acordÃo insalubridade falta cumprimento ppra.doc

7/21/2019 ACORDÃO INSALUBRIDADE FALTA CUMPRIMENTO PPRA.doc

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1

JEEB/afcm

PODER JUDICIÁRIOTRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 8ª REGIÃO

GABINETE DESEMBARGADOR ELIZIÁRIO BENTES

ACÓRDÃO TRT 8ª/2ªT./RO 00027018!.2010.".08.011!

RECORRENTES# CONSTRUTORA OAS LTDA.

Advogada(os): Dra. Ana Elisa Ramos Sandoval e outros,

fls. 3.

E

GLAUBER GUIMARÃES DO NASCIMENTO.

Advogado: Andre !u"# da Silveira $ar%ues, fls.&'.

RECORRIDO# OS MESMOS.

ADICIONAL DE INSALUBRIDAD E .

EMPREGADOR NÃO ADOTA MEDIDAS

PRE$ENTI$AS PRE$ISTAS NO PCMSO E

PPRA. ADICIONAL DE$ID O . T%&'( (

PCMSO) *+%&'( ( PPRA ,-%(%( ,-%

,3-%4%%) ,56%4 3(4( +4% %

4,6% 3(-,'65% %% &,+'%-6%9(

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56%9( % “Limitação do tempo de

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46( F56&', ( 3,&'(. 63%&(

4%&'6% % ,&',&% &,, (&'(.

istos, relatados e discutidos estes autos de R,3+(

O6&>6(, oriundos da M,6'64% S,=+&% $%% ( T%%-( ,

P%%+%,%FPA, em %ue so *artes, como recorrentes, C(&'+'(%

OAS L'%. e G-%+, G+64%9, ( N%364,&'( ,, como recorridos, (

4,4(.

+ Ju#o de *rimeira inst-ncia, a*s regular instruo,

e0tinguiu sem resoluo de m1rito o *edido de condenao da

reclamada no recol2imento das contriui4es *revidenci5rias

destinadas a terceiros. 6o m1rito, acol2eu em *arte os *leitos da



do recurso de fls. &7/&38 inter*osto *ela reclamada. Argumentou %ueJEEB/afcm




inicial *ara condenar a reclamada nas seguintes *arcelas: adicional

de insaluridade de &'9 (vinte *or cento) sore o sal5riomnimo,

2oras e0tras com adicional de 7'9 (cin%uenta *or cento) e ''9 (cem

*or cento), 2oras intervalares com adicional de 7'9 (cin%uenta *or

cento), todas as veras com os res*ectivos refle0os.

;ouve ainda a*licao da multa do artigo <== da >!? e a

determinao de %ue os descontos *revidenci5rios e fiscais, se@am

reali#ados nos termos da lei, e de acordo com o dis*osto na smula

38 e +rientao Juris*rudencial nC 33 da SD do ?S?. >oncedeu ao

reclamante os enefcios da Justia ratuita, tudo conforme os

fundamentos adotados na sentena de fls. ==/8<.

A reclamada inter*Fs recurso ordin5rio de fls. &</&38,

re%uerendo a reforma da sentena %uanto G condenao no *agamento do

adicional de insaluridade. Al1m disso, im*ugna os c5lculos

constantes da deciso de origem. Hor fim, a em*resa *ede a e0cluso

da multa do artigo <=7J do >H>.

+ reclamante a*resentou contrarra#4es (fls. &<I&77) e

inter*Fs recurso ordin5rio adesivo (fls. &7=/&'), *leitando o

*agamento da *arcela de diferena de 2oras in itinere e refle0os,

em como %ue o adicional de insaluridade se@a calculado sore o seu

sal5rio ase.

+s autos no foram encamin2ados ao $inist1rio Hlico do

?raal2o *ara *arecer, em vista do dis*osto no artigo '3 do

Regimento nterno deste ?riunal.

O RELATÓRIO.

D% ,-646&% , &9( 3(&,364,&'( ( ,3+( % ,3-%4%%

%=+6% ,4 3(&'%%,.

+ reclamante arguiu, em contrarra#4es, o no con2ecimento






as custas *rocessuais foram fi0adas em R<',77 (%uatrocentos e

sessenta reais e cin%uenta e cinco centavos) conforme o c5lculo de

fls. 87, e a reclamada s recol2eu R38,<< (tre#entos e sessenta

e oito reais e %uarenta e %uatro centavos) so este ttulo. Estando,

*ortanto, deserto o recurso inter*osto *ela em*resa.

Decido.

6os termos do art. 83&, K &C, da >!?, “a decisão

mencionará sempre as custas que devam ser pagas pela parte vencida”.

