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XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 1 ACNE VULGAR NA ADOLESCÊNCIA Franciane L. Rubini de Oliveira Louzada 1 , Kmila Gomes da Silva 1 , Cecília Mioko Yamada 1 , Marck Cesar Tavares Louzada 1 , Monique Bicalho 1 1 FAFIA/ Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Alegre, Colegiado de Biologia Rua Belo Amorim, nº 100, Centro, Alegre, ES, CEP 29500 000. [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]. Resumo- Este trabalho aborda uma dermatose, de grande abrangência e muito freqüente entre os adolescentes, a Acne vulgar. Esta doença afeta a auto-imagem dos jovens gerando ansiedade até depressão. Por isso, não deve ser encarado como um transtorno passageiro da adolescência. A fim de verificar o índice de conhecimento sobre a acne e o papel do professor em observar e orientar os alunos, verificar como a doença afeta os adolescentes e se a predisposição à doença pode ser influenciada pela situação socioeconômica e pelo fator genético foi aplicado o questionário nas Instituições de Ensino Pública e Particular, direcionada a alunos e professores. Observamos que os alunos têm pouco conhecimento, os professores não trabalham com o tema, e quando abordam é superficial. A doença traz certo constrangimento para os adolescentes, ocasionando transtornos psicossociais. A hereditariedade está diretamente relacionada ao surgimento da acne, enquanto a situação sócio-econômica não exerce a mesma influência. Este trabalho reforça, assim, a necessidade de pais e professores trabalhar o tema acne, para que o adolescente enfrente as transformações conseguindo superá-las. Palavras-chave: Acne vulgar, Adolescência, Auto-estima. Área do Conhecimento: Ciências Biológicas Introdução Adolescência é entendida como uma fase de transição entre a infância e a idade adulta. A puberdade refere-se a um conjunto de modificações biológicas no organismo humano, devido à liberação de hormônios. Estes são responsáveis por algumas manifestações cutâneas indesejáveis, como a Acne. A “acne vulgar” é um tipo de dermatose de grande abrangência, muito freqüente em adolescentes, que segundo Gejer & Arruda (2003) “acomete em média 85% a 90% da população de faixa etária entre 11 e 20 anos”. Consiste na afecção inflamatória crônica das unidades pilossebáceas. Conhecida desde a antigüidade e encarada por muitos como um transtorno passageiro da adolescência e que acarreta morbidade física e psíquica, causando impactos na vida do portador, pois se manifesta principalmente na região facial. A acne é uma doença tratável, em muitos casos é curável. O fator estético (auto-imagem) é de suma importância para o adolescente, pois implica na sua aceitação no “grupo”, gerando ansiedade, mudança de humor, complexo de inferioridade e até depressão. Os adolescentes necessitam de orientação, onde possam esclarecer suas dúvidas. Sendo assim, estabelecemos como objetivo geral: Promover um melhor esclarecimento sobre a Acne Vulgar, salientando que ela faz parte da adolescência. A partir deste objetivo foram delineados os seguintes objetivos específicos: Verificar através de questionário, o nível de conhecimento dos alunos (adolescentes) sobre a acne; Verificar o papel do professor enquanto educador em observar e orientar os alunos sobre o referido problema; Verificar como a doença afeta os adolescentes; e verificar se a predisposição à doença pode ser influenciada pela situação sócio- econômica, pelo fator genético. Metodologia A pesquisa foi direcionada aos adolescentes da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio “Aristeu Aguiar” da rede pública e na Escola Centro Educacional Adélia Barrozo Bifano “CEABB” da rede particular e ambas no município de Alegre, ES. A coleta de dados foi mediante a aplicação de questionário destinada à entrevista de 34 (trinta e quatro) alunos da 7ª série do Ensino Fundamental e 2º ano do Ensino Médio da rede pública e também foram entrevistados 34 (trinta e quatro) alunos da 7ª série do Ensino Fundamental e 1º

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XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba

1

ACNE VULGAR NA ADOLESCÊNCIA

Franciane L. Rubini de Oliveira Louzada 1, Kmila Gomes da Silva 1, Cecília Mioko

Yamada 1, Marck Cesar Tavares Louzada 1, Monique Bicalho 1

1FAFIA/ Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Alegre, Colegiado de Biologia Rua Belo Amorim, nº 100, Centro, Alegre, ES, CEP 29500 000.

