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AÇÃO DO ULTRA-SOM NA REDUÇÃO DE CICATRIZ HIPERTRÓFICA
Bruna Parzianello Dalla Valle1 Luciana Lazzari2
Priscila Motta3
Resumo: A cicatriz hipertrófica é considerada uma das complicações que podem ocorrer no processo do reparo tecidual, após o organismo sofrer uma lesão. Está acima do nível da pele e limitada à área da lesão, muitas vezes causam dor, prurido e desconforto. Mediante essa situação procura-se obter uma forma de tratamento para amenizar as conseqüências dessa lesão. Tendo em vista os benefícios do uso do ultra-som acerca da cicatrização bem como seu uso na cicatriz hipertrófica. O presente artigo tem como objetivo reunir informações e conhecimentos buscados em livros e artigos a fim de organizar melhor a temática para a utilização dos benefícios proporcionados pelo ultra-som na cicatriz hipertrófica, desse modo servindo como fonte para estudos futuros. Palavras-chave: cicatriz hipertrófica, lesão, reparo tecidual, ultra-som.
1 INTRODUÇÃO
A população mundial está em constante crescimento, com isso há um aumento do
número de cirurgias, seja qual for o motivo e atinge todas as gerações. Sua procura
deixou de ser apenas por adultos e idosos, cada vez mais jovens e adolescentes
buscam pelos seus benefícios.
Todo corte, cirurgia ou intervenção deixa uma cicatriz, o que faz parte da
recuperação e reconstituição do tecido lesionado. Comumente não é possível prever
como ficará a cicatriz após a cirurgia, pois o paciente pode apresentar cicatrizes
patológicas em algumas partes do corpo e em outras não. Existem dois tipos de
cicatrizes patológicas; as hipertróficas e as queloidianas.
1 Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI,
Balneário Camboriú, Santa Catarina. E-mail:[email protected] 2 Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI,
Balneário Camboriú, Santa Catarina. E-mail: [email protected] 3 Orientadora, Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí –
UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. E-mail: [email protected]
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A ocorrência dessas cicatrizes não é comum, sendo que há indivíduos em que a
cicatriz é praticamente imperceptível. A cicatriz hipertrófica é elevada e pode causar
dor e desconforto. Sofre influência étnica, tipo de sutura realizada, local da lesão,
cuidados no pós-operatório, dentre outros fatores que contribuem para sua
formação.
As cicatrizes são um resultado inevitável de uma lesão, intencional ou acidental, da
pele. A cicatriz que se forma no final, secundária a um processo de reparação,
nunca é completamente previsível e é variável. Além do trauma, a cicatriz pode
apresentar uma patologia, podendo ser hipertrófica, atrófica e a queloideana.
(ANTUNES; DOMINGUES, 2008).
São de difícil tratamento, mas tendem a regredir no 1º ano após sua formação.
Geralmente os tratamentos são à base de corticóides, ativos inibidores de
fibroblastos, massagem de fricção, laser, crioterapia, etc. Esses tratamentos
resultam na diminuição da dor e da cicatriz em si, raramente desaparecendo.
Há muitos anos os benefícios da utilização do ultra-som no tratamento de cicatrizes
vêm sendo discutido. Seu poder de propagar ondas sonoras causa o aumento da
circulação sanguínea, atua na regeneração muscular, pode acelera as fases da
cicatrização, inúmeros são os benefícios.
Como visto, o problema da cicatrização hipertrófica existe e afeta uma considerável
parte da população. Dentre os tratamentos não-invasivos, a energia ultra-sônica é
um procedimento muito utilizado no tratamento de cicatrizes. Dessa forma, este
artigo tem como objetivo reunir informações a respeito do tema proposto, ação do
ultra-som no tratamento de cicatriz hipertrófica, bem como fazer uma revisão dos
inúmeros materiais encontrados. Partindo da leitura de artigos e livros, será feito um
levantamento bibliográfico para uma melhor compreensão além de organizar as
idéias de modo objetivo.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Reparo Tecidual
O reparo tecidual é um processo complexo, onde necessita a interação de diversos
componentes afim do resultado ser satisfatório. Vez ou outra, os mecanismos
fisiológicos de reparação não se desenvolvem de maneira harmoniosa pela
existência de perturbações no processo de reparo, tornando-o uma patologia. Essas
perturbações no reparo tecidual envolvem uma ausência ou uma exacerbação. No
caso do reparo exacerbado a cicatriz resultante é excessiva e na maioria das vezes
prejudica o correto desenvolvimento das funções fisiológicas e estéticas da região
atingida. Um exemplo de reparo exacerbado citado pelo autor é a cicatriz hipertrófica
que normalmente desenvolve-se a partir de um trauma profundo, caracterizando-se
como uma lesão acima do nível da pele, mas limitada ao nível da lesão inicial,
eritematosa com prurido e retraída. (BORGES apud KOSEKI; BERTOLINI;
COLOSIO, 2007).