?ratandose de recurso ordin5rio, o valor das custas %ue devem ser

*agas *ela *arte reclamada, 1 a%uele %ue 1 fi0ado na sentena. 6o

caso, a reclamada recorrente *agou o valor fi0ado na sentena de

fls. == a 8<. A %uantia %ue o recorrido menciona como a%uela %ue

deveria ter sido *aga *ela em*resa recorrente, @5 se encontra

acrescida do valor das custas de li%uidao, includo %ue foi *elo

c5lculo de fls. 87v.

Hor esses fundamentos, ,?,6'( a *reliminar e con2eo de

amos os recursos, eis %ue *reenc2idos todos os *ressu*ostos de

admissiilidade recursal.

M6'(.

D( %636(&%- , 6&%-+6%,.

+ reclamante *leiteou o *agamento do adicional de

insaluridade argumentando %ue e0ercia a funo regular de o*erador

de escavadeira, sendo e0*osto constantemente a altos ndices de

rudo e *oeira devido G nature#a de suas atividades laorais (fls.

'=/'I).

A reclamada contestou o *edido do reclamante argumentando

%ue o amiente de traal2o do reclamante no era alvo de rudos ou

*oeiras nocivas G sade. Al1m disso, alegou %ue Los pedidos



formulados não têm como prosperar, tendo em vista que, como os EPI's



JEEB/afcm




fornecidos garantem ao funcionário a proteção adequada, o risco de

exposição a agentes insalubres torna-se nulo.M (fls. 8). Hor fim,

afirmou a em*resa %ue 1 Fnus do reclamante *rovar os fatos

constitutivos do seu direito, nos moldes do art. 88 da >!? e art.

333, do >H>, sendo re%uerida *ercia t1cnica *ara este fim, (fls.

=/=).

+ @u#o de *rimeira inst-ncia acol2eu o *edido da

inicial, e condenou a em*resa no *agamento de adicional de

insaluridade em grau m1dio de &'9 (vinte *or cento) sore o

sal5riomnimo. + magistrado fundamentou a deciso nos seguintes

termos:

Laberia ! reclamada, nos termos do art" ###, II, do P,

a prova de que as vibraç$es, quantitativamente, não

excediam o limite de toler%ncia, o que não foi feito,

pelo que considero que as vibraç$es existentes &á

predispuna o reclamante a riscos ! sa(de" )em a

demonstração de que foi adotada a providências constante

do PP*+ para a neutraliação, considero que o reclamante

estava exposto a risco de poeira e vibração" omo foi

fornecido EPI ao reclamante para o risco poeira, mas que

não ilide totalmente a insalubridade do ambiente, e

considerando ainda que a posição era intermitente, teno

que a intensidade do agente, que não foi neutraliado,

mdia e portanto, aplica-se o percentual de ./0" omo

este o mesmo percentual do agente vibração, deve-se

aplicar o percentual de ./0 de adicional de

insalubridade.M (fls. =I).

Registrese %ue o magistrado utili#ou o sal5rio mnimo

*ara a ase de c5lculo do adicional de insaluridade, tendo em vista

a deciso do Su*remo ?riunal Nederal na reclamao nC .&/DN.

A reclamada recorre da deciso, alegando, em sntese, %ue






ficou com*rovado nos autos a entrega de EHOs *ara o reclamante, e,

*ortanto, somente a *ercia t1cnica *oderia com*rovar a ine0istPncia

ou neutrali#ao dos agente insalures. A em*resa tam1m argumenta,

%ue caeria ao em*regado com*rovar %ue fa#ia @us ao adicional de

insaluridade, nos termos do art. 333, do >H> e art. 88 da >!?

(fls. &/&&').

+ reclamante, *or meio de recurso adesivo, re%uer a

reforma da r. Sentena de m1rito *ara %ue o seu sal5rioase se@a

utili#ado na ase de c5lculo do adicional de insaluridade (fls.

&').

Decido.

Da an5lise da reclamao traal2ista, verifico %ue o

reclamante a*ontou, asicamente, %ue os altos ndices de rudo e

*oeira tornavam o amiente de traal2o da em*resa insalure.

A reclamada trou0e com a contestao documento, em mdia

digital, com os Hrogramas de >ontrole $1dico e Sade +cu*acional

(H>$S+) de &''8 a &'' e os Hrogramas de Hreveno de Riscos

Amientais (HHRA) de &''8 a &''.

