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ACONTECE EDIÇÃO ESPECIAL - 14 O DEVER DE INFORMAR DIREITO www.teresopolisacontece.com A História do transporte coletivo em Teresópolis Jornal Acontece traz, nesta edição, retrospecto so- bre o desenvolvimento do transporte coletivo em Te- resópolis. A reportagem tem como fonte o livro de um dos es- critores que é referência quando o assunto é História do município. Antônio Osiris Rahal escreveu 240 páginas sobre o tema, em livro publicado em 1998. Tudo começa com a ‘Viação Therezopolitana’, que, em vez de ônibus, tinha liteiras e carruagens para car- regar pessoas e mercadorias. Isso em 1859. De lá pra cá, a cidade já teve quase dez empresas de ônibus. Página 3 Década de 40: rodoviária da empresa de ônibus ‘Melhoramentos de Teresópolis’, na Rua Francisco Sá, atual Calçada da Fama. Os dois primeiros, à esquerda, são Ledemar Claussen e Jair Claussen, familiares do dono, Alfredo Claussen TERESOPOLITANO PREPARA SÉRIE PARA A NETFLIX. P.2 Foto livro ‘TransporTerê – o transporte em Teresópolis – sua História’ / Reprodução

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ACONTECEEDIÇÃO ESPECIAL - 14 O DEVER DE INFORMAR DIREITO www.teresopolisacontece.com

A História dotransporte

coletivo emTeresópolis

Jornal Acontece traz, nesta edição, retrospecto so-bre o desenvolvimento do transporte coletivo em Te-resópolis.

A reportagem tem como fonte o livro de um dos es-critores que é referência quando o assunto é Históriado município.

Antônio Osiris Rahal escreveu 240 páginas sobre otema, em livro publicado em 1998.

Tudo começa com a ‘Viação Therezopolitana’, que,em vez de ônibus, tinha liteiras e carruagens para car-regar pessoas e mercadorias.

Isso em 1859.De lá pra cá, a cidade já teve quase dez empresas de

ônibus. Página 3Década de 40: rodoviária da empresa de ônibus ‘Melhoramentos de Teresópolis’, na Rua Francisco Sá, atual Calçada da Fama.Os dois primeiros, à esquerda, são Ledemar Claussen e Jair Claussen, familiares do dono, Alfredo Claussen

TERESOPOLITANO PREPARA SÉRIE PARA A NETFLIX. P.2Foto livro ‘TransporTerê – o transporte em Teresópolis – sua História’ / Reprodução

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ACONTECEJANEIRO/FEVEREIRO - 20202

Na telaTeresopolitano participa de série para Netflix

Desde que fez parte daequipe do filme ‘AliceAtravés do Espelho’,em 2016, é a segunda

vez que Antonio Ribeiro vem aTeresópolis.

Em entrevista ao ACONTECE,o artista em efeitos visuais - quedesde a adolescência alimentavao sonho de trabalhar na indústriado cinema e que já atuou em vá-rias produções famosas - avaliasua carreira profissional até omomento, fala sobre a influênciados filmes na vida das pessoas ediz que o aspecto técnico nãopode se sobrepor ao humano.

Vai começar em algumanova produção no seu retor-no ao Canadá?

Na verdade estou trabalhandoem uma série pra Netflix. Não pos-so dar maiores informações, masposso dizer que é a segunda tem-porada e que a série fez muitosucesso. Estou bastante empol-gado.

Que avaliação faz da suacarreira profissional até omomento?

Quando cheguei ao Canadácomecei a trabalhar na indústriade efeitos visuais e recomecei dozero. Ao ir para outro país vocêzera seu networking, rede de ami-gos, etc. Mas passada a adapta-ção sócio/cultural, o trabalho é aparte que mais me empolga nopaís. A indústria de efeitos é for-tíssima em Toronto e todo dia che-go ao estúdio empolgado, pois seique estou trabalhando em gran-des projetos que serão vistos pormilhões de pessoas ao redor domundo. Fazer parte de produçõestão grandiosas é um privilégio.

Como avalia, em geral, ainfluência da Indústria Cul-tural em dois cenários: nosnossos hábitos e costumes;e como elemento de trans-formação social.

