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ABERTURA E MOVIMENTAÇÃO DE CONTAS As bases para as informações contidas a seguir estão consubstanciadas na Resolução BACEN 2.025/1993 e 2.747/2000. Conta corrente é uma conta livremente movimentada pelo cliente por meio de cheques, cartão magnético ou cheque avulso. É também chamada conta de depósitos, pois o cliente pode depositar e sacar dinheiro a qualquer momento. É pela conta corrente que o cliente realiza transações como ordem de pagamento, transferência de valores, DOC e TED, depósito de cheques, débito automático, aplicação financeira etc Atividade típica de bancos comerciais. Para abertura de conta de depósitos é obrigatória a completa identificação do depositante, mediante preenchimento de ficha-proposta contendo, no mínimo, as seguintes informações, que deverão ser mantidas atualizadas pela instituição financeira: I - qualificação do depositante: a) pessoas físicas: nome completo, filiação, nacionalidade, data e local do nascimento, sexo, estado civil, nome do cônjuge, se casado, profissão, documento de identificação (tipo, número, data de emissão e órgão expedidor) e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF; além disso, apresentar os originais dos seguintes documentos: - documento de identificação (carteira de identidade ou equivalente, como, por exemplo, a carteira nacional de habilitação nos moldes previstos na Lei 9.503, de 1997); - inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF); e - comprovante de residência. b) pessoas jurídicas: razão social, atividade principal, forma e data de constituição, documentos, contendo as informações referidas no item anterior, que qualifiquem e autorizem os representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta, número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ e atos constitutivos, devidamente registrados, na forma da lei, na autoridade competente; II - endereços residencial e comercial completos; III - número do telefone e código DDD; IV - fontes de referência consultadas; V - data da abertura da conta e respectivo número; VI - assinatura do depositante. Além disso, apresentar os originais dos seguinte documentos: - documento de constituição da empresa (contrato social e registro na junta comercial); - documentos que qualifiquem e autorizem os representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta; - inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). Se a conta de depósitos for titulada por menor ou por pessoa incapaz, além de sua qualificação, também deverá ser identificado o responsável que o assistir ou o representar. O jovem menor de 16 anos pode ser titular de conta bancária, mas precisa ser representado pelo pai ou responsável legal. Os maiores de 16 e menores de 18 anos (não-emancipados) devem ser assistidos pelo pai ou pelo responsável legal. Menor assalariado: menor, entre 14 e 16 anos (aprendiz), a partir dos 16 receberá salário. O próprio poderá abrir conta para recebimento de salários através de cheque avulso. Menor, até 16 anos incompletos: conta será aberta pelo responsável legal (pai, mãe ou tutor) e serão exigidos documentos de ambos. A movimentação poderá ser livre para o responsável, que assinará os cheques. Menor, dos 16 aos 18 anos incompletos: conta será aberta mediante autorização do responsável e exigida documentação de ambos. Cheques serão assinados pelo menor ou procurador, se nomeá-lo. Menor emancipado: apresentará RG, CPF e documento que prove emancipação. Analfabeto: conta será aberto pelo próprio para recebimento de salários ou benefícios através de cheque avulso, se desejar movimentá-la, por intermédio de procurador. Cego: conta será aberta e movimentada por procurador, exigida documentação de ambos e procuração pública. Nos casos de isenção de CPF e de CNPJ previstos na legislação em vigor, deverá esse fato ser registrado no campo da ficha-proposta destinado a essas informações. A ficha-proposta relativa a conta de depósitos à vista deverá conter, ainda, cláusulas tratando, entre outros, dos seguintes assuntos: - saldo exigido para manutenção da conta; - condições estipuladas para fornecimento de talonário de cheques; 1

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ABERTURA E MOVIMENTAÇÃO DE CONTAS

As bases para as informações contidas a seguir estão consubstanciadas na Resolução BACEN 2.025/1993 e 2.747/2000. Conta corrente é uma conta livremente movimentada pelo cliente por meio de cheques, cartão magnético ou cheque avulso. É também chamada conta de depósitos, pois o cliente pode depositar e sacar dinheiro a qualquer momento. É pela conta corrente que o cliente realiza transações como ordem de pagamento, transferência de valores, DOC e TED, depósito de cheques, débito automático, aplicação financeira etc Atividade típica de bancos comerciais. Para abertura de conta de depósitos é obrigatória a completa identificação do depositante, mediante preenchimento de ficha-proposta contendo, no mínimo, as seguintes informações, que deverão ser mantidas atualizadas pela instituição financeira: I - qualificação do depositante: a) pessoas físicas: nome completo, filiação, nacionalidade, data e local do nascimento, sexo, estado civil, nome do cônjuge, se casado, profissão, documento de identificação (tipo, número, data de emissão e órgão expedidor) e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF; além disso, apresentar os originais dos seguintes documentos: - documento de identificação (carteira de identidade ou equivalente, como, por exemplo, a carteira nacional de habilitação nos moldes previstos na Lei 9.503, de 1997); - inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF); e - comprovante de residência. b) pessoas jurídicas: razão social, atividade principal, forma e data de constituição, documentos, contendo as informações referidas no item anterior, que qualifiquem e autorizem os representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta, número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ e atos constitutivos, devidamente registrados, na forma da lei, na autoridade competente; II - endereços residencial e comercial completos; III - número do telefone e código DDD; IV - fontes de referência consultadas; V - data da abertura da conta e respectivo número; VI - assinatura do depositante. Além disso, apresentar os originais dos seguinte documentos: - documento de constituição da empresa (contrato social e registro na junta comercial); - documentos que qualifiquem e autorizem os representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta; - inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). Se a conta de depósitos for titulada por menor ou por pessoa incapaz, além de sua qualificação, também deverá ser identificado o responsável que o assistir ou o representar. • O jovem menor de 16 anos pode ser titular de conta bancária, mas precisa ser representado pelo pai

