abriga do ze pintado com o galo janjão

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“A briga do Zé Pintado com o galo Janjão” Narrador - Zé Pintado ia passando bem debaixo da carroça. Lá de cima, um certo galo dele fazia troça, cocorocando guerreiro armando grande berreiro. E, de repente, “ploft”, uma coisa colorida espalhou-se na cabeça do pobre do Zé Pintado, que ficou louco da vida. Zé Pintado - Quem mandou você cuspir, Ó seu Janjão desgraçado ! Desça já dessa carroça, pois vou lhe dar uma coça. Santo deus ! Oh ! minha nossa ! Mas que grande porcaria. Narrador - E a cabeça do Zé brilhava e muito fedia. Zé Pintado - Não é pra ficar irritado com todo esse melado ? - Desça já, seu porcalhão. Janjão - Ó Pintado ! Desço não ! O diabo dessa carroça não possui corrimão. Zé Pintado - Então, então, bicho horrível, vai me desobedecer ? Como é, não vai descer ? Zé Pintado - Mas não a da sua latrina, galo levado da breca ! Janjão - Você vai ficar careca, se ficar por muito tempo, com essa coisa no coco. Zé Pintado - Espere aí, mais um pouco, sabe o que vou fazer depois de limpar a meleca ? Janjão - E o que vai fazer a boneca ? Zé Pintado - Vou fazer uma peteca com suas penas, se o pego. Janjão - Isso eu sei e eu não nego, por isso vou me mandando. Narrador - O Zé Pintado pulou para cima da carroça. Galo Janjão se mandou direitinho para a roça e se escondeu bem debaixo da saia de uma velha, que comera no almoço uma arroba de feijoada e, por isso, estava enjoada. Zé Pintado ia chegando, e o galo tremelicando de medo de ser achado. pra fugir não era craque o nosso galo Janjão, e lá vinha confusão. A velha soltou um traque, que era gás “fedidão”.

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A briga do Z Pintado com o galo Janjo

Narrador - Z Pintado ia passando

bem debaixo da carroa.

L de cima, um certo galo

dele fazia troa,

cocorocando guerreiro

armando grande berreiro.

E, de repente, ploft,

uma coisa colorida

espalhou-se na cabea

do pobre do Z Pintado,

que ficou louco da vida.

Z Pintado - Quem mandou voc cuspir,

seu Janjo desgraado !

Desa j dessa carroa,

pois vou lhe dar uma coa.

Santo deus ! Oh ! minha nossa !

Mas que grande porcaria.

Narrador - E a cabea do Z

brilhava e muito fedia.

Z Pintado - No pra ficar irritado

com todo esse melado ?

- Desa j, seu porcalho.

Janjo - Pintado ! Deso no !

O diabo dessa carroa

no possui corrimo.

Z Pintado - Ento, ento, bicho horrvel,

vai me desobedecer ?

Como , no vai descer ?

Janjo - S depois de percorrer

seu narigo de Pinquio !

Z Pintado - Irra ! Acuda Santo Eustquio !

O bicho de enraivecer.

Janjo - Sou bonzinho, podes crer !

Z Pintado - Ainda perco a pacincia.

Olhe, Janjo, que eu o lao

e o transformo em churrasco.

Janjo - C - c - r - c, seu danado,

veja em que belo estado

ficou o seu feio plo.

Saiba, seu Z Pintado,

que esse seu preto cabelo

precisava de brilhantina.

Z Pintado - Mas no a da sua latrina,

galo levado da breca !

Janjo - Voc vai ficar careca,

se ficar por muito tempo,

com essa coisa no coco.

Z Pintado - Espere a, mais um pouco,

sabe o que vou fazer

depois de limpar a meleca ?

Janjo - E o que vai fazer a boneca ?

Z Pintado - Vou fazer uma peteca

com suas penas, se o pego.

Janjo - Isso eu sei e eu no nego,

por isso vou me mandando.

Narrador - O Z Pintado pulou

para cima da carroa.

Galo Janjo se mandou

direitinho para a roa

e se escondeu bem debaixo

da saia de uma velha,

que comera no almoo

uma arroba de feijoada

e, por isso, estava enjoada.

Z Pintado ia chegando,

e o galo tremelicando

de medo de ser achado.

pra fugir no era craque

o nosso galo Janjo,

e l vinha confuso.

A velha soltou um traque,

que era gs fedido.

Janjo - Ai que estou ficando zonzo,

aqui eu no fico em paz,

no sabia ter entrado,

numa cmara de gs.

Narrador - Ento o tal do Janjo

saltou fugindo da saia

e quase que ele desmaia

ao ser pela asa apanhado

pelo bravo Z Pintado.

Agora, o seu Z Pintado

vingou-se dessa meleca

que lhe fizera o Janjo

e fez daquele galeto

uma bonita peteca

e um franguinho no espeto.

Versinhos ortogrficos