A influência da indústria cultu-ral na vida das pessoas acho que

já foi maior. Com a rápida disse-minação das redes sociais e sitescomo Youtube, etc, acho que fil-mes e séries não ocupam essepapel em primeiro lugar no mo-mento. Mas há sim uma parcelade influência, claro.

Em relação a transformaçãosocial, filmes e séries podemconscientizar pessoas e mostrarpontos de vista não vistos an-tes. Acho que é nesse ponto quealguns diretores têm focado etentado atingir - subliminarmen-te ou não - suas audiências. Achoque depende do âmbito do filme/série e do público que este pre-tende atingir.

Que conselho daria a quemquer ingressar na profissão?

Com Youtube e outros sites épossível aprender rapidamentequalquer ferramenta. Porém, ne-nhum computador potente ousoftware substitui talento e com-prometimento. Na área que estousou obrigado a me reinventar

VEJA como AntônioRibeiro foi importante noinício do ACONTECE,em 1996, junto a Fábio

Esteves, criador doJornal.

Leia o código com seucelular ou acesse o site:

www.teresopolisacontece.com

todo dia: aprendendo novas téc-nicas, softwares e formas de tra-balhar em conjunto com váriosdepartamentos. Porém, o quesempre faz a diferença é a formaque você lida com as pessoas. Jávi muitos profissionais talento-síssimos sendo retirados de pro-jetos por não terem, digamos,“traquejo social”.

Então a dica é: estude, procureaperfeiçoar-se,mas não deixe queo lado técnico sobreponha o ladohumano.

Muita gente diz que Teresó-polis não reconhece os va-lores locais. Um exemplo éo do já falecido alpinistaMozart Catão. Você achaque Teresópolis valorizou evaloriza seu trabalho?

Só estive em Teresópolis duasvezes depois que passei a morarno Canadá, mas em ambas algu-mas pessoas demonstraram cari-nho e apreço pelo que tenho fei-to fora do país. Vários veículos

de comunicação já fizeram maté-rias sobre meus trabalhos em di-versas produções nos últimosanos e só tenho noção do impac-to dessa divulgação quando che-go à cidade. Desta última vez nãofoi diferente: várias pessoas meabordaram e falaram que virammeu nome nos créditos de filmese séries e também que viram ma-térias em jornais e na TV.

Para finalizar, como foi suaestada em Teresópolis equando pretende voltar?

Infelizmente fiquei cerca deapenas 15 dias na cidade, mas foitempo suficiente para rever osamigos, matar saudade da famíliae também saborear a comida bra-sileira. Fiquei surpreso como acidade, teve novos negócios daárea gastronômica abertos recen-temente. Apenas o caos no trân-sito que me deixou assustado(mesmo estando acostumadocom o trânsito intenso de Toron-to). Espero retornar em breve.

Confira mais na Fanpage da Hard Core Suplementos

Post Hard Core ACONTECE

A loja da Ramos celulares eacessórios está com novidades,no segundo piso do VárzeaShopping. Confira!

Antônio Ribeiro: não deixe que o lado técnico sobreponha o lado humano

Foto cedida

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ACONTECE JANEIRO/FEVEREIRO - 2020 3

No pontoLivro de 1998 projeta luz sobre o transporte coletivo em Teresópolis

Marcelo EstevesEditor do Jornal Acontece

O transporte figura entre asnecessidades básicas do serhumano.

As primeiras informaçõessobre a locomoção em Teresó-polis datam do século XVI,“com as trilhas e os descam-pados iniciais feitos pelos ín-dios coroados no planalto te-resopolitano”.

Em 1600, “os índios tamoi-os iniciam o transporte maríti-mo na Baía de Guanabara,usando barcos feitos de cascade árvore”.

A partir daí foram precisosmais 180 anos para que o an-coradouro de Piedade, emMagé, começasse a prosperare trouxesse algum progressopara Teresópolis.

Os registros estão no livro

‘TransporTerê, o transporte emTeresópolis, sua História’(1998), do escritor e professorAntônio Osiris Rahal, respon-sável por grande parte da pre-servação da memória do mu-nicípio.

