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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ____VARA DE FAMÍLIA DA CIRCUNSCRIÇÃO ESPECIAL JUDICIÁRIA DE BRASÍLIA-DISTRITO FEDERAL. KAREN ________________________, neste ato representados por sua Genitora KAREN_____________________, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência por intermédio de seu advogado firmatário, com fundamento no Art. 1694 do CCB e Lei 5.478/68, ajuizar: AÇÃO DE ALIMENTOS Contra o ________________________________________, pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos: DOS FATOS 1. A Requerente convive com o Requerido em União Estável há mais de 22 (vinte e dois) anos, advindo desse relacionamento 3 (três) filhos: _______________________________________, conforme certidões de nascimentos anexas. 2. A Requerente casou-se com o Requerido no Uruguai, contudo, não homologou o casamento no Brasil. SRTVN 701, Bloco “A”, Sala 317 – Centro Empresarial Norte – Brasília-DF – 70.719-900 – Tel: 55 + 61+ 3202-1375 – 9213-5011

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EXCELENTSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ____VARA DE FAMLIA DA CIRCUNSCRIO ESPECIAL JUDICIRIA DE BRASLIA-DISTRITO FEDERAL.

KAREN ________________________, neste ato representados por sua Genitora KAREN_____________________, vem, respeitosamente presena de Vossa Excelncia por intermdio de seu advogado firmatrio, com fundamento no Art. 1694 do CCB e Lei 5.478/68, ajuizar:AO DE ALIMENTOS

Contra o ________________________________________, pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos:

DOS FATOS

1.

A Requerente convive com o Requerido em Unio Estvel h mais de 22 (vinte e dois) anos, advindo desse relacionamento 3 (trs) filhos: _______________________________________, conforme certides de nascimentos anexas.

2.

A Requerente casou-se com o Requerido no Uruguai, contudo, no homologou o casamento no Brasil.

3.

A relao conjugal do casal h anos se acabou, devido ao desgaste do relacionamento, e, embora convivendo sobre o mesmo teto, no tinham mais relao sexual e mantinham a unio sustentada por sentimentos de amizade e afeto.4.

Na madrugada do dia 01/04/2010, por volta das 03:00hs da madrugada, o Requerido em estado de fria agrediu a Requerente com palavras de baixo calo, tais como vagabunda puta e cadela Estarrecida com a reao do Requerido a Autora lhe perguntou qual a razo da agresso, ocasio em que ele respondeu que tinha tudo gravado em um CD e que iria divulgar na internet.

5.

Ato contnuo, a Autora tentou desligar o computador, quando ento o Requerido tentou lhe dar uma cotovelada que s no a atingi porque se esquivou. Contudo, em seguida o Requerida lhe deu um CHUTE provocando algumas leses.6.

O Requerido tentou ainda obrig-la a manter relaes sexuais sem o seu consentimento, entretanto, sem obter xito. Aps algum tempo, o Requerido mandou que a Autora deixasse o lar conjugal com os filhos.

7.

No mesmo dia, a Requerente se dirigiu at a DELEGACIA DE ATENDIMENTO A MULHER e registrou a ocorrncia anexa, onde consta mais detalhes das agresses praticadas pelo Requerido.

8.

Ainda na manh do dia 01/04/2020, a Requerente juntamente com seus 3 (trs) filhos deixou a sua casa e foi para a casa de uma amiga que mora ________________________________, onde est morando de favor, at que consiga condies de alugar um imvel para mudar com seus filhos.

DA POSSIBILIDADE FINANCEIRA DO REQUERIDO

9.

Ressalte-se por oportuno, que o Requerido marceneiro e sua oficina, nica fonte de renda, est instalada nos fundos de sua casa, e possui uma renda mensal mdia de R$ 8.000,00 (OITO MIL REAIS).

DO DIREITO

10.

A petio inicial dos autores tem como fundamento os artigos 1.694, 1, e 1.699, da Lei 10.406, de 10.01.2002 (Novo Cdigo Civil NCC), verbis:

Art. 1.694. Podem os parentes, os cnjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatvel com a sua condio social, inclusive para atender s necessidades de sua educao.

1o Os alimentos devem ser fixados na proporo das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.

11.

O dispositivos legais acima citados, somados ao artigo 229 da Constituio Federal, prevem amparo alimentar aos parentes e cnjuges que no tenham bens suficientes, nem possam prover, pelo seu trabalho, prpria mantena, e os necessitem para viver de modo compatvel com a sua condio social, devendo serem fixados na proporo das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada, podendo este fornec-los, sem desfalque do necessrio ao seu sustento.

12.

