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Livre para noticiar a verdade. Minaçu, de 25/12/2009 a 10, de janeiro de 2010 - Ano VI - Edição 1367 03 Tihaná Hirata Cientista Social, pós-graduanda em Políticas Públicas pela UFG e Agen- te de Desenvolvimento Rural do SEBRAE no município de Minaçu-Go. N o último dia 12/01, o Brasil perdeu a médi- ca pediatra e sanitarista Zilda Arns Nemman no trágico terremoto que destruiu a capital do Haiti, a ci- dade de Porto Príncipe. No nosso país, que é tão carente e que tem tanta gente que tira a comi- da da boca dos pobres – leia-se políticos cor- ruptos –, uma pessoa que se dedi- cou tanto à caridade e à vida fará imensa falta. E, acredito, que fará falta ao mundo inteiro. Fundadora da Pastoral da Criança e, depois, da Pastoral do Idoso, Zilda repre- senta a união entre importância do tratamento médico-sanitário das mazelas da saúde sem esquecer o valor da crença em Deus e em princípios humanos e religiosos. Se hoje temos em nossa ci- dade a presença da Pastoral da Criança, isso se deve ao trabalho dessa mulher corajosa e de cen- tenas de outras pessoas pioneiras que, como formiguinhas, inicia- ram o trabalho de combate à des- nutrição infantil e cuidados com as gestantes. Pela sua luta em prol das crianças e mães necessitadas, a médica ganhou diversos prêmios nacionais e internacionais, entre os quais se destacam Prêmio Rei Juan Carlos da Espanha, o Opus Prize nos E.U.A. e a medalha Sérgio Vieira de Mello do Parlamento Mundial de Segurança e Paz, além de ter sido in- dicada ao Prêmio Nobel da Paz. Porém, imagino que, para ela, o maior prêmio foi ter contribu- ído para a melhoria das condições de vida de milhares de pessoas. Zilda viajava por todo o mundo divulgando o trabalho realizado no Brasil e espalhando a Pastoral em diversos países, principalmente na África. Quis o Senhor que ela estivesse no Hai- ti no momento do terremoto que abalou Porto Príncipe. Zilda Arns deixa sua marca na história do nosso país entre os cidadãos que de fato fizeram algo para mudar o mundo. E aqui, no jornal O Repórter, deixo um regis- tro para que não nos esqueçamos do legado dessa mulher e que pos- samos refletir sobre o nosso papel na sociedade e em como podemos interferir e mudar a realidade, que não precisa ser tão triste. Minhas sinceras condolências à família e ao Brasil. Tributo à Zilda Arns Prefeito diz que ruas serão recapeadas Minaçu Tihaná Hirata D epois de muitos anos de espera finalmente uma boa noticia para a população minaçuense. Em entrevista ao Jornal O Repór- ter, após reunião com todo o Secretariado, o Prefeito Cíce- ro Romão Rodrigues disse que apesar das dificuldades decidiu que a partir de agora a Prefei- tura vai trabalhar para investir, todo mês, no mínimo 250 mil reais em pavimentação com as- falto. Segundo o Prefeito no ano passado foram gastos aproxi- madamente 1 milhão de reais com operação tapa buraco e de nada adiantou, pois, os bura- cos continuam da mesma for- ma. “Chegamos à conclusão de que apesar da necessidade da imediata restauração do as- falto (tapa buraco), facilitando assim,mesmo que temporaria- mente o dia a dia dos cidadãos, não dá mais para jogar dinhei- ro fora. O problema retorna em poucos dias como se nada tivesse sido feito”, explicou o Prefeito. E para acabar de vez com os buracos, que estão por ai, apesar do esforço da adminis- tração quase que continuamen- te, só existe uma solução, o recapeamento. “Sabemos que é impossível realizar tão grande obra de imediato. Mas preten- demos, já a partir do mês de março, iniciar o recapeamento das principais ruas e avenidas mesmo que parcialmente. O nosso projeto é audacioso, digo isso pela grandiosidade do va- lor que é preciso ser aplicado, ou seja, para sanar de vez todo o problema asfaltico de Mina- çu é preciso, no mínimo, um investimento de 25 milhões de reais”, informou Cícero Ro- mão. Continuando o Prefeito frisou que “o município não comporta sozinho um inves- timento desse porte na atual conjuntura, mesmo que a lon- go prazo. Explicou que desde o ano passado tem buscado par- cerias junto aos Governos do Estado e Federal, através dos Deputados e Senadores repre- sentantes de Goiás, “para po- dermos pelo menos amenizar parte deste problema que afeta praticamente toda a cidade de Minaçu. E o primeiro passo já foi dado, o Deputado Federal, Carlos Alberto Silva, através de uma emenda pessoal liberou 1 milhão de reais para ajudar nesse projeto, que é de recapear Minaçu. Mas nossa luta só está começando, acreditamos que os senadores Demostenes Tor- res e Marconi Perillo também vão contribui com liberação de mais verbas, e, assim, no futuro teremos uma cidade onde a po- pulação irá se orgulhar. Esse é nosso pensamento, queremos o melhor para Minaçu. E mesmo com muito sacrifício vamos fa- zer”, finalizou. Prefeitura vai trabalhar para investir, todo mês, no mínimo 250 mil reais em pavimentação com asfalto. O prefeito, Cícero Ro- mão Rodrigues, atra- vés da