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ACORDO DE EMPRESA 2009 Santa Casa da Misericórdia de Lisboa Publicado no BTE nº 6, de 15/02/2009

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  • ACORDO DE EMPRESA 2009

    Santa Casa da Misericrdia de Lisboa

    Publicado no BTE n 6, de 15/02/2009

  • OS DIREITOS DOS TRABALHADORES

    CONQUISTAM-SE

    ATRAVS DA NEGOCIAO

    DEFENDEM-SE:

    CONHECENDO-OS;

    EXIGINDO A SUA APLICAO.

    SINTTAV, O TEU SINDICATO

  • MENSAGEM E SAUDAO

    O processo de negociao que conduziu ao 1 Acordo aplicvel aos trabalhadores da SCML, celebrado entre as partes envolvidas, culminou com a assinatura do texto em 23 de Janeiro pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicaes e Audiovisual - SINTTAV, tal como os restantes Sindicatos com os quais formamos uma mesa Negocial.

    O AE foi publicado no BTE n 6 de 15.02.2009 e o SINTTAV decidiu elaborar esta brochura com o contedo integral do referido Acordo e incluir nela esta mensagem-saudao e relembrar atravs dela alguns aspectos fundamentais.

    O resultado da negociao dum Acordo , em regra, proporcional fora dos Sindicatos que o negoceiam, fora essa que os trabalhadores lhes do.

    Uma verdade que evidente e constantemente repetida mas que nem por isso deve deixar de o continuar a ser, que s h negociao onde existem sindicatos, ou seja, onde h trabalhadores sindicalizados.

    Assim a realidade na SCML e no obstante a representao sindical estar distribuda por cerca de 27 Sindicatos, foi possvel encetar um processo negocial, com muitas dificuldades certo, a comear pelas 7 mesas negociais iniciais.

    Por outro lado, era o primeiro Instrumento de Contratao Colectiva para os trabalhadores da SCML, com uma outra dificuldade acrescida, em que uma parte dos trabalhadores tm estatuto de funcionrios pblicos e a outra parte de trabalhadores do sector privado, logo o Instrumento que abrange uns no se aplica a outros.

    Claro est que um primeiro Acordo sempre um processo difcil, porque o primeiro, porque as matrias a incluir so vastas e complexas, porque cada uma das entidades intervenientes parte de posies muito distantes e s vezes at opostas e a procura de um ponto de consenso no fcil e demora tempo.

    Foi isto tudo que aconteceu no processo negocial da SCML e isso justifica os meses que o processo demorou.

    Porm, chegamos ao final deste processo, conseguimos levar o barco a bom porto, valeu a pena o esforo dispendido e os trabalhadores da SCML tm hoje um Instrumento de Contratao Colectiva que regula os direitos e os deveres das partes, porque empregados e empregador, uns e outros, tm deveres e direitos.

    Para que os direitos sejam exercidos na plenitude, nada melhor que conhec-los.

    Por isso o SINTTAV fez esta Brochura que contm o AE integral.

    Mas o processo no pra aqui. A Contratao Colectiva um processo dinmico, a um Acordo segue-se outro e assim ao Acordo Global, seguiu-se logo o Acordo Salarial para 2009.

    No tempo sempre possvel ir revendo e corrigindo situaes, por isso o AE contm a disposio de uma Comisso Paritria composta por 3 elementos efectivos e 3 suplentes em representao de cada uma das partes. O SINTTAV ocupa um dos lugares efectivos da referida Comisso.

    Para terminar, queremos saudar todos os trabalhadores da SCML, uns porque so sindicalizados, se revem nos Sindicatos e lhes deram fora para agir na defesa dos seus direitos conquistando assim o primeiro AE (Acordo de Empresa), outros que a seguir se sindicalizaro, j que os Sindicatos so a fora dos trabalhadores sindicalizados e quanto mais fortes forem, melhores condies tm para continuar a sua mais nobre funo - DEFENDER OS TRABALHADORES.

    A Direco do SINTTAV

    AE entre Santa Casa da Misericrdia de Lisboa e o SINTTAV

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  • NDICE Pg.

    Mensagem e Saudao.................................................................................................................................................. 3 Organizaes subscritoras............................................................................................................................................ 9 CAPTULO I - mbito, vigncia e cessao Clusula 1. - mbito de aplicao.............................................................................................................................. 9 Clusula 2. - Regime aplicvel .................................................................................................................................. 10 Clusula 3. - Vigncia e sobrevigncia.................................................................................................................... 10 Clusula 4. - Denncia ................................................................................................................................................. 10 Clusula 5. - Cessao................................................................................................................................................. 11 CAPTULO II - Recrutamento, admisso e vnculo contratual Clusula 6. - Condies de admisso ....................................................................................................................... 11 Clusula 7. - Vnculos contratuais, forma e formalidades .................................................................................... 11 Clusula 8. - Teletrabalho........................................................................................................................................... 12 Clusula 9. - Contratos a termo................................................................................................................................. 13 Clusula 10. - Perodo experimental........................................................................................................................ 13 CAPTULO III - Direitos de personalidade Clusula 11. - Reserva da intimidade da vida privada ...................................................................................... 14 Clusula 12. - Proteco de dados pessoais .......................................................................................................... 14 Clusula 13. - Testes e exames mdicos.................................................................................................................. 15 Clusula 14. - Meios de vigilncia distncia....................................................................................................... 15 Clusula 15. - Confidencialidade de mensagens e acesso a informao ........................................................ 15 Clusula 16. - Utilizao de dados biomtricos..................................................................................................... 15 CAPTULO IV - Igualdade e no discriminao Clusula 17. - Direito igualdade no acesso ao emprego, na promoo e formao profissional e nas condies de trabalho............................................................... 16 Clusula 18. - Proibio de discriminao .............................................................................................................. 16 Clusula 19. - Assdio ................................................................................................................................................. 16 CAPTULO V - Direitos, deveres e garantias das partes Clusula 20. - Princpios gerais.................................................................................................................................. 16 Clusula 21. - Deveres da SCML............................................................................................................................... 17 Clusula 22. - Deveres dos trabalhadores.............................................................................................................. 18 Clusula 23. - Garantias dos trabalhadores .......................................................................................................... 18 CAPTULO VI - Conciliao entre a vida profissional e a vida familiar Clusula 24. - Proteco da maternidade e da paternidade ............................................................................ 19 Clusula 25. - Licena por paternidade .................................................................................................................. 19 Clusula 26. - Assistncia a menor com deficincia............................................................................................... 20 Clusula 27. - Adopo............................................................................................................................................... 20 Clusula 28. - Dispensas para consultas pr -natais, amamentao e aleitao........................................... 20 Clusula 29. - Faltas para assistncia a menores e a pessoa com deficincia ou doena crnica............. 21 Clusula 30. - Faltas para assistncia a outros membros do agregado familiar........................................... 21 Clusula 31. - Faltas para assistncia a netos ....................................................................................................... 21 Clusula 32. - Licena parental e especial para assistncia a filho ou adoptado......................................... 22

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    Clusula 33. - Tempo de trabalho ............................................................................................................................ 22 Clusula 34. - Preferncia na admisso ao trabalho a tempo parcial............................................................. 22 Clusula 35. - Trabalho suplementar........................................................................................................................ 23 Clusula 36. - Trabalho no perodo nocturno ......................................................................................................... 23 Clusula 37. - Reinsero profissional...................................................................................................................... 23 Clusula 38. - Proteco da sade e segurana ................................................................................................... 23 Clusula 39. - Regime das licenas, faltas e dispensas........................................................................................ 24 Clusula 40. - Proteco no despedimento............................................................................................................. 24 Clusula 41. - Transferncia do local de trabalho por solicitao do trabalhador ...................................... 25 CAPTULO VII - Segurana, higiene e sade no trabalho Clusula 42. - Princpios gerais.................................................................................................................................. 26 Clusula 43. - Deveres especficos da SCML.......................................................................................................... 26 Clusula 44. - Deveres especiais dos trabalhadores ............................................................................................ 27 Clusula 45. - Formao geral em segurana, higiene e sade no trabalho .................................................. 27 Clusula 46. - Participao dos trabalhadores e seus representantes ............................................................. 28 Clusula 47. - Comisso de segurana, higiene e sade no trabalho............................................................... 28 Clausula 48. - Medicina do trabalho e vigilncia da sade............................................................................... 29 Clusula 49. - Regulamento geral de segurana, higiene e sade no trabalho ............................................. 30 Clusula 50. - Preveno de lcool e drogas ........................................................................................................ 30 Clusula 51. - Preveno do tabagismo.................................................................................................................. 30 CAPTULO VIII - Enquadramento e evoluo profissional SECO I - Disposio geral Clusula 52. - Estruturao ......................................................................................................................................... 31 SECO II - Disposies especiais aplicveis ao exerccio de funes de enquadramento e secretariado pessoal Clusula 53. - Funes dirigentes e de chefia ........................................................................................................ 31 Clusula 54. - Funes de coordenao de projectos .......................................................................................... 31 Clusula 55. - Competncia para a contratao de pessoal dirigente, de chefia e de coordenao ..... 31 Clusula 56. - Regime de exerccio de funes de enquadramento ................................................................. 31 Clusula 57. - Acordo de comisso de servio ....................................................................................................... 32 Clusula 58. - Chefe de gabinete, assessorias e secretariado pessoal............................................................ 32 Clusula 59. - Chefias de carreira............................................................................................................................ 32 CAPTULO IX - Evoluo, avaliao e formao profissional Clusula 60. - Princpios gerais.................................................................................................................................. 33 Clusula 61. - Progresso em nvel carreira/categoria....................................................................................... 33 Clusula 62. - Avaliao de desempenho............................................................................................................... 33 Clusula 63. - Sistema de avaliao de desempenho na SCML ........................................................................ 34 Clusula 64. - Formao profissional e certificao ............................................................................................. 34 CAPTULO X - Prestao de trabalho SECO I - Disposies gerais Clusula 65. - Princpio geral..................................................................................................................................... 35 Clusula 66. - Funes desempenhadas................................................................................................................... 35 Clusula 67. - Mobilidade funcional......................................................................................................................... 35 SECO II - Local de trabalho Clusula 68. - Noo ................................................................................................................................................... 36

