo Governo do Estado para estimular a instalação de novas empresas em Sergipe. Está situado na zona sul, cortado pelas avenidas Hermes Fontes e 31 de Março, estendendo-se até a margem do rio Poxim. Durante a construção dos galpões, a área do Distrito Industrial foi bastante utilizada pelos casais de namorados que, dentro dos carros, praticavam o amor. Por isso se dizia que em Aracaju o DIA funcionava mesmo era à noite.

Dados- Dados, ou pio, jogo apreciado pelos freqüentadores das feiras natalinas. A variedade de jogos ditava o comportamento das apostas. Um banqueiro, balançando a cumbuca, comandava as rodadas dos dados.

Darcilena - Nome que recebeu a rua do Cedro, a exemplo do município, em homenagem as senhoras Darcy e Helena, respectivamente, esposas do Presidente Getúlio Vargas e do Interventor Augusto Maynard. O nome caiu e tanto a rua, quanto a cidade, voltaram à denominação anterior.

Day's Pedigreed - Tipo de algodão plantado na Barra dos Coqueiros, povoado de Aracaju, pelo norte-americano Thomas R. Day, contratado pelo Governo do Estado em 1923 quando também foi criado o Departamento Estadual de Algodão e a Estação Experimental Miguel Calmon.

Defloramento - O defloramento era o principal crime cometido em Aracaju, conforme as estatísticas dos primeiros anos de 1900. Homicídio e furto, os dois outros crimes, com baixo registro de ocorrências.

Delegado - A vida da Cidade, nos seus diversos pontos, sempre esteve nas mãos e nas ordens dos Delegados. O comportamento nas ruas, as aglomerações nas esquinas, os leilões, os bailes, as brincadeiras, tudo dependia da concordância dos Delegados. Na sua maioria eram temidos respeitados, chegando alguns a imporem rígidos

Page 118: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

horários para que todos se recolhessem às suas casas. O aumento da população e a modernização do aparelho policial modificou este aspecto da vida aracajuana, e o povo conquistou mais liberdade.Democrata - Antigo Hotel localizado na travessa do Palácio.

Deposição - Na madrugada de 13 de julho de 1924 foi deposto o Presidente do Estado Graccho Cardoso e no dia seguinte, juntamente com seu irmão Hunald Santaflor Cardoso e o intelectual Cláudio Gans seu auxiliar, foi preso, assim permanecendo até o dia 02 de agosto. Também estavam presos, no 28 BC, o Chefe de Polícia Cyro Cordeiro de Farias e o próprio Comandante da guarnição, Major Jacinto Ribeiro. Os revoltosos, cujos líderes eram o Capitão Eurípedes Esteves de Lima, o 1º Tenente Augusto Maynard Gomes, o 1º Tenente João Soriano e o 2º Tenente Manoel Messias de Mendonça, foram vencidos pelas tropas comandadas pelo general Marçam Nonato de Farias, entre os Municípios de São Cristóvão e Itaporanga. No dia 04 de agosto Graccho Cardoso reassumiu o Governo.

Deposição - A vida política nem sempre foi tranqüila em Aracaju. No dia 4 de setembro de 1896 o padre Olímpio Campos, à frente dos soldados do 1º Corpo de Segurança, depôs o Padre Leonardo Dantas que, na qualidade de Presidente da Assembléia, havia assumido o Governo do Estado. Durou dois dias a deposição.

Depósito - O Depósito Sergipense foi adquirido por Apulcro Mota, Presidente interino do Estado, no final do século substituindo a Martinho Garcez, a Pedro Diniz Gonçalves, para servir de depósito do querosene que seria recolhido do comércio aracajuano, por causa das reclamações da população sobre o perigo de tal combustível mantido no centro da Cidade. O lugar chamado Carvão passou a ser conhecido como o Inflamável.

Depósito Municipal - Situado na rua Siriri, serviu para exposição de animais, mais tarde foi aproveitado e transformado em Quartel do Corpo de Bombeiros de Aracaju.

Deputados - Logo que foi transferida de São Cristóvão para Aracaju, a

Assembléia votou os subsídios de 1$000 diários aos deputados provinciais nas sessões ordinárias e extraordinárias e prorrogações e ajuda de custo de 100 reis por légua, de ida e volta, aos deputados que residissem fora da Capital. Nos anos seguintes, os valores foram elevados.

Derby Club - Era o nome que tinha o chamado popularmente "seu" Curvelo, local de corridas de cavalo, no local onde está a CEASA.

Desportos - A Federação Sergipana de Desporto, hoje Federação Sergipana de Futebol, foi fundada em 10 de novembro de 1926 com o nome de Liga Sergipana de Esportes Atléticos.

Diário Oficial - Jornal editado desde 24 de Outubro de 1919, para publicar os atos e o noticiário do Governo estadual. Circula hoje, editado pela SEGRASE, que incorporou a antiga Imprensa Oficial.

Diocese - A Diocese de Aracaju era o nome do Boletim, em forma de revista, editado a partir de Janeiro de 1912, sendo o porta-voz eclesiástico, dirigido pelo Monsenhor Manoel Raimundo de Melo.

Diocese - Ao ser criada, em 1910, a Diocese de Aracaju, ficou como sufragâneo do Arcebispo da Bahia, até 13 de Janeiro de 1920, quando passou à jurisdição metropolitana da Arquidiocese de Alagoas.

Disque Disco - Programa radiofônico de grande audiência no início da década de 60, quando foi lançado por Nairson Menezes. Foi dos primeiros programas de rádio a utilizar o telefone, colocando no ar a voz da pessoa que pedia para ouvir algumas músicas, no estilo dinâmico a fazer rádio, na velha Rádio Difusora, quando funcionava na rua José do Prado Franco ao lado do Serigy.

Distrito - Conforme a Divisão Eleitoral do Brasil, de 1860, realizada através dos Decretos nº 2623,2624,2627,2628 e 2631 de 22 e 25 de agosto e de 1º de setembro, a Província de Sergipe tinha dois distritos: Aracaju e São Cristóvão. O Distrito de Aracaju compreendeu 10 Colégios, 14 Paróquias, com 363 eleitores, podendo

Page 119: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

eleger 2 para a Representação Geral e 12 para a Representação Provincial.

Docas - Nome pelo qual era conhecida a região da atual rua de General Chaves, no Carro Quebrado, onde havia um alambique.

Doces - Os doces eram vendidos em tabuleiros, por crianças e adultos, pelas ruas da Cidade. A Diretoria do Serviço Sanitário na década de 20, animada pela proteção higiênica trazida pela Fundação Rockfeller, mandou que os tabuleiros fossem cobertos com tampa de vidro, de modo a abrigar os doces das poeiras e das moscas, devendo os tabuleiros ser firmados em cavaletes com a altura mínima de meio metro.

Dom Vital - O Centro Dom Vital de Aracaju, aprovado e filiado ao Centro do Rio de Janeiro, conforme parecer do escritor Alceu Amoroso Lima, foi fundado em 1º de Maio de 1932, sendo presidido por Rubem de Figueiredo e tendo como Assistente Eclesiástico Dom Mário Vilasboas. Era um Centro de arregimentação católica e desenvolvimento da cultura católica, com reuniões semanais às sextas-feiras.

Domésticas - As domésticas e seus filhos eram os destinatários da Associação de Santa Rita, sociedade fundada em 27 de abril de 1942. As domésticas para serem congregadas, e os filhos para serem educados.

Domésticas - As domésticas tiveram sua Associação Profissional criada em 27 de maio de 1956 e instalada, com sede provisória, à rua Nobre de Lacerda, hoje Sete de Setembro, 611, atual sede do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil.

Domingueira - Também chamada de fatiota, era a roupa melhor, social ou esporte, colocada nos eventos festivos da Cidade. Ainda hoje os termos estão em uso embora em menor intensidade.

Donas de Casa - Para lutar contra a carestia de vida, pela facilidade de obtenção dos gêneros de primeira necessidade, pela melhoria dos salários e vencimentos dos chefes de família, pela regularização e barateamento dos transportes, contra a crise da habitação, pelo respeito e em defesa da Constituição Democrática de 1946, um

grupo de senhoras organizou e instalou, na noite do dia 9 de fevereiro de 1947, na sede do Sindicato da Construção Civil, na então rua Nobre de Lacerda, hoje Sete de Setembro, a União da Donas de Casa de Aracaju, tendo Heloísa de Oliveira como Presidente, Maria Menezes Pinheiro como Secretária Geral, Floripes Santos como 1ª Secretária, Stela Gama 2ª Secretária e Maria Anterina como Tesoureira.

Doninha Piula - Famosa prostituta de Aracaju, com domicílio à rua Laranjeiras entre as ruas Siriri e Rosário, hoje avenida Pedro Calasans.

Dragagem - O principal problema do Porto de Aracaju é, como sempre foi, a barra de acesso que precisa, periodicamente, ser dragada. No Governo Leandro Maciel esteve em Aracaju a draga Antuérpia III, em 1956, e em Fevereiro de 1971 chegava a Draga Minas Gerais, da Companhia Brasileira de Drenagem, num esforço do Governador João de Andrade Garcez para melhorar as condições de entrada ao Porto de Aracaju.

Dramatização - A dramatização de textos, numa espécie de rádio-teatro era o que apresentava o programa Teatro pelo Eter, dirigido por Pedro Teles, e no ar em 1944 pelos microfones da PRJ-6, Rádio Difusora de Sergipe.

Economia - Foi de economia e chamou Escola de Ciências Econômicas a primeira escola de ensino superior de Sergipe a funcionar continuamente. Foi criada pelo Governo do Estado, na administração de José Rollemberg Leite, em 1948, e vinte anos depois incorporada a Universidade Federal de Sergipe.

Edifício Santana - Um dos primeiros edifícios de apartamentos construído em Aracaju, localizado na rua de São Cristóvão, esquina com a rua de Itabaianinha. Teve a construção iniciada em 1960 e concluída 38 meses depois. Antes dele apenas o Edifício Atalaia, na avenida Ivo do Prado e São Carlos, na praça Fausto Cardoso, serviam de moradia. Na década de 70 foi muito grande o crescimento vertical da Cidade.

Educação - Foi realizada em Aracaju, de 5 a 12 de Outubro de 1935, a Primeira Semana Sergipana de Educação, com as

Page 120: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

seguintes conferências: O Professor Primário e o seu Papel na Formação do Caráter da Criança; O Professor Secundário e seu Papel Educativo; O Operário e a Escola; A Escola e o Lar; A Mãe : primeira mestra; A Cooperação da Família na Obra Educativa da Escola; A Semana da Educação. A promoção foi da Liga Sergipense contra o Analfabetismo, Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, Academia Sergipana de Letras, Rotary Clube de Aracaju, Instituto de Assistência e Proteção à Infância.

Educandas - Desde 1856, conforme a Resolução nº 441 de 21 de agosto, que Aracaju pensava num Colégio de Educandas, para atender aos obres, meninos e meninas, com ensino orientado. O Presidente Salvador Correia de Sá e Benevides lutou mas não conseguiu realizar seu intento: o Colégio das Educandas nunca chegou a funcionar.

Egito - Nome dado pelo povo à formação de barracas de jogos, ao fundo da Catedral, nos dias das festas natalinas.

Encontro - Recebeu o nome de Encontro de Aracaju a reunião dos Governadores Luiz Garcia, de Sergipe, Juraci Magalhães, da Bahia, Cid Sampaio, de Pernambuco e Dinarti Mariz, do Rio Grande do Norte, com o deputado Magalhães Pinto, presidente do Diretório Nacional da UDN, o deputado Jânio Quadros, então candidato a Presidente da República e o ex-Governador de Sergipe, Leandro Maciel, apontado pelos nordestinos como candidato a Vice-Presidente. A reunião aconteceu no dia 9 de outubro de 1959 e deixou de saldo um documento que, dentre outras coisas, concluiu: A solução dos problemas do Nordeste além de representar reconhecida e imediata necessidade constitui fator de integração da região ao desenvolvimento econômico do País.

Engenho - Nas primeiras décadas do século XVIII eram comuns carreiros atravessarem o rio e virem de Santo Amaro das Brotas transportar cana para o engenho de açúcar existente no Porto d'Anta, região mais tarde predominantemente de salinas.

Engenho Velho - Localidade entre os bairros Industrial, o Aracajuzinho e o

Porto Dantas. E das mais antigas localidades aracajuanas, indicando ter sido uma propriedade com um pequeno engenho de açúcar, possivelmente o único do município de Aracaju.

Ensino - Em 19 de fevereiro de 1851 foi criada, no povoado de Barra dos Coqueiros, uma cadeira para o ensino primário do sexo masculino, sendo o professor transferido da Missão de São Pedro, com o ordenado de 350U000.

Entrudo - A guerra das Cabacinhas ou mela-mela, era o sinal do Entrudo, forma primitiva do Carnaval. Os bandos nas ruas, cantando, correndo, dançando tomavam conta da Cidade, nos mesmos moldes do Entrudo do rio de Janeiro que chegou a ser proibido pela polícia. Em Aracaju o Entrudo era, considerado o carnaval, realizado no primeiro dia do ano, contando ainda com a participação de grupos de mascarados. Alguns grupos folclóricos, como Lambe-Sujo e Caboclinhos, acompanhavam os participantes do Entrudo.

Epitácio - Famoso proprietário de casa de mulheres, estabelecido no final da rua Nobre de Lacerda, hoje Sete de Setembro. Ainda está no ramo.

Escola - Em 5 de Março de 1853 foi criada a Cadeira do sexo masculino no então povoado de Aracaju.

Escola de Música - Em 30 de outubro de 1957, para funcionar provisoriamente na rua de Goiás, o professor Leozírio Fontes Guimarães fundou a Escola de Música Nossa Senhora da Purificação. Mais tarde a sede foi transferida para a rua Laranjeiras.Escola do Quilo - Instituição fundada em 18 de Novembro de 1961 para fazer o bem e difundir o Espiritismo. Em 14 de Novembro de 1963 passou a denominar-se Instituto de Educação Profissional Deusdeth Fontes. Funciona no bairro Cidade Nova e ainda hoje, em convênio com a Prefeitura de Aracaju, sob a responsabilidade de Elson Fontes, atende a cerca de 300 crianças pré-escolares.

Escola Normal - O prédio da Escola Normal. Inaugurado solene e festivamente no Governo de Rodrigues Dória, foi projetado por José Calasans, capitão de Engenheiros e construído por Freire Pinto. No dia da sua inauguração,

Page 121: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

15 de agosto de 1911, estava dispostas nas salas 500 carteiras importadas da América do Norte.

Escolas - Eram conhecidas as Escolas de Clarismundo dos Santos, na praça Mendes de Morais, hoje Olímpio Campos, somente para homens e a de Dona Etelvina Amália de Siqueira, na rua São Cristóvão, somente para mulheres.

Escolas - Havia uma escola no povoado do Santo Antônio quando foi feita a mudança da Capital. Em 1855 foi criada, para Aracaju, a cadeira de Latim e transferida de São Cristóvão, do antigo Lyceu a cadeira de Filosofia. Em 1864, foram criadas as seguintes cadeiras do ensino secundário: Francês, Inglês, Geografia e História, Gramática, Filosofia e Análise dos Clássicos, Pedagogia, Instrução Religiosa, Caligrafia, Geometria Plana, Noções de Sistema Métrico. Em 1884 foi criada a cadeira de ensino misto na Atalaia, então termo de São Cristóvão.

Escolas - A matrícula escolar do ano de 1903, nas 22 cadeiras públicas de ensino primário, era de 604 alunos. No povoado Barra dos Coqueiros, no mesmo ano, 1 cadeira, e também 1 cadeira no povoado Saco, totalizando, nos dois povoados, 36 alunos.

Escolas - As duas fábricas, localizadas no bairro Industrial, possuíam escolas para os filhos dos operários. A da Fábrica Sergipe Industrial era a Escola Tomáz Cruz e da Fábrica Confiança era a Escola Confiança.

Escolas - Em 1878 Aracaju tinha cinco cadeiras públicas do sexo feminino e três do sexo masculino, assim distribuídas: Alto do Pyrro - Francisca Xavier de Monte Carmelo Fortes para meninas e Alexandre José Ferreira, para os meninos; praça da Matriz e lado ocidental - Ana Resende Mundi para meninas e Cypriano José Pinheiro para os meninos; Secretaria de Polícia, para o sul - Matilde d'Oliveira para as meninas e José Avelino de Morais, para os meninos. As duas outras escolas do sexo feminino funcionavam na rua Japaratuba, com a professora Francina da Glória Muniz Teles e na rua de Itabaiana com a professora Esmeralda Alcina de Barros.

Escolas - O Colégio Tobias Barreto, famoso pela direção de José de Alencar

Cardoso - Zezinho Cardoso - foi fundado em 1909. Mais tarde foi dirigido por Alcebíades Melo Vilas Boas que terminou vendendo-o ao Estado que o transformou na Escola de 1 e 2 Graus Tobias Barreto, incorporando também a Escola Técnica de Comércio, antiga Escola de Comércio Conselheiro Orlando. O local foi sempre o mesmo, a rua de Pacatuba. O Colégio Jackson de Figueiredo começou a funcionar a 1 de Fevereiro de 1938 sob a direção de Benedito Alves de Oliveira, com prédio na praça Olímpio Campos. Foi também adquirido pelo Estado.

Escolas - Aracaju entrava na década de 40 com 114 unidades escolares, sem qualquer escola de ensino superior. O Estado possuía 50, atendendo a 7.742 alunos, a Prefeitura possuía 6 e atendia a 275 alunos e os particulares, em número de 58, atendiam a 3.631 alunos.

Escolinha de Arte - O Decreto do Governador Leandro Maciel, nº 416, de 16 de Maio de 1958, mandou organizar a Escolinha de Arte Eny Caldeira, anexa ao Grupo Escolar José Rollemberg Leite, no Conjunto Agamenon Magalhães, para "aproveitar e desenvolver as vocações artísticas das crianças em idade escolar e pré-escolar, iniciando-se nas técnicas de modelagem, pintura, música, dramatização e etc.".

Escravos - Pelo porto de Aracaju foram exportados, como mercadoria, entre 1858 a 1863, 1436 escravos negros.

Esportes - O Remo, o Tênis e o Futebol eram os esportes mais populares de Aracaju. Na Chica Chaves existia um campo de tênis de uso da família Fonseca. No bairro Industrial a família Cruz possuía também seu campo. As duas fábricas de tecidos organizaram seus times de futebol, o Industrial e o Confiança e mantinham equipes de remo e sedes náuticas.

Esportes - Para estimular a prática de esportes, o cuidado físico das pessoas, e especialmente os esportes atléticos, foi fundada em Aracaju a Liga Sergipana dos Esportes Atléticos, por volta dos anos 30.

Esportivos - Estimulados pelo Almirante Amintas Jorge, foram criados em Aracaju o Clube Esportivo Feminino e

Page 122: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

o Clube Esportivo Cotinguiba, além de outras organizações esportivas e sociais. O Cotinguiba continua funcionando, com sua sede na avenida Augusto Maynard, na entrada da praia 13 de Julho.

Esquadrão - A Polícia tinha um Esquadrão de Cavalaria, variando o local de sua sede, bem assim das suas baias. Funcionou na Zona Sul, no local onde hoje está o Baptistão, e depois nos terrenos mais tarde aproveitados para a construção do Instituto de Educação Rui Barbosa, outrora Escola Normal, na rua de Laranjeiras.

Esquadrão - As lembranças do Esquadrão de Cavalaria estão ainda vivas na memória do povo aracajuano. Foi o Esquadrão quem dissolveu, no dia 1º de Dezembro de 1947, o comício dos comunistas em frente ao Cine Rio Branco, com tiros e com uma morte de um operário. Nos bairros, acabando festas, nas ruas usando da força, o Esquadrão de Cavalaria deixou um saldo de muitas lembranças tristes.

Esso - Esso Club, denunciado como casa de jogos, pelo Sergipe Jornal, chamando a atenção das autoridades policiais, em 1955, para a prática de diversos jogos em Aracaju.

Estábulos - Aracaju sempre possuiu grande número de estábulos. No Carro Quebrado, onde hoje está edificado o conjunto de apartamentos da Fundação Manoel Cruz, existia um grande estábulo de propriedade do mesmo Manoel Cruz, um dos proprietários da Fábrica Sergipe Industrial e que deixou seus bens para uso caritativo, depois incorporado à Fundação que leva o seu nome.

Estaca Zero - Nome que recebeu o lugar antes conhecido como Corrente, posto de fiscalização do Estado, à avenida Minas Gerais. Estaca Zero era para marcar o ponto de saída da Cidade em direção à BR - 101, onde foi localizado o Posto Fiscal Osvaldo Nabuco.

Estação - A ferrovia tinha sua Estação de Passageiros no começo da avenida Coelho e Campos, perto do cais e também próximo ao mercado. Em 1950 foi construída a nova Estação, junto as oficinas, no bairro Siqueira Campos, sendo aos poucos desativada a velha estação. Apenas os trens Suburbanos vinham, depois de 1950, para o centro

da Cidade, onde ainda existia um armazém para o serviço de cargas. O prédio terminou sendo demolido para ceder lugar as pistas do anel viário do centro comercial, projetada na administração do Prefeito Cleovansóstenes Pereira de Aguiar e implantado na administração do Prefeito João Alves Filho.

Estação - Os trens chegavam até o centro comercial de Aracaju, porque a Estação estava no início da avenida Coelho e Campos. Somente a partir de 1933 é que teve início a construção da nova Estação da Lesta Brasileiro, junto as oficinas, nas proximidades do bairro Siqueira Campos.

Estacionamento - Dito agora, parece ao menos curioso o fato de existir em Aracaju há muito tempo, um local reservado a parada de animais, alugando a hora de permanência de cavalos, jumentos, carros de bois, carroças e outros transportes de época. O tal estacionamento de animais funcionava na rua Itabaianinha, esquina a rua de São Cristóvão, onde está hoje o edifício Santana.

Estádio - O primeiro estádio foi construído num verdadeiro mutirão. O construtor João Alves, pai, estava encerrando as obras, nos terrenos onde havia existido o Esquadrão da Cavalaria da Polícia, com suas baias. A mão-de-obra principalmente braçal. Foi fornecida pelo Comandante da Polícia Djenal Tavares Queiroz e a drenagem ficou sob a responsabilidade pessoal do então Governador José Rollemberg Leite. Antes do estádio quem ocupava o campo, depois do Esquadrão haver desocupado o lugar, era o Palestra, time dirigido por João Smith. O local é o mesmo do atual Estádio Estadual Lourival Baptista, e a drenagem a mesma, devidamente aproveitada.

Estado Maior - Nome pelo qual era conhecida a ladeira ainda hoje chamada de Sobe e Desce, no bairro 18 do Forte.

Estrada da Atalaia - A estrada que liga Aracaju à praia de Atalaia tem nome de estrada, para justificar um empréstimo externo, mas tem nomes, pelo menos três, de avenida. A estrada velha era pelo Carro Quebrado. A primeira estrada litorânea foi aberta na gestão de Marcos

Page 123: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Ferreira de Jesus na Prefeitura. A ponte nova, e a pavimentação da estrada, aconteceu no Governo de Leandro Maciel. Coube a Paulo Barreto de Menezes duplicar a pista, construir nova ponte, urbanizar e iluminar toda a rodovia que tomou o seu nome.

Estrada Nova - Denominação antiga para a atual avenida João Ribeiro. A melhoria do acesso à Colina do Santo Antônio foi realizada na administração de Camilo Calasans.Estrebaria - No local onde hoje está o prédio dos Correios, na rua de Laranjeiras com Itabaianinha, funcionou, nos primeiros tempos de Aracaju, uma estrebaria, local de comércio de cavalos.

Etea - Sigla da Empresa Tração Elétrica de Aracaju, hoje ENERGIPE, nome do time de futebol mantido com os funcionários da empresa e com sede na própria empresa, à rua Itabaianinha, 24.

Etea - O Clube de Futebol, com sede à rua de Itabaianinha, 24.

Exportação - Somente para Nova Iorque, nos Estados Unidos, Aracaju exportou em 1927, 748 amarrados de couro secos e salgados, 9 fardos de peles de cabra e 8 fardos de peles de carneiro, totalizando mais de 46 toneladas. Isto somente no mês de janeiro daquele ano.

Fábrica - A Fábrica Sergipe Industrial foi fundada em Maroim para funcionar em Aracaju, por João Rodrigues da Cruz e outros, sob a razão social de Cruz & Cia, com o Capital Social de 300 contos de réis, no dia 15 de fevereiro de 1882.

Farol - O farol de Aracaju, também conhecido como Farol do Cotinguiba, foi inaugurado em 7 de outubro de 1888.

Farolândia - O bairro da Farolândia tem o seguinte limite: Trecho da rua José Rodrigues iniciando prolongamento da avenida Melício Machado até a avenida Contorno Sul; Trecho da avenida Contorno Sul iniciando na rua José Rodrigues até o Canal de Santa Maria; Trecho do Canal de Santa Maria iniciando na avenida Contorno Sul até a margem direita do rio Poxim; Trecho da margem direita do rio Poxim iniciando no Canal Santa Maria até a Maré do Apicum; Trecho da Maré do Apicum iniciando na

margem direita do rio Poxim até a rua do Saquinho; Toda a rua do Saquinho; Linha imaginária prolongamento da avenida Melício Machado iniciando na rua do Saquinho até a rua José Rodrigues.

Fazenda Nova - Localidade situada à margem da estrada Aracaju - Mosqueiro, hoje Rodovia dos Náufragos, em frente ao TECARMO. Ali funcionou a fábrica de beneficiamento de côco de Melício Machado, hoje desativada. Possui um campo de futebol também denominado de Fazendo Nova.

Federação - Reunidos na sede do Grupo Espírita Irmão Fêgo, líderes e espíritas de Aracaju fundaram, em 5 de Novembro de 1950, a Federação Espírita Sergipana.

Fêgo - Tido como um iluminado, o modesto ferroviário que residia no Aribé, hoje Siqueira Campos, conhecido como Irmão Fêgo faleceu no dia 5 de julho de 1937, deixando entre seus seguidores e romeiros que o procuravam em busca de cura, consternados, muitos deles chorando como se viu no enterro, no dia seguinte. Hoje existe um Centro Espírita com o seu nome, dirigido pelo pintor Sílvio Santos, que mantém obras assistenciais no bairro Siqueira Campos.

Feira - A partir de 1849, todas as sextas-feiras, realizava-se no Porto Grande, na Barra dos Coqueiros, uma feira.

Feira - Para comemorar o Centenário da Emancipação Política do Estado de Sergipe, o Governo organizou, em Aracaju, a Grande Exposição- Feira, com barracas de diversos municípios, armados no interior do prédio do Entreposto Estadual, mais tarde Marcado das Verduras, destelhado por forte ventania e depois derrubado. A Feira foi inaugurada a 24 de Outubro de 1920.

Feira da Colônia - Nome pelo qual era conhecida, também, a feira da rua de Laranjeiras.

Feira de Arte - A Empresa Sergipana de Turismo realiza, todos os domingos, na praça Tobias Barreto, a feira de Arte e Lazer, com exposição de artesanato, apresentações de grupos teatrais, de música e folclóricos.

Page 124: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Feira dos Cavalos - Nos terrenos existentes em frente ao mercado Antônio franco, ou Mercado Modelo, ou ainda Mercado Velho, era realizada a feira de cavalos e de outros animais. No local foi construído o Colégio Nossa Senhora de Lourdes, mais tarde vendido e transformado num Centro Comercial e em sede das Secretarias de Finanças e Educação e Cultura da Prefeitura e da Empresa Municipal de Urbanização.

Feirinha - A feirinha de Natal surgiu em decorrência da afluência de público para a Missa de Galo, e passaram a representar um ponto obrigatório, com seus bazares, seus brinquedos, seus passeios por entre os bancos das famílias aracajuanas, seus bares, suas bancas de comida, seus espetáculos folclóricos e populares, funcionando desde a tarde até às madrugadas, por todo o período natalino, de 8 de Dezembro a 6 de Janeiro.Feitiço - O primeiro feitiço que se tem notícia, em Aracaju, foi encomendado a Maria Gonçalves por Isabel da Fonseca, para que seu marido Gaspar Martins, que tinha vindo dar guerra aos índios, aqui morresse ou não mais voltasse. O fato é de 1589.

Fenianos - Um dos clubes carnavalescos de Aracaju, rival dos últimos tempos do Mercurianos.

Fenícios - O professor austríaco Ludwig Schwennhagen mestre de Viena que veio para o Brasil para executar um projeto na região Amazônica, encontrou grandes aterros em Aracaju, onde as acumulações de conchas auxiliavam. Os aterros barravam o avanço do mar e o segundo o mestre vienense teriam sido trabalho da engenharia egípcia a serviço dos fenícios. Schwennhagen defendeu a tese de que Aracaju teria sido cidade marítima fundada pelos Fenícios em duas palestras que realizou no salão do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, em Janeiro de 1926, e em carta datada de Aracaju da mesma época, ao Dr. Paulo de Magalhães. O professor é o autor da Antiga História do Brasil, cujo único volume foi editado pela Imprensa Oficial do Piauí, em 1928 tendo como Segunda edição no Rio de Janeiro, em 1970, pela Cátedra Editora. A parte referente a Sergipe fruto das suas observações e pesquisas custeadas pelo Governo Graccho Cardoso, não chegou a ser divulgada no livro.

