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A Importância do Gás Natural para a Competitividade da Indústria Brasileira 24 de Setembro 2013

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BR oléo e gás

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A Importância do Gás Natural para a Competitividade da Indústria Brasileira

24 de Setembro 2013

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2º Mesa

A Competitividade da Indústria Química que Utiliza Gás Natural como Matéria-Prima

Henri SlezyngerPresidente do Conselho Diretor da ABIQUIM

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O PIB da indústria de transformação

Fonte: IBGE – PIA Empresas Unidade de Investigação: Unidade local industrial (base: 2009)

Produtos químicos: 4ª maior participação no PIB industrial

(*) Produtos químicos: inclusive farmoquímicos e farmacêuticos.% sobre o PIB Industrial.

(*)

18,53

15,65

10,49

10,11

5,82

4,49

4,39

3,74

3,66

3,36

2,97

2,53

2,39

1,90

1,63

1,54

1,31

1,22

1,18

3,09

Alimentos e bebidas

Coque, produtos derivados do petróleo e…

Veículos automotores, reboques e carrocerias

Produtos químicos

Metalurgia

Máquinas e equipamentos

Produtos de metal (exc.máquinas e equipam.)

Produtos de minerais não-metálicos

Produtos de borracha e de material plástico

Celulose, papel e produtos de papel

Máquinas, aparelhos e materiais elétricos

Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e…

Confecção de artigos do vestuário e acessórios

Produtos têxteis

Prep. de couros e fabricação de artefatos de couro,…

Outros equipamentos de transporte (exc. veículos…

Manutenção, reparação e instalação de máquinas e…

Móveis

Produtos de madeira

Outras indústrias

FaturamentoUS$ 153 bilhões

6ª posição no mundo

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Déficit crescente e preocupanteUm terço da demanda suprida por importações

Fonte: MDIC/Secex – Sistema AliceWeb – Janeiro de 2013

US$ bilhões

00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12

4.0 3.5 3.8 4.8 5.9 7.4 8.9 10.7 11.9 10.4 13.1 15.8

15,010.7 10.8 10.1 11.0 14.5 15.3 17.4

23.9 35.1

26.1

33.7 42.3

43,1

Exportações Importações

00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12

6.6 7.2 6.3 6.2 8.6 7.9 8.5 13.2

23.2

15.7 20.7

26.5 28,1

Déficit

Importações +12,3% a.a.

Exportações + 11,7% a.a.

Déficit + 12,8% a.a.

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Necessidades de InvestimentoRequisitos

Matérias-primas competitivas em preço, disponibilidade de volume e prazo nos contratos – NAFTA PETROQUÍMICA E GÁS NATURAL;

Infraestrutura logística: Transporte, dutos e acesso a gasodutos de gás, energia, portos, rodovias e outras soluções modais

Inovação e tecnologia: Apoio decisivo do Estado ao desenvolvimento tecnológico

Crédito: Acesso ao crédito para fortalecimento da cadeia, financiamento à exportação, inovação e tecnologia

Tributos: Solução das distorções do sistema, desoneração da cadeia, isonomia tributária com sucedâneos e defesa contra concorrência desleal

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Consumo de Gás Natural por Setor no Brasil - 2011 a 2013*

Fonte: Boletim de Acompanhamento da Indústria de Gás Natural - MME

Em milhões de m3 /dia

Setor

2011 2012 2013*

consumo % s/total consumo %

s/total consumo % s/total

Industrial 40,85 66,5 41,82 55,9 39,5 43,8Automotivo 5,4 8,8 5,32 7,1 5,07 5,6Residencial 0,87 1,4 0,92 1,2 0,8 0,9Comercial 0,68 1,1 0,72 1,0 0,69 0,8Geração de Energia elétrica 10,42 17,0 23,03 30,8 41,51 46,1

Co-geração 3,01 4,9 2,92 3,9 2,46 2,7Outros 0,17 0,3 0,11 0,1 0,11 0,1

Total 61,4 100,0 74,84 83,0 90,14 100,0

* Média preliminar

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Cimento0%

Ferro-gusa e aço (siderurgia)

