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© Diário do Minho ACHO QUE A LITURGIA SE DEMOCRATIZOU NO PIOR SENTIDO DA PALAVRA Por uma Pastoral de Sabedoria Homilia de D. Jorge nas Ordenações PÁGINA III Cristãos no Iraque Perseguições envolvem minorias religiosas PÁGINA III Ordenações Presbiterais Flash PÁGINA VII quinta-feira • 24 de julho de 2014 Diário do Minho este suplemento faz parte da edição n.º 30382 de 24 de julho de 2014, do jornal diário do Minho, não podendo ser vendido separadamente. Pedro Mexia Escritor e Crítico Literário

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© Diário do Minho

Acho que A liturgiA se democrAtizou

no pior sentido dA pAlAvrA

Por uma Pastoral de SabedoriaHomilia de D. Jorge nas Ordenações

Página iii

Cristãos no iraquePerseguições envolvem minorias religiosas

Página iii

Ordenações PresbiteraisFlashPágina Vii

quinta-feira • 24 de julho de 2014

Diário do Minhoeste suplemento faz parte da edição n.º 30382 de 24 de julho de 2014, do jornal diário do Minho, não podendo ser vendido separadamente.

Pedro MexiaEscritor e Crítico Literário

2 Diário do MinhoQuinta-FEiRa, 24 de Julho de 2014IGREJA VIVA

iGreja PriMaZ

V. N. FamalicãoPeregrinação à Senhora do Carmoo arcebispo de Braga, d. jorge ortiga, evocou a “importância do domingo e de o vivermos com um sentido cristão”, aquando da Peregrinação arciprestal ao Santuário de nossa Senhora do Carmo, em lemenhe, V. n. famalicão, no domingo passado, dia 20 de julho. o momento alto teve lugar às 10h00, com o início da Peregrinação desde a igreja Paroquial até ao Santuário de nossa Senhora do Carmo, sendo celebrada à chegada a eucaristia.

Edifício das Convertidasabertura para dia de oraçãoo habitualmente encerrado e devoluto recolhimento das Convertidas, um imó-vel histórico da cidade de Braga, esteve na passada terça-feira de portas abertas à população a propósito da festa do dia da padroeira Santa Maria Madalena, com um conjunto de atividades religio-sas bem como de explicação sobre a importância monumental deste imóvel de interesse patrimonial da cidade, mandado edificar pelo arcebispo de Braga, d. rodrigo de Moura teles, no ano de 1722.

BarcelosPromoção de Património religiosoMais de três dezenas de pessoas participaram no passado Sábado na Viii rota dos Santuários e igrejas de Barcelos, uma atividade promovida pelo Palouro do turismo da Câmara Municipal, que tem por objetivo dar a conhecer o património monumental, artístico e religioso do concelho de Barcelos e o património imaterial e simbólico que está associado a cada um dos espaços visitados.

GuimarãesPeregrinação a Santiagoa associação espaço jacobeus - delegação de Guimarães está a preparar mais uma peregrinação a Santiago de Compostela a partir de Guimarães, pelo Caminho torres e Caminho Central. Sob o lema “Guimarães rumo a Santigo”, esta caminhada far-se-á em três étapas, tendo a primeira início no dia do apóstolo S. tiago, 25 de julho, entre Guimarães e a Sé de Braga.

Caxinasfesta do Senhor dos navegantesa comunidade paroquial das Caxinas, do arciprestado e concelho de Vila do Conde, está a preparar a festa do Senhor dos navegantes, que decorrerão entre os dias 2 e 6 de agosto, tendo a procissão lugar no domingo, dia 5, às 16 horas.

Por uma Pastoral de sabedoriaordenação de quatro novos presbíteros alegra arquidiocese

Clero reunido em torno a frei BartolomeuO Arcebispo de Braga expressou na passada sexta-feira o desejo de que os sacerdotes se entusiasmem pelo Beato Frei Bartolomeu dos Mártires (1514-1590) para que mais pessoas invoquem esta «grande figura» de tal modo que venha a ser proclamada Santo ou até Doutor da Igreja. Falan-do no encerramento do encontro inter-diocesano do clero, no Auditório Vita, integrado nos 500 anos do nascimento de Frei Bartolomeu dos Mártires, com presença de perto de 300 padres das Dioceses de Braga, Viana do Castelo, Bragança-Miranda e Vila Real, D. Jorge Ortiga como que deixou um desafio aos sacerdotes para que procurem conhecer «um pouco melhor» a vida, a doutrina e a mensagem de Frei Bartolomeu e depois façam por imitá-lo e falem dele nas comunidades paroquiais.

No passado dia 18 de Julho, tomou posse canónica, como bispo auxiliar, D. Francisco Senra Coelho, mas as necessidades pastorais da diocese e as determinações canónicas não estão de todo asseguradas e o próprio Arcebispo Primaz, D. Jorge Ortiga, manifestou o desejo que o Vaticano nomeie, quanto antes, um segundo bispo auxiliar. «Deus queira que venha “ontem”», frisou o prelado. O novo bispo auxiliar, para além de vigário geral assumirá uma vigararia territorial das duas em que a Arquidiocese de Braga está dividida e fica responsável pela Comissão Arquidiocesana para o Laicado e Família. Dirigindo-se a D. Francisco Senra Coelho, o Arcebispo Primaz referiu que «entra em casa», já que é originário de uma família do arciprestado de Barcelos. Tomando a pala-vra, o novo bispo auxiliar agradeceu, em primeiro lugar ao Arcebispo de Braga «a confiança» que afirmou depositar em si. «Com toda a lealdade, estarei sempre ao seu dispor e ao seu serviço pois a minha missão é auxiliar», asseverou D. Francisco Senra Coelho.

