acessibilidade de pessoas com deficiÊncia na orla de ... · a orla de icoaraci é um ponto...
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ISSN 2176-1396
ACESSIBILIDADE DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NA ORLA
DE ICOARACI, BELEM DO PARÁ
Ronielson Santos das Mercês1 - UEPA
Priscilla Negrão perdigão2 - UEPA
Ingrid Rodrigues da Rosa Cruz3 - UEPA
Grupo de Trabalho – Diversidade e Inclusão
Agência Financiadora: não contou com financiamento
Resumo
As mudanças constantes realizadas pelo homem nos espaços geográficos das grandes
cidades brasileiras implicam em transformações arquitetônicas e urbanísticas nos
espaços públicos e privados, que, não respeitam o direito constitucional de ir e vir das
pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida. O presente estudo tem por objetivo
mapear a acessibilidade para pessoas com deficiência física e /ou mobilidade reduzida
(idosos, gestantes, obesos) na Orla de Icoaraci, Belém-Pará. Autores como (ALMEIDA,
NUNES E ZOBOLI, 2011, entre outros) têm chamado nossa atenção para o fato de
alguns espaços turísticos apresentarem restrições físicas e visuais, as quais não atendem
a lei da acessibilidade 10.098/ 2000. A metodologia utilizada em nossa pesquisa é do
tipo qualitativa. Participaram da pesquisa 18 pessoas, do gênero masculino e feminino,
com idade variando entre 16 e 52 anos, na condição de pessoa com deficiência,
mobilidade reduzida e pessoas sem deficiência. Os dados foram coletados no período de
14 a 21 de junho, em diferentes dias da semana (Segunda feira, Terça feira, Quinta feira,
Sexta feira, Sábado e Domingo). Os dados foram analisados a partir das seguintes
categorias: 1 - concepção de Acessibilidade pelos entrevistados; 2 - locais que se
constituem como barreiras para as pessoas com deficiência, a partir do olhar dos
entrevistados; 3 - soluções apresentadas pelos participantes para resolução dos
problemas encontrados. Portanto, neste artigo, as discussões versaram acerca da
acessibilidade da pessoa com deficiência e mobilidade reduzida no espaço público do
Município de Belém do Pará, em especial na Orla do Distrito de Icoaraci, mostrou-se
um lócus de investigação enriquecedor para a comunidade científica visando o
1 Graduando em Pedagogia da Universidade do Estado do Pará (UEPA). Pesquisador do Núcleo de
Inclusão Popular (NEP/UEPA) Pesquisador do Grupo de Estudo, Pesquisa e Práxis Inclusiva de Biologia (GEPPIBIO/UFPA) Bolsista de Iniciação Científica CNPQ/CAPES. Monitor Voluntário do Núcleo de
Inclusão Social da Universidade Federal do Pará (NIS/UFPA). E-mail: [email protected] 2Graduada em Pedagogia pela Faculdade Integrada Ipiranga, Pós-Graduada em Educação Especial com
ênfase em Educação Inclusiva pela Faculdade Instituto Carrera; Pesquisadora do Grupo de Estudo,
Pesquisa e Práxis Inclusiva da UFPA (GEPPI/UFPA); Professora de Educação Inclusiva na Rede Privada
de Ensino de Belém do Pará. E-mail: pritperdigã[email protected] 3Graduanda em Pedagogia da Universidade do Estado do Pará (UEPA); Pesquisadora do Grupo de
Estudo, Pesquisa e Práxis Inclusiva da UFPA (GEPPI/UFPA), Grupo de Estudo e Pesquisa em Didática
(UEPA) E-mail: [email protected].
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entendimento das ações afirmativas, que, discutem à promoção da acessibilidade desses
sujeitos na sociedade contemporânea são de extrema importância, para que as relações
humanas sejam garantidas por meio de ações de respeito à diversidade humana.
Palavras-chave: Acessibilidade. Pessoas com Deficiência. Mobilidade Reduzida.
