abordagem fisioterapêutica na sindrome do túnel do carpo

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Curso de Fisioterapia ANA CLAUDIA IZEL OLIVA ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NA SINDROME DO TÚNEL DO CARPO DECORRENTE DA LER, DORT EM MULHERES 2007

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Page 1: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

1

Curso de Fisioterapia

ANA CLAUDIA IZEL OLIVA

ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NA SINDROME DO TÚNEL DO CARPO

DECORRENTE DA LER, DORT EM MULHERES

2007

Page 2: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

2

ANA CLAUDIA IZEL OLIVA

ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NA SÍNDROME DO TÚNEL DO

CARPO DECORRENTE DA LER, DORT EM MULHERES

Monografia de Conclusão de Curso apresentada ao

Curso de Fisioterapia da Universidade Veiga de

Almeida, como requisito para obtenção do título de

Fisioterapeuta.

Orientador: Prof. Ricardo Cavalcante.

2007

Page 3: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

3

ANA CLAUDIA IZEL OLIVA

ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NA SÍNDROME DO TÚNEL DO

CARPO DECORRENTE DA LER, DORT EM MULHERES.

Monografia de Conclusão de Curso apresentada ao

Curso de Fisioterapia da Universidade Veiga de

Almeida, como requisito para obtenção do título de

Fisioterapeuta.

Aprovada em: ____/____/2007.

Banca Examinadora:

Prof(a):

Professor(a) da Faculdade de Fisioterapia da UVA. Presidente da Banca Examinadora.

Prof(a):

Professor(a) da Faculdade de Fisioterapia da UVA. Presidente da Banca Examinadora.

Prof(a):

Professor(a) da Faculdade de Fisioterapia da UVA. Presidente da Banca Examinadora.

Grau: ___________________.

Page 4: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

4

Dedico esta Monografia, em primeiro lugar a

Deus, pela sabedoria e determinação. Aos meus pais,

João e Fátima, por todo apoio, compreensão e amor.

E minha avó Antônia, por seu amor e dedicação.

Page 5: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

5

AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar, ao Senhor Jesus, por me conceder sabedoria, para realizar este

grande sonho.

Aos meus pais: minha mãe Fátima, uma mulher brilhante, que sempre esteve ao meu lado.

Ao meu saudoso pai João “Jango”, que sempre estará em meu coração. Foi um homem

trabalhador, que partiu fazendo o que amava, deixou exemplos que nunca esquecerei.

“Amava os filhos, o trabalho, o açaí, e seu time favorito” Botafogo”. Era a estrela solitária,

mas que nunca estava sozinha, porque o meu amor por ele era imenso.

A minha saudosa Avo Antônia, no qual, à distância, muito menos, o tempo, conseguiu apagar

o amor que eu sentia por ela. Com sua voz doce, seu jeito determinado de ser, nunca será

esquecida. Amava os filhos, netos a família com imensa dedicação e carinho.

Ao professor Ricardo Cavalcante, pela orientação, por seus conselhos úteis e preciosos com e

de extremo valor.

Aos meus familiares: irmãos e irmãs, “Leozinha”,“Aly”,em especial minha querida irmã

“Ana”, pois um dia quando pensei em desistir ela me falou ”Sua profissão é admirável, o

paciente deposita a esperança em você!”

Ao João Batista, pelo incentivo e apoio.

Minhas primas: Roberta, Ana Maria, Aline, Pamella, Paula, Adriana, Elmer, Thiago,e outros.

Ao meus tios, em especial Luiz Laborda, Minhas tias: Rosa, Maria Antonia, Socorro, Ray,

Fátima e toda a família Izel, e Oliva.

Aos meus cunhados: Alan Carlos, Karin Kharroubi, Rafael.

Aos meus sobrinhos: Micaela, Viviane, Vitoria, Rebeca,Michael, Stefano, João Vitor.

Agradeço a um amigo em especial Sokol Toto, por sua gentileza e apoio.

Agradeço a todos os professores, que de um modo especial marcaram a minha vida: Glece,

Rosana, Ivone, Diniz, Onesio, Antônio Martins, Oswaldo, Othon e outros admiráveis

professores.

Agradeço a meus amigos que conhece, nos estágios:Narja, Eduardo, Lú, Daniele, Luciana,

Katia e outros.

Os amigos da faculdade: Fátima, Danielle, Bianca, Franci, Rafaela, Anne, Felipe, e a todos

que indiretamente me ajudaram, com sua amizade, a seguir esta jornada.

Page 6: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

6

“Mulher virtuosa quem a achará. O seu valor muito excede o de finas jóias. O coração do seu

marido confia nela, e não haverá falta de ganho”

(Provérbios 31, versículo 10)

Page 7: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

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RESUMO

A Síndrome do Túnel do Carpo, e uma patologia freqüente incluída nas Lesões por Esforços

repetitivos (LER), ou Distúrbios Osteomusculares relacionados ao Trabalho (DORT).Sendo,

que, o numero de trabalhadoras com esta síndrome, vem crescendo e somando-se a alarmantes

estatísticas sobre as doenças ocupacionais. Este estudo,tem como objetivo, apresentar e

informar, como a ergonomia associada à abordagem fisioterapêutica, e como será de grande

auxilio para encontrar soluções que ajudem profissionais que utilizam o segmento superior ,

mais especificamente o punho em sua atividade laboral.

Palavras-chave: trabalho, LER DORT, Síndrome do Túnel do carpo, punho, ergonomia

Page 8: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

8

ABSTRACT

The Carpal tunnel syndrome is a frequent pathology enclosed in Repetitive Strain Injuries, or

Cumulative Trauma Disorders, related to the work, being the number that it of workers with

this syndrome, it comes growing and adding the alarming statisticians on the occupational

illnesses. This study it has as objective, to present and to inform as the associated ergonomics

the physical therapy boarding, as it will be of great, of to find solutions that help

professionals, that they use the superior segment, more specifically the fist in its labor

activity.

Key words: work, repetitive strain injuries, cumulative trauma disorders, carpal tunnel

syndrome, .fist, ergonomics.

Page 9: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

LISTA DE FIGURAS

Figura 01: Trabalhadora na fabricação de tecidos .............................................................. 56

Figura 02: Área de dor e parestesia ................................................................................... 56

Figura 03: Teste de Phalen ................................................................................................ 57

Figura 04: Teste de Tínel ................................................................................................... 57

Figura 05: Nervo Mediano ................................................................................................ 58

Figura 06: Nervo Mediano e local de pressão .................................................................... 58

Figura 07: STC é provável local da cirurgia....................................................................... 59

Figura 08: Posição correta do punho durante a digitação .................................................. 59

Figura 09: Posição errada do punho durante a digitação ................................................... 59

Figura 10: Luvas antivibratórias ......................................................................................... 60

Figura 11: (Idem) ................................................................................................................ 60

Figura 12: Teclado ergonômico sem fio ............................................................................. 60

Figura 13: Apoio de punho para teclado ............................................................................ 61

Figura 14: Apoio de punho para mouse .............................................................................. 61

Figura 15: Ortese para punho com tala (túnel do carpo) .................................................... 61

Figura 16: Ortese para punho .............................................................................................. 62

Figura 17: Alongamento dos flexores do punho ................................................................ 62

Figura 18: Alongamento dos flexores do punho ................................................................ 62

Figura 19: Tração manual ................................................................................................... 63

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01: Antecedentes de trabalho com movimentos repetitivos (620) pacientes ........ 63

Gráfico 02: Distribuição por função (620) pacientes .......................................................... 63

Gráfico 03: Distribuição segundo o local de queixas(620) pacientes ................................ 63

Page 10: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

10

LISTA DE TABELAS

Tabela 01: Histórico da STC ............................................................................................... 53

Tabela 02: Causas da STC .................................................................................................. 53

Tabela 03: Dados do NIOSH ............................................................................................. 54

Tabela 04: Tipos de Prevenção ............................................................................................ 54

Tabela 05: Grupos de Exercícios ....................................................................................... 55

Tabela 06: Modelo de Elaboração dos Exercícios Laborais Compensatórios (MEELC) .. 55

Tabela 07: Benefícios da Atividade Física .......................................................................... 55

Page 11: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

STC – Síndrome do Túnel do Carpo.

LER – Lesões por esforços repetitivos relacionados ao trabalho.

DORTS – Doenças osteomusculares relacionados ao trabalho.

NIOSH – National Institute for Occupational Safety and Health

NUSAT- Núcleo de referência em Doenças Ocupacionais da Previdência Social.

PREVLER – Instituto Nacional de Prevenção às LER DORT.

CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho

INSS – Instituto Nacional do Seguro Social

OMS – Organização Mundial de Saúde.

ABERGO – Associação Brasileira de Ergonomia.

IEA – International Ergonomics Association.

BLS – Bureau of Labor Statistics

MEELC – Modelo de Elaboração dos Exercícios Laborais Compensatórios

Page 12: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 13

1-LESÕES POR ESFORÇOS REPETITIVOS, DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES

RELACIONADOS AO TRABALHO E A SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO ............................... 14

1.1 A História do Trabalho Feminino ......................................................................................................... 17

1.2 A Epidemiologia ................................................................................................................................... 19

1.3 A Síndrome do Túnel do Carpo como Doença Ocupacional ................................................................ 22

2-SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO ................................................................................................... 24

2.1 Histórico ................................................................................................................................................ 24

2.2 Etiologia ............................................................................................................................................... 25

2.3 Fisiopatologia ....................................................................................................................................... 26

2.4 Diagnóstico ........................................................................................................................................... 27

2.5 Sintomatologia ....................................................................................................................................... 28

2.6. Funções da Mão ................................................................................................................................... 30

2.7 Túnel do Carpo ..................................................................................................................................... 30

2.8 Nervo Mediano ..................................................................................................................................... 31

3-PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO ................................. 33

3.1 A Fisioterapia e os Exercícios Laborais ............................................................................................... 33

3.2 A Ergonomia no Ambiente de Trabalho ................................................................................................ 34

3.3 A Relação Emocional X Incapacidade .................................................................................................. 38

3.4 Tratamento Conservador ...................................................................................................................... 41

CONCLUSÃO .............................................................................................................................................. 44

REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................ 46

ANEXOS I ....................................................................................................................................................... 53

ANEXOS II ..................................................................................................................................................... 54

ANEXOS III .................................................................................................................................................... 55

ANEXOS IV .................................................................................................................................................... 56

ANEXOS V ..................................................................................................................................................... 57

ANEXOS VI .................................................................................................................................................... 58

ANEXOS VII .................................................................................................................................................. 59

ANEXOS VIII ................................................................................................................................................. 60

ANEXOS IX .................................................................................................................................................... 61

ANEXOS X ..................................................................................................................................................... 62

ANEXOS XI .................................................................................................................................................... 63

ANEXOS XII .................................................................................................................................................. 64

Page 13: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

13

INTRODUÇÃO

A mão é considerada, um importante instrumento de trabalho, realizando inúmeras

funções, desde, manobrar empilhadeiras até os mais simples serviços. Por sua vez, a sutileza

das mulheres, com suas mãos delicadas, deram origem à, uma nova dinâmica na atividade

laboral.

Sendo que, por meio disto, alguns instrumentos de trabalho, tiveram que ser

adaptados, através da ergonomia, ao biótipo feminino.

Tarefas que eram antes, exclusivamente masculinas, são realizadas também por

mulheres, com dedicação e desempenho.

Nos dias atuais, com a influência do computador, e de outros fatores de risco, as

doenças ocupacionais, estão tendo mais destaque.

Sendo, que, entre elas, esta incluída a, STC, no qual esta associada ao conjunto de

doenças de origem laboral, dentre as LER, DORT.

A epidemiologia constata a prevalência do sexo feminino. Nos últimos anos, sendo

que a mulher vem sendo mais acometida por estas lesões, incluindo em destaque, a STC,

como uma das principais causas de afastamento de trabalho.