d. Senra Coelho toma posse canónica

Foi em contexto de celebração, no San-tuário do Sameiro, que D. Jorge Ortiga convidou os novos presbíteros e toda a Arquidiocese a adoptar uma pastoral ao estilo “agrícola” “na expectativa de colher os frutos apenas na altura devi-da, introduzindo-nos numa “sabedoria de olhar o tempo”, ao invés de uma pastoral assente na procura de resulta-dos imediatos e eficientes.Na homília de Ordenação de quatro novos presbíteros, D. Jorge lançou as sementes para o próximo Ano Pastoral, com o tema “Fé Vivida - Ano Social”, no qual serão privilegiados seis am-bientes: educação, família, economia, política, acção social e juventude, segundo o esquema estudado na Cons-tituição Pastoral Gaudium et Spes, do Concílio Vaticano II.“O ambiente da educação não necessi-tará da catolicidade dos mestres? A polí-tica, nomeadamente a nível autárquico, não necessitará do contributo de opções ousadas ao estilo de Cristo? O campo da economia não estará à espera de pen-samentos marcados por um humanismo integral? A família não precisará de ser defendida e promovida, enquanto célula da sociedade? A juventude não precisará de sentir a alegria do Reino de Deus, perante o medo social que enfrenta? E a acção social não precisará de exceder o seu carácter privado ou institucionaliza-do e avançarmos para uma rede diocesa-na marcada pela lógica da caridade?”

i Continua amanhã o Ciclo de Cinema organi-zado pelo auditório Vita, com a projecção do filme “e agora, onde Vamos?” de nadine labaki. a projecção terá lugar às 21h30, e a entrada é livre.

iConclui-se no próximo sábado o Ciclo “Música no Claustro V” organizado pelo auditório Vita, com a actuação de ricardo Barceló na guitarra. o concerto terá lugar às 21h30, e a entrada é livre.

“Fundamental é, também, que nunca esqueçamos que esta árvore da fé vivida, síntese de todo o nosso programa pasto-ral, só conseguirá crescer e produzir bons frutos, se o chão da fé professada e da fé celebrada continuar a ser firme e fértil.” Na mesma celebração foi apresentado à Arquidiocese o novo Bispo Auxiliar de Braga, D. Francisco Senra Coelho, que tomou posse canónica no dia 18 de Julho. “Reconheça-se como um de nós a quem asseguramos, desde já, a certeza

de irmos viver na mesma casa que é a Arquidiocese, com o seu presbitério e co-munidades”, afirmou D. Jorge. Na mesma ocasião, foi agradecida a acção pastoral de D. António Moiteiro, que juntamente com D. Manuel Linda foi co-celebrante: “Sr. D. António obrigado por em tão pouco tempo nos ter ensinado, com o seu testemunho de vida, que a saúde de uma pastoral hodierna adquire-se na simplici-dade, no diálogo, no silêncio, na sabedo-ria e na proximidade”.

IGREJA VIVA 3Diário do Minho Quinta-FEiRa, 24 de julho de 2014

iGreja uniVerSalo XXiX encontro da Pastoral Social vai ter como tema «a dimensão social do anúncio do evangelho – desa-fios do Papa francisco» e decorre em fátima, de 09 a 11 de setembro. o diretor do Secretariado nacional da Pastoral Social (SnPS), padre josé Pereira de almeida, convida todos os serviços e instituições da igreja Católica a participarem nesta iniciativa, cuja reflexão será inspirada no quarto capítulo da exortação apostóli-ca “evangelli Gaudium”, do Papa francisco.

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Portofinalistas de enfermagem d. antónio francisco, bispo do Porto, afirmou esta sexta-feira na eucaristia dos finalistas enfermagem da univer-sidade Católica Portuguesa que o tra-balho dos enfermeiros, cujo horizonte “não é fácil”, consiste em “olhar, cuidar e curar”. a eucaristia dos finalistas enfermagem da universidade Católica Portuguesa reuniu sacerdotes, profes-sores, alunos, colaboradores e antigos alunos do curso de enfermagem da es-cola de Saúde, da universidade Católica Portuguesa.

Santarém55 jovens em semana missionária55 jovens voluntários vão estar a partir de hoje em missão, junto da Paróquia de alcanede – no âmbito de uma atividade promovida pelo Serviço de Pastoral juvenil (SPj) da diocese de Santarém.em entrevista concedida à agência ecclesia, Sara Marques, uma das responsáveis pelo projeto ‘fé4Missão’, explica que a iniciativa tem como principal objetivo servir “as comunidades menos desenvolvidas da diocese”, através das mais diversas atividades.

Padre Américoaniversário da obra de ruao bispo do Porto pediu, este sábado, aos cristãos que rezassem para que a “beatificação e canonização” do padre américo seja uma realidade. no simpósio sobre «Padre américo - Modelo de Caridade para os nossos dias» para celebrar o aniversário da obra da rua, d. antónio francisco dos Santos sublinhou na homilia da celebração que o Padre américo “par-tiu cedo demais” e não se sabe “quan-tas barreiras ele teve de vencer”, mas ele “estava decidido! havia uma força interior que o impelia”.