Espaços públicos.
Introdução
As mudanças constantes realizadas pelo homem nos espaços geográficos das
grandes cidades brasileiras implicam em transformações arquitetônicas e urbanísticas
nos espaços públicos e privados, que às vezes, não respeitam o direito constitucional de
ir e vir das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Reportagens recentes do
Jornal Liberal 1º edição, veiculada no dia 30/06/2015, em Belém do Pará, apontaram à
necessidade dos nossos governantes desenvolverem políticas públicas no sentido de
eliminar barreiras arquitetônicas na Região Metropolitana de Belém para que as pessoas
com deficiência tenham seus direitos garantidos de acessibilidade, em especial, nos
pontos turísticos e entre outros locais de nossa cidade.
Autores como (PEREIRA, 2011; ALMEIDA, NUNES E ZOBOLI, 2011) têm
chamado nossa atenção para o fato de alguns espaços turísticos apresentarem restrições
físicas e visuais, as quais não atendem a lei da acessibilidade 10.098/ 2000, a NBR
9050, que orienta que todos os espaços, edificações, mobiliários e equipamentos
urbanos que vierem a ser projetados, construídos, montados ou implantados, bem como
as reformas e ampliações de edificações e equipamentos urbanos, devem atender ao
disposto nesta norma para serem considerados acessíveis. Pois nos seus planos
documentais visam à promoção da acessibilidade plena em ambientes públicos e
privados.
O presente estudo teve por objetivo mapear a acessibilidade para pessoas com
deficiência física e/ou mobilidade reduzida (idosos, gestantes, obesos) na Orla de
Icoaraci, Belém-Pará.
A Orla de Icoaraci é um ponto turístico da cidade de Belém, visitado tanto pelas
pessoas pertencentes ao município de Belém, como por outros municípios, estados e
outros países. A orla está situada no Distrito de Icoaraci, fica distante da Capital de
Belém do Pará, aproximadamente 20 km, sua extensão geográfica é de 6 km, onde se
encontram nestes locais diversos pontos de lazer, como por exemplo, praça de
alimentação, praça de artesanato, praça do coco e entre outros serviços que a orla
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oferece valorizando o espaço turístico. A orla está divida em quatros locais de visitação:
Trapiche de Icoaraci, Praça do Artesanato, Praça de Lazer e Praia do Cruzeiro. A
revitalização da orla aconteceu no ano 2000, pelo então, Prefeito de Belém, Edmilson
Rodrigues, que elaborou um projeto de revitalização e urbanização da Orla de Icoaraci,
no entanto, nos dias atuais a população belenense vem se deparando com problemas em
sua infraestrutura, as quais tem se colocado como barreiras das mais diversas formas ao
longo da sua extensão.
Assim, entendemos que a pesquisa sobre acessibilidade no Município de Belém
do Pará, em especial no distrito de Icoaraci, é de suma importância para as discussões
atuais acerca da responsabilidade social dos governos municipais e estaduais,
principalmente nas cidades localizadas na região norte do Brasil, pois o que vemos ao
longo da pesquisa, que existem poucas produções científicas voltadas para
acessibilidade e inclusão das pessoas com deficiência nos espaços públicos na grande
região metropolitana de Belém. Esperamos que o estudo possa contribuir para as
políticas públicas que visam à promoção da acessibilidade no Município de Belém do
Pará, e destacar a importância da comunidade cientifica em investigar esses lócus
turísticos para que possam estar trazendo a discussão para o meio acadêmico tendo esse
olhar critico- reflexivo sobre os logradouros públicos.
Acessibilidade de pessoas com deficiência no espaço no público
Para Almeida (2001, p.02) “os espaços públicos são espaços predominantemente
livres de edificação, aberto de uso público, que facilitam a circulação e disponibilizam
uma sucessiva oportunidade de despertar o lazer, servindo ainda de referencial da
cidade”.