Em vista dos fatos, observa-se que a grande maioria das lesões do organismo é
reparada através da regeneração das células parenquimais, prosseguindo com uma
cicatrização mais ou menos acentuada do tecido conjuntivo. Há formação de
coágulo decorrente de perdas parciais da espessura da pele, em seguida esse
coágulo seca a fim de proteger a lesão. E é a partir desse momento que se dá início
à migração celular, o primeiro evento responsável pelo reparo. Logo, a epitelização
se caracteriza por perdas parciais de tecido, quanto mais superficial a lesão, mais
rápido será esse processo. Em escoriações superficiais, a ocorrência de
regeneração tecidual acontece se não houver comprometimento da membrana
basal. Porém, quando a membrana basal é atingida, o resultado é invariavelmente
insatisfatório. (GUIRRO; GUIRRO, 2004).
A caracterização do processo de cicatrização sucede pelo preenchimento de
determinado espaço e selado pela cicatriz. Todavia esse processo pode sofrer
alterações pela presença ou não de bactérias, tipo de ferida (aberta ou fechada),
grau de suprimento sanguíneo, tipo do tecido lesado, etc. (MAJNO; JORIS apud
CARVALHO, 2002).
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Um conjunto de fases fisiológicas e bioquímicas é envolvido no processo de
cicatrização, em resposta a uma agressão, culminando no reparo tecidual. Uma
seqüência de fenômenos complexos intimamente ligados constitui a reparação
cutânea e podem ser classificados em diferentes etapas ou fases. (GUIRRO;
GUIRRO, 2004).
2.2 Fase Inflamatória
A Inflamação é a resposta imediata à lesão. Os principais sinais da inflamação são:
rubor, edema, calor e dor. A fase aguda, ou inicial, dura entre 24 e 48 horas e é
seguida por uma fase subaguda, ou tardia, que dura entre 10 e 14 dias, podendo se
estender caso haja uma fonte contínua de trauma ou se alguma forma de irritação,
como um corpo estranho ou infecção, estiverem presentes. (KITCHEN, 2003).
O processo de reparo tecidual se dá pela inflamação que é uma reação defensiva
local, em geral, limitada à área sujeita à agressão de agentes lesivos. Independente
se o agressor for físico, químico ou biológico, desperta uma resposta uniforme,
quase estereotipada, afinal é presidida pela liberação dos mesmos mediadores
químicos. Ainda que o padrão da resposta inflamatória seja uniforme, a amplitude e
a duração da reação são determinadas tanto pela gravidade da lesão quanto pela
capacidade racional do organismo que sofreu tal agressão. (BORGES, 2006).
Na fase inflamatória é de fundamental importância a presença das células
inflamatórias e dos mediadores químicos, sobretudo da fibronectina. Ela é
sintetizada por diversas células, como fibroblastos, células endoteliais e
queratinócitos, ela adere simultaneamente à fibrina, ao colágeno e a outros tipos de
células, e assim, funciona como uma espécie de cola para consolidar o coágulo de
fibrina, as células e os componentes de matriz. Possui propriedades quimiotáticas
promovendo a fagocitose de corpos estranhos, bactérias e a psonização, além de
formar essa base para a matriz extracelular (MANDELBAUM, SANTIS,
MANDELBAUM, 2003).
Prontamente após a realização da ferida, há formação de uma rede de fibrina que
une fracamente as bordas da ferida. Depois de algumas horas, devido à evaporação
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da umidade e coagulação do sangue, uma crosta é formada (POLLACK apud
SOARES, 2005).
Já se observou que ante o ato do trauma causado pela cirurgia, a resposta
inflamatória inicia a partir de tais eventos:
-Vasoconstrição das arteríolas no local da lesão; dura de segundos a minutos e este
processo é controlado através de mediadores químicos e neurogênicos.
-Vasodilatação das arteríolas pré-capilares; aumento do fluxo sanguíneo no tecido a
fim de causar uma hiperemia. Resulta da ação de mediadores químicos presentes
na inflamação e que é responsável pela vermelhidão e aquecimento no local da
lesão.
-Aumento da permeabilidade capilar; implica no vazamento de fluidos de dentro dos
vasos para o meio extravascular. (BORGES, 2006).
2.3 Fase Proliferativa
A fase proliferativa tem inicio após a fase inflamatória, cerca de três dias após a
lesão, há uma intensa proliferação dos fibroblastos e das células endoteliais, que
irão promover a angiogênise. Os fibroblastos podem produzir mais colágeno e uma
nova epiderme é formada. As novas células epidérmicas migram das bordas da
ferida em direção ao centro da mesma. Além disso, ocorre a contração da ferida
fazendo-a diminuir seu tamanho. Os macrófagos são responsáveis pela liberação de
fatores ativos que controlam estes eventos. (BORGES, 2006).