Algarve‘folha de domingo’ faz 100 anosd. Manuel quintas, bispo do algarve, afirmou na celebração dos 100 anos de “a folha de domingo” que o jornal diocesano “continua a constituir um instrumento muito válido”, mesmo não sendo “rentável”. “temos de investir nele tal como investimos em tantas ou-tras coisas sabendo que não tiramos daí proveito económico. É um investimento a fundo perdido, mas é a própria dioce-se, são os próprios cristãos da diocese que patrocinam o jornal. Sem eles não conseguiríamos porque não é rentável”, afirmou d. Manuel quintas. o bispo do algarve valorizou a “evolução” do jornal, nomeadamente a edição online “constantemente a ser atualizada” e o envio da newsletter a par da edição quinzenal da versão impressa.

A notícia é avançada pela agência de notícias caldeia ankawa.com: um professor universitário muçulmano, de nome Mah-moud Al ‘Asali, professor no departamento de Pedagogia da Universidade de Mosul, Iraque, foi assassinado na passada segunda--feira por milícias do ISIS, a força radical islâmica que nos últimos meses ganhou o controlo de vastas áreas do norte do Iraque.De acordo com o site, a morte de Mah-moud Al ‘Asali deveu-se ao seu protesto contra a “jizya”, o imposto exigido aos não--muçulmanos. Esta taxa foi estipulada em 450 euros mensais, um valor impossível de suportar naquela região. A morte de Mahmoud Al ‘Asali revela que não são apenas os cristãos as vítimas do radicalismo imposto pelo ISIS: de facto, nu-merosos muçulmanos moderados pagaram com a vida a sua oposição a este movimen-to, nas regiões por este ocupadas.De acordo com as notícias recebidas da região, o ISIS tem provocado uma persegui-ção sistemática aos cristãos em Mosul, res-tando poucos de uma comunidade que, em 2003 (ano da invasão norte-americana que ditou o fim do regime de Saddam Hussein), era estimada em 30 mil membros, e cuja história tem origem nos primeiros séculos do Cristianismo. Na Catedral de Santo Efra-ím, sede da Arquidiocese Siríaca de Mosul, a cruz no topo da Catedral foi substituída por uma bandeira do ISIS. Outras minorias religiosas na região, como os Xiitas Turcos e os Yazidis, são também alvo de persegui-ção. Estima-se que pouco mais de dois mil cristãos permaneçam em Mosul.

Em Alqosh, uma vila situada a 50kms a norte de Mosul e controlada pelas forças Curdas, Frei Gabriel Tooma , padre Caldeu, tem recebido os milhares de refugiados cristãos, liderando um serviço de apoio na procura e identificação de familia-res desaparecidos. Em Alqosh situa-se o mosteiro cristão-caldeu da Virgem Maria das Colheiras, que remonta ao século VII da era cristã. Neste mosteiro refugiam-se os cristãos, reunindo-se para a celebração da Eucaristia (na foto).Numa Mensagem do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-Religioso, dirigida aos Muçulmanos por ocasião do fim do

período do Ramadão, é referido o apelo a que “trabalhemos juntos para construir pontes de paz onde cristãos e muçul-manos padecem os horrores da guerra”. Numa mensagem intitulada: «Rumo a uma autêntica fraternidade entre cristãos e muçulmanos» faz-se o apelo para a “pro-moção de um diálogo frutuoso, assente no respeito recíproco e na amizade» para que, «inspirados pelos valores comuns e fortalecidos por sentimentos de genuína fraternidade», se possa «trabalhar juntos pela justiça, a paz e o respeito dos direitos e da dignidade de cada pessoa» (DACS; foto: Associated Press)

“A violência não se vence com a violência.

A violência vence-se

com a paz!”

20 de Julho

faixa de Gaza: Palestinianos são evacuados de um edifício bombardeado (foto: reuters)

O presidente da Comunidade de Santo Egídio, Marco Impagliazzo, afirmou esta segunda-feira, em Lisboa, que apesar dos conflitos armados em diferentes pontos do globo, cultiva a esperança de que a “paz é possível”. “A Paz é possível. Esta é a esperança que nós cultivamos. Temos de encontrar os caminhos para a concretizar, com paciência, reconstruindo as fraturas, criando uma interação que garantam o fu-turo e mostrando que não há nada pior do que a guerra”, afirmou, Marco Impagliazzo ao receber o Prémio Internacional Calouste Gulbenkian 2014.

Comunidade de Santo egídio, de roma, recebe Prémio Calouste Gulbenkian

Mosul, iraque: cristãos vivem situação dramáticauniversitário muçulmano é assassinado por defender cristãos

Bispos lusófonos reunidos em luandaD. Gabriel Mbilingue, presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé e Príncipe (CEAST), afirmou esta segunda-feira, em Luanda, que o encontro de Bispo Lusófonos vai ser uma ocasião para falar da paz e debater o desenvolvimento no país. O XI Encontro de Presidentes das Conferências Episcopais de Países de Língua Oficial Portuguesa decorre em Luanda, Angola, entre os dias 21 e 28 de julho, em torno do tema “O papel transformador do Evangelho na sociedade à luz da exortação apostólica ‘A alegria do Evangelho’”. Para o presidente da CEAST, o “melhor” que os católicos an-golanos têm para partilhar neste encontro com os bispos de outras igrejas lusófonas são 12 anos paz. “Isso é para nós motivo de grande alegria. Quando há partilha e de coisas boas, nada melhor do que isso. O que temos a partilhar com eles é a paz um certo de-senvolvimento que poderá e deverá ser orientado na linha do ensinamento da Igreja”, afirmou D. Gabriel Mbilingue em declarações à Rádio Vaticano. (Agência Ecclesia)

