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Proc. 163/2006 Pg. 1
Processo n 163/2006 (Autos de recurso contencioso)
ACORDAM NO TRIBUNAL DE SEGUNDA INSTNCIA DA R.A.E.M.: Relatrio
1. A, com os sinais dos autos, veio interpor recurso contencioso de
anulao do despacho pelo EXM SECRETRIO PARA A
SEGURANA proferido em 09.02.2006 que julgou improcedente
anterior recurso hierrquico pelo ora recorrente interposto de uma
deciso do Exm Comandante do C.P.S.P. com a qual se interditou a sua
entrada em Macau pelo perodo de 3 anos.
Na petio inicial que apresentou, formulou as seguintes
concluses:
1. O recorrente no se conformou com o despacho proferido
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pelo Secretrio para a Segurana em 9 de Fevereiro de 2006,
que negou o provimento ao recurso hierrquico necessrio
por este interposto contra a proibio da sua entrada na
Regio.
2. de reparar que no Acrdo n 78/2001 proferido pelo
Tribunal de Segunda Instncia de Macau no se determina a
audincia dos interessados, ora no procedimento punitivo, a
violao do direito de audincia resulta em anulabilidade do
acto administrativo.
3. Nos termos do Cdigo de Procedimento Administrativo, s
est dispensado o interessado da audincia nas situaes
previstas nos arts 96 e 97. necessrio proceder
audincia, como no se verifica tais situaes para o caso
concreto.
4. Aqui, a Administrao meramente assinalou que as medidas
esto correspondidas s situaes do art. 96. do Cdigo de
Procedimento Administrativo, no entanto, no explicitando
quais so tais situaes, isto , no observar o art. 114. n 1
alneas a) e b) e art. 115. n 1 e 2 do Cdigo de
Procedimento Administrativo, do qual resulta a violao do
dispositivo legal pelo acto administrativo, subsequentemente
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a consequncia da anulabilidade (o art. 124. do Cdigo de
Procedimento Administrativo).
5. Portanto, o Secretrio para a Segurana proferiu em 9 de
Fevereiro de 2006 o despacho, violando o disposto do art
93 e art. 96 do Cdigo de Procedimento Administrativo
que resulta em anulabilidade do acto administrativo.
6. O recorrente, em 9 de Novembro de 2005, foi suspeito de
praticar o crime de usura para jogos previsto no art. 13. da
Lei n 8/96/M, e o crime de sequestro, na parte especial do
Cdigo Penal de Macau, no foi incorporado no Ttulo III
(Crimes contra a paz e a humanidade), e no Ttulo IV
(Crimes contra a vida em sociedade) e Ttulo V (Crimes
contra o Territrio. Obviamente), o crime de sequestro a
propsito da natureza no constituir perigo para a
segurana ou ordem pblica.
7. Aqui, o legislador ao estipular esta clusula legal, usa a
palavra crimes ou seja vrios crimes, ou seja, na forma
plural, no representa a situao individualizada ou
ocasional, ento no aplicvel o art. 11. n 1 alnea 3) da
Lei n 6/2004 como o recorrente est suspeito a praticar
apenas os crimes de usura para jogos e sequestro.
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8. Portanto, face ao exposto, para o caso concreto, no constri
perigo para tanto a segurana como a ordem pblica, e o
recorrente no exercitou os respectivos crimes nem praticou
os actos preparatrios do crime, razo pela qual ao
recorrente no aplicvel o art. 11. n 1 alnea 3) da Lei n
6/2004.
9. Portanto, face ao exposto, para o caso concreto, no constri
perigo para tanto a segurana como a ordem pblica, e o
recorrente no exercitou os respectivos crimes nem praticou
os actos preparatrios do crime, razo pela qual ao
recorrente no aplicvel o art. 11. n. 1 alnea 3) da Lei
n 6/2004.
10. No constituindo o recorrente o perigo para a segurana ou a
ordem pblica, ento por que o recorrente foi privado da
liberdade da entrada e sada pela fronteira? O recorrente
deve, no presente, entrar e sair da Regio livremente, sem
autorizao do tribunal. Alm disso para bem realizar os
direitos e deveres atribudos pelo Cdigo de Processo
Criminal, no se deve restringir ao recorrente a liberdade da
entrada e sada pela fronteira.
11. Portanto, o rgo administrativo impediu o recorrente de
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exercitar seu direito de defesa, violou gravemente os direitos
e deveres consagrados no Cdigo de Processo Penal.
12. Ademais o princpio de presuno de inocncia consiste no
princpio fundamental da lei criminal. A sua conotao
reclama que o ru presumido inocente antes de o tribunal
decretar seu crime (em breve, no pode condenar sem
julgamento)
13. Portanto, antes de o Tribunal decretar o crime do recorrente,
o acto administrativo posto em causa revogou a autorizao
da permanncia do recorrente e vedou a sua entrada com
base na sua prtica do crime, isto constitui aplicao errada
do disposto do art. 11. n 1 alnea 3) e art. 12. n 2 alnea 2)
da Lei n 6/2004.