A duração desse estágio dura cerca de três a quatro semanas compreende a
reconstrução dos tecidos, revestimento e reforço da ferida (quando necessário). As
atividades envolventes são de três tipos de células sendo elas: macrófagos,
fibroblastos e células endoteliais. (LOW; REED, 1999).
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A proliferação é responsável pelo „‟fechamento‟‟ da lesão, pode-se dividir em três
subfases, sendo elas:
-Reepitelização; há migração de queratinócitos não danificados das bordas da ferida
e dos anexos epiteliais, isso quando a espessura da ferida é parcial, e apenas das
margens nas que apresentam espessura total. Os aumentos de mitose e hiperplasia
do epitélio sucedem dos fatores de crescimento.
-Fibroplasia; inclui fibroplasia e formação de matriz, de grande valor na formação de
tecido de granulação (um conjunto de elementos celulares que vão desde
fibroblastos e células inflamatórias até componentes neovasculares e da matriz,
como fibronectina, glicosaminoglicanas e colágeno). O fibroblasto é o designado
para a formação do tecido de granulação, longe de ser apenas um produtor de
colágeno, o fibroblasto também produz elastina, fibronectina, glicosaminoglicanas e
proteases, responsáveis pelo desbridamento e remodelamento fisiológico.
-Angiogênise; migração das células endoteliais para a área da ferida seguida pela
proliferação das células endoteliais, acesso para as células responsáveis pela
próxima fase. De notável importância para o suprimento de oxigênio e nutrientes
para a cicatrização. (MANDELBAUM; SANTIS; MANDELBAUM, 2003).
As junções interendoteliais que esses novos vasos possuem são permeáveis, o que
permite a passagem de proteínas e hemácias para o espaço extravascular. Desse
modo o tecido de granulação é edematoso. Porém, os vasos neoformados só se
restabelecem em torno do terceiro a quarto dia. Esse vazamento é responsável por
grande parte do edema que perdura na ferida, e processos de cicatrização mesmo
após ter diminuído a resposta inflamatória no tecido de granulação recente; há
proliferação de fibroblastos que estão ativos na síntese de proteoglicanos e do
colágeno. (BORGES, 2006).
A perda de substância torna-se o principal problema na reparação de uma ferida
aberta. O leito da ferida deve ser preenchido várias vezes e mesmo que o organismo
seja capaz de preenchê-la com tecido de granulação, existe um mecanismo
coadjuvante que faz com que suas margens movem-se uma em direção a outra,
como se houvesse uma força de tração invisível. (PEACOCK apud CARVALHO,
2002).
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2.4 Fase de Remodelamento
A fase de remodelamento é considerada a mais longa de todas, podendo durar
meses ou até anos até que o tecido lesado seja reestruturado de forma mais
próxima possível do tecido original. Nessa fase, o tecido de granulação é
gradualmente substituído por uma cicatriz, um tecido relativamente acelular e
avascular. Quando o tecido de granulação retrocede, o colágeno depositado se
remodela e uma cicatriz madura é formada. É nesta fase que o colágeno do tipo III é
substituído por colágeno do tipo I. A remodelação procede até que o tecido de
colágeno atinja características semelhantes às do tecido anterior à lesão.
(BORGES, 2006). Na linha de pensamento de Guirro; Guirro (2004, p. 415):
Durante o período de maturação da cicatriz, aproximadamente nos primeiros seis meses, a exposição solar das cicatrizes pode desencadear um aumento da sensibilidade dos melanócitos na fase de cicatrização. Roupas de malha fechadas, principalmente coloridas, tendem a permitir pouca penetração por radiação.
Na evolução da cicatrização ocorre um aumento dos elementos característicos
extracelulares principalmente de colágeno com uma diminuição no número de
fibroblastos ativos e vasos novos. Conseqüentemente, no final o tecido de
granulação é uma cicatrização composta por fibroblastos com aspecto inativo e
fusiforme, colágeno denso, fragmentos de tecido elástico, matriz extracelular e
relativamente poucos vasos. (BORGES, 2006).