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  • SECO III - Durao e organizao do tempo de trabalho Clusula 69. - Perodo de funcionamento................................................................................................................ 37 Clusula 70. - Tempo de trabalho ............................................................................................................................ 36 Clusula 71. - Perodo normal de trabalho ............................................................................................................ 36 Clusula 72. - Adaptabilidade.................................................................................................................................. 37 Clusula 73. - Horrio de trabalho .......................................................................................................................... 37 Clusula 74. - Horrio flexvel................................................................................................................................... 38 Clusula 75. - Horrio acrescido............................................................................................................................... 38 Clusula 76. - Trabalho suplementar........................................................................................................................ 38 Clusula 77. - Trabalho por turnos ........................................................................................................................... 39 Clusula 78. - Trabalho nocturno .............................................................................................................................. 40 Clusula 79. - Iseno de horrio de trabalho ...................................................................................................... 40 Clusula 80. - Regime de preveno ....................................................................................................................... 40 Clusula 81. - Registo .................................................................................................................................................. 40 CAPTULO XI - Suspenso da prestao de trabalho SECO I - Descanso semanal Clusula 82. - Descanso dirio e semanal............................................................................................................... 41 SECO II - Feriados e suspenso ocasional Clusula 83. - Feriados obrigatrios ........................................................................................................................ 41 Clusula 84. - Feriados facultativos.......................................................................................................................... 42 Clusula 85. - Concesso de dispensas ................................................................................................................... 42 SECO III - Frias Clusula 86. - Perodo anual de frias .................................................................................................................... 42 Clusula 87. - Frias no ano da admisso .............................................................................................................. 43 Clusula 88. - Frias nos contratos com durao inferior a seis meses ............................................................. 43 Clusula 89. - Gozo das frias.................................................................................................................................. 43 Clusula 90. - Marcao do perodo de frias ..................................................................................................... 43 Clusula 91. - Efeitos da suspenso do contrato de trabalho por impedimento prolongado ..................... 44 Clusula 92. - Efeitos da cessao do contrato de trabalho .............................................................................. 44 SECO IV - Faltas e licenas sem retribuio Clusula 93. - Controlo e registo de assiduidade ................................................................................................. 44 Clusula 94. - Noo de falta ................................................................................................................................... 45 Clusula 95. - Tipos de faltas .................................................................................................................................... 45 Clusula 96. - Comunicao e justificao das faltas........................................................................................... 46 Clusula 97. - Efeito das faltas justificadas ............................................................................................................ 46 Clusula 98. - Efeitos das faltas injustificadas ........................................................................................................ 47 Clusula 99. - Efeitos das faltas no direito a frias.............................................................................................. 47 Clusula 100. - Licenas sem retribuio ................................................................................................................. 47 CAPTULO XII - Retribuio e outras atribuies patrimoniais Clusula 101. - Princpios gerais ............................................................................................................................... 48 Clusula 102. - Subsdio de frias............................................................................................................................ 48 Clusula 103. - Subsdio de Natal ............................................................................................................................ 49 Clusula 104. - Horrio acrescido ............................................................................................................................ 49 Clusula 105. - Trabalho suplementar ..................................................................................................................... 49 Clusula 106. - Iseno de horrio de trabalho.................................................................................................... 49

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  • Clusula 107. - Trabalho nocturno ............................................................................................................................ 50 Clusula 108. - Subsdio de turno ............................................................................................................................. 50 Clusula 109. - Subsdio de penosidade/insalubridade ..................................................................................... 50 Clusula 110. - Subsdio de preveno ................................................................................................................... 50 Clusula 111. - Subsdio de refeio ....................................................................................................................... 51 Clusula 112. - Abono para falhas .......................................................................................................................... 51 Clusula 113. - Despesas com transportes e ajudas de custo............................................................................. 51 Clusula 114. - Creche e jardins-de-infncia ......................................................................................................... 52 Clusula 115. - Retribuio por prestao temporria como formador .......................................................... 52 CAPTULO XIII - Cessao do contrato de trabalho Clusula 116. - Regime de cessao do contrato de trabalho........................................................................... 52 CAPTULO XIV - Disciplina laboral Clusula 117. - Poder e competncia disciplinar................................................................................................... 52 Clusula 118. - Infraco disciplinar ........................................................................................................................ 52 Clusula 119. - Exerccio do procedimento disciplinar ......................................................................................... 53 Clusula 120. - Sanes disciplinares....................................................................................................................... 53 Clusula 121. - Procedimento disciplinar................................................................................................................. 54 Clusula 122. - Deciso............................................................................................................................................... 55 CAPTULO XV - Exerccio da actividade sindical na SCML Clusula 123. - Princpios gerais ............................................................................................................................... 55 Clusula 124. - Organizao sindical na SCML .................................................................................................... 55 Clusula 125. - Comunicaes SCML .................................................................................................................... 56 Clusula 126. - Direito de informao e consulta.................................................................................................. 56 Clusula 127. - Crdito de horas e regime de faltas dos dirigentes e delegados sindicais ....................... 57 Clusula 128. - Direito a instalaes para actividade sindical na SCML......................................................... 57 Clusula 129. - Direito de reunio na SCML .......................................................................................................... 57 Clusula 130. - Reunies da comisso sindical e intersindical com a SCML..................................................... 58 Clusula 131. - Formalizao .................................................................................................................................... 58 Clusula 132. - Garantias dos trabalhadores com funes sindicais ................................................................ 58 CAPTULO XVI - Disposies finais Clusula 133. - Comisso paritria......................................................................................................................... 59 Clusula 134. - Composio da comisso paritria ............................................................................................. 59 Clusula 135. - Funcionamento da comisso paritria ......................................................................................... 59 Clusula 136. - Deliberaes da comisso paritria............................................................................................ 60 Clusula 137. - Garantia de direitos ....................................................................................................................... 60 Clusula 138. - Revogao ........................................................................................................................................ 60 Clusula 139. - Mediao laboral............................................................................................................................ 60 Clusula 140. - Norma transitria............................................................................................................................. 60 Clusula 141. - Produo de efeitos ........................................................................................................................ 60 Sumrio executivo........................................................................................................................................................... 61 ANEXO I - Grupos profissionais e contedos funcionais......................................................................................... 62 ANEXO II - Retribuio e outras atribuies patrimoniais...................................................................................... 70 ANEXO III - Carreiras profissionais, nveis salariais e condies de ingresso.................................................... 71 ANEXO IV - Normas de concurso para promoo nas carreiras de enfermagem........................................... 77

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  • AE entre a Santa Casa da Misericrdia de Lisboa e o SPGL - Sindicato

    dos Professores da Grande Lisboa e outros Entre a Santa Casa da Misericrdia de Lisboa, doravante designada de SCML, pessoa colectiva de utilidade pblica administrativa, nos termos do artigo 1., n. 1, dos Estatutos aprovados pelo Decreto -Lei n. 322/91, de 26 de Agosto, com sede no Largo de Trindade Coelho em Lisboa, pessoa colectiva com o n. 500745471, neste acto representada pelo provedor Rui Antnio Ferreira da Cunha, ao abrigo da alnea c) do n. 1 do artigo 16. dos Estatutos; e

    SPGL Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, com sede na Rua de Fialho de Almeida, 3, 1070 -128 Lisboa;

    SNP Sindicato Nacional dos Psiclogos, com sede na Rua do Jardim do Tabaco, 90, 2., direito, 1100 -288 Lisboa;

    SCTS Sindicato das Cincias e Tecnologias da Sade, com sede na Rua do Dr. Campos Monteiro, 170, 4465 -049 So Mamede de Infesta;

    SFP Sindicato dos Fisioterapeutas Portugueses, com sede no Apartado 146, EC Rebelva, 2776 -902 Carcavelos;

    SINTTAV Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicaes e Audiovisual, com sede na Avenida de Miguel Bombarda, 50, 3., 1050 -166 Lisboa;

    Na qualidade de, respectivamente, empregadora e associaes sindicais representantes dos trabalhadores da SCML:

    celebrado, hoje, dia 23 de Janeiro de 2009, o presente acordo de empresa, nos seguintes termos:

    CAPTULO I mbito, vigncia e cessao

    Clusula 1. mbito de aplicao

    1 O presente acordo para a Santa Casa da Misericrdia de Lisboa, adiante designado por acordo, obriga a Santa Casa da Misericrdia de Lisboa, adiante designada por SCML, e todos os trabalhadores ao seu servio vinculados por contrato individual de trabalho representados pelas associaes sindicais outorgantes, bem como aqueles que, individualmente, a ele queiram aderir. 2 O acordo obriga tambm, independentemente da natureza do seu vnculo contratual com a SCML, na parte que no seja incompatvel com o estatuto legal que lhe for aplicvel, o pessoal que exerce funes dirigentes, de chefia, de coordenao de projectos e de secretariado pessoal dos membros da mesa, de direces de departamentos e das funes dirigentes, representados pelas associaes sindicais outorgantes. 3 O presente acordo aplica-se a 1 empregador e a um universo de cerca de 2500

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  • trabalhadores da SCML.