A obra – considerada hojeuma raridade – teve tiragem de2.100 exemplares. Em 241 pá-ginas, o escritor discorre sobre“os acontecimentos que, naárea do transporte, concorre-ram, direta ou indiretamente,para a colonização e desenvol-vimento de Teresópolis”.

O prefácio é do jornalistaEvaldo de Oliveira, que poranos atuou na extinta ‘Gazetade Teresópolis’.

PRIMEIRA VIAÇÃO:CARRUAGENS

Em 1859, segundo o livro deOsiris Rahal, surge a ‘Viação

Therezopolitana’. Eram 16 ve-ículos, entre liteiras e carrua-gens. Transportava pessoas ecargas na Serra e na Baixada.

Já em 1923, Rio de Janeiroe Teresópolis ligam-se pela es-trada de ferro, construída porJosé Augusto Vieira, depoisencampada pela ‘The Leopol-dina Railway’.

No ano seguinte, 1924, Al-fredo Claussen de Souza fun-da a empresa de ônibus ‘Me-lhoramentos de Teresópolis’.

Uma segunda empresa sur-ge na cidade em 1939, no am-biente da Segunda GuerraMundial. É a ‘Viação Luxo deTeresópolis’, com João JorgeSmolka entre os fundadores.Usava gasogênio, devido à es-cassez de derivados do petró-leo por causa da guerra.

A partir da década de 40, omunicípio ganha as viações

União, Boa Esperança, Paque-quer, e a Companhia de Trans-porte Coletivo (Citran).

A ‘Viação Alto Rainha Pos-se’, oriunda da Viação Imbuí-Posse, chega em 1950 e trans-porta passageiros a diversosbairros.

Seis anos depois, em 1956,surge a ‘Viação Teresópolis’,pelas mãos de Geraldo Pinho,Luiz da Cunha Coelho e Ma-noel Machado de Freitas. Atu-ava no transporte rodoviário eurbano. Em 1972, passa a sera ‘Viação Teresópolis e Turis-mo Ltda’.

O DNER havia pavimenta-do a Estrada Teresópolis - Itai-pava, em 1939. Vinte anos de-pois, o presidente JuscelinoKubitschek inaugura a estradadireta para o Rio de Janeiro,fundamental para o progressode Teresópolis.

DEDO DE DEUSSURGE EM 1960

Ainda de acordo com o livro,a ‘Viação Dedo de Deus’ éoriunda da Viação Alto RainhaPosse, fundada por José Go-mes da Costa Júnior. A VDDLteve muitos anos a frente o em-presário Jacques Ouriques deOliveira, que adquiriu a AltoRainha, no início da década de60.

Em 1968, Jacques funda aViação Primeiro de Março,juntamente com Oscar Azor deOliveira e João Batista de Oli-veira.

Conta-se que Raul MartinsEsteves, fundador da primeiraloja de móveis de Teresópolis,foi quem teria fornecido acama e o colchão em que o ini-ciante empresário Jacques dor-miria em sua primeira noite nacidade.

1980: hábito na empresa, a benção aos novos veículos dada pelo padre, hoje Monsenhor, Antônio Carlos

Foto: livro ‘TranporTerê – O transporte em Teresópolis – Sua História’ / Reprodução

VEJA outras fotos sobrea História do transportecoletivo em Teresópolisreproduzidas do livro do

escritor Osiris Rahal.

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ACONTECEJANEIRO/FEVEREIRO - 20204

A todo vapor

A InteraTeen, em Agriões, assim como a da Várzea, funciona em imóveltérreo em área aberta, e não em prédios comerciais, o que proporciona atodos maior sensação de liberdade e maior contato com o ambiente natural

ACONTECE

AGRIÕES é umdos bairros quemais tem se de-senvolvido em

Teresópolis. Novos investi-mentos surgem a cada dia, oque colabora para o progres-so da cidade.

A InteraTeen, no número632 da Rua Rui Barbosa, éuma das grandes novidadesdo início de 2020.