O processo continua até que toda a área lesada seja reparada. Com o tempo o
tecido de granulação se torna mais fibroso e menos vascular até se tornar um tecido
fibroso denso, ou seja, a cicatriz. Após três semanas a força da cicatriz é de apenas
cerca de 15% do tecido original, sendo que o processo de remodelamento pode
durar meses com a estrutura do novo tecido, alterando-se lentamente. Para manter
a viabilidade dos tecidos há uma diminuição do número de vasos sanguíneos, e um
desenvolvimento de arteríolas, vênulas e canais linfáticos ocorrendo regeneração de
pequenas fibras nervosas. Não há apenas uma deposição de colágeno pelos
fibroblastos como também a matriz de mucopolissacarídeos do tecido conjuntivo
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típico. Além disso, com o tempo ocorre remodelamento do tecido conjuntivo,
podendo essa fase durar anos. (LOW; REED, 1999).
2.4.1 Cicatriz Hipertrófica
Ainda que a pele seja um órgão complexo derivado de duas camadas germinativas
(ectoderma e mesoderma), recupera-se de um ferimento através da formação de
uma cicatriz formada por tecido predominantemente fibroso. Caso a ferida lesar ou
destruir a camada papilar da derme, produzirá uma cicatriz permanente
propriamente dita. Em alguns casos essa cicatriz é clinicamente quase inaparente,
porém em outros poderá ocorrer uma hipertrofia cicatricial, podendo repercutir de
uma cicatriz apenas hipertrófica até cicatrizes com aspecto desfigurável, como no
caso do quelóide. (HOCHMAN et al., 2011).
O desenvolvimento das cicatrizes hipertróficas ocorre devido a um trauma profundo,
com a principal característica clinica de ser uma lesão acima do nível da pele, porém
limitada ao nível da lesão inicial, vermelha, com prurido e retraída. Histologicamente,
a cicatriz hipertrófica é caracterizada pela presença de pequenos vasos,
miofibroblastos, expressando α-actina de músculo liso e feixes de colágeno
dispostos em um arranjo aleatório. Geralmente essas estruturas são observadas
formando nódulos, com a presença de colágeno do tipo III, sugerindo que estão
continuamente ativados, pois esse tipo de colágeno esta associado à fase inicial de
reparo. (BORGES, 2006).
Cicatrizes hipertróficas ocorrem a partir de hiperproliferação de fibroblastos, com
conseqüente acúmulo de matriz extracelular, especialmente pela excessiva
formação de colágeno. As cicatrizes hipertróficas consistem em cicatrizes elevadas,
tensas e confinadas às margens da lesão original. Com freqüência tendem à
regressão espontânea, vários meses após o trauma inicial. (CARROL et. al. apud
FERREIRA; D´ASSUMPÇÃO, 2006).
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A diferença entre uma cicatriz hipertrófica e um quelóide é um tanto acadêmica: a
cicatriz hipertrófica tem como característica a regressão espontânea entre o período
de um ano sendo que a hipertrofia ocorre dentro dos limites da lesão. Por outro lado,
o quelóide geralmente é uma situação definitiva, não apresentando melhoras
espontâneas, e a formação fibrosa vai além da área original da lesão. (GUIRRO;
GUIRRO, 2004).
Quadro 1 - Características de quelóides e cicatrizes hipertróficas.
Fonte: Adaptado de BORGES (2006).
A cicatriz hipertrófica, na maioria das vezes, desenvolve-se a partir da sexta à oitava
semana após o término da epitelização, podendo também se desenvolver logo após
a lesão tecidual. Apesar disso, as cicatrizes podem atingir um tamanho considerável,
podendo causar alargamento importante das margens da cicatriz, assim como um
aumento do seu relevo em relação à pele adjacente. No aspecto clínico a superfície
da pele da cicatriz hipertrófica apresenta-se lisa, brilhante e, por vezes,
telangiectásica, além disso, não são observados pêlos ou secreção sebácea e
sudorípara. (HOCHMAN et al., 2011).
Na camada reticular de uma pele normal, há uma disposição tridimensional das
fibras colágenas sendo elas finas e paralelas. Na cicatriz hipertrófica há um
desarranjo total do paralelismo das fibras colágenas aparecendo retorcidas e
emaranhadas. (GUIRRO; GUIRRO, 1996).
Cicatrizes Quelóidianas Cicatrizes Hipertróficas
Dolorosas ou não Dolorosas
Exuberantes Elevadas além da pele
Não limitadas às bordas da lesão Limitadas as bordas da lesão
Com ou sem prurido Vermelhidão e prurido
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2.4.2 Abordagens terapêuticas
Mesmo a cicatriz hipertrófica sendo uma lesão que regride com o tempo, o
comprometimento funcional e estético e a longa duração desse processo faz com
que haja uma busca por tratamentos que acelerem essa regressão. Diversos
tratamentos e terapias têm sido propostas: compressão elástica, injeção de
corticóides, interferon e ou verapamil, e aplicação de gel de silicone ou de duchas
filiformes. (BORGES, 2006).