10%Ferro-ligas0%

Min-eração e pelo-

tiza-ção7%Não-fer-

rosos e outros met-

alurgia 8%

Química24%

Alimentos e bebidas7%

Têxtil3%

Papel e celu-lose7%

Cerâmica13%

Outros21%

Fonte: Balanço Energético Nacional - MME

Em 106 m3

Consumo industrial de Gás Natural41 milhões de m3/dia

cerca de 4% como

MP

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Valor dos Produtos Derivados de 1 MBTU de GN

Fonte: Pétrole e Techniques, n.º 417, pág. 11

Agregação de valor na cadeia do gás natural e bens sucedâneos

Petroquímica

Gás Natural

Agregação de valor

Distribuição FertilizantesEnergia

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Tipos de gás natural

Tipos de gás natural:

1) CONVENCIONAL:- associado ao petróleo- não-associado ao petróleo- ambos on-shore ou off-shore

2) NÃO-CONVENCIONAL:- Shale gas- Tight gas- Outros

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Shale gas – mudança de cenário nos EUA

• De importador para autossuficiência em gás

• Várias unidades químicas paradas retomaram produção, com ressurgimento da indústria petroquímica (boom de investimentos)

• Descolamento dos preços do gás dos combustíveis fósseis

Portanto, EUA estão utilizando essas reservas para dinamizar a indústria americana e, especialmente, a petroquímica.

Além disso, para proteger sua indústria, EUA estão restringindo exportações desse gás mais barato

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Países

Produção (2009)

Consumo (2009)

% Importação líquidas sobre

consumo (2009)

GÁS NATURAL Convencional

Reservas provadas

SHALE GASRecursos

tecnicamente recuperáveis

Trilhões de pés cúbicosTrilhões de pés cúbicos

CHINA 2,93 3,08 5% 107,0 1.275

ESTADOS UNIDOS 20,6 22,8 10% 272,5 862

ARGENTINA 1,,46 1,52 4% 13,4 774

MÉXICO 1,77 2,15 18% 12,0 681

ÁFRICA DO SUL 0,07 0,19 63% - 485

AUSTRÁLIA 1,67 1,09 (52%) 110,0 396

CANADÁ 5,63 3,01 (87%) 62,0 388

ALGÉRIA 2,88 1,02 (183%) 159,0 231

BRASIL 0,36 0,66 45% 12,9 226

POLÔNIA 0,21 0,58 64% 5,8 187

FRANÇA 0,03 1,73 98% 0,2 180

Fonte: AIE; elaboração Gás Energy.

Reservas mundiais de shale gas

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Potencial de gás natural não convencional no Brasil

Parecis

ParanáSão Francisco

Recôncavo

Parnaíba

Solimões

Fonte: Gas Energy

Segundo a ANP e agentes do mercado:– Bacia do Parnaíba: 64 TCF– Bacia do Parecis: 124 TCF– Bacia do Recôncavo: 20 TCF– Bacia do Solimões: 35-175 Tcf– Bacia do São Francisco: > 500

Tcf– Bacia do Paraná: 225 TCF

TOTAL MÁXIMO:1.108 TCF

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Balanço Oferta e Demanda da Projeção de Gás Natural no Brasil

Cenário Base - Gas Energy

Choque de oferta em 2019 (+13%)Fator principal: 7 projetos do pré-sal

atingem o seu pico de produção

* * *

* Realizado, sendo 2013 a média jan-jun

Fonte: Gás Energy.

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Produção e transporte

Dis-tribuição

Impostos Preço total

7.84,0

3.3

15.1

Brasil

Produção e transporte

Dis-tribuição

Impostos Preço total

2,9 0.2 0.5 3.6

EUA

Base: 2013

Comparativo de preços do gás natural: Brasil x EUA

COMPETITIVIDADE DO GN

Fonte: Gás Energy.

US$/MMBTU

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Relevância dos investimentos na indústria química americana

• Investimentos incrementais na Indústria Química da ordem de US$ 72 bilhões até 2020.

• Criação de 46 mil empregos na indústria química e 264 mil indiretos

• Criação de 485 mil empregos diretos em construção civil e na indústria de bens de capital e cerca de 258 mil empregos indiretos durante a fase de investimentos

Fonte: ACC – American Chemistry Council

Investimentos incrementais na química em razão do shale gas

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Fonte: ABIQUIM.