14. Por isso, o acto administrativo de revogar a autorizao
para a permanncia do recorrente anulvel.
(...); (cfr., fls. 2 a 26 e 73 a 108).
*
Em sede de contestao, afirma por sua vez a entidade recorrida
que:
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1. Ao abrigo do art.l1. n 1 alnea 3) da Lei n 6/2004, alm das
pessoas que pratiquem ou preparem para praticar o crime,
pode ser revogada a autorizao de permanncia na RAEM
de no residentes quando constituam perigo para a
segurana ou a ordem pblicas.
2. H fortes indcios de que o recorrente praticou crimes na
Regio, constituindo perigo para a segurana pblica, assim
legal, justo e necessrio revogar a autorizao da sua
permanncia e interditar-lhe o acesso Regio.
3. O supradito acto administrativo visa afastar os que
prejudiquem a segurana pblica desta Regio, de modo a
salvaguardar o interesse pblico, com carcter urgente e
eventual influncia a ser trazida pela audincia sua
eficcia, portanto, ao abrigo do art. 96. alneas a) e b) do
Cdigo de Procedimento Administrativo, no h lugar a
audincia do recorrente.
4. O recorrente pode ainda participar no processo criminal
mediante outros meios. No caso necessrio e com justo
documento, a Administrao poder autorizar a sua entrada
Regio para que o mesmo pratique actos que forem
necessariamente praticados por este prprio; (cfr., fls. 46 a
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51 e 113 a 121).
*
Prosseguindo os autos, juntou o Exm Representante do Ministrio
Pblico douto Parecer, pronunciando-se no sentido da procedncia do
recurso no que toca falta da prvia audincia do recorrente; (cfr., fls.
129 a 135).
*
Colhidos os vistos legais e nada obstando, cumpre decidir.
Fundamentao
Dos factos
2. Como interesse para a deciso, mostram-se assentes os factos
seguintes:
A, natural de Canto, com os restantes sinais dos autos e ora
recorrente, titular do Bilhete de Identidade da R.P.C. n XXX,
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assim como do Passaporte do Camboja n XXX, com o qual, no
dia 09.11.2005, veio a Macau, passando pelo Posto Fronteirio
das Portas do Cerco, tendo-lhe sido emitida autorizao de
permanncia at ao dia 16.11.2005.
por sobre o mesmo existirem suspeitas de envolvimento na
prtica de um crime de sequestro de um cidado da R.P.C., foi,
por despacho do Comandante Substituto da P.S..P. de 10.11.2005,
revogada a sua autorizao de permanncia nesta R.A.E.M.
assim como decretada a sua interdio de entrada por um
perodo de 3 anos.
em sede de recurso hierrquico do assim decidido, elaborou-se a
informao que segue:
ASSUNTO: Recurso hierrquico
RECORRENTE: A
TERMOS LEGISLATIVOS: Art l59 do CPA
1. O recorrente, de nome A, interps recurso hierrquico da
medida de interdio de entrada na RAEM, por um perodo
de trs anos, juntando para isso e em sntese, os seguintes
fundamentos:
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2. Que no lhe foi concedido o direito de audincia constante no
art 93 do CPA;
3. Que no houve nenhuma deciso judicial transitada em
julgado que prove a sua culpabilidade nos factos que
originaram a medida;
4. E que, assim, no poderia estar presente a actos processuais
que fosse convocado no mbito desse processo judicial,
pedindo, por isso, a revogao da medida.
5. Vejamos o caso e as circunstncias que o rodearam, e que
vieram a fundamentar a aplicao da medida.
a) O recorrente, na altura dos factos, estava em trnsito na
RAEM, visto que era portador do Passaporte da RPC, n
XXX, isto , a estadia para nacionais chineses titulares
deste tipo de documento, a qual apenas permitida para
fins de trnsito da qual depende a validade do prprio
documento e de um visto legal para outro destino.
b) para esse propsito que as autoridades da RAEM
concedem a permanncia dessas pessoas em Macau;
c) Ora, a vtima no processo judicial subjacente medida de
interdio, B, contraiu um emprstimo de $ 150.000.00
patacas, a juros de 10%, para jogo;
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d) Quantia que viria a perder, e que fora facultada pelos
indivduos C e D.