A abordagem fisioterapêutíca, vem sendo na medida do possível, de grande auxilio. A

ginástica laboral, como ferramenta preventiva, é utilizada por algumas empresas, e gerando

um bem estar no ambiente de trabalho.

Page 14: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

14

1 LESÕES POR ESFORÇOS REPETITIVOS, DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES

RELACIONADOS AO TRABALHO E A SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO LER.

O trabalho é uma atividade desenvolvida com o objetivo de produzir a riqueza. É

considerado, “o grande bem da humanidade”. E notório, como se ampliam as necessidades,

para ter sempre a melhor qualidade de vida.

Na atualidade o termo saúde do trabalhador, tomou novos parâmetros, com o

surgimento de doenças decorrentes das atividades laborais. Os países industrializados

testemunharam o aumento do numero de casos de doenças ocupacionais, denominadas de

Lesões por esforços Repetitivos ou Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho

(DORT). No Brasil foi reconhecido como doença ocupacional em 1987.

A atual nomenclatura encontrada na literatura nacional foi modificada. Anteriormente,

era utilizado somente LER, que simplificava a questão, e trazia significado para os achados da

época. Mas, atribuíra somente aos esforços repetitivos a causalidade das doenças. Mas devido

aos avanços dos conhecimentos, mudou-se a concepção agora de que a LER era uma afecção

de caráter multifatorial, não atribuindo somente aos movimentos e esforços repetitivos a

determinação da doença. A mudança para o atual termo DORT alcançou parâmetros

abrangentes, demonstrando a compreensão de que não somente os aspectos relacionados à

repetição influenciavam para o surgimento de tais doenças.

Vários estudos demonstram maior prevalência no sexo feminino, quando comparado

aos homens. As tarefas e obrigações no trabalho são diferentes entre os sexos, inclusive

quando estão trabalhando na mesma indústria e ocupação. QUEIROZ. (Apud MESSING

2005), quando se refere aos riscos para a saúde das trabalhadoras do Canadá, indica que

recentemente alguns estudos começaram

E esclarecido, que a LER, DORT e um fenômeno mundial, citamos algumas

nomenclaturas usados em outros países, no qual varia muito. Assim, os Estados Unidos

recebe a denominação de Cumulative Trauma Disorders (CTD), no Japão Ocuppational

Cervicobrachial Disorders (OCD), na França Ocuppational Overuse Syndrome (OOS). E

recomendável, o uso simplificado para Work Musculoskeletal Disorders (WRMD) foi

adotado pelo Brasil, em 1998, tendo sido traduzido para Distúrbios Osteomusculares

Relacionados ao Trabalho (DORT).

Page 15: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

15

[...] A natureza impõe ao gênero humano a necessidade de prover a vida

diária através do trabalho. Dessa necessidade, surgiram todas as artes como

mecânicas e as liberais, que não são desprovidas de perigos, como, alias todas as

coisas humanas. E forçoso confessar que ocasionam não poucos danos aos artesões,

certos ofícios que eles desempenham. Onde esperavam obter recursos para sua

própria manutenção e a da família, encontram graves doenças e passam a amaldiçoar

a arte a qual se haviam dedicado (idem) 1.

As doenças ocupacionais estão mais presentes no dia a dia do trabalhador. A LER,

DORT, esta sendo uma das principais conseqüências de perdas de inúmeros empregos.

Apesar das empresas da modernização da tecnologia, e com o surgimento da informática.

Presente em grandes companhias e, em milhares de lares, sendo que, e quase impossível evitar

o uso em excesso, durante um longo tempo, e associado a uma má adequação ao ambiente,

poderá influenciar

As causas de LER, DORT são diversas: Força Excessiva, Posturas Incorretas,

Vibração e Compressão, Repetitividade.

Segundo OLIVEIRA (1991) “[...] São desordens neuro-músculo-tendinosas de origem

ocupacional, que atingem os membros superiores, espádua e pescoço causadas pelo uso

repetitivo e forçado de grupos musculares ou manutenção de postura forçada”.

[...] transtornos funcionais, transtornos mecânicos e lesões de músculos e;

ou tendões e; ou fáscias e; ou nervos e; ou de bolsas articulares e pontas ósseas nos

membros superiores ocasionados pela utilização, biomecanicamente, incorreta dos

membros superiores, que resultam em dor, fadiga, queda da performance no

trabalho, incapacidade temporária e, conforme o caso pode evoluir para uma

síndrome dolorosa crônica, nesta fase agravada por todos os fatores psíquicos

(inerentes ao trabalho ou não) capazes de reduzir o limiar de

Sensibilidade dolorosa do individuo. (Couto, 1991) 2

Os fatores que colaboram, para a formação da TRIADE da lesão ocupacional são:

mobiliário inadequado, ausência de conhecimentos sobre a ergonomia e estilo de vida

1 ___________. LER – Lesoes por Esforco Repetitivo. Fasciculo 1.Centro Brasileiro de Ortopedia Ocupacional.

São Paulo.1996. 2 COUTO, H.A . Guia Prático: tenossinovites e outras lesões por traumas cumulativos nos membros superiores

de origem ocupacional. Belo Horizonte.Editora: Ergo. 1991.

Page 16: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

16

incoerente. E sexo feminino e o mais acometido, dentre essas lesões estão incluídos a

Síndrome do Túnel do Carpo, acometida por exercício repetitivo. (Barbosa, 2005)

A LER, DORT, segundo o Ministério da Previdência Social, através da Norma

Técnica para Avaliação da Incapacidade (1993), fica como estágios evolutivos:

Grau I: Sensação de peso e desconforto no membro afetado. Dor espontânea

localizada nos membros superiores ou cintura escapular, ás vezes com pontadas que aparecem

em caráter ocasional durante a jornada de trabalho e não interferem na produtividade. Não há

uma irradiação nítida. Melhora com o repouso. E em geral leve e fugaz. Os sinais clínicos

estão ausentes. A dor pode se manifestar durante o exame clínico, quando comprimida a

massa muscular envolvida. Tem um bom prognóstico.

Grau II: A dor e mais persistente e mais intensa e aparece durante a jornada de

trabalho intermitentemente. E tolerável e permite o desempenho da atividade profissional,

mas já com reconhecida redução da produtividade nos períodos de exacerbação. A dor torna-

se mais localizada e pode estar acompanhada de formigamento e calor, além de leves

distúrbios de sensibilidade. Pode haver uma irradiação definida. A recuperação e mais

demorada mesmo com o repouso e a dor pode aparecer, ocasionalmente, quando fora do

trabalho durante as atividades domesticas. Os sinais clínicos, de modo geral, continuam

ausentes. Pode ser observada, por vezes, pequena nodulação acompanhando a bainha dos

tendões envolvidos. A palpação da massa muscular pode revelar hipertonia e dolorimento.

Prognóstico favorável.

Grau III: A dor torna-se mais persistente e mais forte e tem irradiação mais definida. O

repouso em geral somente atenua a intensidade da dor, nem sempre fazendo-a desaparecer por

completo, persistindo o dolorimento. Há freqüentes paroxismos dolorosos mesmo fora do

trabalho, especialmente à noite. E freqüente a perda de força muscular e parestesias. Há

sensível queda da produtividade quando não impossibilidade de executar a função. Os

trabalhos domésticos são limitados ao mínimo e muitas vezes não são executados. Os sinais

clínicos estão presentes. O edema e freqüente a recorrente, a hipertonia muscular e constante,

as alterações da sensibilidade estão quase sempre presentes, especialmente nos paroxismos

dolorosos e acompanhados por manifestações vagas como palidez e hiperemia e sudorese na

mão. A mobilização ou palpação do grupo muscular acometido provoca dor forte. Nos

quadros com comprometimento neurológico compressivo a eletroneumiografia pode estar

alterada. Nessa etapa o retorno a atividade produtiva e problemática. Prognostico reservado.

Grau IV: A dor e forte continua, por vezes insuportável, levando o paciente a intenso

sofrimento. Os movimentos acentuam consideravelmente a dor, que em geral se estendem a

Page 17: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

17

todo o membro afetado. Os paroxismos de dor ocorrem mesmo quando o membro esta

imobilizado. A perda de força e a perda do controle dos movimentos se fazem constantes. O

edema e persistente e podem aparecer deformidades, provavelmente por processos fibróticos,

reduzindo a circulação linfática de retorno. As atrofias, principalmente dos dedos, são comuns

e atribuídas ao desuso. A capacidade de trabalho e anulada e a invalidez se caracteriza pela

impossibilidade de um trabalho produtivo regular. Os atos da vida diária são também

altamente prejudicados. Nesse estagio são comuns as alterações psicológicas com quadros de

depressão, ansiedade e angustia. Prognostico sombrio.

´[...] O fenômeno DORT deve ser entendido como sendo o produto das

interações que ocorrem entre o ser humano e seu ambiente, havendo a presença de

condições físicas e psíquicas predisponentes, associadas a uma ambiente de trabalho

facilitador, cada vez mais incentivador de aspectos quantitativos em detrimento aos

aspectos qualitativos. (Deliberato, 2002) 3

1.1 A História do Trabalho Feminino

A mulher e um ser admirável, que ao longo da historia demonstrou empenho e

determinação, na busca de suas conquistas.

As mulheres historicamente sempre atuaram no mercado de trabalho, mas foi no final

da década de 60 e inicio de 70, com a Revolução Sexual nos Estados Unidos, que aumentou a

presença feminina na área profissional, e atualmente e a forca propulsora laborativa no mundo

globalizado. (O’neill, 2000)

Quando ocorreu, a I e II Guerras mundiais, elas tiverem que assumir a posição

masculina no mercado de trabalho.

Era representada principalmente pelas jovens, antes do casamento. Ao termino da

guerra, muitos homens retornaram a seus lares, mas vieram consigo as conseqüências, porque

estavam impossibilitados de retornar a seus postos de trabalho, devido a traumas emocionais e

físicos. A realidade pós-guerra mostrou um novo parâmetro, agora, tinha a obrigação de levar

o sustento à família.

3 DELIBERATO,Paulo C.P.Fisioterapia preventiva: Fundamentos e aplicações.1 ed. São

Paulo.Editora.Manole.2002.pág 123.

Page 18: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

18

Na segunda metade do XVIII, com o surgimento de grandes transformações ocorridas

no processo produtivo, às mulheres continuavam em uma rotina de trabalho exaustiva cerca

de ate 17 horas por dia, em péssimas condições de trabalhos, em ambientes úmidos portas e

janelas fechadas, e sem o direito a ir ao banheiro, beber água, submetidas a espancamentos e

ameaças sexuais constantes, e sofrendo pela imensa desigualdade salarial.

Devido a estas circunstancias, iniciou-se a Revolução Industrial na Inglaterra, (1780-

1850) 1 fase, e (1850-1900) 2 fase. Foi um grande marco, que representou o momento da

mudança, a consolidação do capitalismo.

No dia 8 de marco de 1857, em uma fabrica têxtil, em Nova Iorque, 129 operarias

morreram queimadas numa ação policial, somente pelo fato de realizarem uma greve, no qual

reivindicavam melhores condições de trabalho: a redução do tempo de serviço de 14 para 10

horas diárias, o direito a licença-maternidade.

Durante o II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas, realizado em 1910, pela

ativista pelos direitos femininos, Clara Zetkin, propuseram que o dia 8 de março fosse

declarado como o Dia Internacional da mulher, em homenagem as tecelãs de Nova Iorque.

Á partir da década de 60, com o fortalecimento do movimento feminista, o dia

internacional da mulher foi comemorado com mais intensidade em todo o mundo. A mulher

passou a ter destaque na sociedade, ganhou espaço no mercado de trabalho, o fruto de uma

longa jornada de sacrifícios, que geraram conquistas, que às mulheres atualmente podem

desfrutar: a liberdade de poder trabalhar, ter uma carreira, votar, sustentar a sua família.