ou responsável legal. • Os maiores de 16 e menores de 18 anos (não-emancipados) devem ser assistidos pelo pai ou pelo

responsável legal. Menor assalariado: menor, entre 14 e 16 anos (aprendiz), a partir dos 16 receberá salário.

• O próprio poderá abrir conta para recebimento de salários através de cheque avulso. • Menor, até 16 anos incompletos: conta será aberta pelo responsável legal (pai, mãe ou tutor) e

serão exigidos documentos de ambos. A movimentação poderá ser livre para o responsável, que assinará os cheques.

• Menor, dos 16 aos 18 anos incompletos: conta será aberta mediante autorização do responsável e exigida documentação de ambos. Cheques serão assinados pelo menor ou procurador, se nomeá-lo.

• Menor emancipado: apresentará RG, CPF e documento que prove emancipação. • Analfabeto: conta será aberto pelo próprio para recebimento de salários ou benefícios através

de cheque avulso, se desejar movimentá-la, por intermédio de procurador. • Cego: conta será aberta e movimentada por procurador, exigida documentação de ambos e

procuração pública.

Nos casos de isenção de CPF e de CNPJ previstos na legislação em vigor, deverá esse fato ser registrado no campo da ficha-proposta destinado a essas informações. A ficha-proposta relativa a conta de depósitos à vista deverá conter, ainda, cláusulas tratando, entre outros, dos seguintes assuntos: - saldo exigido para manutenção da conta; - condições estipuladas para fornecimento de talonário de cheques;

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- obrigatoriedade de comunicação, devidamente formalizada pelo depositante, sobre qualquer alteração nos dados cadastrais e nos documentos; - inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF), nos termos da regulamentação em vigor, no caso de emissão de cheques sem fundos, com a devolução dos cheques em poder do depositante à instituição financeira; - informação de que os cheques liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser destruídos; - procedimentos a serem observados com vistas ao encerramento da conta de depósitos. As informações constantes da ficha-proposta, bem como todos os elementos de identificação, deverão ser conferidas à vista da documentação competente. Toda ficha-proposta deverá: - indicar o nome do funcionário encarregado da abertura da conta e o do gerente responsável pela verificação e conferência dos documentos apresentados pelo proponente; - conter declaração, firmada pelo gerente referido no inciso anterior, nos seguintes termos: "Responsabilizo-me pela exatidão das informações prestadas, à vista dos originais do documento de identidade, do CPF/CGC, e outros comprobatórios dos demais elementos de informação apresentados, sob pena de aplicação do disposto no art. 64 da Lei nº 8.383, de 30.12.91." Art. 64. Responderão como co-autores de crime de falsidade o gerente e o administrador de instituição financeira ou assemelhadas que concorrerem para que seja aberta conta ou movimentados recursos sob nome: I - falso; II - de pessoa física ou de pessoa jurídica inexistente; III - de pessoa jurídica liquidada de fato ou sem representação regular. Parágrafo único. É facultado às instituições financeiras e às assemelhadas, solicitar ao Departamento da Receita Federal a confirmação do número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Geral de Contribuintes. A instituição financeira deverá manter arquivadas cópias legíveis e em bom estado da documentação, junto à ficha-proposta de abertura da conta. As fichas-proposta, bem como as cópias da documentação referida no artigo anterior, poderão ser microfilmadas, decorrido o prazo mínimo de 5 (cinco) anos, observada a regulamentação vigente. É proibida a abertura de conta sob nome abreviado ou de qualquer forma alterado, inclusive mediante supressão de parte ou partes do nome do depositante. É vedado o fornecimento de talonário de cheques ao depositante enquanto não verificadas as informações constantes da ficha-proposta ou quando, a qualquer tempo, forem constatadas irregularidades nos dados de identificação do depositante ou de seu procurador. O talonário de cheques somente poderá ser entregue mediante recibo datado e assinado pelo depositante ou portador expressamente autorizado, o qual deverá ser identificado no ato da entrega. Caso seja suspenso o fornecimento de talonário de cheques, a instituição financeira deverá adotar providências imediatas com vistas a retomar os cheques em poder do depositante. Quando, por qualquer motivo, o titular estiver impedido de receber talonário de cheques, a conta de depósitos à vista somente poderá ser movimentada por meio de cheque avulso, nominativo ao próprio emitente, por recibo ou por meios eletrônicos de pagamento. Esta movimentação será efetuada sem ônus para o depositante. É vedada a estipulação de cláusulas na ficha-proposta que, em qualquer hipótese, impeçam ou criem limitações à sustação de pagamento de cheques. Esta proibição não impede a cobrança de tarifa, desde que expressamente prevista na ficha-proposta. É facultada à instituição financeira a abertura, manutenção ou encerramento de conta de depósitos à vista cujo titular figure ou tenha figurado no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF). É proibido o fornecimento de talonário de cheques ao depositante enquanto figurar no CCF. A instituição financeira deve manter cartão com autógrafos atualizados do depositante, podendo a ficha-proposta de conta de depósitos à vista servir para este fim. Cabe à instituição financeira esclarecer ao depositante acerca das condições exigidas para a rescisão do contrato de conta de depósitos à vista por iniciativa de qualquer das partes, devendo ser incluídas na ficha-proposta as seguintes disposições mínimas: I - comunicação prévia, por escrito, da intenção de rescindir o contrato; II - prazo para adoção das providências relacionadas à rescisão do contrato; III - devolução, à instituição financeira, das folhas de cheque em poder do correntista, ou de apresentação de declaração, por esse último, de que as inutilizou; IV - manutenção de fundos suficientes, por parte do correntista, para o pagamento de compromissos assumidos com a instituição financeira ou decorrentes de disposições legais; V - expedição de aviso da instituição financeira ao correntista, admitida a utilização de meio eletrônico, com a data do efetivo encerramento da conta de depósitos à vista. A instituição financeira deve manter registro da ocorrência relativa ao encerramento da conta de depósitos à vista. O pedido de encerramento de conta de depósitos deve ser acatado mesmo na hipótese de

