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“Abordagem de Saúde Única na prevenção da resistência aos antimicrobianos: impactos do Plano de Ação do Brasil para o setor regulado e para o Serviço

Veterinário Brasileiro”

CONTEXTO MUNDIAL - AÇÕES

• 2011: A OMS introduziu um pacote de políticas para combater a AMR, listandoações críticas para cada stakeholder com o intuito de estimular a mudança3

• 2013: A OMS iniciou uma análise situacional de 133 países para conhecer aextensão das práticas efetivas e das estruturas para o combate à AMR1

• 2014: Na 67ª AMS4

– Necessidade de se elaborar um plano de ação global para conter o problema;

– Necessidade de se aplicar a abordagem multissetorial;

– Compromisso de submeter à 68ª AMS (2015) um draft do plano de ação global.

• Novembro de 2015: Publicado Plano de Ação Global em RAM2

1World Health Organization, 2015. Worldwide country situation analysis: response to antimicrobial resistance. 2World Health Organization, 2015. Global Action Plan on Antimicrobial Resistance. 3World Health Day 2011: Policy briefs. http://www.who.int/world-health-day/2011/policybriefs/en/.4World Health Organization, 2014. World Health Assembly Resolution WHA67.25.

CONTEXTO MUNDIAL

• Fevereiro de 2016: Publicado o Manual para elaboração dos planos de ação nacionais em RAM5

• Maio de 2016: Informe sobre a elaboração dos planos nacionais na 69ª AMS

• Setembro de 2016: Reunião de Ato Nível sobre RAM na Assembleia Geral da ONU - adesão de 193 países (21/09/2016)

• Janeiro de 2017 - Ministros da Agricultura do G20 acordaram autorizar os antibióticos unicamente com fins terapêuticos.

• Reunião de Ministros da Saúde do G20 - Berlim, 19 e 20 de maio de 2017

• 70ª AMS - MAIO/2017: Prazo para elaboração dos planos nacionais

• Novembro/2017 - The BRICS Working Group on Biotechnology and Biomedicine -Antimicrobial resistance

5Organización Mundial de la Salud , 2016. Resistencia a los antimicrobianos: manual para desarollar planes de acción nacionales.

Em junho de 2016. Fonte: http://www.who.int/drugresistance/action-plans/library/en/

CONTEXTO MUNDIAL

Publicado o resultado da análise situacional dos países (abril de 2015) – 133 países

- Poucos países possuíam planos nacionais multissetoriais de combate à AMR;

- O monitoramento da RAM é infrequente;

- Existem países onde a má qualidade de medicamentos/falsificação está relacionada à ausência de padrões ou autoridades regulatórias;

- Poucos países realizam controle do acesso a antimicrobianos;

- As populações estão pouco alertas ao problema; e

- Existem países sem um programa de prevenção e controle de infecções

1World Health Organization, 2015. Worldwide country situation analysis: response to antimicrobial resistance.

PLANO DE AÇÃO GLOBAL

Publicado o Plano de Ação Global emResistência a Antimicrobianos (novembrode 2015)

• Prevê o engajamento dos Estados-Membros no desenvolvimento de seusplanos de ação nacionais até maio de2017

• Objetivo: assegurar a continuidade dacapacidade de tratar e prevenir doençasinfecciosas com medicamentos efetivos,seguros e de qualidade, utilizados deforma responsável e acessíveis a todosque deles necessitem

• Escopo: resistência aos antimicrobianos

2World Health Organization, 2015. Global Action Plan on Antimicrobial Resistance.

Objetivo: assegurar a continuidade

da capacidade de tratar e prevenir

doenças infecciosas com

medicamentos efetivos, seguros e de

qualidade, utilizados de forma

responsável e acessíveis a todos que

deles necessitem.

“ ‘A falta de antibióticos eficazes é uma ameaça de segurança tão

grave como um surto de doença súbita e mortal’. ‘Uma ação forte e

sustentada em todos os setores é vital para reverter a onda de

resistência antimicrobiana e manter o mundo seguro’ ".

Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS

“ ‘A lack of effective antibiotics is as serious a security threat as a

sudden and deadly disease outbreak’. ‘Strong, sustained action

across all sectors is vital if we are to turn back the tide of

antimicrobial resistance and keep the world safe.”

Dr Tedros Adhanom Ghebreyesus, Director-General of WHO

Jim O'Neill - economista inglês conhecido por ter

criado o termo BRICS para se referir as

economias do Brasil, Rússia , Índia, China e a

África do Sul.

Maio/2016

Descoberta dos antibióticos

e linha de tempo da

resistência

Ano

Data da

descoberta

Data da

identificação da

resistência

Classes de antibióticos

Penicilinas

Tetraciclinas

Macrolídeos

Fluorquinolonas

Carbapenens

30 anos

desde a

introdução

da última

classe de

um novo

antibiótico

Por que a preocupação?

Fonte:https://www.gov.uk/government/publicaKons/health-matters-antimicrobial-resistance/health-matters-antimicrobial-resistance_ figura traduzida, acesso em 27 de junho de 2017.

O fracasso global em resolver o problema da

resistência aos antibióticos (antimicrobianos) resulta

MORTES

até 2050

CUSTO

Trilhões

(100 trilhões

de dólares)

Fonte:https://www.gov.uk/government/publicaKons/health-matters-antimicrobial-resistance/health-matters-antimicrobial-resistance_ figura traduzida, acesso em 27 de junho de

2017.

Por que a preocupação?