    Clusula 2. Regime aplicvel

    1 Aos trabalhadores da SCML previstos na clusula anterior aplicvel o regime constante do acordo e das deliberaes da comisso paritria que o venham a interpretar ou integrar. 2 Fazem parte integrante do AE os anexos I, Grupos profissionais e contedos funcionais, II, Retribuio e outras atribuies patrimoniais, III, Carreiras profissionais, nveis salariais e condies de ingresso, e IV, Normas de concurso para promoo nas carreiras de enfermagem. 3 Em tudo o que o presente acordo for omisso aplica-se o regime jurdico -laboral comum.

    Clusula 3. Vigncia e sobrevigncia

    1 O acordo entra em vigor 5 dias aps a sua publicao no Boletim do Trabalho e Emprego e ter um prazo de vigncia mnima de 36 meses, salvo o disposto no nmero seguinte. 2 As tabelas salariais e as clusulas de expresso pecuniria tero um prazo de vigncia mnima de 12 meses, sero revistas anualmente e produzem efeitos a 1 de Janeiro de cada ano. 3 Decorrido o prazo de vigncia previsto no n. 1, o acordo renova -se sucessivamente por perodos de 12 meses at ser denunciado por qualquer das partes. 4 Havendo denncia, o acordo renova -se por novo perodo de 12 meses, desde que as partes estejam em negociao. 5 Decorrido o prazo previsto no nmero anterior, o acordo mantm -se em vigor, desde que se tenha iniciado a conciliao, a mediao ou a arbitragem voluntria, at concluso do respectivo procedimento, no podendo a sua vigncia durar mais de seis meses. 6 Esgotados os prazos previstos nos n.os 4 e 5 e no tendo sido determinada a realizao de arbitragem obrigatria o acordo cessa os seus efeitos relativamente aos contratos de trabalho abrangidos pelo mesmo, salvo quanto retribuio, categoria e respectiva definio e durao do tempo de trabalho.

    Clusula 4. Denncia

    1 O acordo pode ser denunciado por qualquer das partes, mediante comunicao escrita outra parte, com a antecedncia de, pelo menos trs meses em relao ao termo dos prazos de vigncia previstos no artigo anterior e deve ser acompanhada de proposta negocial e respectiva fundamentao. 2 A parte que recebe a denncia deve responder por escrito, no prazo de 30 dias aps a recepo da proposta negocial, devendo a resposta, devidamente fundamentada, conter a posio relativa a todas as clusulas da proposta, aceitando ou recusando.

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  • 3 A contraproposta pode abordar outras matrias no previstas na proposta que devero ser tambm consideradas pelas partes como objecto da negociao. 4 Aps a recepo da resposta, as negociaes tero a durao de 30 dias, findos os quais as partes decidiro da sua continuao ou da passagem fase seguinte do processo de negociao colectiva de trabalho.

    Clusula 5. Cessao

    O presente acordo pode cessar:

    a) Mediante revogao por acordo das partes; b) Por caducidade, nos termos da clusula 3.

    CAPTULO II Recrutamento, admisso e vnculo contratual

    Clusula 6. Condies de admisso

    1 O recrutamento deliberado pela mesa. 2 As condies especficas de admisso, no que respeita s exigncias acadmicas e profissionais, so fixadas por deliberao da mesa. 3 A admisso precedida da seleco entre dois ou mais candidatos, salvo se particulares exigncias, devidamente fundamentadas, inerentes actividade contratada justifiquem a escolha de um nico candidato. 4 A seleco obedece a um processo simplificado e a critrios objectivos de avaliao, a definir pela mesa, devendo o mesmo ser publicitado pelos meios adequados. 5 O preenchimento dos postos de trabalho poder verificar -se quer pelos trabalhadores da SCML, quer atravs do recurso ao recrutamento externo. 6 At 60 dias aps a cessao do contrato, o trabalhador contratado a termo, em igualdade de condies, tem preferncia na celebrao de contrato por tempo indeterminado, sempre que a SCML proceda a recrutamento externo para o exerccio de funes idnticas quelas para que foi contratado.

    Clusula 7. Vnculos contratuais, forma e formalidades

    1 O contrato de trabalho pode ser celebrado por tempo indeterminado, a termo certo e a termo incerto, nos termos previstos na lei. 2 Em qualquer das modalidades previstas no nmero anterior o trabalho pode ser prestado em regime de tempo completo, a tempo parcial ou de teletrabalho. 3 Considera -se trabalho a tempo parcial, o perodo normal de trabalho inferior ao praticado a tempo completo. 4 O contrato de trabalho deve ser reduzido a escrito e do mesmo devem constar as seguintes menes: a) A identificao das partes;

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  • b) O local de trabalho, bem como a sede da SCML; c) Actividade contratada, categoria do trabalhador e a caracterizao sumria do seu contedo; d) A data da celebrao do contrato e a do incio dos seus efeitos; e) A durao previsvel do contrato e o respectivo motivo justificativo, quando sujeito a termo; f) A durao ou excluso do perodo experimental, caso seja convencionado pelas partes; g) A durao das frias; h) Os prazos de aviso prvio a observar pelas partes para a cessao do contrato; i) O valor e a periodicidade da retribuio; j) O perodo normal de trabalho dirio e semanal, especificando os casos em que definido em termos mdios; k) A conveno aplicvel. 5 Os elementos referidos nas alneas f), g), h) e i) do nmero anterior podem ser substitudos pela referncia s disposies pertinentes da lei ou do acordo em vigor. 6 Do contrato de trabalho so feitos dois exemplares, um para cada uma das partes contratantes, devendo o original integrar o processo do trabalhador.

    Clusula 8. Teletrabalho

    1 Considera-se teletrabalho a prestao laboral realizada com subordinao jurdica, habitualmente fora das instalaes da SCML, e atravs do recurso a tecnologias de informao e de comunicao. 2 Quando seja admitido um trabalhador para desempenhar funes em regime de teletrabalho, as partes podem desde logo acordar a actividade que exercer aquando da cessao desse regime. 3 O trabalhador pode passar a trabalhar em regime de teletrabalho por acordo escrito, celebrado com a SCML, por perodos prorrogveis de seis meses at ao limite de cinco anos. 4 O acordo referido no nmero anterior pode cessar por deciso de qualquer das partes durante os primeiros 30 dias da sua execuo. 5 Cessando o acordo pelo perodo que foi estipulado, o trabalhador tem direito a retomar a prestao de trabalho, nos termos em que o vinha fazendo antes da mudana de situao, no podendo por isso ser prejudicado nos seus direitos e regalias. 6 Gozam de preferncia para o exerccio de funes em regime de teletrabalho os trabalhadores portadores de deficincia, doena crnica ou que tenham filhos at 12 anos de idade ou familiares portadores de deficincia ou doena crnica a seu cargo. 7 Os equipamentos de trabalho utilizados pelo teletrabalhador no manuseamento de tecnologias de informao e de comunicao so propriedade da SCML, a quem compete a respectiva instalao e manuteno, bem como a adopo e implementao de medidas que considere necessrias para a segurana do software e de dados.

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  • 8 O trabalhador deve velar pela boa utilizao dos equipamentos e instrumentos de trabalho que lhe forem confiados pela SCML e no lhes pode dar uso diverso do inerente ao cumprimento da sua prestao de trabalho. 9 Sempre que o teletrabalho seja realizado no domiclio do trabalhador, a SCML pode fazer visitas ao local de trabalho para controlo da actividade laboral e dos equipamentos, dentro do perodo normal de trabalho dirio, com comunicao prvia no inferior a vinte e quatro horas, na presena do trabalhador ou de pessoa por ele designada.

    Clusula 9. Contratos a termo

    1 O contrato a termo s pode ser celebrado para a satisfao de necessidades temporrias da SCML e pelo perodo estritamente necessrio satisfao dessas necessidades. 2 A indicao do motivo justificativo da aposio do termo deve ser feita pela meno expressa dos factos que o integram, devendo estabelecer -se a relao entre a justificao invocada e o termo estipulado. 3 A omisso ou a insuficincia das referncias exigidas no nmero anterior, bem como a celebrao fora dos casos previsto no n. 1, determina a converso do contrato a termo em contrato por tempo indeterminado. 4 A SCML comunicar, no prazo mximo de cinco dias teis, comisso de trabalhadores e, tratando -se de trabalhador filiado em associao sindical, respectiva estrutura representativa, a celebrao, com indicao do respectivo fundamento legal, e a cessao do contrato a termo.

    Clusula 10. Perodo experimental

    1 Durante o perodo experimental, salvo acordo escrito em contrrio, qualquer das partes pode denunciar o contrato de trabalho sem aviso prvio e sem necessidade de invocao de justa causa, no havendo direito a qualquer indemnizao ou compensao. 2 Tendo o perodo experimental durado mais de 60 dias, para denunciar o contrato nos termos previstos no nmero anterior, as partes tm de observar um aviso prvio de 7 dias teis mediante comunicao escrita outra parte. 3 O incumprimento total ou parcial do aviso prvio previsto no nmero anterior obriga SCML ao pagamento de uma indemnizao ao trabalhador, de valor igual retribuio base correspondente ao perodo em falta. 4 No decurso do perodo experimental, as partes devem agir de modo a permitir que se possa apreciar o interesse na manuteno do contrato de trabalho. 5 O perodo experimental corresponde ao perodo inicial de execuo do contrato e tem a seguinte durao: a) 90 dias para a generalidade dos trabalhadores; b) 180 dias para os quadros superiores, bem como os trabalhadores que exeram cargos de complexidade tcnica, elevado grau de responsabilidade ou que pressuponham uma especial qualificao, bem como para os que desempenham funes de confiana.