Utilização do Gás Natural como Matéria-Prima na Indústria Química Brasileira

1 AIR LIQUIDE – SP HIDROGÊNIO2 AIR PRODUCTS – BA CO e HIDROGÊNIO3 BANN – SP HIDROGÊNIO (paralisada)4 BAYER – RJ ISOCIANATOS5 BRASKEM - BA HIDROGÊNIO (desativada)6 CABOT – SP NEGRO DE CARBONO7 CLARIANT – SP HIDROGÊNIO8 COLUMBIAN CHEMICALS – SP/BA NEGRO DE CARBONO9 COPENOR - BA METANOL

10 DOW BRASIL - BA CO e HIDROGÊNIO P/ ISOCIANATOS (fábrica desativada 2011)

11 ELEKEIROZ – BA OXO-ÁLCOOOIS12 EVONIK – ES PERÓXIDO HIDROGÊNIO

13 GPC QUÍMICA – RJ METANOL (paralisada em 2012, operando 30%)14 LINDE – SP HIDROGÊNIO (AINDA NÃO ESTÁ USANDO)15 ORION CARBONS - SP NEGRO DE CARBONO16 PAN-AMERICANA – RJ CARBONATO DE POTÁSSIO17 PERÓXIDOS DO BRASIL – PR PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO18 PETROBRAS-FAFEN – BA/SE AMÔNIA e URÉIA19 UNIGEL – BA CIANETOS, METACRILATOS e POLICARBONATOS 20 VALE FERTILIZANTES – PR/SP AMÔNIA e URÉIA21 WHITE MARTINS - RJ HIDROGÊNIO (AINDA NÃO ESTÁ USANDO)

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Lei do Gás – nº 11.909, de 04/03/2009, art. 58, parágrafo VII (previsão legal)

VII – estabelecer diretrizes para o uso do gás natural como matéria-prima em processos produtivos industriais, mediante a regulamentação de condições e critérios específicos, que visem a sua utilização eficiente e compatível com os mercados interno e externos.

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Gás Natural Matéria-Prima naAgenda do Plano Brasil Maior

AGENDA ESTRATÉGICA(CURTO PRAZO)

AGENDA ESTRUTURANTE(MÉDIO PRAZO)

• Desoneração de matérias-primas(realizada)

• Política de utilização para o gás natural como matéria prima (prazo: dez/13)

• Incentivos aos investimentos (2014)

• Incentivos à inovação (prazo: 2014)

• Agenda Tecnológica Setorial – produtos de origem renovável (em andamento ABDI/ABIQUIM)

• Iniciativas estruturantes - capacitação de recursos humanos (em andamento ABDI/SENAI/ABIQUIM)

• Melhorias na infraestrutura (em andamento EPL)

• Regulação para os defensivos agrícolas (em andamento Casa Civil)

• Estudo da diversificação da indústria química (em andamento BNDES/ABIQUIM)

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1) Gás natural, seja convencional ou não convencional, deveria ser utilizado prioritariamente para o desenvolvimento da indústria local;

2) Preço final sugerido para a indústria petroquímica deveria ser da ordem de US$ 6/MMBTU;

3) A indústria petroquímica deveria poder comprar diretamente do produtor;

4) Da mesma forma que a matéria-prima proveniente do petróleo foi desonerada de PIS/Cofins, também o GÁS utilizado como matéria-prima deveria ser desonerado.

Recomendações

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O Brasil não pode prescindir de ter uma indústria química forte. Não há País desenvolvido que também não tenha uma química forte.

Se o Brasil perder a oportunidade de agregar valor ao gás produzido localmente, irá aumentar de forma alarmante as já elevadas importações, pois a demanda por produtos químicos é crescente, agravando o déficit.

O Brasil tem enormes reservas de petróleo e gás, convencionais como o Pré-sal, ou não convencionais, de gás de xisto. Sem uma indústria forte para agregar valor aos derivados, estaremos condenados a exportar petróleo cru.

Portanto, precisamos de uma PONTE que nos permita atravessar o período de escassez até a autossuficiência!

Conclusões

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Obrigado!