No Brasil, a história não foi diferente. As mulheres continuaram na luta do

reconhecimento de melhores condições de trabalho, a industrialização teve inicio no nordeste

do país entre as décadas de quarenta e sessenta. Muitas greves e mobilizações eram realizadas

nas fabricas, no período de 1890 a 1930.

Apesar do elevado numero de trabalhadoras presentes nos primeiros estabelecimentos

fabris brasileiros, As barreiras enfrentadas pelas mulheres para participar do mundo dos

negócios eram sempre muito grandes, independentemente da classe social a que

pertencessem. (Priore, 2004)

Alem de enfrentar os baixos salários, as discriminações, agora estavam co uma dura

realidade, ter que enfrentar o desemprego. A classe social dominada pelos homens, não

aceitava o fato, de a mulher trabalhar fora do lar, porque acreditavam que este

comportamento, levaria a degradação da família, ou seja, a mulher não teria tempo para cuidar

da família, e organizar as tarefas do lar. Estas obrigações eram algum que fazia parte da

sociedade da época. Com o surgimento da ditadura militar, as mulheres foram mais

Page 19: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

19

oprimidas, sendo que muitas perderam suas vidas, ou buscaram asilo político em outros

países.

Hoje, a constituição de 1988 concedeu muitas vitorias: licença a gravidez sem perder o

emprego ou salário, entre outros benefícios Leis e projetos de leis foram criados em todo o

mundo e passaram a beneficiar as mulheres. Antes não tinha direito a hora extra, e

trabalhavam somente ate o quinto mês de gravidez, e não podiam trabalhar em turno. Algo

que nos pólos industriais, a forma feminina e essencial.

1.2 A Epidemiologia

A maior incidência esta refletida no sexo feminino, pois estão mais expostas ao risco

de estresse, segundo a pesquisa 54% apresentaram sintomatologia. Alem disso, outros fatores

também contribuíram para desencadear LER, DORT como: a desigualdade nas oportunidades

de trabalho, e os fatores do risco. Isto influencia, para. O aumento dos índices de diagnostico,

sobre LER, DORT pelos médicos.

Uma pesquisa realizada, em uma população de 119 pessoas, foi constatado que 39,5%

dos pacientes com diagnósticos clinico definido, já na primeira consulta, já possuíam algum

tipo de DORT de Grau II, 32,8% Grau III, 10,9% Grau IV, somente 16,8% apresentavam

Grau I em seus estágios iniciais.

Em vários países o contingente de trabalhadores atingidos pela LER, DORT e

síndrome do túnel do carpo, vem crescendo.

A respeito destas mudanças no ambiente de trabalho, o Instituto Nacional de

prevenção as LER, DORT o “PREVLER”, juntamente com o Instituto de pesquisas Data

folha, constataram, que somente na cidade de São Paulo, foram registrados 310 mil

trabalhadores com diagnostico positivo, com relação das doenças osteomusculares

relacionadas ao trabalho. Vejamos alguns dados importantes:

LER, DORT atinge especialmente trabalhadores que fazer horas extras, estão

sujeitos a móveis e posturas desconfortáveis e utilizam computador no

trabalho.

36% dos trabalhadores com diagnóstico afirmam que sintomas não prejudicam

desempenho no trabalho.

53% dos trabalhadores com algum sintoma não procuraram médico.

Page 20: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

20

Trabalhadores que estão sujeitos a condições ambientais impróprias no local,

de trabalho, como desconforto de postura e móveis desconfortáveis, são mais

atingidos por dores freqüentes (69%), dormência ou formigamento um terço,

sentem inchaço em alguma parte do corpo (22%). Sendo que dormência e

formigamento são mais intensos nos punhos, ombros e braços.

26% dos que sentem dores nos dedos das mãos e nos punhos afirmam que dor

é intensa.

Inchaços são mais intensos nos punhos, nos pés e nos dedos das mãos.

Segundo dados da Folha de São Paulo, PERES (2007), o Ministério da Previdência

Social gastou R$ 981,4 milhões entre 2000 e 2005 para pagar auxílio-doença a 25,08 mil

bancários afastados do trabalho por doenças causadas por movimentos repetitivos.

The Bureau of Labor Statistic (BLS) nos Estados Unidos (Departamento da Estatistica

do Trabalho), constatou em uma pesquisa no ano de 2006, que o número de casos da

síndrome de túnel do carpo, reduziu cerca de 21%, e, em trabalhadores com cinco anos ou

mais de serviço reduziu 27%de trabalho, referente a este tipo de doença.

Segundo, BOWLER, (2001) refere que, dentre as lesões por esforços repetitivos a

Síndrome do Túnel do Carpo atingiu proporções epidêmicas entre mulheres em algumas

ocupações.

[...] A discussão sexual do trabalho mostra que as mulheres estão nas

tarefas mais repetitivas, fragmentadas, nas funções que mais geram doenças. As

mulheres ficam doentes não por serem mais frágeis, elas estão mais expostas porque

são a Mao de obra que auxilia o desenvolvimento do Brasil. Os empresários em sua

maioria preferem as trabalhadoras porque a produtividade, perfeccionismo,

paciência, delicadeza na execução das tarefas e dedicação são maiores do que a dos

homens. (Oneill 2000) 4

Segundo NICOLETTI (1999) “uma pesquisa realizada com 620 pacientes, com LER,

540 (87%) eram do sexo feminino, e 80 do sexo masculino (13%). E a faixa etária mais

acometida, era dentre os 26 a 35 anos, a maioria em sua fase produtiva”.

As pesquisas realizadas no Brasil, não comprovam a quantidade de trabalhadores

afetados com síndrome do túnel carpo, mas através dos dados de LER, DORT, podemos

chegar especificamente, aos sintomas, o qual pode ser concluído através de exames

específicos.

4 ONEIL, M.J.As mulheres e o risco de LER.Folha de S.Paulo. SãoPaulo 02.04.2000

Page 21: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

21

[...]o número de 310 mil vitimas dessas enfermidades detectado na pesquisa

está muito acima dos 19 mil casos de doenças ocupacionais registrados pelo

Ministério da Previdência no ano passado.Ainda assim, a própria pesquisa dá sinais

de que o número pode estar muito abaixo da realidade. Por exemplo, se forem

acrescentados a esse universo os trabalhadores que tiveram diagnóstico de tendinite

(6%) e parte daqueles diagnosticados com “problemas na coluna”, o numero de

vitimas da LER,DORT dobraria. (Colluci,2001)5

[...] os dados oficiais ocultam a realidade das doenças ocupacionais. Os

casos de doenças do trabalho no Brasil caíram 37% em dois anos. Em 1998, foram

30.489 registros. Em 99, o total caiu para 23.903 e, em 2000, ficou em 19.134 casos,

num universo de 24 milhões de trabalhadores. O intrigante é que de 1980 a 1997, os

números foram de alta constante. No ano de 1980, foram registrados 3.713 casos de

doenças ligadas ao trabalho. Em 1997, o número chegou a 36.648. Para os

especialistas em LER, DORT está ocorrendo subnotificação dos casos, ou seja, os

trabalhadores ficam doentes, mas não recorrem à Previdência por medo de perder o

emprego. (idem) 6

Na maioria dos casos diagnosticados, o paciente omitiu a informação ao empregador,

este devido a isto não emitiu a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), esses dados não

foram oficialmente contabilizados. Diferente dos números registrados pelo Ministério da

Previdência Social.

A epidemiologia de uma doença é um dado muito importante, com isso pode-se

analisar, e discutir melhores abordagens de tratamento e prevenção. E sem duvida, necessita

da colaboração mutua, entre: empregador, trabalhador, Ministério da Saúde, e os profissionais

da saúde. Não são apenas, números, mais vidas, que estão sendo modificadas, pelas doenças

ocupacionais, principalmente a STC.

Nos, Estados Unidos, por exemplo, existe uma melhor abordagem sobre o assunto,

mas ainda não e uma estimativa de confiança, pois continua sendo uma questão bastante

delicada. As últimas estatísticas (1997-2000) relatado pelo departamento do trabalho e das

estatísticas e pelo National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH), relata os

5 COLLUCI,Claudia; BIANCARELLI,Aureliano. LER,DORT – atingem 310 mil paulistanos. Folha de São

Paulo.São Paulo.2001. 6 _______________. LER;DORT – atingem 310 mil paulistanos. Folha de São Paulo.São Paulo.2001.

Page 22: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

22

seguintes dados importante. 19 novos estudos reportaram os resultados da associação entre

repetição, como a freqüência ou duração das tarefas pertencentes ao pulso e mãos.

1.3- A Síndrome do Túnel do Carpo como Doença Ocupacional

Na atualidade, muitas carreiras são atribuídas à tecnologia avançada e o esforço

rotineiro, principalmente nos membros superiores, em destaque aos: cotovelos, pulsos e mãos.

OLIVEIRA (2006) relata que, a extensão em que o trabalho contribui para o

aparecimento e desenvolvimento da síndrome é de grande interesse para prevenção, mas a

influência dos fatores de trabalho não é controversa.

Alguns estudos concluem que há pouca evidência que sustente a hipótese de que a

STC é causada pelo trabalho, enquanto outros propõem que mais da metade dos casos é

devida a fatores do trabalho.

Pessoas em quaisquer ocupações que envolvem força ou repetição nas mãos é um

risco de ter STC. Pode levar à secretaria em lágrimas com a dor no final do dia. Esta condição

e tratável e pode ser prevenida. (Montgomery, 2007)

[...] quando se refere aos riscos para a saúde das trabalhadoras do Canadá,

indica que recentemente alguns estudos começaram a identificar os riscos associados

aos empregos majoritariamente femininos. Para este autor, e notório que certas

atividades – como as da construção civil, obras publicas ou extração mineira-

implicam em uma forte solicitação do sistema muscular ou esquelético e exigem

esforços pontuais, que na sua maioria, são executados por homens. Isto não

necessariamente afirma que as atividades femininas são fisicamente pouco

exigentes. Na indústria e nos serviços as mulheres desempenham freqüentemente

tarefas que demandam pouca força, mas com movimentos muitos repetitivos,

associados a posições incomodas. 7

Um estudo realizado pelo National Institute for Occupational Safety and Health,

demonstrou que mais de oito ou nove repetições por minuto, impedem o punho de ter tempo

7 CHIARELLO,Berenice et al.: Fisioterapia Reumatológica. 1 ed. São Paulo.Atheneu.2005. págs:276-283.

Page 23: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

23

suficiente para produzir o fluido lubrificante da articulação. O atrito subseqüente, na ausência

de lubrificação, causa edema e lesões. E, constatou, dentre de 19 realizados, no qual a

associação entre repetição, como a freqüência ou duração das tarefas pertencentes ao pulso e

mãos.

Diversas pesquisas relatam que as doenças ocupacionais, são a segunda causa de

afastamento e gerando prejuízo e o afastamento temporário ou total do serviço.

Segundo PERES (2007) o Ministério da Previdência Social gastou R$ 981,4 milhões

entre 2000 e 2005 para pagar o auxilio doença a 25,08 mil bancários afastados do trabalho por

doenças causadas por movimentos repetitivos. Cada um desses trabalhadores ficou um ano e

meio afastado, em média, somando 14,9 milhões de dias sem trabalhar.

De acordo com, DELIBERATO (2002) destaca que, em 1997, o governo norte-

americano calculou um prejuízo de mais de US$ 418 bilhões em custos diretos com as lesões

musculoesqueléticas ocupacionais e mais US$ 837 bilhões em custos indiretos, totalizando

US$ 1,26 trilhões.

Somente no ano de 1987, as doenças de origem ocupacionais foram reconhecidas no

Brasil.