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  • 6 Para os contratos a termo certo o perodo experimental de 30 dias ou 15 dias, consoante tenham uma durao, respectivamente, igual ou superior a 6 meses ou inferior a esse prazo. 7 Para os contratos a termo incerto, cuja durao se preveja no vir a ser superior a 6 meses, o perodo experimental de 15 dias. 8 Para efeitos de contagem do perodo experimental, no so tidos em conta os dias de faltas, ainda que justificadas, os dias de formao profissional que excedam metade do perodo experimental, de licenas e dispensas, bem como de suspenso do contrato de trabalho. 9 A antiguidade do trabalhador conta -se desde o incio do perodo experimental. 10 O perodo experimental pode ser reduzido ou excludo por acordo escrito das artes.

    CAPTULO III Direitos de personalidade

    Clusula 11. Reserva da intimidade da vida privada

    1 As partes devem respeitar os direitos de personalidade da contraparte, devendo designadamente guardar reserva quanto intimidade da vida privada. 2 O direito reserva da intimidade da vida privada compreende quer o acesso, quer a divulgao de aspectos relativos esfera ntima e pessoal das partes, nomeadamente atinentes vida familiar, afectiva e sexual, com o estado de sade, patrimnio gentico e com convices polticas e religiosas ou filiao sindical.

    Clusula 12. Proteco de dados pessoais

    1 A SCML no pode exigir ao candidato a emprego ou ao trabalhador que preste informaes respeitantes sua vida privada, designadamente relacionados com a vida familiar, afectiva e sexual, com o estado de sade ou de gravidez, salvo quando estas sejam estritamente necessrias e relevantes para avaliar a respectiva aptido no que respeita execuo do contrato de trabalho ou quando particulares exigncias inerentes actividade profissional o justifiquem e seja fornecida por escrito a respectiva fundamentao. 2 As informaes relativas sade ou ao estado de gravidez previstas no nmero anterior so prestadas a mdico que s pode comunicar SCML se o candidato a emprego ou o trabalhador est ou no apto a desempenhar a actividade. 3 O candidato a emprego ou o trabalhador que haja fornecido informao de ndole pessoal, goza do direito ao controlo dos respectivos dados pessoais, podendo tomar conhecimento do seu teor e dos fins a que se destinam, bem como exigir a sua rectificao e actualizao.

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  • Clusula 13. Testes e exames mdicos

    1 Para alm das situaes previstas na lei, a SCML no pode exigir ao candidato a emprego ou ao trabalhador a realizao ou a apresentao de testes mdicos, de qualquer natureza, para comprovao das condies fsicas e psquicas, salvo quando estes tenham por finalidade a proteco e segurana do trabalhador ou de terceiros, ou quando particulares exigncias inerentes actividade profissional o justifiquem e seja fornecida por escrito a respectiva fundamentao. 2 A SCML no pode, em circunstncia alguma, exigir candidata a emprego ou trabalhadora a realizao ou apresentao de testes ou exames de gravidez. 3 O mdico responsvel pelos testes ou exames mdicos s pode comunicar SCML se o candidato a emprego ou o trabalhador est ou no apto a desempenhar a actividade.

    Clusula 14. Meios de vigilncia distncia

    1 A SCML s pode utilizar equipamentos de vigilncia distncia com a competente autorizao da Comisso Nacional de Proteco de Dados e quando os mesmos visem a proteco e segurana de pessoas e bens ou quando particulares exigncias inerentes natureza da actividade o justifiquem, no podendo os mesmos ter por finalidade o controlo do desempenho profissional do trabalhador. 2 Nos casos previstos no nmero anterior a SCML informar os trabalhadores sobre a existncia e a finalidade dos meios de vigilncia utilizados.

    Clusula 15. Confidencialidade de mensagens e acesso a informao

    1 Os trabalhadores gozam do direito de reserva e confidencialidade relativamente ao contedo de natureza pessoal e acesso a informao de carcter no profissional que envie, receba ou consulte. 2 A SCML pode estabelecer regras de utilizao dos meios de comunicao internos, designadamente do correio electrnico. 3 Aos trabalhadores no pode ser exigida a utilizao de meios prprios para comunicao da SCML.

    Clusula 16. Utilizao de dados biomtricos

    A SCML s pode proceder ao tratamento de dados biomtricos se os dados a utilizar forem necessrios, adequados e proporcionais aos objectivos a atingir e somente aps notificao Comisso Nacional de Proteco de Dados e precedido de informao aos trabalhadores.

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  • CAPTULO IV Igualdade e no discriminao

    Clusula 17. Direito igualdade no acesso ao emprego, na promoo

    e formao profissional e nas condies de trabalho 1 Os trabalhadores ao servio da SCML tm direito igualdade de oportunidades e de tratamento no acesso ao emprego, na promoo e formao profissional e s condies de trabalho. 2 A SCML no pode privilegiar, beneficiar, prejudicar, privar de qualquer direito ou isentar de qualquer dever, um candidato a emprego ou um trabalhador em razo, nomeadamente de ascendncia, idade, sexo, orientao sexual, estado civil, situao familiar, patrimnio gentico, capacidade de trabalho reduzida, deficincia, doena crnica, nacionalidade, origem tnica, religio, convices polticas ou ideolgicas e filiao sindical.

    Clusula 18. Proibio de discriminao

    1 A SCML no pode praticar qualquer discriminao, directa ou indirecta, baseada num dos factores indicados no n. 2 da clusula anterior, salvo quando em virtude da natureza da actividade contratada ou do contexto da sua execuo, esse factor constitua requisito justificvel e determinante para o exerccio da actividade profissional, devendo o objectivo ser legtimo e o requisito proporcional. 2 As diferenciaes retributivas no constituem discriminao se assentes em critrios objectivos comuns a todos os trabalhadores, sendo admissveis nomeadamente em funo do mrito, produtividade, assiduidade e antiguidade dos trabalhadores desde que devidamente fundamentada.

    Clusula 19. Assdio

    1 O assdio exercido sobre candidato a emprego ou trabalhador constitui discriminao. 2 Constitui assdio todo e qualquer comportamento indesejado relacionado com um dos factores indiciados no n. 2 da clusula 17., praticado sobre o candidato a emprego ou trabalhador, com o objectivo ou o efeito de afectar a dignidade da pessoa ou criar um ambiente intimidativo, hostil, degradante, humilhante ou destabilizador. 3 Constitui assdio sexual todo o comportamento indesejado de carcter sexual, sob qualquer forma, com o objectivo ou o efeito referidos no nmero anterior.

    CAPTULO V Direitos, deveres e garantias das partes

    Clusula 20. Princpios gerais

    1 No cumprimento das respectivas obrigaes, assim como no exerccio dos

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  • correspondentes direitos, as partes devem proceder de boa f. 2 Na execuo do contrato de trabalho as partes devem colaborar com vista obteno de maior produtividade e qualidade dos servios prestados pela SCML, bem como na promoo humana, profissional e social do trabalhador.

    Clusula 21. Deveres da SCML

    So deveres da SCML: a) Cumprir as disposies do acordo e dos Estatutos; b) Proporcionar boas condies de trabalho, tanto do ponto de vista fsico como moral; c) Distinguir anualmente por ocasio do aniversrio da SCML, caso se justifique, os trabalhadores que se tenham destacado pelas suas qualidades profissionais e pessoais no mbito do desempenho da actividade contratada; d) Respeitar e tratar com urbanidade e probidade o trabalhador; e) Pagar pontualmente a retribuio e outras prestaes pecunirias; f) Promover o aperfeioamento profissional dos trabalhadores atravs de adequadas aces de formao, visando o desenvolvimento das suas capacidades profissionais e pessoais; g) Prevenir riscos e doenas profissionais, tendo em conta a proteco da higiene, sade e segurana dos trabalhadores; h) Respeitar a autonomia tcnica, cientfica e deontolgica do trabalhador que exera actividades cuja regulamentao profissional o exija; i) Entregar ao trabalhador, nomeadamente no momento da cessao do contrato, certificado de trabalho donde constem as datas da admisso e de sada, de tempo de servio se necessrio, bem como o cargo ou cargos que desempenhou, s podendo o mesmo conter outras menes a pedido do trabalhador, devendo tal certificado ser emitido no prazo de 10 dias teis; j) Manter no servio de pessoal permanentemente actualizado o registo dos trabalhadores que pode ser organizado e mantido em suporte digital, ficando sujeito legislao em vigor relativa proteco de dados pessoais com indicao, nomeadamente, dos nomes, moradas, datas de nascimento e admisso, habilitaes acadmicas e profissionais, modalidades dos contratos, categorias, promoes, progresses, retribuio e outras prestaes pecunirias, datas do incio e termo das frias e faltas que impliquem a perda de retribuio ou diminuio dos dias de frias e as sanes disciplinares efectivamente aplicadas; k) Facultar a consulta do processo individual ao trabalhador, bem como fornecer a reproduo dos documentos gratuitamente que o integram sempre que este ou o seu representante legal o solicitem, mesmo aps a cessao do contrato de trabalho; l) Remeter s associaes sindicais, at ao dia 15 do ms seguinte quele a que respeitam, o montante das quotas dos trabalhadores sindicalizados que, em declarao individual solicitem o seu desconto na retribuio mensal; m) No se opor nem de qualquer maneira impedir o exerccio de cargos em organizaes

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  • representativas dos trabalhadores; n) Dar publicidade s deliberaes que directamente respeitem aos trabalhadores fixando -as nos locais prprios.