4 Diário do MinhoQuinta-FEiRa, 24 de Julho de 2014IGREJA VIVA

Texto SNPC/DACS; Fotos DACS

o diálogo com a cultura tem sido um dos grandes motes do projecto da nova-evangelização. em parceria com o Secretariado nacional da Pastoral da Cultura, conversamos com Pedro Mexia no encontro lite-rário “Carmina”, que decorreu este mês em famalicão, dado que para este escritor “deus ainda é uma questão e merece uma antologia e um festival de poesia”.

explicando um pouco para os nossos leitores, que motivações estiveram na base do nascimento desta antologia?

Na verdade, foi a verificação de que existem antologias deste género em todos os países europeus, nomeadamente Inglaterra, França, Espanha ou Itália, nos quais existem antologias temáticas nesta linha, mas não havia ainda nenhuma em Portugal, embora já tenham existido no passado. No fundo, foi a pergunta sobre se o tema se tornou tão exótico e irrelevante que não mereça que exista uma antologia feita agora, com a sensibilidade e o gosto de agora, sobre a temática de Deus e do sagrado. Foi daí que nasceu a ideia de termos uma antologia com este tema feita em 2014.

na sua opinião a poesia é acessível a todos os leitores, ou está reservada apenas a alguns? e o que é necessário para iniciar as pessoas na leitura da poesia?

poucos, e poetas para todos: poetas populares como Manuel Alegre, e poetas menos acessíveis como Herberto Hélder, em que o tipo de discurso é muito diferente e as atenções são muito diferentes. Por isso as pessoas, dependendo do seu interesse e do seu conhecimento (e do seu investimento, em termos de tempo e atenção) chegam ou não à compreensão do poema. Há pessoas que por exemplo não gostam de poesia mas gostam de um poeta, que por qualquer razão as despertou para essa descoberta. São as histórias individuais de cada um na sua aproximação à poesia.

o que pode este encontro Carmina trazer à Poesia e à Cultura em Portugal?

Não há assim tantos encontros de poesia em Portugal, fora do contexto académico ou de congressos. Tem havido alguns festivais literários onde são habitualmente convidados poetas,

fazendo a poesia parte das actividades, mas os festivais de poesia enquanto tal não são assim muitos, e estes festivais permitem uma confluência, quer dessa abordagem mais académica dos críticos e dos estudiosos, quer o encontro, a leitura – é sempre fascinante ver como os poetas lêem os seus próprios poemas, e como se lêem uns aos outros – e permite sobretudo um encontro com o público da poesia que é sempre um público misterioso, não se sabendo bem quem são as pessoas que lêem poesia e que, não sendo assim muitas, são no entanto bastante fiéis. Portanto, este encontro, que tem aqui a sua primeira edição, aparece num contexto de uma oferta cultural nessa matéria que não é muito vasta, e isso é particularmente animador, sendo com grande alegria que estamos aqui a fazer parte desta edição.

Com deus, que é um suspeito ou insuspeito convidado para um encontro inaugural...

De facto, aconteceu este encontro estar a ser pensado numa altura em que estava a Antologia a ser preparada, e portanto foram dois caminhos que não nasceram conjuntamente mas que se encontraram, uma vez que a Assírio&Alvim, enquanto parceira habitual como editora que publica os autores de quem a Fundação se ocupa, nomeadamente Mário

É muito difícil dizer a Poesia, pois há poetas que de facto são aparentemente muito acessíveis no sentido em que qualquer pessoa sabe de que o poeta está a falar ou o que está a dizer (embora essa aparência possa ser enganadora): poetas como a Sophia de Mello Breyner, Eugénio de Andrade, etc. Depois há poetas que vão por um caminho diferente, onde a dificuldade é parte integrante: alguns poemas de Fernando Pessoa são difíceis de decifrar, a poesia de Herberto Hélder é bastante opaca em termos de sentido nalguns casos, e portanto não existe a Poesia, existem poetas com poéticas muito diferentes, alguns dos quais são acessível a um leitor, e outros exigem algum conhecimento. Se uma pessoa não tiver o hábito de ler poesia contemporânea e for ler o Herberto Hélder ficará perdido; mas se, por exemplo, tiver lido os surrealistas e uma série de outros poemas e movimentos já terá algumas bases linguísticas e temáticas para chegar lá. Por isso, há muitas moradas, há poetas para muito

“Acho que existiu umA tentAtivA de fAzer descer o rito às pessoAs, em vez de As sensibilizAr pArA A belezA e A elevAção de certo tipo de liturgiA. Pedro Mexia

Escritor e Crítico Literário

“Este encontro, que tem aqui a sua primeira edição, aparece num contexto de uma oferta cultural nessa matéria que não é muito

vasta”

entreViSta i iPedro de Magalhães Mexia Bigotte Chorão nasceu a 5 de dezem-bro de 1972. licenciado em direito, é cronista no jornal expresso e na revista ler, além de colaborar no programa Governo Sombra da tSf. É autor de numerosos livros de Poesia e de Crónicas.

em Maio de 2010 participou no encontro realizado no Centro Cultural de Belém com Bento XVi, aquando da sua visita a Por-tugal, juntamente com personalidades do mundo da cultura.