Ferroviários - Os ferroviários sempre constituíram uma classe organizada da qual surgiram muitos líderes populares, alguns com cargos eletivos conquistados pela sigla do PTB. Para mantê-los unidos foi fundada, em 5 de junho de 1927, a Sociedade União dos Operários Ferroviários, SUOF, desarticulada a partir de 1964, depois de algumas intervenções.

Fiat Lux - Casa de consertos de rádio, localizada na rua de João Pessoa, em frente ao Cine Rio Branco. Fifó - Candeia candeeiro, pinima, alcoviteiro, muitos nomes para o mesmo objeto, feitos com folhas de Flandres, suspensos em varas e fincados na frente dos bares montados na praça da Matriz, hoje Olímpio Campos, para os festejos natalinos.

Filarmônica - A Folarmônica Santa Cecília fez sua estréia em Aracaju, no di 16 de agosto de 1903, regida pelo maestro Manuel Vieira, durante a missa da padroeira, rezada na Igreja de São Salvador. Depois na frente de sua sede, à rua Geru, fez retreta e à noite participou da apresentação do Núcleo Dramático Aracajuano. Talvez tenha sido a primeira filarmônica da Capital.

Filatélico - Os colecionadores de selos de Aracaju estavam organizados no Núcleo Filatélico de Sergipe, hoje inativo.

Filhas de Maria - Sob a direção do Monsenhor Manoel Raimundo de Melo, foi instalada, com sede no Colégio Nossa Senhora de Lourdes, em 11 de fevereiro de 1912, a Pia União das Filhas de Maria, hoje extinta.

Filme - A população aracajuana vibrou, na década de 20, no Cine Rio Branco, com o filme Aitaré da Praia, rodado em Recife, com o Sergipano Jota Soares no papel do vilão.

Fluvial - No começo do século funcionava regularmente as linhas Aracaju - Laranjeiras e Aracaju - Maruim, exploradas pela Empresa Fluvial gerenciada por José Rodrigues bastos Coelho, com escritórios à rua da Aurora, 66.

Foco - A chácara existente entre as ruas de Itabaianinha e Santo Amaro era

Page 125: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

considerada como grande foco de doenças. Quem também contatou o fato foi o sanitarista Osvaldo Cruz, que pernoitou em Aracaju no dia 12 de outubro de 1905 e em companhia do médico Souza Pondé percorreu algumas ruas da Capital sergipana, visitando a chácara de propriedade de Cazuza Barros e retornando ao vapor República, da Companhia Pernambucana, que o transportava.

Fogo Corredor - O povo que habitava a zona rural de Aracaju acreditava em fogo corredor. Muitas pessoas afirmam ter visto, em muitas ocasiões, a briga entre duas grandes labaredas, saídas da terra, no capinzal, até que desaparecem na fumaça, ou em carreira pelo mato.

Fogos - Os fogos de artifício, ou de feito, ou ainda de vista, são incorporados ao ciclo junino. Em Estância são famosas as batalhas dos busca-pés e as corridas de barco. Em Aracaju os foguetes, os pitus, as espadas, os busca-pés, são fogos de rua, enquanto a chuvinha, a cobrinha elétrica, o vulcão, o morteiro e outros são fogos de frente de casa, alegria das crianças.

Fogueira - A lenda diz que a fogueira foi usada por Santa Isabel, prima de Maria e mãe de Jesus, para anunciar o nascimento de João Batista. Os festejos juninos incorporam a fogueira como um símbolo e hoje é comum, como sempre foi em todo o Estado de Sergipe, que s e queime fogueiras em frente à porta principal da casa, assando milho e carne nas brasas, e servindo ainda, já quando está apagando, para atar as relações de compadres e comadres.

Foguetes - Diz a tradição que João Nepomuceno Borges - o João Bebe Água -, que morreu em 1896, guardava em sua casa dezenas de dúzias de foguetes para soltar quando a Capital tornasse a São Cristóvão.

Folha Popular - Jornal fechado em 1964. Era porta-voz do partido Comunista e tinha sua redação e oficinas na rua professor Florentino Menezes, antiga São Vicente.

Fonte da Caatinga - Fonte existente na praça da Caatinga, depois Freitas Barreto, finalmente praça da Bandeira.

Fonte da Mata - Fonte existente na rua de Simão Dias, junto a avenida Coelho e Campos, junto a uma plantação de quiabos.

Fonte da Nação - Fonte localizada na rua Geru, com Santo Amaro, mandada fazer pelo Governo do Pais.

Fonte do Barão - Antiga fonte próxima a antiga rua do Barão, hoje João Pessoa, visitada pelo Imperador Pedro II em 1860.

Fontes - Antes de ter um sistema de abastecimento de água, a Cidade foi servida de água das fontes e minadouros existentes, transportados em ancoretas latas e outras vasilhas. O norte da Cidade, especialmente o Santo Antônio e o bairro Industrial, e algumas vezes até mesmo grande parte central, bebia água da Fonte do Mané Preto. Quando esta diminuía sua capacidade, usava-se a água da Fonte do Prata, próxima a do Mané Preto, na Barriquinha.

Footing - Passeio dominical pelas calçadas da rua de João Pessoa, à noite, por um lado e pelo outro, terminando no contorno da praça Fausto Cardoso. As vitrines das casas comerciais ficavam abertas, preparadas e serviam de atrativo para rapazes e moças que tinham o hábito do footing, também chamado de Quem Me Quer. Às 9 horas, quando tinha início a segunda sessão do Cine Pálace, todo mundo ia embora, deixando a rua e a praça vazia. Dizia-se então, que havia sido solto o homem nu.

Forró - denominação genérica para os bailes populares do ciclo junino, ao som dos conjuntos de Sanfona, Zabumba e Triângulo. Normalmente os forrós acontecem nas imediações dos arraiás, mas em alguns bairros de Aracaju são preparadas latadas e tablados nos quais são realizados os bailes, varando a madrugada. Alguns forrós cobram ingresso dos dançarinos e outros cobram por número dançado.

Fortaleza - Tendo o futebol como esporte básico, foi fundado em Aracaju, no dia 14 de maio de 1949, o Clube Esportivo Fortaleza, que ganhou fama no amadorismo e ainda hoje sobrevive.

Forte - Ficou sepultada na areia a pedra fundamental do Forte do Tramandaí, batida em 2 de dezembro de 1865, na

Page 126: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Coroa do Meio, antes conhecida como Coroa Velha e Coroa Nova, por haver separação e entre elas passar um braço do rio Poxim.

Fotografias - A arte fotográfica foi bem desenvolvida em Aracaju, tendo os principais fotógrafos, como Celso Oliva, Humberto Aragão, Hugo Ferreira, Paulo Costa e João Bosco de Andrade Lima, dentre outros, fundado a Sociedade Sergipana de Fotografia, cujos Estatutos foram publicados e registrados em 1950.

Franceses - Antes da conquista de Sergipe em 1590, os franceses estavam senhores da barra do rio Sergipe, na região de Aracaju, de onde comercializavam pau-Brasil, Algodão e Pimenta da Terra. Gabriel Soares de Souza escreveu que os franceses se amancebavam na terra, onde morreram, sem quererem tornar para a França, e viveram como gentios, com muitas mulheres, dos quais a dos que vinham todos os anos à Bahia e ao Rio de Sergipe, se inçou a terra de mamelucos que nasceram, viveram e morreram como gentios, dos quais deixando muitos dos seus descendentes louros, alvos e sardos e havidos por índios Tupinambás.

Fresca - Dancing e cabaré instalado no andar superior do edifício onde funcionou a serraria de Nicola Mandarino, na esquina da avenida João Ribeiro com avenida Coelho e Campos.

Frutas e Verduras - Os vendedores de frutas e verduras, buscando proteger seus interesses profissionais, organizaram a Associação Profissional Frutas e Verduras, em 1970, tendo Maria Boaventura Santos, Edemia Souza Santos e Maria Geralda de Almeida como efetivos da Diretoria.

Funcionais - Credita-se ao construtor Walter Barros o estilo moderno de arquitetura das casas de Aracaju, chamadas de casas funcionais, a partir da década de 50, em substituição aos bangalôs que fizeram fama na Cidade, graças aos projetos de Alteneche.

Fundação Rockefeller - Fundação que patrocinou a Comissão de Combate à Febre Amarela que esteve em Aracaju em abril de 1924, sob a orientação do higienista Antonio Peyassu atuando em centenas de casas.

Fundição - O Governo da Província contratou Horácio Urpia para montar uma fundição em Aracaju, onde se fabricasse máquinas a vapor para engenhos, moendas, caldeiras, rodas hidráulicas e instrumentos agrícolas. O Contrato foi cedido ao engenheiro civil Joaquim Pires Carneiro Monteiro que também não o cumpriu. Novo Contrato foi feito com a casa Cameron & Smith Fundição e passou a ser a região onde hoje está localizado o Cotinguiba, na avenida Augusto Maynard.

Fúnebre - No tempo dos bondes havia um especial para o transporte dos caixões de defunto, na frente dos enterros. Mais tarde a Prefeitura mantinha um carro para o fim específico de sepultamentos, conhecido como carro fúnebre, todo preto, com carroceria apropriada e laterais recobertas de cortinas. O serviço não existe mais na Prefeitura sendo feito atualmente, pelas empresas funerárias.

Furna da Onça - Bar da rua de Laranjeiras, entre as ruas de Itabaianinha e Santo Amaro. Tinha dois ambientes, um de frente, menor e outro ao fundo, maior, onde se reuniam grandes grupos de freqüentadores. Entre os jornalistas, por exemplo, foi organizado na Furna da Onça o Alto comando da Cachaça e seus Derivados - ACDD - que se reunia todos os sábados a partir das 11 horas.

Futebol de Salão - Reunindo 19 organizações, entre Associações e Clubes, foi fundada em 30 de abril de 1959 a Federação Sergipana de Futebol de Salão.

Galinha e Ovos - Tipo de alpercata de couro e pneu, usada pelos vendedores de galinha e de ovos, originários de Itabaiana.

Galo de Ouro - Cabaré nas imediações da avenida Rio de Janeiro, hoje avenida Augusto Franco.

Gameleira - Designação popular dos locais de reunião de amigos para conversas. Em Aracaju existiram várias "Gameleiras", com freqüentadores certos. Ainda hoje, em alguns bairros, pessoas amigas fazem ponto e conversam, como nos bancos do canteiro da ladeira do Santo Antônio, uma velha e resistente "Gameleira".

Page 127: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Gararu - Rua do bairro Suíça. Há muitos anos este nome batizava o trecho da rua Japaratuba, desde Gumercindo Bessa até as proximidades da linha de trem, ou avenida Coelho e Campos, no bairro Santo Antônio.

Gás - Usando um aparelho de sua própria invenção, O PRÁTICO, o engenheiro civil A. Tanguy, fez demonstração de iluminação no Palácio do Governo em 1897, utilizando Gás Acetileno produzido pelo contato do carbureto de Cálcio com a água. A experiência enchia os olhos dos aracajuanos.

Gasosas - Localizava-se na rua Florentino Menezes, antiga São Vicente, a fábrica de gasosas Marita, que tinha entre os seus produtos, de guaraná e de laranja, o Suquinho, bem consumido pela meninada aracajuana na década de 50 e 60.

Gastos - Para os gastos com a festa e procissão de Bom Jesus dos Navegantes, o comércio e as famílias contribuíam. Uma Comissão encarregada da festa percorria as principais casas comerciais e visitava autoridades e profissionais, coletando auxílios para as flores, os enfeites do andor, os anúncios, as velas e demais despesas. Nos últimos tempos José Gama, já falecido, liderava a organização da festa.

Gato de Botas - Programa radiofônico comandado por Santos Mendonça, contando com a participação de Aglaé Fontes e sua Escolinha de Música, levado ao ar aos domingos, na Rádio Liberdade. Era um programa de auditório, com textos infantis e com números musicais. Entre os cantores do programa destacava-se Alexandre Diniz.

Geologia - Nasceu entre os estudantes do então Colégio Estadual de Sergipe, hoje Atheneu Sergipense, o Clube Estudantil de Geologia Amadorista de Sergipe - CEGAS. Foi criado em 2 de maio de 1962 e tinha como objetivo maior incentivar e divulgar a ciência geológica. Chegou a possuir bom paleontológico e grande mostruário de pedras sergipanas e está desativado, sem sede. Geruzinho - Rua que liga a rua de Siriri à avenida Pedro Calasans, como se

fosse um prolongamento da rua de Geru e da rua do Alecrim que liga a rua de Lagarto a rua de Simão Dias.

Gesso - Através da Liz S.A., instalada na avenida Coelho e Campos em 1954, Aracaju ajudou o Brasil eliminando as importações de gesso cré. Para a instalação da fábrica teve grande papel o sr. Walter Batista, velho estudioso dos problemas minerais de Sergipe.

Getúlio Vargas - Getúlio Vargas esteve em Aracaju no dia 15 de agosto de 1933, desembarcando as 15:30 horas na Estação Ferroviária, diante de grande multidão. Fez visita a obras na cidade e seguiu viagem ao nordeste.

Getúlio Vargas - O bairro Getúlio Vargas tem os seguintes limites legais: Trecho da rua de Itaporanga iniciando na avenida Pedro Calasans até a rua que contorna a praça Saturnino de Brito; Toda a rua que contorna a rua Saturnino de Brito; Toda a rua dos Estudantes; Trecho da avenida Augusto Franco iniciando na rua dos Estudantes até o seu prolongamento; Prolongamento da avenida Augusto Franco até a avenida Coelho e Campos; Trecho da avenida Coelho e Campos iniciando no prolongamento da avenida Augusto Franco até a avenida Pedro Calasans; Trecho da avenida Pedro Calasans iniciando na avenida Coelho e Campos até a rua Itaporanga.

Gibi - Nome genérico para as revistas em quadrinhos, fossem as de faroeste, fossem as de personagens infantis, fossem as de duplas e comediantes famosos como os Três patetas, O Gordo e o Magro, e os brasileiros Oscarito e Grande Otelo, Fuzarca e Toresmo, Mazaropi. Os cow-boys mais populares eram: Mix, Rocky Lane, Buck Jones, Alan Hale, Durango Kid e seu doidelo, Hapolong Cassidy, Roy Rogeres, Gene Autry, Black Diamond, dentre outros. Os heróis eram da Família Marvel - O Capitão, O Capitão Júnior e Mary, Flash Gordon, Tarzan, Super Homem e o Fantasma. Entre os infantis estavam Os Sobrinhos do Capitão, o coelho Pernalonga, Tom e Jerry, e depois os personagens de Disney lançados pela Editora Abril. Era comum a troca de revistas nas portas dos cine-1 mas, antes das sessões matinês.

Page 128: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Gila - Região onde hoje estão assentadas as indústrias do Distrito Industrial e os conjuntos Inácio Barbosa e Beira Rio.

Ginásio - João Rodrigues de Andrade era o presidente do Ginásio Esporte Clube, fundado em Aracaju no dia 14 de setembro de 1950.

Ginásio Sergipense - Grafava-se Gymnásio Sergipense e era escola dirigida pelo professor Alfredo de Siqueira Montes, localizada na praça Coronel José de Faro, atendendo somente a rapazes.

Grades do Jardim - Alcino Barros contratou em 1906, por cinco contos de réis, a colocação, pelos Junqelausseh, de Maroim, das grades do jardim Olímpio Campos, existente entre as praças Fausto Cardoso e da Matriz. Anos depois o gradil foi retirado.

Gráfica Gutemberg - A Gráfica Gutemberg, da rua de Santo Amaro, além de publicar o Almanaque de Sergipe reunia os intelectuais, os escritores, os produtores de arte, como um centro cultural vigoroso na década de 30 e princípio de 40.

Grageru - São os seguintes, os limites legais de toda a área do bairro Grageru: Linha imaginária coincidindo com o limite (leste) da área do D.I.A. até a rua Oscar V. Galvão (Conjunto Grageru); Toda a rua Oscar V. Galvão; Trecho da avenida Hermes Fontes iniciando na rua Oscar V. Galvão até a avenida Francisco Porto; Trecho da avenida Francisco Porto iniciando na avenida Hermes Fontes até a linha imaginária prolongamento da avenida Acrísio Cruz; Linha imaginária prolongamento da avenida Acrísio Cruz; Trecho do riacho Tramanday iniciando no prolongamento da avenida Acrísio Cruz até a margem direita do rio Sergipe; Trecho da margem direita do rio Sergipe iniciando no riacho Tramanday até a maré do Apicum; Trecho da Maré do Apicum iniciando na margem direita do rio Sergipe até a margem direita do rio Poxim; Trecho da margem direita do rio Poxim iniciando na Maré do Apicum até a primeira quadra do Conjunto Inácio Barbosa; Trecho da avenida 31 de Março iniciando na primeira quadra do Conjunto Inácio Barbosa até a linha imaginária que

coincide com o limite (leste) da área do D.I.A..

Gravações - José Orico montou e manteve, por muitos anos, um estúdio de gravações elétricas, em acetato de 78 rotações, registrando as vozes dos principais locutores sergipanos em anúncios propagandísticos. Bem assim, ficou registrada a voz do seu filho, o cantor e instrumentista Vilermando Orico, autor, aos dez anos, de uma composição de louvor a Aracaju, quando do centenário em 1955. O estúdio funcionava na praça Princesa Isabel e foi alugado e depois vendido.

Grêmio Carnavalesco - Chamava-se Legionários de Sergipe o Grêmio Carnavalesco fundado em 10 de Fevereiro de 1940 por Heliogabolo Leal Gomes, Antônio Santana, Nelson Vieira de Araujo, Benilde Vieira de Araújo, seu Presidente, Hélio Pina de Mendonça, José Pautílio Menezes e Genaro Menezes. Tinha sede na avenida Rio Branco, 176 e adotava as cores: Vermelho, Preto e Branco.

Grêmio Escolar - Escola do desembargador Evangelino de Faro, instalada na praça Olímpio Campos, no mesmo local, nas mesmas instalações, foi instalado em 1938 o Colégio Jackson de Figueiredo, que no período das matrículas funcionou próximo ao Atheneu.

Grêmio Escolar - Fundado em 1906, o Grêmio Escolar foi um Colégio de grande prestígio, dirigido por Evangelino Faro. Funcionou no prédio do Colégio Jackson de Figueiredo, adquirido pelo Estado ao professor Benedito Oliveira que o fundou em 1938.

Greve dos Ferroviários - Foi em 1929 e mereceu repressão violenta por parte da Polícia que cercou as oficinas da Leste.

Greve dos Tecelões - Uma espécie de honra operária era o fato de que não tinha havido, até 1927, qualquer movimento paradista na fábrica Sergipe Industrial. Devia-se o fato ao cuidadoso entrosamento que havia entre os operários e o Dr. Thales Ferraz. Mas há quem afirme que houve greve em 1922, enquanto outros dizem que não chegou a ser mesmo uma greve, mas sim uma ameaça de paralisação, com briga entre

Page 129: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

grupos de operários, algumas demissões na Sergipe Industrial e por fim o retorno ao trabalho norma na fábrica, derrotando as pretensões de Antônio Alves. Greve mesmo foi a de 1932. Pela redução da jornada de trabalho, que contou com a adesão de diversas categorias de trabalhadores.

Gripe Espanhola - Chegou em 1918 a Aracaju a Gripe Espanhola, também chamada Influenza, matando grande número de pessoas e exigindo ação do Governo. A Maçonaria e a Associação Comercial distribuíram leite e medicamentos, ajudando na luta contra a epidemia, a terceira das grandes epidemias de Aracaju já traumatizada com a cólera e com a peste.

Grupo - O Grupo General Valadão foi construído a partir de doações através de campanha do jornal Correio de Aracaju. Depois o Governo resolveu participar. Sua localização era na antiga praça Pinheiro Machado, hoje Tobias Barreto, e o prédio é o que serve atualmente à Secretaria da Segurança Pública. Um novo Grupo General Valadão foi construído no Governo Graccho Cardoso, na então rua de Vitória hoje avenida Carlos Burlamaqui esquina com a rua de Siriri.

Grupo - Para sediar a Força Policial, o Presidente Graccho Cardoso ocupou o prédio do Grupo Escolar General Siqueira, na rua de Itabaiana, encomendando a Hugo Bozzi um projeto para um novo grupo, com a mesma denominação, todo em concreto armado. A construção na praça Olímpio Campos concluída no Governo de Manoel Dantas no entanto teve outro fim: foi sede do Tribunal de Justiça, e no final do Governo José Rollemberg Leite, em 1979, incorporado a Governadoria para sediar alguns serviços, vez que havia sido construído o novo Palácio da Justiça, na praça Fausto Cardoso. O Grupo General Siqueira foi construído finalmente na rua Sergipe, no bairro Siqueira Campos, no Governo Luiz Garcia.

Grupo Espírita - O Grupo Espírita Humildade, fundado em 29 de Junho de 1922, foi transformado em Sociedade Espírita Beneficente, conservando o título anterior em 21 de maio de 1937 tendo como finalidade, segundo os Estatutos encaminhados pela sua

presidente Idalice do Prado Silva, a propagação da crença espírita.

Grupo Modelo - Grupo Modelo era o Grupo Escolar do Estado, que funcionava em anexo a Escola Normal, hoje Instituto de Educação Rui Barbosa, na praça Olímpio Campos.

Grupos - Eram comuns, nos bairros aracajuanos, a formação de grupos. Fortes, unidos, os grupos defendiam uma espécie de domínio territorial, impedindo que pessoas de outros bairros transitassem livremente. Eram também comuns os confrontos, com brigas que ainda mais ouriçavam os integrantes dos grupos.

Gruta do Papai - Bar da rua de São Cristóvão, entre a rua de João Pessoa e a avenida Rio Branco, no local onde hoje estão a VASP e as Óticas Teixeira.

Guarani - Serviços de carros de alto-falantes, implantado por Augusto Luz, proprietário do Cinema Guarani, para fazer propaganda de produtos e casas comerciais pelas ruas de Aracaju, cobrando por hora. Depois vieram outros carros, como Cláudio Silva, Paulo Silva, Arnaldo, Jorge Lobão e Petrúcio. Atualmente os carros possuem aparelhos estéreos, de grande potência e são utilizados nas campanhas políticas e nas inaugurações.

Guarany - Cinema da avenida Pedro Calasans, esquina com Estância, de propriedade de Augusto Luz, onde os poetas José Maria Fontes e Abelardo Romero, em 1929, realizaram a Noite da Poesia Modernista. Hoje, no local, funciona uma loja da rede G. Barbosa de Supermercados.

Guarda Civil - Criada em 1916, começou a funcionar em 1917, encarregando-se do policiamento da Cidade dos espetáculos públicos, nas casas de diversão e das deligências recomendadas. No seu início possuía um corpo de 25 guardas, 2 fiscais e era Comandada por um Oficial do Corpo Policial. Com o tempo foi extinta e incorporada à Polícia Civil.

Guerra - Em Maio de 1870 foi autorizada uma grande festa, com todas as despesas cobertas pelo Governo, para a recepção da Ala do Batalhão de Voluntários que fora lutar na Guerra do

Page 130: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Paraguai, comandada pelo Major Leopoldo do Amaral.

Guerreiro - Auto natalino, mais recente que o Reisado e a ele um tanto semelhante pela distribuição das personagens. Tem sido apontado como procedente de Alagoas, onde teria surgido na década de 20, fundido outros autos populares. Em Aracaju é bem conhecido o Guerreiro Treme-Terra, liderado pelo Mestre Euclides, que canta assim: "Eu fui chamado / pra ser marinheiro / lá no Rio de janeiro / fui a campanha brigar; / meu figurá / já deu oito horas/ eu cheguei aqui agora / boa noite pessoá ". Ou assim : "Quando eu cheguei / nesta casa eu avisei / eu perguntei / se eu podia rezar / ajoeiar, bem direitinho / guerreiro fazendo o pelo siná '. Higiene - Sociologia, Psicologia e Psiquiatria foi o tema da palestra de Gilberto Freyre perante a platéia do II Congresso de Neurologia, Psiquiatria e Higiene Mental do Nordeste realizado em Aracaju entre 20 e 25 de outubro de 1940, coordenado pelo professor Garcia Moreno. Participaram do Congresso dentre outros, Nelson Chaves, José Lucena, Luiz da Rocha Cerqueira, Vandick Ponte, Anita Paes Barreto, Rocha Filho, João Marques Sá, José Carlos Carvalho. Os sergipanos Acrísio Cruz e Leite Neto falaram, respectivamente, sobre a Personalidade Infantil e a Escola e Repressão e Profilaxia do Crime. A saudação aos congressistas foi feita pelo médico cirurgião Augusto César Leite. Auxiliando na coordenação funcionou o Dr. Teotonilo Mesquita. O Congresso definiu rumos novos no tratamento das doenças nervosas, fortalecendo uma corrente nordestina de psiquiatria.

Higiene - O banho não era um hábito diário do aracajuano. A obrigação higiênica era lavar o rosto pela manhã e eventualmente à noite, na hora de deitar e de lavar os pés. Os banhos eram, geralmente, semanais e poucas casas dispunham de locais apropriados, tendo os aracajuanos que recorrer aos locais de banho público, pagando um tostão por cada banho.

Hipódromo - Ainda que não fosse um hipódromo na expressão da palavra, o sítio de Ricardo Curvelo, também conhecido como "Seu Curvelo" e mais tarde "Pasto de Daniel", porque nele foi

morar Daniel Moisés, quando já Carlos Rodrigues da Cruz era o proprietário, foi o local preferido para as corridas de cavalo. Hoje está construído, no local, a CEASA.

Hora Literária - Sociedade Acadêmica, composta de 16 cadeiras efetivas, fundada em 21 de Abril de 1919, sob os auspícios do Coronel José da Silva Ribeiro que passou a ser seu Protetor Perpétuo, e reconhecidos como Fundadores Luiz Alves Madureira e João matos Ribeiro. Em 1927 a Hora Literária era composta por: Antônio Garcia Rosa, José Magalhães Carneiro, Cleômenes Campos, José Augusto da Rocha Lima, Dom Antônio Cabral, Manoel Santos Melo, Ranulfo Prata, Manoelito Campos, Rubem Figueiredo, Jackson Figueiredo, Etelvina Siqueira, Carlos Costa, Clodomir Silva, Gilberto Amado, Helvécio Andrade e Hermes Fontes.

Horácio Hora - Nome da escola mantida pelo Centro Operário Sergipano, em convênio com a Prefeitura Municipal.

Horta - Pequeno campo de Futebol que existiu entre a rua de Vitória, hoje avenida Carlos Burlamaqui, e a avenida Coelho e Campos.

Horto Botânico - Propriedade do Governo onde Graccho Cardoso instalou o Instituto Parreiras Horta, cuja construção começou em 23 de julho de 1923, e também onde está instalado o DESO, à rua de Campo do Brito. Nele o Estado fazia um viveiro de plantas florestais, essências exóticas, madeiras de lei, plantas ornamentais, forrageiras. Tanto os eucaliptos, como as castanhas de caju ficaram conhecidas pelo trabalho Horto.

Hospital - Em 1860, 05 anos após a transferência da Capital de São Cristóvão para Aracaju, já estava em construção o Hospital de Caridade, na rua da Aurora em local que hoje pode ser identificado como o Colégio do Salvador.

Hospital - O Hospital de Caridade. Mandado construir na rua da Aurora, em 24 de maio de 1858, recebeu a denominação inicial de Nossa Senhora da Conceição e foi inaugurado em 16 de fevereiro de 1862, passando, neste mesmo ano, a administrar o cemitério.

Page 131: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Hospital - Em 24 de março de 1901 foi organizada e instalada em Aracaju, sob os auspícios de Santa Isabel, a Associação de Beneficência, tendo por finalidade dirigir e administrar o Hospital de Caridade já existente e que passou a denominar-se Hospital de Santa Isabel.

Hospital - O Hospital de São José, na avenida João Ribeiro, construído em terrenos da Fundação Manoel Cruz, foi fundado em 15 de novembro de 1962 pelas religiosas pertencentes à Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, Província Santa Cruz, para atender os enfermos do Estado que não dispunham de recursos para seu tratamento.

Hotel - Com vista para o rio, bem ventilado, funcionou no 1º andar do prédio nº 156 da avenida Rio Branco o Avenida Hotel, por muito tempo dirigido por Dona Rosa Valente e depois pelo seu filho Floriano Valente, double de cantor de tangos, valsas e canções.

Humanitária- Farmácia de Helvécio Maia, à rua de Laranjeiras, 79. Nela eram vendidos, com abatimento, os produtos do laboratório de Helvécio Maia: Phos-kola Calmante Creosetado, Elixir de Marinheiro, Remédio das Senhoras e Xarope Anti-Asthmatico.