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existência de cheques sustados, revogados ou cancelados por qualquer causa, os quais, se apresentados dentro do prazo de prescrição, deverão ser devolvidos pelos respectivos motivos, mesmo após o encerramento da conta, não eximindo o emitente de suas obrigações legais. A instituição financeira deverá encerrar conta de depósito em relação à qual verificar irregularidades nas informações prestadas, julgadas de natureza grave, comunicando o fato, de imediato, ao Banco Central do Brasil. As instituições financeiras deverão designar, expressamente, um diretor que deverá zelar pelo cumprimento das normas de abertura, manutenção e movimentação das contas. As contas podem ser: pessoal ou conjunta. Pessoal: conta com somente um titular. Conjunta: conta com 2 (dois) ou mais titulares. As contas em conjunto são divididas em:

• Simples (não-solidária): conta cuja movimentação exige a participação de, no mínimo, dois integrantes.

• Solidária: conta cuja movimentação exige a participação de apenas 1 (um) participante. Conta Corrente em moeda estrangeira: Somente estrangeiros em trânsito pelo país podem abrir conta em moeda estrangeira ou brasileiros que residam ou tenham domicílio no exterior, além daqueles constantes do Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais. REGULAMENTO DO MERCADO DE CÂMBIO E CAPITAIS INTERNACIONAIS TÍTULO : 1 - Mercado de Câmbio CAPÍTULO : 14 - Conta em Moeda Estrangeira no País SEÇÃO : 1 - Disposições Gerais Circular 1. Podem ser titulares de contas em moeda estrangeira no País na forma da legislação e regulamentação em vigor, observadas as disposições deste título: a) agências de turismo e prestadores de serviços turísticos; b) embaixadas, legações estrangeiras e organismos internacionais; c) Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT; d) empresas administradoras de cartões de crédito de uso internacional; e) empresas encarregadas da implementação e desenvolvimento de projetos do setor energético; f) estrangeiros transitoriamente no País e brasileiros residentes ou domiciliados no exterior; g) sociedades seguradoras, resseguradoras e corretoras de resseguro; h) transportadores residentes, domiciliados ou com sede no exterior; i) agentes autorizados a operar no mercado de câmbio; j) subsidiárias e controladas, no exterior, de instituições financeiras brasileiras. (NR) 2. As contas em moedas estrangeiras devem ser mantidas exclusivamente em bancos autorizados a operar no mercado de câmbio. 3. Observado o contido na seção 8 deste capítulo, os recursos mantidos nas contas de que trata este título podem ser livremente aplicados no mercado internacional. CONTA SIMPLIFICADA

Resolução Bacen 3.211, de 30.06.2004 É uma conta-corrente ou de poupança, individual, (chamadas de contas especiais de depósitos à vista) que pode ser aberta em bancos múltiplos com carteira comercial, em bancos comerciais e na Caixa Econômica Federal, por cliente pessoa física que não tenha em seu nome outra modalidade de conta, em qualquer banco. Os documentos necessários para sua abertura são: - documentos de identidade e; - CPF. Não é exigido comprovante de residência, mas o proponente deverá fazer declaração de endereço, de próprio punho.

Para efeito da comprovação da inscrição do proponente no CPF, admite-se a apresentação de documento impresso diretamente da página da Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda na Internet. A conta pode ser aberta, ainda, mediante a apresentação de apenas o Número de Identificação Social (NIS). Nesse caso, a pessoa tem 6 (seis) meses para apresentar os documentos de identidade e CPF.