    Clusula 22. Deveres dos trabalhadores

    So deveres dos trabalhadores:

    a) Cumprir as disposies do acordo e dos Estatutos; b) Abster -se de praticar quaisquer actos ou omisses susceptveis de prejudicar o bom nome ou a prossecuo dos fins estatutrios da SCML; c) Respeitar e tratar com urbanidade e probidade os dirigentes, os superiores hierrquicos, os companheiros de trabalho e as demais pessoas que estejam ou entrem em relao com a SCML; d) Comparecer ao servio com assiduidade e pontualidade; e) Realizar o trabalho com zelo e diligncia, evitando atrasos ou adiamentos na execuo de servio pendente; f) Cumprir as ordens e instrues da SCML em tudo o que respeite execuo e disciplina do trabalho, salvo na medida em que se mostrem contrrias aos seus direitos e garantias; g) Participar de modo diligente nas aces de formao profissional que lhe sejam proporcionadas, salvo se houver motivo atendvel; h) Zelar pela conservao e boa utilizao dos bens relacionados com o seu trabalho, salvaguardado o desgaste pelo uso e acidente; i) Informar a SCML dos dados necessrios actualizao permanente do seu processo individual; j) Guardar lealdade SCML, nomeadamente no exercendo actividade por conta prpria ou alheia em concorrncia com ela, salvo quando autorizada, nem divulgando informaes referentes sua organizao e actividade.

    Clusula 23. Garantias dos trabalhadores

    proibido SCML:

    a) Opor -se por qualquer forma a que os trabalhadores exeram os seus direitos ou beneficiem das garantias que lhes so reconhecidas na lei ou no acordo, bem como aplicar-lhes sanes por motivo de exerccio desses direitos; b) Obstar, injustificadamente, prestao efectiva de trabalho; c) Exercer presso sobre o trabalhador para que actue no sentido de influir de modo desfavorvel nas condies de trabalho dele ou dos companheiros; d) Obrigar o trabalhador a adquirir bens ou utilizar servios fornecidos pelo empregador ou pessoa por ela indicada; e) Explorar, com fins lucrativos, quaisquer cantinas, refeitrios, economatos ou outros estabelecimentos directamente relacionados com o trabalho, para fornecimento de bens ou prestao de servios aos trabalhadores;

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  • f) Diminuir a retribuio ou baixar a categoria do trabalhador, salvo nos casos previstos na lei; g) Transferir o trabalhador para outro local, salvo nos casos previstos na lei e no presente acordo; h) Facultar a consulta do processo individual do trabalhador a terceiro no autorizado para o efeito pelo prprio trabalhador.

    CAPTULO VI Conciliao entre a vida profissional e a vida familiar

    Clusula 24. Proteco da maternidade e da paternidade

    1 A trabalhadora tem direito a uma licena por maternidade de 120 dias consecutivos, 90 dos quais a gozar necessariamente a seguir ao parto, podendo os restantes ser gozados, total ou parcialmente, antes ou depois do parto. 2 A trabalhadora pode optar por uma licena por maternidade superior em 25 % prevista no nmero anterior, devendo o acrscimo ser gozado necessariamente a seguir ao parto, nos termos da legislao aplicvel. 3 No caso de nascimentos mltiplos, os perodos de licena previstos nos nmeros anteriores so acrescidos de 30 dias por cada gemelar alm do primeiro. 4 Nas situaes de risco clnico para a trabalhadora ou para o nascituro, impeditivo do exerccio de funes, independentemente do motivo que determine esse impedimento, caso no seja possvel garantir -lhe o exerccio de funes ou local compatveis com o seu estado, a trabalhadora goza do direito a licena, anterior ao parto, pelo perodo necessrio para prevenir o risco, fixado por prescrio mdica, sem prejuzo da licena por maternidade prevista no n. 1. 5 obrigatrio o gozo de, pelo menos, seis semanas de licena por maternidade a seguir ao parto. 6 Em caso de internamento hospitalar da me ou da criana durante o perodo de licena a seguir ao parto, este perodo suspenso, a pedido daquela, pelo tempo de durao do internamento. 7 A licena prevista no n. 1, com a durao mnima de 14 dias e mxima de 30 dias, atribuda trabalhadora em caso de aborto espontneo, bem como nas situaes previstas no artigo 142. do Cdigo Penal.

    Clusula 25. Licena por paternidade

    1 O pai tem direito a uma licena por paternidade de cinco dias teis, seguidos ou interpolados, que so obrigatoriamente gozados no 1. ms a seguir ao nascimento do filho. 2 A licena prevista no nmero anterior aumentada em dois dias de forma faseada, passando a ser de seis dias teis a partir da data de entrada em vigor do presente acordo.

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  • 3 O direito previsto no nmero anterior extingue -se se, por via de disposio legal, a durao da licena por maternidade vier a ser fixada em durao igual ou superior. 4 O pai tem ainda direito a licena, por perodo de durao igual quele a que a me teria direito nos termos do n. 1 da clusula anterior, ou ao remanescente daquele perodo caso a me j tenha gozado alguns dias de licena, nos seguintes casos: a) Incapacidade fsica ou psquica da me, e enquanto esta se mantiver; b) Morte da me; c) Deciso conjunta dos pais. 5 No caso previsto na alnea b) do nmero anterior o perodo mnimo de licena assegurado ao pai de 30 dias. 6 A morte ou incapacidade fsica ou psquica da me no trabalhadora durante o perodo de 120 dias imediatamente a seguir ao parto confere ao pai os direitos previstos nos n.os 4 e 5 da presente clusula.

    Clusula 26. Assistncia a menor com deficincia

    1 A me ou o pai trabalhadores tm direito a condies especiais de trabalho, nomeadamente a reduo do perodo normal de trabalho, se o menor for portador de deficincia ou doena crnica. 2 O disposto no nmero anterior aplica -se, com as necessrias adaptaes, tutela, confiana judicial ou administrativa e adopo, de acordo com o respectivo regime.

    Clusula 27. Adopo

    1 Em caso de adopo de menor de 15 anos, o candidato a adoptante tem direito a 100 dias consecutivos de licena para acompanhamento do menor de cuja adopo se trate, com incio a partir da confiana judicial ou administrativa a que se referem os diplomas legais que disciplinam o regime jurdico da adopo. 2 Tratando -se de dois candidatos a adoptantes, a licena a que se refere o nmero anterior pode ser repartida entre eles.

    Clusula 28. Dispensas para consultas pr-natais, amamentao e aleitao

    1 A trabalhadora grvida tem direito a dispensa de trabalho para se deslocar a consultas pr -natais, pelo tempo e nmero de vezes necessrios e justificados, sem prejuzo de dever, sempre que possvel, comparecer s referidas consultas fora do horrio de trabalho. 2 Sempre que a consulta pr -natal s seja possvel durante o horrio de trabalho, a SCML pode exigir trabalhadora a apresentao de prova dessa circunstncia e da realizao da consulta ou declarao dos mesmos factos. 3 A me que, comprovadamente, amamente o filho tem direito a dispensa para o efeito, durante todo o tempo que durar a amamentao. 4 No caso de no haver lugar a amamentao, a me ou o pai tm direito, por deciso

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  • conjunta, dispensa referida no nmero anterior para aleitao, at o filho perfazer um ano. 5 A dispensa diria para amamentao ou aleitao gozada em dois perodos distintos com a durao de uma hora, nos termos a acordar entre as partes. 6 Para efeitos do disposto nos n.os 1 e 2 a preparao para o parto equiparada a consulta pr -natal. 7 A SCML deve, sempre que considere justificado, dispensar o trabalhador futuro pai de prestar trabalho para acompanhar a grvida nas deslocaes a consultas pr-natais, aplicando -se o disposto nos n.os 1 e 2.

    Clusula 29. Faltas para assistncia a menores e a

    pessoa com deficincia ou doena crnica 1 Os trabalhadores tm direito a faltar ao trabalho, at ao limite de 30 dias por ano, para prestar assistncia inadivel e imprescindvel, em caso de doena ou acidente, a filhos, adoptados ou a enteados menores de 10 anos. 2 Em caso de hospitalizao, o direito a faltar estende-se pelo perodo em que aquela durar, se se tratar de menores de 10 anos, mas no pode ser exercido simultaneamente pelo pai e pela me ou equiparados. 3 O disposto nos nmeros anteriores aplicvel aos trabalhadores a quem tenha sido deferida a tutela ou confiada a guarda da criana, por deciso judicial ou administrativa. 4 O disposto na presente clusula aplica -se, independentemente da idade, caso o filho, adoptado ou filho do cnjuge seja portador de deficincia ou doena crnica.

    Clusula 30. Faltas para assistncia a outros membros do agregado familiar

    1 O trabalhador tem direito a faltar ao trabalho at 17 dias por ano, para prestar assistncia inadivel e imprescindvel em caso de doena ou acidente ao cnjuge, parente ou afim na linha recta ascendente ou no segundo grau da linha colateral, filho, adoptado ou enteado com mais de 10 anos de idade. 2 Aos 17 dias previstos no nmero anterior acresce 1 dia por cada filho, adoptado ou enteado alm do primeiro. 3 O disposto nos nmeros anteriores aplica -se aos trabalhadores a quem tenha sido deferida a tutela de outra pessoa ou confiada a guarda de menor com mais de 10 anos, por deciso judicial ou administrativa.

    Clusula 31. Faltas para assistncia a netos

    O trabalhador pode faltar at 30 dias consecutivos, a seguir ao nascimento de netos que sejam filhos de adolescentes com idade inferior a 16 anos, desde que consigo vivam em comunho de mesa e habitao.