Humanitária- José Jacinto de Oliveira, e outros, fundou, em sua residência, à rua Japaratuba 808, no dia 31 de Julho de 1945, a Sociedade Humanitária Sergipense, para prestar auxílio financeiro, assistência médica, jurídica e educacional aos seus associados.

Humildade - Mesmo sendo transformado, em 21 de maio de 1937, em Sociedade Espírita Beneficente, conservou o título, como imutável segundo os seus Estatutos, o Grupo Espírita Humildade, fundado em 29 de junho de 1922.

I.B.E.U. - Sigla do Instituto Brasil - Estados Unidos que na década de 50 funcionava no andar superior do edifício do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe.Iara - Sorveteria da praça Olímpio Campos. Houve tempo em que funcionava, no andar superior, uma boate, aberta ao final de semana, hoje desativada. A Iara incorporou a outra sorveteria, a Primavera, construída nos

mesmos moldes, na mesma calçada pública, transformando-a, depois, numa casa de venda de revistas.

Iate Clube - O Iate Clube de Aracaju foi fundado em 25 de Agosto de 1953 para, entre outras coisas, difundir a prática dos esportes náuticos e incentivar o esporte da pesca.

Iemanjá - Os umbandistas, os apreciadores dos cultos negros, vão, na noite de 31 de Dezembro, levar presentes e festejar Iemanjá, nas areias e nas águas da praia de Atalaia. A festa hoje é mais turística que religiosa, embora continue a reunir muita gente ao redor dos Terreiros que vão para a praia, vestidos de branco.

Iemanjá - Bar e restaurante da praia de Atalaia, construído com amplo salão no lado sul da praia, o menos movimentado, pelo proprietário da Sorveteria Iara. No final de semana o salão servia para a realização de bailes, atraindo os freqüentadores com shows musicais.

Igreja - Sob a denominação de Igreja Cristã de Aracaju foi organizada, pelo reverendo Rodolfo Fernandes, uma nova igreja protestante que previa, em caso de dissolução, que os bens e patrimônio fossem revertidos para a União Evangélica Congregacional do Brasil e Portugal. A fundação ocorreu em dezembro de 1926 e a publicação dos Estatutos em 29 de dezembro do ano seguinte, assinando o mesmo reverendo como Presidente da Comunidade e Francino Nunes como Secretário.

Igreja Batista - Com a denominação de Primeira Igreja Batista Brasileira de Aracaju, foi organizada a Igreja Batista no dia 30 de Janeiro de 1928, tendo como pastor o reverendo José Zeferino de Souza.

Igreja Evangélica - A Igreja Evangélica Congregacional de Aracaju foi organizada em 9 de Agosto de 1937, tendo a frente o reverendo João Climaco Ximenes.

IHGS - O Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe - IHGS - foi fundado no dia 6 de Agosto de 1912 e vem funcionando sem interrupção até hoje. Mantém uma pinacoteca de autores sergipanos, uma biblioteca geral, uma sessão de

Page 132: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

manuscritos, um pequeno museu, um acervo paleontológico e uma coleção dos jornais sergipanos. Com prédio próprio, mantém um auditório e um salão de leituras.

Ilha das Cobras - Arruado próximo aos Apicuns do bairro Industrial. Os seus moradores foram transferidos, no Governo Arnaldo Garcez, para o Conjunto Agamenon Magalhães, construído para este fim. Mais modernamente funcionou na Ilha das Cobras a Boite Chantecler, um dos cabarés de Tefinha.

Ilha dos Coqueiros - Denominação, também, da Ilha de Santa Luzia, no passado citada como Ilha das Canafístulas. Formada pelos rios Sergipe e Pomonga e pelo Oceano e pelo Oceano Atlântico, tem 12 metros de extensão e fica em frente a Aracaju, tendo sido um dos seus povoados.

Iluminação - 100 lampiões a querosene foram encomendados, dos quais 50 foram entregues e pagos em 1869, para o serviço de iluminação de Aracaju, quando presidia a Província de Sergipe Evaristo Ferreira da Veiga.

Iluminação - Houve uma tentativa de substituição do querosene pelo gás carbônico nos lampiões da iluminação pública da Cidade, distribuindo os lampiões a querosene com as cidades de Estância, Laranjeiras, São Cristóvão, Propriá e a Vila de Capela.

Iluminação - Primeiro foram os lampiões a gás, misturados com os fifós ou alcoviteiros, depois a iluminação à gás acetileno, inaugurada no Palácio em 1898, finalmente a luz elétrica em 1913. A Barra dos Coqueiros, povoado de Aracaju, recebe luz elétrica na administração de Marcos Ferreira de Jesus como Prefeito da Capital.

Imóveis - Uma das primeiras organizações para vender imóveis em Aracaju, funcionando como empresa, foi a Cidade - Organização Administradora de Imóveis Ltda., com escritório à rua de João Pessoa 48, 1º andar, sal 2, em pleno funcionamento no ano de 1946.

Imperial - Cabaré e dancing localizado no andar superior de um prédio da avenida Carlos Firpo, esquina com a rua Divina pastora.

Império - Marca de café, conhecido como o Imperador dos Cafés, fabricado na rua José do Prado Franco, por Augusto Barreto de Moura. Celebrizou-se por patrocinar apresentações de artistas, de misses e de personalidades em Aracaju.Império do Morro - Escola de Samba organizada em 2 de dezembro de 1966 por Gilberto da Silva, o Lê, e outros, com sede na rua de Gararu, 419, e tendo como esporte o carnaval, conforme está nos Estatutos.

Império Serrano - Escola de Samba criada na década de 50, campeã de muitos carnavais. Ensaiava nas proximidades da Caixa D’água, reunindo os moradores daquela redondeza.

Importação - Em 1879 Aracaju importa das províncias brasileiras e do exterior, dentre outras coisas, carne seca (charque), bacalhau, farinha de trigo, chá, café, manteiga, azeite doce e cereais. E mais: charutos, cigarros, rapé, vinhos, cervejas, bebidas alcoólicas e cartas de jogar (baralho).

Impostos - A Intendência Municipal de Aracaju colocava em hasta pública, para arrematação, os impostos da Barra dos Coqueiros, Porto Grande e Atalaia, para quem desse o maior lanço.

Imprensa - Foi criada em Aracaju e funcionou nos primeiros anos da década de 50, a Associação Sergipana de Ajuda à Imprensa Popular. Logo depois foi fundado o Sindicato dos Jornalistas de Sergipe, mais tarde extinto.

Inácio Barbosa - Inicialmente era um conjunto residencial, construído para atender preferencialmente aos empregados da PETROBRÁS. Hoje é um bairro compreendendo a seguinte área: Trecho da margem esquerda do Rio Poxim iniciando na primeira quadra do Conjunto Inácio Barbosa até o Canal Grageru; Trecho do Canal Grageru iniciando na margem esquerda do rio Poxim até a avenida 31 de março; trecho da avenida 31 de Março, iniciando no Canal Grageru até a rua da Luzia; Trecho da rua da Luzia iniciando na avenida 31 de Março até a rua A (Loteamento jardim Baiano); Toda a rua A; Toda a rua Oscar Galvão; Linha imaginária paralela a avenida Hermes Fontes coincidindo com o limite (leste) da área do Distrito Industrial de Aracaju; Trecho da avenida 31 de Março iniciando na linha

Page 133: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

imaginária coincidindo com limite do D. I. A. até a primeira quadra do Conjunto Inácio Barbosa, em direção ao rio Poxim.

Incêndio - Causou alvoroço o incêndio de pequena monta, provocado pelas velas e grinaldas colocadas na Igreja Matriz, hoje Igreja de São Salvador, para a celebração do Te Deum em homenagem ao Imperador Dom Pedro II em sua visita a Aracaju em janeiro de 1860. Houve corre-corre, mas o incêndio foi debelado e a cerimônia continuou.

Incêndios - A causa principal dos incêndios de Aracaju no passado, era a queima de fogos, porque a grande maioria das casas eram de palha. Os bombeiros, na época junina, não paravam de atender aos chamados.

Independência - Antigo nome da avenida João Ribeiro.

Independência - Antigo nome da rua de Santo Amaro, no centro da Cidade.

Independência - Campo de futebol do bairro Industrial, no mesmo local onde funcionou um estábulo, depois alguns chiqueiros, e foi edificado pela Prefeitura Municipal de Aracaju, já na administração de Heráclito Rollemberg, o Conjunto João Paulo II para abrigar os favelados, principalmente da rua São Paulo.

Índio Palintim - Não se sabe porque do nome do novo bairro nascido do loteamento dos Terrenos de Olímpio Ferreira dos Santos. Uns dizem que o nome homenageia um arquiteto contratado pela SEREP, empresa organizadora do loteamento. Outros dizem ser Índio Palintim, o caboclo guia de casas de culto negro existentes na área.

Índios - Segundo cronistas e historiadores eram Tupinambás os índios que habitavam Aracaju. No Rio de Janeiro eram chamados de Tamoios, significando avô, ascendente, antepassado, e no sul Temininós.

Industrial - Time de Futebol formado pelos operários da fábrica Sergipe Industrial, no bairro do mesmo nome. Foi, durante algum tempo, o grande rival das Associações Desportivas Confiança,

time de fábrica do mesmo nome, no mesmo bairro.

Industrial - O bairro Industrial tem sua área legal compreendida pelos seguintes limites: Trecho da avenida Coelho e Campos iniciando na margem direita do rio Sergipe até a avenida Dr. Carlos Firpo; Trecho da avenida Dr. Carlos Firpo iniciando na avenida Coelho e Campos até a avenida João Ribeiro; Toda a avenida João Ribeiro; Trecho da rua Muribeca iniciando na avenida João Ribeiro até a rua São João; Trecho da rua São João iniciando na rua Muribeca até a rua A; Trecho da rua A iniciando na rua São João até a avenida Novo Paraízo; Toda a avenida Paraíso; Toda a rua E; Trecho da avenida Contorno Norte (Euclides Figueiredo) iniciando na rua E até a linha imaginária que passa atrás da Fábrica de Fibras Ltda.; Linha imaginária que passa atrás da Fábrica de Fibras Ltda.; Trecho da margem direita do rio Sergipe iniciando na linha imaginária que passa atrás da Fábrica de Fibras Ltda. até a avenida Coelho e Campos.

Infância - O Instituto de Proteção e Assistência à infância de Sergipe, que no correr da sua existência contou com a contribuição científica e social de Augusto Leite e José Machado de Souza, dentre outros, foi criado no dia 23 de junho de 1933.

Inflamável - Nome pelo qual ficou conhecida a região antes denominada Carvão, onde hoje está construído o Iate Clube de Aracaju, na estrada da Praia 13 de Julho. O nome deveu-se a ser, o local, depósito de venda de querosene, óleos e outros produtos inflamáveis.

Informativo Cinzano - Noticioso levado ao ar às 12h25m primeiramente na Rádio Difusora, com redação e apresentação de Silva Lima e patrocínio exclusivo do Vermuth Cinzano.

Ingenúas - Assim mesmo, com acento agudo no u, para diferenciar de Ingênuas. Com esse apelo as mulheres vindas do Rio de Janeiro para o bar da Brahma, em Aracaju., atraiam os freqüentadores.

Instituto - O Ministro José Luiz Coelho e Campos deixou, por doação testamentária, a idéia da organização de um Instituto de Educação Profissional. A partir de Outubro de 1922, o Governo

Page 134: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

colocou em prática a idéia, aproveitando a doação, e instalando na rua de Propriá o Instituto Profissional Coelho e Campos, com as primeiras dependências prontas em Julho de 1923, dirigido por Alcides Raupp. Depois foi incorporado pelo SENAI.

Instituto - O Instituto Dom José Tomáz, dirigido pelo professor Raimundo Valquírio Correia lima, e situado à rua de Laranjeiras, foi fundado em 2 de Março de 1950.

Intendência - A Intendência Municipal, hoje Prefeitura Municipal de Aracaju, funcionou, no século passado, na rua da Aurora, ou na rua da Frente, no prédio onde foi instalada a firma de Teixeira Chaves & Cia, sucessora de Silva, Moreira & Souza. Casa importadora de fazendas, especializada em tecidos franceses, ingleses, alemães e nacionais.

Intendente - Cargo equivalente ao de Prefeito. Via de regra integrava o Conselho Municipal ou com ele era eleito. Na Capital, contudo, o intendente era de livre escolha do Presidente do Estado.

Intendentes - Foram Intendentes (função equivalente a de Prefeito) de Aracaju: Tenente-Coronel Manoel Antonio Carneiro Leão (1893-1897), Jacinto Martins de Almeida Figueiredo (1898-1899), Ananias Azevedo (1900-1901), Francisco Monteiro de Carvalho Filho (1902-1903), Manoel de Carvalho Nobre (1903), Antonio Xavier de Assis (1904-1905), Alcino Fernandes de Barros (1906-1907), Francino de Andrade Melo (1908-1909), Desembargador Antonio Teixeira Fontes (1910-1911), Arestides Napoleão de Carvalho (1912-1913), Francisco Antonio da Silva Costa (1914). Major João de Gois Júnior (1914-1915), Alexandre de Oliveira Freire (1915-1918), Jardelino de Figueiredo Porto (1918-1919), Antonio Batista Bitencourt (1919-1923), Adolfo Espinheira Freire de Carvalho (1923-1925), Hunald Santaflor Cardoso (1925-1926), Almirante Amintas José Jorge (1926), Teófilo Correia Dantas (1927-1930), Almirante Amintas José Jorge (1930), Major Marcelino José Jorge (1930), Camilo de Calasans (1930-1934) e Teófilo Correia Dantas (1934-1935).

Internacional - Hotel da rua de Japaratuba, hoje João Pessoa, 97.

Ipanema - Campo de Futebol do antigo Tamarindeiro, hoje entrada da rua São Francisco, onde está localizado o Posto Aperipê.

Irmandade - Foi fundada e funcionou em Aracaju, junto à Igreja do São Salvador a Irmandade de São Benedito.

Irmandade - A Irmandade de São Benedito, ereta na Igreja do São Salvador, foi reorganizada em 1912.

Irmandades - As irmandades organizadas em Aracaju, uma na Igreja do São Salvador e a outra na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, tanto receberam autorização do Arcebispo da Bahia, como seus compromissos foram aprovados pela Assembléia provincial.

Irmão Fêgo - O ferroviário Elfego Nazário Gomes, conhecido como Irmão Fêgo, foi tido no bairro de Aribé, hoje Siqueira Campos, como um homem dotado de poderes divinos. Sob a sua inspiração foi fundado o Grupo Espírita Irmão Fêgo, em 1927, por Basílio Martins Peralva e mais tarde, em 1937, presidido por Lívio Pereira. O Grupo ainda existe, funcionando e reunindo adeptos da doutrina de Alan Kardec.

Israelita - Os israelitas que viviam em Sergipe dispunham de uma organização, o Centro Israelita em Sergipe fundado em 26 de janeiro de 1925 e de um Cemitério, vizinho ao da Cruz Vermelha, que encimava no Portão a Estrela de Salomão. Hoje cem o Centro e nem o Cemitério existem mais.

Jabotiana - Rio e região na parte sul da cidade, antes propriedades e hoje quase que inteiramente ocupada pela expansão urbana. Existe no coração da Jabotiana, uma invasão com cerca de 400 casas, chamada de Largo da Aparecida.

Jabotiana - Antigo nome da rua de Itabaiana.

Jabotiana - Grande lagoa que dava nome a região. Nas suas proximidades estava a localidade Mondé da Onça, ponto por onde passa a linha imaginária de limite entre os municípios de Aracaju e São Cristóvão.

Jabotiana - Com a Lei que delimitou os bairros de Aracaju, a Jabotiana passou

Page 135: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

a compreender; Trecho da Estrada de Ferro, iniciando no limite de município de Aracaju com o município de São Cristóvão até a margem esquerda do rio Poxim; Trecho da Margem esquerda do rio Poxim iniciando na Estrada de Ferro até o Canal Grageru; Trecho do Canal Grageru iniciando na margem do rio Poxim até a avenida 31 de Março; Trecho da avenida 31 de Março iniciando no Canal Grageru até a avenida Marechal Rondon; Trecho da avenida Marechal Rondon iniciando na avenida 31 de Março até o limite do município de Aracaju com o município de São Cristóvão; Trecho do limite do município de Aracaju com o município de São Cristóvão iniciando na avenida Marechal Rondon até a Estrada de Ferro.

Japãozinho - Área de invasão, afavelada, nas proximidades do Estádio Estadual Lourival Baptista, na praia 13 de Julho. Está praticamente desaparecida.

Japaratuba - Nome antigo da rua João Pessoa, em 1978 transformada em Calçadão, quando era prefeito de Aracaju João Alves Filho, seguindo projeto do urbanista Jaime Lerner. A rua teve também, no século passado, o nome de Barão do Maroim ou simplesmente rua do Barão. O nome João Pessoa surgiu com a Revolução de 1930 depois do assassinato do Presidente do Estado da Paraíba.

Japoneses - Um grupo de japoneses ocupou, como colonos, algumas áreas de terra no município de Aracaju e desenvolveram o plantio de hortaliças, abastecendo o mercado Aracajuano. As hortaliças eram de excelente qualidade e os preços eram compatíveis com os praticados então. A experiência aconteceu nos primeiros anos da década de 1960 e não teve continuidade, embora tenha deixado o hábito das hortas ao longo da entrada da cidade, ou rodovia BR-235.

Jardim - Recebeu o nome de Olímpio Campos o primeiro jardim de Aracaju, inaugurado em 1907. Ficava entre a praça do Palácio hoje Fausto Cardoso e a praça da Igreja, hoje coincidentemente, praça Olímpio Campos. Ainda hoje restam alguns indicadores do Jardim Olímpio Campos, onde existem palmeiras, bancos, um

sanitário público servindo de travessia regular as duas praças.

Jardim Centenário - O bairro Jardim Centenário tem, oficialmente, os seguintes limites de sua área: Trecho da Estrada de Ferro, iniciando no riacho do Cabral até o limite do município de Aracaju com o município de Nossa Senhora do Socorro (rio Palame); Trecho do limite do município de Aracaju com o município de Nossa Senhora do socorro iniciando na Estrada de Ferro até a linha imaginária prolongamento da avenida Centenário; Linha imaginária prolongamento da avenida Centenário; Toda a avenida Centenário; Trecho do riacho do Cabral iniciando na avenida Centenário até a Estrada de Ferro.

Jardim da Esperança - Pequeno conjunto residencial construído pela Prefeitura de Aracaju, na administração José Aloísio de Campos, à margem da avenida Contorno, para abrigar famílias que antes habitavam as favelas junto aos mercados centrais. O plano da Prefeitura era o desenvolvimento do artesanato, para que o conjunto fosse um centro de triagem, preparando seus moradores para uma vida melhor e economicamente ativa.

Jardineiras - Nome pelo qual eram conhecidas as marinetes que faziam o transporte entre a Capital e as principais cidades do interior sergipano. De Aracaju as marinetes de Firmino e as de marinho levavam e traziam os passageiros. Mudou o estilo e o nome dos carros, hoje luxuosos ônibus, com bagageiros embutidos nas grandes carcaças, bancos confortáveis, ar condicionado em muitos deles e serviço de bordo, bem diferente das antigas marinetes.

Jesuítas - Os cronistas mais antigos da História do Brasil colocam nas proximidades de Aracaju, talvez por causa da comunicação pelo rio Vaza-Barris, a primeira Fazenda e Colégio dos Jesuítas, o Tejupeba, hoje Fazenda Iolanda, ou simplesmente Colégio, dos herdeiros de Nicola e Umberto Mandarino, no município de Itaporanga da Ajuda, com acesso pela estrada da Xinduba, ou da Caueira.

Joana das Vacas - Nome pelo qual era conhecida uma proprietária de terras na região hoje identificada como bairro Siqueira Campos. Atuaram

Page 136: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

decisivamente para a ocupação urbana dos terrenos os também proprietários Mariano Salmeron, Carlos Correa e Mário Valois.

João de Croa- Personagem famoso do bairro Santos Dumont, proprietários de muitos terrenos do antigo Anipum. Hoje é nome de uma estreita avenida que liga a rua de Maranhão com o Alto da Bela Vista.

João do Alho- Bar e restaurante da Praia 13 de Julho. Em seu interior foram colocadas placas de ruas, alamedas, avenidas e praças, com nomes de seus freqüentadores.

Jogatinas - A Cidade tinha muitas casas de jogos, algumas delas reservadas, outras de freqüência pública. Baralho, dados ou pio, eram preferidos, enquanto nos bares do centro, além de tais jogos, o sinuca motivava grandes apostas. No bairro Cirurgia era famosa a jogatina existente, no passado, na rua de Boquim, com Porto da Folha.

Jogo do Bicho - Com o "barato" cobrado aos banqueiros do jogo do bicho recolhido diretamente pela Chefatura de Polícia, no tempo de Abelardo Cardoso como Chefe de Polícia, no Governo Eronides Carvalho, foi praticamente construído o Hospital Infantil, junto ao Hospital de Cirurgia. Jogo do Bicho - Já no começo do século existia reclamação contra o jogo do bicho, praticado abertamente em Aracaju e em outras partes do Estado. Depois de certo período, cambistas e apostadores estão de novo nas ruas, desta vez com banqueiros pernambucanos predominando sobre os sergipanos.

Jogos - O êxito das feiras natalinas dependeu, no passado, dos jogos. Nos anos de liberação, a feira varava a madrugada. Nos de proibição, como em 1937, a feira nem chegava às 10 horas da noite. A roleta de dados ou pio, o de baralho, eram considerados Jogos de Azar e tinham teto de apostas fixados pela Polícia.

Jornais - O primeiro jornal de Aracaju foi o Correio Sergipense, fundado em 1855. O primeiro diário circulou em 1877, era o Jornal do Comércio.

Jornais - Eis, por ordem de circulação, os dez primeiros jornais de Aracaju: Correio Sergipense - bissemanal, 1855 - 1866; O Progresso, 1857 (7 de Fevereiro, o 1º número); Aurora Sergipana, 1857 (Maio, o 1º número); A Época, 1859 - 1860; A Borboleta, 1859 - 1860; A Crise, semanário, 1863; Jornal de Sergipe, órgão do Partido Liberal, 1866 - 1906, com interrupções, (1º número é de 2 de Julho); O Liberal, 1868; O Conservador, órgão do Partido Conservador, 1868 - 1873; Jornal de Aracaju, oficial, 1870 - 1879.

Jornal da Cidade - Fundado pelo jornalista Ivan Valença e pelo publicitário Nazário Pimentel, como semanário, na década de 70, e tendo como principal colaborador o caricaturista VAN (pseudônimo de Gilvan Rocha). O Jornal da Cidade passou a diário ainda sob a responsabilidade de Nazário Pimentel que o vendeu ao Grupo Franco, permanecendo, por algum tempo, como seu Diretor. Nícolas e Álvarus, chargistas, foram revelados pelo JC que tem seu parque gráfico e sua redação na avenida Rio Branco, 40. Foi o primeiro a dotar o sistema Off-set.

José Conrado de Araújo - O nome do ex-Prefeito de Aracaju dá nome ao bairro que tem área dentro dos seguintes limites: Trecho da avenida Chanceler Osvaldo Aranha iniciando na rua Paraíba até o riacho do Cabral; Trecho do riacho do Cabral iniciando na avenida Chanceler Osvaldo Aranha até a avenida São Paulo; Trecho da avenida São Paulo iniciando no riacho do Cabral até a rua Paraíba; Trecho da rua Paraíba iniciando na avenida São Paulo até a avenida Chanceler Osvaldo Aranha.

Jovens - Para cuidar da educação moral, cívica e religiosa dos jovens de ambos os sexos e ainda ensinar bordado, corte, costura e outros trabalhos manuais às jovens, preparando-as para a vida doméstica, foi criada em Aracaju, em 2 de janeiro de 1963, a Associação dos Jovens Evangélicos de Sergipe. Joanan Sampaio foi o seu Presidente.

JUC - Sigla da Juventude Universitária Católica de Aracaju, criada em 25 de março de 1959, e tendo como Assistente Eclesiástico o então Monsenhor Luciano Duarte. O presidente da JUC era Juarez Alves da Costa.

Page 137: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Juca Barreto - Pequeno teatro montado pela Universidade Federal de Sergipe, inicialmente numa dependência do Centro de Treinamento da Arquidiocese de Aracaju, à rua Laranjeiras, depois numa sala da antiga Faculdade de Direito à avenida Ivo do Prado. A responsabilidade da montagem coube a professora Aglaé Fontes de Alencar e o nome homenageou ao saudoso proprietário do Cine-Teatro Rio Branco, um dos incentivadores das apresentações teatrais em Aracaju.

Justiça Federal - Criada em 1890 e instalada em Aracaju na travessa José de Faro. Durante muito tempo o Governo Federal suprimiu a Justiça Federal, voltando a funcionar na década de 60, inicialmente no edifício Estado de Sergipe, agora transferida para a rua Estância, onde está instalado o Fórum Tobias Barreto.

Lacerdinha - Mosquito que incomodou, durante muito tempo, a população aracajuana que transitava pelo centro da Cidade. Eles infestavam os ficus, árvores de boa sombra que não mais são plantadas, restando raríssimas das muitas que haviam nas praças de Aracaju.

Lagoa - Ao desenhar a sua planta de Aracaju o Capitão de Engenheiros Sebastião José Basílio Pirro colocou todos os prédios públicos, construídos e projetados, em sua localização ordenada a partir do peão da sua concepção urbanística que era na praça do Palácio hoje Fausto Cardoso. As quadras esbarravam, no entanto nos morros do lado oeste e na grande lagoa que existia por trás do Quartel de 1ª linha construído no local hoje esta o Hotel Pálace de Aracaju, construído em 1962, no Governo Luiz Garcia.

Lagoa - Era conhecida como Lagoa de Flávio Pina a lagoa que existia na rua Porto da Folha, nas proximidades do local onde hoje está o Posto Aperipê.

Lagoa - Nome de uma rua do bairro Industrial, hoje rua Luiz Moura.

Lagoa da Coceira - Lagoa existente nas proximidades da Baixa Fria, também próxima ao riacho canalizado que passa em frente a Escola Técnica Federal de Sergipe.

Lagoa da Doida - Lagoa existente junto a Jabotiana.

Lamarão - Região do noroeste da Cidade, depois do Bugiu. Por muito tempo foi um povoado de difícil comunicação com o Centro, mas agora está incorporado e servido com transporte coletivo, e acesso asfaltado.

Lamarão - Antigo povoado de Aracaju, hoje bairro, tem sua área definida legalmente pelos seguintes limites: Trecho da avenida Contorno Norte, agora Euclides Figueiredo, iniciando no prolongamento da Estrada do Engenho Novo até a avenida Lamarão; Trecho da avenida Lamarão iniciando na avenida Contorno Norte (Euclides Figueiredo) até as ruas que limitam o loteamento Lamarão, pelo lado oeste; Ruas que limitam o loteamento pelo lado oeste até o prolongamento da avenida Lamarão; Prolongamento da avenida Lamarão; Trecho da margem direita do rio do Sal iniciando no prolongamento da avenida Lamarão até o prolongamento da Estrada do Engenho Novo; Prolongamento da Estrada da Estrada do Engenho Novo.

Lambe-Sujo - Grupo folclórico que, em certas épocas do ano, como nas comemorações da Emancipação de Sergipe, a 24 de Outubro, se apresenta pelas ruas de Aracaju. Consistia num grupo que representava negros, sujos de piche ou carvão, em bando a correr até serem encontrados e vencidos pelos Caboclinhos que representavam os índios.

Lampeão - Os oficiais e praças da Polícia Militar do Estado que tomaram parte direta na repressão e combate ao banditismo, chefiado por Lampeão, cumprindo missões e cooperando com as mesmas, deslocando-se de suas sedes e destacamentos para os aludidos fins, por ordem superior quando transferidos para a reserva remunerada, ou reformados, serão previamente promovidos ao posto imediato, com os respectivos vencimentos integrais sem prejuízo das demais vantagens legais a que tiveram direito. Assim rezava o artigo 1 da Lei 939 de 29 de maio de 1959, sancionada pelo Governador em exercício Dionizio de Araújo Machado.

Page 138: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Lança Perfume - Em 1955 houve uma reclamação geral contra o alto preço do lança-perfume: 90 cruzeiros cada frasco.

Lar Adotivo - A Legião Brasileira de Assistência, em 1946, adotava em Aracaju o sistema de Lar Adotivo, conseguindo casais para tomarem conta de crianças deixadas por mães que precisavam trabalhar. Hoje, quase 40 anos depois, a LBA redescobre o programa com um sistema informal e domiciliar de creches.

Lar Presbiteriano - Fundado no bairro Grageru, em 1962, o Lar Presbiteriano de Aracaju foi uma inspiração do reverendo José Martins Ferreira, já falecido.

Lauro do Caldo - Botequim conhecido pelos seus famosos freqüentadores, situado na rua de Simão Dias esquina com Divina Pastora.