IGREJA VIVA 5Diário do Minho Quinta-FEiRa, 24 de julho de 2014

No encontro falou do empobrecimento litúrgico: lembro-me que posso folhear a Liturgia das Horas e encontrar poetas portugueses.

Essa é uma outra dimensão na qual sou bastante crítico: acho que a liturgia se democratizou no pior sentido da palavra, perdeu-se uma certa ideia da dignidade do rito. Na minha opinião, tenho uma certa simpatia por alguma ideia de solenidade, no sentido em que existe por

alguma razão, tal como nós, na nossa vida, nos vestimos de certa maneira em certos actos. Acho que existiu uma tentativa de fazer descer o rito às pessoas, em vez de as sensibilizar para a beleza e a elevação de certo tipo de liturgia. Esse é um combate em grande parte perdido, infelizmente, mas talvez não o seja por completo: havendo a música sacra, quer no sentido estrito, quer no sentido mais amplo de música cristã, ao longo dos séculos, é sempre um pouco penoso ouvir algumas canções por vezes apenas adaptada para fins religiosos. Acho que é um aspecto um pouco constrangedor na relação de alguns Igrejas com a liturgia e com a estética, mas as pessoas têm gostos e sensibilidades diferentes. Mas não é por acaso que essa questão da dignidade da liturgia era uma das preocupações principais do Papa Bento XVI. (SNPCDACS)

Igreja, mas a Igreja enquanto tal não foi uma das suas preocupações nesta Antologia. Acho que tem havido, depois de um longo período de costas voltadas, uma certa re-aproximação e um certo diálogo. Já falámos disto noutras coisas, o pontificado de Bento XVI foi particularmente curioso nestes aspectos, pois embora tenha gerado, do ponto de vista ideológico, alguns anti-corpos, manifestou uma grande capacidade intelectual e que promoveu pontes com o mundo da cultura – penso na vinda de Bento XVI a Portugal e no encontro no Centro Cultural de Belém, como no encontro mais alargado que teve em Roma com escritores, cineastas e escultores, alguns deles que não eram propriamente cristãos no sentido mais estrito do termo. Acho que os sinais recentes são mais positivos do que aqueles que se encontravam há alguns tempos, mas é sempre um diálogo complicado entre qualquer sistema de crenças – incluindo a fé – e a arte, porque o artista, desejavelmente, está por sua conta. Sabemos que historicamente, as Igrejas – tal como os Estados ou os partidos – tiveram dificuldades com os artistas, porque estes muitas vezes dizem ou fazem coisas que não estavam no programa, seguem por caminhos que não são os mais ortodoxos ou os mais justos segundo o entender de quem o diz. É no fundo uma relação periclitante, e para nós é muito interessante, pois o pior que poderia acontecer é que a arte fosse confessional ou que estivesse ao serviço simplesmente de uma causa ou de uma doutrina, e não há nada mais empobrecedor para a estética do que ter um caderno de encargos. Portanto, essa relação sempre foi um bocadinho conflituosa, e isso é bom sinal.

Cesariny, possibilitou que se juntasse a Antologia e o Festival, sendo interessante começar a primeira edição de um festival de poesia com uma Antologia chamada Verbo que, primeiro é uma antologia de poesia portuguesa e que, segundo, tem uma determinada noção essencial do que é a Poesia, tal como a palavra Carmina, que remete para a noção de poema, de canção, de uso particular da linguagem. Foi de facto uma união inesperada mas feliz entre dois projectos que nasceram autonomamente.

Centrando-me na antologia, há algum poema descoberto, ou re-descoberto, ou desconhecido que o tenha tocado?

Há poemas aqui que são alguns dos poemas portugueses que já conhecia e dos que gostava mais, e que são os poemas que mais me tocam nesta Antologia. Os poemas de Ruy Belo, por exemplo, ou de Vitorino Nemésio. Mas foi muito gratificante no trabalho que levou a esta Antologia o facto de termos incluído poetas que não eram evidentes e nos quais não tínhamos pensado à partida – nalguns casos poetas que as pessoas podem estranhar estarem incluídos numa Antologia com esta temática. Esse foi um dos desafios mais estimulantes: fazer uma antologia que à partida já se sabe o que vai ser é menos estimulante do que ler a poesia portuguesa do século XX e chegar a descobertas e resultados surpreendentes. Penso por exemplo num autor que não constava na nossa ideia inicial, o Jorge de Sena, e depois, pedindo a opinião a algumas pessoas, foi-nos dito “não se esqueçam dos primeiros livros do Jorge de Sena, onde a questão de Deus foi muito importante, embora ele depois a abandone”. Esse tipo de descobertas foi um dos aspectos mais interessantes deste trabalho.

Pensa que a igreja está próxima, afastada ou divorciada da poesia no plano teológico, litúrgico, pastoral. Como classifica esta relação?