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  • Clusula 32. Licena parental e especial para assistncia a filho ou adoptado

    1 Para assistncia a filho ou adoptado e at aos 6 anos de idade da criana, o pai e a me trabalhadores que no estejam impedidos ou inibidos totalmente de exercer o poder paternal tm direito, alternadamente: a) A licena parental de trs meses; b) A trabalhar a tempo parcial durante 12 meses, com um perodo normal de trabalho igual a metade do tempo completo; c) A perodos intercalados de licena parental e de trabalho a tempo parcial em que a durao total da ausncia e da reduo do tempo de trabalho seja igual aos perodos normais de trabalho de trs meses. 2 O pai e a me podem gozar qualquer dos direitos referidos no nmero anterior de modo consecutivo ou at trs perodos interpolados, no sendo permitida a acumulao por um dos progenitores do direito do outro. 3 Depois de esgotado qualquer dos direitos referidos nos nmeros anteriores, o pai ou a me tm direito a licena especial para assistncia a filho ou adoptado, de modo consecutivo ou interpolado, at ao limite de dois anos. 4 No caso de nascimento de um terceiro filho ou mais, a licena prevista no nmero anterior prorrogvel at trs anos. 5 O trabalhador tem direito a licena para assistncia a filho de cnjuge ou de pessoa em unio de facto que com este resida, nos termos da presente clusula. 6 O exerccio dos direitos referidos nos nmeros anteriores depende de aviso prvio dirigido SCML, com antecedncia de 30 dias relativamente ao incio do perodo de licena ou de trabalho a tempo parcial. 7 Em alternativa ao disposto no n. 1, o pai e a me podem ter ausncias interpoladas ao trabalho com durao igual aos perodos normais de trabalho de trs meses, nos termos a acordar com a SCML.

    Clusula 33. Tempo de trabalho

    1 O trabalhador com um ou mais filhos menores de 12 anos tem direito a trabalhar a tempo parcial ou com flexibilidade de horrio de trabalho. 2 O disposto no nmero anterior aplica -se, independentemente da idade, no caso de filho com deficincia, nos termos previstos em legislao especial. 3 A trabalhadora grvida, purpera ou lactante tem direito a ser dispensada de prestar a actividade em regime de adaptabilidade do perodo de trabalho. 4 O direito referido no nmero anterior pode estender-se aos casos em que no h lugar amamentao, quando a prtica de horrio organizado de acordo com o regime de adaptabilidade afecte as exigncias de regularidade da aleitao.

    Clusula 34. Preferncia na admisso ao trabalho a tempo parcial

    Sempre que a SCML pretende admitir trabalhadores em regime de tempo parcial, gozam

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  • do direito de preferncia os trabalhadores com responsabilidades familiares, os trabalhadores com capacidade de trabalho reduzida, pessoas com deficincia ou doena crnica e os trabalhadores que frequentem estabelecimentos de ensino mdio ou superior.

    Clusula 35. Trabalho suplementar

    1 A trabalhadora grvida ou com filho de idade inferior a 12 meses no est obrigada a prestar trabalho suplementar. 2 O regime estabelecido no nmero anterior aplica-se ao pai que beneficiou da licena por paternidade nos termos do n. 4 da clusula 25., bem como ao pai com filho de idade inferior a 12 meses.

    Clusula 36. Trabalho no perodo nocturno

    1 A trabalhadora dispensada de prestar trabalho nocturno entre as 20 horas de um dia e as 7 horas do dia seguinte: a) Durante um perodo de 112 dias antes e depois do parto, dos quais pelo menos metade antes da data presumvel do parto; b) Durante o restante perodo de gravidez, mediante apresentao de atestado mdico que certifique que tal necessrio para a sua sade ou para a do nascituro; c) Durante todo o tempo que durar a amamentao, mediante apresentao de atestado mdico que certifique que tal necessrio para a sua sade ou para a da criana. 2 trabalhadora dispensada da prestao de trabalho nocturno deve ser atribudo, sempre que possvel, um horrio de trabalho diurno compatvel. 3 A trabalhadora dispensada de trabalho sempre que no seja possvel aplicar o disposto no nmero anterior.

    Clusula 37. Reinsero profissional

    A fim de garantir a plena reinsero profissional do trabalhador, aps o decurso da licena para assistncia a filho ou adoptado e para assistncia a pessoa com deficincia ou doena crnica, a SCML deve facultar a sua participao em aces de formao e reciclagem profissional.

    Clusula 38. Proteco da sade e segurana

    1 A trabalhadora grvida, purpera ou lactante tem direito a especiais condies de segurana e sade nos locais de trabalho, de modo a evitar a exposio a riscos para a sua segurana e sade, nos termos da legislao aplicvel. 2 Sem prejuzo de outras obrigaes previstas em legislao especial, nas actividades susceptveis de apresentarem um risco especfico de exposio a agentes, processos ou condies de trabalho, a SCML deve proceder avaliao da natureza, grau e durao da exposio da trabalhadora grvida, purpera ou lactante, de modo a determinar qualquer risco para a sua segurana e sade e as repercusses sobre a gravidez ou a

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  • amamentao, bem como as medidas a tomar. 3 Sem prejuzo dos direitos de informao e consulta previstos em legislao especial, a trabalhadora grvida, purpera ou lactante tem direito a ser informada, por escrito, dos resultados da avaliao referida no nmero anterior, bem como das medidas de proteco que sejam adoptadas. 4 Sempre que os resultados da avaliao referida no n. 2 revelem riscos para a segurana e sade da trabalhadora grvida, purpera ou lactante ou repercusses sobre a gravidez ou amamentao, a SCML deve tomar as medidas necessrias para evitar a exposio da trabalhadora a esses riscos. 5 vedado trabalhadora grvida, purpera ou lactante o exerccio de todas as actividades cuja avaliao tenha revelado riscos de exposio aos agentes e condies de trabalho, que ponham em perigo a sua segurana ou sade.

    Clusula 39. Regime das licenas, faltas e dispensas

    1 No determinam a perda de quaisquer direitos e so consideradas, salvo quanto retribuio, como prestao efectiva de servio, as ausncias ao trabalho resultantes: a) Do gozo das licenas por maternidade e em caso de aborto espontneo ou nas situaes previstas no artigo 142. do Cdigo Penal; b) Do gozo das licenas por paternidade; c) Do gozo da licena por adopo; d) Das faltas para assistncia a menores; e) Das dispensas ao trabalho da trabalhadora grvida, purpera ou lactante, por motivos de proteco da sua sade e segurana; f) Das dispensas de trabalho nocturno; g) Das faltas dadas para assistncia a filhos com deficincia ou doena crnica; h) Das faltas dadas para assistncia ao agregado familiar, previstas na clusula 30. 2 As dispensas para consultas pr -natais, amamentao e aleitao no determinam perda de quaisquer direitos, incluindo a retribuio, e so consideradas como prestao efectiva de servio. 3 Os perodos de licena parental e especial previstos, de acordo com a lei, so tomados em considerao para a taxa de formao das penses de velhice e invalidez dos regimes de segurana social.

    Clusula 40. Proteco no despedimento

    1 O despedimento de trabalhadora grvida, purpera ou lactante carece sempre de parecer prvio da entidade que tenha competncia na rea da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres. 2 O despedimento por facto imputvel a trabalhadora grvida, purpera ou lactante presume -se feito sem justa causa. 3 O parecer referido no n. 1 deve ser comunicado SCML e trabalhadora nos 30

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  • dias subsequentes recepo do processo de despedimento pela entidade competente. 4 invlido o procedimento de despedimento de trabalhadora grvida, purpera ou lactante, caso no tenha sido solicitado o parecer referido no n. 1, cabendo o nus da prova deste facto SCML. 5 Se o parecer referido no n. 1 for desfavorvel ao despedimento, este s pode ser efectuado pela SCML aps deciso judicial que reconhea a existncia de motivo justificativo. 6 A suspenso judicial do despedimento de trabalhadora grvida, purpera ou lactante s no decretada se o parecer referido no n. 1 for favorvel ao despedimento e o tribunal considerar que existe probabilidade sria de verificao de justa causa. 7 Se o despedimento de trabalhadora grvida, purpera ou lactante for declarado ilcito, esta tem direito, em alternativa reintegrao, indemnizao calculada nos termos da lei. 8 A SCML no se pode opor reintegrao da trabalhadora grvida, purpera ou lactante. 9 O disposto nos nmeros anteriores aplica -se ao pai durante o gozo da licena por paternidade.

    Clusula 41. Transferncia do local de trabalho por solicitao do trabalhador

    1 Desde que estejam reunidos os requisitos de qualificao para o desempenho da actividade contratada e exista vaga noutro estabelecimento ou servio, o trabalhador pode solicitar a transferncia de local de trabalho. 2 Na deciso a proferir a SCML observar a seguinte hierarquia de factores: a) Razes de sade do trabalhador; b) Necessidade comprovada de assistncia famlia; c) Necessidade comprovada de continuao de estudos ou de frequncia de formao profissional; d) Residncia do trabalhador ou do seu agregado familiar; e) Exerccio de uma actividade por parte do cnjuge, na localidade solicitada ou dentro de zona prxima, sem possibilidade de transferncia daquele. 3 A SCML pode recusar o pedido do trabalhador com fundamento em razes ligadas ao funcionamento do servio ou estabelecimento onde presta a sua actividade ou impossibilidade de substituir o trabalhador se este for indispensvel. 4 Se, em relao a mais do que um trabalhador na situao dos nmeros anteriores, se verificarem os mesmos factores de prioridade, ser atendido o pedido de transferncia mais antigo.