Assim como tudo em medicina, prevenir cicatrizes hipertróficas é muito melhor que
tratá-las. Portanto, o cuidado que deve haver durante o manejo de uma ferida é de
fundamental importância. Empregar a técnica cirúrgica adequada, evitar
manipulação excessiva e traumatismo nos tecidos, remover os corpos estranhos,
suturar por planos, diminuir a tensão na cicatriz, prevenir hematomas e infecções,
são medidas que contribuem para a obtenção de cicatrizes de boa qualidade. É
também importante a realização da diérese, respeitando as linhas preferenciais de
incisão, que coincidem com as obras naturais da pele e nem sempre com as
clássicas linhas de Langer. (FERREIRA; D ASSUMPÇÃO, 2006).
Em vista disso, faz-se necessário citar que existem evidências de o reparo tecidual
pode ser estimulado por agentes físicos, entre eles o ultra-som. Seus benefícios têm
sido demonstrados sobre os tecidos, inclusive a pele, enfatizando que ocorre um
aumento da angiogênise, do tecido de granulação, do número de fibroblastos e da
síntese de colágeno, e a diminuição de leucócitos e macrófagos, dentre outros. Os
eventuais efeitos benéficos do ultra-som seriam de grande importância no
tratamento de úlceras cutâneas crônicas, onde já foi demonstrado o aumento da
velocidade da cicatrização, e a diminuição do número de células inflamatórias além
de melhorar a qualidade no novo tecido, sobretudo em trabalhos de investigação
clínica. (MENDONÇA et al., 2006).
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2.4.3 Ultra-som
Olsson et al.(2007) ao estudar autores como: Guirro et al.(1995); Taylor (1999);
Martines et al.(2000), verificou que o ultra-som é uma modalidade de energia sonora
longitudinal, de penetração profunda, capaz de produzir alterações celulares
mediante efeitos mecânicos ao ser transmitido aos tecidos biológicos. Esta
transmissão ocorre pelas vibrações das moléculas do meio pelo qual a onda se
propaga. O meio irradiado oscila ritmicamente com a freqüência do gerador ultra-
sônico pelo efeito piezoelétrico, ao comprimir e expandir a matéria. A propagação
dessas ondas ultra-sônicas necessita de um meio com propriedades elásticas. A
vibração de um corpo é transmitida às moléculas adjacentes, as quais, antes de
retornarem à posição de equilíbrio, transmitem esse movimento para as moléculas
que estão ao redor.
Toda onda mecânica capturada pelo ouvido humano é denominada som, estas
ondas estão em freqüência de aproximadamente 20Hz a 20.000Hz. Os sons que
estão abaixo ou acima desse espectro de freqüência são inaudíveis ao ouvido
humano sendo denominados respectivamente infra-sons e ultra-sons. As ondas
sonoras podem ser geradas de forma mecânica ou mesmo através de um objeto que
vibre. Na fisioterapia esse instrumento recebe o nome de transdutor. Portanto,
entende-se que a terapia ultra-sônica utiliza vibrações mecânicas com uma
freqüência superior a 20.000Hz, na fisioterapia as freqüências utilizadas podem
oscilar entre 0,7 MHz e 3MHz. (BORGES, 2006).
Como mencionado anteriormente, a geração das ondas ultra-sônicas ocorre através
de um dispositivo chamado de transdutor e este contém uma pastilha de material
piezoelétrico. A piezoeletricidade é um fenômeno natural, encontrado em certos
cristais, tais como o germânio e o quartzo, e é capaz de transformar energia
mecânica em elétrica e vice-versa. Colocando um material piezoelétrico num campo
elétrico, as cargas elétricas da rede cristalina do material interagem com esse
campo, produzindo tensões mecânicas. A aplicação de um campo elétrico no cristal
produz uma variação alternada da sua espessura, que se manifesta como uma
vibração resultando em ondas mecânicas. (HOOGLAND; KANH apud ROMANO,
2001).
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2.4.4 Efeitos Fisiológicos
Inúmeras são as ações do ultra-som sobre sistemas, porém nem todas estão
completamente esclarecidas. Considera-se basicamente a ação mecânica associada
ou não à ação térmica, onde a energia cinética do tecido é transformada em energia
térmica. (GUIRRO; GUIRRO, 2004).
O ultra-som produz vibrações acústicas que induzem mudanças celulares alterando
o gradiente de concentração das moléculas e íons de cálcio e potássio, o que
estimula a atividade celular. Diversas alterações podem acontecer devido a esse
fenômeno, como aumento da síntese protéica e secreção de mastócitos,
modificações na mobilidade dos fibroblastos, dentre outras. Embora um pouco
desconhecidos esses mecanismos, outros trabalhos demonstram a influência do
ultra-som na reparação tecidual pelas alterações provocadas na permeabilidade da
membrana das células. Sugerem alguns autores que estes efeitos ocorram devido à
cavitação. Outros afirmam que o ultra-som produz modificações hemodinâmicas
microvasculares, aumentando a perfusão, o tecido de granulação, a reparação
tecidual, a proliferação fibroblástica e o aumento de células precursoras. (HARR
apud MATHEUS et al., 2008).