Esta é uma Antologia de poetas que foram, de algum modo, próximos à fé, mas onde essa questão da Igreja não é posta, embora muitos deles, na sua vida pessoal (quer o Daniel Faria, que era monge) fizeram parte de movimentos, grupos, que tiveram relação com a

“Foi muito gratificante no trabalho que levou a esta Antologia o facto de termos

incluído poetas que não eram evidentes e nos quais

não tínhamos pensado à partida”

“O pior que poderia acontecer é que a arte fosse confessional ou

que estivesse ao serviço simplesmente de uma causa

ou de uma doutrina”

“O pontificado de Bento XVI

manifestou uma grande capacidade intelectual e que promoveu pontes com o mundo da

cultura”

entreViSta ifoi nos dias 11 e 12 de julho em V. n. famalicão que teve lugar o encontro “Carmina i – deus como interrogação na poesia portuguesa”. o programa da iniciativa organizada pela fundação Cupertino de Miranda, em parceria como a autarquia famalicense, incluiu a realização de vários debates, a presença de numerosos escritores e críticos literários, e a leitura de poesia nas ruas da cidade minhota. os encontros “Carmina” serão, segundo o projecto da fundação, organizados de dois em dois anos, abordando a Poesia segundo diversas perspectivas temáticas.

Verbo: deus como interrogação

A publicação de “Verbo: Deus como Interrogação na Poesia Portuguesa”, da responsabilidade de José Tolentino Mendonça e Pedro Mexia, surge num contexto em que a presença da Interrogação sobre Deus se encontra um pouco difusa na literatura portuguesa contemporânea, depois de, segundo os organizadores da Antologia, ter ocupado um lugar central na generalidade dos Poetas e Escritores portugueses da primeira metade do século XX. Na Antologia é possível encontrar poemas de Vitorino Nemésio, Ruy Cinatti, Jorge de Sena, Sophia de Mello Breyner Andresen, Fernando Echevarría, José Bento, Ruy Belo, Cristovam Pavia, Pedro Ta-men, Armando Silva Carvalho, Carlos Poças Falcão, Adília Lopes e Daniel Faria., num total de 13 autores escolhidos num espaço temporal entre 1901 (ano do nascimento de Vitorino Nemésio) e 1998 (ano da morte de Daniel Faria). De fora ficaram autores como José Régio ou Miguel Torga, sendo tal ausência explicada pelos organizadores com a limitação própria de qualquer antologia: o critério de gosto pessoal de quem a organiza. “Deus como interrogação, assim se chama a antologia, porque Deus existe, na poesia como na vida, em modo interrogativo, mesmo para quem tem fé. Esta não é uma antologia para crentes ou para não--crentes, é uma antologia de poesia que dá exemplos de um tema, de um moti-vo, de uma obsessão, exemplos portugueses, numa época que também nos deu Claudel, Eliot, Luzi ou Milosz, poetas com uma questão, com uma pergunta que nunca está respondida”, referem os autores no Prefácio à Antologia, já disponível numa livraria perto de si.

6 Diário do MinhoQuinta-FEiRa, 24 de Julho de 2014IGREJA VIVA

liturGiadoMinGo XVii teMPo CoMuM

I LEITURA 1 Reis 3, 5.7-12leitura do Primeiro livro dos reis

Naqueles dias, o Senhor apareceu em sonhos a Salomão durante a noite e dis-se-lhe: «Pede o que quiseres». Salomão respondeu: «Senhor, meu Deus, Vós fizestes reinar o vosso servo em lugar do meu pai David e eu sou muito novo e não sei como proceder. Este vosso servo está no meio do povo escolhido, um povo imenso, inumerável, que não se pode contar nem calcular. Dai, portan-to, ao vosso servo um coração inteli-gente, para governar o vosso povo, para saber distinguir o bem do mal; pois, quem poderia governar este vosso povo tão numeroso?». Agradou ao Senhor esta súplica de Salomão e disse-lhe: «Por-que foi este o teu pedido, e já que não pediste longa vida, nem riqueza, nem a morte dos teus inimigos, mas sabedoria para praticar a justiça, vou satisfazer o teu desejo. Dou-te um coração sábio e esclarecido, como nunca houve antes de ti nem haverá depois de ti».

SALMO RESPONSORIAL - Sal. 118 (119)refrão: quanto amo, Senhor, a vossa lei!

Senhor, eu disse: A minha herançaé cumprir as vossas palavras.Para mim vale mais a lei da vossa bocado que milhões em ouro e prata.

Console-me a vossa bondade,segundo a promessa feita ao vosso servo. Desçam sobre mim as vossas misericórdias e viverei, porque a vossa lei faz as minhas delícias.

Por isso, eu amo os vossos mandamentos, mais que o ouro, o ouro mais fino. Por isso, eu sigo todos os vossos preceitos e detesto todo o caminho da mentira.

São admiráveis as vossas ordens,por isso, a minha alma as observa.A manifestação das vossas palavras ilumina e dá inteligência aos simples.

LEITURA II Rom 8, 28-30leitura da epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos

Irmãos: Nós sabemos que Deus concor-re em tudo para o bem daqueles que O amam, dos que são chamados, segundo o seu desígnio. Porque os que Ele de an-temão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que Ele seja o Primogénito de muitos irmãos. E àqueles que predes-tinou, também os chamou; àqueles que chamou, também os justificou; e àqueles que justificou, também os glorificou.