Podemos considerar que os espaços públicos são elementos geográficos que
referenciam os pontos de percursos realizados pelas as pessoas na cidade. Para tal, “A
denominação do espaço livre está apoiada na condição de oferecer livre acesso,
permitindo liberdade para as pessoas” (LYNCH, 1990. p.12).
Acessibilidade, de acordo com a Lei nº 13146/2015 significa: o direito que
garante à pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida viver de forma
independente e exercer seus direitos de cidadania e de participação social.
Desta forma os espaços públicos necessitam atender as normas técnicas de
acessibilidade para tornarem-se de fato espaços acessíveis. Por espaço acessível
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entende-se como sendo, o espaço percebido e utilizado em sua totalidade por todas as
pessoas, inclusive aquelas com mobilidade reduzida (NBR, 2004).
Para eliminar qualquer barreira que impeça ou limite o acesso/direito de
locomoção com liberdade e segurança da pessoa com deficiência ou mobilidade
reduzida em nossa sociedade é possível tomarmos como referência além das legislações
existentes em âmbito nacional, há ainda a Lei Municipal n º 8.068/2011, em seu art. 1º,
estabelece normas e critérios de promoção da acessibilidade das pessoas com
deficiência ou mobilidade reduzida.
Esta lei estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da
acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços
públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos
meios de transporte e de comunicação no Município de Belém (LEI
MUNICIPAL n º 8.068/2011).
Sendo assim, o espaço público deve promover o acesso pleno dos grupos sociais
em sua extensão geográfica viabilizando em sua estrutura física e arquitetônica
estratégias de adaptações que promovam condições de utilizações desses espaços e
facilitem sua circulação nas vias públicas ou logradouros públicos.
Em seu art.8º da Lei Municipal n º 8.068/2011 pontua-nos sobre as
transformações ou projetos urbanos que viabilizem mudanças nos logradouros públicos
ou vias públicas.
O projeto e o traçado dos elementos de urbanização públicos e privados de
uso comunitário nestes compreendidos os itinerários e as passagens de
pedestres, os percursos de entrada e de saída de veículos, as escadas e
rampas, deverão observar os parâmetros estabelecidos pelas normas técnicas de acessibilidade da NBT 9050 da Associação Brasileira das Normas
Técnicas- ABNT (ABNT, 2004, p. 12).
Para kamio e Sassi (2010, p.256) “o segmento de pessoas com deficiência é um
novo nicho que começa a ser desvelado por profissionais do turismo, mas que precisa
ser analisado para que possa identificar as expectativas, desejos e interesses desse
público”.
Desse modo, os autores discutem que os profissionais do turismo necessitam de
formação continuada ou complementar para que possam lidar com esse público nos
espaços turísticos, pois o que se vê, é uma carência de formação nesta área do mercado
que não atende a demanda de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida que
transitam por esses espaços públicos.
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Deville (2009, p.257) discute que:
Grande parte das pessoas com algum tipo de dificuldade encontra inúmeras
dificuldades no acesso ás atividades turísticas, devido à existência de
barreiras nos diferentes componentes do equipamento turístico, o que parece
denotar a falta de atenção por parte dos agentes do setor de turismo e, do
mesmo modo, algum desinteresse do ponto de investigação acadêmica.
Para o autor a necessidade de se discutir sobre a inclusão das pessoas com
deficiência ou mobilidade reduzida nos espaços turísticos é um dever do estado e das
instituições sociais, como a escola, que permeiam discussões sobre a participação desses
grupos nos diversos segmentos da sociedade, como por exemplo, economia, turismo,
lazer e outras áreas. “A inclusão em todos os setores da sociedade significa que essa
deve, além de garantir espaços adequados para todos, aceitar e valorizar a diversidade
humana” (RUSCHMANN, SOLHA, 2006, p.10).