+servo ainda %ue a em*resa com*rovou a entrega dos

e%ui*amentos de *roteo individual ao reclamante, com o seguintes

itens: camisa de uniforme, calça de uniforme, botina de couro cano

curto com biqueira, capacete com aba frontal 1classe 23, 4culos de

segurança ton" ina com proteção lateral, luva de algodão

pigmentada com pvc na palma, protetor auditivo tipo plugue,

respirador descartável (*oeiras), fls. =8.

+ reclamante ao se manifestar acerca dos documentos

tra#idos com a defesa da em*resa, alegou %ue La reclamada não

forneceu os EPI sequer descritos no PP*+ e P5)6, tendo o reclamante

trabalado sem abafador de ru7dos e máscaras descartáveis.M (fls.






<).

6o tocante aos elementos *oeira e rudo, *enso %ue a

reclamada com*rovou a adoo de medidas neutrali#adoras dos riscos

amientais, tendo em vista a efetiva entrega dos res*ectivos itens

de *roteo (res*irador descart5vel e *rotetor auditivo ti*o

*lugue).

>ontudo, em relao G insaluridade *rovocada *ela

virao, entendo %ue a reclamada no logrou P0ito em demonstrar %ue

adotava as medidas *reventivas registradas no H>$S+ e no HHRA %ue

foram @untados aos autos. Seno ve@amos.

?anto o H>$S+, %uanto o HHRA elaorados *ela reclamada,

*reviam como uma das medidas coletivas *ara neutrali#ao da

insaluridade relacionada G virao a 89imitação do tempo deexposiçãoM. A em*resa, contudo, e0igia do reclamante a *restao

regular de laor e0traordin5ria, ou se@a, descum*ria frontalmente

uma das medidas coletivas ca*a#es de su*rimir a insaluridade do

amiente de traal2o dos seus em*regados.

Al1m disso, tam1m consta do H>$S+ e do HHRA @untados aos

autos, %ue como medida *reventiva individual, caeria G reclamada a

reali#ao de e0ames m1dicos *eridicos em seus em*regados. Nato

este %ue tam*ouco ocorreu, tendo em vista %ue a em*resa no

a*resentou %ual%uer com*rovao neste sentido.

Assim sendo, em %ue *ese no ter sido reali#ada *ercia

t1cnica nos autos, entendo %ue com ase na documentao tra#ido ao

*rocesso, em es*ecial o H>$S+ e HHRA, 1 *ossvel identificar %ue o

amiente de traal2o do reclamante era insalure e %ue a reclamada

no tomava as medidas necess5rias *ara neutrali#ar os riscos

amientais identificados.

Ressaltase %ue, conforme consta no ane0o n. 8 da 6orma



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Regulamentadora 7 (6R7) Q $inist1rio do ?raal2o e Em*rego, a

insaluridade relacionada com o agente vibração, %uando constatada,

ser5 de grau m1dio (vinte *or cento).

Nicando mantida a sentena nesse *onto.

uanto G ase de c5lculo, este E. Regional, @5 *acificou

seu entendimento, *or meio do Enunciado nC & da Smula da

Juris*rudPncia *redominante do ?riunal Regional do ?raal2o da

+itava Regio, cu@o inteiro teor 1 o seguinte:

“+:II6;+9 :E I;)+9<2*I:+:E" 2+)E :E =9<96" + base de

cálculo do adicional de insalubridade o salário

contratual ou normativo, fixado pelas partes, conforme o

disposto no art" >?, I@, da onstituição da *ep(blica,

que veda a vinculação ao salário m7nimoM.

D(+ (564,&'(, *ortanto, ao recurso do reclamante e

determino %ue o sal5rio contratual do em*egado se@a utili#ado como

ase do c5lculo do adicional de insaluridade concedido.

D% 6@,,&% , (% ,<'%.

+ reclamante *leiteou na inicial o *agamento de

diferenas de 2oras e0tras. Argumentou na reclamao %ue no *erodo

de '&/'/&''I at1 3/'3/&''I, laorava das 82 Gs 2, sem intervalo

intra@ornada, de segundafeira a s5ado. ?am1m afirmou %ue laorava

em m1dia '& (dois) domingos *or mPs, *elo %ue fa# @us ao *agamento

de 3< (trinta e %uatro) 2oras e0tras com adicional de 7'9 (cin%uenta

*or cento) e & (vinte e seis) 2oras e0tras com adicional de ''9

(cem *or cento), amas com os refle0os legais, no *erodo a*ontado

(fls. '<).

+ reclamante tam1m alegou %ue no *erodo de '/'</&''I

at1 3/'=/&''I, reali#ava @ornada de turnos ininterru*tos de






reve#amento, das 82 Gs 2 ou 2 Gs 82, *elo %ue *leiteou o

*agamento de I' (noventa) 2oras e0tras mensais com o adicional de

7'9 (cin%uenta *or cento) e refle0os, (fls. '</').