[email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected].

Resumo- Este trabalho aborda uma dermatose, de grande abrangência e muito freqüente entre os adolescentes, a Acne vulgar. Esta doença afeta a auto-imagem dos jovens gerando ansiedade até depressão. Por isso, não deve ser encarado como um transtorno passageiro da adolescência. A fim de verificar o índice de conhecimento sobre a acne e o papel do professor em observar e orientar os alunos, verificar como a doença afeta os adolescentes e se a predisposição à doença pode ser influenciada pela situação socioeconômica e pelo fator genético foi aplicado o questionário nas Instituições de Ensino Pública e Particular, direcionada a alunos e professores. Observamos que os alunos têm pouco conhecimento, os professores não trabalham com o tema, e quando abordam é superficial. A doença traz certo constrangimento para os adolescentes, ocasionando transtornos psicossociais. A hereditariedade está diretamente relacionada ao surgimento da acne, enquanto a situação sócio-econômica não exerce a mesma influência. Este trabalho reforça, assim, a necessidade de pais e professores trabalhar o tema acne, para que o adolescente enfrente as transformações conseguindo superá-las. Palavras-chave: Acne vulgar, Adolescência, Auto-estima. Área do Conhecimento: Ciências Biológicas Introdução

Adolescência é entendida como uma fase de transição entre a infância e a idade adulta. A puberdade refere-se a um conjunto de modificações biológicas no organismo humano, devido à liberação de hormônios. Estes são responsáveis por algumas manifestações cutâneas indesejáveis, como a Acne.

A “acne vulgar” é um tipo de dermatose de grande abrangência, muito freqüente em adolescentes, que segundo Gejer & Arruda (2003) “acomete em média 85% a 90% da população de faixa etária entre 11 e 20 anos”. Consiste na afecção inflamatória crônica das unidades pilossebáceas. Conhecida desde a antigüidade e encarada por muitos como um transtorno passageiro da adolescência e que acarreta morbidade física e psíquica, causando impactos na vida do portador, pois se manifesta principalmente na região facial. A acne é uma doença tratável, em muitos casos é curável.

O fator estético (auto-imagem) é de suma importância para o adolescente, pois implica na sua aceitação no “grupo”, gerando ansiedade, mudança de humor, complexo de inferioridade e até depressão.

Os adolescentes necessitam de orientação, onde possam esclarecer suas dúvidas. Sendo

assim, estabelecemos como objetivo geral: Promover um melhor esclarecimento sobre a Acne Vulgar, salientando que ela faz parte da adolescência.

A partir deste objetivo foram delineados os seguintes objetivos específicos: Verificar através de questionário, o nível de conhecimento dos alunos (adolescentes) sobre a acne; Verificar o papel do professor enquanto educador em observar e orientar os alunos sobre o referido problema; Verificar como a doença afeta os adolescentes; e verificar se a predisposição à doença pode ser influenciada pela situação sócio-econômica, pelo fator genético.

Metodologia

A pesquisa foi direcionada aos adolescentes da

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio “Aristeu Aguiar” da rede pública e na Escola Centro Educacional Adélia Barrozo Bifano “CEABB” da rede particular e ambas no município de Alegre, ES.

A coleta de dados foi mediante a aplicação de questionário destinada à entrevista de 34 (trinta e quatro) alunos da 7ª série do Ensino Fundamental e 2º ano do Ensino Médio da rede pública e também foram entrevistados 34 (trinta e quatro) alunos da 7ª série do Ensino Fundamental e 1º

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ano do Ensino Médio da rede particular. Os questionários foram direcionados a estas séries, pois é nesta fase que há uma maior incidência da Acne vulgar. Nesta idade de 12 aos 17 anos identificam-se os maiores distúrbios sobre esta problemática, pois com o início da puberdade os hormônios estão sendo disseminados e introduzem novas características de mudanças no corpo humano, deste adolescente.

Outro questionário foi direcionado aos professores, para verificar se existe a abordagem do tema e como é realizada em sala de aula.

Estas atividades foram realizadas no período de setembro e outubro de 2007, para obtenção de informação sobre a incidência de acne.

Os dados coletados foram analisados a luz de contribuições teóricas e os resultados apresentados em forma de gráficos.