É proibida a abertura de conta de depósitos sob nome abreviado ou de qualquer forma alterado, inclusive mediante supressão de parte ou partes do nome do depositante. É vedado o uso de talonário de cheques. A movimentação é feita através de cartão magnético ou outro meio eletrônico e, excepcionalmente, por saques mediante recibos ou cheques avulsos. Não pode apresentar saldo ou soma dos créditos superiores a R$ 2.000,00 no mês. Caso o cliente exceda este limite mais de duas vezes em um ano, ou exceda a R$ 5.000,00, a qualquer tempo, o

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banco bloqueará a movimentação para verificação da ocorrência. Se a as justificativas forem aceitas, o banco poderá fazer o desbloqueio. Isto só poderá ocorrer uma vez. Se houver bloqueio novamente, a conta será encerrada ou transformada numa outra modalidade de conta. O cliente estará isento de tarifa para realizar até 4 saques, 4 extratos e 4 depósitos por mês. Caso exceda a esse limite em quantidade por tipo de transação, ou utilize saque mediante recibo, ele pagará as tarifas cobradas pelo banco, Exemplos de contas simplificadas: Bradesco: Banco Postal; Caixa Econômica Federal: Caixa Fácil.

CONTA SALÁRIO

Resolução Bacen 3.402 e 3.424 Validade: - servidores públicos > somente em 2.012. Pode-se escolher em qual banco quer receber o salário, solicitando ao banco que a empresa deposita a transferência para outra instituição com:

Isenção de tarifa na transferência da conta-salário p/outro banco. Movimentação na própria conta-salário: LIMITAÇÕES:

A conta salário só pode ser movimentada por meio de cartão magnético (fornecido gratuitamente pelo banco).

Também não pode receber créditos de outras fontes (nem depósitos) a não ser o próprio salário enviado pelo empregador.

Fica restrito a no máximo cinco (5) saques e duas (2) consultas em terminais de auto-atendimento.

O crédito na conta do trabalhador (tanto no próprio banco quanto em outro banco) deverá ser efetuado na mesma data do débito na conta da empresa empregadora.

Não terá direito a cheque especial. E não pode realizar aplicações financeiras.

ISENÇÕES Fornecimento de cartão magnético; Cinco saques parciais ou totais, por evento de crédito; Transferência de crédito do salário da conta salário para conta corrente em outro banco; Dois saldos mensais nos terminais de auto-atendimento ou nos guichês; Dois extratos mensais contendo a movimentação dos últimos 30 dias. Manutenção da conta salário.

Pessoa Física Capacidade e incapacidade civil CÓDIGO CIVIL Art. 1º: Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. Art. 2º: A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. O início da personalidade ocorre com o nascimento com vida. Portanto, para que o ente humano venha a ter personalidade, basta que tenha vivido, não importando o prazo, que pode ser um segundo, um minuto, uma hora. A personalidade inicia-se com o nascimento com vida, ainda que o recém-nascido venha a falecer instantes depois. Nascituro é o ser já concebido, que está gerado, para nascer. O Código Civil protege as expectativas de direito do nascituro, que se confirmam se houver nascimento com vida, ou como se nunca estivesse existido. Art. 3º: São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: Ser absolutamente incapaz significa a necessidade de ser representado em tudo o que se fizer por responsável legal. Os responsáveis, que são os representantes, tem poderes limitados, necessitando de autorização judicial para realizar atos que levem a perda do patrimônio, como por exemplo, venda ou doação de bens. I - os menores de dezesseis anos; O primeiro caso de absolutamente incapaz previsto no artigo 3º do Código Civil está ligado ao fator idade. Os menores absolutamente incapazes denominam-se de impúberes.

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II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; Para que haja a interdição por este motivo, é necessário sentença judicial. Portanto, só depois de decretada judicialmente a interdição é que se recusa a capacidade de exercício. A sentença de interdição é meramente declaratória, e não constitutiva, uma vez que não cria a incapacidade, pois esta advém da alienação mental. Assim, antes da decretação judicial da interdição, pode um ato praticado por um enfermo ou deficiente mental ser considerado inválido. Para tanto, deve-se provar a insanidade e o conhecimento deste estado por parte do outro contratante. Caso este não tenha conhecimento do fato, o ato será considerado válido. III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. Nesta hipótese se inclui aquele que transitoriamente não puder exprimir sua vontade, como o caso do paciente em estado de coma. Art. 4º: São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: Além dos absolutamente incapazes, destacam-se dentre os incapazes aqueles que não são totalmente privados da capacidade de fato. Entende o ordenamento jurídico que, em razão de certas circunstâncias, devem ser colocadas certas pessoas em um termo médio entre a incapacidade e o livre exercício dos direitos. Essa categoria de pessoas é denominada relativamente incapazes. Esses não são privados de ingerência ou participação na vida jurídica. Ao contrário, o exercício de seus direitos se realiza com a sua presença, exigindo, apenas, que sejam assistidos por seus responsáveis. Em suma, os relativamente incapazes são aqueles cuja manifestação de vontade é reconhecida pelo ordenamento jurídico, desde que eles sejam assistidos. I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; São chamados de menores púberes. Os menores púberes poderão, sem assistência dos responsáveis: · servir como testemunhas (art. 228, I); · fazer testamento (art. 1.860, parágrafo único); · ser mandatários - ser procuradores, ou seja, receber procuração - (art. 666); · ser responsáveis pelos prejuízos que causarem, se as pessoas por eles responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes (art. 928); · ser responsabilizados pelas obrigações que assumirem, quando dolosamente ocultarem sua idade (art. 180). II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; Os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido são considerados relativamente incapazes. Assim, estamos diante de uma cláusula geral, visto que caberá ao Juiz, no caso concreto, analisar se o discernimento é total ou reduzido, já que no primeiro caso a pessoa será absolutamente incapaz e no segundo, relativamente. III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; Nesta hipótese, não basta a excepcionalidade. Será preciso a demonstração da falta de desenvolvimento mental completo, para que a pessoa seja considerada relativamente incapaz. IV - os pródigos. São os que dissipam desordenadamente seus haveres. A prodigalidade pressupõe a habitualidade de desperdícios e gastos imoderados. Art. 5º: A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; II - pelo casamento; III - pelo exercício de emprego público efetivo; IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. Art. 6º: A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. Art. 7º: Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:

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I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra. Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento. Art. 8º: Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos. Art. 9º: Serão registrados em registro público: I - os nascimentos, casamentos e óbitos; II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz; III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa; IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida. Art. 10: Far-se-á averbação em registro público: I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal; II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação; III - dos atos judiciais ou extrajudiciais de adoção DO DOMICÍLIO (Código Civil Brasileiro - Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo. Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas. Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida. Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem. Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada. Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o mudar. Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem. Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: I - da União, o Distrito Federal; II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais; III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal; IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos. § 1º Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados. § 2º Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder. Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso. Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença. Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve. Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes. CHEQUE O cheque é uma ordem de pagamento à vista e um título de crédito. A operação com cheque envolve três agentes: · O emitente, emissor ou sacador, aquele que emite o cheque; · O beneficiário, pessoa a favor de quem o cheque é emitido; e · O sacado, o banco em que está depositado o dinheiro do emitente.

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O cheque é também um título de crédito para o beneficiário que o recebe, porque é um documento capaz de gerar protesto ou execução em juízo. No cheque estão presentes dois tipos de relação jurídica: uma entre o emitente e o banco (baseada na conta bancária); e outra entre o emitente e o beneficiário. Requisitos de um cheque:

a denominação ‘’cheque’’ inscrita no contexto do título e expressa na língua em que este é redigido;

a ordem incondicional de pagar quantia determinada; o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado); a indicação do lugar de pagamento; a indicação da data e do lugar de emissão; a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes especiais.

A assinatura do emitente ou a de seu mandatário com poderes especiais pode ser constituída, na forma de legislação específica, por chancela mecânica ou processo equivalente. O título, a que falte qualquer dos requisitos enumerados no artigo precedente não vale como cheque, salvo nos casos determinados a seguir:

na falta de indicação especial, é considerado lugar de pagamento o lugar designado junto ao nome do sacado; se designados vários lugares, o cheque é pagável no primeiro deles; não existindo qualquer indicação, o cheque é pagável no lugar de sua emissão;

não indicado o lugar de emissão, considera-se emitido o cheque no lugar indicado junto ao nome do emitente.

Considera-se não escrita a estipulação de juros inserida no cheque. A assinatura de pessoa capaz cria obrigações para o signatário, mesmo que o cheque contenha assinatura de pessoas incapazes de se obrigar por cheque, ou assinaturas falsas, ou assinaturas de pessoas fictícias, ou assinaturas que, por qualquer outra razão, não poderiam obrigar as pessoas que assinaram o cheque, ou em nome das quais ele foi assinado O cheque pode ser emitido de 3 (três) formas:

1. nominal (ou nominativo) à ordem, que é aquele que só pode ser apresentado ao banco pelo beneficiário indicado no cheque, podendo ser transferido por endosso do beneficiário;

2. nominal não-à ordem, que é aquele que não pode ser transferido pelo beneficiário; e 3. ao portador, que é aquele que não nomeia um beneficiário, e o cheque é pagável a quem o

apresente ao banco sacado.

Para tornar um cheque não-à ordem, basta o emitente escrever, após o nome do beneficiário, a expressão “não-à ordem”, ou “não-transferível”, ou “proibido o equivalente Um cheque apresentado antes do dia nele indicado (pré-datado) pode ser pago pelo banco, pois é uma ordem de pagamento à vista, válida para o dia de sua apresentação ao banco, mesmo que nele esteja indicada uma data futura. É recomendado que o cliente (emitente ou beneficiário) comunique ao banco com antecedência sobre os saques de valor igual ou superior a R$ 5 mil. Caso não aconteça o aviso, o banco pode postergar a operação para o expediente seguinte, conforme resolução 2878 do Banco Central. Preenchimento do cheque: · A quantia deve ser grafada em algarismo e por extenso. · Havendo divergência, dúvida, estando ilegível vai valer a quantia por extenso. · Quando a quantia por extenso for expressa mais de uma vez, prevalece a de menor valor. · Deve ser preenchido com o dia e ano em algarismos e o mês por extenso. · O cheque pode ser preenchido com caneta de qualquer cor, porém a microfilmagem fica prejudicada caso seja utilizada tinta clara. É preferível que se utilize caneta azul ou preta. Cheque comum x Cheque especial : Do ponto de vista legal não existe nenhuma diferença entre cheque comum e o cheque especial. O chamado cheque especial é um produto que decorre de uma relação contratual em que é fornecida ao cliente uma linha de crédito, popularmente conhecido como limite, para cobrir cheques que ultrapassem o valor existente na conta ou quando o cliente simplesmente quiser utilizá-la. Existem duas formas de evitar o pagamento do cheque: 1. Oposição ao pagamento ou sustação: pode ser determinada pelo emitente ou pelo beneficiário e suspende de imediato o pagamento do cheque; 2. Contra-ordem ou revogação: é válido para cheques preenchidos e só pode ser determinada pelo emitente do cheque. Revoga em definitivo o cheque. Fonte: Banco do Brasil

O banco é obrigado a informar ao portador do cheque a razão pela qual o (emitente) determinou a sustação no caso de cheque devolvido por sustação.