Secretaria Municipal de Obras e Ação Urbana, ja autorizou a empresa Almeida Neves Ltda a iniciar a construção da orla do Lago de Cana Brava (Canalização do Córrego Amianto) no Períme- tro Urbano – Centro, da estaca 0+00 à estaca 11,00 (1ª Etapa). A obra está orçada em 720 mil reais. De acordo com o secretário Pastor Geraldo Mendonça, serão muitos os benefícios para a população de Minaçu, principalmente com geração de empregos. O início dos trabalhos deverá acontecer a parti de março quando inicia a estiagem. O secretário obser- vou também que a Canalização do Córrego Amianto será feita em parceria do município com o Governo Federal, com um custo de 12 milhões de reais. A obra não envolve só a construção do canal, mas tam- bém novos acessos e drenagem pluvial. O projeto prevê ainda o direcionamento do curso da água, evitando enchentes que ocorreram mesmo que ocasionalmente, melhoria na urbanização (paisagem) com o fim das grotas e combate à poluição do Córrego, evitando despejo de esgoto sanitário no lago de Cana Brava. Mais duas obras O Prefeito autorizou tam- bém iniciar a implantação da iluminação na Orla do Lago de Cana Brava. O objetivo é proporcionar às crianças mais lazer, principalmente porque após o expediente os pais pode- rão levar seus filhos até a praia já que o parque infantil esta- rá iluminado. Será iluminada também toda a área de Espor- tes na Praia do Sol. Com isso a sociedade poderá usufruir me- lhor das práticas poliesportivas no período noturno. Serão ilu- minadas quatro quadras, sendo duas de areia e duas de futebol de salão. O inicio da obra está previsto para 22 de feverei- ro. Trata-se de outra parceria com o Governo Federal, que será concluída em apenas uma etapa. O custo deverá ficar em torno de 442 mil reais. Saúde Outra obra de suma im- portância para sociedade Mi- naçuese, também autorizada pelo Prefeito Cícero Romão, foi a reforma e ampliação do Posto de Saúde ( PSF-OSEGO) na rua do Fosfato, esquina com a avenida Perimetral Leste Se- tor, Marajoara. Segundo o Pre- feito esta reforma e ampliação têm como objetivo melhorar o atendimento básico à saú- de - estruturação com novos equipamentos, modernização e maior conforto da comunida- de, além da geração de empre- gos. O inicio está previsto para 1ª quinzena de março. O custo será de 143 mil reais. Prefeito lança pacote de obra H á quatro décadas a co- municação no Brasil vem sendo marcada por uma batalha de classe que até aqui serviu ape- nas para denegrir a ima- gem de tão nobres pro- fissionais como são os jornalistas. Diga-se os verdadeiros jornalistas! Travada no Regime Militar para combater os “Carlos Lacerdas e Geraldos Vandrés” da época, esta guerra introduziu no mercado de trabalho pessoas sem nenhuma ética, que a todo instante agridem as mais elementares normas de convívio social. Despreparados para a pro- fissão, sem a vocação quase que sacerdotal que os verdadeiros jornalistas trazem de berço, mas, motivados apenas pela ganância por um bom emprego, pelo status do saber, mesquinhos sentimen- tos estimulados pelas promessas do Militarismo de que a profissão criada pelo AI-5 era promissora, muita gente se meteu a aprender a ser intelectual. Hoje, atormenta- dos pelo desemprego, manifestam seu desespero de várias formas. Durante bom tempo tentavam ganhar uma vaga no mercado de trabalho mentindo para a socieda- de, dizendo a todo instante que os jornalistas não diplomados seriam excluídos. O Supremo Tribunal Federal honrou os parlamenta- res que se debruçaram por quase dois anos para elaborar a nossa Lei Máxima, a Constituição Fe- deral. Mesmo assim, mais furio- sos ainda, os “doutores” tentam enganar a sociedade. Ora, ora! Não perceberam que os meios de comunicação, ou seja, as fontes de emprego não são botequins que nas- cem a todo instante e sobrevivem de qualquer jeito. Agora, quando as faculdades promoveram enxurradas e mais enxurradas de mão-de-obra no mercado, ao in- vés de pressionar seus sindicatos para buscarem soluções inteligen- tes ficam se fazendo de vítima, jogando a culpa na concorrência. Esquecem que o mercado de tra- balho sempre soube e, agora, sabe mais do que nunca escolher seus profissionais, portanto, não há es- paço para a incompetência. O choro é livre, mas o mer- cado de trabalho também é livre para escolher. Chega de discutir se fulano é diplomado e beltrano não é. Vamos escrever, vamos fa- zer jornal, vamos produzir meios alternativos de imprensa, compe- tir com inteligência, servir a so- ciedade com produtos eficientes. Se você não tem diploma e é me- lhor que o fulano diplomado, ou vice-versa, pode ter certeza que o mercado te reconhecerá e te valo- rizará. O Brasil, apesar de aparências de ser o paraíso de picaretas, tem procurado ser um País sério. Vamos dar a nossa contribuição. Vamos ser democráticos e respeitar a Lei Máxima. Quem é intelectual tem de ser livre; quem não é tem sua liberdade de aprender a ser. Quem não sabe... Que aprenda saber Por Antônio Carlos