Lavanderia - A Prefeitura, apoiada pelos diversos Governos, construiu muitas lavanderias pelas áreas pobres da Cidade, para atender as necessidades, principalmente concentrando os pontos de gastos de água. Nossa Senhora de Lourdes é o nome da Lavanderia construída no final do bairro Siqueira Campos, na esquina da rua Santa Catarina com Paraíba.

Lavanderia Chinesa - Uma tradicional casa de lavagens e tingidos, do chinês Eng Fok Mau, localizada por longo período na rua de São Cristóvão e hoje com a morte do seu fundador, atropelado na praça da estação Rodoviária, está na avenida Hermes Fontes.

Lazareto - Rua localizada no alto da rua de Estância.

Leilão - O leilão sempre foi uma festa regular nas ruas e bairros de Aracaju. No princípio não tinha, como hoje, o caráter beneficente servindo mesmo para comercializar produtos comuns, de consumo geral, justificando, pelo pregão do leiloeiro improvisado, o aspecto de festa que reunia os moradores próximos.

Liberaluzia - Tinha o nome de bairro Liberaluzia a também conhecida Vila ou avenida da João Costa, construída com entrada pela avenida Coelho e Campos e

saindo para o bairro Santo Antônio e também para o bairro Industrial.

Liberdade - Até 1953 apenas uma emissora de rádio existia em Sergipe, a Difusora que era oficial do Governo do Estado. Um grupo de udenistas estimulou a Albino Silva da Fonseca a criar uma emissora a serviço do partido e no dia 7 de setembro de 1953 entrou no ar a Rádio Liberdade de Sergipe, em 1983 vendida e reaparelhada, deixando de funcionar da rua de Itabaianinha para funcionar na travessa Basílio Rocha.

Liga - Obteve excelente repercussão a fundação, no dia 24 de setembro de 1916, da Liga Sergipense contra o Analfabetismo, tendo sido aclamado seu Presidente A . Ávila Lima. A farmacêutica Cersatina Regis do Amorim cuidou, durante muitos anos, dos interesses da Liga.Liga - A Diocese de Aracaju, para orientar os católicos, com a Liga Eleitoral Católica, que geralmente examinava os compromissos dos candidatos e passava a apoiá-los ou criticá-los duramente. Na eleição de 1964, a Liga Eleitoral Católica fez um acordo com a UDN, cujos candidatos diziam ser contrários aos comunistas. Mais tarde, a Liga descobriu um acordo dos comunistas para votarem nos candidatos da UDN e reagiu, quebrando o acordo e apoiando as candidaturas de José Rollemberg Leite, pelo PSD e Orlando Dantas, pela Esquerda Democrática ambos para Governador, desprezando a candidatura udenista de Luiz Garcia. Ganhou José Rollemberg Leite, e Orlando Dantas foi eleito deputado à Assembléia Constituinte.

Limite Entre Bairros - Nas vias que servem de limites entre dois bairros, cada lado pertence ao bairro respectivo. É o que diz a Lei municipal que divide a Cidade em bairros e fixa as áreas e os limites.

Língua do P - Foi muito comum entre as crianças aracajuanas um modo especial de falar, chamado de língua P, pelo qual depois de cada sílaba é introduzida a letra P, com som de pê. Tal língua servia para camuflar as conversações, especialmente de meninas e moças, diante de estranhos ou pessoas mais velhas.

Page 139: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Linha de Tiro - Local onde hoje está erigida a Vila Militar, na avenida Cotinguiba e nas vizinhanças do Jardim Índio Palentim. A Vila Militar da Polícia foi construída nas proximidades da rua Ribeirópolis, próxima ao Alto da Bela Vista.Liras - Existiram duas Liras no Santo Antônio, ambas famosas pela formação dos seus músicos, funcionando como verdadeiras escolas. Eram a Sergipana, na rua do Fogo, depois Gararu, finalmente Japaratuba, e a Santo Antônio, com sede na colina e depois num castelo da mesma rua do Fogo.

Livramento - Antigo nome da rua São José, no bairro Siqueira Campos.

Livros - Em 1958, uma Lei estadual mandou que o Governo do Estado publicasse os seguintes livros: Apostilhas de Direito Penal, Parte Geral, de Hunald Santaflor Cardoso; Poesia, de José Maria Fontes; e Folclore Sergipano de José de Carvalho Déda.

Loterias - O Governo do Estado criou os serviços de Loterias, contratando em 27 de junho de 1924 a concessão com Jadiel Benevides. As cotas do Estado eram revertidas para instituições de caridade, Faculdade de Direito Tobias Barreto e Caixa Escolares. Mais tarde, no mesmo ano, a contribuição reverteu integralmente para a Faculdade Tobias Barreto.

Luteranos - A reforma luterana chegou a Aracaju em 1883, através da pregação do missionário Alexandre Blackford. A primeira igreja, no entanto, surgiu somente em 1901.

Luz Elétrica - A inauguração do serviço de energia elétrica em Aracaju foi tão festejado, que o maestro Francisco Avelino compôs o Hino à Luz. A inauguração aconteceu no dia 7 de Dezembro de 1913.

Luzia - O bairro Luzia tem as seguintes confrontações; Trecho da avenida 31 de Março iniciando na rua da Luzia até o Canal Grageru; Trecho do Canal Grageru iniciando na avenida 31 de Março até a avenida Francisco Porto; Trecho da avenida Francisco Porto iniciando no Canal Grageru até a avenida Hermes Fontes; Trecho da avenida Hermes Fontes iniciando na avenida Francisco Porto até a rua A (Loteamento Baiano);

Toda a rua A; Trecho da rua Luzia iniciando na rua A até a avenida 31 de Março.

Luzitano - Armazém localizado a rua de Laranjeiras, 16, que nos primeiros anos do século recebia diretamente da Figueira da Foz, Portugal, vinho verde em pipas, quintos e décimos, da marca Figueira, bem como Jeropiga, um vinho abafado de apreciado sabor.

Macacão - Jogo popular entre as crianças de Aracaju, também chamado de Céu, de Amarelinha e de Academia. Riscado em giz, ou carvão, nas calçadas, ou sulcada nos terrenos batidos, tem um desenho retangular dividido em duas casas, abrindo-se, como braços, em dois quadrados iguais, mais outro quadrado que funciona como pescoço e finalmente um círculo encimando o desenho. As crianças, cada uma com uma pedra pequena, pulam as "casas " até que percorrem todas elas, indo e vindo. O que completa sem erro é quem ganha a brincadeira e o jogo.Maçonaria - Em 1872 já existia a Loja "Segredo e Amizade" quando foi fundada a Loja Maçônica Cotinguiba situada na rua de Santo Amaro, a mais antiga hoje em funcionamento, com o título de Loja Capitular.

Madureira - O Madureira Futebol Clube foi fundado em Aracaju em 12 de junho de 1942 e foi um grande clube amador de futebol, revelando craques e realizando grandes campeonatos. Magnífico - Cassino de propriedade de Augusto Luz, localizado no terraço do Mercado Antonio Franco, também conhecido como Mercado Velho.

Maloca - Lugar próximo da praça Saturnino de Brito, em direção à rua Nossa Senhora das Dores.

Mameluco - Denominação dada aos filhos de franceses com as índias, depois generalizadas para os filhos dos portugueses com as índias. Sobre os mamelucos diz Nicolau Orlandini na sua História Societatis lesu, editada em 1615, em Roma: "Tudo teria corrido bem para o cristianismo e o progresso da fé se os mamelucos gerados e nascidos desde João Ramalho de pai luzitano e mãe brasileira germens péssimos de uma estirpe má, não tivessem tudo perturbado". Mameluco eram chamados,

Page 140: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

na Espanha, os filhos de Mouro e Cristão e Moura.

Mandacarú - Planta usada comumente como cerca, separando os quintais das casas e dividindo propriedades, especialmente na Zona Sul da Cidade.

Mané Preto - Localidade da zona norte, próxima à colina do Santo Antônio, de boa água e de cuja fonte eram abastecidos diversos locais da Cidade. Foi, durante algum tempo, reduto de corroceiros e ainda hoje, ao lado de sua velha fonte, existe um horto da Prefeitura, que fornece mudas de plantas para as praças aracajuanas.

Mangaba - Fruta abundante em Aracaju, cultivada especialmente na zona praiana. Com as construções da COHAB as mangabeiras foram quase que completamente extintas fazendo rarear a fruta nas feiras e nas ruas.

Manjar do Céu - Era assim que Jesuíno Dantas, proprietário de um armazém e de uma padaria na rua de Itabaianinha, 33, esquina com a rua de Maroim, anunciava, em 1901 o pão que fabricava. Manufatura - Especializada em roupas para adultos e para crianças a Manufatura Nacional, estabelecida na rua da Aurora, 47, anunciava que seu proprietário, Francisco José Rodrigues, era conhecido como Chico da Quina e mais recentemente, em 1897, por Chicão Esculhães.

Maré do Apicum - Nome que toma a enseada formada pelo rio Poxim, pela direita da ponte em direção à Atalaia. No século passado servia de canal, juntamente com outros, de entrada para Aracaju, passando a oeste da Coroa do Meio.Maria Feliciana - Nome popular do edifício Estado de Sergipe, construído por Lourival Baptista, com 28 andares, e sendo, à época, o mais alto do norte e nordeste. Nele foram instalados o Banco do Estado de Sergipe, o IPES, a Comase, e muitas Secretarias e serviços do Estado, além da Secção da Justiça Federal. O nome popular homenageia a Maria Feliciana, considerada a mulher mais alta de Sergipe, sendo atração em circos e shows pelo interior.

Marozzi - Famoso Hotel de Aracaju. Funcionou na praça Fausto Cardoso e depois, até quando desapareceu, na rua de João Pessoa trecho entre São Cristóvão e praça General Valadão, no local onde hoje está o Bradesco. Políticos, comerciantes, artistas, ficavam hospedados no Marozzi que mantinha, também mensalistas como o Monsenhor Doutor Alberto Bragança de Azevedo e o poeta Pires Wynne.

Marraio - Jogo popular entre as crianças de Aracaju, também conhecido como jogo de bola de gude. As crianças traçam uma linha no chão, de onde fazem plataformas para lançamento das bolas que deverão entrar nos três buracos, em ordem decrescente, depois crescente, quando então o primeiro que conquistar o último buraco sai em perseguição aos demais, arremessando a bola contra as bolas dos adversários.

Massaranduba - Nome primitivo da região mais tarde conhecida como Chica Chaves e posteriormente bairro Industrial, o mais simpático de Aracaju do começo do século.

Matadouro - Antes da construção do Matadouro Modelo, por iniciativa do industrial Antonio Franco, a matança de porcos era feita na rua Divina Pastora, onde hoje está a Segunda Delegacia de Polícia.

Matadouro - Antes da construção do Matadouro Modelo, nos terrenos de Anipum, hoje Santos Dumont, no Governo Graccho Cardoso, o lugar de matar e retalhar bois era na atual rua de Salgado, próximo a rua Divina Pastora, onde hoje está, nos terrenos vizinhos, os escritórios e depósitos da Empresa de Transportes Atlas.

Matinal dos Brotos- Programa de auditório, da década de 50, levado ao ar aos domingos, sob a animação de Nelson Souza, na Rádio Liberdade de Sergipe.

Medicina - Coube ao doutor Silvano Isquierdo Laguna, antigo catedrático de Salamanca, fugido da Espanha franquista, a Aula Inaugural da Faculdade de Medicina de Sergipe, no dia 20 de maio de 1961. A Faculdade foi criada no Governo Luiz Garcia, sendo Secretário da Educação, Cultura e Saúde o professor Antonio Garcia Filho.

Page 141: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Melhoramentos - A Companhia Melhoramentos de Sergipe, de Francino de Andrade Melo, realizou o serviço de abastecimento de água de Aracaju, no Governo Guilherme Campos, por volta de 1908. No Governo do general Siqueira de Menezes a Companhia foi adquirida pelo Estado.

Melo - Trapiche da firma Schramm & Cia. Estabelecida em Maroim.

Mendes Morais - Antigo nome da atual praça Olímpio Campos, onde está o Parque Teófilo Dantas.

Mercado - O primeiro mercado, ou casa do mercado, foi na rua da Aurora, hoje avenida Rio Branco, nas imediações com a rua Laranjeiras, antes rua da Feira. Em 1864, estando abandonada a obra da Cadeia, o Governo foi autorizado a construir a Casa do Mercado.

Mercadorias - Aracaju produzia em 1870: côco, farinha de mandioca, arroz, milho, feijão, inhame, abóbora e melancia e exportava sal, cal de pedra, tijolos e telhas.

Meretrício - Ao ser desativado no local onde se encontrava, no meio das casas da avenida Pedro Calasans, o famoso brega curral foi transferido para a região da Jabotiana, até que desapareceu.

Meu Refúgio- Restaurante típico construído pela Prefeitura de Aracaju, na avenida Rio de Janeiro, na administração de José Aloísio de Campos. Seu responsável, o bar-men Gerson, especializou seu cardápio em caças: tatu, teiú, preá, paca, veado, aves de pequeno e médio porte, cágado e cobras.

Micareme - Dentre as comemorações do Centenário de Aracaju, foi realizado na Associação Atlética de Sergipe, em 23 de março de 1955, o Micareme do Centenário, com traje à fantasia.

Miguel Calmon - Estação Experimental de Algodão, criada pelo Governo no princípio da década de 20, no povoado de Barra dos Coqueiros, cultivando mais de 140 tarefas de terra com o algodão Day's Pedigreed.Minha Gente - Livro de costumes, de autoria de Clodomir Silva, editado no Governo Graccho Cardoso e reeditado

pelo Prefeito José Conrado de Araújo. Nele, o autor evoca tipos, fatos e manifestações literárias e culturais do povo sergipano, do interior e da Capital.

Mini-Golf - Jogo de imitação de golfe, construído sob licença da Prefeitura Municipal na praça Getúlio Vargas, em alvenaria, e que atraiu, por algum tempo, grande freqüência de jovens, rapazes e moças, que organizavam torneios. Não demorou muito e vencido o prazo da licença, o Mini-Golf foi demolido.

Miramar - Cabaré existente na avenida Otoniel Dória. Nos últimos anos foi ponto obrigatório dos freqüentadores de casas noturnas, por causa dos shows produzidos pelo seu proprietário Antonio, conhecido como Tonho do Miramar. A atração maior, mais tarde no Xangai, era o bailarino pernambucano Regimento Camargo.

Miss Centenário - Para angariar fundos para a construção de um monumento ao expedicionário a Secção de Sergipe dos Ex-combatentes organizou um concurso para eleger, por voto direto Miss Centenário. Aglaé d’Ávila Fontes foi eleita com larga vantagem sobre as demais candidatas.

Missa de Galo - A Missa de Galo, rezada a meia-noite do dia 24, entrando pela madrugada do dia 25, deu origem a toda a mobilização mais tarde assistida na praça Olímpio Campos, inclusive a Feirinha do Natal que não existe mais. As famílias deixavam as suas casas e vinham ocupar os bancos colocados nos jardins do Parque Teófilo Dantas, conversando enquanto aguardavam a missa começar. O crescimento da Feirinha deslocou a Missa, por algum tempo, para a praça Fausto Cardoso. Foi uma Missa do Galo, em 1856, que marcou o início do funcionamento da Casa de Oração San-Salvador, mais tarde Matriz da Capital e hoje Igreja do São Salvador, na esquina da rua de Laranjeiras com João Pessoa. Missão - Recebeu o nome de Missão Bestada, a organização fundada em Aracaju pelo Sr. James U. Lawley, seu Diretor, em 28 de dezembro de 1962. Era de orientação evangélica.

Mondé da Onça - Ponto da linha limítrofe de Aracaju. Local por onde

Page 142: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

passava, no século passado, a antiga estrada Aracaju-São Cristóvão, talvez a mais antiga lição terrestre da Capital.

Montepio - O Montepio dos Funcionários do Estado foi fundado em 31 de março de 1880, graças à Resolução nº1.173. A proteção previdenciária ao funcionalismo foi a mais antiga manifestação governamental de Sergipe.

Monumento - São vários os monumentos edificados nas praças de Aracaju. O do General Valadão foi construído pelo escultor sergipano José Otávio Correia Lima, com atelier no Rio de Janeiro, custando ao Governo do Estado 30 contos de réis.

Morro do Bonfim - O desmonte do Morro do Bonfim teve início no dia 27 de Setembro de 1955, 100 anos depois da mudança da Capital. Com a areia do Morro foram aterradas algumas áreas de Aracaju, como os apicuns que davam acesso ao bairro Industrial. Retirado o morro, foi fácil a urbanização do centro, a abertura de ruas e a pavimentação, bem assim a distribuição dos serviços de água e transporte.

Morros - Grande parte dos morros de Aracaju desapareceram e serviram para aterrar as áreas mais baixas da Cidade. Foi assim com o Morro de Pirro e o Morro do Tôpo que foram os primeiros a cederem passagem ao crescimento da Capital sergipana.

Morte do Gato - Nome pelo qual era conhecida a brincadeira do Quebra-Pote, comum entre as crianças e os jovens de Aracaju, tanto nas festas natalinas, como nos leilões dos bairros. Uma paralela de madeira ligada por uma corda tesada, na qual é amarrado um pote tampado, cheio de presentes. Ao se decidir pelo jogo ou brincadeira a pessoa tem os olhos vendados, o corpo girado vários vezes e recebe um porrete para, rumando no ar, sair em busca do local do pote, para quebrá-lo. O jogo termina com a quebra do pote, a queda do gato ou do que estiver dentro: comidas, doces, brinquedos, etc.

Mortes - Em 1902, os dados oficiais revelavam 901 mortes em Aracaju, quando a população total era de 30 mil habitantes. Dos mortos, 31,4 % eram crianças menores de 1 ano. 10,40

% morreram de malária e 5,9 % de tuberculose.

Mulheres - Uma espécie de feminismo vingou em Aracaju, reunindo expressivas figuras de mulheres que organizaram movimentos e fundaram associações como a União das Donas de Casa de Aracaju, na década de 40 e a Associação das Mulheres de Sergipe, na década de 50. Mais recentemente o Centro da Mulher teve papel destacado na luta pelo retorno do País à democracia e pela anistia.Mulheres - O Dia Internacional da Mulher - 8 de março - foi comemorado com uma conferência pelas integrantes da Associação das Mulheres de Sergipe, organização fundada em 23 de Janeiro de 1955, no mesmo ano da fundação.

Mulheres - Na década de 60 as mulheres dispunham, também, em seu favor do Movimento de Promoção da Mulher, ligado à religiosas, mas independente da igreja.

Muros- As casas de Aracaju, em sua quase totalidade, não tinham muros. Tomavam todo terreno e abriam as portas na rua. Com os recuos dos palacetes e das casas mais modernas é que começaram a ser erguidos os muros, ainda assim baixos. Depois vieram os gradios e agora os muros altos, de pedra, que resguardam e até escondem as casas da vista dos transeuntes. Isto fez acabar com a Porta da Rua, expressão verdadeira que configurava a casa e suas relações sociais.

Museu - Nascido em 1968 como Galeria Rosa Faria e assim funcionando até 1977, tem grande movimento e comemora, anualmente, a 17 de março a data maior da cidade, o Museu de Arte e História Rosa Faria, que leva o nome da sua fundadora e diretora. No acervo, em porcelana e em azulejo, paisagens, vultos e jornais de Aracaju.

Música - Cursos e escolas de música não faltavam em Aracaju. As liras, ou bandas de bairro, mantinham a tradição musical da Cidade. As bandas oficiais, como a da Polícia, a do 28 BC e mais tarde a do Corpo de Bombeiros sustentavam as retretas da praça Fausto Cardoso tocando, do coreto, para a platéia que tanto parava para ouvir, como passeava pelos jardins da praça ao

Page 143: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

som dos dobrados, das valsas e de algumas peças eruditas.

Música - O Curso de Música Carlos Gomes, da professora Valdir Moraes Almeida, em 1944 ensinava Piano, Teoria e Solfejo.

Música - Desde 1932 que existia o Curso Particular Helena Abud, de música, ensinando Piano e Teoria.

Música - Denominava-se Menino Jesus o Curso de Música da professora Waldir Morais de Almeida Mesquita, instalado na travessa Benjamim Constant, 10, desde 1943 para ensinar piano e formar professores.

Músicos - Nome antigo da atual rua de Santa Luzia.Natal - Festa tradicional em Sergipe. Em Aracaju as suas características são mais definidas. No passado os grupos folclóricos saíam às ruas, abrindo portas, cantando e louvando o nascimento de Jesus. A Missa do galo atraía a população, originando a feira na praça da Catedral. Após a Missa, ou mesmo antes dela, as famílias costumam reunir todos os seus membros em casa para a ceia, geralmente preparada com pratos finos: perus, pernis e mais o caruru, o vatapá, a galinha ensopada, também chamada frita, com arroz branco escorrido, sem chegar a ficar completamente solto. O Natal não se resume ao dia 24 véspera, nem 25, dia propriamente santificado, mas era e ainda é um ciclo, começando com a festa da padroeira, Nossa Senhora da Conceição, em 8 de Dezembro, e chegando até o Dia de reis no 6 de Janeiro.

Naufrágio - As barras de Aracaju sempre foram consideradas perigosas. Numa delas, a que no passado fazia a penetração para o recôncavo da Bahia, a do rio Vaza-Barris, de onde parte a linha divisória de limite com o município de São Cristóvão, naufragou, em 1951, o Grifo Dourado do capitalista Gabriel Soares de Souza.

Náufragos - Recebeu o nome de Rodovia dos Náufragos, a estrada asfaltada que liga a Atalaia ao povoado Mosqueiro, inaugurada em 1982 pelo Presidente da República João Batista de Oliveira Figueiredo. O nome homenageia as vítimas dos torpedeamentos dos

navios, na costa sergipana, em 1942, que levou o Brasil à II Guerra Mundial.

Náutico - Com o nome de Associação Desportiva Brasil, foi fundado em 3 de agosto de 1922 por Jeferson Ávila, Newton Porto, Manoel Cruz, José Correia Paes Neto, Lourenço Mesquita, Milton Tenório e João Teles de Souza, o Club Náutico Brasil, denominação que recebeu em 1930. Tinha como objetivo reunir praticamente e estimular os esportes náuticos.

Navegação - Aracaju dispõe de um serviço de navegação permanente, tanto para a comunicação com o interior sergipano, como para diversas partes do País. Há precisamente 100 anos, em 1883, foi o Governo autorizado a contratar com Eugênio José de Lima ou com quem melhores vantagens oferecesse, a navegação direta, a vapor do Porto de Aracaju para Liverpool, com escalas em Lisboa, Havre e Antuérpia, podendo ainda o contratante escalar em outros portos europeus. Seriam 12 viagens por ano, durante 10 anos seguidos. O Contrato não teve efeito.Nilo Peçanha - A bordo do Íris, desembarcou em Aracaju no dia 27 de Outubro de 1921, Nilo Peçanha, sendo hóspede do palacete dos Rollembergues, casarão rosa da avenida Ivo do Prado, residência do então senador Gonçalo do Prado Rollemberg.

Noite dos Cambones - festa umbandista, celebrada nos terreiros de Aracaju no dia 14 de maio.

Nordeste - Campo e time de futebol do Carro Quebrado. Seu proprietário, conhecido como Antonio Grosso, carroceiro, era tido como homem valente que ficava, em dias de jogos tomando conta do campo, segurando um pedaço de cansanção para impedir a invasão de estranhos.

Nossa Senhora - Sob a invocação de Nossa Senhora da Pureza foi organizada em Aracaju e aprovada pela Resolução 935, de 30 de abril de 1872, uma irmandade somente de mulheres casadas, viúvas, honestas, solteiras e meninas maiores de 7 anos.

Nossa Senhora Auxiliadora - Paróquia do bairro Cirurgia, criada em 18 de Agosto de 1958 e entregue aos

Page 144: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

salesianos. O atual pároco é o padre Sebastião Alves da Silveira.

Nossa Senhora da Aparecida - Paróquia criada em 26 de agosto de 1983, no Bugiu, tendo com vigário o Monsenhor José de Castro.

Nossa Senhora da Conceição - Padroeira de Aracaju. Sua festa é celebrada no dia 8 de Dezembro, feriado, com Missa solene e Procissão.

Nossa Senhora da Conceição - Paróquia da Catedral, criada em 1860. Nossa Senhora da Conceição - Colégio da professora Maria da Glória Chaves, localizado na travessa José de Faro, um dos mais procurados até a década de 20.

Nossa Senhora da Pureza - Irmandade criada em 16 de outubro de 1870, na Igreja do São Salvador, compondo-se, somente, de pessoas do sexo feminino, casadas, viúvas, honestas, solteiras e meninas maiores de 7 anos. Festejava, no dia 30 de maio, a honra da Virgem Senhora da Pureza.

Nossa Senhora de Fátima - Tendo como vigário o polonês José Sianko, a Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, no Ponto Novo, foi criada em 13 de Maio de 1968.Nossa Senhora de Lourdes - A sede primitiva do Colégio Nossa senhora de Lourdes era na rua de São Cristóvão, esquina com Japaratuba, depois João Pessoa. Mais tarde, foi construída a sede própria, com entrada pelas ruas José do Prado Franco e Itabaianinha, atual Apulcro Mota, mais tarde vendida ao Grupo NORCON que transformou o Colégio num Centro Comercial. A Faculdade de Filosofia, nos seus primeiros tempos, funcionou no prédio do Colégio.

Nossa Senhora de Lourdes - A Paróquia de Nossa Senhora de Lourdes, confiada ao Monsenhor João Lima, foi criada em 12 de maio de 1944, no bairro Siqueira Campos.

Nossa Senhora do Rosário - Paróquia localizada à avenida Pedro Calasans, sob a direção do Monsenhor Edgar Brito, criada em 18 de Agosto de 1958.

Nosso Lar - Sociedade criada por grupo de espíritas, no bairro Siqueira Campos, e confiada à direção do pintor Sílvio Santos, para, desde 30 de novembro de 1965, proteger o menor desvalido, menor de 6 anos, do sexo masculino exclusivamente.

Nova Califórnia - "Extraordinariamente caviloso, mesquinho, acanhado no âmbito estreito da especulação e do monopólio", foi como o deputado provincial Guilherme Rabelo definiu o comércio de Aracaju, chamando a cidade de Nova Califórnia.

Nova Estrela - Casa de instrumento musicais de José Cândido Rodrigues à rua de Lagarto esquina com Bonfim, hoje Sete de Setembro. Foi fundada em 1929 e funcionou até a década de 60.

Nova Veneza - Nome pelo qual o povo conhece o antigo bairro da Olaria, situado à margem direita da rodovia BR-235, saída da Cidade.

Novo Mundo- Marca de café, da mesma torrefação do café Aragipe, de Teodulo Cruz, estabelecido à rua José do Prado Franco, vizinho ao seu único concorrente, à época, do café Império. A propaganda em torno das três marcas era assim: Pois é, Novo Mundo é o Melhor Café, Aragipe, o Melhor Café de Sergipe; É Serio, Café do Império.

Novo Paraízo - O bairro Novo Paraízo tem os seguintes limites: Trecho da avenida 31 de Março iniciando na rua Haiti até a avenida Chanceler Osvaldo Aranha; trecho da avenida Chanceler Osvaldo Aranha iniciando na avenida 31 de Março até a rua Paraíba; Trecho da rua Paraíba iniciando na avenida Osvaldo Aranha até a rua Guilhermino José Martins; Toda a rua Guilhermino José Martins; Trecho da avenida Camilo Calasans iniciando na rua Guilhermino José Martins até a rua Haiti; Trecho da rua Haiti iniciando na avenida Camilo Calasans até a avenida 31 de Março.

Núcleo Dramático - Ao raiar do século, quando Aracaju possuía uma pequena população, artistas adaptavam e montavam textos, e faziam o Núcleo Dramático Aracajuano, um atuante grupo teatral com representação constantes, atraindo e mantendo público nos locais onde mantinham apresentações.

Page 145: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

O Batista - Jornal Interestadual, editado na Bahia, em circulação para os Estados da Bahia, Sergipe e parte de Pernambuco, Era, na década de 30, o porta-voz dos religiosos Batistas, que tinham, desde o princípio do século, a mais antiga igreja protestante em Aracaju.

O Libertador - Jornal de propaganda abolicionista, fundado por Francisco José Alves. O primeiro número saiu no dia 28 de Novembro de 1880, circulando, como órgão Bi-Mensal, até 1855.

O Operário - Jornal de defesa dos interesses dos trabalhadores. Teve quatro fases distintas: a primeira a partir de 25 de Janeiro de 1891; a Segunda, como órgão da União Operária Sergipana a partir de 2 de Fevereiro de 1896; a terceira em 1º de Janeiro de 1910 e a quarta a 5 de Outubro de 1915.

