academia

2
 !"#"$%&'"( "#$%&# '()*+ ,$-.()/+0 (+ #1/)#2#) -*( 3%+4)(5%( 1+3)# + )#% 6# 7.#8(10 9#1#-0 /+8.( :-# ( )#4%;+ 6# <.%/(0 #* -* &#)=+6+ )#*+.+0 5+)( %82(6%6( &+) +/(1%;+ 6( %*&)-6>8/%( 6#1.# )#%? 9#1#- .#)%( )(&.(6+ # #1.-&)(6+ -*( @+2#* /A(*(6( B#$#8( C  (&D1 .+)8()E1# 2%F2+G #$# ($/(8H(86+ +1 1#-1 IJ (8+1 6# %6(6# # #$( +1 1#-1 CK L,$-.()/+0 !"#$#%$0 MC?C # KN? 7+ )#/#3#)(* #11( 8+.=/%(0 +1 %)*;+1 6# B#$#8(0 '(1.+) # ,D$-O0 )#1+$2#)(* %82(6%) 7.#8(10 *(%1 &)#/%1(*#8.# <.%/(0 ( 5%* 6# 1# 2%84() 6# 9#1#- # )#14(.() 1-( %)*; L,$-.()/+0 !"#$#%$0 MK?KN? P* 2%1.( 6( #*%8#8.# 6#1.)-%H;+ 6+ $+/($0 -* /%6(6;+ /A(*(6+ 7/(6#*+1 L6+ 4)#4+ QRSTUVWXN )#1+$2#- )#2#$() + &()(6#%)+ 6( 4()+.(0 %85+)*(86+E+1 6# :-# #$( 5+% #1/+86%6( 8( /%6(6# #* 75%68#1 L,$-.()/+0 !"#$#%$0 MK?M # YG 2#) Z'B[\9]0 KJJI0 &? CJIMN? ^#11( 5+)*(0 7/(6#*+1 &+-&+- ( /%6(6# 6( 6#1.)-%H;+ # 5+% /+81%6#)(6+ /+*+ A#)D% #8.)# 1#-1 /+8.#))_8#+1? ,+) #11# *+.%2+0 +1 .%86`)%6(1 L'(1.+) # ,D$-ON A+)()(* 7/(6#*+1 6-)(8.# .+6( ( 1-( 2%6(? 7 4)(.%6;+ 6+1 %)*;+1 5+% #1&#/%($*#8.# #2%6#8/%(6( :-(86+0 &+) +/(1%;+ 6( %82(1;+ 6# <.%/( &#$+1 $(/#6#*a8%+10 (+ 6#2(1.() .+6( /%)/-82%b%8A(8H( 6( )#4%;+0 )#1+$2#)(* &+-&() + $+/($ +86# )#1%6%( + A#)D% L'#5%1+0 1#%1 #1.`6%+1 6# 7.#8(1N0 6#8+*%8(86+ + $+/($ 6# c(/(6#*%(d0 #* 2%1.( 6# c7/(6#*+d L,$-.()/+0 !"#$#%$0 MK?MG 2#) Z'B[\9]0 KJJI0 &? MN? P11# $+/($0 *(%1 .()6#0 5+% #*3#$#b(6+ &+) '%*+8# /+* )#/-)1+1 /+81%6#)(6+1 c$%3#)(%1d # c#$#4(8.#1d0 #O.)#*(*#8.# &+&-$()#1 #* +/(1%e#1 &+1.#)%+)#1 L,$-.()/+0 &'()*0 CM?fN? 7.)(2g1 6# .(%1 )#/-)1+10 ( (/(6#*%( 1# /+82#).#- 6# -* $-4() `)%6+ ( -* 3+1:-# 2#)6#@(8.# # 3#* )#4(6+G + $+/($ /+8.(2( .(*3g* /+* &$(8.(He#1 6# &$`.(8+1 # +$%2#%)(1 L,$-.()/+0 &'()*0 CM?fN? '+*+ )#/+*&#81( 6%2%8(0 + &)D&)%+ ]#-1 /+85#)%- ( 7/(6#*+1 ( 6%)#%.+ 6# &)+5#)%) + :-# 3#* 6#1#@(11# 6#8.)+ 6# 1-( &)+&)%#6(6# 1#* 1#) /(1.%4(6+ h *#1*+ :-#0 #* 1#-1 6%1/-)1+10 +5#86#11# (+1 6#-1#1? "+% @-1.(*#8.# 6( A%1.D)%( (.)%3-=6( ( 7/(6#*+1 :-# + .#)*+ c(/(6#*%(d .+)8+-E1# 5(*%$%()? P11( 6#5%8%H;+ /+1.-*( #1.() #1&#/%($*#8.# (11+/%(6( i #1/+$( 5%$+1D5%/( 6# ,$(.;+0 8( (8.%4-%6(6# L2#) jkl'B0 Cmno0 &? KmN0 :-# -.%$%b+- + $+/($ /+*+ (&+1#8.+ &()( ( %81.)-H;+ 6# 1#-1 6%1/=&-$+10 C  l )(&.+ 6# B#$#8( .#)%( +/+))%6+ (8.#1 6# 1#- /(1(*#8.+ /+* [#8#$(-0 1#- #8/+8.)+ /+* ,()%1 # ( /+81#:-#8.# 4-#))( 6# 9)+%( L2#) 7PZ'BpkqZ0 Cmmf0 &? mMN?