Vale ressaltar que, o autor, defende a necessidade de se investigar os destinos
turísticos que existem na nossa cidade, pois, assim, veremos quais as barreiras e
dificuldades que as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida encontram nos
espaços públicos. Para Bóia (2006, p.14) “o que se pretende com o turismo inclusivo
não é a elaboração de uma proposta única de turismo para deficientes. Na realidade, o
turismo inclusivo trata-se de elaborar propostas de turismo que possibilite a qualquer
pessoa a desfrutar de experiências de viajar sem se defrontar com a barreira”.
Quem são as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida que merecem a nossa
atenção quando falamos de acessibilidade nos espaços públicos?
Na Convenção Internacional Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência,
promulgada pela ONU em 2006. Define a pessoa com deficiência:
Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo
de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação
com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas.” (Artigo 1º,
convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência).
O foco do nosso estudo é a pessoa com deficiência física, Segundo Manual de
Acessibilidade da PUC- campinas.
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Deficiência Física: A mobilidade da pessoa está limitada ou reduzida devido a lesões traumáticas (lesão da medula espinhal, perda ou dano do membro) e
doenças congênitas (paralisa cerebral, distrofia muscular, espinha bífida,
artrite, Mal de Parkinson), por exemplo. Portanto, a pessoa com deficiência
física é aquela que necessita de adaptações para obter melhor desempenho
nas atividades práticas e cotidianas de sua vida. Essas adaptações, conhecidas
como tecnologias assistivas, visam proporcionar à pessoa com deficiência
maior independência, qualidade de vida e inclusão social, por meio da
ampliação de sua comunicação, recursos de acessibilidade, mobilidade, habilidades de seu aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos
e sociedade (PROACESS, 2013, p.5).
Desse modo, iremos também incluir nesse grupo as pessoas com mobilidade
reduzida, como parte do nosso estudo. No Manual de Acessibilidade da PUC-
CAMPINAS, a pessoa com mobilidade reduzida é:
Mobilidade Reduzida: É a situação de mobilidade limitada por
consequência de uma deficiência física (sensorial ou de locomoção, que pode
ser permanente ou momentânea), deficiência mental/intelectual, ou ainda, em razão da idade, e que exige atenção especial ou adaptações nos ambientes. A
pessoa com mobilidade reduzida é aquela que precisa de ajuda de outra
pessoa para se locomover até os locais de destino (PROACESS, 2013, p.6).
Historicamente, a sociedade, tem demonstrado uma dificuldade em conviver
com as diferenças nos espaços sociais, pois o não conhecimento do outro, enquanto ser
diferente estabelece um olhar segregado das pessoas com deficiência ou com
mobilidade reduzida na sociedade. Para Carvalho (2004, p.45) “Sabe-se que é no
processo de socialização que ocorre a individualização do homem, quando ele toma
consciência de si mesmo na “[...] totalidade de seus traços, atributos, imagens, conceitos
e sentimentos [...]”.
O autor discute a importância das relações sociais entre as pessoas nos espaços
da sociedade, pois os grupos sociais estabelecem uma relação dinâmica no processo de
ser conhecer e definem sua identidade no que diz respeito ao conhecimento da
alteridade.
Metodologia
A metodologia utilizada em nossa pesquisa é do tipo qualitativa, de acordo com
(TEIXEIRA, 2005, p.137), “procura reduzir a distância entre a teoria e os dados, entre o
contexto e a ação”, possibilitando, dessa forma, compreender o fenômeno observado a
partir da descrição e vivência do pesquisado.
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Participaram da pesquisa 18 pessoas, do gênero masculino e feminino, com
idade variando entre 16 e 52 anos, na condição de pessoa com deficiência, mobilidade
reduzida e pessoas sem deficiência. Os dados foram coletados no período de 14 a 21 de
junho, na Orla do distrito de Icoaraci em diferentes dias da semana (Segunda feira,
Terça feira, Quinta feira, Sexta feira, Sábado e Domingo) e diferentes horários (manhã,
tarde e noite) para garantir uma participação significativa e o olhar de Todas as pessoas
que frequentam o referido espaço.