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  • CAPTULO VII Segurana, higiene e sade no trabalho

    Clusula 42. Princpios gerais

    1 Os trabalhadores, independentemente do vnculo laboral que tenham com a SCML, tm direito prestao de trabalho em condies de segurana, higiene e sade. 2 A SCML assegurar aos trabalhadores condies de segurana, higiene e sade em todos os aspectos relacionados com o trabalho, promovendo a organizao de actividades de segurana, higiene e sade nos termos previstos na lei. 3 Para efeitos do nmero anterior, a SCML aplicar todas as medidas necessrias, tendo em conta as polticas, os princpios e as tcnicas previstas na lei. 4 Para aplicao das medidas necessrias, a SCML assegurar o funcionamento de um servio de segurana, higiene e sade, dotado de pessoal certificado e de meios adequados e eficazes, tendo em conta os riscos profissionais existentes nos locais de trabalho. 5 A execuo de medidas em todas as vertentes da actividade da SCML, destinadas a assegurar a segurana, higiene e sade no trabalho, assenta nos seguintes princpios de preveno: a) Planificao e organizao da preveno de riscos profissionais; b) Eliminao dos factores de risco e de acidente; c) Avaliao e controlo dos riscos profissionais; d) Informao, formao, consulta e participao dos trabalhadores e seus representantes; e) Promoo e vigilncia da sade dos trabalhadores.

    Clusula 43. Deveres especficos da SCML

    So deveres especficos da SCML:

    a) Respeitar e fazer respeitar a legislao aplicvel segurana, higiene e sade nos locais de trabalho; b) Garantir que os locais de trabalho e todos os aspectos relacionados com o trabalho respeitam os requisitos indispensveis a uma adequada preveno de riscos profissionais e a promoo da sade do trabalhador, recorrendo, para tanto, aos meios tcnicos e humanos mais adequados, assegurando que as exposies aos agentes qumicos, fsicos e biolgicos nos locais de trabalho no constituem risco para a sade do trabalhador; c) Planificar a preveno atravs de um sistema coerente que tenha em conta a componente tcnica, a organizao do trabalho, as relaes sociais e os factores materiais inerentes ao trabalho; d) Organizar o trabalho procurando, designadamente, eliminar os efeitos nocivos do trabalho montono e do trabalho cadenciado sobre a sade dos trabalhadores; e) Assegurar a vigilncia adequada da sade dos trabalhadores em funo dos riscos a que se encontram expostos no local de trabalho;

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  • f) Proporcionar aos trabalhadores e aos seus representantes para a segurana, higiene e sade a informao, formao, consulta e participao nos termos da legislao aplicvel; g) Proceder de imediato a inqurito, a fim de apurar as responsabilidades, sempre que se verifique acidente de trabalho susceptvel de provocar incapacidade parcial permanente ou dano mais grave; h) Actuar de forma a facilitar e garantir a eleio dos representantes dos trabalhadores para a segurana, higiene e sade no trabalho.

    Clusula 44. Deveres especiais dos trabalhadores

    So deveres especiais dos trabalhadores:

    a) Cumprir as prescries de segurana, higiene e sade no trabalho estabelecida na legislao aplicvel, bem como as instrues determinadas pelos servios competentes da SCML; b) Zelar pela sua segurana e sade, bem como pela de outras pessoas que possam ser afectadas pelas suas aces ou omisses no trabalho; c) Utilizar correctamente, segundo as instrues transmitidas pela SCML, mquinas, equipamentos e outros meios colocados sua disposio, bem como cumprir os procedimentos de segurana estabelecidos; d) Cooperar nos servios e estabelecimentos da SCML para a melhoria do sistema de higiene, sade e segurana no trabalho; e) Comparecer s consultas e exames mdicos nos termos da legislao aplicvel; f) Comunicar ao superior hierrquico, ou no sendo possvel, aos trabalhadores que na SCML desempenhem funes especficas no domnio da segurana, higiene e sade no trabalho, as avarias ou deficincias por si detectadas e que possam ser susceptveis de originar perigo grave e eminente, bem como qualquer defeito ou avaria verificado nos sistemas de proteco; g) Adoptar as medidas e instrues estabelecidas para as situaes de perigo grave e eminente em caso de impossibilidade de estabelecer contacto imediato com o superior hierrquico ou com os trabalhadores que na SCML desempenhem funes especficas no domnio da segurana, higiene e sade no trabalho; h) Colaborar na elaborao das participaes de acidentes de trabalho, sempre que tal lhe seja solicitado; i) Os trabalhadores com funes de direco devem cooperar, em relao aos servios sob o seu enquadramento hierrquico e tcnico, com os servios de segurana, higiene e sade no trabalho na execuo das medidas de preveno e de vigilncia da sade.

    Clusula 45. Formao geral em segurana, higiene e sade no trabalho

    1 A formao em segurana, higiene e sade no trabalho compreende a realizao de aces ou cursos especficos, sempre que possvel, realizados, dentro do horrio normal. 2 O plano de formao anual previsto na clusula 64. deve integrar mdulos de segurana, higiene e sade no trabalho de acordo com o diagnstico de necessidades

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  • nesse domnio. 3 A formao promovida pela SCML deve ser obrigatoriamente ministrada por tcnicos de segurana e higiene no trabalho ou outros tcnicos detentores de CAP.

    Clusula 46. Participao dos trabalhadores e seus representantes

    1 Os representantes dos trabalhadores para SHST devem ser consultados sobre os contedos dos mdulos de segurana, higiene e sade constantes do plano anual de formao da SCML. 2 Os representantes dos trabalhadores para SHST devem ser consultados no processo de elaborao do relatrio anual de actividade do servio de segurana, higiene e sade no trabalho. 3 Aos representantes dos trabalhadores para SHST deve ser remetida cpia do relatrio anual final entregue s autoridades competentes. 4 Aos representantes dos trabalhadores para SHST deve ser facultada cpia de qualquer relatrio de acidente de trabalho, logo que concludo.

    Clusula 47. Comisso de segurana, higiene e sade no trabalho

    1 Com o objectivo de criar um espao de dilogo e concertao social, ao nvel da SCML, para as questes de segurana, higiene e sade nos locais de trabalho, criada uma comisso paritria de higiene e segurana no trabalho. 2 A comisso ser constituda pelos representantes dos trabalhadores para SHST em nmero previsto na lei e igual nmero de representantes a designar pela SCML. 3 A eleio dos representantes dos trabalhadores para os efeitos dos nmeros anteriores feita por voto directo e secreto, segundo o princpio da representao pelo mtodo de Hondt, nos termos previstos no Cdigo do Trabalho e na respectiva legislao especial de regulamentao. 4 O mandato dos representantes dos trabalhadores na comisso de trs anos. 5 Funcionamento da comisso: a) A comisso rene, em sesso ordinria, trimestralmente; b) Podero ser convocadas sesses extraordinrias da comisso sempre que a gravidade ou a frequncia dos acidentes o justifique ou metade dos seus membros o solicitem; c) Deve ser elaborada acta de cada reunio da comisso sendo escolhido um relator de entre os seus membros, que depois de aprovada na reunio seguinte, ser colocada disposio de todos os trabalhadores. 6 A comisso ter, nomeadamente, as seguintes atribuies: a) Colaborar com os responsveis pelos servios competentes da SCML na promoo da segurana, higiene e sade no respeito pelos princpios da preveno dos riscos profissionais; b) Apresentar as recomendaes que julgar necessrias; c) Apreciar e dar parecer sobre os planos de preveno estabelecidos pela SCML, bem

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  • como colaborar com os servios tcnicos na aplicao prtica dos respectivos planos; d) Tomar conhecimento e pronunciar -se sobre os relatrios de actividade dos servios tcnicos da SCML da rea de segurana, higiene e sade no trabalho, bem como sobre os relatrios e inquritos relativos a acidentes de trabalho e a doenas profissionais ocorridos na SCML; e) Zelar pelo cumprimento das disposies legais, regulamentos internos, normas e instrues referentes segurana, higiene e sade no trabalho; f) Colaborar com os servios competentes da SCML na procura de solues no que respeita problemtica de recolocao ou reconverso de trabalhadores incapacitados para as funes habituais, designadamente, devido a acidentes de trabalho ou doena profissional; g) Pronunciar -se sobre as sugestes dos trabalhadores e as suas reclamaes relativas higiene, segurana e sade no trabalho; h) Informar periodicamente os trabalhadores da SCML da actividade desenvolvida; i) Deliberar matrias respeitantes ao seu prprio funcionamento. 7 Na aplicao da matria de higiene, segurana e sade no trabalho, a SCML ter em ateno a recomendaes apresentadas pela comisso assim como as apresentadas pelos representantes dos trabalhadores na comisso. 8 No caso de a SCML no implementar as recomendaes referidas no nmero anterior, dever apresentar a sua fundamentao por escrito. 9 Independentemente da actuao da comisso, aos representantes dos trabalhadores reconhecida a competncia de, perante uma situao de risco grave para a segurana dos trabalhadores ou de terceiros, agir individualmente, contactando de imediato a hierarquia da respectiva rea e alertando-a para as anomalias detectadas. 10 Todos os aspectos relacionados com a actividade da comisso, nomeadamente estrutura orgnica, formas de funcionamento e local de reunies devero constar de regulamento interno a acordar entre os elementos que a compem na primeira reunio ordinria.

    Clusula 48. Medicina do trabalho e vigilncia da sade

    1 A SCML assegurar servios internos ou externos de medicina no trabalho que respeitem o legalmente estabelecido sobre a matria, os quais devem estar dotados de meios tcnicos e humanos, nomeadamente mdicos e enfermeiros do trabalho, necessrios para a execuo das funes que lhes incumbem. 2 Os servios de medicina no trabalho, de carcter essencialmente preventivo, tm por finalidade a defesa da sade dos trabalhadores e a vigilncia das condies higinicas do seu trabalho. 3 Os exames mdicos dos trabalhadores decorrero sempre que possvel dentro do perodo normal de trabalho sem prejuzo da retribuio, qualquer que seja o tempo despendido para o efeito. 4 As observaes clnicas relativas aos resultados dos exames de sade constaro de ficha clnica, sujeita a sigilo profissional, s podendo ser facultadas s autoridades de sade e aos mdicos da ACT.