A reclamada, em sede de defesa, im*ugnou a @ornada de

traal2o a*ontada na inicial, ressaltando %ue o reclamante cum*ria

@ornada estaelecida em norma coletiva. Al1m disso, a em*resa

argumentou %ue da an5lise dos contrac2e%ues do em*regado, 1 *ossvel

verificar %ue todas as 2oras e0tras *restadas *elo reclamante @5

encontramse devidamente %uitadas, fls. 7</7.

+ @u#o de *rimeira inst-ncia acol2eu o *edido do

reclamante, ao defender o entendimento %ue Lapesar de aver acordo

coletivo para a compensação semanal de &ornada 1cláusula terceira do

acordo coletivo, fls" AAB3, verifico que as apuraç$es de oras

extras realiadas pela reclamada tambm observam a oitava ora

diárias, não observando o pactuado na norma coletiva" +ssim gerou-se

ao reclamante, pela prática 1surrectio3, o direito !s oras que

excederam a oitava diária, pois era sobre elas que a reclamada

pagava as oras extras.M (fls. =Iv).

Recorre a reclamada, argumentando, em resumo, %ue L1C3

como a sentença reconeceu a validade do acordo de compensação de

&ornada de trabalo previsto na norma coletiva carreada ao feito, e

como a referida norma prevê a ma&oração de A 1uma3 ora diária de

trabalo, de segunda a quinta-feira, para não aver trabalo aos

sábados 1láusula D"A"A"#3, inexiste diferença de oras extras a

crdito do recorrido no presente feito, 1C3M (fls. &&&).

Decido.

Em *rimeiro lugar, verifico %ue o reclamante confessou,

em de*oimento, Lque os cart$es de ponto 1fls" FGA3 traidos aos

autos refletem sua real &ornada de trabalo, com exceção da

ora



controles de @ornada ('&/'/&''I G </'&/&''I, /'</&''I G

7/'7/&''I), *or1m, entendo %ue as diferenas de 2oras e0tras devem

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intra&ornada"H 1sem grifos no original, fls" A#B3" Hortanto,

considero como v5lidas todas as anota4es consignadas nesses

controles de @ornada.

Al1m disso, como em oservou o @u#o de *rimeira

inst-ncia, no *erodo de '/'</&''I G 3/'=/&''I, no 2ouve uma

2aitual rotatividade de turnos ca*a# de caracteri#ar a @ornada do

reclamante como de turnos ininterru*tos de reve#amento, nos termos

da +rientao Juris*rudencial nC 3' da SD do ?S?. Desse modo, a

@ornada do reclamante tam1m nesse *erodo deve utili#ar o divisor

de &&' (du#entas e vinte) 2oras.

+servo tam1m, %ue a @ornada registrada nos controles de

fre%uPncia do reclamante (fls. 88/I) est5 *revista no acordo

coletivo &''8/&''I (fls. ), cláusula terceira, %ue a fi0a em <<

(%uarenta e %uatro) 2oras semanais e &&' (du#entas e vinte 2oras

mensais) *ara os traal2adores da categoria.

Ademais, a >onveno coletiva &''8/&''I, em sua cl5usula

se0ta, *revP a *ossiilidade do traal2ador cum*rir LEm D 1cinco3

dias de trabalo na semana, de segunda-feira sexta-feira, com

&ornada diária de G 1nove3 oras de segunda-feira a quinta-feira, e

mais 1oito3 oras na sexta-feira, neste caso, compensando de

segunda-feira a quinta-feira as 1quatro3 oras do sábadoM fls.&3.

+ra, da an5lise %ue fao dos cart4es de *onto do

reclamante, verifico %ue o em*regado cum*ria a @ornada es*ecial

*revista no instrumento coletivo. Seno ve@amos.

6o *erodo de /'3/&''I G 7/'</&''I, no dias de segunda

a %uintafeira, a @ornada de traal2o do reclamante era de 'I

(nove) 2oras di5rias, sendo remunerado como e0tra o laor e0cedente

a esse limite. 6as se0tas, a @ornada di5ria do em*regado era de 8






e0cedente a esse *atamar. ?odo a @ornada de traal2o reali#ada nos

s5ados era registrada como e0traordin5ria. 6esse *erodo, o

reclamante fe# @us ao *agamento de &<238 (vinte e %uatro 2oras e

trinta e oito minutos) de 2oras e0tras, conforme o registrado no

carto de *onto.