O instrumento da coleta de dados utilizado foi à entrevista semi-estruturada,
segundo Marconi e Lakatos (1982, p. 70) “é um procedimento utilizado na investigação
social pela coleta de dados ou para ajudar no diagnóstico ou no tratamento de um
problema social”. Este instrumento de obtenção de informações é fundamental nas falas
dos entrevistados, pois a compreensão de maneira fidedigna do problema social em
questão relatado, para Gil (2008, p. 109), a entrevista pode caracterizar-se como “um
diálogo assimétrico, em que uma das partes busca coletarem dados e a outra se
apresenta como fonte de informação”.
E ainda para Marconi e Lakatos (1982, p. 70), a entrevista tem como objetivo “a
obtenção de informações do entrevistado sobre determinado assunto ou problema” e por
se tratar de uma interação onde envolve duas categorias, entrevistador e entrevistado,
que buscam a interpretação das informações corporais, sentimentais, valores, emoções
por meio do diálogo interativo, trata-se de uma entrevista dialógica-reflexiva.
Foi utilizado ainda, durante a coleta dos dados o Termo de Consentimento Livre
e Esclarecido (TCLE), o qual foi apresentado aos participantes para que autorizassem a
utilização das informações em publicações, desta forma garantindo o seu anonimato, e
após assinatura e concordância foi dado início as entrevistas.
Os dados foram analisados a partir das seguintes categorias: 1 - concepção de
Acessibilidade pelos entrevistados; 2 - locais que se constituem como barreiras para as
pessoas com deficiência, a partir do olhar dos entrevistados; 3 - soluções apresentadas
pelos participantes para resolução dos problemas encontrados.
Resultados e Discussão
1 – Em relação à concepção de Acessibilidade pelos entrevistados
“É a pessoa com deficiência, idosos e crianças terem o direito de ir e vir”.
(Entrevistada S.S)
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“É o local adaptado para pessoas fazerem as coisas com autonomia”.
(Entrevistada G)
“É um direito de ir e vir da pessoa com deficiência. É a pessoa ter livre
acesso, ter calçadas adaptadas” (Entrevistada E)
Evidencia-se na fala dos entrevistados a compreensão do conceito de
acessibilidade de acordo com o previsto na Lei nº 13.146 (BRASIL, 2015, p.19)
garantindo “a possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e
autonomia de espaços, mobiliários [...] instalações abertos ao público, de uso público ou
privado de uso coletivo [...] por pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida”.
Para Lamônica (2008, p.131) “acessibilidade compõe o conceito de cidadania, no qual
os indivíduos têm direitos assegurados por lei que devem ser respeitados”.
“É todos terem acesso igual para todos, para que haja interação entre
todos os grupos, tanto pessoas com deficiência ou com mobilidade
reduzida”. (Entrevistada D)
“É poder andar, ter livre acesso, passear. Não se restringe, é livre acesso
de todas as pessoas”. (Entrevistada R)
Os entrevistados pontuam ainda, em sua fala a importância das pessoas com
deficiência ou mobilidade reduzida de estabelecerem relações sociais com os demais
grupos sociais e a participação das pessoas com deficiência e mobilidade reduzidas nos
espaços públicos e privadas. Segundo Arendt (2009, p.61) “Ninguém e visto
isoladamente produz valores, daí a relevância da condição de convivência com os
demais, tanto no processo de formação de identidade e aprendizagem quanto à
personalidade”. Diante desse contexto, nota-se a importância da relação social no
processo de construção de uma sociedade igualitária que respeite as diferenças na
escola, sociedade, família, trabalho entre outros espaços sociais.
“É a facilidade para qualquer pessoa chegar aonde queira”.
(Entrevistada R.N)
“Ter rampas de acesso que eu quase não vejo por aí”. (Entrevistada V)
Para Vital e Resende (2008, p. 07) concluem que o espaço público não deve ser
elaborado somente nos referenciais do “homem padrão” (possuidor de todas as
habilidades físicas e mentais), é necessário construir rampas, é necessário considerar a
idade e o estado de saúde dos usuários, para que de fato a cidadania seja exercida.