e) Como no tinha de imediato meios para liquidar o
emprstimo, estes agiotas permitiram que a vtima
entrasse em contacto com algum que possibilitasse o
pagamento, retendo porm a sua liberdade ambulatria,
colocando-o no quarto n XXX, do Hotel XXX, atribuindo
ao recorrente a tarefa de o guardar e vigiar para que no
fugisse,
f) prestao que este desempenhou conscientemente, apesar
de saber ser contrria lei, e que se estava claramente a
desviar dos fins para que as autoridades da RAEM, lhe
concederam a estadia.
g) A vtima entrou em contacto com o seu amigo de nome E,
o qual ao ter conhecimento de como o amigo estava retido
naquele hotel, ligou para a Linha 999 da PSP, facto que
viria a desencadear a operao policial que resultou na
deteno do recorrente.
h) Os factos expostos fundamentaram de imediato a
revogao da autorizao de permanncia do recorrente,
e a aplicao de urna medida administrativa tendente a
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afastar da regio indivduos que manifestamente se
afastam dos fins para os quais foi concedida a sua
permanncia, por perodo proporcional e que est de
acordo com os fins a que se destina : preveno para que
no aconteam novos casos; e que os indivduos alvos das
medidas reflictam nas suas condutas, nas prximas vezes
que legalmente poderem visitar a RAEM.
i) A medida enquadra-se nos termos do art 96 do CP A,
no necessitando, por isso, para a sua aplicao de
audincia prvia; por outro lado, e de acordo com a
alnea 3) do n 1, do art 11 da Lei n 6/2004, pelo que
ficou descrito, o recorrente constitui perigo para a
segurana e ordem pblicas da RAEM, conceitos que,
nomeadamente, podem ser concretizados pela prtica de
crimes ou sua preparao, o que de resto manifesto. Por
ltimo, estando qualquer processo judicial a decorrer
contra o recorrente e este seja convocado pelas
autoridades judiciais para comparecer, poder sempre
requerer PSP ou aos tribunais autorizao para estar
presente.
j) Assim, por considerar que o despacho que aplicou a
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medida de interdio de entrada a A, no se encontra
ferido de qualquer vcio que possa levar sua
anulabilidade, deve ao presente recurso hierrquico ser
negado provimento, mantendo-se o acto recorrido.
(...).
seguidamente, proferiu o Exm Secretrio para a Segurana
despacho com o teor que a seguir se transcreve:
Assunto: Recurso hierrquico necessrio do despacho do Cmdt.
do CPSP que aplicou a medida de interdio de
entrada a A.
Concordo com o teor da informao do Cmdt. do CPSP,
de 23/01/2006.
Acresce que a deteno do recorrente ocorreu em
circunstncias que fortemente indiciam a prtica de um crime
grave e que o mesmo constitui significativo perigo para a
segurana pblica.
Porquanto decido negar provimento ao presente recurso.
(...)
Do direito
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3. O presente recurso tem como objecto o despacho proferido pelo
Exm Secretrio para a Segurana que atrs se deixou transcrito.
Tanto quanto parece resultar da petio inicial e concluses pelo
recorrente apresentadas, considera o mesmo que a referida deciso
recorrida padece dos vcios de:
falta de audincia prvia;
ofensa ao princpio da presuno da inocncia; e,
violao do disposto nos art 11 e 12 da Lei n 6/2004.
Tendo presente o preceituado no art 74 do C.P.A.C.,
mostra-se-nos de se comear por se conhecer do imputado vcio da falta
de audincia prvia.
Nesta conformidade, vejamos.
Antes de mais, h que deixar claro que, tal como se retratou em
sede de matria de facto, tem o recorrente razo quando alega que no
foi previamente ouvido quanto deciso da sua interdio de entrada em
Macau, com a qual no se conforma.
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Assim, resta ver das consequncias de tal omisso.
A questo, a nosso ver, no ser mostra complexa, pois que ainda
que de forma no unanime, foi j objecto de anlise por este T.S.I. assim
como pelo Vd T.U.I.; (cfr., v.g., o Ac. do Vd TUI de 18.02.2004, Proc.
n 13/2003, e deste T.S.I., de 27.05.2004, Proc. n 234/2003, e, mais
recentemente, de 14.12.2006, Proc. n 278/2006)
Reflectindo sobre a mesma questo e dvidas no havendo quanto
referida omisso assim como inexistncia de qualquer tentativa de
audincia do ora recorrente, que, no momento da deciso em causa at se
encontrava legalmente em Macau, afigura-se-nos pois de concluir que a
razo est do lado do recorrente, sendo de se julgar procedente o presente
recurso por efectiva falta da sua audincia prvia.
Vejamos, (passando-se a decidir em sintonia com o entendimento
assumido no citado Ac. do TUI de 18.02.2004 e deste T.S.I. de
27.05.2004, assim como na declarao de voto que o ora relator juntou ao
de 14.12.2006).