6o contrac2e%ue relativo ao *erodo ora analisado

1ABF/#F.//G ! ADF/F.//G3, v erifico %ue todas as 2oras e0tras

registradas foram %uitadas (fls. 83).

+ mesmo ocorre no *erodo de /'&/&''I G 7/'3/&''I

(fls. I), *ois oservo %ue no contrac2e%ue de fls. 8< foram

%uitadas as 8I2&' (oitenta e nove 2oras e vinte minutos) registradas

a ttulo de 2oras e0tras.

A sistem5tica se re*ete no *erodo de /'7/&''I a7/'/&''I, @5 %ue todas as 2oras e0tras consignadas no controle de

@ornada (fls.8I), foram remuneradas corretamente (fls. =<).

Ao contr5rio do %ue foi decidido em *rimeira inst-ncia,

a reclamada no remunerava como e0tra as 2oras e0cedentes G oitava.

+ %ue 2avia era a remunerao e0cedente da @ornada fi0ada *ara cada

dia, tendo em vista a @ornada acordada na norma coletiva. +u se@a,

de segunda a %uintafeira, era considerada como e0tra, o laor

e0cedente G nona 2ora. Ao *asso %ue nas se0tas, a em*resa remunerava

como 2ora e0tra o traal2o e0cedente G oitava. Hor fim, nos s5ados

toda a @ornada era considerada como e0traordin5ria.

Assim sendo, oservo %ue a reclamada remunerava

corretamente o em*regado com relao Gs 2oras e0tras *restadas, nos

*erodos em %ue a*resentou os controles de *onto.

6os *erodos em %ue no 2ouve a a*resentao dos



o art. 78, K 3C, >!? *rever a *ossiilidade de norma

coletiva fi0ar o tem*o m1dio des*endido *elo em*regado no

JEEB/afcm




ser a*uradas utili#andose os a*ontamentos feitos *elo reclamante.

>ontudo, o divisor da @ornada mensal deve ser o de &&' (du#entas e

vinte), devendo ser consideradas como 2oras e0tras a%uelas

e0cedentes G nona 2ora traal2ada, de segunda G %uintafeira, as %ue

ultra*assam G oitava 2ora nas se0tasfeiras e todas as 2oras

traal2adas aos s5ados, limitadas ao *edido do a*ontamento de fls.

<I/ (vide a cl5usula se0ta da >onveno coletiva &''8/&''I

fls. &3).

Registrese, %ue devem ser com*ensadas todas as 2oras

e0tras remuneradas com o acr1scimo de 7'9 (cin%uenta *or cento) e

'9 (sessenta *or cento), no c5lculo das diferenas devidas.

>om relao Gs (% ,<'% 3(4 ( %636(&%- , 100K (cem

*or cento), tendo em vista a no a*resentao dos controles de

fre%uPncia dos dias a*ontados *elo reclamante como devidos, 4%&',&(

a condenao im*osta na sentena.

D% 6@,,&% (% in itinere.

+ Ju#o de *rimeira inst-ncia re@eitou o *edido de de

*agamento de 2oras in itinere, *ois defendeu %ue L6o sendo

a*esentada a e0istPncia de cr1dito a ttulo de 2oras in itinere, nos

termos da negociao coletiva, Fnus %ue caeria ao reclamante nos

termos do art. 3'& do >H> e art. & da consolidao de *rovimentos

deste Regional, entendo como devidamente *agas tais 2oras.M (fls.

8).

Em sede recursal, o reclamante sustenta %ue as normas

coletivas %ue negociaram o *agamento das 2oras in itinere so

v5lidas e %ue cum*riu com o %ue foi nelas estaelecido (fls. 8v

83v).

Decido.






+ acordo coletivo acostado aos autos (fls. /8), %ue

arange todo o contrato de em*rego firmado entre as *artes, *revP o

fornecimento de trans*orte gratuito *ara deslocamento dos em*regados

da reclamada at1 o local de traal2o. ?ratandose de traal2adores

alo@ados, 3(4( &( 3%( ( ,3(,&' ,, os minutos do *ercurso

devem ser *agos em %uantia e%uivalente a :3' (uma 2ora e trinta

minutos) 2oras *or dia (fls. =).

Entendo %ue a negociao coletiva deve ser *restigiada,

em res*eito ao *receito contido no %'. 7) 6&36( $I) %

C/8 8, %ue recon2ece as conven4es e acordos coletivos de traal2o,

*ermitindo, *or esse meio at1 mesmo a reduo de sal5rio (inciso

). Deve, *ois, *revalecer os termos a@ustados nas normas

coletivas, 3(&6,%&(, *+, ( %=%4,&'( %3(%( @(6 %64-6(

,-% ,3-%4%%.