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Sendo assim, os projetos urbanísticos das cidades devem atender a legislação existente
para garantir o direito de TODOS, em especial, o grupo de pessoa com deficiência e
mobilidade reduzida que transitam pelos espaços turísticos.
2 – Em relação aos locais que se constituem como barreiras para as pessoas
com deficiência ou com mobilidade reduzida, a partir do olhar dos entrevistados.
“Rampas inadequadas, falta de sistema de comunicação para pessoas
com deficiência visual, o piso tátil não é adaptado para as pessoas com
deficiências”. (Entrevistada S.S)
“Falta de rampas, fazer a manutenção das escadas, melhorarem o piso tátil
da orla”. (Entrevistada G)
Evidenciamos na fala dos entrevistados que mesmo que não saibam citar a
legislação existente da Acessibilidade, ainda assim, elas sabem dos direitos aprovados
na mesma e que não estão sendo executados e priorizados pelo poder público quando da
construção dos espaços públicos.
Na Lei 13.146/ 2015, em seu artigo 55, define as exigências de projetos
urbanísticos que viabilize meios de comunicação e acessibilidade para as pessoas com
deficiência. A concepção e implantação de projetos que tratem do meio físico, de
transporte, de informação e comunicação, inclusive de sistema e tecnologia da
informação e comunicação e de outros serviços, equipamentos e instalação abertas ao
público, de uso público ou privado, de uso coletivo tanto na zona rural e urbana, devem
atender aos princípios do desenho universal, tendo como referências as normas de
acessibilidade. As estratégias para promover a informação e comunicação entre as
pessoas com deficiências e os espaços turísticos devem ter as concepções pautadas em
uma singularidade do sujeito enquanto ser diferente nos espaços sociais.
“Rampas não adequadas, falta de pontos de locomoção, falta piso
antiderrapante para as pessoas com deficiências e pessoas com mobilidade
reduzida, desnivelamento das calçadas”. (Entrevistada E)
“Bloqueio de calçadas por carros dos visitantes, e por mesas e cadeiras
em frente aos restaurantes e bares da orla de Icoaraci, rampas sem
adaptações”. (Entrevistada R.N)
Nas falas dos entrevistados, percebe-se que a acessibilidade para pessoas com
deficiência física e mobilidade reduzida, infelizmente, ainda não é garantida
plenamente, pois há a falta de fiscalização por parte do poder público em garantir a
desobstrução desses espaços, e conscientização por parte dos donos de estabelecimentos
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comerciais na Orla de Icoaraci, e ainda por alguns visitantes ao deixarem seus carros
estacionados em locais que dificultam a mobilidade desse grupo.
Figura 01: Restaurantes e Bares ocupando as calçadas da Orla de Icoaraci- PA
Fonte: Mercês; Perdigão (2015)
As pessoas devem ter a consciência de que as calçadas públicas ou privadas
deverão permitir o livre acesso para todas as pessoas que têm direito a locomoção nas
vias públicas. Necessita-se desse olhar na Orla de Icoaraci, pois, percebe-se na fala da
entrevistada E “que no local não há piso antiderrapante e as calçadas não são niveladas,
assim, dificultando o acesso livre, seguro e independente das pessoas com deficiência e
mobilidade reduzida”. Segundo Carvalho (2001, p.03) “as dificuldades enfrentadas
pelas pessoas com deficiência e mobilidade reduzida são presentes em vários segmentos
da sociedade tanto nas residências como nos ambientes públicos que se estendem aos
locais de trabalho”.
Figura 02: Restaurantes e Bares ocupando a calçada da Orla de Icoaraci – PA
Fonte: Mercês, Perdigão (2015).