A cavitação é a formação de bolhas ou cavidades com dimensões de micrômetros
em fluidos contendo gases, produzidas pela utilização do ultra-som. De acordo com
a amplitude de pressão da energia, as bolhas resultantes podem ser úteis ou
perigosas. As amplitudes de baixa pressão implicam a formação de bolhas que
vibram até um grau em que são produzidas alterações reversíveis na
permeabilidade das membranas celulares perto do evento cavitacional. Essas
alterações na permeabilidade celular a vários íons, como o cálcio, podem ter um
efeito profundo na atividade da célula. (SUTHERLAND et al. apud KITCHEN, 2003).
Convém ainda observar que as ondas ultra-sônicas produzidas pelo ultra-som têm a
capacidade de facilitar a formação de novos vasos e desse modo facilitando a
cicatrização. A formação de novos capilares pode restabelecer mais rapidamente o
fluxo sanguíneo. (BORGES, 2006).
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O uso do ultra-som para tratar ou “amolecer” cicatrizes é uma habitual e clássica
terapia física. Esta pratica é justificada freqüentemente, sugerindo somente a
possibilidade de “amolecimento” do tecido cicatricial através do ultra-som. No
entanto, autores seguintes afirmam que esse recurso pode participar da mobilização
de aderência da cicatrizes. (SUMMER apud GUIRRO; GUIRRO, 2004).
2.4.5 Modo de emissão
A forma de produção das ondas no ultra-som pode ser através de ondas contínuas e
pulsadas. No modo contínuo as ondas são transmitidas ininterruptamente, ocorrendo
transferência contínua dessa energia para o tecido irradiado. Logo, no modo pulsado
ocorrem pequenos intervalos na propagação da energia, o que resulta em uma
redução do aquecimento tecidual, porém com o mesmo nível de estimulo mecânico,
permitindo assim a potencializar os efeitos não-térmicos do ultra-som sobre os
tecidos. Desse modo, a redução do calor permite que o ultra-som seja usado na fase
inflamatória de uma lesão, prevenido lesões teciduais provocadas pelo calor
excessivo. (KREMKAU et al. apud ROMANO, 2001).
Ao produzir calor, o ultra-som no modo contínuo utilizado na fase de
remodelamento, aumenta a atividade metabólica e a irrigação sangüínea além de
produzir um efeito analgésico nos nervos, e de grande relevância para a cicatriz
hipertrófica, incrementa a extensibilidade do colágeno, desse modo melhora o
aspecto dessa má formação cicatricial. (BAKER apud DIAZ, 2005).
Têm sido demonstrados os efeitos benéficos do uso do ultra-som, principalmente à
baixa intensidade e no modo pulsado, o que minimiza os riscos de lesão tecidual
que podem ocorrer com intensidades elevadas e no modo contínuo. A utilização do
ultra-som no modo pulsado e utilizando baixa intensidade tem sido empregado em
um grande número de estudos experimentais sobre a cicatrização de diversos
tecidos biológicos, sobretudo tecido ósseo, mas também muscular e epitelial.
(MENDONÇA et al., 2006).
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2.4.6 Intensidade
A intensidade é a potência, ou seja, a energia total por segundo suprida pelo
aparelho, é medida em watts. Espalha-se por toda face do transdutor, como ele
pode ter tamanhos diferentes, é mais útil dar a intensidade em W/cm². É importante
que a intensidade aplicada esteja de acordo com a natureza da lesão. Para lesões
crônicas e em tecido cicatricial, podem ser necessárias as intensidades de superfície
na região de 0,25 W/cm². Diferentes tecidos absorvem ultra-som com graus
diferentes, conforme seu conteúdo protéico, de modo que podem ser utilizadas
intensidade menores para tecidos com alta densidade colágena. (LOW; REED,
1999).
Quando o ultra-som desloca-se através dos tecidos, uma parte dele é absorvida ou
atenuada, isto conduz à geração de calor dentro do tecido. A quantidade de calor
que é absorvida depende da natureza do tecido, seu grau de vascularização, dentre
outros. Quanto maior a intensidade, maior a produção de calor nos tecidos, isso se
torna uma contra-indicação da utilização de altas intensidades de ultra-som na fase
de inflamação e proliferação, pois altas temperaturas poderiam provocar danos ao
tecido em regeneração. (AMÂNCIO apud DIAZ, 2005).