Nos termos do art 10 do C.P.A.:
Os rgos da Administrao Pblica devem assegurar a participao
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dos particulares, bem como das associaes que tenham por objecto a
defesa dos seus interesses, na formao das decises que lhes disserem
respeito, designadamente atravs da respectiva audincia, nos termos deste
Cdigo.
Por sua vez, em conformidade com o estatudo no art 93, n 1, do
mesmo cdigo:
Salvo o disposto nos artigos 96. e 97., concluda a instruo, os
interessados tm o direito de ser ouvidos no procedimento antes de ser
tomada a deciso final, devendo ser informados, nomeadamente, sobre o
sentido provvel desta.
Atento o assim consagrado, sem esforo se alcana que os supra
transcritos comandos constituem importantes manifestaes do princpio
do contraditrio e que, no contexto em causa, determinam para o rgo
administrativo competente a obrigao de associar o administrado
tarefa de preparar a deciso final, permitindo-lhe assim chamar a ateno
para a relevncia de certos interesses ou pontos de vista, possibilitando
tambm ao mesmo administrado a produo de provas que
(eventualmente) invalidem ou pelo menos ponham em causa a deciso
que a Administrao se prepara para tomar; (cfr., v.g., e a ttulo da mera
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referncia, os Acs. do S.T.J. de 23.05.2006 e de 29.06.2006, Procs. n
01618/02 e n 0816/05, in www.dgsi.pt.jsta).
Na situao dos presentes autos, constata-se que no foi observado
o estatudo nos atrs citados preceitos legais, no nos parecendo tambm
de considerar que verificadas estavam as situaes a que se referem os
arts 96 e 97 do C.P.A., (pois que no era a deciso urgente de forma
a se dever omitir a audincia do recorrente, esta tambm no
comprometia a execuo ou utilidade da deciso, e nenhum outro motivo
justificava a dispensa da audincia em causa).
Perante isto, e possvel sendo a audincia do ora recorrente, j que
se encontrava na R.A.E.M. no momento da deciso, mostrando-se assim
evidentemente possvel o contacto com o mesmo, (alis, foi dela
pessoalmente notificado), no vemos pois como considerar-se que a
omisso da mencionada audincia no acarrete como nica soluo
possvel a anulao do acto recorrido.
Dir-se-, (como tambm se tem entendido), que a deciso de
interdio uma medida de polcia, e que, como tal, necessidade no
havia em se proceder prvia audincia do seu destinatrio.
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No sufragamos tal entendimento, pois que, ainda que seja de
considerar uma medida de polcia, no deixa de ser uma deciso de uma
entidade administrativa, que, como todas as outras, deve estar em
conformidade com o estatudo no C.P.A., no caso, com o preceituado nos
seus art 10 e 93.
Alis, como expressamente se afirmou no j citado Acrdo do Vd
TUI de 18.02.2004, tirado no Proc. n 13/2003:
Embora seja qualificvel como medida de polcia, a deciso de
proibio de entrada em Macau no deixa de ser um acto administrativo
resultado de um procedimento administrativo sujeito s regras gerais
consagradas no Cdigo do Procedimento Administrativo, nomeadamente
realizao da audincia dos interessados, salvo as excepes
legalmente previstas.
No decorrer do procedimento administrativo para decidir a
proibio de entrada em Macau, se o visado estiver no exterior da
Regio de Macau e a Administrao dispe do meio de contacto do
mesmo, este deve ser ouvido no procedimento nos termos do art 93, n 1
do Cdigo do Procedimento Administrativo. Caso for desconhecido o
contacto do interessado que est fora de Macau, naturalmente inexiste,
neste caso, a sua audincia no procedimento.
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Motivos no vislumbrando ns para no se manter o transcrito
entendimento, que se nos mostra como a correcta interpretao e
aplicao prtica do princpio da participao, h que julgar procedente
o recurso, prejudicadas ficando a apreciao das outras questes
colocadas.
Deciso
4. Nos termos e fundamentos expostos, julga-se procedente o
recurso, anulando-se o acto recorrido.
Sem tributao, (dado que o recorrente obteve vencimento,
estando a entidade recorrida isenta de custas).
Macau, aos 11 de Outubro de 2007
Jos M. Dias Azedo
Joo A. G. Gil de Oliveira
Lai Kin Hong
(Com declarao de voto vencido a apresentar
na prxima sesso)
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278/2006 6/2004
2003 4 24 30/2001
41/2001 2003 5 7 167/2002
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96 b
:
?
2004 2 18 13/2003
8 2 6/2004 12
333 1 b
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Michael Akehurst
A Modern Introduction to International Law
(Minimum International Standard)
1
1 Michael Akehurst, Modern Introduction to International Law, 17th Edition, 256 (State responsability and the treatment of aliens ) Michael Akehurst, Introduo ao Direito Internacional, Almedina. Coimbra, 109
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