Cabe ao banco sacado informar o motivo alegado pelo oponente, sempre que solicitado pelo favorecido nominalmente indicado no cheque, ou pelo portador, quando se tratar de cheque cujo valor dispense a indicação do favorecido.

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Cheque nominal Atualmente, todos os cheques emitidos com valor acima de R$ 100,00 devem ser nominais. Por ser obrigatório, o nome do beneficiário deve estar indicado no cheque, caso contrário vai ser devolvido por motivo 48. Cheque cruzado Cruzar a folha de cheque significa que o seu pagamento somente pode ser feito mediante crédito em conta. Uma vantagem desse procedimento é a facilidade de rastrear o beneficiário, se necessário. Para fazer o cruzamento de um cheque, basta traçar duas linhas paralelas em qualquer parte frontal da folha. O cruzamento pode ser de dois modos: 1. Geral – é quando não se indica o banco cobrador. O cheque só pode ser pago a um banco ou a cliente do banco mediante crédito em conta. 2. Especial – indica o banco cobrador. O cheque só pode ser pago ao banco indicado no cruzamento. As pessoas geralmente confeccionam carimbos para especificar esse tipo de cruzamento. Atenção: o cruzamento não pode ser anulado.

A morte do emitente ou sua incapacidade superveniente à emissão não invalidam os efeitos do cheque.

O portador não pode recusar pagamento parcial, e, nesse caso, o sacado pode exigir que esse pagamento conste do cheque e que o portador lhe dê a respectiva quitação.

O pagamento se fará à medida em que forem apresentados os cheques e se 2 (dois) ou mais forem apresentados simultaneamente, sem que os fundos disponíveis bastem para o pagamento de todos, terão preferência os de emissão mais antiga e, se da mesma data, os de número inferior.

Endosso em cheques

O cheque pagável a pessoa nomeada, com ou sem cláusula expressa "à ordem'', é transmissível por via de endosso. O cheque pagável a pessoa nomeada, com a cláusula "não à ordem'', ou outra equivalente, só é transmissível pela forma e com os efeitos de cessão (não será observada a lei dos títulos de crédito ou equivalente, mas a lei civil, por exemplo: o cheque perde sua autonomia de circulação). O endosso pode ser feito ao emitente, ou a outro obrigado, que podem novamente endossar o cheque. O endosso deve ser puro e simples, reputando-se não-escrita qualquer condição a que seja subordinado São nulos o endosso parcial e o do sacado. Vale como em branco o endosso ao portador. O endosso ao sacado vale apenas como quitação, salvo no caso de o sacado ter vários estabelecimentos e o endosso ser feito em favor de estabelecimento diverso daquele contra o qual o cheque foi emitido. O endosso deve ser lançado no cheque ou na folha de alongamento e assinado pelo endossante, ou seu mandatário com poderes especiais. O endosso pode não designar o endossatário. Consistindo apenas na assinatura do endossante (endosso em branco), só é válido quando lançado no verso do cheque ou na folha de alongamento. assinatura do endossante, ou a de seu mandatário com poderes especiais, pode ser constituída, na forma de legislação específica, por chancela mecânica, ou processo equivalente. O endosso transmite todos os direitos resultantes do cheque. Se o endosso é em branco pode o portador: I - completá-lo com o seu nome ou com o de outra pessoa; II - endossar novamente o cheque, em branco ou a outra pessoa; III - transferir o cheque a um terceiro, sem completar o endosso e sem endossar. Salvo estipulação em contrário, o endossante garante o pagamento. Pode o endossante proibir novo endosso; neste caso, não garante o pagamento a quem seja o cheque posteriormente endossado. O detentor de cheque "à ordem'' é considerado portador legitimado, se provar seu direito por uma série ininterrupta de endossos, mesmo que o último seja em branco. Para esse efeito, os endossos cancelados são considerados não-escritos. Se o cheque indica a nota, fatura, conta cambial, imposto lançado ou declaração a cujo pagamento se destina, ou outra causa da sua emissão, o endosso pela pessoa a favor da qual foi emitido e a sua liquidação pelo banco sacado provam a extinção da obrigação indicada. O sacado que paga cheque ‘’à ordem’’ é obrigado a verificar a regularidade da série de endossos, mas não a autenticidade das assinaturas dos endossantes. A mesma obrigação incumbe ao banco apresentante do cheque a câmara de compensação. O pagamento do cheque pode ser garantido, no todo ou em parte, por aval prestado por terceiro, exceto o sacado, ou mesmo por signatário do título.