EVANGELHO Mt 13, 44-52evangelho de nosso Senhor jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «O reino dos Céus é seme-lhante a um tesouro escondido num campo. O homem que o encontrou tornou a escondê-lo e ficou tão contente

que foi vender tudo quanto possuía e comprou aquele campo. O reino dos Céus é semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. Ao encontrar uma de grande valor, foi vender tudo quanto possuía e comprou essa pérola. O reino dos Céus é semelhante a uma rede que, lançada ao mar, apanha toda a espécie de peixes. Logo que se enche, puxam-na para a praia e, sentando-se, escolhem os bons para os cestos e o que não presta deitam-no fora. Assim será no fim do mundo: os Anjos sairão a separar os maus do meio dos justos e a lançá-los na fornalha ardente. Aí haverá choro e ranger de dentes. Entendestes tudo isto?» Eles responderam-Lhe: «Entendemos». Disse-lhes então Jesus: «Por isso, todo o escriba instruído sobre o reino dos Céus é semelhante a um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e coisas velhas».

i 25 de Julho: S. Tiago, Apóstolonasceu em Betsaida; era filho de Zebedeu e irmão do apóstolo joão. esteve presente nos principais milagres do Senhor. É venerado com culto especial em Compostela, onde se ergue a célebre basílica a ele dedicada, que atrai desde o século iX inumeráveis peregrinos de toda a cristandade.

Sugestão de Cânticos

ent: que alegria quando me disseram /M. Manzanoofer: Para vossa Glória / B. SalgadoCoM: Bem-aventurados / M luísaG: dá-nos um Coração / a. espinosafinal: Cristo dará a liberdade / C. erdozain

A liturgia deste domingo convida--nos a reflectir nas nossas prioridades, nos valores sobre os quais fundamentamos a nossa existência.

Sugere, especialmente, que o cristão deve construir a sua vida sobre os valores pro-postos por Jesus.A primeira leitura apresenta-nos o exem-plo de Salomão, rei de Israel. Ele é o pro-tótipo do homem “sábio”, que consegue perceber e escolher o que é importante e que não se deixa seduzir e alienar por valores efémeros.A segunda leitura convida-nos a seguir o caminho e a proposta de Jesus. Esse é o valor mais alto, que deve sobrepor-se a todos os outros valores e propostas.No evangelho, recorrendo à linguagem das parábolas, Jesus recomenda aos seus

seguidores que façam do Reino de Deus a sua prioridade fundamental. Todos os outros valores e interesses devem passar para segundo plano, face a esse “tesouro” supremo que é o Reino.Concluímos, neste domingo, a leitura do capítulo dedicado às “parábolas do Reino” (cf. Mt 13). Nele, recorrendo a imagens e comparações simples, sugestivas e questio-nantes (“parábolas”), Jesus apresenta esse mundo novo de liberdade e de vida nova que Ele veio propor aos homens e ao qual Ele chamava Reino de Deus.Para enquadrarmos melhor a mensagem aqui proposta por Mateus, devemos ter em conta a realidade da comunidade a quem o Evangelho se destina… Estamos no final do primeiro século (anos oitenta). Passa-ram-se mais de trinta anos após a morte de Jesus. O entusiasmo inicial deu lugar à monotonia, à falta de empenho, a uma vivência “morna”, pouco exigente e pouco

comprometida. No horizonte próximo das comunidades cristãs perfilam-se tempos difíceis de perseguição e de hostilidade e os cristãos parecem pouco preparados para enfrentar as dificuldades. Mateus sente que é preciso renovar o compromis-so cristão e chamar a atenção dos crentes para o Reino, para as suas exigências e para os seus valores. As parábolas do Reino que hoje nos são propostas devem ser lidas neste contexto. A primeira e mais importante questão abordada neste texto é a das nossas prioridades. Para Mateus, não há qualquer dúvida: ser cristão é ter como prioridade, como objectivo mais importan-te, como valor fundamental, o Reino. O cristão vive no meio do mundo e é todos os dias desafiado pelos esquemas e valores do mundo; mas não pode deixar que a procura dos bens seja o objectivo número um da sua vida, pois o Reino é partilha. O cristão está permanentemente mergulhado

num ambiente em que a força e o poder aparecem como o grande ideal; mas ele não pode deixar que o poder seja o seu objectivo fundamental, porque o Reino é serviço. O cristão é todos os dias conven-cido de que o êxito profissional, a fama a qualquer preço são condições essenciais para triunfar e para deixar a sua marca na história; mas ele não pode deixar-se seduzir por esses esquemas, pois a reali-dade do Reino vive-se na humildade e na simplicidade. O cristão faz a sua cami-nhada num mundo que exalta o orgulho, a auto-suficiência, a independência; mas ele já aprendeu, com Jesus, que o Reino é perdão, tolerância, encontro, fraternida-de… O que é que comanda a minha vida? Quais são os valores pelos quais eu sou capaz de deixar tudo? Que significado têm as propostas de Jesus na minha escala de valores?Reflexão preparada pelos Padres DehonianosIn www.dehonianos.org

a Igreja alimenta-se da palavra

LITURGIA da palavra

IGREJA VIVA 7Diário do Minho Quinta-FEiRa, 24 de julho de 2014

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Ordenações PresbiteraisSantuário do Sameiro, 20 Julho (fotos: Diário do Minho)

AGENDAiGreja BreVe

fiCha tÉCniCaDiretor: Damião A. Gonçalves Pereira

Coordenação: Departamento Arquidiocesano para as Comunicações Sociais (Pe. José Miguel Cardoso, Ana Ribeiro, Joana Araújo, Justiniano Mota, Paulo Barbosa, Rui Ferreira e Rui Vasconcelos)

Fontes: Agência Ecclesia e Diário do Minho

Contacto: [email protected]

título: Padroeiros da Europa

autor: Bento XVI

editora: Paulus

Preço: 5,90 euros

Resumo: A partir das ca-tequeses do Papa Bento XVI, somos convidados a conhecer os seis santos padroeiros da Europa (S. Bento, Santa Catarina de Sena, Santa Brígida da Suécia, Santa Teresa Benedita da Cruz, São Cirilo e São Metódio), homens e mulheres que marcaram a Igreja e a sociedade e que servem de modelo para cada cristão hoje.

título: Aprender a Rezar para Aprender a Amar

autor: Jacques Philippe

editora: Paulus

Preço: 11,50 euros

resumo: O autor deste livro, conhecido sacerdote francês, ensina o caminho de uma oração transformante. Encara a oração como um problema de fé viva, que leva a produzir frutos na prática e na atividade das três virtudes teologais! Trata da oração como forma de encontro com Deus: a presença de Deus: onde e como? E apresenta conselhos práticos para uma oração viva, sempre renovada, nunca repetitiva.