Segundo, O’NEILL. M.J (2000) relata que, novas alterações no mundo do trabalho

foram sentidas pelos trabalhadores, através da introdução da informatização em todos os

setores. As mulheres provaram através de sua capacidade que tem autonomia para

desempenhar um bom trabalho, mas devido a STC, algumas carreiras estão sendo

interrompidas.

De acordo com, MORAES (2000), relata que, nos dias atuais, os trabalhadores

constituem o ativo mais precioso das empresas. Na medida em que a concorrência aumenta e

a economia se globaliza, a importância do trabalho bem feito, da eficiência e da produtividade

é questão de vida ou morte para as empresas.

Page 24: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

24

2 SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO

2.1 Histórico

A questão saúde e bem estar, no ambiente de trabalho, e acontecimento de longa data.

Em 1700, um renomado medico italiano, Bernardino Ramazini escreveu De Morbis Artificum

Diatriba.

Relatava os sintomas que os escribas sentiam na época. Com destaque para os

processos inflamatórios nos punhos devido ao excesso dos movimentos repetitivos.

Anos depois, em 1713, escreveu: Doenças dos Trabalhadores. Ele e considerado o

criador da Medicina Ocupacional. Fundamentou sua obra no estudo de 54 profissões.

A STC não e uma doença nova, foi descrita pela primeira vez por Sir James Paget em

1854.

Com o avanço tecnológico, é a intensificação do trabalho repetitivo, a STC, esta

recebendo maior destaque, entre as doenças ocupacionais nos últimos tempos.

Sendo, que o sexo feminino esta sendo mais atingido, geralmente é bilateral, ou seja,

atinge ambos os punhos.

Nas décadas de 40 e 50, a partir do desenvolvimento dos testes e estudos das

conduções sensitivas e motoras, neurologistas e cirurgiões, buscaram respostas para as

patologias de origem ocupacional. Tornou-se de maior conhecimento, a partir quando ouve

interesse de pessoas dedicadas a cuidar do ser humano.

[...] Essas doenças não são novas. Elas existem desde que o ser humano

apareceu na face da terra. No entanto, sua prevalência tem aumentado

significamente nas ultimas décadas, em conseqüência do envelhecimento da

população e em concordância com o conjunto de fatores políticos, sociais e

econômicos que regem o nosso “jeito moderno de viver. 8

Muitos acontecimentos aconteceram depois da descoberta de James Paget, no entanto,

as dúvidas a respeito da doença, é a melhor abordagem de tratamento ainda continua sendo

uma barreira a ser transpassada.

8 NICOLETTE, Sergio. LER – Lesôes por Esforços Repetitivo. Fasciculo 1.Centro Brasileiro de Ortopedia

Ocupacional. São Paulo.1996.

Page 25: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

25

2.2 Etiologia

A etiologia da síndrome do túnel do carpo é multifatorial, pois engloba várias causas.

Por isso é importante uma abordagem na analise dos sintomas, testes clínicos e exames, com o

objetivo de descobrir a verdadeira causa, “laboral ou extra-laboral”. Como por exemplo, a

artrite reumatóide e outras patologias.

As formas de vibração que ocorrem em freqüências de 8 a 100hz, com alta aceleração,

são especialmente danosas. Também e relevante a compressão mecânica na base das mãos.

(Couto, 1998)

O uso de ferramentas, que fornecem pressão no punho e mãos, e vibrações, constitui

uma das causas que favorecem o surgimento da síndrome do túnel do carpo, na atividade

laboral, e podem acarretar lesões crônicas dos nervos. No qual, vai dificultar a realização de

inúmeras tarefas.

Ferramentas inadequadas (geralmente curtas), como chaves de fenda, cuja base

se apóia sobre a base da mão;

Concentração de força na base da mão, como por exemplo, ao realizar

determinadas tarefas que exigem do trabalhador, pressionar com a base da mão

ou usá-la como se fosse um martelo;

Uso freqüente de alta intensidade de força, como por exemplo: ao usar uma

chave de fenda inadequada ou, quando torcer uma porca usando força

excessiva;

Ferramentas vibratórias.

Page 26: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

26

2.3 Fisiopatologia

A STC é considerada a neuropatia compressiva mais freqüente. A síndrome do túnel

do carpo é produzida pela compressão do nervo mediano na sua passagem pelo punho.

RUARO (2003)

Segundo: BARBOSA (2005) a síndrome do túnel do carpo, decorre da compressão do

nervo mediano ao nível do carpo, para o ligamento anular do carpo, que se apresenta muito

espessado e enrijecido. Por, fasciite desse ligamento.

O túnel do carpo encontra-se estreito, e dificulta o livre trânsito dos músculos flexores

dos dedos, e como conseqüência, ira aumentar os atritos entre os tendões e ligamentos,

desenvolvendo tenossinovite e tendinite.

Segundo NICOLETTI (1999) As lesões traumáticas periféricas, produzem danos, que

precisam do comando de unidade controladoras do SNC para serem reparados. E quando,

ocorre, exposição prolongada aos movimentos vibratórios, ocasionam efeitos deletérios sobre

os nervos periféricos.

Os nervos periféricos são freqüentemente traumatizados, resultado de esmagamentos

ou secções que trazem como conseqüência perda ou diminuição da sensibilidade e da

motricidade no território inervado.

A pressão normal dentro do túnel do carpo é de 2,5 mmhg, e durante a extensão ou

flexão total do punho aumenta para 30 mmhg. Nos pacientes portadores de síndrome do túnel

do carpo, a pressão encontra-se entre 90 mmhg, provocando assim uma compressão do nervo

mediano.

[...] estudos experimentais mostraram a seqüência dos eventos que ocorrem

no nervo periférico quando submetido à aplicação de forças externas compressivas

elevadas. Pressões induzidas experimentalmente em torno de 130 a 150 mmhg

levaram ao bloqueio agudo da condução nervosa, e pressões maiores causaram

alterações na morfologia da fibra nervosa. Esses mecanismos resultam em alteração

da condução nervosa. 9

O distúrbio da condução nervosa pode ocorrer pela alta pressão exercida durante um

curto período de tempo, e tanto a isquemia quanto os fatores mecânicos são os principais

responsáveis. Dependendo do estágio, quando a causa e retirada, a alteração e normalizada. 9 FREITAS, Paula Pardini. Reabilitação da Mão. Editora::Atheneu. Rio de janeiro. 1 ec. Pag.275-282.

9

Page 27: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

27

2.4 Diagnóstico

O diagnostico da STC é realizado, por meio de um histórico cuidadoso, exame físico

minucioso do membro superior, principalmente da área acometida, o punho e mão. Através de

testes e exames específicos, avaliando as funções motoras e sensitivas.

O exame clinico na maioria dos casos, é insuficiente para determinar o diagnostico,

então e necessário alguns exames complementares, no qual ira analisar a intensidade do

comprometimento do nervo, e para investigar as alterações anatômicas locais, ou a presença

de tumores. Vejamos alguns testes e exames essenciais para o diagnostico de STC:

a) Phalen - é um sinal especifico e indicativo da síndrome do túnel do carpo, e

realizado da seguinte forma: pede-se ao paciente que realize a manobra de

hiperflexão de ambos os punhos, durante um minuto. Esta posição aumenta a

pressão no túnel do carpo e no nervo mediano. Quando o diagnostico é positivo,

provoca o formigamento (hipoestesia) e a dor (hiperestesia) na mão. Em 66 a80%

dos casos, e 16 a 20% de pacientes sem síndrome do túnel do carpo, podem

apresentar estes sintomas.

b) Sinal de Tínel - Consiste em uma percussão direta ao nervo mediano. Quando o

teste e positivo o paciente relata: dor e formigamento no polegar, ou dedo médio.

Pode ser positivo em 56 a 67% dos pacientes com STC. E necessário também, ter a

comprovação de eletroneutromiografia (ENMG).

c) A eletroneumiografia, (EMNG) - Mede a relação de velocidade de impulsos

elétricos. Na, STC, o impulso é retardo quando passa pelo túnel do carpo. E

necessário também realizar: RX simples – AP, Perfil e incidência para túnel do

carpo, a Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética. Os exames

laboratoriais podem ser incluídos, com o objetivo de pesquisar, se a origem é

sistêmica, inflamatória, endócrina ou metabólica.

Em 1992, destacaram a utilidade do teste de Phalen para o diagnostico e ressaltaram

que a combinação dos testes de Tínel e Phalen pode ser positivo em 88% dos pacientes. Os

indivíduos normais podem apresentar também, o sinal positivo de STC, em 20% dos casos.

(Freitas, 2007)

O teste de Durkan é uma alternativa, pouco conhecida, sendo realizado através da

compressão digital do nervo mediano no punho, é o mais sensível e especifico, sendo muito

Page 28: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

28

utilizado nos pacientes que perderam a capacidade de flexão do punho (rigidez, deformidades)

ou apresenta punho doloroso.

Outro teste que não e pouco realizado, mas de grande ajuda, é o teste do torniquete

pneumático, descrito por Gilliant e Wilson em 1953.

A partir dos testes clínicos e exames complementares, o profissional da medicina do

trabalho, terá os dados necessários, para verificar, se a sua origem. E ocupacional, ou seja,

distinguir os fatores laborais e extra laborais.

Depois seguira, para uma segunda etapa Informando ao INSS através da CAT, para

poder continuar recebendo seus rendimentos. E assim, poder, realizar o tratamento adequado

para evitar que a doença tenha agravantes.

2.5 Sintomatologia

Os sintomas são de caráter noturno, e o paciente relata a sensação de mão gorda e

inchada, geralmente associada à sensação de fraqueza, no qual, nem conseguem segurar um

objeto, deixando-o cair freqüentemente.

Segundo, KOUYOUUMDJIAN (1999), a alteração reversível rápida das fibras

nervosas, relacionado a isquemia, ou também chamado bloqueio agudo fisiológico

rapidamente reversível, E, a Anormalidade estrutural que se desenvolve lentamente nas fibras

nervosas como resultado da pressão abaixo do retinacúlo flexor (ligamento transverso do

carpo). Os pacientes com síndrome do túnel do carpo, são classificados em três grandes

grupos ou categorias:

1-Sintomatologia leve intermitente: Dor, dormência e formigamento na área de

representação do nervo mediano, predominantemente noturno, acordando o (a)

paciente varias vezes, sintomas diurnos posicionais como dirigir autos, segurar objetos

na mesma posição ou fazer trabalhos manuais; o retorno à normalidade é alcançado

rapidamente por mudança de postura ou movimentação das mãos; o exame

neurológico esta normal e os testes de Tínel e Phalen podem estar positivos. O teste

de Tínel é controverso, sendo positivo em 66% dos pacientes com STC e em 20% dos

controles normais. O exame de condução nervosa pode estar normal (anormalidade

isquêmica rapidamente reversível) ou revelar lentificação incipiente da condução do

nervo mediano do carpo.

Page 29: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

29

2-Sintomatologia persistente: Déficit sensitivo e perda da habilidade manual (déficit

para pinçamento); dor tipo queimação, dormência mais acentuada, sensação de edema

e congestão na mão; melhora muita mais lenta mesmo com mudança de postura ou

movimentação das mãos; o exame neurológico revela déficit sensitivo e motor, Tínel e

Phalen positivos e eventualmente atrofia tênar; os achados clínicos não dependem do

tempo de compressão e sim do grau de lesão do nervo mediano. O exame de condução

nervosa revela lentificação evidente do nervo mediano do carpo.

3-STC grave: Acentuada perda sensitiva, inclusive discriminação de dois pontos, com

déficit funcional grave e acentuado atrofia tênar e de pele; prognostico mais reservado

mesmo após descompressão.

A síndrome do túnel do carpo é a patologia freqüente que se expressa por dor e

parestesias nas mãos, comumente em pacientes com idades entre 30 e 50 anos, quase sempre

não há dificuldade diagnostica nos casos típicos. (Barbosa, 2006)

Existe ainda há incerteza, no qual muitos pacientes relatam além das implicações

clinicas, problemas jurídicos e sociais. Possivelmente porque, inexiste um critério clinico

ideal para o diagnostico, pois os dados da maioria dos estudos são derivados de pacientes

atendidos em serviços especializados, o que significa que os sintomas descritos são

comumente de pacientes com sintomatologia mais grave, que já procuraram assistência

médica.