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AVAL EM CHEQUE O pagamento do cheque pode ser garantido, no todo ou em parte, por aval prestado por terceiro, exceto o sacado, ou mesmo por signatário do título. O aval é lançado no cheque ou na folha de alongamento. Exprime-se pelas palavras "por aval'”, ou fórmula equivalente, com a assinatura do avalista. Considera-se como resultante da simples assinatura do avalista, aposta no anverso do cheque, salvo quando se tratar da assinatura do emitente. O aval deve indicar o avalizado. Na falta de indicação, considera-se avalizado o emitente. O avalista se obriga da mesma maneira que o avalizado. Subsiste sua obrigação, ainda que nula a por ele garantida, salvo se a nulidade resultar de vício de forma. O avalista que paga o cheque adquire todos os direitos dele resultantes contra o avalizado e contra os obrigados para com este em virtude do cheque. Devolução de Cheques

Quando o banco recusar o pagamento de um cheque deve carimbá-lo com o motivo da devolução. Ao recusar o pagamento, o banco deve registrar, no verso do cheque, o código do motivo da devolução, a data e a assinatura de funcionário autorizado. O cheque poderá ser devolvido por um dos motivos a seguir classificados

Cheque sem provisão de fundos

11 Cheque sem fundos – 1º apresentação 12 Cheque sem fundos – 2º apresentação - caracteriza-se quando a reapresentação ocorrer em data

diferente da ocorrência do motivo 11; 13 Conta encerrada 14 Prática Espúria - Este motivo, a ser utilizado exclusivamente pelos bancos que assumirem o

"Compromisso de Pronto Acolhimento”. Impedimento ao Pagamento

20 Cheque sustado ou revogado em virtude de roubo, furto ou extravio de folhas de cheque em branco 21 Cheque sustado ou revogado 22 Divergência ou insuficiência de assinatura 23 Cheques emitidos por entidades e órgãos da administração pública federal direta e indireta, em

desacordo com os requisitos constantes do art. 74, § 2º, do Decreto-Lei nº 200, de 25.2.1967 (*)

24 Bloqueio judicial ou determinado BACEN 25 Cancelamento de talonário pelo participante destinatário 26 Inoperância temporária de transporte 27 Feriado municipal não previsto 28 Cheque sustado ou revogado em virtude de roubo, furto ou extravio. (com B.O.) 29 Cheque bloqueado por falta de confirmação do recebimento do talonário pelo correntista. 30 Furto ou roubo de cheque 70 sustação ou revogação provisória

Cheque com irregularidade31 Erro formal (sem data de emissão, com o mês grafado numericamente, ausência de assinatura, não

registro do valor por extenso); 33 Divergência de endosso 34 Cheque apresentado pelo banco que não o indicado pelo carimbo de cruzamento 35 Cheque fraudado – com rasura no preenchimento

Apresentação Indevida37 Registro inconsistente – compensação eletrônica 38 Assinatura digital ausente ou inválida 39 Imagem fora do padrão. 40 Moeda inválida 41 Cheque apresentado ao participante que não o destinatário 42 Cheque não compensável na sessão 43 Cheque devolvido anteriormente pelos motivos 21/22/23/24/31/34 44 Cheque prescrito 45 Cheque emitido por entidade obrigada a realizar movimentação e utilização de recursos financeiros

do Tesouro Nacional mediante Ordem Bancária. 48 Cheque de valor superior a R$ 100,00, não nominativo. 49 Remessa nula, caracterizada pela reapresentação de cheque devolvido pelos motivos 12, 13, 14,

43, 44 e 45, podendo a devolução ocorrer a qualquer tempo. Os cheques devolvidos pelo motivo “28 - contra-ordem (ou revogação) ou oposição (ou sustação) ao pagamento ocasionado por furto ou roubo” -, quando reapresentados no SCCOP, devem ser devolvidos pelo motivo “49 - remessa nula”.

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Emissão Indevida59 Informação essencial faltante ou inconsistente não passível de verificação pelo participante

remetente e não enquadrada no motivo 31 60 Instrumento inadequado para a finalidade 61 Item não compensável 64 Arquivo lógico não processado/processado parcialmente

A serem empregados diretamente pela instituição financeira contratada 71 Inadimplemento contratual da cooperativa de crédito no acordo de compensação 72 Contrato de compensação encerrado

O banco é obrigado a comunicar a devolução de cheques sem fundos somente nos motivos 12, 13 e 14, que implicam inclusão do nome do titular no CCF (Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos).

O banco é obrigado a fornecer, ao portador de cheque devolvido, as informações que permitam identificar e localizar o cliente somente quando o cheque for devolvido por um dos seguintes motivos: 11 a 14, 21, 22 e 31 e o portador estiver devidamente qualificado).

Nos demais casos, o banco fica impedido de fornecer qualquer informação. No caso de talão de cheque furtado ou roubado, o banco não pode fornecer ao portador de

cheque devolvido as informações que permitam identificar e localizar quem foi que apresentou, no ato de sustação, o registro da ocorrência policial (motivo 28).

Quando a sustação é dada por roubo ou furto (motivo 28), o cliente fica liberado de pagar a taxa e a tarifa cobradas no caso de inclusão no CCF, pelo serviço de exclusão do nome no cadastro.