O Pega - Nome popular dado a avenida Coelho e campos, antes Artur Bernardes, também conhecida como linha do trem. O pega representava a correria de crianças e rapazes para pegar uma carona de poucos metros nos trens que entravam e saíam pela mesma avenida. O uso do termo, no entanto, estava restrito aos moradores do bairro Santo Antônio, e do centro da Cidade.

O Pinguim - Bar da rua de São Cristóvão, desaparecido, entre a rua de João Pessoa e a avenida Rio Branco, onde hoje está a loja da SAMAM.

O Prato Chinês - Casa Comercial especializada em louças e vidros, fundada em 1898 e de propriedade de José Honorato Albuquerque. Importava diretamente da Inglaterra, França e Alemanha.

Obreiros do Senhor - Sociedade Espírita fundada em 16 de junho de 1919.

Oficinas - Nome pelo qual, durante muito tempo, era identificado o atual bairro Siqueira Campos. Ainda hoje, a feira existente naquele bairro é conhecida como Feira das Oficinas. O nome tem origem nas oficinas do Leste Brasileiro, que dava manutenção aos trens, e situadas na estrada do bairro Siqueira Campos, antes Aribé.

Oiti - Com o nome de Foto Oiti ficou conhecido em Aracaju o conjunto de barracas de fotógrafos que revelavam os retratos na hora. Usando uma máquina tipo caixão, adaptada a uma estrutura de metal ou madeira, os retratos eram revelados em poucos minutos e o enxugamento se fazia ao calor da chama produzida pelo álcool. Em alguns lugares do Brasil esses fotógrafos são conhecidos como Lambe-Lambe.

OK - Bar e cabaré de Aracaju, localizado na rua de João Pessoa, no trecho entre a rua de Laranjeiras e a praça Fausto Cardoso. O bar funcionava na frente e o cabaré na área de dentro, como um reservado.

Olaria - Bairro de Aracaju, também conhecido como Barro Vermelho. Antigamente o desembarque de algumas mercadorias era efetuado no Porto dos Ferreiros, na Olaria.

Olaria - Conforme Lei municipal, a área do bairro Olaria tem o seguinte limite: Trecho da avenida Chanceler Osvaldo Aranha iniciando no riacho Cabral até o limite do município de Aracaju com o município de Nossa Senhora do Socorro (rio Palame); Trecho do limite do município de Aracaju com o município de Nossa Senhora do Socorro iniciando na avenida Chanceler Osvaldo Aranha até a Estrada de Ferro, iniciando no limite do município de Aracaju com o município de Nossa Senhora do Socorro até o riacho do Cabral; Trecho do riacho do Cabral iniciando na Estrada de Ferro até a avenida Chanceler Osvaldo Aranha.

Olaria das Almas - Local por onde passava o riacho do Apicum, nas imediações do Bugiu, em direção ao Saco.

Omolu Obolubaiê - Festa dos Candomblés aracajuanos em louvor a São Lázaro, realizada no dia 12 de Agosto.

Onze Perigos - Time de futebol - Onze Perigos Futebol Clube - fundado em 11 de abril de 1940 e que tornou-se dos mais conhecidos dos times amadores aracajuanos, com sede na rua Ribeirópolis e, por algum tempo, na rua de Porto da Folha, na região da Suíça.

Page 146: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Operário - A população operária, nos 339 estabelecimentos fabris de Aracaju, em 1941, era de 3.995 pessoas. Mais de mil estavam nas duas fábricas de tecidos.

Operários - Nos anos 30, depois que estavam funcionando o Centro Operário de Sergipe e a Sociedade União dos Operários Ferroviários, foi criada a Sociedade de defesa dos Operários. Em 1953 a igreja organizou a Juventude Operária Católica Feminina. Antes, em 1935 a igreja havia fundado o Círculo Católico Operário de Sergipe, depois Círculo Operário de Aracaju.

Operários - Foi organizada no bairro do Aribé, hoje Siqueira Campos, em 5 de Junho de 1927, a Sociedade União Defensora dos Operários, tendo em sua Comissão Provisória Álvaro Passos, Deolindo Nascimento, Tomáz Mutti Filho, Basílio Rocha e Antero Cunha.

Ordem do Dia - O General Cláudio do Amaral Savaget, Comandante da 2 Coluna das Forças em Operação, instalou o seu Quartel General em Aracaju e no dia 4 de maio de 1897, assinou a Ordem do Dia nº 11, de exortação aos seus comandados, antes da partida para Canudos, para enfrentar os seguidores de Antônio Conselheiro. Também em Aracaju o general Savaget comprou açúcar refinado de terceira, aguardente, café, carne verde, carne seca, farinha de mandioca, fumo, papel para cigarro, milho e sal, para consumo da tropa, no deslocamento.

Ordem terceira - Em 24 de Outubro de 1930 foi organizada, na Matriz do Santo Antônio, a Ordem Terceira de São Francisco, ainda hoje existente, com Convento na avenida Simeão Sobral, anexo à Igreja do Espírito Santo.

Orquidário - Um bem cuidado orquidário, com um perfeito sistema de vasos e de irrigação, com grande variedade de orquídeas, foi mantido por muitos anos, em terreno anexo à sua residência, pelo professor Antonio Tavares de Bragança.

Os Três Bonés - Nome da peça que foi apresentada no Teatro São José, no dia 5 de dezembro de 1896.

Oxossi Tauamin - Fundado em 6 de Janeiro de 1948 como Terreiro reis de

Visara, na rua São Cristóvão, pelo então zelador abiã (não feito) Gilberto da Silva, o Lê, somente em 23 de Janeiro de 1954 recebeu o nome com o qual se popularizou: Terreiro Oxossi Tauamin, instalado na rua Permínio de Souza, 510. Os trabalhos assistenciais do Terreiro são dirigidos pelas Obras Sociais São Sebastião, com sede na rua de Gararu, 589.

Oxumaré - Enquanto os católicos festejam Nossa Senhora da Conceição, no mesmo dia 8 de dezembro os terreiros de umbanda vão à praia de Atalaia, louvam e deixam presentes a Oxumaré, numa das mais belas festas do culto afro-brasileiro em Aracaju.

P.R.S. - Dez anos depois da revolta dos tenentes, no dia 13 de julho de 1943, um grupo formado por Carvalho Neto, Antonio Gervázio Sá Barreto, Acrísio d’Ávila Garcez, Hercílio Porfírio de Brito, Gaspar Leal, Manoel d'Ávila Nabuco, Espiridião Noronha, Francisco de Araújo Macedo e Teófilo de Freitas Barreto, alguns dos quais apoiaram Graccho Cardoso, fundou o Partido Republicano de Sergipe. Num dos seus itens estava a defesa do direito do trabalhador, noutro a permanência do homem do campo no interior, assistido para produzir.

P.S.D. - Sigla do Partido Democrático Social, instalado em Aracaju, as 20 horas do dia 2 de julho de 1945, no Cine-Teatro Rio Branco, pelo então Coronel Augusto Maynard Gomes, em presença de delegados dos diretórios municipais. Nessa noite ficou definido o apoio à candidatura do Marechal Eurico Gaspar Dutra à Presidência da República.

P.S.P. - Sigla do Partido Social Progressista, organizado em Aracaju em 2 de Abril de 1933, na residência do Almirante Amintas José Jorge, na praça Tobias Barreto, como resultado da fusão da "Coligação Sergipana" e "Aliança Liberal de Sergipe" . O PSP ficou com sua Diretoria assim constituída: Presidente, Amintas Jorge, Secretário, Artur Fortes, 2º Secretário, Gonçalo Rollemberg Leite. E mais : Gentil Tavares da Mota, Luiz Dias Rollemberg, Otávio Fontes Pitanga, Maurício Graccho Cardoso, Antônio Batista Bitencourt e Hunald Santaflor Cardoso.

Paço Imperial - Nome dado ao antigo Palácio do Governo, quando da

Page 147: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

visita do Imperador a Sergipe, em 1860. O prédio abriga hoje a Delegacia Fiscal, localizado na esquina da praça Fausto Cardoso com a avenida Rio Branco.

Palácio das Secretarias - Este seria o nome do Edifício Walter Franco, construído no Governo Leandro Maciel no terreno da antiga Recebedoria, na esquina da praça Fausto Cardoso com a rua de João Pessoa.

Palácio das Vacas - Nome popular do Parque de Exposições João Cleofas construído no Governo Arnaldo Garcez, na primeira metade da década de 50.

Palestina - O bairro Palestina tem a seguinte área legal com estes limites: Toda a rua Álvaro Maciel prolongando-se em linha imaginária até a rua Cláudio Batista; Trecho da rua Cláudio Batista iniciando na linha imaginária prolongamento da rua Álvaro Maciel até a avenida Artur Fortes; Toda a rua Artur Fortes; Toda a rua Guilhermino Bezerra.

Palestra - O Palestra Futebol Clube foi fundado em 1º de maio de 1928 e reorganizado em 4 de outubro de 1930. Diziam os seus Estatutos que, em caso de dissolução, os troféus, talas, bronzes e medalhas seriam entregues ao Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe e os demais pertences ao Asilo Rio Branco. O Palestra ocupou o campo nos terrenos do Esquadrão, onde mais tarde foi construído o Estádio hoje Lourival Batista.

Papagaio - Quando o Imperador Pedro II era recebido com festas e foguetes na Ponte e na praça montada para recebê-lo, um papagaio fugiu da gaiola e apareceu no cenário, ainda com pedaço de corrente de ouro preso ao pé, encimando o arco de entrada da Cidade e repetindo o coro: Viva o Imperador. O fato chamou a atenção da comitiva Imperial que fez o devido registro.

Papai Sacode - Bloco carnavalesco formado pelos operários da fábrica Sergipe Industrial e seus familiares. Cada figurante levava nas mãos um adereço com o qual fazia evoluções. O adereço recebeu, também o nome de Papai Sacode.

Parada dos Cometas - O Centenário de Aracaju trouxe a Sergipe os integrantes da V Parada Anual dos

Cometas, com festas, entrada triunfal de bandeira, almoço oferecido pela classe hoteleira, baile do Círculo Militar, passeio pelos pontos pitorescos da Cidade e sessão solene no salão da Associação Comercial de Sergipe.

Parlendas - Entre as crianças aracajuanas ainda é possível recolher as seguintes parlendas: Uni, duni, tê, / salamê minguê/ um sorvete colorê/ para mim e pra você, ou pula, pulinho, pulão/ fogo, foguinho, fogão/ Rá, ré, rí, ró rua, / pula perua para o meio da rua.Paróquias - São 16 as Paróquias de Aracaju, sendo que 4 foram criadas em 1983.

Parque - O Parque Teófilo Dantas foi construído em 1928, quando era Presidente do Estado o Coronel Manoel Dantas e Intendente de Aracaju Teófilo Dantas. O autor do projeto, inspirado nos jornais existentes em Belém do Pará, foi Corinto Mendonça, que o executou. Os recantos mais bonitos do velho Parque que hoje nem existem mais, eram: Recanto Selvagem, uma evocação da vida dos índios, destruído para servir ao bar Cacique Chá; o Aquário, demolido para a construção da galeria de Artes Álvaro Santos; e o Lago das Ninfas, com grandes figuras de metal, depois retiradas. Tais recantos estavam sempre entre as árvores, porque a árvore foi um símbolo do Parque projetado por Corinto Mendonça.

Parque Sergipe Industrial - Construção engenhosa do empresário Thales Ferraz, depois de uma viagem aos Estados Unidos, na qual havia cinema, palco para apresentações teatrais, salão de bailes e bufê. Em torno do Parque eram realizadas as atividades quando ainda Aracaju não dispunha de atrativos e entretenimentos para a sua população. O Parque funcionou da década de 20 até a de 50, sob as diversas direções da Fábrica.

Pastoril - Auto do ciclo do Natal, de louvação pelo nascimento do menino Jesus. É representado por dois cordões, o azul e o encarnado, tem uma Diana que veste as duas cores, a mestra de uma cor e a contramestra da outra, além do figural e de diversas outras personagens. É do canto do Pastoril "Estrela do Oriente ", de Aracaju, grupo extinto, a estrofe: "Sai estrela / vem passear / É dia de Natal / é hora de dançar ".

Page 148: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Pastoril - O poeta e pesquisador Severino Cardoso escreveu e dona Marianinha Dinis, com um grupo de meninas, representou, em 1900, no Teatro São José, o Baile Pastoril Bigue Flor de Natal.

Patrocínio do São José - Colégio da praça Tobias Barreto, fundado como Ginásio para educação feminina, e, 7 de abril de 1940, pelas Religiosas da Congregação da Irmãs Franciscanas Hospitaleiras Portuguesas.

Pau que Chora - Bodega de Lúcio na rua de Bonfim com Siriri, onde se reuniam Edigar do Pandeiro, Nilo Tábua e Canhoto, violonistas.

Paulistano - O Paulistano Futebol Club fundado em 25 de Dezembro de 1923 e reorganizado em 25 de Dezembro de 1931. Marcou época no futebol sergipano.

Paulo VI - Instituto fundado pela Igreja para atuar no bairro Industrial, com sede em Próprio da Arquidiocese à rua General Calasans, 936.

Peba - Usa-se a expressão para significar algo falso ou falsificado. Este sentido teve a Assembléia instalada em Aracaju, formada por pessoas não eleitas que tomaram as poltronas do Plenário, enquanto os verdadeiros deputados eram chamados a assumirem em Rosário do Catete. Os deputados de Aracaju ficaram rotulados como Pebas.

Peba - Assim chamado, por algum tempo, o povo de Aracaju, como se fizessem parte de um partido político em oposição aos que, em Rosário, na dualidade temporária do Poder, eram chamados de Cambaú. Começava a República.

Pebas - Nome dado aos integrantes do Partido Republicano, celebres rivais dos membros do Partido Republicano Federal, conhecidos como Cambaús.

Pedágio - A Prefeitura de Aracaju cobrava o Imposto de Pedágio sobre os portos e passagens dos rios, a saber: Porto de Algodão, Sambambaia, Rio do Sal, Pomonga, e Atalaia. Anualmente tal imposto era colocado em hasta pública.

Pedra - Nome genérico dado ao local onde os feirantes expunham e vendiam seus produtos. Ainda hoje chama-se pedra o local de venda de caranguejo, nas imediações do mercado no anel de circulação da avenida Otoniel Dória para a avenida Coelho e Campos.

Pedra Nova - Nome do engenho de açúcar do povoado Porto d'Anta.

Pedro Averan - Padre belga que viveu em Aracaju e demonstrou-se interessado em conhecer os problemas sociais dos aracajuanos, atuando na área do bairro Brasília. A igreja organizou, com seu nome, o Centro Social do Alto da Favela, ligado à Federação das Obras Sociais da Arquidiocese de Aracaju, em 1972.

Pedro Bigodão - Cabaré da rua de Bonfim, ao pé do morro, nas proximidades do cruzamento com a rua de Lagarto. Dos mais famosos e freqüentados.Pedro Calasans - Nome que teve a atual praça Camerino. Hoje é a avenida que começa no Coelho e Campos e termina na entrada da praça da Bandeira.

Pega pra Lascar - era como popularmente se conhecia o final da rua de Vitória, hoje avenida Carlos Burlamaqui, em direção a linha de ferro mais tarde avenida Coelho e Campos, antes Artur Bernardes.

Pêndula Popular - Era uma loja de venda e consertos de relógios. Em 1903 as marcas mais comuns vendidas pela Pêndula Popular eram: Omega, Roskopf, Backchmith, Colombo, Castaguell e Niellé. A loja era propriedade de Gustavo Rodolfo Barbosa e era localizada na rua Japaratuba, hoje João Pessoa.

Penitenciária - Subúrbio era como as autoridades estaduais chamavam o local onde Graccho Cardoso mandou construir a Penitenciária Modelo de Aracaju, com projeto e construção de Artur Araújo. Hoje, mais de 50 anos depois, a Penitenciária integra a Cidade, amparada pela rodovia do Contorno.

Pensão de Aristóteles - Nome pelo qual o povo de Aracaju chamava a antiga Cadeia, hoje Palácio Serigy. O nome era por causa do carcereiro Aristóteles, famoso antigamente.

Page 149: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Pereira Lobo - Nome de antiga praça de Aracaju, entre o Mercado e o Entreposto. Hoje bairro, cuja área é assim limitada: Trecho da avenida Francisco Porto iniciando na rua Poço Verde até a avenida Augusto Franco; Trecho da avenida Augusto Franco iniciando na avenida Francisco Porto até a avenida Desembargador Maynard; Trecho da avenida Desembargador Maynard iniciando na avenida Augusto Franco até a rua Rafael de Aguiar; Trecho da rua Rafael de Aguiar iniciando na avenida Desembargador Maynard até a avenida Edélzio Vieira de Melo; Trecho da avenida Edélzio Vieira de Melo iniciando na rua Rafael de Aguiar até a rua Poço Verde; Trecho da rua Poço Verde iniciando na avenida Edélzio Vieira de Melo até a avenida Francisco Porto.

Perímetro Urbano – Para efeitos de limpeza de ruas e praças, Aracaju tinha, em 1927, seu perímetro urbano fixado entre as seguintes avenidas: Ivo do Prado, Rio Branco, Inácio Barbosa, Pedro Calazans e Artur Bernardes, hoje Coelho e Campos.

Perímetro - Desde 1º de Outubro de 1982 que o Perímetro Urbano de Aracaju é compreendido pela seguinte área: Ponte do Imperador; Trecho da margem direita do rio Sergipe iniciando na Ponte do Imperador até a margem do Oceano Atlântico; Trecho da margem do Oceano Atlântico iniciando na margem direita do rio Sergipe até a rua que passa ao lado da PETROBRÁS; Trecho da avenida Melício Machado iniciando na rua que passa no lado da PETROBRÁS até a faixa de servidão do Oleoduto; Trecho da faixa de servidão do Oleoduto iniciando na avenida Melício Machado até o Canal Santa Maria; Trecho do Canal Santa Maria iniciando na faixa de servidão do Oleoduto até o rio Pitanga; Trecho do rio Pitanga iniciando no Canal Santa Maria até a Estrada de Ferro; Trecho da Estrada de Ferro iniciando no rio Pitanga até o limite do município de Aracaju com o município de São Cristóvão; Trecho do limite do município de Aracaju com o município de São Cristóvão iniciando na Estrada de Ferro até o limite do município de Aracaju com o município de Nossa Senhora do Socorro; Todo o limite do município de Aracaju com o município de Nossa Senhora do Socorro; Trecho da margem direita do rio Sergipe iniciando no limite do município de Aracaju com o

município de Nossa Senhora do Socorro até a Ponte do Imperador.

Pernambucano - Hotel construído na rua de Capela, esquina com a rua de Geru, com dois pavimentos, chamando a tenção, à época, tanto pelas linhas da sua arquitetura, como por estar solto, quase perdido junto ao areal do Bonfim. Foi hotel, residência, sediou a Polícia Federal e agora é a sede da Federação da Agricultura.

Pescaria - Brincadeira de crianças na Feirinha de natal. Consistia na compra de uma vara de pescar para levantar as chapas que estavam enterradas num quadrado ou retângulo de areia. Cada chapinha era marcada com um nome ou um número, correspondendo ao objeto pescado.

Peste - Uma epidemia de Peste Bubônica, doença transmitida pela pulga dos ratos portadores do bacilo pestoso, tomou conta de Aracaju em 1903. Pelo jornal Estado de Sergipe o Dr. Teodureto Nascimento esclarecia a população e mobilizava a ação governamental. O Beco do Açúcar, hoje travessa Deusdeth de Fontes, considerado o foco dos ratos, foi fechada, evacuada e os proprietários obrigados a empreenderem melhorias sanitárias. O Professor Francisco Vieira de Campos, por causa da peste, transfere seu Colégio Parthenon Sergipense para a "velha e salutar" São Cristóvão.

Petisqueira - Nome da casa de lanches de Fenelon Araújo, conhecido como Tem Galinha.Petróleo - Animado pelas pesquisas feitas pelo Serviço Geológico do Ministério da Agricultura, através do engenheiro Moraes Rego, o Governo do Estado iniciou em agosto de 1926, pesquisas nos terrenos da fábrica de Tecidos Confiança, a cargo de Luiz Sobreira.

Petróleo – Animado pelas pesquisas feitas pelo Serviço Geológico do Ministério da Agricultura, através do engenheiro Moraes Rego, o Governo do Estado iniciou em agosto de 1926, pesquisas nos terrenos da fábrica de Tecidos Confiança, a cargo de Luiz Sobreira.

Petróleo - Em 1961 a PETROBRÁS estava procurando petróleo na praia de

Page 150: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Atalaia. Encontrou um lençol de água, que ainda hoje jorra pelo cano deixado ao sul da praia, e que atrai banhistas.

Picolé - Em 1931 ou 1932, quando Sizenando Vieira Leite era proprietário do Ponto Chic, na rua de João Pessoa, esquina com rua de Laranjeiras, começou o fabrico de picolés, mais tarde vendidos protegidos por um papel. Mário Paraguassu, jornalista da "Foia do Roceiro", de Salvador publicou em Aracaju, no Sergipe Jornal, a seguinte quadra: Picolé de Sizenando / É mole que nem mingau / Dissolve-se o creme todo / pra chupar só fica o pau".

Pilão sem Boca - Primitivo nome da atual travessa Iguaçu, trecho de casas que fica entre as avenidas Maranhão e São Paulo, paralelo a estas.

Pinasamoqun - Gonçalo Álvares, na guerra de Sergipe, tomou o nome de Pinassamoqun, i, e..., que significa linha comprida, a fim de ser nomeado e reconhecido entre os índios, pois era do costume dos índios tomar nome de coisas para por ele ser chamado.

Pindaiba - Alto do Pindaiba era como se chamava a elevação na qual foi construída a Penitenciária Modelo de Aracaju.

Pinga Tostão - Dancing da rua de Bonfim bem freqüentada no final da década de 20 e início da de 30. Cada dança custava 1 tostão.

Pirralha - Jornaleco que circulou no foco da boemia da rua de Bonfim reunindo fatos pitorescos e casos ligados à vida daquela área aracajuana. Seu proprietário era conhecido como Carlos Macaco.

Pirulito - Doce de açúcar e mel de abelha, de forma cônica enrolado num papel celofane e colocado num tabuleiro, seguro por um palito. Era o doce preferido pelas crianças aracajuanas.

Poços - Poços Tubulares Instantâneos era o que prometia o engenheiro civil Gustavo Adolfo Wurffbain, em 1871, para resolver o problema da falta de água na Capital.

Poesia - Núbia Marques, Hunald Alencar, Clodoaldo de Alencar Filho, Antônio Garcia Filho, Santo Souza,

Carmelita Pinto Fontes, Giselda Morais, foral alguns dos poetas que integraram o Clube Sergipano de Poesia, no começo dos anos 60, muito estimulado pela administração de Antônio Garcia Filho como Secretário de Educação e Cultura.

Polícia - Em 11 de maio de 1875, foi criada a companhia de Polícia da Capital, mais tarde extinta pela Resolução 1035 de 26 de março de 1876 que criou o Corpo de Polícia da Província organizado em 4 de maio do mesmo ano em Aracaju.

Polícia Marítima - Criada em 1915, para fiscalizar as embarcações que penetravam na Barra do Aracaju.

Polícia Mirim - Nome popular, mas também oficial, da Polícia Especial de Menores, criada por portaria do Juiz de Menores Manoel Barbosa de Souza, em 17 de agosto de 1964, com um efetivo de 50 menores, entre 14 e 16 anos.

Ponta da Asa - Cabaré da rua São Cristóvão. Só vendia cachaça e seus bancos eram simples tamboretes.

Ponte - A primeira ponte de cimento armado, construída sobre o rio Poxim, para ligar Aracaju a Atalaia, já demolida, foi construída na Segunda metade da década de 30, sob a Interventoria de Eronides de Carvalho.

Ponte do Caboclo - Ponte construída na altura da Terra dura, por sobre o Canal de Santa Maria. Ernesto Vieira da Costa, falecido com mais de 80 anos, marinheiro mercante, foi apontador das obras do Canal e contava que o nome era devido a resistência de um caboclo, descendente de índios, que valentemente quis impedir as obras.

Ponte dos Caboclos - Minadouro no sítio do mesmo nome, existente entre as avenidas João Ribeiro e João Rodrigues, pela frente do qual passa o Beco da Cerimônia, de onde o comerciante e industrial João Rodrigues da Cruz levou água para a sua fábrica Sergipe Industrial, a partir de 1884.

Ponto Chic - O mais famoso bar e casa de lanche, com diversas direções e disposições de mesas e cadeiras, situado na esquina das ruas João Pessoa e Laranjeiras, onde hoje está instalada a

Page 151: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Delegacia do Ministério do Trabalho. Era o ponto de encontro de parte da população aracajuana.

Ponto Chic - Havia, na década de 50, um bar e restaurante Ponto Chic, na praia de Atalaia.

Ponto Exato - Bem freqüentado bar da rua de João Pessoa, no trecho entre a praça Fausto Cardoso e a rua de Laranjeiras. Na frente, junto ao balcão, algumas mesas nas quais eram servidas cervejas e caranguejos. No grande salão do fundo três ou quatro mesas de sinuca, com muitos jogadores exímios, apostando tudo o que podiam. O Ponto Exato também desapareceu.

Ponto Novo - O bairro Ponto Novo tem a seguinte área: Trecho da avenida 31 de Março iniciando no Canal Grageru até a rua D (Loteamento Santa Helena); Toda a rua D; Trecho da rua Acre iniciando na rua D até a rua Frei Luiz; Toda a rua Frei Luiz; Trecho da avenida São João Batista iniciando na rua Frei Luiz até a avenida Augusto Franco; Trecho da avenida Augusto Franco iniciando na avenida São João Batista até a avenida Francisco Porto; Trecho da avenida Francisco Porto iniciando na avenida Augusto Franco até o Canal Grageru; Trecho do Canal Grageru iniciando na avenida Francisco Porto até a avenida 31 de março.

População - Quando da realização do Censo Demográfico de 1872 Aracaju apareceu com uma população de 4.954 pessoas. Destas, 2.623 eram pretos e pardos, e 2.331 eram brancos. Entre os pretos e pardos 1.164 eram homens e 1.459 eram mulheres. Entre os brancos 1.275 eram homens e 1.056 mulheres.

População - Em 1980, a população de Aracaju era de 293.285 habitantes, representando 25,69 % de toda a população do Estado de Sergipe, sendo a Segunda Capital brasileira em crescimento populacional com relação à população estadual.

População - Em 1872, Aracaju tinha uma população de 9.559 habitantes, correspondendo a 5,42 da população do Estado. Em 1970 a população era de 186.838 habitantes, correspondendo a 20,50 % da população sergipana.

População - A população de Aracaju, em 14 de Junho de 1856, era de 1.484 pessoas, sendo 730 homens e 754 mulheres, 736 adultos e 455 menores, 384 casados e 807 solteiros, 1.191 livres e dentre estes 4 estrangeiros, e 293 escravos.

Porrinha - Jogo comum entre rapazes e adultos, nos bares da Cidade. É jogado sem número determinado de pessoas, com três palitos de fósforo para cada jogador, que faz a aposta fixando-se no número de palitos que estão nas mãos fechadas de todos os jogadores, tentando acertar a soma. Quem acertar é quem ganha. Costuma-se jogar com altas apostas em dinheiro, ou apenas garrafas de cervejas e pratos de tira-gosto.

Portão de Ferro - Famoso cabaré da rua de Simeão Sobral.

Porto - Em 1864, 160 embarcações entraram no Porto de Aracaju. Destas, 16 procediam da Europa.

Porto da Folha - A rua de Porto da Folha, hoje começando na rua de São Cristóvão e chegando até o Jardim Índio Palintim, com grande extensão, foi antes no bairro Santo Antônio. Era onde hoje é a rua de João Andrade.

Porto d'Anta - O sítio Porto d'Anta, de propriedade do laranjeirense José Francisco de Araújo e Melo, foi posto à venda em 1857, com suas salinas e seus cinco ou seis mil pés de coqueiros.

Porto d'Antas - Eis a área legal do bairro: Toda a rua E; Linha imaginária prolongamento da rua E até a estrada do Engenho Novo; Toda a estrada do Engenho Novo prolongando-se em linha imaginária até a margem direita do rio do Sal; Trecho da margem direita do rio do Sal iniciando na linha imaginária prolongamento da estrada do Engenho Novo até a margem direita do rio Sergipe. Trecho da margem direita do rio Sergipe iniciando no rio do Sal até a linha imaginária que passa atrás da Fábrica de Fibras Ltda.; Linha imaginária que passa atrás da Fábrica de Fibras Ltda.; Trecho da avenida Contorno Norte (Euclides Figueiredo) iniciando na linha imaginária que passa atrás da Fábrica de Fibras Ltda. até a rua E.

Page 152: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Porto Grande - Localidade da Barra dos Coqueiros, entre Touro e Canal, que no passado teve muito movimento como porto.