[...] Os sintomas mais freqüentes são dor e parestesia referente na face palmar do

punho e da mão, principalmente os achados clinico- epidemiológicos encontrados na

literatura e os sintomas são: Dor, parestesia, formigamento na região do polegar e

indicador e médio e indicador. Alguns pacientes ainda podem referir dor na região

superior do antebraço e ombro. Parestesia (sensação anormal como formigamento ou

queimação, não causada por estímulos externos), hipoestesia (diminuição geral da

sensibilidade) e às vezes disestesias (perturbações na sensibilidade tátil) geralmente

são referidas no território correspondente no nervo mediano” 10

______________________. Reabilitação da Mão. Editora::Atheneu. Rio de janeiro. 1 ed. Pag.275-282.10

Page 30: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

30

2.6 Funções da mão

A mão realiza funções de preensão onde os dedos comprimem um objeto contra a

palma (movimento de força) e de pinça, onde dois dedos seguram um objeto entre eles

(movimento de preensão), também denominada de “força de garra e movimento de pinça.

Pode ser caracterizada por seis funções: pinça palmar, compreensão digital, pinça

lateral, pinça pulpar, compressão palmar e preensão.

Mas, somente a preensão pode realizar movimentos de força, sem ter um elevado risco

às lesões. E, quando e submetida á situações desfavoráveis de trabalho, compromete sua

estrutura. Também realiza diversas posturas para executar os movimentos: extensão, flexão,

movimento de pinça, desvio radial, desvio ulnar.

As tarefas delicadas que envolvem a manipulação precisa. A função de pinça nos

proporciona, as habilidades motoras finas apropriadas, que envolvem manipulação precisa

pela precisão de movimentos (força) (Couto,1996)

2.7 Túnel do Carpo

O túnel do carpo (ou canal do carpo) anatomicamente esta situado na face ventral do

punho e tem os ossos do carpo como seu assoalho e o ligamento transverso do carpo

(retináculo dos flexores) formando seu teto. Com um cumprimento de aproximadamente de 6

cm e com 3 cm de largura estende-se do punho até a palma da mão e comporta em seu interior

o nervo mediano e 9 tendões

É uma estrutura osteoligamentar bem definida, situada distalmente à prega do punho.

É constituida por tres paredes osseas – a tuberosidade do escafoide, lateralmente; o assoalho

do carpo, dorsalmente, e o gancho do hamato, medialmente – e uma parece ligamentar, o

ligamento transverso do carpo, anteriormente.(Freitas,2006)

Nele passam os tendões flexores superficiais e profundos dos dedos e o tendão flexor

longo do polegar, juntos com o nervo mediano.

Page 31: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

31

2.8 Nervo Mediano

O nervo mediano tem uma grande importancia no diagnostico diferencial dasíndrome

do túnel do carpo.

A perda de sua sensibilidade torna a mão, desprovida da pinça manual, alem da perda

de oposição do polegar. O seu trajeto vem desde a raiz cervical até o dedo. O local, mais

comum de compressão é o túnel do carpo.

Depois de passar pelo tunel do carpo, o nervo mediano divide-se em tres ramos. O

primeiro, mais proximal, perfura o ligamento transverso do carpo e é um ramo motor,

suprindo os musculos abdutor curto do polegar, oponente do polegar e a cabeça siperficial do

curto flexor do polegar. Os outros ramos do nervo mediano suprem o 1, 2, 3 lumbricais e dão

inervação sensitiva para os dois lados do polegar, indicador e medio e lado radial do

anular.(Freitas,2007)

Devido ser, uma estrutura inelástica, não suporta em seu interior um volume elevado,

do que já existe e qualquer alteração compromete à sua estrutura.

Segundo DÂNGELO E FATINNI (1995): o nervo mediano é formado pela união das

raizes medial e lateral, oriundas dos respectivos fasciculos e possui fibras das raizes

C5,C6,C7,C8 e T1. No braço ele situa-se lateralmente à artéria braquial e posteriormente à

borda medial do musculo bíceps braquial. Neste segmento corp[oreo, ele não lança tamos.

Mas a medida que ocorre distalmente, cruza anteriormenre a artéria braquial para situar-se

medialmente a ela na fossa do cotovelo. O nervo mediano, ainda comunica-se com o nervo

ulnar na região do antebraço.

Estes ramos são geralmente represenados por varios nervos delgados, porem essas

comunicações são clinicamente importantes, porque mesmo com uma lesão total do nervo

mediano, alguns músculos podem não ficar paralisados, o que pode levar a uma conclusão

errado, de que o nervo mediano não foi lesado.(ARUANO,2001)

Como foi dito anteriormente, não possui ramos no braço, se origina-se no antebraço e

na mão. Esta localizado a nivel da articulação do punho e mão neste sentido, entre os tendões

do flexor radial do carpo e palmar longo à cerca de 5 centimetros da prega volar do punho.

Penetra pela mão atrevés do tunel do carpo. Envia um ramo culaneo palmar, sensitivo, que

inverva a região tenar proximal e que passa anterior ao ligamento transverso do carpo.

Page 32: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

32

É o responsavel pela sensibilidade do dedos: pelgar, indicador, medio e face externa

do dedo anular além de inervar alguns músculos da mão (lumbricais, radiais, oponente do

polegar, abdutor curto do polegar e flexor curto do polegar).

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33

3 PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO

3.1 A Fisioterapia e os Exercicios Laborais

A atuação da fisioterapia preventiva , iniciou-se na década de 1970, ocasionada, pelos

treinamentos denominados “back school”, ou “escola da postura”. Esses treinamentos

procuravam divulgar um conjunto de conhecimentos básicos (os efeitos das posturas e

moviemntos sobre as costas, as posições mais adequadas para o relaxamento, entre outras.

Devidos as aplicações, que não foram be executadas, contribuiram para o fracasoo desse

metodo.

A tecnologia oferece aumento da produtividade industrial através da mecanização do

trabalho. Entretanto o menor esforço físico leva o homem à fadiga, com diminuição de suas

funções musculares e fisiológicas.

Segundo DELIBERATO(2002),os tipos de exercicios na prevenção de doenças

ocupacionais, são:exercícios de alongamento, exercicios de fortalecimento de leve

intensidade, exercicios de relaxamento, exercicios respiratóriose exercicios globais.

Em relação aos niveis de prevenção, a saúde ocupacional, está dividida em três niveis:

prevenção primária, prevenção secundária, prevenção terciaria.

[...] a preocupação com saúde dos funcionários, hoje considerados por

todas as filosofias administrativas mais modernas como parceiros internos da

empresa, já é uma realidade de muitos setores produtivos, que comprovaram ser

possível oferecer qualidade de vida a seus funcionários ao mesmo tempo em que são

gerados benefícios reais para a empresa”11

O exercicio laboral pode ser conceituado como um repouso ativo, que aproveita as

pausas regulares durante a jornada de trabalho, para exercitar os músculos correspondentes e

relaxar os grupos musculares que estão em contração durante o trabalho, tendo como objetivo

a prevenção a fadiga.(Kolling, 1980)

11

BARBOSA, Luis Guilherme. Fisioterapia preventiva nos distúrbios osteomusculares relacionados ao trab alho

– DORT’S - A fisioterapia do trabalho aplicada. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2005.

Page 34: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

34

Atualmente, dentre os programas de exercicios utilizados nas empresas, para prevenir

e “eliminar” os casos de afeccções ocupacionais, podemos destacar à ginastica laboral.

A ginastica laboral desenvolv eu-se no Japão, em 1928, onde funcionários dos correios

frequentavam sessões de ginástica diariamente.Com isto, verificou-se a descontração e o

cultivo da saúde, um ambiente mais relaxado para trabalhar.

Utiliza-se de exercicios de relaxamento, alongamentos, e exercícios respiratórios, com

o objetivo de proporcionar ao trabalhador o relaxamento fisíco e mental.Para ter exito é

necessario, ser acompanhados por análises ergonômicas, antropométricas, posturais e

biomecânicas.

A implantação da ginástica, desporto e recreação na indústria têm valores

biopsicossociológicos que proporcionam melhor qualidade de vida ao trabalhador e

conseqüente aumento da sua produtividade. (Filho, 1974).

A ginástica laboral associada à ergonomia contribui para a melhora da qualidade de

vida do trabalhador, o que consequentemente gera ganho em produtividade, pois com as

condições ideais, os riscos de acidentes e lesões são reduzidos.(Oliveira,2002)

Segundo PASCARELLI (2004) um programa regular de exercícios , é mportante , se

voce quer, se ver livre das dores,parestesias, e formigamentos, e as desabilidades da

desordens.

É uma grande alternativa preventiva nos disturbios ocupacionais, pois engloba o

resultado ,da soma de todos os esforços para melhorar a saúde do trabalhador, no seu

ambiente de trabalho e na comunidade onde vive.

Os beneficios, do exercicio na atividade laboral, são muitos. Além da saúde do

corpo,também proporciona a saúde mental e intelectual, gerando uma melhor qualidade de

vida. Os investimentos na ação preventiva, é uma grande passo ao bem estar do ser humano.

3.2 A Ergonomia no Ambiente de Trabalho

A ergonomia desenvolveu-se durante a Segunda Guerra Mundial, em meio aos

conflitos, entre o desenvolvimento humano e o tecnico. Anos depois, foi estabelecida, nas

forças armadas amercianas, os laboratorios de engineering psychology, um marco para o

desenvolvimento ergônomico.

Page 35: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

35

Em 1949, a Inglaterra fundou a Ergonomic Research Society. Em 1961, os Estados

Unidos, criaram a International Ergonomics Association (IEA), esta representa as associações

de quarenta paises, incluindo o Brasil, que em 1983, fundou a Associação Brasileira de

Ergonomia (ABERGO).

A palavra Ergonomia deriva do grego (érgon:trabalho e nomos:leis ou regras), podem

ser atribuidas como as leis que regem o trabalho.

A ergonomia é uma tecnologia e não uma ciencia, cujo objetivo é a organização dos

sistemas homem maquina.(Barbosa 2005).

Segundo COUTO (1995) o conjunto de ciências e metodologias que procura o ajuste

confortável e produtivo entre o ser humano e o seu trabalho basicamente procurando adptar as

caracteristicas do trabalho ao ser humano

Diversos autores tèm proposto definições para a esgonomia, entretanto a origem do

termo é atribuida ao polonês W.Jastrzebowki., que em 1957, lançou uma de suas obras

intitulada de: O esboço da ergonomia ou ciência do trabalho baseada sobre as verdadeiras

avaliações das ciências da natureza.

A definição mais encontrada na literatura, segundo DELIBERATO (apud

Wisner,1987) confere ao termo ergonomia o significado de um conjunto de conhecimentos

cientificos relativos ao homem e necessários à concepção de instrumentos, máquinas e

dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficiência.

Na atualidade, duas tendências estão em destaque:

1)a ergonomia dos métodos e tecnologia, baseada na caracteristica americana, da

contínua necessidade de adptação da máquina ao homem, dependente do

aperfeicoamento da tecnologia.

2) e da organização do trabalho, vindo da influência europeia, no qual centralizam-se

no estudo da inter-relação homem e trabalho, mas destacando, o forma como o homem

sente,e vivencia o trabalho.

A orientação e o treinamento das posturas e posições durante a atividade laboral é uma

parte fundamental do tratamento de reabilitação. O paciente deve evitar posições, que

provoquem a flexão forçada do punho, movimentos repetitivos de flexão dos dedos com a

flessão do punho e posições que mantem a preensão com o punho e dedos flexionados por um

periodo prolongado.