Resultados

Os adolescentes entrevistados tinham a faixa etária de 12 aos 17 anos, sendo 52,94% do sexo feminino e 47,06% do sexo masculino. Verificou-se que 91,18% tem ou já tiveram acne (Figura 1).

9%

91%

Não tiveram a doença Tiveram ou tem a doença

Figura 1 – Incidência de acne entre os adolescentes

Na figura 2 demonstra a o nível de

conhecimento que os adolescentes tem sobre a acne.

Figura 2 - Conhecimento sobre a acne

Podem ser observado na figura a seguir as principais fontes de informação sobre a acne para os adolescentes, por meio da família; professores; TV, revistas e internet e outros, sendo 22%, 19%, 35% e 16% respectivamente.

Figura 3 – Principais fontes de informação sobre a acne para os adolescentes

Os adolescentes reagem de várias formas para

tentar reduzir a acne, se automedicam, espremem, não fazem nada e consultam um dermatologista (Figura 4).

Figura 4 – Comportamento dos adolescentes para reduzir a acne

Verificou o constrangimento dos adolescentes

em ter esta dermatose, sendo 50%. Na figura 5 estão a porcentagem dos casos de

acne na família. Para analisar e discutir sobre os mitos e

realidades da acne entre os adolescentes, utilizamos os estudos da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo FMUSP, Acne (2006) e Aprendendo sobre a acne (2004) que revelam os principais mitos sobre a acne.

Os adolescentes acreditam em alguns mitos sobre a acne como podemos verificar na figura 6, chocolate e outros alimentos causam acne (47% e 65%), cicatrizes são definitivas (38% e 56%), lavar o rosto (68% e 38%) e cravo preto é sujeira (35% e 47%) sendo a primeira porcentagem relacionado com a escola particular e a segunda escola pública.

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Figura 5 – Influência da hereditariedade no aparecimento da acne

Figura 6 – Teorias tradicionais sobre a acne aceitas pelos adolescentes

Os professores relatam, através dos questionários, que a abordagem do tema acne na escola, é realizado de maneira superficial. Discussão

Verificou-se que 91,18% tem ou já tiveram acne. Comprovando o que diz Gejer e Arruda (2003) que a acne acomete 85% a 90% na população de faixa etária de 11 aos 20 anos (Figura 1).

Podemos observar na Figura 2, que 75% já ouviram falar sobre a acne, porém superficialmente sobre o assunto. Já 20% dos alunos da Rede Pública mencionaram nunca ter ouvido falar sobre o tema acne.

Foi observado que o público de ambas as redes de ensino, obtiveram o conhecimento sobre o assunto principalmente pelos meios de comunicação escrita (revistas, internet) e falada (televisão) demonstrando que estes exercem um papel importante na difusão do conhecimento sobre este assunto (+35%). E pouco freqüente foi a interferência da família (± 22%) e do professor (± 19%) (Figura 3).

A totalidade de 90% dos entrevistados já teve ou tem acne. A metade destes afirmou que “espremem” a acne, sendo que os alunos da rede particular preferem procurar ajuda de um especialista, adotando assim um tratamento

correto, a usar produtos indicados por outras pessoas (automedicação), como fazem os estudantes do ensino público (Figura 4). O método inadequado de espremer a acne traz lesões à superfície do tecido interno, e estas lesões de acordo com Purves et al. (2005) aumentam intensamente o risco de infecção por agentes patológicos.

O estudo revelou também que a acne deixa aproximadamente 50% dos adolescentes constrangidos, porém não a ponto de se isolarem da vida social. Em média, 6% afirmaram ter o referido problema. Esta minoria, entretanto, não pode ser desconsiderada, em função dos distúrbios psicossociais que podem ser gerados, desencadeando problemas na área da auto-estima, imagem corporal, sociabilidade, dinâmica familiar e até depressão, é o que nos afirma os estudos de Munro e Ashaman (apud KELLER, 2006).

Segundo Monteiro (2007), a hereditariedade exerce uma grande influência no aumento e atividade das glândulas sebáceas na puberdade e a alteração folicular, proporcionando um percentual maior para o surgimento da acne entre os jovens. Isso foi evidenciado nesta pesquisa, conforme se pode observar na Figura 5.