Assim, ante a ausncia da obrigao de prestar os alimentos e reconhecido o direito aos alimentandos de pleite-los, dele no poderia eximir-se o alimentante, ainda sob alegao de impossibilidade financeira, devendo, de alguma forma, auxiliar no sustento da famlia, conforme entendimento dos tribunais ptrios:

Esta obrigao no se altera diante da precariedade da condio econmica do genitor: O pai, ainda que pobre, no se isenta, por esse motivo, da obrigao de prestar alimentos ao filho menor; do pouco que ganhar, alguma coisa dever dar ao filho;(...)TJSP, 4 CC, 19.06.1958, RT 279/378 (in CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 3. ed. So Paulo: Revista dos Tribunais. 1999. 1175p. p. 543)

13.

Alis, claras e evidentes so as provas que apresentamos, no sentido de que o alimentante dispe de condies favorveis que permitam fornecer os alimentos sem provocar o desfalque do necessrio ao seu sustento.

14.

No entanto, inquestionvel o fato de que o alimentante pode no apenas prover as necessidades vitais bsicas dos alimentandos, mas inclusive todas aquelas de que necessitem para viver de modo compatvel com a sua condio social, ou seja, devem os alimentandos continuarem vivendo da mesma forma que viviam antes de ter o alimentante separado da me dos menores. Vejamos a deciso abaixo:

2 TC, TJDF: Na fixao dos alimentos, no se leva em conta apenas o necessrio subsistncia, em sentido estrito, mas o que necessrio tambm para prover o lazer, vesturio, necessidades eventuais e a mantena de um padro de vida conforme as possibilidades do alimentante (AC 29.243, 09.03.1994, DJU III 11.05.1994, p. 5.141) (in CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 3. ed. So Paulo: Revista dos Tribunais. 1999. 1175p. p. 755)

15.

Quanto fixao de alimentos provisrios, a doutrina e a jurisprudncia tambm tm agasalhado a pretenso dos alimentandos:

Diante disso, a Lei de Alimentos (art. 4) propicia o arbitramento imediato dos provisrios para atender situao de necessidade premente do alimentando (TJSP, 8 CC, AI 124.894-1, 01.11.1989); o alimentando tem o nus de demonstrar, apenas, initio litis, o dever de alimentar do acionado, impendendo ao magistrado nesse caso a fixao provisria (TJRS, 6 CC, 24.06.1986, RJTJRS 118/223) (...)(in CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 3. ed. So Paulo: Revista dos Tribunais. 1999. 1175p. p. 890).

16.

Neste momento, as necessidades dos menores so emergenciais e dizem respeito ao necessrio para a sua sobrevivncia, uma vez que esto morando de favor na casa de uma amiga e a Genitora no possui renda.

17.

As despesas essenciais dos menores so muitas, incluindo alimentos, calado, roupas, transporte, mensalidade escolar, gua, energia, telefone, etc.18.

Assim que receber os alimentos, a Genitora dos menores alugar uma casa para viver com os filhos e necessitar dos alimentos para poder dar uma vida digna a seus filhos com a aquisio de alimentos necessrios e pagamento das despesas bsicas.

DOS PEDIDOS19.

Por todo o exposto, pleiteiam os alimentandos:

a) A procedncia da ao fixando os alimentos provisrios no total de 5 (cinco) salrios mnimos mensais, sendo 2,5 (dois e meio) salrios mnimos para cada menor, devendo referida quantia ser depositada na conta corrente em nome da genitora dos menores, sempre at o dia dez de cada ms;

b) seja julgado procedente o presente pedido, para o fim de fixar os alimentos definitivos em 5(cinco) salrios mnimos mensais, sendo 2,5 (dois e meio) salrios para cada filho, conforme o item a, bem como ao pagamento das custas processuais e honorrios advocatcios;

c) a Concesso dos benefcios da Assistncia Judiciria Gratuita, nos termos da redao vigente da Lei n 1.060/50, por se tratar de pessoa que no rene condies financeiras suficientes para custear o pagamento das custas processuais e honorrios advocatcios sem prejuzo do prprio sustento, conforme prova a declarao anexa;

d) a citao do alimentante para que apresente defesa, querendo, sob pena de revelia e confisso;

e) a Intimao do representante do Ministrio Pblico, para que se manifeste e acompanhe o feito at o final;

.

A produo de todos os meios de prova em direito admitidos, notadamente a documental inclusa, testemunhal, cujo rol segue ao final, alm do depoimento pessoal do alimentante.

D-se causa o valor de R$ 30.600,00 (trinta mil e seiscentos reais)

Pede deferimento.

Braslia-DF, 12 de abril de 2010.

ALDRIANO AZEVEDO

OAB/DF __________SRTVN 701, Bloco A, Sala 317 Centro Empresarial Norte Braslia-DF 70.719-900 Tel: 55 + 61+ 3202-1375 9213-5011PAGE 5