AMR em 205010 milhões

Óbitos anuais

atribuídos à AMR

Custo para a economia

global de USD 100 trilhões

Câncer8,2 milhões

Cólera100.000 – 120.000

Diabetes1,5 milhões

Doenças diarreicas1,4 milhões

Sarampo130.000

Acidentes de trânsito1,2 milhões

Tétano60.000

AMR agora700.000

(subestimado)

Por que a preocupação?

Fonte:https://www.gov.uk/government/publicaKons/health-matters-antimicrobial-resistance/health-matters-antimicrobial-resistance_ figura traduzida, acesso em 27 de junho de 2017.

Até 2050, o número de mortes por AMR podeser escalonado para UMA PESSOA A CADA 3SEGUNDOS, se não for abordado AGORA.

Por que a preocupação?

Fonte:https://www.gov.uk/government/publicaKons/health-matters-antimicrobial-resistance/health-matters-antimicrobial-resistance_ figura traduzida, acesso em 27 de junho de 2017.

•Melhorar a conscientização e a compreensão a respeito da resistência aos antimicrobianos por meio de comunicação, educação e formação efetivas

OE 1

•Fortalecer os conhecimentos e a base científica por meio da vigilância e pesquisaOE 2

• Reduzir a incidência de infecções com medidas eficazes de saneamento, higiene e prevenção de infecçõesOE 3

• Otimizar o uso de medicamentos antimicrobianos na saúde humana e animalOE 4

•Preparar argumentos econômicos voltados para investimento sustentável e aumentar os investimentos em novos medicamentos, meios diagnósticos e vacinas e outras intervenções

OE 5

Plano de Ação GlobalObjetivos Estratégicos

Fonte: WHO. Global Action Plan on Antimicrobial Resistance, disponível em http://www.who.int/antimicrobial-resistance/global-action-plan/en/ acesso em 27 de junho de 2017.

One Health

Queenan K, Häsler B, Rushton J. A One Health approach to antimicrobial resistance surveillance: is there a business case for it?

Int J Antimicrob Agents. 2016 Oct;48(4):422-7. doi: 10.1016/j.ijantimicag.2016.06.014. Epub 2016 Jul 25.

Atores

Art. 3° O Grupo de Trabalho é uma instância colegiada composta por

representantes, 2 (dois) titulares e 2 (dois) suplentes, dos seguintes órgãos e entidades:

I - Ministério da Saúde, que coordenará o Grupo de Trabalho;

II - Casa Civil da Presidência da República;

III - Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);

IV - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;

V - Ministério do Meio Ambiente;

VI - Ministério da Educação;

VII - Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações;

VIII - Ministério da Defesa;

IX - Ministério da Justiça e Cidadania; e

X - Ministério das Relações Exteriores.

PORTARIA INTERMINISTERIAL /XXXX Nº XX, DE XX DE OUTUBRO DE

2016

Dispõe sobre a criação de Grupo de Trabalho para elaboração do Plano de Ação Nacional

de Prevenção e Controle da Resistência aos Antimicrobianos (PAN-BR).

• 8 problemas

principais

• 74 causa raízes

identificadas e

associadas a

diferentes setores

MANUAL PARA ELABORAÇÃO DOS PLANOS NACIONAIS

• Componentes centrais do plano de ação

➢ Plano estratégico

➢ Plano operacional

➢ Plano de monitoramento e avaliação

• Objetivos específicos para cada Objetivo Estratégico do PAG• Atividades para cada Intervenções estratégicas

• Detalhamento das Atividades do plano estratégico• Contém: pré-requisitos, período, atores, custo, fonte de

financiamento e indicador

• Detalhamento dos indicadores definidos para as Atividades do plano operacional (ficha qualificação).

PAN-BR

Plano de Ação Nacional de Prevenção e Controle da

Resistência aos Antimicrobianos (PAN-BR)

• Plano Estratégico (PE-PAN-BR) foi elaborado para ser executado no

período de 2018 a 2022:

– 05 objetivos estratégicos

– 15 objetivos principais

– 36 intervenções estratégicas

– 103 atividades

Principais Prioridades

• Estabelecer sistema de vigilância nacional para AMR:

– Definir modelo de vigilância e monitoramento;

– Estabelecer sistema de vigilância nacional integrado;

– Estabelecer e fortalecer rede nacional de laboratórios;

– Melhorar as ferramentas de informação.

• Promover estratégias de comunicação e educação sobre AMR;

(sociedade, estudantes, profissionais e gestores – abordagem em

“saúde única”)

Principais Prioridades

• Preencher lacunas de conhecimento, tais como:

– Perfil de AMR, incidência e distribuição para diferentes

patógenos e seus padrões geográficos;

– Mecanismos de desenvolvimento de AMR;

– Impacto da exposição humana à água e alimentos

contaminados com antimicrobianos e/ou microrganismos

resistentes;

– Estratégias para melhorar a supervisão veterinária para o uso de

antimicrobianos em animais;

– Avaliação do impacto na saúde pública de uma proibição

generalizada de antimicrobianos como promotores de

crescimento;

Principais Prioridades

• Melhorar

– monitoramento da comercialização de antimicrobianos;

– monitoramento da qualidade dos antimicrobianos;

– monitoramento AMR e resíduos antimicrobianos veterinários em

alimentos;

– vigilância das infecções associadas à saúde;

• Realizar análises situacionais para resistência antimicrobiana e uso

antimicrobiano em animais;

• Promover pesquisa, desenvolvimento e inovação em novos métodos

de diagnóstico, vacinas, alternativas terapêuticas e novos

medicamentos.

Desafios

• Instituir a prevenção e controle da AMR como Política de

Estado;

• Financiamento para a implementação do PAN-BR;

• Execução do plano considerando os diferentes papéis dos

estados e municípios;

• Implementação de ações que exigem articulação entre

diferentes órgãos.

Obrigada

[email protected]