Posturas - A Câmara Municipal de Aracaju aprovou, em 4 de maio de 1860, a Lei 591 que proibia a qualquer pessoa ter medidas para alugar na feira sem que estejam aferidas pela Câmara e marcadas com as iniciais C.M. As medidas eram três: um Salamim uma de Metade e outra de Remetade. Alei dizia ainda que as cabras de leite e os porcos deveriam ser mantidos enchiqueirados. Era a postura, a primeira, ditando a regra comercial de Aracaju.

Povoados - Na virada do século, somente a Barra dos Coqueiros e o Santo Antônio eram considerados povoados de Aracaju.

Praças - A cidade sempre teve muitas praças. No seu início eram conhecidas as praças do Palácio, hoje Fausto Cardoso, do Mercado hoje a parte construída da rua de Laranjeiras, a partir da travessa Deusdeth de Fontes até a avenida Rio Branco e a praça do Quartel, hoje General Valadão. A atual praça Olímpio Campos foi, por algum tempo, duas praças: Benjamim Constant do lado leste, Mendes de Morais do lado oeste. Antes fora a praça da Matriz quando apenas estava projetada a nova igreja de Aracaju.

Praia do Tecido - Nome que recebia a estreita faixa de praia à margem do rio Sergipe, entre a Fábrica Confiança e a Chica Chaves, no bairro Industrial. O nome, seguramente, homenageia as duas indústrias têxteis do bairro, as primeiras de Aracaju.

Prainha - Nome do local onde o Presidente Pereira Lobo mandou erguer um pavilhão para expor produtos sergipanos, festejando o Centenário da Emancipação de Sergipe, em 1920. Mais tarde transformado em Entreposto e ainda mais tarde cedido a uma firma e depois finalmente transformado em Mercado das Verduras até que foi destelhado e destruído.

Preço Fixo - No dia 15 de Setembro foi fundada, no prédio comercial da firma Andrade de Almeida & Cia, na travessa Benjamim Constant, a Rádio Sociedade da casa ao Preço Fixo, para reunir e

promover mútuas relações entre amadores e interessados em Radiotelefonia, Radiotelegrafia e assuntos correlatados.

Prédios - O levantamento da Prefeitura, de 1940, revelava que a Capital sergipana possuía 13 mil prédios, estando 5.758 na zona urbana, 6.421 na zona suburbana e 821 na zona rural.

Pregões - Cantar o produto a vender era costume freqüente nas ruas de Aracaju. Um dos pregoeiros, APARCATA FACEIRA; negro alto e velho, ex-escravo vendia mucunzá assim: "Ôi? Ôi... Ôi... o mu - cun - zá".

Presentes - O dia do ano novo é, pela tradição, o dia de dar e trocar presentes. Antigamente, em Aracaju, eram comuns e diversificados os presentes. Hoje a tradição não é a do primeiro dia do ano, mas sim do Natal, quando além dos presentes individuais, os grupos organizam, bem assim as famílias, o Amigo Secreto, forma de presentear por sorteio que permite diversos modos de entrega: pela chamada nominal dos presenteados, pela colocação dos presentes na árvore de Natal, ou ainda pela revelação de cada amigo, feita publicamente no grupo ou na família.

Presépio - Armar ou montar presépio, para alguns lapinhas, era atividade própria da época natalina. Nas antigas residências eram armados grandes presépios, depois colocados à exposição e visitação pública. Para demonstrar maior participação no Natal, as famílias procuravam a cada ano aprimorar seus presépios. Um dos últimos e grandes presépios de Aracaju era montado na rua de Estância, na casa da professora Dulce Menezes, irmã de Florentino Menezes. Hoje é apreciado o presépio da Igreja São Judas Tadeu, dos capuchinhos.

Presépio - Com navios a vapor subindo os rios e trens de ferro, locomotivas subindo pelas encostas dos morros verdejantes, Manoel Júlio concebia o seu presépio e todos os anos, na sua casa do alto da colina do Santo Antônio, abria à visitação pública.

Presidente Barbosa - Nome da avenida, parte da atual avenida Ivo do Prado, depois da Fundição, e do bairro no qual estavam sediados os Clubes Sergipe

Page 153: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

e Cotinguiba, depois generalizadamente chamado Fundição.

Primavera - Sorveteria que marcou época em Aracaju. Ficava na esquina da rua João Pessoa com a travessa Benjamim Constant, onde hoje está o Cine Pálace. Uma outra Sorveteria Primavera funcionou junto a sorveteria Iara, na praça Olímpio Campos.

Produção - A principal produção de Aracaju, ao fim do século passado, era de Sal, Cal de pedra, Telha e Tijolos.

Profissões - Oleiros, canoeiros, pescadores, estivadores, carroceiros, carpinas, marceneiros, pedreiros, foram os profissionais mais comuns em Aracaju desde a sua transformação em Capital do Estado, seguindo-se os sapateiros, chapeleiros, oficiais de costura, ourives, consertadores e fabricantes de objetos de uso pessoal e doméstico.

Progresso - A respeito do desenvolvimento de Aracaju e do seu progresso urbano é antológico o texto de Fernando Porto, um dos estudiosos da Cidade, especialista em assuntos da Capital: Aracaju enchafurdou-se na lama durante o período monárquico, às mãos de uma Câmara Municipal paupérrima e de um Governo Provincial desinteressado. Outro resultado não se poderia esperar de uma Província que, durante 44 anos, de 1855 a 1889, foi administrada efetivamente por 30 presidentes e interinamente por 31 Vice-Presidentes.

Proletária - A mais velha organização proletária de Aracaju era a Sociedade União Proletária, que já existia e funcionava regularmente em 1902.

Propaganda - Quem andava nos bondes de Aracaju podia ler esta propaganda, colocada no interior dos carros: Veja ilustre passageiro / que belo tipo faceiro / que o senhor tem ao seu lado / Mas, o senhor acredite / quase morreu de bronquite / salvou-o o RUM CREOSOTADO.

Protestantismo - O Protestantismo em Sergipe nasceu em Laranjeiras em 1884. Da igreja de Laranjeiras saíram os fundadores da Igreja Presbiteriana de Aracaju no ano de 1901, em presença da Comissão nomeada pelo Presbitério de Pernambuco e composta pelos

reverendos G. W. Chamberlain e W. E. Finley. Estavam presentes, leram as escrituras e oraram, os reverendos Bixley, Wanddell e Pierce Chamberlain. A igreja na rua de Laranjeiras, esquina com a rua de Capela.

Protestos - Houve muito protesto por causa da mudança da Capital, de São Cristóvão para Aracaju, por força de Resolução de 17 de março de 1855. A Câmara de São Cristóvão enviou protesto ao Imperador em 30 de abril de 1855. Nem mesmo o historiador Felisbelo Freire escapou e na sua História de Sergipe de 1891, reeditada em 1977 pela Editora Vozes em convênio com o Governo de Estado de Sergipe, deixa transparecer, claramente, sua indignação, ao dizer: O próprio Presidente teve de habitar em uma casa de palha, e a Assembléia de reunir-se debaixo de um pé de cajueiro. Os cofres depositados em albergues, sem a menor garantia e segurança. As repartições públicas funcionando em casebres, feitos à pressa. Os infelizes empregados públicos, para garantirem o pão quotidiano, obrigados a irem habitar um meio paludoso, excessivamente epidêmico, pela grande quantidade de pântanos existentes. E daqui que a colonização melhorasse tais condições anti-higiênicas e que a permanência de um centro populoso espantasse os miasmas, seriam inúmeras as vítimas desse meio tão pernicioso e epidêmico. Apesar dos protestos, Aracaju venceu os obstáculos e se transformou numa cidade moderna e atraente, populosa e saudável.

Protestos - Não estavam apenas nas formais reclamações da Câmara de São Cristóvão e nem nas críticas dos opositores da mudança os protestos pela transferência da Capital para Aracaju. Na boca do povo, dentre outras, corria a seguinte quadra: "Aracaju não é cidade,/ Nem também povoação/ Tem casinhas de palha/ forradinhas de melão".

Puteiro - Denominação comum de cabaré e, por extensão, de toda casa de mulheres.

Quadrilha - Dança francesa, aportuguesada e de largo uso no Brasil, especialmente no Nordeste na época junina. Consiste na organização de pares que em filas executam movimentos em vários sentidos, sob a orientação de um

Page 154: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

marcador que conduz a dança com um linguajar misturado de termos franceses aportuguesados. As quadrilhas modernas são dividias em várias partes, incluindo-se o Xote que é a demonstração individual e do par, em meio ao círculo formado pelos demais dançarinos.

Quartel - Aracaju teve muitos quartéis, desde a fundação de São Cristóvão, em sua praia, em 1º de janeiro de 1590, mais tarde mandado transformar em Forte, por ordem de D. Francisco de Souza, 7º Governador Geral do Brasil, em 1597. O da Polícia começou na rua da Aurora, no lado hoje da avenida Ivo do Prado, segundo a planta do Engenheiro Pirro, permanecendo por longo período, depois foi ocupar o prédio do antigo Grupo Escolar General Siqueira, na rua de Itabaiana, onde permanece.

Quatro Bocas - Pontilhão na rodovia Aracaju - Atalaia, denominada Paulo Barreto de Menezes, canalizando os riachos Tramanday e Tramandaizinho para despejo no rio Sergipe, a altura da praia 13 de Julho.

Quebra Santo - É da tradição oral a quebra de santo. Na Atalaia viveu um pescador que teve, certa feita, a sua casa de palha inteiramente destruída pelo fogo, restando apenas uma estatuinha de santo. Não teve dúvida, quebrou o santo para concluir a destruição e daí ficou sendo chamado, por volta dos anos 30, de João Quebra Santo.

Quebra-Queixo - Doce feito com açúcar, côco ralado, limão ou ácido cítrico, vendido aos pedaços, num tabuleiro cujo proprietário ou vendedor atrai com o silvo de um apito aos compradores.

Quendera - Há pelo menos dois locais com o mesmo nome, em Aracaju. O primeiro é próximo ao Aracajuzinho, na zona norte da Cidade, o outro é depois do antigo Capucho, hoje bairro América e mais acima Novo Paraízo, onde possuía um sítio no qual morreu José Conrado de Araújo, ex-Prefeito de Aracaju.

Quereu, Quereu - Quereu, quereu, / se não quereu / despacha eu. Com tal pregão uma vendedora, identificada como Quereu, Quereu, vendia Moqueca

de Peixe e Sarapatel pelas ruas de Aracaju.

Química - A Escola de Química de Sergipe, criada pelo Estado no primeiro Governo de José Rollemberg Leite, foi a Segunda das escolas superiores mais tarde incorporadas pela Universidade Federal de Sergipe.

Rádio-Baile - Programa radiofônico de grande audiência, inicialmente na rádio Difusora, nas noites do Domingo, tomando o título dos seus patrocinadores e mais tarde, já na rádio Jornal de Sergipe, aos sábados, com o nome do seu apresentador Fernando Oliveira, hoje comerciante proprietário da Loja Fiel e de outros estabelecimentos.

Rádio Cultura - Emissora católica, criada quando era bispo de Aracaju Dom José Vicente Távora. Tem seus estúdios na sede da Ação Católica, à rua de Propriá, esquina com Simão Dias.

Rádio Jornal - Emissora fundada por um grupo de políticos ligados ao PDS, para as campanhas eleitorais. Durante muitos anos teve seu controle acionário com o empresário Jorge Leite, até que foi adquirido pelo empresário João Alves Filho. Tem estúdios na avenida Barão de Maroim e funcionou antes no andar superior do nº 22 da Avenida Rio Branco.

Radiodifusão - A Associação Profissional dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão de Sergipe foi organizada em 1963, sob a presidência do radialista, mais tarde vereador, Manoel Silva.

Radiologia - O serviço de Radiologia médica foi implantado em Aracaju em 1922 pelo médico Francisco Quintiliano da Fonseca, nascido em Maroim, cidade para quem deixou seu aparelho de Raio X.

Radioterapia - Em telegrama dirigido ao Presidente Getúlio Vargas, passado em 2 de maio de 1951, o Governador Arnaldo Rollemberg Garcez solicita recursos para colocar em funcionamento o maquinário de radioterapia, do Centro de Cancerologia do Hospital Cirurgia que contratou e trouxe a Sergipe o anátomo-patologista alemão Conrado Schmitt. No mesmo telegrama o Governador Arnaldo Garcez informa ao Presidente da República que

Page 155: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

desde 1943 que Sergipe, no Hospital Cirurgia, organizara o serviço de combate ao câncer.

Raid - Quatro hidroaviões que em 1924, a 2 de julho, estiveram na Bahia no Centenário das festas da independência, também estiveram em Aracaju no Raid Aéreo Rio - Aracaju. Pousaram no estuário do rio Sergipe e seus pilotos, liderados pelo Capitão de Mar e Guerra Protogenes Guimarães, Comandante da Defesa Aérea do Litoral, foram festejados com honras, bailes e fogos.

Rancho Alegre - Cabaré de Nelson de Rubina, no alto da Piçarra, hoje alto da TV, que marcou época há alguns anos em Aracaju.

Rapinas - Nome vulgar do partido chefiado por Sebastião Gaspar de Almeida Boto, em oposição ao Camundongo liderado por Manoel Joaquim Fernandes de Barros. Eram esses os dois partidos, quando da transferência da Capital de São Cristóvão para Aracaju e que tinham como denominação oficial Conservador e Liberal.

Raposa - Nome antigo da sementeira. Era área povoada da zona sul de Aracaju, rivalizando-se com a praia da Chica Chaves, hoje bairro Industrial. Na Raposa foi instalada a Sub-Estação Experimental de Sementes de Côco, do Ministério da Agricultura, depois da Embrapa e finalmente adquirida pela Prefeitura para instalação do Parque da Cidade Governador Augusto Franco.

Realejo - Em 1901 foi armado o primeiro carrossel com iluminação a gás acetileno para abrilhantar a festa do Natal de Aracaju. Do lado do carrossel, acompanhando o giro, estava colocado um preto, risonho, bem vestido, a rodar o realejo e atrair com suas músicas as crianças e os rapazes e moças que iam à praça. José Cardoso e Juvenal Batista de Santana adquiriram o carrossel, tornando-o o mais conhecido e procurado das festas ainda hoje existente, agora de propriedade do ex-vereador Milton Santos. O realejo não existe mais.

Record - Bar e ponto de encontro da rua João Pessoa, mais ou menos em frente ao Cine Rio Branco.

Recreio Club - Clube Social, que funcionou na rua da frente e, depois na praça Olímpio Campos, no prédio onde hoje a Prefeitura tem a sua Secretaria da Administração. Muitos dos seus últimos sócios fundaram a Associação Atlética de Sergipe.

Recreio Club - Fundado em 14 de Julho de 1916, o Recreio Club tinha como Presidente José de Alencar Cardoso, como Vice Álvaro Ferraz, como 1º Secretário Tancredo Campos, como 2º Secretário Antônio Fontes, como Tesoureiro João Mascarenhas. Era "um centro de reunião quotidiana onde os sócios e suas famílias possam entregar-se a diversões reconhecidas como legítimas e honestas, excluídas terminantemente os jogos de azar".

Recuperação Social - O Governador Arnaldo Rollemberg Garcez criou uma Comissão de Recuperação Social. Foi ela, em 1953, que acabou com o Curral.

Refinação - Com uma garantia de juros de 10% até o capital de 20$000.000, o Governo estimulou o engenheiro Pedro Pereira de Andrade a montar uma refinação de açúcar e destilação em Aracaju, por volta de 1864.

Regional - O primeiro Conjunto Regional da radiofonia sergipana foi formado na antiga Rádio Aperipê, hoje Rádio Difusora de Sergipe, nos princípios da década de 40. Era composto por Miguel Alves na clarineta, Carnera e João de Dó, nos violões, José Carvalho, no cavaquinho e Guinho, no pandeiro. Este tipo de formação predominou nos programas radiofônicos, nos cabarés, nas casas de dança, com o nome de Regional.

Reisado - Auto popular do ciclo do Natal, comum em diversos bairros de Aracaju. Na Jabotiana sobrevive o Reisado de Oliveira, na avenida Rio de Janeiro o Reisado de Durvazinho. No 18 do Forte desapareceu o Reisado o mesmo acontecendo no bairro Industrial.

Relógio - Após construir o Mercado Modelo, hoje Antônio Franco ou Mercado Velho, Graccho Cardoso comprou, no Rio de Janeiro, um relógio e mandou colocar na torre central para uso público. Houve

Page 156: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

durante muitos anos, um relógio em frente ao largo do Palácio na praça Fausto Cardoso, até que foi substituído por um mais novo, mais bonito, que jamais funcionou satisfatoriamente, sendo por isto apelidado de TÔ DOIDÃO, depois retirado.

Remédio - A medicina caseira ou popular praticada em Aracaju indica o chá de quebra pedra, ou de cabelo de milho, ou de abacate, para os cálculos renais; a erva cidreira para os intestinos, de erva doce para os nervos e de sabugo para gripe. Ao lado das plantas, a reza: com dois te botaram,/ com três eu te tiro/ com as graças de Deus/ e da Virgem Maria, acompanhada pelo ritmo das mãos com ramos de vassourinha.

Remédios - O Instituto Parreiras Horta, criado e instalado no Governo Graccho Cardoso, sob a direção do professor Paulo de Figueiredo Parreiras Horta, que teve pedra fundamental batida em 23 de julho de 1923, num terreno do Horto Botânico, fabricou e vendeu remédios a diversos Estados brasileiros durante a administração do Governador José Rollemberg Leite, 1947 a 1951, ampliando a sua função inicial de Instituto Pasteur, Instituto Vacinológico e Laboratório de Análises Clínicas, Bacteriológicas e Químicas.

Resenha Política - Programa radiofônico de grande audiência, na Rádio Liberdade, conduzido por Seixas Dória e outros integrantes da UDN.

Retalhistas - Tobias de oliveira Santos, para facilitar o consumo de diversos gêneros, organizou em 6 de novembro de 1914 a Cooperativa dos Pequenos Retalhistas de Aracaju.

Retratos - A Fotografia Moderna, de Bastos & Cia, um dos primeiros estúdios fotográficos da Cidade, anunciava em 1903 retratos instantâneos de crianças, retratos a sais de prata, retratos a platina, inalteráveis, ampliações até tamanho natural reproduções grupos, paisagens tanto no estúdio da rua São Cristóvão como nos locais de preferência dos interessados.

Retreta - Acabou o costume antigo das retretas, realizadas aos domingos na praça Fausto Cardoso, perante grande público.

Reveillon - Termo francês para a festa dos clubes, realizada na noite do dia 31 de Dezembro, entretanto pela madrugada de 1 de Janeiro. Variando de clube para clube, a festa começa por volta das 22 horas, com baile comum de ritmos variados, até que o badalar da meia-noite o ritmo é alterado e realiza-se um grito de carnaval que se prolonga até as primeiras horas da manhã. O reveillon tem sua existência ligada a existência dos clubes especialmente os clubes da classe média alta e da burguesia.

Revolução de 64 - Na noite de 31 de Março de 1964 foram presos os estudantes e operários que estavam reunidos na SUOF, mas soltos na manhã de 1º de Abril. Durante o dia 1º de Abril o exército estava nas ruas e armavam ninhos de metralhadoras na praça Fausto Cardoso. O deputado federal Euvaldo Diniz tentara uma passeata com operários, mas houve dispersão. O deputado estadual Cleto Maia tentara também esboçar uma reação, organizando estudantes e operários. No Aeroporto Santa Maria desembarcava, à tarde, o Governador Seixas Dória, reassumindo o Governo e lançando, à noite, um manifesto em favor da legalidade. De madrugada foi preso e levado para Salvador, depois para Fernando de Noronha, enquanto na Assembléia, em sessão extraordinária, tinha seu mandado cassado através da Resolução nº 4, aprovada por 23 votos contra 8. O Vice- Governador Celso carvalho assumiu o Governo, enquanto eram efetuadas, pelo 28 BC, prisões de intelectuais, estudantes, líderes sindicais e outros.

Rex - Cinema bastante popular, com programação dupla nas matinês. Funcionou na rua de Pacatuba, entre a praça Fausto Cardoso e a rua de Maroim, depois na rua Itabaianinha, em frente ao Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, sendo demolido para a construção da sede do Banco do Nordeste do Brasil.

Rezas - São comuns em Aracaju as seguintes rezas : ao deitar : Com Deus eu me deito, com Deus me levanto, com as graças de Deus e do Espírito Santo. Ao acordar : Deus vos salve luz do dia, Deus vos salve quem nos cria, Glória ao Pai, ao Filho, e ao Espírito Santo.

Page 157: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Rio Branco - Em 1904, o italiano Nicolau Pungitori inaugurou, na rua Japaratuba, hoje João Pessoa, o Teatro Carlos Gomes, mais tarde transformado em Cine Teatro Rio Branco.

Rio Negro - Cinema localizado na esquina Simeão Sobral com avenida João Ribeiro, mais tarde transformada numa panificação.

Risolândia - Programa de humor e sátira, de cunho político, cujos apresentadores estavam ligados ou a serviço da coligação PSD-PR. O programa era de responsabilidade de Nelson Souza e apresentado por ele e por Raimundo Almeida. Consuelo Cortes, Humberto Guerrera e outros, na Rádio Jornal de Sergipe, às sextas-feiras, a partir das 21:30 horas, e representando aos domingos, ao meio-dia. Ficou de uso popular a frase "Assim também já é demais também" que marcava o encerramento das críticas. O seu apresentador e redator Nelson Souza foi surrado pela Polícia por causa do programa que mais tarde também foi apresentado na Rádio Liberdade, embora sem sucesso.

Roda Gigante - Brinquedo que integra o conjunto de armações das feiras natalinas. Neste ano de 1883 a Roda Gigante, os Carrosséis, as Ondas e outros brinquedos estão montados num terreno particular, junto a rótula do Distrito Industrial de Aracaju. São sempre alongadas as filas dos que buscam um giro na Roda Gigante, especialmente os jovens casais de namorados.

Rodoviária - Com o desmonte do Morro do Bonfim foi possível ao Governador Luiz Garcia construiu a Estação Rodoviária, inaugurando-se em 31 de Janeiro de 1962. Coube ao Governador José Rollemberg Leite, em seu segundo Governo, construir o Terminal Rodoviário de Aracaju, junto à Rodovia 31 de março, deixando a Estação Rodoviária Governador Luiz Garcia para os transportes suburbanos.

Roleta - Jogo considerado de azar, durante algum tempo proibido, que atraía apostadores para a feirinha da praça Olímpio Campos. Armadas geralmente por trás da Catedral, as roletas com seus banqueiros eram os

pontos de maior circulação de dinheiro durante os festejos de Natal.

Ronqueira - Peça de ferro na qual era colocada, aproveitando as suas dimensões bomba, provocando um estampido. Era usada para comemorar juntamente com outros fogos especialmente foguetes e fogos de enfeites ou artifício, as grandes festas populares como o Natal.

Rosarinho - Pequena rua por trás da Igreja de Nossa Senhora do Rosário que, antigamente, ligava a rua de Propriá a Laranjeiras. Hoje seus moradores usam a avenida arrepiada como passagem, pois a administração da Igreja fechou o local, na parte de sua jurisdição.

Rosário - O padre Solano Dantas de Menezes construiu, em 1922, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário na rua do mesmo nome, hoje avenida Pedro Calasans. A construção não resistiu ao tempo e cedeu lugar a uma nova Igreja, com a mesma invocação construída sob a orientação do padre Edgar Brito.

Rosário - Nome antigo da atual avenida Pedro Calasans.

Rotary - O Rotary Clube de Aracaju foi fundado em 1934, reunindo expressivas figuras da Capital.

Roupa Nova - O dia 1 de Janeiro é dia de colocar roupa nova. O hábito ainda sobrevive em Aracaju.

Rua do Sol - Arruado de casas, espécie de vila, nas imediações do hoje Hospital Adauto Botelho, de propriedade de Zé do Sol, também proprietário do Salão Recreio ou Bilhar de Zé do sol.

Ruas - São difíceis de identificação, hoje, as ruas do Desaperta, da Conciliação, da Gaiola, do Tôpo, da Tiririca, do Lazareto, do Terreiro, do Gasta-gás, do Cáis Dourado, dos Mosquitos, bem assim os becos do sovaco, das Sete Facadas, que fizeram ambiente para a vida aracajuana de outros tempos.

Ruas - Ao completar 50 anos, em 1905, Aracaju contava com 42 ruas paralelas ao rio Sergipe e 10 transversais. Sergipe estava sob o Governo de Josino Menezes

Page 158: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

e a sua Capital era uma cidade de pouco mais de 20 mil habitantes.

Ruas e Praças - a resolução de 31 de Julho de 1855 autoriza o Governo a fazer despesas necessárias com a limpeza e a demarcação das ruas e praças de Aracaju, por meio de postes amiudados.

Rubina - Um dos bons hotéis da Cidade, funcionando até quase os dias atuais, localizado na esquina da praça Fausto Cardoso com a rua de Pacatuba, onde foi construído, no Governo José Rollemberg Leite, o Palácio da Justiça, sede do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe.

S.U.O.F. - Sigla da Sociedade União dos Operários Ferroviários, organização de luta dos ferroviários, com sede na rua de Salgado, hoje desativada e servindo a uma Associação de Artes Marciais.

Sã Nã - Bilhar da rua Siriri, ponto pitoresco do Carro Quebrado.

Sabão- Para fazer uma fábrica de sabão em Aracaju, Antonio Porferino Matos Lima recebeu concessão pelo prazo de 4 anos, a partir de 1871.

Sagrada Família - Paróquia do Conjunto Sol Nascente, criada em 8 de Setembro de 1983 e entregue ao padre Ahilton Gonçalves Lima.

Sagrada Família - Ação Social criada em Aracaju em 12 de fevereiro de 1967. Tomava nome brasileiro a Associazione Laicale “Cenacolo Francescanos Maria Assunta”, com sede na Itália.

Sagrado Coração de Jesus - Paróquia do bairro Grageru, criada em 8 de setembro de 1983 e confiada ao Padre Carlos Augusto Teles Lima.

Salão de Luz - Era este o nome de uma casa que ensinava a dançar, situada na rua do Arauá, nº 2. As sessões começavam às oito horas, pontualmente, às quintas-feiras e aos sábados e a entrada custava 500 réis. O Diretor do Salão de Luz era Antônio Melo e isto acontecia no final do século.

Salesiano - O Colégio Salesiano Nossa Senhora Auxiliadora foi fundado no dia 6 de julho de 1920, para funcionar no lugar conhecido como Povoado do

Thebaidinha. Já na sua criação estava previsto, junto ao Colégio, o funcionamento de um Oratório Festivo para amparar os estudantes pobres.

Salgado Filho - Bairro que tem sua área fixada entre os seguintes limites: Trecho da avenida Francisco Porto iniciando na avenida Acrísio Cruz até a avenida Hermes Fontes; Trecho da avenida Hermes Fontes iniciando na avenida Francisco Porto até a rua Campo do brito; Trecho da rua Campo do Brito iniciando na avenida Hermes Fontes até a rua Guilhermino Resende; Trecho da rua Guilhermino Resende iniciando na rua Campo do Brito até a avenida Acrísio Cruz; Toda a avenida Acrísio Cruz.

Salinas - Sal sempre foi um grande produto de exportação de Aracaju. No início do século eram enorme o número de salinas produzindo tendo com cessionário de todos os terrenos próprios para salinas no município José Rodrigues Bastos Coelho.

Salvamento - foi Gildo Aguiar, célebre nadador, de físico avantajado, apesar da pequena estatura, quem organizou, com alguns companheiros, em 29 de junho de 1963, o Serviço de Salvamento da Praia Balneária de Atalaia. Ainda hoje a praia não dispõe de um organizado serviço oficial de salvamento.

Sambaquís - Depósitos de conchas de tribos indígenas. Em Aracaju fora encontrados Sambaquís na atual avenida Francisco Porto e nas margens do Canal de Santa Maria.

Same - Instituto por Dom Fernando Gomes para proporcionar aos mendigos uma assistência espiritual e material cristã, no dia 12 de agosto de 1949, o Serviço de Assistência à mendicância foi transformado, depois, em Serviço de Assistência e Movimento de Educação, com sede no bairro Industrial.

Same - O Serviço de Assistência à Mendicância foi organizado pela Diocese de Aracaju, no final da década de 40, bastante auxiliado pelo então Governador José Rollemberg Leite. Funciona na avenida João Rodrigues, na entrada do bairro Industrial.

Sanduíche - Atribuí-se ao comerciante Vampré, por sugestão de José de Quintino que havia provado no Rio de

Page 159: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Janeiro, a comercialização do sanduíche, a partir de um pequeno pão, especialmente fabricado, cortado ao meio e um pedaço de queijo do reino.

Sanitários - Três baterias de sanitários, pelo menos, ficaram conhecidas em Aracaju, porque eram de uso público. A do centro da praça, que está entre o Palácio e a Assembléia, a da travessa Deusdeth de Fontes, construída junto com os Banheiros e a do Marcado Antônio Franco.