A clínica de reabilitaçãofaz parte da evolução de umprojeto iniciado em outubrode 2016 pelo casal TatianoMaurício e Maria Augusta,com a inauguração da Inte-rativa Núcleo Terapêutico,na Rua Manoel José Lebrão.

O projeto, agora, vai mais

longe e imprime o objetivo deque as terapias oferecidas aospré-adolescentes, a partir de12 anos de idade, sejam fo-cadas para a inserção no mer-cado de trabalho, a partir dos16 anos.

BELEZA ETECNOLOGIA

A InteraTeen foi pensadapara ser um diferencial naárea de reabilitação em Tere-sópolis. Cada detalhe foi cui-dadosamente planejado, paraalcançar o máximo de resul-tados nas terapias.

O colorido vivo e alegre do-mina o espaço, preparado tam-bém para total acessibilidade.

Integrando o que há de maisatual nas terapias de reabilita-ção, a Interativa Teen reúnevários setores, tais como o deintegração e ação, com diver-sas terapias; equilíbrio e mo-vimento, com foco na fisiote-rapia; comunicação e lingua-gens, para fonoaudiologia;musicoterapia; Thera Suit, te-rapia criada por pesquisadoresrussos, para desordens neuro-motoras; além do setor de Psi-cologia e culinária funcional,que simula uma cozinha deverdade, e ao mesmo tempolúdica, para treino de habili-dades.

Uma quadra de esportes co-berta e adaptada completa aInteraTeen.

VEJA a InteraTeenpor dentro.

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ACONTECE JANEIRO/FEVEREIRO - 2020 5

Nota 10Projeto do Jornal Acontece pode auxiliar no Enem. Mais de 140 mil tiraram zero na redação

Alunos leem Jornal Acontece na Escola Chiquinha Rolla. Ao fundo, a professora Renata Mendes

Estudantes ficaram interessados: imprensa está livre das ‘fake news’ que circulam pela internet

Fotos cedidas pela direção da escola

A redação é uma das etapasque mais causa apreensão aosmilhares de estudantes que par-ticipam do Exame Nacional doEnsino Médio, o Enem – porta deentrada para quem quer vaga nauniversidade pública ou algumauxílio para ingressar no ensinoprivado.

Por isso, a importância da con-fecção de textos desde cedo, oque já ocorre nos colégios.

A diferença, porém, ocorrequando a rotina escolar é acres-centada de algo do que o simplesconceito ou nota para evoluir desérie.

Iniciado em 2018, o concursode redação do Jornal Aconteceleva o esforço de alunos e pro-fessores de Teresópolis para forado âmbito da escola, mostrandoà comunidade valores que ficamentre as quatro paredes das sa-las de aula e que, no futuro, se-rão jovens e adultos partícipes domercado de trabalho.

SUCESSOO projeto, denominado ‘Prêmio

Tableck Tableft de Redação In-fantil’ já foi realizado, com suces-so, em duas escolas da rede mu-nicipal de ensino de Teresópolis.

O Ciep municipalizado Sebas-

tião Mello, no Barroso, e a Esco-la Chiquinha Rolla, na Beira Li-nha.

No primeiro, um dos objetivosfoi dar visibilidade ao colégio,detentor do menor índice Ideb, até2018, entre as escolas de redemunicipal. Nas visitas ao Ciep, oJornal se deparou com diretoria eequipe pedagógica interessadasem oferecer o melhor aos estu-dantes.

Não foi diferente na ChiquinhaRolla.

Em ambos os colégios, todosos alunos receberam exemplaresde ACONTECE e foi oferecidapremiação, além da publicaçãodas redações consideradas dedestaque pelos professores.

ENEMO Exame Nacional do Ensino

Médio avalia cinco competênci-as na prova de redação. Uma de-las a capacidade do aluno de “se-lecionar, relacionar, organizar e in-terpretar informações, fatos, opi-niões e argumentos em defesa deum ponto de vista”, conforme diza cartilha do Inep, órgão do Go-verno, organizador do Enem.

Segundo dados do MEC, en-tre os anos de 2014 e 2017, ca-íram as redações com nota má-

xima no Exame. Já em 2018, umpequeno aumento – 55 contra 53,no ano anterior. Em 2019, o índiceficou estável.