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01/02 a 15/02/10 edição 138 Minaçu Go.

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Livre para noticiar a verdade. Minaçu, de 25/12/2009 a 10, de janeiro de 2010 - Ano VI - Edição 1367 03

Tihaná Hirata Cientista Social, pós-graduanda em Políticas Públicas pela UFG e Agen-te de Desenvolvimento Rural do SEBRAE no município de Minaçu-Go.

No último dia 12/01, o Brasil perdeu a médi-ca pediatra e

sanitarista Zilda Arns Nemman no trágico terremoto que destruiu a capital do Haiti, a ci-dade de Porto Príncipe. No nosso país, que é tão carente e que tem tanta gente que tira a comi-da da boca dos pobres – leia-se políticos cor-ruptos –, uma pessoa que se dedi-cou tanto à caridade e à vida fará imensa falta. E, acredito, que fará falta ao mundo inteiro. Fundadora da Pastoral da Criança e, depois, da Pastoral do Idoso, Zilda repre-senta a união entre importância do tratamento médico-sanitário das mazelas da saúde sem esquecer o valor da crença em Deus e em princípios humanos e religiosos.

Se hoje temos em nossa ci-dade a presença da Pastoral da Criança, isso se deve ao trabalho dessa mulher corajosa e de cen-tenas de outras pessoas pioneiras que, como formiguinhas, inicia-ram o trabalho de combate à des-nutrição infantil e cuidados com as gestantes.

Pela sua luta em prol das crianças e mães necessitadas, a médica ganhou diversos prêmios

nacionais e internacionais, entre os quais se destacam Prêmio Rei

Juan Carlos da Espanha, o Opus Prize nos E.U.A. e a medalha Sérgio Vieira de Mello do Parlamento Mundial de Segurança e Paz, além de ter sido in-dicada ao Prêmio Nobel da Paz. Porém, imagino que, para ela, o maior prêmio foi ter contribu-ído para a melhoria das

condições de vida de milhares de pessoas. Zilda viajava por todo o mundo divulgando o trabalho realizado no Brasil e espalhando a Pastoral em diversos países, principalmente na África. Quis o Senhor que ela estivesse no Hai-ti no momento do terremoto que abalou Porto Príncipe.