Page 36: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

36

Atraves da analise antropometrica, verifica-se, o posto de trabalho, as ferramentas,

para concluir, se estáo adequadas, a altura do corpo, diferenciando os sexos.

Segundo DELIBERATO(2002) A antropomeria é a ciencia que, baseando-se nas

estruturas anatômicas, fornece as medidas do corpo humano.

Esta avalia os dados a respeito dos seguintes dados:

a) Sentada: altura ombro assento, altura ombro assento, altura solo-assento

b) Em pé: avalia-se a estatura, altura cotovelo-solo, ombro-solo

Para uma abordagem efetiva é necessario utilizar quatro tipos de aplicações:

Ergonomia de correção, concepção, conscientização e participativa..

Existe ainda as dificuldades, em relação, com ás diferentes dimensões das pessoas, o

que é adequado para um, não é adequado para outro.Não e somente uma questão de gosto, ou

costume, mas adequar a ferramenta de trabalho, á altura, sexo e dimensóes para cada

individuo.

Em relação a sindrome do túnel do carpo, é necessario avaliar, as posições

inadequadas, do teclado do computador, a posição do pulso, e os aparelhos de vibração, e suas

adequações.

Com relação, ao posicionamento correto do punho temos as seguinte medidas:

Na posiçao ortostatica: com o ombro em adução, cotovelo em flexão de 90 graus,

antebraço e punhos neutros, mão e dedos abertos.

Na posição sentada: assento-cotovelo.

Entretanto, a posição antropometrica mais usada é a seguinte: posição ereta; pés

descalços, unidos pelos calcanharese afastados ligeiramente em suas porções distais, tendo

que formar um ângulo de 45 ; membros superiores pendentes ao longo do carpo com os

ombros devidamente relaxados; as mãos espalmadas contra as faces laterais da coxa;a cabeça

deve ser orientada no plano aurículoórbitário, conhecido também como plano de Frankfurt.

Para evitar a síndrome do túnel do carpo, O pulso e a mão, devem estar posicionados

em linha reta. .Além dos teclados estarem adequados, outros acessorios estão sendo usados, é

favorecem bastante a ergonomia. Como por exemplo:

O apoio do punho no teclado, é muito favoravel, porque complementa o tampo

da mesa, e evita, que os punhos permanecem em flexão acima dos 25, Esta

posição e prejucidicial porque aumenta o atrito dos tendões com a bainha do

retinaculo, e amplia a aréa de contato com o canto vivo de mesas inadequadas.

Page 37: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

37

O apoio punho-mouse, este tem caracteristica semelhante ao apoio para punho

no teclado.Mesmo que não seja muito utilizado na digitação, muitos utilizam o

mouse, ou para navegar na internet ou em trabalhos. Sendo uma uma peça que

não e fixa, o usuario pode utiliza-la na posição que desejar.

Segundo a Norma Regulamentadora NR-17 ERGONOMIA da portaria 1.789.de

02.19.1998..17.4. EQUIPAMENTOS DOS POSTOS DE TRABALHO.

17.4.3.os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com

terminais de vídeo, devem observar o seguinte:

b) o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador ajustá -

lo de acordo com as tarefas a serem executadas;

c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que

as distâncias olho-tela, olho-teclado e olho-documento sejam aproximadamente iguais.

Apesar de que, nos dias atuais a ergonomia esta se tornando mais conhecida, é o

surgimento de novos materiais e novos designs. Ainda, existe controvesias, porque nem

sempre à utilização desse mobiliario, denominado “ergonomico”, podera ter o resultado

desejavel, devido a dificuldades no ajusto do mesmo, ou do proprio usuário que não quer se

adaptar a esta simples ferramenta, que faz grande diferença.

A instrução a respeito dos principios ergonomicos contribuem, para o paciente,

retornar as suas atividades diarias, e ter o seu desempenho no ambiente de trabalho, tais como:

manusear adequadamente as ferramentas e adapta-las ergonomicamente;

buscar sempre objetos usando todos os dedos em vez de apenas;

utilizar a posição de pinça;

Fazer uso de adaptações, como luvas antivibratorias durante a realização de

atividades;

Quando fazer uso do computador, adequa-los a objetos ergonomicos, como

(suporte para punho, evitar flexionar o punho durante a digitação).

Segundo BARBOSA (2002) nada adianta o individuo possuir um mobiliario

ergonomico”quando ele não é”.

A fisioterapia aplicada a ergonomia, auxilia,coopera,e alem de tudo, proporciona, um

ambiente de trabalho, adequado para os funcionarios.Mas o principal é a colaboração de todas

principalmente do trabahador. O mobiliario, quando é visto como ferramenta de trabalho, é

um fator determinante na intervenção ergonomica com sucesso.

Page 38: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

38

Segundo o NIOSH, é de extrema importância a adequação das ferramentas, para

permitir que o pulso do usuário, venha estar em uma posição mais natural durante o trabalho.

Outras recomendações envolveram a modificadas das estações de trabalho, alterar o método

existente para executar a tarefa do trabalho, fornecer pausas de descanso mais freqüentes.

3.3 Relação Emocional X Incapacidade

A relação doença e incapacidade, requer uma ampla abordagem. Pois gera, transtornos

fisicos e emocionais aos paciente com síndrome do túnel do carpo. A invisibilidade da

doença, esconde por muitas vezes, o estado da sintomatologia. O paciente projeta-se, em um

ambiente de stress emocional elevado, devido a incapacidade gerada pela doença. Em muitos

casos, bilateral..

No mundo competitvo, onde o mais importante é a “produtividade a qualquer preço”,

esta cada vez mais dificl, valorizar o fator humano. Neste ponto crucial, e de extrema

importancia, a atuação da psicologia na fisioterapia..

“Para se compreender o comportamento humano, é necessario ir além do

que ocorre no individuo issolado, estudando-se tambem o meio onde vive o homem,

a sua familia, a sua comunidade e suas complexas interações sociais. E necessario

tabem considerar a natureza fisica do seu organismo, os seus mecanismos nervosos,

os seus sentidos e a sua musculatura .pois a natureza biologica do organismo tem um

papel fundamental na experiencia”.12

Na decada de 50 e 60, psicologos organizacionais, grandes pensadores das relalações

humanas, reagiram contra a premissa de Taylor, de que “as pessoas deveriam ser tratadas

como robôs”. Seus argumentos, eram, de que, para entender a natureza dos seres humanos,

seus sentimentos, desejos e aspirações.Constataram que o trabalho simplesmente mecanico,

gerava desconforto ao funcionario, e quando era acompanho de pausas, elevava a

1212

ALENCAR, Eunice M.L.Soriano DE. A Psicologia:Introdução dos princípios básicos do comprtamento.11

ed. Petropólis, Vozes. 2000, pág.64-86

Page 39: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

39

produtividade, este fato foi contatado pelos “Estudos Hawthorne” nos anos de 1920 e 1930

por Elton Mayo nawthorne da Western Eletric Company.

A motivação no trabalho, visando o bem estar, aumenta a produtividade, e

proporciona a melhoria na saude do trabalhador. A cobrança continua em torno do

funcionario, eleva o nivel de stress.(Guerrier,2000)

De acordo com BARBOSA (2006): a psicologia do trabalho, busca conhecer as

pessoas alem do trabalho, deixar transparecer sua preocupação com o lado humano do

trabalho. A real preocupação com a qualidade de vida das pessoas fora do trabalho, colocar-se

no lugar do trabalhador para poder entender as variações comportamentais correntes .

[...] Desde que comecei a trabalhar na digitação, em 1982, passei a sentir

um incomodo no braço, principalmente no pulso. Depois veio a dor...as outras

colegas reclamavam da mesma coisa... com o tempo a gente vai ficando isolada...

não consegue fazer mais nada de interessante...agora...até namorar fica

dificil...fiquei traumatizada quando o medico do INPS me mandou para a

fisioterapia. Lá, todos os doentes faziam o mesmo tratamento, independente da

doença. Tanto fazia ser acidente, derrame cerebral, tenossinovite...foi horrivel...a

gente piorava porque fazia exercicios com as mãos, apertando uma bolinha de

borracha...e aquela agua suja da hidromassagem... não gosto nem de lembrar...eu me

sinto aleijada. Não aguento olhar para as minhas maos e ver os meus dedos tortos e a

palma da mão afundada, mesmo depois de 2 cirurgias, incontaveis sessões de

fisioterapia e infiltrações com corticoides. Depois de tentar voltar ao trabalho por 3

vezes e o Centro de Reabilitação Profissional não ter conseguido me arrumar uma

ocupação que não agravasse o meu quadro, fui aposentada, em 1989.aposentada aos

29 anos...por invalidez.13

[...] Zizumina,44, não consegue segurar uma caneca d’água. Josefa, 50,

sente dores ao varrer a casa.Ednalva, 41, tem dificuldade para levantar os

braços.Marli,39, está com dedos da mão esquerda atrofiados.Francisca,40, só dorme

co soníferos. As quatro são amigas há mais de dez anos, trabalhavam juntas em uma

montadora em São Paulo Há dois anos, depois de inumeros afastamentos medicos,

elas sairam do trabalho, após um acordo, mas ainda sofrem com as lesões.(Oneill

2000)14

.

13

NICOLETTE, Sergio. LER – Lesoes por Esforco Repetitivo. Fasciculo 1.Centro Brasileiro de Ortopedia

Ocupacional. São Paulo.1996. 14

ONEIL, M.J.As mulheres e o risco de LER.Folha de S.Paulo.SãoPaulo 02.04.2000

Page 40: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

40

[...]A historia de Kakani, também traz as marcas da rejeição. Nascida em

1995, na tribo dos indios suruuarrás, que vivem semi isolados no sul do Amazonas.

Hakani foi condenada a morte quando completou 2 anos, porque não se desenvolvia

no mesmo ritmo das outras crianças.escalados para ser os carrascos, seus pais

prepararam o timbô, um veneno obtido a partir da maceração de um cipó.mas, em

vez de cumprirem a sentença, ingeriram eles mesmos a substância. O duplo suicidio

enfureceu a tribo, que pressionou o irmão mais velho de Hakani, Aruaji, então com

15 anos, a cumprir a tarefa. Ele atacou-a com um porrete.quando a estava

enterrando, ouviu-a chorar. Aruaji abriu a cova e retirou a irmã.ao ver a cena,

Kimaru, um dos avôs, pegou seu arco e flechou a menina entre o ombro e o

peito.tomado de remorso, o velho suruuarrá também se suicidou com timbô.a

flechada, no entanto, não foi suficiente para matar a menina. Seus ferimentos foram

tratados às escondidas pelo casal de missionários protestantes.eles apelaram à tribo

para que deixasse Hakani viver.A menina, então passou a dormir ao relento e comer

as sobras que encontrava pelo châo.”Era tratada como um bicho.Com 5 anos os

indios autorizaram os missionarios a levá-la para o Hospital. Marcia e Edson Suzuki

conseguiram adotar a indiazinha.Graças ao seu empenho, o hipotireioidismo foi

controlado mas os maus tratos e desnutrição deixaram sequelas.Aos 12 anos, Hakani

mede 1.20 metro, altura (Coutinho, 2007)15

[...]Nesses casos precisa lidar com o medo, com a ansiedade e, com

frequência, com a hostilidade dos companheiros que lhe culpam pela ocorrência e;ou

lhe imputam atributos desvalorativos como os associados à preguiça e simulação,

expressões como LERdo, LERdeza, tenopreguicite não são estranhas aos cotidianos

laborais com os casos de LER,DORT.16

Pacientes traumatizados mostram-se especialmente sensiveis à presença dos

profissionais que lhes dão suporte e tratamento. (Marinho,2006)..