Dados evidenciam que o uso de intensidades do ultra-som acima de 1W/cm² têm
efeito adverso nos tecidos em regeneração, pelo fato de promover aquecimento
tecidual podendo ocasionar danos. Em lesões agudas e crônicas a intensidade
usada não deve ultrapassar 1W/cm². (KITCHEN, 2003).
2.3.7 Freqüência de emissão
Os aparelhos de ultra-som relatados na literatura e muito utilizados em pesquisas
científicas, são construídos com uma freqüência de 1MHz e 3MHz. O aparelho com
freqüência de 1MHz é utilizado em lesões profundas e o ultra-som com freqüência
de 3MHz é empregado para tratar lesões mais superficiais. (BORGES, 2006).
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O uso do ultra-som pode acelerar a contração da ferida. Um trabalho realizado por
Dyson e Smalley (1983 apud KITCHEN, 2003) mostrou que o ultra-som pulsado na
freqüência de 3 MHz com intensidade de 0,5 W/cm² poderia estimular a contração
de lesões. Recentemente Hart (1993 apud KITCHEN, 2003) mostrou que a
exposição de lesões de pele retirada com espessura completa a níveis baixos de
ultra-som pulsado, poderia estimular a contração, levando a uma cicatriz
significativamente menor.
Quadro 2 - Profundidade máxima de penetração do feixe ultra-sônico com perdas
de 90% da intensidade.
MEIO 1MHz 3MHz
Tecido ósseo 7mm -----------
Pele 37mm 12mm
Cartilagem 20mm 7mm
Tecido tendinoso 21mm 7mm
Tecido muscular:
Feixe perpendicular
Feixe paralelo
30mm
82mm
10mm
10mm
Gordura 165mm 55mm
Água 38.330mm 12.770mm
Fonte: Adaptado de BORGES (2006).
2.4.8 Efeitos do ultra-som nos processos do Reparo Tecidual
Os três estágios do processo de reparação tecidual (inflamação, proliferação e
remodelamento), são mecanismos fisiológicos influenciados pela terapia ultra-
sônica. Há um consenso no sentido de que o uso do ultra-som pode acelerar a
resposta inflamatória, promovendo a liberação de histamina, macrófagos e
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monócitos e, além disso, incrementar a síntese de colágeno e de fibroblastos.
(HARVEY et al. apud GUIRRO; GUIRRO, 2004).
2.4.9 Ultra-som na fase inflamatória aguda
Os efeitos da cavitação estável e da corrente acústica parecem aumentar a difusão
do cálcio através da membrana celular. Isso é de grande importância, já que o
cálcio, como “segundo mensageiro” celular, pode ter um efeito acentuado no
aumento da produção e liberação de fatores que contribuem para a cicatrização das
feridas. Isso inclui a liberação de histamina dos mastócitos e, muito importante,
fatores liberados dos macrófagos. Desse modo, o ultra-som tem o potencial de
acelerar a resolução normal da inflamação desde que o estimulo inflamatório seja
removido. Essa aceleração pode também pode ser explicada devida à suave
agitação do liquido dos tecidos que pode aumentar a taxa de fagocitose e o
movimento das partículas e células. Deve-se observar que o ultra-som tem uma
ação pró-inflamatória e não antiinflamatória. Às vezes considera-se que o ultra-som
terapêutico resulta em aumento no fluxo sanguíneo local. Contudo, observou-se que
o efeito agudo do ultra-som é uma vasoconstrição das pequenas arteríolas ate um
ponto que ocorram reduções locais no fluxo sanguíneo. (RUBIN et al. apud LOW;
REED, 1999).
2.4.10 Ultra-som na fase proliferativa
Nesta fase os principais eventos que ocorrem são infiltração de células para dentro
do leito da ferida, angiogênese, deposição da matriz, contração da ferida e
reepitelialização. (KITCHEN, 2003).
Nesta fase, o ultra-som proporciona uma potencialização da motilidade e
proliferação dos fibroblastos, de forma indireta através da estimulação ultra-sônica
dos macrófagos. Além disso, há um aumento da velocidade angiogênica, aumento
da secreção de proteína e colágeno e estimulação da „‟contração da ferida‟‟,
diminuindo significativamente o tamanho da cicatriz. (BORGES, 2006).
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Os fibroblastos podem ser estimulados a produzir mais colágeno durante o reparo,
tem-se mostrado que o ultra-som pode promover a síntese do colágeno onde ele é
reabsorvido através de um mecanismo denominado „‟turn-over do colágeno‟‟, dessa
forma é produzido mais colágeno porém com uma melhor extensibilidade,
modificando mais a qualidade do que a quantidade de colágeno presente . Isso pode
ser explicado devido ao fato que o ultra-som aumenta a permeabilidade da
membrana celular o que permite a entrada de íons de cálcio que controlam a
atividade celular. Não apenas é formado mais colágeno como também este
apresenta maior força têxtil após ser tratado com o ultra-som. (HARVEY et al.;
DYSON apud LOW; REED, 1999).