Zilda Arns deixa sua marca na história do nosso país entre os cidadãos que de fato fizeram algo para mudar o mundo. E aqui, no jornal O Repórter, deixo um regis-tro para que não nos esqueçamos do legado dessa mulher e que pos-samos refletir sobre o nosso papel na sociedade e em como podemos interferir e mudar a realidade, que não precisa ser tão triste. Minhas sinceras condolências à família e ao Brasil.

Tributo à Zilda ArnsPrefeito diz que ruas serão recapeadas

Minaçu

Tihaná Hirata

Depois de muitos anos de espera finalmente uma boa noticia para

a população minaçuense. Em entrevista ao Jornal O Repór-ter, após reunião com todo o Secretariado, o Prefeito Cíce-ro Romão Rodrigues disse que apesar das dificuldades decidiu que a partir de agora a Prefei-tura vai trabalhar para investir, todo mês, no mínimo 250 mil reais em pavimentação com as-falto.

Segundo o Prefeito no ano passado foram gastos aproxi-madamente 1 milhão de reais com operação tapa buraco e de nada adiantou, pois, os bura-cos continuam da mesma for-ma. “Chegamos à conclusão de que apesar da necessidade da imediata restauração do as-falto (tapa buraco), facilitando assim,mesmo que temporaria-mente o dia a dia dos cidadãos, não dá mais para jogar dinhei-ro fora. O problema retorna

em poucos dias como se nada tivesse sido feito”, explicou o Prefeito.

E para acabar de vez com os buracos, que estão por ai, apesar do esforço da adminis-tração quase que continuamen-te, só existe uma solução, o recapeamento. “Sabemos que é impossível realizar tão grande obra de imediato. Mas preten-demos, já a partir do mês de março, iniciar o recapeamento das principais ruas e avenidas mesmo que parcialmente. O nosso projeto é audacioso, digo isso pela grandiosidade do va-lor que é preciso ser aplicado, ou seja, para sanar de vez todo o problema asfaltico de Mina-çu é preciso, no mínimo, um investimento de 25 milhões de reais”, informou Cícero Ro-mão.

Continuando o Prefeito frisou que “o município não comporta sozinho um inves-timento desse porte na atual

conjuntura, mesmo que a lon-go prazo. Explicou que desde o ano passado tem buscado par-cerias junto aos Governos do Estado e Federal, através dos Deputados e Senadores repre-sentantes de Goiás, “para po-dermos pelo menos amenizar parte deste problema que afeta praticamente toda a cidade de Minaçu. E o primeiro passo já foi dado, o Deputado Federal, Carlos Alberto Silva, através de uma emenda pessoal liberou 1 milhão de reais para ajudar nesse projeto, que é de recapear Minaçu. Mas nossa luta só está começando, acreditamos que os senadores Demostenes Tor-res e Marconi Perillo também vão contribui com liberação de mais verbas, e, assim, no futuro teremos uma cidade onde a po-pulação irá se orgulhar. Esse é nosso pensamento, queremos o melhor para Minaçu. E mesmo com muito sacrifício vamos fa-zer”, finalizou.

Prefeitura vai trabalhar para investir, todo mês, no mínimo 250 mil reais em pavimentação com asfalto.

O prefeito, Cícero Ro-mão Rodrigues, atra-vés da Secretaria

Municipal de Obras e Ação Urbana, ja autorizou a empresa Almeida Neves Ltda a iniciar a construção da orla do Lago de Cana Brava (Canalização do Córrego Amianto) no Períme-tro Urbano – Centro, da estaca 0+00 à estaca 11,00 (1ª Etapa).

A obra está orçada em 720 mil reais. De acordo com o secretário Pastor Geraldo Mendonça, serão muitos os benefícios para a população de Minaçu, principalmente com geração de empregos. O início dos trabalhos deverá acontecer a parti de março quando inicia a estiagem. O secretário obser-vou também que a Canalização do Córrego Amianto será feita em parceria do município com o Governo Federal, com um custo de 12 milhões de reais.

A obra não envolve só a construção do canal, mas tam-

bém novos acessos e drenagem pluvial. O projeto prevê ainda o direcionamento do curso da água, evitando enchentes que ocorreram mesmo que ocasionalmente, melhoria na urbanização (paisagem) com o fim das grotas e combate à poluição do Córrego, evitando despejo de esgoto sanitário no lago de Cana Brava.