O Enem do ano passado teve143.736 alunos com nota zero naredação – 56 mil entregaram a fo-lha em branco.

Apenas 53 estudantes dosmais de três milhões de partici-pantes tiraram nota 1 mil.

Há informação de que o Gover-no pretende acabar com o mode-lo atual e fracionar as provas aolongo dos três anos do EnsinoMédio.

VEJA mais no siteAs edições 6, 7, 8, 12 e13

trazem tudo sobre o concursode redação.

Leia o código com seu celular evá direto para o site

www.teresopolisacontece.com

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ACONTECEJANEIRO/FEVEREIRO - 20206

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Super Mario

Figura de tímida posi-ção na História de Te-resópolis, O playboy emilionário Mariozinho

de Oliveira não cultivou a ti-midez em sua trajetória devida.

Pelo contrário: fez parte, naCopacabana dos anos 40, no Riode Janeiro, do que era chama-do o ‘Clube dos Cafagestes’.Na época, ainda grafado com aletra G, em vez do atual J.

Ao arrepio do que possaparecer o nome à primeira vis-ta, o clube era uma reunião depessoas que gostavam de fes-tas, bebidas, brincadeiras emuita irreverência, semprecercado por belas mulheres.

Algo bem diferente do poli-ticamente correto da atualida-de.

E Mariozinho de Oliveira eraum dos destaques, ao lado denomes que a historiografia iriaconferir importância, como ocolunista social Ibrahim Suede Jorge Guinle.

Os dois, aliás, também man-tinham ligações com Teresó-polis.

Consta que Ibrahim Suedteria sido fotografado na casade Mariozinho em Teresópo-lis, à beira da piscina.

Já Jorginho Guinle, era filhode Carlos Guinle, dono do queé hoje a Granja Comari.

CARNAVAL

Mariozinho de Oliveira erafigura marcante no carnavalem Teresópolis. Nas décadasde 40 e 50, predominava nomunicípio a festa de rua, quedepois daria lugar aos clubes.

À frente, a bordo de beloscarrões, como um Lincoln con-versível, Mariozinho animavaa folia. Eram os corsos, raízesdos carros alegóricos das es-colas de samba, como conhe-cemos hoje.

Era no sábado de carnaval,quando percorria as ruas docentro da cidade em carreata,

com direito até a banda demúsica.

Diferentemente de hoje, eracomum a composição de mar-chinhas para o carnaval, mui-tas tocadas até os dias atuais.

Sem contar que a maioriadas pessoas vestia fantasias e,de fato, integrava-se ao car-naval, que não era organizadonem bancado pelo poder pú-blico, mas nascia da vontadepopular de extravasar a ale-gria.

Também não faltavam con-fete e serpentina, itens igual-mente raros nos dias de hoje.

E lá iam os foliões que aguar-davam com ansiedade a pre-sença de Mariozinho e de suaturma de amigos.

CARRÕES

Também pela noite do Riode Janeiro, Mariozinho de Oli-veira era visto desfilando comautomóveis clássicos, comoRolls-Royce e Oldsmobile.

Sua paixão por automóveistambém era guardada em Te-resópolis.

Em sua casa de veraneio, naGranja Guarani, um Cadillac1938 60S e outro conversível,de 1941.

Veja ‘História sobre ro-das’, na página 8.

DESPEDIDA

Em março de 2016, Mario-zinho de Oliveira saía de cena,aos 90 anos. Sua morte foinoticiada pelo Jornal O Globo.

Já o ‘Clube dos Cafages-tes’, com G como já explica-do, teve sua última festa em1953, noticiada pela famosaRevista Manchete.

Na visão do escritor RuyCastro, o peculiar clube doqual Mariozinho fazia parte,pode ter tido sua criação es-timulada em função da proi-bição dos cassinos no Brasil,iniciando os anos douradosdas boates.