Figura 03: Entrada inadequada no ponto de venda na Orla de Icoaraci - PA
Fonte: Mercês, Perdigão (2015).
Fonte: Mercês, Perdigão (2015)
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O piso do estabelecimento comercial da Orla de Icoaraci, não atende as normas
de acesso e circulação exigidas pela Associação Brasileira de Normas Técnica (ABNT),
por isso, em seu item 6.11, define as exigências que um piso dever ter para promover
acessibilidade plena dos sujeitos. Os pisos devem ter superfície regular, firme, estável e
antiderrapante sob qualquer condição, que não provoque trepidação em dispositivos
com rodas (cadeiras de rodas ou carrinhos de bebê). Admite-se inclinação transversal da
superfície até 2% para pisos internos e 3% para pisos externos e inclinação longitudinal
máxima de 5%. Inclinações superiores a 5% são consideradas rampas e, portanto,
devem atender a 6.4.
As entradas dos estabelecimentos comerciais situado na Orla de Icoaraci
necessitam de fiscalizações, adequações e reformas para que possam estar adequadas às
normatizações da NBR 2004, pois há necessidade de se reformular esses espaços
comerciais e turísticos visando adequações de 1,20 x 0,90 das portas de acesso desses
espaços comercias como rota de livre acesso desses sujeitos sejam eles, pessoas com
deficiência, mobilidade reduzida e pessoas sem deficiência.
Autores como Gomes (2011); Rezende (2011); Pereira, (2011); Araújo, Oliveira
(2010), Garbe (2012) entre outros, apontam em suas pesquisas sobre Acessibilidade
para pessoas com deficiência em espaços turísticos, que as barreiras realizadas pela ação
humana nesses locais são uma atividade comum no dia-a-dia. E que só ocorrem, pelo
fato de não se perceber um comprometimento quanto à fiscalização por parte do poder
público nesses espaços turísticos, a ausência desse profissional, ou órgão regulador
inviabiliza medidas legais e/ou administrativas que promova o asseguramento e a
promoção do livre acesso das pessoas com deficiência e/ ou mobilidade reduzida nas
vias públicas.
“A distância entre os locais de acesso para as pessoas com deficiência,
piso tátil não é adequado para andar”. (Entrevistada R.N)
“O trapiche de Icoaraci tem a rampa muito inclinada na entrada, mas
para irmos para o barco não tem rampa na ponte, senti muita
dificuldade, a falta de faixa exclusiva para as pessoas com deficiência”.
(Entrevistada V)
“Tem buraco nas calçadas que travam rodas dos cadeirantes, falta de
manutenção dos locais de acesso”. (Entrevistado D)
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Figura 04- Rampa que dá acesso à Orla de Icoaraci e o Trapiche de Icoaraci - PA
Fonte: Mercês, Perdigão (2015)
Na Orla de Icoaraci, percebe-se a partir dos relatos dos entrevistados e nas fotos
acima que há uma distância enorme entre uma rampa e outra, há também, a falta do piso
tátil nas calçadas e muita destas com buracos inviabilizando o acesso das pessoas com
deficiência ou mobilidade reduzida. Desta forma, faz-se necessário um olhar crítico
sobre a infraestrutura presente no local, seja por parte dos grupos que lutam em favor da
acessibilidade ou por parte do poder público em viabilizar ações que efetivem a
acessibilidade na Orla de Icoaraci. Logo, é preciso que haja uma reurbanização neste
espaço, para garantir de fato a inclusão desses sujeitos nos espaços turísticos.
Stainback (1990, p.09) afirma que: “Inclusão é uma consciência de comunidade,
uma aceitação das diferenças e uma co-responsabilização para obviar ás necessidades de
outros”.