Mais duas obras O Prefeito autorizou tam-

bém iniciar a implantação da iluminação na Orla do Lago de Cana Brava. O objetivo é proporcionar às crianças mais lazer, principalmente porque após o expediente os pais pode-rão levar seus filhos até a praia já que o parque infantil esta-rá iluminado. Será iluminada também toda a área de Espor-tes na Praia do Sol. Com isso a sociedade poderá usufruir me-lhor das práticas poliesportivas no período noturno. Serão ilu-minadas quatro quadras, sendo

duas de areia e duas de futebol de salão. O inicio da obra está previsto para 22 de feverei-ro. Trata-se de outra parceria com o Governo Federal, que será concluída em apenas uma etapa. O custo deverá ficar em torno de 442 mil reais.

SaúdeOutra obra de suma im-

portância para sociedade Mi-naçuese, também autorizada pelo Prefeito Cícero Romão, foi a reforma e ampliação do Posto de Saúde ( PSF-OSEGO) na rua do Fosfato, esquina com a avenida Perimetral Leste Se-tor, Marajoara. Segundo o Pre-feito esta reforma e ampliação têm como objetivo melhorar o atendimento básico à saú-de - estruturação com novos equipamentos, modernização e maior conforto da comunida-de, além da geração de empre-gos. O inicio está previsto para 1ª quinzena de março. O custo será de 143 mil reais.

Prefeito lança pacote de obra

Há quatro décadas a co-municação no Brasil vem sendo marcada por

uma batalha de classe que até aqui serviu ape-nas para denegrir a ima-gem de tão nobres pro-fissionais como são os jornalistas. Diga-se os verdadeiros jornalistas! Travada no Regime Militar para combater os “Carlos Lacerdas e Geraldos Vandrés” da época, esta guerra introduziu no mercado de trabalho pessoas sem nenhuma ética, que a todo instante agridem as mais elementares normas de convívio social.

Despreparados para a pro-fissão, sem a vocação quase que sacerdotal que os verdadeiros jornalistas trazem de berço, mas, motivados apenas pela ganância por um bom emprego, pelo status do saber, mesquinhos sentimen-tos estimulados pelas promessas do Militarismo de que a profissão criada pelo AI-5 era promissora, muita gente se meteu a aprender a ser intelectual. Hoje, atormenta-dos pelo desemprego, manifestam seu desespero de várias formas. Durante bom tempo tentavam ganhar uma vaga no mercado de trabalho mentindo para a socieda-de, dizendo a todo instante que os jornalistas não diplomados seriam excluídos. O Supremo Tribunal Federal honrou os parlamenta-res que se debruçaram por quase dois anos para elaborar a nossa Lei Máxima, a Constituição Fe-deral. Mesmo assim, mais furio-

sos ainda, os “doutores” tentam enganar a sociedade. Ora, ora! Não perceberam que os meios de

comunicação, ou seja, as fontes de emprego não são botequins que nas-cem a todo instante e sobrevivem de qualquer jeito. Agora, quando as faculdades promoveram

enxurradas e mais enxurradas de mão-de-obra no mercado, ao in-vés de pressionar seus sindicatos para buscarem soluções inteligen-tes ficam se fazendo de vítima, jogando a culpa na concorrência. Esquecem que o mercado de tra-balho sempre soube e, agora, sabe mais do que nunca escolher seus profissionais, portanto, não há es-paço para a incompetência.

O choro é livre, mas o mer-cado de trabalho também é livre para escolher. Chega de discutir se fulano é diplomado e beltrano não é. Vamos escrever, vamos fa-zer jornal, vamos produzir meios alternativos de imprensa, compe-tir com inteligência, servir a so-ciedade com produtos eficientes. Se você não tem diploma e é me-lhor que o fulano diplomado, ou vice-versa, pode ter certeza que o mercado te reconhecerá e te valo-rizará.

O Brasil, apesar de aparências de ser o paraíso de picaretas, tem procurado ser um País sério. Vamos dar a nossa contribuição. Vamos ser democráticos e respeitar a Lei Máxima. Quem é intelectual tem de ser livre; quem não é tem sua liberdade de aprender a ser.

Quem não sabe... Que aprenda saberPor Antônio Carlos