San-Salvador - Casa de Oração mandada construir em 1856. Teve a pedra fundada por Salvador Correia de Sá e Benevides no dia 22 de maio de 1856 e a primeira missa rezada no Natal do mesmo ano. Foi a Segunda igreja de Aracaju sediou de 1857 a 1864 a Freguesia de San-Salvador do Aracaju. Transferida de Nossa Senhora do Socorro do Cotinguiba e foi Matriz da Cidade por muitos anos. Reformada neste século em seu altar e alterada em sua estrutura algumas vezes, é hoje a Igreja do Salvador na esquina da rua de Laranjeiras com João Pessoa.

Santa Cecília - Nome do Teatro existente a partir de 1903, na rua Japaratuba, hoje João Pessoa, de responsabilidade dos sócios do Núcleo Dramático Aracajuano. A entrada era franca.

Santa Cruz - Era costume a colocação de caixão de defunto em Santa Cruz, juntamente com reproduções em cerâmica e em madeira de partes do corpo, no cumprimento de promessas. Esse tipo extravagante de ex-voto era comumente encontrado na Santa Cruz dos Oiteiros, na rua de João Andrade com rua do Carmo, no Santo Antônio, como na Santa Cruz do Lagamar, na rua da Fonte Grande, hoje Anatólio Garcia Moreno com o Beco das Amêndoas hoje avenida Confiança.

Santa Cruz - Nome que tinha o atual bairro São Conrado, na invasão da cerâmica.

Santa Cruz - Recebeu o nome de Clube Náutico Santa Cruz, em 1946, quando era presidido por Charles Donald, o antigo Clube Náutico Brasil, fundado em 3 de agosto de 1922 com o nome da Associação Desportiva Brasil.

Santa Cruz do Marraio - Casinhola como capela, uma Santa Cruz em rogo de uma criança que teria morrido no local e que estava jogando marraio ou bola de gude. Ficava na avenida João Ribeiro.

Santidades - Nome dado ao agrupamento de negros e índios a partir do século XVI quando negros da Guiné fugiam da Bahia para Sergipe. Na região de Aracaju existiram algumas Santidades e em Sergipe a mais famosa foi a do Céu das carnaíbas no município de Riachão do Dantas destruída pela Polícia no século passado.

Santo Antônio - A Igreja do Santo Antônio foi ladrilhada para a festa do padroeiro no ano de 1857, quando Aracaju tinha apenas dois anos.

Santo Antônio - Em 1757, ao descrever a sua Freguesia, o vigário de Nossa Senhora do Socorro relacionou o povoado do Aracaju, colocando nele, dentre outros, a Capela do Santo Antônio.

Santo Antônio - O mais antigo núcleo populacional de Aracaju, hoje bairro, tem a sua área compreendida pelos seguintes limites: Trecho da rua Salgado iniciando na avenida Coelho e Campos até a avenida Minas Gerais; trecho da avenida Minas Gerais iniciando na rua Salgado até a avenida Simeão Sobral; Trecho da avenida Simeão Sobral iniciando na avenida Minas Gerais até a rua João Andrade; Trecho da rua João Andrade iniciando na avenida Simeão Sobral até a avenida Canal; Trecho da avenida Canal iniciando na rua João Andrade até a rua Álvaro Maciel; Toda a rua Álvaro Maciel prolongando-se em linha imaginária até a rua Cláudio Batista; Trecho da rua Cláudio Batista iniciando na linha imaginária prolongamento da rua Álvaro Maciel até a rua Nossa Senhora da Glória; Toda a rua Nossa Senhora da Glória prolongando-se em linha imaginária até a estrada do Engenho Novo; trecho da estrada do Engenho Novo iniciando na linha imaginária prolongamento da rua Nossa Senhora da glória até a avenida Novo Paraízo; Toda a avenida Novo Paraízo; Trecho da rua A iniciando na avenida Novo Paraízo até a rua São João; Trecho da rua São João iniciando na rua A até a rua Muribeca; Trecho da rua Muribeca iniciando na rua São João até a

Page 160: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

avenida João Ribeiro; Toda a avenida João Ribeiro; Trecho da avenida Dr. Carlos Firpo iniciando na avenida João Ribeiro até a avenida Coelho e Campos; Trecho da avenida Coelho e Campos iniciando na avenida Dr. Carlos Firpo até a rua Salgado.

Santo Antônio - Apesar da Capela existir há muitos anos e ter sido citada em 1757 integrando a Freguesia de Nossa Senhora do Socorro da Cotinguiba somente em 1915, no dia 21 de Dezembro, é que foi criada a Paróquia do Santo Antônio. Seu atual Vigário é o Frei Lauro Schwarte.

Santos Dumont - Nome de um bairro de grande extensão territorial, antes conhecido como Anipum. Tem sua área dentro dos seguintes limites, conforme a Lei 873/82: Trecho da rua Paraíba, iniciando na avenida São Paulo, até a avenida Maranhão; Trecho da avenida Maranhão iniciando na rua Paraíba até a rua Roberto Morais; Trecho da rua Roberto de Morais iniciando na avenida Maranhão até a rua Diretora Maria Marques; Toda a rua Diretora Maria Marques prolongando-se em linha imaginária até a avenida Visconde de Maracaju; Trecho da avenida Visconde de Maracaju iniciando na linha imaginária prolongamento da rua Diretora Maria Marques até a rua Benjamim Constant; Trecho da rua Benjamim Constant iniciando na avenida Visconde de Maracaju até a linha imaginária perpendicular à rua Benjamim Constant; Linha Imaginária perpendicular a rua Benjamim Constant até o riacho do Cabral; Trecho do riacho do Cabral iniciando na linha imaginária até a avenida São Paulo; Trecho da avenida São Paulo iniciando no riacho do Cabral até a rua Paraíba.São Benedito - Cemitério construído no bairro Siqueira Campos, então Aribé, pela confraria do mesmo nome. Era em 1927, um dos três cemitérios da Cidade. Os outros eram o Santa Isabel e o Cruz Vermelha, no mesmo antigo bairro Santa Isabel.

São Benedito - Nome antigo da rua paralela à rua Dom Quirino, antes das Almas, da rua de Salgado até a praça Santa Isabel, começando no oitão do Cemitério do mesmo nome. Mais tarde teve o nome mudado para a rua Esperanto e por fim para a rua Arnaldo Dantas.

São Benedito - A irmandade de São Benedito foi criada em 1865, junto a Igreja de São Salvador.

São Conrado - A invasão da Cerâmica, também chamada de São Conrado é agora, por força da Lei, bairro com a seguinte área e limite: Trecho do Canal Santa Maria iniciando na margem direita do rio Poxim até o rio Pitanga; Trecho do rio Pitanga iniciando no Canal Santa Maria até a Estrada de Ferro; Trecho da Estrada de Ferro iniciando no rio Pitanga até a margem direita do rio Poxim; trecho da margem direita do rio Poxim iniciando na Estrada de Ferro até o Canal Santa Maria.

São Francisco - Nome do Centro Social fundado por Olímpio Mérito dos Santos, no Alto da Jaqueira, em 1970, com o apoio dos estudantes de Serviço Social.

São João - Nome primitivo da atual travessa Deusdeth de Fontes, que também já foi Beco do Açúcar e travessa Municipal. Liga a rua Laranjeiras à São Cristóvão.

São João - Manoel de Custa embandeirava as ruas e fazia, no bairro Industrial, uma grande festa junina anual, com apresentações de quadrilhas, grupos folclóricos e com bailes populares em arraiás, sem que faltassem fogos e balões.

São João - Ciclo cultural do mês de junho, um dos mais representativos da identidade cultural brasileira, especialmente no Nordeste. Louva a João Batista, o profeta que anunciou a vinda de Jesus, como festeja Santo Antônio, o frade de Pádua que se tornou célebre pela proteção dada aos humildes, e especialmente as moças solteiras em busca de casamento, segundo a tradição, transposta da Europa, e também festeja São Pedro, o apóstolo de Jesus, o pescador que fundou a Igreja Católica e que segundo a crença popular é o Porteiro do Céu, que manda a chuva e seleciona quem deve entrar no paraíso. O São João denomina todas as festas, tanto em seu aspecto profano de rua, como no religioso de Missa e Procissão. Antigamente era comum, pelas ruas dos bairros de Aracaju, as procissões de crianças e adultos, levando na frente um carneiro que é o animal símbolo e companheiro de São João, quando ainda

Page 161: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

menino. Atualmente apenas uma procissão religiosa é realizada. É a que sai da Igreja de São João Batista, da avenida Carlos Burlamaqui, antiga rua de Vitória.

São João - Era costume, no 18 do Forte aladeirado, ser realizada uma procissão em louvor a São João Batista, na qual um menino puxando um carneiro simbolizava o profeta e atraia o povo. O costume desapareceu.

São João - O primitivo São João de Aracaju, brincando no século passado, tinha de um lado os batalhões formados para andar pelas ruas da cidade, em cantoria, e do outro as guerras de fogos com busca-pés e espadas que faziam de cada praça ou rua um palco de demonstrações de valentia.

São João - João da Cruz, morador da antiga rua Quintino Bocaiuva, hoje rua dos Estudantes, organizava uma grande festa junina, fazendo bailes populares, quadrilhas, casamentos caipiras, atraindo moradores de várias partes de Aracaju. Os Festejos de João da Cruz são anteriores aos Festejos da rua de São João, no bairro Santo Antônio.

São José - Bairro de Aracaju. Há quem afirme que a existência de um riacho com o nome de São José tenha servido de inspiração para a denominação da região antes conhecida como Carro Quebrado. Outros asseguram que a razão do nome esta na catequese feita sob a orientação do padre José Soares, por um punhado de senhoras, vez que a região era tida como de homens valentes e arruaceiros.

São José - Teatro localizado na praça de Tobias Barreto.

São José - A mesma rua do livramento, nas proximidades da rua de São João, no bairro Santo Antônio.

São José - O bairro São José tem os seguintes limites legais: Toda a rua Campo do Brito; Trecho da avenida Hermes Fontes iniciando na rua Campo do brito até a avenida Barão de Maroim; Toda a avenida Barão de Maroim; Toda a travessa João Francisco Silveira; Trecho da margem direita do rio Sergipe iniciando na travessa João Francisco Silveira até a rua Campo do Brito.

São José - Criada a 12 de Dezembro de 1924 a Paróquia do São José, no bairro do mesmo nome, tem como vigário o padre José Amaral de Oliveira.

São José dos Artistas - Irmandade autorizada em 9 de abril de 1870, junto a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição, para as pessoas livres de ambos os sexos, artistas ou não, que tivessem a livre administração dos seus bens, tendo por fim promover a celebração do Culto Divino e especialmente do Santo do seu Orago, socorrer os irmãos em indigência, a suas viúvas e filhos órfãos, quando o mereçam por seu bom comportamento. A festa era no dia de São José ou no primeiro Domingo seguinte. Sua criação data de 29 de abril de 1868.

São Judas Tadeu - Paróquia do bairro América, entregue ao Frei Florêncio Pecorari, criada em 1º de Junho de 1961. Desenvolve intensa obra social e catequética.

São Lázaro - Sítio e Centro Espiritualista sob a direção de Manoel Esperança, na Jabotiana. Antes de morrer, Manoel Esperança arrendou à Prefeitura parte do sítio para a implantação de um projeto de educação pré-escolar, sem prejuízo das atividades do Centro.

São Lourenço - Nome dado ao teatro que o Governo da Província mandou construir em Aracaju, concedendo 100 mil reis para o início das obras, em 1869.

São Miguel - Rua que faz a ligação entre a rua Vitória Torta e avenida Sete de Setembro.

São Pedro - Beco entre as ruas de Laranjeiras e Propriá.

São Pedro e São Paulo - Paróquia do bairro 13 de Julho, criada em 15 de maio de 1968, tendo como vigário o padre alemão Luiz Lemper.

São Pedro Pescador - Criada no bairro Industrial em 13 de Março de 1981 a Paróquia de São Pedro Pescador tem como padre César Menezes.

São Pio Décimo - Paróquia do bairro Cidade Nova, criada em 18 de Agosto de

Page 162: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

1958, que tem como vigário frei Augusto de Santana.

São Salvador - Antigo nome da rua Laranjeiras, entre a rua do Barão de Maroim, hoje João Pessoa, e Aurora, hoje Rio Branco. Também nome da antiga Igreja Matriz da Capital.

São Silvestre - Santo do dia 31. Em 1950, a Associação Atlética de Sergipe fez no seu reveillon a Noite de São Silvestre, animada por Pinduca e sua Rádio Orquestra.

São Tomaz de Aquino - Nome do Colégio dirigido pelo Padre Manoel Raimundo de Melo, um dos primeiros de Aracaju a atender a clientela mais rica da Cidade, no início do século.

São Vicente - O Conselho Particular das Conferências de São Vicente de Paulo foi instalado em Aracaju no dia 22 de Janeiro de 1911. A Sociedade São Vicente de Paulo veio em 1933.

Sapatarias - A indústria de calçados foi das primeiras e das mais significativas. No começo do século funcionavam 5 sapatarias em Aracaju, juntamente com duas fábricas de vinagre, duas de refinação de açúcar e uma de tecidos, sendo este o parque industrial da Cidade até 1903.

Sapateiros - Os sapateiros organizados pela Sociedade Beneficente União dos Sapateiros, foi fundada em 23 de Outubro de 1927.

Sarapatel - Panelada feita com sangue de boi, fígado, rim, e pedaços gordurosos de carne de porco. É considerado, como na Bahia, um prato típico.

Sargento Elias - Cabaré da rua da Frente conhecido no final da década de 50 e início de 60, que levava o nome do seu proprietário.

SCAS - Em 17 de junho de 1951, comerciantes, jornalistas, profissionais liberais, professores resolveram fundar a Sociedade de Cultura Artística de Sergipe, para estimular o movimento das artes no Estado. A partir de então e até o fim dos anos 60 a SCAS pontificou na promoção artística em Aracaju.

Sebo - No primitivo Natal de Aracaju o Pau de Sebo e o Quebra-Pote eram brincadeiras comuns na praça da Matriz divertindo a criançada. No Pau de Sebo a recompensa estava na extremidade do mastro no Quebra-Pote era o recheio do próprio pote, a cobiçada recompensa: dinheiro, doces, brinquedos.

Seminário - O Seminário Episcopal do Sagrado Coração de Jesus, criado no início do bispado de Dom José Tomáz Gomes da Silva, foi aberto no dia 4 de Agosto de 1913, tendo como Reitor o Monsenhor Adalberto Sobral, e o Vice-Reitor o padre José Augusto da Rocha Lima. O prédio, na rua Dom José Tomáz, já não existe e com a reforma abriga o Colégio Arquidiocesano Sagrado Coração de Jesus. Um novo Seminário está funcionando, sem as mesmas características do velho, na praia do bairro Industrial.

Seminário - Coube a Dom José Vicente Távora, no dia 3 de janeiro de 1960, bater a pedra fundamental do novo Seminário Diocesano de Aracaju, localizado na chácara de Ariston Azevedo, no bairro Industrial.

Senhora Sant'Ana - Colégio da professora Petrina Ribeiro, na rua de Maroim, para moças, ensinando inclusive música, além dos cursos primário, médio e secundário.

Senhoras de Caridade - No dia 2 de Fevereiro de 1912 foi instalada, na Igreja do Salvador, a Associação das Senhoras de Caridade, sob a direção do cônego Francisco Gonçalves Lima. A Associação não existe mais.

Sercal- Casa de roupas da rua de Itabaianinha, com marcante atuação publicitária, especialmente sob a gerência de José Luiz dos Santos, o radialista e animador Luiz Trindade.

Sergipe - Club Esportivo Sergipe, fundado em 17 de Outubro de 1909, com sede na Fundação, hoje no próprio Estádio João Hora de Oliveira, na avenida Augusto Franco, ex-Rio de Janeiro. Teve o terreno da sua casa doado pelo Governo do Estado, na gestão de Graccho Cardoso, na avenida Ivo do Prado.

Sergipe Hotel - De propriedade, inicialmente, de Antônio Oliveira Lima,

Page 163: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

recentemente falecido, situado na rua de Geru, era um ponto importante de políticos do interior, especialmente deputados que representavam municípios na Assembléia Legislativa. Também estudantes mensalistas ocupavam alguns quartos do hotel depois adquirido por Antônio Morais e ainda hoje em funcionamento.

Serra do Aracaju - Com este nome o padre Ignácio Antônio Dormundo cita, em 1826, o atual Morro do Urubu também chamado nas cartas de navegação de Morro do Aracaju.

Sertaneja - O radialista Carlito Melo manteve, por muitos anos, caracterizado de Caboclo Jeremias, o programa radiofônico Manhã Sertaneja, com leitura de textos de poetas populares nordestinos, com temática sertaneja, e música dos principais autores regionais. O programa foi apresentado em diversas emissoras, as 6 horas da manhã.

Sesmaria - As terras que hoje compõe o município de Aracaju foram requeridas, no tempo da distribuição das Sesmarias. A primeira delas, aliás de 23 de Julho de 1594, requerida por Thomé Fernandes, é "nos mangues verdadeiros" do rio Cotinguiba, nome pelo qual era chamado o rio Sergipe. Em 1596, Miguel Soares de Souza pede área de terra no Poxim e também no rio Sergipe até as proximidades de Santo Amaro das Brotas. Em 1600, Gaspar Fontes requer terras nas margens do Poxim. Ainda em 1600, Domingos Narcizo solicita as terras deixadas por Manoel Gomes, onde ele próprio fez casa, curral de gado e roça, entre os apicuns e o barro vermelho. Com o nome aparecendo com a atual grafia - Aracaju - Pero Gonçalves pede uma ponte de terra entre dois apicuns, junto ao rio Aracaju.

Seu Oscar - Preto, baixo e forte, voz rouca e de pouca extensão, acompanhando-se de um pandeiro, "seu" Oscar participou sozinho ou com conjunto de vários programas radiofônicos de Aracaju e de shows de música popular. Foi apelidado de "O pretinho de alma branca", forma, aliás, preconceituosa de destacá-lo como figura importante na música e no rádio sergipano.

Shell - Cabaré localizado no andar superior do prédio do Posto Shell, no Largo Esperanto.

Sigma- Jornal de divulgação da doutrina integralista que, já em 1934, circulava em Aracaju a serviço dos camisas verdes.

Sinais - Ao primeiro dia do ano, as casas amanheciam com suas caiações e pinturas com alguns sinais. Estrela, Cruz, data, eram sinais indicadores da passagem do ano que ficavam por algum tempo nas fachadas das casas aracajuanas.

Sindicato - Presidido por Francisco Soares do Nascimento e tendo Mariano Salmeron como Secretário foi fundado em 13 de Abril de 1932 o Sindicato dos Proprietários de Padaria de Aracaju.

Sindicatos - Existiram em Aracaju os Sindicatos dos Pedreiros, dos Marceneiros e Carpinteiros, que foram incorporados e fundidos no poderoso Sindicato dos Operários da Construção Civil do Estado de Sergipe, funcionando inicialmente na rua de Santo Amaro e depois na Nobre de Lacerda, hoje Sete de Setembro. As incorporações e fusões ocorrerão por volta do ano de 1935.

Sinfônica - Para manter uma orquestra sinfônica e realizar outras tarefas na área da música foi fundada em Aracaju a Sociedade Filarmônica de Sergipe, que teve em seu início, no começo da década de 70, a professora Lindinalva Cardoso Dantas como Presidente e Leosírio Fontes Guimarães como Diretor Artístico. A Orquestra Filarmônica atua sob a regência do maestro Leozírio Guimarães, mas nunca chegou a ser sinfônica.

Siqueira Campos - O bairro Siqueira Campos, ex-Oficiais, ex-Aribé tem sua área compreendida pelos seguintes limites legais, fixados em 1982; Trecho da avenida São João Batista iniciando na rua Frei Luiz até a avenida Augusto Franco; Trecho da avenida Augusto Franco iniciando na rua São João Batista até seu prolongamento; Prolongamento da avenida Augusto Franco até a avenida São Paulo; Trecho da avenida São Paulo iniciando no prolongamento da avenida Augusto Franco até a rua Paraíba; Trecho da rua Paraíba iniciando na avenida São Paulo até a rua Porto Alegre; Trecho da

Page 164: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

rua Porto Alegre iniciando na rua Paraíba até a rua Acre; Trecho da rua Acre iniciando na rua Porto Alegre até a rua Frei Paulo; Toda a rua Frei Luiz.

Siqueira Campos - O Sport Club Siqueira campos foi fundado em 4 de Setembro de 1931 para a prática de todos os esportes, adotando as cores Branco e vermelho. Pedro Soares de Oliveira, Natanael Alves Cunha, Aloísio Berilo dos Santos eram os responsáveis.

Sítio - Os sítios predominavam, como propriedades, em Aracaju. Muitos deles ficaram famosos, como o Sítio Guiomar, de Mariano Salmeron, no bairro Siqueira Campos.

Sítios - Eram famosos em Aracaju os sítios de Raul mais tarde vendido a Raul Rollemberg, na avenida Gonçalo Prado, hoje em frente ao Hiper Mercado Paes Mendonça; de Corinto Mendonça, na rua de Frei Paulo; de Leandro Maciel, em frente ao Hospital de Cirurgia, ainda hoje existente, embora reduzido em sua dimensão; o de Dr. Gentil Tavares, na antiga praça da Caatinga, hoje praça da Bandeira; o de Dona Nininha onde terminavam as ruas Laranjeiras e São Cristóvão, antes do Prefeito Marcos Ferreira de Jesus realizar a integração da Cidade ao bairro Siqueira Campos.

Sociedade - Nome dado a escola de dança de Zé Gaguinho, situada à rua de Estância.Sociedade Médica - A Sociedade Médica de Sergipe foi fundada em 27 de julho de 1937, em Aracaju, funcionando normalmente, com sede à rua Guilhermino Resende, no bairro São José.

Soledade - O bairro da Soledade tem sua área assim limitada: Trecho do riacho do Cabral iniciando na margem direita do rio do Sal até a linha imaginária perpendicular à rótula da avenida Contorno Norte (Euclides Figueiredo); Linha imaginária perpendicular à rótula da avenida Contorno Norte; Trecho da avenida Contorno Norte iniciando na linha imaginária perpendicular a rótula da avenida Contorno Norte até as ruas que limitam o loteamento Lamarão pelo lado oeste; Ruas que limitam o loteamento Lamarão pelo lado oeste até o prolongamento da avenida Lamarão; Prolongamento da avenida Lamarão; Trecho da margem direita do rio do Sal

iniciando no prolongamento da avenida Lamarão até o riacho do Cabral.

Solta a 3, 10 Tostões - Assim os freqüentadores de alguns cabarés chamavam as pequenas tiras que valiam como recibo pelas danças dos salões. Eram três e custavam 10 tostões.

Sorveteria - No final da década de 30, uma das sorveterias bem freqüentadas era a Confiança, situada na rua de João Pessoa esquina com a rua de São Cristóvão.

Suiça - O bairro Suiça, antiga Bela Vista, tem sua área situada dentro do seguinte limite: Trecho da avenida Francisco Porto iniciando na avenida Hermes Fontes até a rua Poço Verde; Trecho da rua Poço Verde iniciando na avenida Francisco Porto até a avenida Edélzio Vieira de Melo; Trecho da avenida Edélzio vieira de Melo iniciando na rua Poço Verde até a rua Rafael de Aguiar; Trecho da rua Rafael de Aguiar iniciando na avenida Edélzio Vieira de Melo até a avenida Desembargador Maynard; Trecho da avenida Desembargador Maynard iniciando na rua Rafael de Aguiar até a avenida Hermes Fontes; Trecho da avenida Hermes Fontes iniciando na avenida Desembargador Maynard até a avenida Francisco Porto.

Sul Americano - Foi o último Hotel das proximidades da praça Fausto Cardoso, onde também funcionou o Hotel Brasil então montado na residência de propriedade de Guilherme Pereira Rabelo. Hoje está transformado no Centro Comercial Vera Lúcia com entrada pela praça Fausto Cardoso e também pela avenida Ivo do Prado.Sultana das Águas - Designação dada por viajantes a cidade de Aracaju quando ainda estava sendo plantada a margem do rio Sergipe.

Suspiro - Fonte existente, há muitos anos, na rua de São Cristóvão e Siriri.

Taba - Taba Ogun de Lê, nome de uma sociedade fundada em 13 de junho de 1956, na rua Sílvio Romero, prolongamento do bairro Brasília, tendo como finalidade ministrar o bem conforme a natureza do tratamento espiritual. Lígia Dantas Leandro era a sua Presidente.

Page 165: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Tabanga - Noite antigo da região do sítio dos caboclos, onde está a fonte do mesmo nome e por onde passa o Beco da Cerimônia ligando o bairro Industrial ao Santo Antônio.

Tabuleiro - O Presidente Pereira Lobo construiu a Ponte do Imperador, por algum tempo também chamada de Ponte do Governador, marcando o local do desembarque de Pedro II, em 1860. O Interventor Eronides de Carvalho fez uma reforma e construiu a marquise que abriga os freqüentadores do lugar. O povo batizou a obra de Tabuleiro da Baiana.

Talho - Nome de casas de venda de carne verde, tanto em Aracaju como em todo o interior sergipano.

Talhos - Os talhos de carne verde funcionavam, quase todos, na rua de Laranjeiras entre os trechos de Japaratuba, hoje João Pessoa e Santo Amaro, até que foram proibidos de funcionarem ali, por força de resolução do Intendente Teófilo Dantas.

Tamancos - Já foi generalizado o uso de tamancos em Sergipe. No século passado Aracaju contava com duas tamancarias. A 2 de julho, de Manoel José Moreira, situada à rua Laranjeiras 73, e a de Gomes & Cia da rua de Japaratuba, atual João Pessoa, 9.

Tamandaré - Nome atual da antiga travessa São Paulo, que liga as ruas de Bonfim e Divina Pastora.

Tar-Mac-Adam - Sistema de pavimentação testado no primeiro trecho da rua Pacatuba, em 1926, para substituir a pedra irregular e o paralelepípedo então usados nos calçamentos da Cidade.

Tatwa- Fundado na rua de Itaporanga 27, na residência de Marcionilo Lélis da Silva, no dia 27 de outubro de 1939, o Tatwa A . O . Rodrigues, se propunha a ser um centro de educação e irradiação mental sob os auspícios do Círculo Esotérico da Comunhão de Pensamento. Hoje ainda funciona num cômodo do andar superior do Mercado Antônio Franco.

Tavolagem - Prática de Jogos, principalmente os bancados em mesa. O

termo entrou em desuso, desaparecendo da boca dos aracajuanos.

Te Deum - O primeiro Te Deum rezado em Aracaju foi em Janeiro de 1960, na Casa de Oração San-Salvador, tendo como celebrante o vigário José Gonçalves Barroso. Foi em homenagem ao Imperador Dom Pedro II, sua esposa e comitiva, que visitava Aracaju.

Teatro - Caetano de Almeida Quaranta, pelo Teatro de Estudantes do Colégio Estadual de Sergipe - TECES -, Clodoaldo de Alencar Filho, pelo TEGEBÊ, Aglaé d'Ávila Fontes, pela Escolinha de Música, Maria José Oliveira, pelo Teatro Infantil de Modelo - TIM - fizeram reunião com o representante da SBAT e do Teatro de Cultura Artística - TECA - e fundaram a Associação de Teatro Amador de Sergipe, no dia 29 de abril de 1962. João Moreira da Silva, da SBAT, foi escolhido Presidente.

Teatro - Em 1868 foi contratada, por quatro anos, a Companhia Dramática Santo Antônio, empresariada por João Ferreira Bastos, para apresentações semanais em Aracaju, e com licença para algumas apresentações no interior, nas principais cidades sergipanas. O Contrato vigorou por dois anos.

Teatro - O Governo do Presidente Pereira Lobo projetou a construção de um teatro para 1000 pessoas, em Aracaju. A construção chegou a ter a pedra fundamental batida. O local seria onde hoje está o prédio da Prefeitura Municipal.

Teatro - O teatro foi um hábito antigo dos aracajuanos, que permaneceu fazendo a glória de casas de espetáculos como o Cine-Teatro Rio Branco. Nele, no dia 13 de julho de 1955, o escritor e teatrólogo Joracy Camargo fez palestra dividida em duas partes: a primeira para professores primários e estudantes secundários, a outra para o povo em geral.

Teatro - Recebeu o nome de São Cristóvão o teatro mandado construir em 1920, e que teve pedra fundamental batida, na atual praça Olímpio Campos, no dia 26 de outubro, daquele ano.

Teatro de Estudantes - Funcionou no final dos anos 50 e principalmente no começo dos anos 60 o Teatro de

Page 166: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Estudantes do Colégio Estadual de Sergipe, dirigido pelo professor Caetano Quaranta.

Teatro Infantil - Depois da Escolinha de Música, dirigida pela professora Aglaé Fontes de Alencar, foi fundado em Aracaju o Teatro Infantil de Modelo, de curta existência. O teatro infantil foi relembrado recentemente com a criação do Grupo Raízes, sob a direção de Jorge Lins, também autor das principais peças montadas.