Upload: felipe-carmo

Post on 03-Nov-2015

213 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Surgimento da academia.

TRANSCRIPT

  • ACADEMIA

    Felipe Carmo Plutarco, ao escrever uma biografia sobre o rei de Atenas, Teseu, conta que a

    regio de tica, em um perodo remoto, fora invadida por ocasio da imprudncia

    deste rei. Teseu teria raptado e estuprado uma jovem chamada Helena1 aps tornar-se

    vivo; ele alcanando os seus 50 anos de idade e ela os seus 12 (Plutarco, Theseus,

    31.1 e 2). Ao receberam essa notcia, os irmos de Helena, Castor e Plux, resolveram

    invadir Atenas, mais precisamente tica, a fim de se vingar de Teseu e resgatar sua

    irm (Plutarco, Theseus, 32.2). Em vista da eminente destruio do local, um cidado

    chamado Academos (do grego ) resolveu revelar o paradeiro da garota,

    informando-os de que ela foi escondida na cidade em Afidnes (Plutarco, Theseus, 32.3

    e 4; ver SCHMITZ, 2005, p. 1053). Dessa forma, Academos poupou a cidade da

    destruio e foi considerado como heri entre seus conterrneos.

    Por esse motivo, os tindridas (Castor e Plux) horaram Academos durante

    toda a sua vida. A gratido dos irmos foi especialmente evidenciada quando, por

    ocasio da invaso de tica pelos lacedemnios, ao devastar toda circunvizinhana da

    regio, resolveram poupar o local onde residia o heri (Cefiso, seis estdios de Atenas),

    denominando o local de academia, em vista de Academo (Plutarco, Theseus, 32.3;

    ver SCHMITZ, 2005, p. 3). Esse local, mais tarde, foi embelezado por Cimone com

    recursos considerados liberais e elegantes, extremamente populares em ocasies

    posteriores (Plutarco, Cimon, 13.8). Atravs de tais recursos, a academia se converteu

    de um lugar rido a um bosque verdejante e bem regado; o local contava tambm com

    plantaes de pltanos e oliveiras (Plutarco, Cimon, 13.8).

    Como recompensa divina, o prprio Zeus conferiu a Academos a direito de

    proferir o que bem desejasse dentro de sua propriedade sem ser castigado mesmo

    que, em seus discursos, ofendesse aos deuses. Foi justamente da histria atribuda a

    Academos que o termo academia tornou-se familiar. Essa definio costuma estar

    especialmente associada escola filosfica de Plato, na antiguidade (ver BLOCH,

    1976, p. 29), que utilizou o local como aposento para a instruo de seus discpulos,

    1 O rapto de Helena teria ocorrido antes de seu casamento com Menelau, seu encontro com Paris e a consequente guerra de Troia (ver AESCHYLUS, 1998, p. 93).

  • cerca de 386 a.C. Em perodo posterior (c. 79 a.C.), Ccero, ao discutir assuntos de

    tica, em relao ao ambiente da academia, comenta: quanto a ns, a academia de

    que dependemos, d-nos a maior liberdade de defender de pleno direito o que se nos

    apresentar como mais provvel (Ccero, De Officiis, 3.20).

    Referncias bibliogrficas

    AESCHYLUS. Agamemnon: Translated by E. D. A. Morshead. [s.l.]: Orange Street Press Classic, 1998. Disponvel em: . Acessado em: 30 set. 2014.

    SCHMITZ, Leonhard. Academus. In: SMITH, William (Ed.). A Dictionary of Greek and Roman biography and mythology: by various writers. Michigan: University of Michigan Library, 2005.

    BLOCH, Adolpho. Dicionrio ilustrado da Lngua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras. Rio de Janeiro: Bloch, 1976.