Festa: Mariozinho de Oliveira é o quinto sentado da esquerda para a direita na foto

Jorginho Guinle: famosa família de Teresópolis

Annaramalho.com.br / Internet

Notibras.com / Internet

Ibrahim Sued: colunista de O Globo veio a Teresópolis

Dearsforever.com / Internet

O playboy deCopacabana que

veio parar emTeresópolis

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ACONTECE JANEIRO/FEVEREIRO - 2020 7

Transporte F.C.O clube fundado por caminhoneiros e motoristas de ônibus de Teresópolis

Equipe inaugural do Transporte F.C.: Paiva, Valdir e José Granito (ajoelhados); Em pé,Virgílio Zampini, Eugênio Fraga, Alfredinho Tabira, Eduardo Nascimento, Lúcio Algorta, Pedro Jahara, JoséBarbosa, Picolé, Manoel Manduca e, de terno, o alfaiate Jofre

Em seu livro‘TransporTe-rê’(1998), oescritor e pro-fessor Antô-nio Osiris

Rahal não fala apenas de mei-os de transporte e sua evolu-ção histórica.

Dedica quase três páginaspara registrar o surgimento deuma agremiação que faria par-te da História do Esporte emTeresópolis: o Transporte Fu-

tebol Clube.Conta o escritor que “cami-

nhoneiros, transportadores,motoristas e admiradores”fundaram o clube em 27 deagosto de 1938.

E relaciona os criadores daentidade, que ‘Acontece’transcreve. Antônio Rosa deCarvalho, mais conhecidocomo Antônio Ramos, AvelarSilva, o Lalinho, Mário Fran-cisco da Silva, Arthur GarciaQueiróz, apelidado de Torrinha,

Antônio Teixeira de Mello,Joaquim Baptista Ferreira,Pedro Silva e Alberto Pinhei-ro.

Na equipe que jogou a par-tida inaugural do TransporteF.C., nomes mais conhecidosno município, como EduardoNascimento, pai de PaulinhoNascimento, e Pedro Jahara,que mais tarde, eleito prefeitode Teresópolis, construiria oGinásio Poliesportivo, apelida-do de Pedrão.

“A CBF DA ÉPOCA”

O Transporte F.C. ocupavaum quarteirão, na formaçãodas ruas Rui Barbosa, DarcyMenezes de Aragão e Cotin-guiba, atual Nilza ChiapetaFadigas, perto da Prefeitura.

“Criado o clube, logo trata-ram seus fundadores de cons-truir o seu campo que, em pou-co tempo, era dotado do me-lhor gramado da cidade, comperfeita drenagem e excelen-

te localização, e onde as equi-pes do Rio gostavam de fa-zer seus treinamentos quan-do de suas estadas em Tere-sópolis, à semelhança da CBF– Confederação Brasileira deFutebol – na Granja Comari,bairro Carlos Guinle, destina-do aos atletas do País.”

A informação do livro deOsiris Rahal indica o poten-cial da Teresópolis do passa-do.

Mas a obra também traz

Foto livro ‘TransporTerê – o transporte em Teresópolis – sua História’ / Reprodução

traços pitorescos que lem-bram a indumentária de algunsfamosos técnicos de futeboldos dias atuais, como Tite, daSeleção Brasileira:

“E nestes primeiros tempos,o Transporte tinha como orga-nizador e presidente José Bar-bosa Leite, que, como era usu-al na época, comparecia aosjogos de terno completo, cha-péu e guarda-chuva”.

Atualmente, os dois últimositens estão fora de campo.

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ACONTECEJANEIRO/FEVEREIRO - 20208

NÚMERO 4Um carrocom nome depresidente

Miniatura: coleção de Rossine Esteves

ACONTECE

Era 1938 quando Edsel Ford encomendou o primeiroLincoln Continental, para uso particular.

O motor V12 era silencioso.Menos de dez anos depois, o automóvel já era um sucesso.Foi usado como veículo presidencial nos Estados Unidos,

apareceu nas telas do cinema e acabou chegando ao Brasil.O playboy e empresário brasileiro Mariozinho de Oliveira,

frequentador de Teresópolis e cuja História você confere napágina 6, tinha um na versão conversível.

Ao longo do tempo, o veículo – batizado com o sobrenomede Abraham Lincoln, presidente dos EUA em 1861 – foi ten-do readaptado o visual.