6o tocante ao art. 78, K 3C, da >!?, em conson-ncia com a

deciso do @u#o de *rimeira inst-ncia, *enso %ue a 2i*tese ali

*revista 1 meramente e0em*lificativa. +u se@a, a fle0iili#ao das

2oras in itinere tam1m 1 *ossvel *ara as em*resas de grande *orte.

6esse sentido @5 25, inclusive, deciso do >. ?S?:

HORAS IN ITINEE . LIMITAÃO. NORMA COLETI$A. EMPRESA DE

GRANDE PORTE. $ALIDADE. . 6os termos do artigo =C, ,da >onstituio Nederal, so direitos dos traal2adores

uranos e rurais, al1m de outros %ue visem G mel2oria de

sua condio social, o recon2ecimento das conven4es e

acordos coletivos de traal2o. &. A Suseo

Es*eciali#ada em Dissdios ndividuais inclinouse *ela

*ossiilidade de limitao ou *r1fi0ao das 2oras in

itinere *or norma coletiva, G lu# do referido

dis*ositivo constitucional. 3. Dessa forma, no ostante



JEEB/afcm




tra@eto em %ue foi fornecido trans*orte *elo em*regador

a*enas *ara as microem*resas e as em*resas de *e%ueno

*orte, o dis*ositivo legal no e0clui a *ossiilidade das

demais sociedades em*res5rias *actuarem normas coletivas

redu#indo ou *r1fi0ando as 2oras de *ercurso, na medida

em %ue o *restgio a negociao coletiva est5 garantido

constitucionalmente.FR,3+( , ,56'%# "12.2011.".0.008!. "ª T+4%. R,-%'(# M6&6'( E44%&(,-

P,,6%. D%'% ( ?+-=%4,&'(# 1Q/0"/2012M

Hor tais fundamentos, nego *rovimento ao recurso do

reclamante e manten2o a r. Sentena em seus termos originais.

D( 6&',5%-( 6&'%?(&%%.

+ reclamante *leiteou, de acordo com o a*ontamento de

fls. <'/, < (%uarenta e uma) 2oras de intervalo intra@ornada no

*erodo de '&/'/&''I G </'&/&''I e mais & (vinte e seis) 2oras

intervalares entre os dias /'</&''I e 7/'7/&''I.

A reclamada em sede de defesa, argumentou %ue o

reclamante sem*re go#ou de ' (uma) 2ora de intervalo intra@ornada,

*r1assinalados no cart4es de *onto @untado aos autos, fls. 7/7=.

A sentena acol2eu o *edido, com os seguintes

fundamentos:

8Juanto aos intervalos intra&ornada, o reclamante apontou

os dias nos quais não ouve assinalação ou pr-

assinalação, pelo que caberia ! reclamada a prova da

concessão do intervalo em tais per7odos" )em prova nesse

sentido, teno que tal intervalo não foi concedido, pelo

que correta a apuração do reclamante, a qual fica

acolida, diante da inexistência de prova em contrário"H

(fls. 8').






6as ra#4es recursais, a reclamada argumenta %ue 25 a *r1

assinalao dos intervalos intra@ornada nos cart4es de *onto

tra#idos aos autos, na forma autori#ada *ela *ortaria nC 3.'8&/8< do

$inist1rio do ?raal2o, art. =<, K&C da >!? e *elo acordo coletivo

de traal2o de fls. /8.

Decido.

>onforme @5 analisado nesse acrdo, o reclamante

confessou em audiPncia, %ue os cart4es de *onto @untados ao *rocesso

refletem sua real @ornada de traal2o, com ,<3,9( do intervalo

intra@onada.

+ @u#o de origem determinou %ue o em*regado a*ontasse,

de modo articulado, as 2oras de intervalo intra@ornada %ue l2e

seriam devidas. + reclamante, ento, *or meio da *etio de fls.<'/, fi0ou os *ar-metros das 2oras intervalares %ue considerava

inadim*lidas *ela reclamada.

A deciso de *rimeira inst-ncia acol2eu o *edido do

reclamante, em relao aos *erodos em %ue a reclamada no com*rovou

a concesso ou *r1assinalao do descanso intervalar.

Da an5lise dos autos, verifico %ue, de fato, no nos

*erodos fi0ados *elo reclamante, de '&/'/&''I G </'&/&''I e

/'</&''I G 7/'7/&''I, a reclamada no a*resentou o carto de

*onto com a *r1assinalao do descanso intra@ornada do em*regado.

De modo %ue se *resumem verdadeiros os a*ontamentos do reclamante.