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  • Clusula 49. Regulamento geral de segurana, higiene e sade no trabalho

    1 A SCML elaborar no prazo de 120 dias a contar da entrada em vigor no presente acordo, precedendo consulta das partes outorgantes, o regulamento de segurana, higiene e sade no trabalho, no qual constaro, nomeadamente, as seguintes indicaes: a) Localizao das instalaes da SCML; b) Nmero e condies especficas das instalaes sociais, especificamente vestirios, instalaes sanitrias e refeitrios e sua localizao; c) Mquinas e equipamentos de trabalho utilizados e seus procedimentos especficos; d) Condies relativas a instalaes elctricas e rede de abastecimento de gua; e) Disposies relativas s condies de arejamento, ventilao, iluminao, temperatura e nveis de intensidade sonora; f) Normas de preveno de incndios, combate e evacuao de trabalhadores; g) Postos de trabalho que exijam a utilizao de equipamento individual e respectivas regras de boa utilizao; h) Postos de trabalho de risco elevado que obrigam adopo de medidas de preveno especficas.

    Clusula 50. Preveno de lcool e drogas

    1 Durante o perodo normal de trabalho, no permitida a venda de bebidas alcolicas nas instalaes dos servios e estabelecimentos da SCML, nem o seu consumo, dentro e fora, das referidas instalaes. 2 A SCML com a participao das associaes sindicais dever promover aces de sensibilizao e preveno contra o uso de lcool e drogas. 3 A SCML pode proporcionar programas de desintoxicao/desabituao de carcter voluntrio, em plena integrao no ambiente de trabalho, aos trabalhadores que desejem submeter -se a tratamento dessa natureza, sem perda de direitos enquanto o mesmo durar. 4 Para efeitos do disposto no nmero anterior a SCML pode, com a participao das associaes sindicais, estabelecer protocolos com entidades especializadas no acompanhamento e tratamento de toxicodependncias.

    Clusula 51. Preveno do tabagismo

    1 A poltica de preveno do tabagismo dever integrar uma abordagem abrangente da promoo da sade e preveno dos riscos no trabalho. 2 No permitido fumar nas instalaes da SCML, incluindo sanitrios e refeitrios, com excepo da rea ou reas que para tal forem especificamente criadas, nos termos da lei, devendo as mesmas estar devidamente identificadas e apetrechadas de adequados sistemas de ventilao e circulao de ar. 3 A SCML, conjuntamente com as associaes sindicais, dever promover aces de sensibilizao contra o tabagismo.

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  • CAPTULO VIII Enquadramento e evoluo profissional

    SECO I Disposio geral

    Clusula 52. Estruturao

    1 Os trabalhadores so classificados profissionalmente de harmonia com as suas funes, carreiras/categorias e nveis constantes dos anexos (I, II e III). 2 A admisso faz -se para o nvel mais baixo da carreira/categoria, salvo quando a experincia ou especial qualificao do trabalhador ou particulares exigncias inerentes actividade contratada justifiquem a atribuio de nvel diverso. 3 A SCML pode contratar trabalhadores para outras carreiras/categorias no previstas no acordo, sempre que circunstncias tcnicas, organizativas, de mercado ou particulares exigncias inerentes actividade contratada o justifiquem.

    SECO II Disposies especiais aplicveis ao exerccio de funes

    de enquadramento e secretariado pessoal

    Clusula 53. Funes dirigentes e de chefia

    1 As funes dirigentes e de chefia so as definidas na orgnica da SCML. 2 A forma de recrutamento para o exerccio de funes dirigentes e de chefia definida por deliberao da mesa.

    Clusula 54. Funes de coordenao de projectos

    Podem ser contratados responsveis pela coordenao de projectos, com definio nomeadamente das respectivas atribuies, competncias e as condies de exerccio das respectivas funes.

    Clusula 55. Competncia para a contratao de pessoal

    dirigente, de chefia e de coordenao A contratao de pessoal dirigente, de chefia e de coordenao de projectos depende de deliberao da mesa, no produzindo efeitos antes da data da referida deliberao, salvo se esta expressamente lhe atribuir efeitos retroactivos.

    Clusula 56. Regime de exerccio de funes de enquadramento

    1 O exerccio de funes dirigentes, de chefia e de responsabilidade pela coordenao de projectos assegurado em regime de comisso de servio, nos termos da lei. 2 A comisso de servio tem a durao de dois anos e cessa automaticamente com o seu

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  • termo, salvo comunicao escrita de renovao dirigida ao trabalhador, com a antecedncia mnima de 30 dias sobre o termo. 3 A comisso de servio pode cessar a todo o tempo, mediante comunicao escrita outra parte, com a antecedncia mnima de 30 ou 60 dias, consoante tenha durado, respectivamente, at dois anos ou por perodo superior. 4 Nos casos de cessao da comisso de servio nos termos dos n.os 2 e 3, que no implique a extino do vnculo contratual com a SCML, o trabalhador mantm o exerccio de funes de gesto corrente at sua substituio, salvo comunicao em contrrio pela SCML. 5 Quando a cessao da comisso de servio no importe tambm a extino do vnculo contratual com a SCML, o trabalhador regressa ao enquadramento profissional que detinha antes da comisso de servio ou correspondente ao da evoluo que entretanto tenha ocorrido, sem prejuzo do disposto nos nmeros seguintes. 6 O trabalhador em regime de comisso de servio cuja durao total seja igual ou superior a quatro ou oito anos consecutivos, tem direito, respectivamente, no momento em que regresse ao enquadramento profissional que detinha, progresso automtica para 1 ou 2 nveis imediatamente superiores na carreira/categoria. 7 O tempo de servio prestado em comisso de servio por trabalhador vinculado SCML conta como se tivesse sido prestado no enquadramento profissional de que o trabalhador titular.

    Clusula 57. Acordo de comisso de servio

    O exerccio de cargo ou de funes em regime de comisso de servio, depende de acordo escrito das partes, do qual devem constar as seguintes menes:

    a) Identificao das partes; b) Cargo ou funes a desempenhar e condies do respectivo exerccio, com meno expressa do regime de comisso de servio; c) Actividade antes exercida pelo trabalhador ou, no estando este vinculado SCML, aquela que vai exercer aquando da cessao da comisso de servio, se for esse o caso e sem prejuzo da aplicao do perodo experimental previsto na clusula 10., salvo estipulao em contrrio; d) A durao do perodo experimental que, caso exista, no pode exceder em nenhuma circunstncia 180 dias.

    Clusula 58. Chefe de gabinete, assessorias e secretariado pessoal

    O disposto na presente seco aplica -se, com as necessrias adaptaes, ao chefe de gabinete do provedor e da mesa, s assessorias e secretariado pessoal dos membros da mesa, dos departamentos, das administraes e das direces.

    Clusula 59. Chefias de carreira

    O disposto na presente seco no se aplica aos lugares de chefia inseridos em carreiras/

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  • categorias, nomeadamente ao chefe de sector e ao chefe de servios.

    CAPTULO IX Evoluo, avaliao e formao profissional

    Clusula 60. Princpios gerais

    A evoluo profissional processa -se atravs da progresso de nvel da carreira/categoria.

    Clusula 61. Progresso em nvel carreira/categoria

    1 A progresso consiste no acesso do trabalhador ao nvel imediatamente superior na carreira/categoria. 2 A progresso depende de deliberao da mesa quando verificados os seguintes requisitos cumulativos: a) Reconhecimento da necessidade organizativa ou funcional justificando a progresso, em proposta fundamentada apresentada pelo rgo de direco competente; b) Reconhecimento das capacidades, responsabilidades e competncias demonstradas pelo trabalhador no desempenho da sua profisso; c) Da permanncia no nvel imediatamente anterior nos seguintes termos:

    i) A antiguidade requerida para progresso em nvel adquirida pela permanncia de trs anos no anterior; ii) A mesa pode deliberar que a progresso se faa sem a observncia do requisito de permanncia no nvel em que o trabalhador se encontra;

    d) De avaliao de desempenho de nvel no inferior a Bom nos trs anos anteriores. 3 A mesa pode deliberar a aplicao de outros requisitos que considere pertinentes para alm dos referidos no nmero anterior, comunicando-os com a antecedncia necessria aos trabalhadores a quem sejam aplicveis tais requisitos. 4 A progresso em nvel prevista na presente clusula produz efeitos no ms de Abril de cada ano. 5 O regime de progresses previsto na presente clusula no se aplica: a) Carreiras de enfermagem que se regem pelas normas constantes no anexo IV; b) Carreira docente da ESSA que se rege pelo respectivo Estatuto da Carreira Docente.

    Clusula 62. Avaliao de desempenho

    1 A avaliao de desempenho aprecia a qualidade relativa dos trabalhadores, permite SCML reconhecer o mrito de um trabalhador ou indicar as suas insuficincias para que melhore a actividade para que foi contratado e condiciona a sua evoluo profissional, com a garantia da mesma ser subordinada aos princpios da justia, igualdade, imparcialidade, melhoria da qualidade dos servios e desenvolvimento do trabalhador.

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  • 2 O conjunto da avaliao inscrito numa folha de avaliao e faz parte integrante do processo individual de cada trabalhador. 3 A avaliao de desempenho profissional consta de regulam