Teca - Teatro de Cultura Artística, grupo teatral da Sociedade de Cultura Artística de Sergipe, dirigido pelo professor João Costa, responsável pela manutenção, por muitos anos, do Auditório do Colégio Estadual Atheneu Sergipense, e pela montagem de diversas peças, dentre as quais Chuva, e Recital sem Opus, esta última de autoria de João Costa e Luiz Antonio Barreto, premiada nos festivais amadores da Paraíba e Rio de Janeiro, respectivamente em 1966 e 1968.

Tela, Microfone e Disco - Coluna de variedades do Correio de Aracaju, às vezes assinada por Alencar Filho, bem lida nos anos de 1954 e 1955.

Telégrafo Nacional- O telégrafo Nacional chegou a Sergipe, instalando-se em Aracaju, a partir de 8 de Novembro de 1874. Funcionou na rua de São Cristóvão esquina com Japaratuba hoje João Pessoa, no mesmo prédio que veio a funcionar mais tarde o Colégio Nossa Senhora de Lourdes. Depois foi para a rua Pacatuba, nº 3.

Telegrama - Aborrecido com os telegramas que recebia dos Estados Unidos, o comerciante Hugo Bozzi, representante da Chevrolet, com casa na esquina na rua de João Pessoa com a travessa Benjamim Constant, onde hoje está o Cinema Pálace, mandou passar o seguinte telegrama: Puting’s of Paring’s. (Puta que o pariu).

Televisão - No começo os aracajuanos recebiam imagem de televisão das emissoras de Recife, graças a uma torre mandada instalar numa elevação da zona norte. O Governo do Estado, na administração Seixas Dória, concedeu o auxílio de 2.000.000,00.

Tem Galinha- Numa galeria da rua João Pessoa, nas proximidades da atual galeria da Norcon, existiu um pequeno bar que servia aos seus freqüentadores as casquinhas de caranguejo e de siri e, eventualmente, galinha. No dia que era servido galinha o proprietário apressava em receber os fregueses dizendo: Tem Galinha. O nome pegou, principalmente nele.

Tênis - O Sergipe Tênis Clube reunia, na década de 20 a partir de 1923, sob a presidência de Ciro cordeiro de Farias os praticantes do esporte que tinham suas quadras no bairro Industrial, principalmente.

Terras - Escrevendo sobre a economia sergipana, em 1955 no Sergipe Jornal, Ariosvaldo Figueiredo chama a atenção para a ocupação territorial produtiva de Aracaju e de outros municípios. Para ele, naquela época, Aracaju possuía 37,50% da área de propriedade sobre a área territorial, 15,41% da área cultivada sobre a área territorial e 21,76% da área em abandono ou coberta de capim.

Tic-Tac - Restaurante da década de 40, na rua de Laranjeiras, lado direito, trecho entre as ruas Itabaianinha e Santo Amaro.

Times - Dezenas de times eram organizados nos bairros de Aracaju. Recentemente faleceu Cobrinha, o célebre organizador do Atlético. Também já morreram Oitenta, do Fluminense e Simião, do Vila, que colocavam seus times em jogo no campo do Vila Isabel, terreno aterrado entre as avenidas Minas Gerais e Maranhão.

Tinturaria - Em 1902 a Tinturaria Colombo de Hércules Campos, estabelecida à rua de Pacatuba, 19, atendia a população aracajuana levando e tingindo suas roupas e tecidos.

Tintureiro - Carro fechado vermelho da Polícia, encarregado do recolhimento de presos na Cidade.

Tobias Barreto - Famoso clube de futebol e social da zona entre Bonfim e o Curral. Foi fundado em 15 de março de 1935 e reorganizado, com novo Estatuto, no dia 10 de fevereiro de 1954, numa sessão realizada à rua Divina Pastora 659, presidida por Heleno Viana da Silva.

Page 167: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

A partir daí Milton Santos passou a presidir o Tobias Barreto.

Tobias Barreto - Nos anúncios do Colégio Tobias Barreto, internato, semi-internato e externato, de educação e instrução primária e secundária, três coisas ficavam claras: que havia sido fundado em 1909, que era dirigido pelo professor José de Alencar Cardoso e que era militarizado oficialmente.

Tororó - Riacho que atravessa o Carro Quebrado.Trabalhadores - Estivadores, carroceiros, pedreiros, pintores, eram trabalhadores que procuravam a região do Alto da Bela Vista para a fixação de residência. Os integrantes da extinta Guarda Civil, por causa da proximidade, preferiram morar na Praia Formosa. Os pescadores e trabalhadores rurais já estavam nas proximidades do bairro Industrial quando chegaram os primeiros operários para as casas construídas junto a Fábrica Sergipe Industrial.

Trabalhadores - Para assistir aos trabalhadores, o Serviço Social da Indústria - SESI - criou o Clube do Trabalhador, construindo grande sede no bairro Industrial. A criação aconteceu em 1962. Um complexo desportivo, também do SESI, destinado aos trabalhadores está sendo construído na avenida 31 de março, vizinho a Cozinha Industrial do SESI, com recursos da Confederação Nacional de Indústria.

Trabalhista - Denominava-se União Trabalhista Sergipana a organização fundada em 21 de Agosto de 1932, como liga de operários, dirigida pelo Presidente do centro Operário, das Associações Proletárias, pelos Consultores Jurídicos das mesmas e pelo seu líder José da Costa Filho.

Tráfego - A contagem do tráfego de entrada e saída de Aracaju. Cerca de 4 mil veículos de 1970, levou o então Governador João de Andrade Garcez a solicitar do Governo Federal a duplicação da pista da BR-235. Somente anos mais tarde aconteceu e a inauguração foi presidida pelo Vice-Presidente Aureliano Chaves, em 1982.

Trajes- O Recreio Clube liberou em 1937 a cor do traje feminino para o reveillon que fez no prédio do Jardim de Infância

Augusto Maynard. Mas aos homens exigiu traje branco ou smoking.

Tramanday - Área compreendida entre a antiga Raposa, hoje Sementeira, até a curva do Carvão, hoje curva do Iate, mais tarde Praia Formosa e por fim Praia 13 de Julho. Também rio e riacho que deságuam canalizados nas Quatro Bocas.

Trampolim - Havia pelo menos três trampolins na Cidade. Um na avenida Ivo do Prado, na altura da rua de Maroim outro na Praia 13 de Julho e o terceiro na Atalaia. Deles os banhistas pulavam para a água buscando o mergulho.

Trampolim - O famoso lembrado Trampolim da rua da Frente, entre as ruas de Maroim e Estância, foi inaugurado em fins de fevereiro de 1955, graças as campanhas do nadador Gildo Aguiar junto à Prefeitura e ao Comércio local.

Transporte - Em Dezembro de 1937 foi inaugurado o serviço de transporte de passageiros, e também de cargas, entre Aracaju e Nossa Senhora das Dores. Era feito com o caminhão Dodge de cabine dupla, que as quintas e sábados ligava as duas cidades pela via de Siriri. O número da chapa do caminhão era 888 e seu proprietário Josafá Mariú.

Transportes - Aracaju tinha quatro tipos de transporte com o interior do Estado: a navegação Fluvial, com barcos e saveiros; a estrada de ferro com os trens de passageiros de linhas regulares, vindos da Bahia, ou suburbanos, para Salgado e capela, o "horário" para Propriá; e o transporte Rodoviário com caminhões cobertos para passageiros, com ponto na rua São Vicente, hoje Florentino Menezes, e na avenida Coelho e Campos, e com as marinetes que faziam ponto na avenida Otoniel Dória, depois na avenida Rio Branco, depois Estação Rodoviária governador Luiz Garcia e por fim no Terminal Rodoviário José Rollemberg Leite, ficando na velha Estação apenas os ônibus para os municípios da chamada Grande Aracaju.

Trapiches - Na virada do século funcionava os seguintes trapiches, todos eles na rua da Aurora: Lima, Brow, Melo, da Companhia Baiana e Oliveira. Na Barra dos Coqueiros estavam os trapiches Travessos, de Cruz & Irmãos e Japaratuba.

Page 168: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Trem - No dia 5 de agosto de 1915 partiu, de Aracaju, o primeiro trem para Propriá representando a conclusão dos trabalhos da ferrovia, hoje incorporada à Rede Ferroviária Federal S.A..

Trens - O Decreto 1.126 de 15 de dezembro de 1903 autorizou o Governo a construir a estrada de Ferro Timbó (BA) a Propriá (SE), com ligação por Aracaju e Simão Dias. O ramal de Simão Dias não foi construído.

Trens - Desde 1977 que não mais circulavam trens de passageiros ligando Aracaju ao interior do Estado e às capitais dos Estados vizinhos de Alagoas e Bahia. A desativação foi progressiva e hoje o sistema ferroviário é sustentado apenas pelas cargas, especialmente cimento, amônia e uréia.

Tribuna de Aracaju - Jornal diário, antes semanal, que funcionou com tipos móveis e com linotipo na rua de São Cristóvão, sob a responsabilidade de José Raymundo Ribeiro, adquirido por Heráclito Rollemberg e mudado para a avenida Coelho e Campos, onde teve suas oficinas ampliadas e modernizadas até que adotou o sistema de composição Off-set. Trabalha também com agência noticiosa O Globo, para cobertura nacional.

Tribunal de Relação - O Tribunal de Relações funcionava na praça Olímpio Campos, no prédio onde hoje está o Juizado de Menores.

Tropeiro - Apesar do nome, é bar e restaurante a praia de Atalaia, substituindo o Vaqueiro que funcionava no mesmo prédio, de propriedade da Empresa Sergipana de Turismo.

Túnel - Entre os estivadores que trabalhavam junto aos trapiches da rua da Frente, hoje avenida Ivo do Prado, sabia-se que havia um túnel entre a Cadeia Pública, da praça General Valadão, até a maré, por onde vez por outra fugiam presos.

Tupinambás - Ou Tupis puros, possuíam um sistema social rígido e definido: o parentesco era apenas do lado paterno, o que consolidava um patriarcado forte e vitalício. Viviam em casas de estacas e palhas, de forma retangular com uma ou mais famílias. Os homens pescavam,

caçavam, cultivavam a terra plantando mandioca e faziam farinha, e ainda executavam trabalhos artesanais com cerâmica, para fins utilitários, inclusiva, para enterrar os mortos, se crianças, bem assim faziam trabalho com a piassava. As mulheres fiavam algodão, faziam redes e ajudavam nas demais tarefas das tribos. Tinham ainda o costume de criar galinha e cachorro, estes últimos para ajudarem na caça. Habitavam a região de Aracaju bem assim toda a costa sergipana.

Tupy - Cinema existente na avenida Carlos Burlamaqui, transformado em panificação no início da década de 60. Antes foi Cine Tobias Barreto.

TV Sergipe - Emissora de Televisão, fundada por um grupo de comerciantes, que foi para o ar em 1971. Teve seu controle acionário vendido a um grupo baiano e recentemente recuperado. Tem seus estúdios e transmissores no Alto da TV, antes chamado Morro da Pirraça.

U.D.E. - Sigla da União Democrática Estudantil, organizada em Aracaju e instalada no dia 17 de Agosto de 1937, no Cine Rio Branco, com discursos de seu presidente Márcio Rollemberg, Wilson Lima, Paulo Silveira, Abelardo Horta, João Nou, deputado Alfredo Leite, Josafá Borges, da Bahia e Godofredo Diniz que representou, a instalação, o Governador. U.D.E. defendia a liberal democracia contra as doutrinas integralista e comunista, bem assim apoiava abertamente a candidatura de José Américo de Almeida.

U.E.E.S. - Sigla da União dos Estudantes de Sergipe, fundada em 28 de fevereiro de 1951, por decisão dos integrantes dos Diretórios das Escolas de Química e Ciências Econômicas. Reunia os universitários e foi fechada em 1964.

U.S.A.- Sigla da União Sergipana de Assistência, instalada no salão central do palácio Olímpio Campos, no dia 30 de março de 1959, em sessão presidida por Antonio Garcia Filho. Desde lá vem funcionando, mantendo escolas e principalmente o Centro de Reabilitação "Ninota Garcia", pioneiro em fisioterapia em Aracaju, instalado no bairro Industrial, na antiga Usina.

UFS - Sigla da Universidade federal de Sergipe, que tem como lema Fluendo

Page 169: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Crecit. Foi criada em 26 de Agosto de 1967 e instalada em 15 de maio de 1968, tendo sido seu primeiro Reitor o médico e professor João Cardoso do Nascimento Junior. Tinha sede jurídica em Aracaju, mas com a construção do Campus Universitário, no município de São Cristóvão, deixou em Aracaju apenas alguns cursos e serviços. Ao ser criada, a Universidade Federal de Sergipe incorporou as seis Escolas superiores existentes: Ciências Econômicas, de Química, de Direito, de Filosofia, de Serviço Social e de Medicina.

UIDAH - Nome da Feitoria de Francisco Félix de Souza, o Mongo Cha-Cha, amigo pessoal do Imperador de Daomé, que embarcava negros escravos para Sergipe entregando-os no antigo Porto de Aracaju, antes da mudança da Capital.

Unha de Gato - Engenho do Barão de Maroim, João Gomes de Melo, onde o Presidente da Província Inácio Barbosa resolveu, em fevereiro de 1855, mudar a Capital de São Cristóvão para Aracaju.

União dos Carroceiros - Em 1927, Odilon Cardoso, Francisco da Graça Leite e Manoel Cândido dos Santos Pereira em comissão organizaram, conforme documentos da época a Associação União dos Carroceiros de Sergipe, para proteção da classe.

União dos Padeiros - Os mesmos Odilon Cardoso, Francisco da Graça Leite e Manoel Cândido dos Santos Pereira organizaram, em 1927, a Sociedade União dos Padeiros, vedando participação política aqueles profissionais.

Universal - Cinema que funcionou por pouco tempo, no mesmo local onde funciona atualmente o Cine Pálace.

Universidade - Quando foi criada a Universidade Federal de Sergipe a população estudantil universitária, nas seis escolas existentes, era de 576 alunos. Atualmente a UFS oferece mais de mil vagas por ano.

Universidade - Um grupo de Recife instalou em Aracaju, nas dependências do Colégio Nossa Senhora de Lourdes, em 1972, a Universidade para o Trabalho, realizando um vestibular para o único curso oferecido, o

de secretariado. A Universidade não deu certo e o grupo retornou ao Estado Pernambucano.

Urubu- Morro alto, visto a muitas milhas da costa e auxiliar da navegação como referência. É citado pela primeira vez pelo cronista Gabriel Soares de Souza no seu Tratado Descritivo do Brasil em 1587. Os índios chamavam-no de Manhana querendo dizer sentinela, atalaia, significado igual ao hebraico Manhana. No morro do Urubu está implantado, desde 1979, o Parque da Cidade Governador José Rollemberg Leite e a partir de 1981 a Escola Ecológica de Aracaju.

Vacinação - Contra a varíola, o Governo mobilizou Aracaju em 1903 vacinando a população em postos públicos e nas residências.

Vai Quem Quer - Nome antigo da travessa São Luiz, no bairro Industrial.

Vapor - Demonstrando grande visão de administrador, o Presidente Inácio Joaquim Barbosa, em mensagem de 20 de abril de 1854, defendia a navegação de reboque por vapor, para poder aumentar o número de viagens, sem esperar pelas boas marés, e beneficiar o comércio sergipano em suas relações de trocas.

Vapores - Os vapores da Companhia Baiana e os da Companhia Espírito-santense eram agenciados pela firma Monteiro & Irmão, que mantinha também o Trapiche Brown, localizada na rua da Aurora, 60.

Vaqueiro - Bar e restaurante da praia de Atalaia. Próximo a ele está o novo Chapéu de Couro, fazendo com o Tropeiro a trinca de bares e restaurantes sertanejos da orla marítima de Aracaju, num contraste que chama a atenção. Dezenas de outros bares e restaurantes, num lado e noutro da praia, atendem ao turismo e ao fregueses de fim de semana.

Varíola - A Igreja, através da Diocese de Aracaju, participou e teve grande papel na campanha pela vacinação contra varíola. Em carta datada de 10 de janeiro de 1912 Dom José Tomáz Gomes da Silva exortou os padres e nas missas, nas novenas em

Page 170: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

todas as oportunidades conclamarem o povo à vacinação.

Várzea Grande - Localidade do município de Aracaju, que fica depois da Jabotiana, no caminho da Cabrita.

Vasco - Clube social e desportivo. Sua sede, movimentada nas décadas de 50 e 60, era na rua de São Cristóvão, no andar superior do prédio onde funcionava a loja de tecidos de Teixeira Chaves, onde hoje está o Banco nacional. Depois construiu, na entrada do bairro Industrial, moderna sede, com amplo salão de bailes e quadra polivalente.

Vasco da Gama - Ao ser fundado, em 15 de Agosto de 1931, o atual Vasco Futebol Clube foi denominado de Vasco da Gama Futebol Clube. A mudança de nome ocorreu em 1946.

Vaticano - Conjunto de prédios, de dois pavimentos, na zona do mercado, com parte dando para a praça e parte para a avenida Otoniel Dória. Nos prédios térreos funcionavam casas comerciais, nos pavimentos superiores, de dia e principalmente de noite, funcionavam diversos cabarés.

Veículos - Quando foi reorganizada, em 1926, a Inspetoria de Veículos chamava à matrícula dos motoristas, à época chaufeurs, profissionais e amadores, bem assim os proprietários de carros, carroças, bicicletas, motocicletas, auto-ônibus e carros de bois. A matrícula era uma vez só, no primeiro mês do ano.

Vela Vista - Cabaré do centro da Cidade, com localização no Beco dos Côcos e, também, na avenida Otoniel Dória. Deodato era o seu proprietário.

Vendedores - Maneca, goleiro do Sergipe, Eduardo, este hoje com 83 anos, foram dois grandes vendedores de cavaco chinês pelas ruas de Aracaju, montados a cavalo, tocando triângulo para atrair os compradores. Quelé foi o principal vendedor de peixe, com banca na feira da colônia, da rua de Laranjeiras com rua da Frente, hoje avenida Rio Branco.Vera Cruz - Cinema fundado em 18 de Agosto de 1950, pelo padre João Moreira Lima, e de propriedade do Círculo Operário de Aracaju. O prédio recebeu o nome de Carmela Dutra,

homenagem à esposa do Presidente Eurico Gaspar Dutra.

Verduras - Os povoados de Mosqueiro, Robalo, Areia Branca, Gameleira, São José eram grandes produtores de côco, mas também de tomates, quiabos, maxixes e outras verduras. Os produtores traziam, as sextas-feiras para o lugar chamado hoje de Boca do Rio, junto a ponte da estrada da Atalaia, as verduras que eram vendidas do outro lado do rio, onde hoje está a ENERGIPE, às verduras das ruas e dos mercados de Aracaju. A Barra dos Coqueiros, também povoado, produzia quiabos e maxixes e ajudava no abastecimento da Cidade.

Vespa- Motoneta que entrou em moda em Aracaju, vendida em planos de suaves prestações, na década de 60, pela firma A. Carneiro, estabelecida na rua de Laranjeiras. Depois veio a lambreta e mais tarde as motos que hoje são milhares na Cidade.

Vice-Consulado - O Vice-Consulado de Portugal funcionou em Maroim até o ano de 1857, transferindo-se, nesta data, para Aracaju, onde desde então funciona, com pequenos lapsos de interrupção.

Vidro - Para ser uma fábrica de vidro foi construída a casa da praça Camerino logo adquirida pelo governo para ser a sede do Atheneu Pedro II, mais tarde sediando a Inspetoria de Veículos a Escola de Comércio Conselheiro Orlando, a Faculdade de Ciências Econômicas antes de ser incorporado à Universidade Federal de Sergipe. Também funcionou na mesma casa o Centro de Educação Física e Desportos da UFS bem assim a Escola Nobre de Sergipe. Atualmente o prédio é ocupado pela Diretoria Geral de Educação da Secretaria de Estado da Educação e Cultura.

Vila Amarela - Vila de casas dos integrantes do Esquadrão da Cavalaria hoje rua Basílio Rocha, onde está instalada a Rádio Liberdade de Sergipe.

Vila Carmem - Em Aracaju as casas mais espaçosas, que ocupam áreas maiores de terreno e que muitas vezes serviam à famílias grandes, eram chamadas de Vila. Assim foi a Vila Carmem, casa do Coronel Gonçalo Prado.

Page 171: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Vila João Costa - Pequeno conjunto de casas construídas pelo comerciante de madeira João Costa, na avenida Coelho e Campos saindo na antiga Ilha das Cobras e na entrada do bairro Industrial, nas proximidades dos terrenos onde existiam os viveiros de Nicola Mandarino.

Vitamina - Nome genérico para os alimentos feitos com leite, batidos no liqüidificador. A mais comum das vitaminas é a de banana, que pode sair branca, ou pode ser feita com chocolate. Dizem que é um forte alimento, capaz de sustentar seus consumidores.

Vitória - Nome antigo da avenida Carlos Burlamaqui. Era a rua preferida das famílias interioranas, de classe média, que se deslocavam para Aracaju, por causa da proximidade com os Mercados, os transportes e o comércio. Também campo de futebol no bairro Industrial.

Vitória - Cinema fundado em 24 de Outubro de 1943, do Círculo Operário de Aracaju, atual Ação Solidária dos Trabalhadores de Aracaju. Funcionou no prédio Pio XI, homenagem ao Papa que escreveu sobre cinema. Presentemente o cinema está fechado e em reformas.

Vitória F. C. - Clube fundado em 28 de maio de 1931, com sede na avenida Niterói.

Viveiros dos Operários - Por iniciativa de Thales Ferraz os operários da Fábrica Sergipe Industrial tinham ao dispor, um viveiro situado em caminho do Mané Preto. A morte de Thales Ferraz, em 1927, empobreceu o operariado da chamada fábrica velha.

Voluntários - Zaira Freire, Maria da Fonseca Sobral, Maria Amélia Rollemberg da Fonseca, Maria Tercila Felizola Soares, Mariza da Fonseca Sobral, Maria do Carmo Almeida, Maria José Almeida Santos e Maria do Carmo Gama da Silva fundaram, tendo como Presidente de Honra o Bispo Dom Fernando Gomes dos Santos, a Organização das Voluntárias, no dia 17 de janeiro de 1955, sociedade civil de amparo às obras sociais.

Voronof - Vendedor de laranja, talvez o introdutor do sistema de descasque mecânico, mais higiênico, mais prático e mais rápido que o

descasque a faca. Era conhecido, há muitos anos, como Voronof, sem que se saiba porquê.

Voz dos Operários - Jornal socialista, do Centro Operário Sergipano, fundado em 26 de Fevereiro de 1920, e dirigido por Antônio de Siqueira Alves.

Zé Rosendo - Nome de um cabaré que funcionava no andar superior de um prédio da rua Divina Pastora; vizinho ao Shell. Fechou, como fecharam os cabarés existentes no centro da Cidade, depois da ação proibitiva da Polícia Federal, na década de 70.

Zepelim - O grande dirigível atravessou o céu de Aracaju, sob os olhares curiosos e maravilhados da sua população, em 1933 numa viagem entre o Campo de Santa Cruz, no Rio de Janeiro e o Campo do Jiquiá, no Recife. Do alto o Comandante da grande nave aérea ficava admirado com o desenho xadrez da Cidade, com o testemunho de um viajante sergipano, o Dr. Hercílio Brito.

Zero Quarto - Termo criado pelo BNH e divulgado pela COHAB para caracterização das construções de casas sem dependências de dormitório.

Zona - Nome genérico das casas noturnas e cabarés de Aracaju. Indicativo do local das casas de mulheres.

Zona Rural - Ao norte, Aracaju tem sua área rural mais importante, Porto d’Anta, área produtora de sal, antes uma propriedade, depois um povoado, agora incorporado à zona central da Cidade através da avenida General Euclides de Figueiredo inaugurada em 1983. Seguindo-se vem o Brasil, Porto Aberto, Getimana, Pau Ferro, Goré, Mangue Alto, Lamarão, Gengibre, Toque e Soledade.

Zona Rural - Ao oeste, Aracaju tem ainda como zona rural o ponto conhecido como Cabral Machado e mais Preventório de São José, Hospital Psicopata, Palame, Subestação da CHESF, Granja São Carlos, Chácara Feitiço, Granja Pedro II, Granja Colorado e Chácara Santa Terezinha. A Granja São Carlos, com 32 casas, é o local mais povoado.

Zona Rural - Possuindo apenas 176 quilômetros quadrados de área territorial, Aracaju divide com o

Page 172: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

município de São Cristóvão, principalmente, a sua zona rural. Está na linha divisória, desde o ponto mais extremo que sai, imaginariamente da foz do rio Vaza-Barrís até o Morro do Macaco, grande parte das localidades aracajuanas consideradas rurais. São elas: Isabel Martins, Duro, Mosqueiro, Zenza, Zenza 1, Gameleira, Várzea Grande, Areia Branca, São José. Navio, Porto das Pedras, São José, Robalo, Aroeira, Guachuma, Caipe Novo, Pissava, Várzea do Poço, Terra Dura, Ponte dos Caboclos, Cajueiro, Tiririca, fazenda Nova, remanso, Bacupary, Avenida Amarela, Pitanga, Arrozal, Santa Terezinha, Aloques, Naldo, Lagoa Funda, Vista Grande, Bonsucesso e Morro do macaco. De todos os mais povoados são: Mosqueiro, com 383 residências e Robalo, com 267 residências.

Page 173: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Bibliografia Fundamental

AGUIAR, Joel MacieiraEscorso Histórico do Gabinete de Leitura de MaroimAracaju: Gráfica Gutemberg, 1927

BARRETO, Luiz AntonioO Poder Judiciário de Sergipe – 100 anos de HistóriaAracaju: Sociedade Editorial de Sergipe, 1992

BARRETO, Luiz AntonioPolítica Sergipana na República; Partidos Políticos em Sergipe; Representação de Sergipe no Congresso NacionalIn 100 anos de Eleição em Sergipe – Revista do TREAracaju: TRE/CEMEL, julho 2002

BATISTA E SILVA, HenriqueParreiras Horta – Pioneiro da Medicina Científica em SergipeAracaju: 2001

BITENCOURT, LiberatoHomens do Brasil – SergipeRio de Janeiro: Tipografia Mascote, 1917

CALASANS, JoséAracaju e outros temas sergipanosAracaju: FUNDESC/SEC, 1992

CARDOSO, WalterOração AcadêmicaAracaju: 1975 – Separata da Revista da Academia Sergipana de Letras, nº 25

CARVALHO, Vladimir SouzaA República Velha em ItabaianaAracaju: Fundação Oviêdo Teixeira, 2000

DANTAS, Luiz Carlos RollembergUm Perfil de Gonçalo de Faro RollembergAracaju: 1960 (Separata da Revista do IHGS, nº 24, Vol. XIX – 1960)

DANTAS, OrlandoA Vida Patriarcal de SergipeRio de Janeiro: Paz e Terra, 1980

FONTES, FátimaMamede Paes Mendonça – Poder e PaixãoAracaju: UNIT, s/d

GRAÇA, Tereza Cristina Cerqueira da e SOUZA, Josefa ElianaCatálogo das Escolas Municipais de Aracaju

Page 174: ACRÍSIO CRUZclientes.infonet.com.br/serigysite/includes/serigysite... · Web viewO Governo do Estado, à época sob o comando de Antonio Carlos Valadares, concluiu as obras da área

Aracaju: PMA/SEMED, 2000

GUARANÁ, ArmindoDicionário Bibliográfico SergipanoRio de Janeiro: Pongetti, 1925

LEÃO, MúcioJoão RibeiroRio de Janeiro: Livraria Agir Editora, 1960 – Coleção Nossos Clássicos, Vol. 49

LIMA, Jackson da SilvaJosé Sampaio Poesia & ProsaAracaju: Sociedade Editorial de Sergipe, 1992

MACHADO, Manoel CabralBrava Gente Sergipana e outros bravosAracaju: (Edição do autor) 1999

MATOS, J. B. deOs Monumentos Nacionais – SergipeRio de Janeiro: Imprensa Militar, 1947

MELINS, MuriloAracaju Romântica que vi e viviAracaju: (edição do autor) 2001 (2ª edição)

MENDONÇA, FernandoVítima da Ditadura e Mártir da Educação – A Defesa da Professora Nunes MendonçaRio de Janeiro: Lumen Juris, 1993

PORTO, FernandoA Cidade de Aracaju – 1855-1865Aracaju: Livraria Regina, 1945

REGIS, LeydaBebé – Subsídios para uma biografiaAracaju: Livraria Regina, 1968

REIS, João Dantas Martins dosGumercindo BessaAracaju: Livraria Regina, 1958

SANTOS, OsmárioMemórias de Políticas de Sergipe no Século XX (Org. Afonso Nascimento)Aracaju: UFS/Fundação Oviêdo Teixeira, 2002

SILVA, OlegárioJosé da Silva Ribeiro na AcademiaIn Revista da Academia, nº 15, agosto de 1961