Segundo EDWARS (1999) sentem depressão, ansiedade ou qualquer disturbio

afetivo, sue visão deles mesmos e do mundo esta afetada. Um nivel significativo de angustia

emocional irá provavelmente, requerer ajuda especial, e certamente quaisquer expressões de

intensão suicida ou auto-destruição devem ser trazidas para a atenção de um psicologico ou

psquiatra.

15

COUTINHO,Leonardo.Tribos indígenas ainda praticam o infanticídio.Revista Veja.São Paulo.15.08.07. 16

JACQUES, Maria da Graça.Acidentes e doenças ocupacionais: implicações psíquicas. II Congresso

internacional sobre Saúde Mental no Trabalho.Goiânia, 12 a 14 de Outubro de 2006.

Page 41: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

41

Estamos vivendo em uma época, “dos excluidos”. O trabalhador, vivencia, uma

grande barreira social. O empregador, quando olha a carteira profissional cheia de carimbos e

afastamentos desistem de contrata-los.São vistos, apenas como ,uma mera peça quebrada, sem

conserto. A atitude de excluir, são caracteristicas dos animais, que rejeitam, os filhote quando

nascem defeituosos. Um exemplo, comparativo, é o que ocorre com os povos indigenas, que

além de rejeitar, matam tambem as crianças , em outras palavras, executam o “infancidio”.

As doenças ocupacionais é associada frequentemente com desabilitação de problemas

com stress emocional e psicológico, dor crônica, ansiedade, depressão.A dor é um incomodo e

e torna-se, mais dificel de controlar, e severos problemas emocionais podem

surgir.(Pascarelli, 2004).

3.4 Tratamento Conservador

O tratamento consiste, em identificar a causa base,afastando outras hipoteses, que não

sejam de origem ocupacional. Pois algumas patologias como artrite reumatoide são tratadas

clinicamente.

De acordo com PEREIRA (1993) existem relatos sobre tratamento conservador da

STC desde 1956, incluindo uso de injeção de esteróides, splint para punho, splint combinado

com uso de vitaminas, splint combinado com uso de esteróides e de antiinflamatórios não

hormonais. Diversos autores, desde 1976, como Ellis (11,13), Wolf (39) e Folkers (15), têm

chamado a atenção para o uso da vitamina B6 como tratamento da STC.

As recomendações do, NIOSH, para controlar a Síndrome do Túnel do Carpo, é

focalizar no objetivo, para aliviar as posições inábeis do pulso e movimentos repetitivos da

mão, e reduzir a vibração das ferramentas da mão.

Segundo MAENO (2001), a respeito das ocorrências de doenças profissionais, quando

o agente causal no trabalho é bem identificado, também a relação causa-efeito se estabelece

facilmente, embora haja fatores coadjuvantes.

A ortese de repouso para o punho,colocada em posição neutra (0) reduz a pressão

dentro do túnel do carpo.Pois,elimina os movimentos principalmente de flexão, e ajuda a

diminuir os sintomas, com o uso associado de anti-inflamatorios.

E, indicada para ser utilizada, principalmente, no periodo noturno ou, dependendo da

intensidade dos sintomas, em tempo integral.

Page 42: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

42

Segundo FREITAS(2006) após um periodo de tempo, é depois de notoria dimuição da

dor, após 4 a 6 semanas, o paciente é orientado a usar a ortese apenas durante a realização das

atividades que pocisionam a mão de maneira inadequada e no periodo noturno. O paciente

deve retornar ao medico para reavaliação.

A orientação e o treinamento das posturas e posições durante a atividade laboral é uma

parte fundamental do tratamento de reabilitação. O paciente deve evitar posições, que

provoquem a flexão forçada do punho, movimentos repetitivos de flexão dos dedos com a

flexão do punho e posições que mantem a preensão com o punho e dedos flexionados por um

periodo prolongado.

A fisioterapia pode auxiliar com os recursos termoeletricos. A crioterapia, utilizada

atraves da compressas gelada, durante cerca de 20 minutos, proporciona o alivio da dor.

A aplicação do frio aos tecidos (crioterapia), envolve a transferência de energia

termica para fora dos tecidos(Kitchen,1998).

Segundo PORTER(2005):o gelo promove alternancia de vasodilatação e

vasoconstricção, assim afetando o edema. Tambem reduz, a taxa de disparo neuronal,

reduzindo assim o número de disparos de resposas dolorosas.

O ultrasson terapeutico pulsado, segundo FREITAS (2006) pode atuar na resolução do

edema secundario ao dano tecidual, reduz a dor.

A Estimulação Eletrica Nervosa Transcutânea (TENS), é uma modalidade de

tratamento que tem sua eficacia comprovada em controlar sindromes dolorosas agudas e

cronicas. Os modos de estimulação, são escolhidos, para atuar no alivio da dor, e são

determinados pelo estimulo do equipamento,frequencia do pulso, duração do pulso, largura e

intensidade.

O modo convencional e mais usado, e consiste em frequencias de 50 a 150 pulsos por

segundo, e duração de 20 a 100 microssegundos. A intesidade deve ser suficiente, para que o

paciente sinta, a sensação de formigament, mas sem contração muscular. O tempo

aproximado de aplicação e 15 a 20 minutos.

O terapeuta deve mover o eletrodo ao longo da distribuição do nervo mediano para

determinar qual o lugar em que a sensação de irradiação do estimulo eletrico é

maior.(Freitas,2006)

A laserterapia é tambem eficaz, no que diz respeito ao tratamento da STC. O laser

usado na terapia é o de baixa potência, como o laser de arsenieto de galio (AsGa) e o laser de

hélio-neônio (He-Ne).

Page 43: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

43

Proporciona o efeito analgesico, antiinflamatorio, antiedematoso e cicatrizante.

Indicado para lesões traumaticas dos tecidos osteomusculares,nervoso, ligamentos e capsulas

aticulares. Como dor crônica e sindromes compressivas,STC e outras.

O mais utilizado no tratamento consevador e de 1 a 4 J;cm. E o tempo varia de 2 a 5

minutos, por cada sessão.FREITAS (2006) sugere, que o tempo total não exceda 40 minutos.

Segundo MONTGOMERY(2007) o tracionamento alivia as dores é proporciona o

alivio de pressão nas estruturas em torno do nervo mediano.A acupuntura é uma tecnica, que

auxilia na diminuição da dor.

O alongamento pode aliviar a compressão do túnel carpal, e demais posturas usadas na

ioga podem diminuir a compressão nervosa,além de melhorar o fluxo sanguineo ao nervo

mediano. (Garfinkel et al , 1998)

A aplicação de carga por tensão, denominada também de

tração,alongamento,alongamento longitudinal ou estensão. Os tecidos se alongam sob a

aplicação de carga tensiva, sendo utilizada para aumentar o tamanho de tecidos

encurtados.(Lederman,2001)

Segundo MEALS (2000), a injeção de corticosteróide no canal do carpo pode ser

medida curativa para os sintomas inicais e leves.essas medicação acelera a resolução de

qualquer espessamento tenossinovial inflamatorio, proporciode carga dando alivio da

compressão.

De acordo com NICOLETTI (1996), o efeito analgésico da acupuntura abole também

os arcos reflexo patológicos, controla a dor em 85% dos pacientes em especial nas afecções

miofasciais e osteoligamentares.

Poderá ser necessária a liberação do túnel do carpo se não houver resposta ao

tratamento conservador.(Andrews,2000)

Segundo MATTAR Jr et al.(1996), o tratamento cirúrgico geralmente é realizado,

quando os pacientes têm síndrome do túnel do carpo severa(ou avançada).

De acordo com, KOUYOUMDJIAN(1999), a cirúrgia deve ser indicada após

tratamento conservador ineficaz, apesar de representar um procedimento terapêutico

indiscutível, continua sendo tema controverso, pois seus efeitos adversos não devem ser

menosprezado.

A intervenção cirurgica, por sua vez, é uma questão delicada.Os autores relatam, que

somente nos casos, em que o tratamento conservador, não teve exito.Pois muitos pacientes,

recusam-se a realizar.Isto, deve ser discutido, com o medico, e demais profissionais, que

estiverem cuidando do paciente. A melhor resposta é a prevenção.

Page 44: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

44

CONCLUSÃO

A síndrome do túnel do carpo é considerada como a neuropatia periférica mais

comum, de repercussão mundial, onde em muitos casos, a sua etiologia, esta sendo atribuída à

atividade profissional.

A epidemiologia destaca as mulheres, com este distúrbio. Como fazem parte da classe

economicamente ativa, esta situação, gera conflitos pessoais, e psicológicos. A realidade

torna-se mais um obstáculo a ser vencido, pois agora, existe a obrigação da sustentabilidade

familiar. Em algumas situações, participam da dupla jornada, cuidam dos afazeres

domésticos, trabalham fora, e ainda tem que dar atenção a família

A mulher, considerada frágil, passou a ter destaque na sociedade, ganhou espaço no

mercado de trabalho. Aos poucos estas guerreiras, buscam seu espaço no mundo capitalista.

Em algumas empresas ocupam, a posição de chefias, mas os salários ainda não são

compatíveis em relação ao sexo oposto. Em meio a esta competitividade, estão destacando-se

as doenças ocupacionais, e uma dentre elas, que estão tomando conhecimento público a

“STC”, vem afastando dezenas de trabalhadoras, em plena atividade laboral.

As pesquisas no Brasil, em sua maioria, são realizadas em conjunto com as outras

doenças ocupacionais, incluídas na LER, DORT. Em, sua parcialidade, os dados não são

conclusivos, apenas mostram os sintomas, e contribui para a invisibilidade da STC.

Alguns países desenvolvidos como os Estados Unidos, realizam pesquisas mais

efetivas, em relação à síndrome do túnel do carpo. Mas a realidade continua distante.

Dependendo do estagio, em encontra-se à STC, o tratamento conservador,

proporcionará resultados satisfatórios. E no caso, de negativa, o paciente deverá ser

encaminhado ao médico, para a cirurgia, e depois retorna a fisioterapia, para um tratamento

pós-operatório.

A ação preventiva continua sendo a melhor solução. O Brasil esta compreendendo esta

nova dinamica ocupacional,como outros países industrializados.Buscando a melhoria da

qualidade do ambiente de trabalho com novas tecnologias,onde algumas empresas estáo

desenvolvendo ações, visando a melhor qualidade na atividade laboral. Apesar de que, nos

dias atuais a ergonomia esta se tornando mais conhecida, é o surgimento de novos materiais e

novos designs. Ainda, existe controvesias, porque nem sempre à utilização desse mobiliario,

denominado “ergonomico”, podera ter o resultado desejavel, devido a dificuldades no ajusto

Page 45: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

45

do mesmo, ou do proprio usuário que não quer se adaptar a esta simples ferramenta, que faz

grande diferença.

Apesar dos esforços de poucos, mais sem duvida, dedicados profissionais. Ao longo

do tempo, vem demonstrando, que à prevenção é a melhor alternativa. Alem de evitar gastos

desnecessários, com indenizações, afastamentos, o grande beneficiário será o trabalhador

Ou seja, o empregador e empregado serão os melhores beneficiados, mas isto é uma

questão delicada, porque nem todos querem investir no potencial humano.Os investimentos,

com campanhas preventivas no Brasil, é precario. A solução é uma questão a ser analisada,

por todos. .

Page 46: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

46

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Page 53: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

53

ANEXOS I

Histórico dos acontecimentos da STC por década.

1850- James Paget, discutiu a compressão do nervo mediano no pulso.

1920 – As mãos dos empacotadores de carnes, apareciam inchadas. Médicos em um relatório de autopsia,

encontraram dano no nervo mediano e no carpal ligamento

1930-As desordens repetitivas ocasionada por tensão, são evidentes na agricultura, nos trabalhadores que

executam tarefas manuais repetitivas.

1950- - Sargentos da Marinha Americana, mencionaram sobre às lesões por esforços repetitivos. George Phalen

.M.D, apresentou um relatório sobre a compressão do nervo mediano no pulso, no encontro anual Associação

Médica Americana.