+s c5lculos elaorados *elo @u#o de origem, *or sua ve#,

oservaram estritamente os a*ontamentos do reclamante. Hortanto,

considero correta a conta integrante da sentena.

N,=( (564,&'(.

D% 4+-'% ,56'% &( %'. !77 % CLT.






nsurgese a reclamada %uanto G multa do art. <== da >!?

im*osta *ela sentena. Argumenta a em*resa %ue a li%uidao do

@ulgado e0tra*olou os limites da condenao e, al1m disso, 1

descaida a integrao do adicional de insaluridade na ase de

c5lculo desta *arcela, fls. &3'.

Decido.

6o merece *ros*erar os a*elos da reclamada. Hois,

entendo %ue o Hrinc*io Hrotecionista do Direito do ?raal2o , em

sua ace*o da norma mais favorável ao obreiro, im*4e %ue na

a*licao da multa do art. <==, K8C da >!? se@a considerado o

sal5rio do em*regado em seu sentido am*lo.

6este sentido, inclusive, vem se manifestando o >. ?S?,

conforme o aresto ora colacionado:

!"#E $E %&L%'L( $" )'LT" $( *+, $( "T. - $" %LT /

E)'NE"01( $( E)2E3"$(. A" onforme estabelece o K? do art"

>> da 9L, a inobserv%ncia dos praos para o pagamento das

parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de

quitação implica pagamento de multa a favor do empregado, em

valor equivalente ao seu salário" ." -In casu-, o *egional

entendeu que a penalidade epigrafada deve ser calculada

considerando a incidência de outras parcelas, contra o que se

insurge a *eclamada, sob a alegação de que o cálculo da citada

multa deve considerar apenas o salário-base do *eclamante" #"

;ão se pode entender que o valor da multa epigrafada se

restrin&a ao -quantum- do salário -stricto sensu-, pois o

legislador não dese&ou ameniar a pena imposta ao empregador

inadimplente, at porque autoriou a compensação dos valores

contidos nas verbas rescis4rias, at o limite de um mês de

remuneração do empregado 1KD? do art" >> da 9L3, não se

&ustificando tamano desequil7brio na relação, quando a parte

inadimplente o empregador" " +ssim, a penalidade em



JEEB/afcm




comento devida sobre a remuneração do empregado,

devendo a expressão -valor equivalente ao seu salário-,

contida no K?do art" >> da 9L, ser interpretada no

sentido amplo" +final, quando for poss7vel duas

interpretaç$es a respeito da norma trabalista, deve ser

aplicada a que for mais favorável ao destinatário da lei"

4ecurso de revista5 67677/89.:77;.;.6;.77:6. < Turma.elator5 Ives 3andra )artins =il>o. ?ulgado em5 :9@78@:77+AM.

$anten2o, *ois, a sentena.

D( ,3(&'( ,@,'+%( &( TRCT.

+ deciso de origem ao resolver a %uesto referentes aos

descontos indevidos efetuados constantes no ?ermo de Resciso de

>ontrato do ?raal2ador, defendeu o seguinte entendimento: LA defesa

no im*ugna a tese inicial de %ue os descontos seriam relativos a

su*ostas faltas no mPs de Jul2o de &''I. >ote@ando o carto de *onto

do citado mPs, fls. 88, verifico %ue no citado mPs 2ouve a*enas uma

falta, motivo *elo %ual 1 indevido o desconto de 3,<7 dias, conforme

constante do ?R>?, *elo %ue devido o *agamento do valor

indevidamente descontado *ela reclamada relativo a 3,<7M (fls.

8v).

A reclamada se insurge contra a sentena, argumentando

%ue no ?R>? foi descontada a %uantia de R&&,<= (du#entos e

sessenta e dois reais e %uarenta e sete centavos), referentes Gs

faltas de <,<7 (%uatro vrgula %uarenta e cinco dias). + comanda da

sentena, *or1m, determinou %ue a reclamada s *odia ter descontado

(um) dia a ttulo de falta no mPs de @ul2o. Desse modo, o

reclamante fa# @us G devoluo de a*enas 3,<7 (trPs vrgula %uarenta

e cinco dias), *elo %ue os c5lculos devem ser elaorados oservando

esses *ar-metros.

Decido.






+servo %ue, de fato, a deciso de *rimeira inst-ncia

autori#ou somente a devoluo de 3,<7 (trPs vrgula %uarenta e

cinco). A reclamada alegou nas ra#4es recursais %ue L para se obter o

valor a ser restitu7do ao recorrido se deve dividir esta import%ncia

por #/, o que resulta em *MD,GG a t7tulo de salário dia, devendo-se

multiplicar esta quantia por #,D, o que resulta na import%ncia de

*M./.,D., que o valor correto a ser computado a t7tulo de

devolução de desconto.M (fls. &3).