Leituras

O certo é que aqueles que ge-rem a indústria da simplifi-cação religiosa em grande escala nunca oferecem a

prometida ‘fase seguinte’ porque eles próprios nunca a alcançaram e ela é completamente estranha paa eles; sem-pre que se deparam com os aspetos ‘mais complexos’ da fé, pensam que são obra do diabo. A religião superfi-cial ou pouco profunda só nos enterra cada vez mais no ladaçal ou na aridez do deserto, não permitindo que nos façamos ao largo. Os que querem pro-curar o Deus vivo e seguir de verdade Cristo devem ter a coragem de apren-der a nadar em águas profundas, não nos baixios. Deus é o mar profundo; não pode ser encontrado nos baixios. Quando alguém é iniciado à fé, preci-sa que lhe digam claramente que está a ser iniciado num mundo de mistério e profundidade, que Jesus não é ‘um amigo com quem eles podem conver-sar’. A minha preocupação é que as nossas certezas, demasiado grandes, demasiado ruidosas e demasiado hu-manas, corram o risco de obscurecer aquilo que é verdadeiramente impres-sionante: o Mistério, que gosta de falar através do seu silêncio e de se revelar através do seu ocultamento, e que esconde a sua grandeza naquilo que é pequeno e que mal se nota. Depois de termos sido objeto de chacota para todos, a sobriedade e a moderação têm vindo a baixar visivelmente em várias áreas da vida, incluindo a religião. Contudo, não me parece que Deus as tenha abandonado.

Tomas Halík, “A Noite do Confessor”, ed. Paulinas 2014

título: Dez Palavras para Recordar

autor: Nguyen Van Thuan

editora: Paulinas

Preço: 2,00 euros

Resumo: «Pouco antes da sua morte, [o cardeal Francisco Xavier Nguyen van Thuan] orientou uns exercícios espirituais a sacerdotes, cujas traves mestras serão precioso auxílio para todos… Passam tais traves por alguns patamares que, bem percorridos e aproveitados, nos ajudarão nos caminhos da santidade» (Prefácio de D. Manuel Martins). Estas são as traves que com-põem este livrinho de meditações, orientadas tanto para a vida interior (a nossa relação com Deus) como para a vida ativa.

LiVRo

A entrevista desta semana será com

Fernando Correia, da Irmandade de S. Bento da Porta Aberta

sexta-feira, das 23h00 às 24h00FM 101.1 MhzAM 576Khz.

terça-feira, 29.7.2014- SANTA MARIA MADALENA

Realiza-se a Romaria de Santa Maria Madalena, em Sta. Cristina de Longos, Guimarães.

domingo, 28.7.2014

- CAMINHADA JOVEM A FÁTIMA

Caminhada jovem a Fátima com o tema «Semp´abrir 2014» promovida pelos Missionários Combonianos e com partidas de Coimbra e Azambuja (Diocese de Lisboa) - dias 22 a 26 de Julho.

- EXPOSIÇÃO

Exposição temporária «Rostos de Timor» composta por 24 fotografias da autoria de António Cotrim. Em Fátima - Museu de Arte Sacra e Etnologia - de 12 de Julho a 31 de Agosto.

Dantes havia tempo para tudo, até para matar o

tempo. Agora é o tempo que nos mata. O proclamado

tempo útil que, não raro, é inútil e o tempo não útil

que, quase sempre, é vida.

António Bagão Félix

Público, 21 Julho 2014

sábado, 26.7.2014- EXPOSIÇÃO

Decorre em Vila Nova de Anha, Viana do Castelo, entre os dias 24 a 27 uma exposição de arte sacra para evocar a vida e obra do bea-to Frei Bartolomeu dos Mártires

- VOLUNTARIADO “TERRA AMADA 2014”

A iniciativa «Terra Amada», promovida pelo curso de arqui-tetura da Universidade Católica Portuguesa - polo de Viseu –, vai promover este ano a conservação e a reabilitação da aldeia Vale de Papas, Cinfães (Diocese de Lame-go). A iniciativa decorre entre os dias 24 de Julho e 3 de Agosto.

sexta-feira, 25.7.2014- FESTIVAL JOTA

Início do Festival Jota (Festival Mus-cial) a decorrer até dia 27, em Viseu.

- A MAGIA DO CINEMA AO AR LIVRE

No Auditório Vita, é projectado o filme “E agora, onde vamos?” de Nadine Labaki. A entrada é livre.

O site iMissio é um projeto de evangelização que tem como objetivo criar uma comu-nidade que está convicta que a internet é um ambiente de evangelização que desafia o modo de pensar a fé. Da responsabilidade de uma equipa de cristãos, entre professores de EMRC e catequistas, contém diversos conteúdos de actualidade e formação cristã.

http://www.imissio.net