1970 – Os jogos tornaram-se populares, e as crianças começaram a desenvolver, os problemas conhecidos

como: o pulso dos invasores do espaço, é o polegar de nintendo.

1980 – Nesta, década às maquinas trabalharam mais intensamente para o homem. Trazendo acomodação,

gerando à tensão e o stress.A STC não obteve o destaque, apesar dos casos surgirem com maior intensidade

1990- Cada vez mais pessoas e pessoas usam computadores pessoais e seus dispositivos como mouse, estão

desenvolvendo a STC, e outros problemas no pulso e na mão. Denominado de “doença do mouse” in Norway.

2006 – A geração de dos atletas da computação, jovens adolescentes, são o grande alvo das LER;DORT.

Tabela 01- Histórico da STC

Fonte: MONTGOMERY, Kate.End your carpal tunnel pain without surgery:The montgomety method.

3ed.USA:Sports Touch Publishing.2007.

Anatomicas:

A) Diminuição do tamanho do túnel do carpal: Anormalidades do ossos do carpo, Hipertrofia do

ligamento transverso do carpo, Acromegalia.

B) Aumento do volume do carpo: Neuroma, Lipoma, Mieloma, Hipertrofia do ventre muscular, Artéria

mediano persistente, Sinóvia hipertrófica, Calo ósseo na região distal do radio, Osteófitos pós-

traumaticos, Hematoma, Síndrome de Linburg.

Fisiologicas:

A) Condições neuropáticas: Diabetes, Alcolismo, Lesão proximal do nervo mediano, Amioidose.

B) Condições inflamatórias: Tenossinovites, Artrite reumatóide, Infecção. Gota, Dermatomiosite,

Polimialgia reumática, Esclerodermia.

C) Alterações no equilíbrio hídrico: Gravidez, Contraceptivos orais, Eclâmpsia, Mixedema, Hemodiálise

por períodos prolongados, Doença de Raynaud, Obesidade, Posição horizontal e relaxamento

muscular.

Posicionamento e uso do punho (causa laboral):

A) Flexão e extensão repetitivas ( trabalho manual).

B) Preensão forçada repetitiva e liberação da ferramenta ou torção forçada da ferramenta de forma

repetitiva.

C) Movimentos dos dedos repetitivos com o punho em extensão: digitação, tocar instrumentos manuais.

D) Apoio de mão com o punho estendido: Paraplegia, andar longas distancias de bicicleta.

E) Imobilização com o punho fletido e desviado ulnamente: Gesso pós-fratura de Colles, Posição

inadequada durante o sono.

Tabela 02: Causas da STC.

Fonte: FREITAS, Paula Pardini et al. Reabilitação da mão: edição revista e atualizada. São

Paulo.Atheneu.2006.

Page 54: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

54

ANEXO II

Revelou que mais de 50% dos caixas de alimentos (predominante por mulheres), sofrem algum grau de STC, e

outras formas de LER;DORTS. Como resultado das demandas físicas de produtos de exploração em alta

velocidade.

O, Departamento dos Estados Unidos do Trabalho (U.S Department of Labor), incluiu que STC, e a “chefe do

risco ocupacional da década de 90”, desabilitando trabalhadores em epidêmica proporções.

Atualmente, 25% de todos os operadores de computador tem STC, com estimativas que para o ano 2000, 50%

da toda a força de trabalho talvez esteja afetado

Somente 23% de todos os pacientes de STC, estão aptos a retornar as suas profissões precedentes depois da

cirurgia

Ate 36% de todos os pacientes de STC, requerem tratamento medico ilimitado.

Atualmente, STC afeta cerca de 8 milhões de americanos.

As mulheres são duas vezes mais prováveis de desenvolver STC ao contrario dos homens.

A cirurgia de STC,é a segunda mais comum tipo de cirurgia, com bem 230.000 procedimentos executados

anualmente. E, também, a primeira problema medico relatado, cerca de 65% dos casos entre as doenças

ocupacionais.

Tabela 03: Dados do NIOSH

Fonte: MONTGOMERY, Kate.End your carpal tunnel pain without surgery:The montgomety method.

3ed.USA:Sports Touch Publishing.2007.

1) Prevenção Primãria

a) Programas de conscientização dos funcionãrios;

b) Realizaçãp de análises biomecânicas, posturais e antropométricas;

c) Análise do instrumental e dos equipamentos;

d) Avaliação organizacional;

e) Estudo de viabilidade para implantação de revezamantos;

f) Prática de exercícios de distensionamentos;

g) Introdução de programas de integração familiar e orientações gerais

2) Prevenção Secundária

a) Terapèutica adequada precocemente administrada;

b) Manutenção das ações primárias;

c) Reabilitação inicial;

d) Acompanhamento psicológico;

e) Prática regular de exercícios respiratórios e de relaxamento;

f) Estudo de viabilidade para implantação de recolocação profissional

3) Prevenção Terciária

a) Reabilitação tardia (ou limitação da incapacidade)

b) Aspectos relativos a assistência social.

Tabela 04: Tipos de Prevenção

Fonte: DELIBERATO,Paulo.Fisioterapia Preventiva:fundamentos e aplicações.2002

Page 55: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

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ANEXOS III

1) Exercícios de alongamento – promovem o estiramento dos músculos aumentanto seu comprimeto, o

que por sua vez permite que se mantenham melhor preparados para atender às exigências das tarefas

ocupacionais;

2) Exercícios de fortalecimento de leve intensidade – agem aumentando a capacidade do músculo em

responder às solicitações do cotidiano, não somente em relação a intensidade de força produzida, mas

também na manutenção de atividades por períodos maiores de tempo;

3) Os exercícios de relaxamento – considerados importantes porque propiciam um momento de descanso

para os músculos mais exigidos em determinada tarefa laboral, além de promoverem a eliminação de

substâncias tóxicas;

4) Os exercícios respiratórios – sáo úteis na melhora da cpacidade respiratória e da coordenação dos

músculos envolvidos com a respiração, além de estarem associados ao relaxamento;

5) Os exercícios globais – promovem liberdade de movimento às articulações e melhoram a coordenação

motora, o equilíbrio e a flexibilidade..

Tabela 05: Grupos de Exercicios

Fonte: (Idem)

A) Identificar as atividades que ofereçam maior risco de carga física, abrangendo também a fadiga visual,

ou cognitiva.

B) Analisar, detalhadamente, a atividade do ponto de vista ergonômico, para estabelecer o momento da

necessidade real de pausa para o exercício durante o processo de trabalho, visto que o cumprimento

puro e simples da NR-17, 50 minutos de trabalho para 10 minutos de descanso, não significa que

devamos transformar em pausas ativas todas as pausas.

C) A série de exercícios preconizada deve ser direcionada para que possa ser realizada no próprio local de

trabalho.

D) O tempo também é fator prioritário nessa atividade, visto que o objetivo é de interferir para auxiliar na

saúde e produtividade.

E) O biotipo do trabalhador é outro elemento a ser considerado na elaboração da sequência dos exercícios

compensatórios.

F) A idade é um outro fator importante

Tabela 06: Modelo de elaboração dos Exercicios Laboraia Compensatórios(MEELC)

Fonte: (Idem)

Tabela 07: Beneficios da atividade fisica

Benefícios físicos

Controle do peso corporal

Melhora do perfil lipídico

Aumento da densidade óssea

Controle da pressão arterial

Melhora da mobilidade articular

Melhora da resustência local e global

Melhora da força muscular

Melhora do equilíbrio e da coordenação

Beneficios psicossociais

Alívio do stresse

Aumento do bem-estar

Aumento da auto-estima

Diminuição da ansiedade

Manutenção da autonomia

Redução do isolamento social

Aumento da motivação

Incremento da consciência coletiva

Benefícios produtivos

Diminuição de DORT’S

Diminuição do absenteísmo

Diminuição dos custos médicos

Diminuição da rotatividade

Melhora institucional

Manutenção ou aumento da produção

Beneficios gerais

Feito no próprio local de trabalho

Intensidade leve ou moderada

Ausência de equipamento específico (baixo

custo).

Tabela 07: Beneficios da atividade fisica

Fonte: (Idem)

Page 56: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

56

ANEXOS IV

Figura 01: Trabalhadora na fabricação de tecidos

Fonte:www.bubles.com.br

Figura 02: Aréa de dor e parestesia

Fonte: http.www.medicinenet.com

Page 57: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

57

ANEXO V

Figura 03: Teste de Phalen

Fonte: Avaliação fisioterapeutica do punho e da Mao. Silvia Maria Amado João.

www.fm.usp.br/fofito/fisio/pessoal/isabel/biomecanicaonline/articulacoes/punho

Figura 04: Teste de Tinel

Fonte: http://images.emedicinehealth.com/images/4453/4453-4463-5013-8805.jpg

Page 58: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

58

ANEXOS VI

Figura 05: Nervo mediano

Fonte: www.nucleusinc.com

Figura 06: Nervo mediano e local de pressão

Fonte: (Idem)

Page 59: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

59

ANEXOS VII

Figura 07: STC e provável local da cirurgia

Fonte: www.adam.com

Figura 08: Posição correta do punho durante a digitação

Fonte:http://64.233.179.104/translate_c?hl=ptBR&u=http://www.soundfeelings.com/&prev=/search%3

Fq%3Dcarpal%2Bsyndrome%26start%3D10%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN

Figura 09: Posição errada do punho durante a digitação

Fonte: (idem)

Page 60: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

60

ANEXOS VIII

Figura 10:Luvas antivibratórias

Fonte: http://www.jobeluv.com.br/downloads/09-LuvasTermicas_e_Antivibracao.pdf

Figura 11: Idem

Fonte: http://www.jobeluv.com.br/downloads/09-LuvasTermicas_e_Antivibracao.pdf

Figura 12: Teclado ergonomico sem fio

Fonte: http://www.precomania.com/search_getprod.php/masterid=43445602

Page 61: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

61

ANEXOS IX

Figura 13: Apoio de punho para teclado

Fonte: http://www.seton.com.br/aanew/pdfs/DA104.pdf

Figura 14: Apoio de punho para mouse

Fonte: (idem)

Figura 15: Ortese para punho com tala (Túnel do carpo).

Fonte:http://www.mercur.com.br/site/content/bodycare/resultado_busca.asp?Cod_Aplicacao_Bodycare

=28

Page 62: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

62

ANEXOS X

Figura 16: Ortese para punho

Fonte: (idem)

Figura 17: alongamento dos flexores do punho

Fonte: Propria autora

Figura 18:(Idem)

Fonte: (Idem)

Page 63: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

63

ANEXOS XI

Figura 19: Tração manual

Fonte: (Idem)

.

Antecedentes de trabalho com movimentos repetitivos (620) pacientes

com antecedente 330 casos

sem antecedente 228 casos

não registrado 21 casos

Grafico 01:Antecedentes de trabalho com movimentos repetitivos (620) pacientes.

Fonte: NICOLLETI,Sergio.LER – Lesões por Esforço Repetitivo. Fasciculo 1.São Paulo:Centro

brasileiro de ortopedia ocupacional. Pag2.1996

Page 64: Abordagem Fisioterapêutica na Sindrome do Túnel do Carpo

64

ANEXOS XII

0,00% 10,00%20,00%30,00%40,00%

Distribuição por função

Outros (22,60%)

Telefonista (1,10%)

Auxiliar de escritório (1,10%)

Operador de máquina (1,50%)

Compensador (1,50%)

Costureira (1,50%)

Escriturario( 8,40%)

Caixa (13,1%)

Gráfico 02: Distribuição por função (620) pacientes

Fonte: (Idem)

punho (20,0%)

antebraço (15,1%)

mão (12,3%)

cervical (11,8%)

membro superior (11,3%)

ombro (8,9%)

Gráfico 03:Distribuição segundo o local de queixas (620) pacientes

Fonte: (Idem)