2.4.11 Ultra-som na fase de Remodelamento
É importante ressaltar que durante essa fase a ferida se torna relativamente acelular
e avascular, o conteúdo de colágeno e a força tênsil da ferida aumentam. Podendo
durar de meses a anos, a fase de remodelamento depende do tecido envolvido e da
natureza da lesão. As propriedades mecânicas do tecido cicatricial relacionam-se
com a quantidade de colágeno presente bem como o arranjo ou alinhamento das
fibras de colágeno dentro do leito da ferida. (KITCHEN, 2003).
A utilização do ultra-som na fase de remodelamento aumenta a resistência tênsil, a
reorientação e a quantidade de fibras colágenas. Pode haver maior aumento se o
ultra-som for usado desde a fase inflamatória e na fase proliferativa. Guirro et. al.
verificaram o aumento da força tênsil em processo de regeneração em músculos de
rato com a aplicação do ultra-som terapêutico. Os autores puderam comprovar
ainda um aumento do numero de fibroblastos jovens e maduros e angiogênise além
de promover um aumento na resistência cicatricial. (BORGES, 2006).
Considera-se que nessa fase o uso do ultra-som melhore a extensibilidade do
colágeno maduro, como o que é encontrado no tecido. É possível que isso ocorra
com o desenvolvimento da reorientação das fibras (remodelamento), o que leva a
uma maior elasticidade sem perder a força. Tais benefícios aparentam ocorrer com
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mais evidência quando o tratamento é iniciado no estágio inflamatório. (LEHMAN;
LAUTER, apud LOW; REED, 1999).
Experimentos utilizando o ultra-som em processos cicatriciais tardios demonstraram melhora das propriedades mecânicas desse tecido. Outros trabalhos demonstraram que o tecido cicatricial pode se tornar mais resistente e mais elástico, sendo que a propriedade de resistência é atribuída ao aumento da produção de colágeno, enquanto que o aumento na elasticidade parece estar associado com a mudança na disposição das fibras colágenas, atribuídas ao seu uso. (GUIRRO; GUIRRO, 2004, p. 204).
Podemos concluir através de relatos, que a utilização do ultra-som na fase
inflamatória aguda da lesão pode estimular a liberação de agentes quimiotáxicos e a
degranulação celular. Na fase proliferativa, e na fase de remodelamento, os
fibroblastos expostos a níveis terapêuticos de ultra-som seriam estimulados a
sintetizar maior quantidade de colágeno, proteína fibrosa que confere resistência à
tração tecidual, o que possibilita dessa forma, um tecido cicatricial mais forte e
elástico. Com base nesses efeitos, acredita-se que o ultra-som terapêutico melhore
a cicatrização tecidual, conferindo propriedades mecânicas mais adequadas ao
tecido mole cicatrizado. (DYSON apud ROMANO, 2001).
3 METODOLOGIA
Este artigo caracteriza-se por uma pesquisa bibliográfica de caráter descritivo. A
pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado e constituí-se
principalmente de livros e artigos científicos. (SANTOS, 2004.)
Através do levantamento bibliográfico, foi possível conhecer conceitos de autores,
descrever informações e considerações sobre vários aspectos acerca da
cicatrização, bem como suas fases e complicações. Diante do problema buscou-se
saber sobre a atuação do ultra-som terapêutico nas fases da cicatrização e sua
atuação na cicatriz hipertrófica.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Este artigo permitiu reunir inúmeras informações além de esclarecer o processo do
reparo tecidual, suas fases, complicações, a cicatriz hipertrófica e o uso do ultra-som
nas fases da cicatrização, sobretudo na cicatriz hipertrófica.
De acordo com o trabalho desenvolvido podemos perceber que o ultra-som pode
diminuir o tamanho da cicatriz hipertrófica por estar atuando principalmente na
síntese de colágeno, reorganizando as fibras colágenas e estimulando a contração
da ferida.
Outra observação importante a ser feita é que podem ser obtidos melhores
resultados se o ultra-som for utilizado desde a fase inflamatória. Mas como saber se
eu vou desenvolver uma cicatriz hipertrófica? Observando. Se eu já apresento uma
cicatriz hipertrófica em alguma parte do corpo não necessariamente a minha
próxima cicatriz será hipertrófica, assim o ultra-som pode ser utilizado como método
de prevenção, sendo um equipamento coadjuvante de grande poder no tratamento
de cicatrizes hipertróficas.
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