3 – Em relação às soluções apresentadas pelos entrevistados para eliminar
barreiras
“Diminuir a distância entre os pontos de acesso, melhorar as rampas,
melhorar iluminação, colocar corrimões nas escadas,”. (Entrevistada S.S)
“Colocar mais bancos adaptados para as pessoas com deficiência, melhorar o
piso, colocar placas de sinalização”. (Entrevistada G)
“Fazer manutenção das escadas, melhorarem o piso, melhorar os pontos de
acesso, construir mais rampas”. (Entrevistada E)
“Colocarem profissionais especializados para lidar com as pessoas com
deficiência, melhorarem as placas de sinalização, ações de conscientização
do estado sobre as pessoas idosas e deficientes”. (Entrevistada D)
“Melhoras rampas, diminuir a distância entre os locais de acesso, placas
visuais e melhorias das calçadas da orla”. (Entrevistada R).
As barreiras encontradas na extensão da orla de Icoaraci devem ter um plano
emergencial de reformulação visando à eliminação de barreiras arquitetônicas e
urbanísticas neste espaço. Os entrevistados pontuam sobre o que deve ser feito: colocar
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corrimões nas escadas, colocar placas de sinalização, melhorar o piso e as rampas, ações
de conscientização do estado sobre as pessoas idosas e deficientes, entre outras. E ainda,
chamam a atenção para a importância de percebermos os entraves que impedem o
direito de ir e vir de qualquer pessoa na Orla de Icoaraci, e não só dos deficientes ou das
pessoas com mobilidade reduzida. E que o papel dos órgãos responsáveis deve ser o de
zelar, articular e fomentar ações que atendam as necessidades das pessoas e possa
garantir a inclusão e acessibilidade no local. Por isso é preciso que haja uma
modificação na infraestrutura do local para eliminar as problemáticas encontradas,
visando o acesso a todos.
Para Lamônica (2008, p.133) é preciso que haja um compromisso com a
sociedade em condicionar espaços adequados a todos por meio de praticas que garantem
uma boa qualidade de vida à população em especial as pessoas com deficiência e
mobilidade reduzida.
Figura 05: Rampas Inadequadas na Orla de Icoaraci – PA
Fonte: Mercês; Perdigão (2015)
Um aspecto importante a ser discutido a partir das falas, é a inserção de
profissionais capacitados e qualificados para lidar com as pessoas com deficiência ou
mobilidade reduzida nos espaços públicos, pois isso mostra-nos que o víeis de políticas
públicas voltadas para este aspecto de capacitação de profissionais na área turística
traria diversos avanços no turismo inclusivo.
Para Sassaki (2003, p.04) “É essencial que os organizadores das atividades de
lazer e turismo tenham em mente a filosofia da inclusão social, defendida pelos
movimentos de direito e de vida independente da pessoa com deficiência”.
É com esse olhar a respeito do papel da escola em desvelar espaços públicos que
precisam se tornar acessíveis e inclusivos e fomentar discussões e reflexões dando
ênfase a essa temática que propomos nosso estudo.
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Considerações Finais
A pesquisa realizada contribuiu com um olhar critico da comunidade cientifica
sobre este logradouro público, pois a necessidade de perceber os espaços turísticos da
grande Região metropolitana de Belém, como lócus de pesquisa, tem um papel
fundamental no processo de investigação e exploração desses espaços turísticos, pois
apresentam diversas barreiras e entraves que precisam ser desvelados e discutidos nos
espaços acadêmicos da comunidade acadêmica da Região do Norte e do Brasil.
Entendemos que as ações educativas promovidas pela escola são de extrema
importância, para que as relações humanas sejam garantidas por meio de ações de
respeito à diversidade humana para garantir a acessibilidade e inclusão desses grupos
nos espaços públicos e privados da capital paraense.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Érika Audet. de. A Articulação dos Espaços Públicos do Recife. 2001.
158 f. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós- graduação em Engenharia,
Universidade Federal de Pernambuco, 2001.
ALMEIDA, Rosa Karla Cardoso. NUNES, Patrícia Matos Souza. ZOBOLI, Fábio.
ISSN: 1892-3657.2011. In: Colóquio Internacional “Educação e Contemporaneidade”,
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