O estudo revelou que a predisposição da doença não é influenciada pela situação sócio-econômica, uma vez que, ambas as redes de ensino, apontaram uma grande incidência de acne.

Dentre os mitos que são difundidos na sociedade e que não tem nenhum fundamento científico, os alunos apontam como verdades o consumo de chocolate, a higienização constante e diária do rosto, as cicatrizes resultantes da acne são definitivas e que os cravos pretos estão relacionados com sujeira. Os alunos da rede pública de ensino revelaram acreditar mais no mito do consumo de chocolate, as cicatrizes são incuráveis e os cravos pretos são sujeiras do que os do ensino particular. Estes, porém, tem uma crença maior de que a higienização do rosto evita o aparecimento da acne (Figura 6).

A maioria dos adolescentes desconhece dois dos mitos abordados no questionário os quais referem-se à masturbação aumentar a incidência de acne e ao uso de anticoncepcional agravar a doença, sendo ambos, um mito e que não tem comprovação científica.

Existe a percepção correta entre os adolescentes de que alguns mitos são apenas expressões históricas. Em ambas as escolas, aproximadamente 66% dos alunos concordam que o uso de creme dental não é bom para tratar a acne, relativamente a mesma porcentagem concorda que espremer espinhas não ajuda a melhorar a acne, 59% concordam que o sol não

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melhora a acne e 48% acredita que a tensão emocional e o ciclo menstrual influenciam na acne

Por meio dos questionários direcionados aos professores, observamos que a abordagem do tema acne na escola, é realizado de maneira superficial. No entanto, afirmam que é importante trabalhar este assunto, devido o problema afetar a auto-estima e a preocupação com a estética. Este tema deve ser inserido na escola de maneira transversal, pois possui uma grande relevância. De acordo com o Ministério da Educação e do Desporto (2002) esses temas transversais tratam de situações vivenciadas pela sociedade em seu cotidiano. Como é o caso do problema da acne na adolescência.

Conclusões

A abordagem deste tema na escola é realizado

de maneira superficial. A acne traz um leve constrangimento para boa

parcela dos adolescentes. Poucos revelaram ter este comportamento acentuado, tornando a vida social limitada, sendo relevante em função dos distúrbios psico-sociais que podem ser gerados.

A forma mais tradicional e rápida de “eliminar” a doença ainda é “espremer” a acne.

Poucos procuram orientação médica, principalmente os adolescentes de escolas pública.

O consumo de certo alimento e certo hábito de higiene, ainda figura como reais entre os adolescentes no combate a acne, confirmando o pouco conhecimento sobre o assunto.

A hereditariedade está diretamente relacionada ao surgimento da acne, enquanto a situação sócio-econômica não exerce a mesma influência.

Observa-se a necessidade de o tema ser inserido nas escolas de maneira transversal, pois possui uma grande relevância.

O professor, a família e também a sociedade que ainda não exercem um papel fundamental na divulgação da doença devem orientar os adolescentes, desmistificando e esclarecendo todo o processo da doença, para que enfrentem as transformações conseguindo superá-las, pois há uma grande dependência da forma como são criados e educados. Referências - APRENDENDO sobre a acne: Porque do nome acne vulgar?. 2004. Disponível em: http://www.saudetotal.com.br/acne/acne/acnevulgar02.asp. Acesso em: 30 mar 2007. - FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Disciplina de Telemedicina. Acne. 2006. Disponível em:

http://www.saudetotal.com/artigos/dermatologia/tvescola_acne.asp. Acesso em 07 ago. 2007. - GEJER, Débora; ARRUDA, Antônio Carlos Madeira. Acne juvenil. Revista Pediátrica Moderna, São Paulo, v. 39, n. 9, p. 309-314, set. 2003. - KELLER, Raquel. Estudo clínico e histopatologia das cicatrizes de acne em pacientes foto tipo II – IV após irradiação com laser Nd-yag 1064nm. Dissertação (Mestrado em Ciências) Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Departamento de dermatologia, São Paulo, 2006. - MONTEIRO, Érica. Acne vulgar ou juvenil. Disponível em: <http://www.dermatologia.com. br/artigos/artigotemplate.>. Acesso em: 14 set. 2007. - PURVES, William K. et al. Defesas naturais contra doenças. In: ______. Vida: a ciência da Biologia. v.1, 6 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005, p. 356.