Henso %ue *rocede as alega4es do recorrente. +

dis*ositivo da sentena foi ine%uvoco em autori#ar a*enas a

devoluo de 3,<7 (trPs vrgula %uarenta e cinco) dias descontados

indevidamente. Assim sendo, o real valor %ue o reclamante fa# @us a

ttulo de devoluo 1 o a*ontado *ela reclamada, de R&'&,7&

(du#entos e dois reais e cin%uenta e dois centavos), devendo a conta

da condenao oservar o valor ora fi0ado.

D(+ (564,&'(.

D% 4+-'% ,56'% &( %'. !7"J ( CPC.

A reclamada insurgese contra a a*licao do dis*osto no

art. <=7J do >H>, argumentando incom*atiilidade da regra

*rocessual civil com o direito *rocessual do traal2o (fls.

=&/8).

Decido.

6a sentena 25 a seguinte determinao: 897quida a

sentença, o reclamado deverá proceder ao pagamento do valor da

execução ou nomear bens a penora 1art" BDB, KA? do P3 em at

quine dias posteriores ao tr%nsito em &ulgado, independente de

notificação ou mandado de citação 1art" >D-N do P cFc art" #.,

KA? da 9L, art" GG da 9L e art" D., III, da 9ei G"/GGFG/3 sob

pena de acrscimo da execução no valor de A/0 1de por cento3"H



JEEB/afcm




1fls" AD#FAD3.

A >!?, em seu art. 83&, K C, *rescreve %ue Lquando a

decisão concluir pela procedência do pedido, determinará o prao e

as condiç$es para o seu cumprimentoM. De acordo com essa regra, o

Jui# *ode e deve estaelecer condi4es *ara o cum*rimento da

sentena.

6o tocante G a*licao da multa *revista no art. <=7J do

>H>, este E. Regional, @5 *acificou seu entendimento, *or meio da

Smula nC 3 da Juris*rudPncia *redominante do ?riunal Regional do

?raal2o da +itava Regio, cu@o inteiro teor 1 o seguinte:

“)'LT" $( "TI3( -;/? $( %2%. "2LI%"01( N( 2(%E##( $(

T"!"LB(. " aplicação subsidiária da multa do artigo -;/

? do %2% atende Cs garantias constitucionais da raDoávelduração do processo eFetividade e celeridade pelo que

tem pleno cabimento no processo do trabal>o.M

Assim sendo, deve ser mantida a sentena %uanto G

a*licao da multa.

uanto ao incio da e0ecuo, vin2a entendendo %ue

deveria ser oservado o dis*osto no artigo 88', da >!?, en%uanto %ue

a maioria dos demais integrantes da E. Segunda ?urma defende a tese

de %ue a norma contida no art. <=7J do >H> deve ser a*licada em sua

integralidade e %ue, al1m disso, tratase de sentena l%uida, de

cu@o valor o reclamado @5 tem con2ecimento, no 2avendo necessidade

de nova citao a*s o tr-nsito em @ulgado.

Esse, ali5s, foi o entendimento %ue *revaleceu na T

Jornada de E0ecuo ?raal2ista do E. ?R? da 8T Regio, tendo

resultado desse entendimento a e0*edio do Enunciado nC 3<, cu@o

teor 1 o seguinte:

LING%I( $" EHE%'01( T"!"LBI#T". " execução trabal>ista






se inicia com a pen>ora no caso de sentença lquida ou

acordo Judicial ou com a expedição do mandado de citação

na >ipKtese de sentença ilquidaM.

Hor isso, a sentena fica mantida, no *articular.

D( ,*+,'6(&%4,&'(.

Diante do %ue foi decidido e das teses a%ui adotadas,

considero *re%uestionadas todas as mat1rias discutidas no recurso,

*ara os efeitos *revistos na Smula nC &I= do >. ?S?, sendo

desnecess5ria a referPncia aos dis*ositivos constitucionais e/ou

legais a*ontados *ela *arte, nos termos da +rientao

Juris*rudencial nC 8 do >. ?S?.

ANTE O EPOST O ) ,?,6'( % ,-646&% %=+6% ,4

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ISTO POSTO)

ACORDAM OS DESEMBARGADORES DA SEGUNDA TURMA DO EGRGIO






TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA OITA$A REGIÃO) +&%&64,4,&',)

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2012.

JOS EDXLSIMO ELIZIÁRIO BENTES) D,,4%=%( R,-%'(

acordÃo insalubridade falta cumprimento ppra.doc

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