Em caso de perda ou roubo, o beneficiário do cheque pode pedir ao banco a oposição ao seu pagamento. Novidade: Obrigatoriedade de boletim de ocorrência policial para sustação definitiva por roubo ou furto ou por extravio de folhas de cheques. Cheque Administrativo É o cheque emitido por um banco contra ele mesmo, com indicação de um de terceiro que solicitou a sua emissão. O cheque administrativo também pode ser chamado de “cheque emitido contra a própria caixa”, “cheque bancário”, “cheque de caixa” e “cheque de tesouraria”. Geralmente, os correntistas solicitam ao respectivo banco a emissão do cheque administrativo, trata-se de serviço cobrado e debitado na conta do próprio correntista. É através do cheque administrativo, o qual consta a assinatura do representante do banco emitente, que o documento passa a ser reconhecido por bancos correspondentes no país e no exterior. Assim, este tipo cheque permite uma maior amplitude de negociação para seu beneficiário, inclusive a nível internacional. Cheque Visado Para que o cheque seja visado o seu emitente de apresentá-lo ao banco sacado para que seja posto o visto do representante do banqueiro, indicando que a respectiva quantia foi reservada em sua conta corrente e se encontra à disposição do beneficiário. Após isto, o cheque visado é entregue ao beneficiário. Dessa maneira, o cheque visado passa a ter caráter valor quase pecuniário, assumindo características parecidas do cheque administrativo, pois passa a ter uma valoração melhor para o beneficiário. CCF A sigla significa Cadastro de Emitentes de Cheque sem Fundos. É um banco de dados que centraliza as informações dos emitentes de cheques sem fundos e é operacionalizado pelo Banco do Brasil. Se algum cheque for devolvido por um dos motivos abaixo, o nome do emitente será automaticamente incluído no CCF: 1. motivo 12 - cheque sem fundos pela segunda apresentação; 2. motivo 13 - conta encerrada; 3. motivo 14 - prática espúria (prática desonesta e premeditada). Inclusão CCF – Titular conta conjunta Quando é emitido um cheque sem fundos de uma conta corrente conjunta de titulares solidários, ficará registrado o nome e o CPF do titular emitente do cheque, ou seja, de quem assinar a folha. Pesquisa ao CCF Todas as instituições financeiras podem prestar a informação se o nome do cliente está incluído no CCF. O Banco não cobra qualquer tarifa por esta consulta, porém o resultado só é informado pessoalmente e ao próprio correntista. As ocorrências serão excluídas do Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos 1. Automaticamente, após decorridos 5 anos da última inclusão; 2. A pedido do estabelecimento sacado, ou por iniciativa do próprio executante, se comandada a inclusão por erro comprovado, hipótese em que a instituição, tão logo tenha conhecimento do fato, deve comandar a exclusão do CCF, sem ônus para o cliente; 3. A qualquer tempo, a pedido do estabelecimento sacado, desde que o cliente comprove junto a ele o

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pagamento do cheque que deu origem à ocorrência, e, nos casos de prática espúria, regularize o débito; 4. Por determinação do Banco Central do Brasil. Novidade: Resolução do CMN determina que, de imediato, os bancos forneçam cópias ao emitente de cheques que não foram pagos por falta de fundos. O banco terá de informar o endereço residencial e comercial do último beneficiário. Isso vai facilitar ao emitente reaver o documento e normalizar a situação, "limpando" seu nome da lista negra de cheques sem fundos. Prazo de validade do cheque

• prazo de apresentação: >30 dias, a contar da data de emissão, para os cheques emitidos na mesma praça do banco sacado; >60 dias para os cheques emitidos em outra praça; e

• prazo de prescrição: > 6 meses decorridos a partir do término do prazo de apresentação.

Quando o cheque é apresentado após o prazo de apresentação ele é pago se houver fundos na conta.

Se não houver, o cheque é devolvido pelo motivo 11, (ou 12, se se tratar da segunda apresentação, tendo o nome incluído no CCF).

Quando o cheque é apresentado além do prazo de prescrição ele é devolvido pelo motivo 44, não podendo ser pago pelo banco mesmo que tenha fundos na conta.

A ação de regresso de um obrigado ao pagamento do cheque contra outro prescreve em 6 (seis) meses, contados do dia em que o obrigado pagou o cheque ou do dia em que foi demandado. Pode o portador promover a execução do cheque: I - contra o emitente e seu avalista; II - contra os endossantes e seus avalistas, se o cheque é apresentado em tempo hábil e a recusa do pagamento é comprovada pelo protesto ou por declaração do sacado, escrita e datada sobre o cheque, com indicação do dia de apresentação, ou, ainda, por declaração escrita e datada por câmara de compensação. Compensação de Cheques e outros papéis : A compensação de cheques consiste no acerto de contas entre os bancos, referente aos cheques depositados em estabelecimentos diferentes dos sacados. Esse serviço é prestado pelo Banco do Brasil S.A, no papel de Executante da Centralizadora de Compensação de Cheques. A Centralizadora de Compensação de Cheques – Compe é regulamentada pelo Banco Central do Brasil e dela participam todos os bancos com carteira comercial e caixas econômicas existentes no Brasil. A Compe e o respectivo processamento de dados são considerados como serviços ou atividades essenciais (Lei 7.783, de 28/06/1989), tendo o Banco do Brasil S.A. como Executante da Compensação, fornecendo o espaço físico e o apoio logístico necessários ao seu funcionamento, seja para a troca física de documentos, nas situações em que isso ocorre, seja para a compensação eletrônica de todas as obrigações (Lei 4.595, de 31/12/1964). As atividades do Executante consistem, basicamente, em divulgar ao sistema financeiro as normas e regulamentos expedidos pelo Banco Central e gerir as Câmaras de Compensação, realizando, entre outros, os serviços de: > recepção e processamento dos arquivos magnéticos remetidos pelos bancos; > fechamento do movimento compensatório e emissão dos respectivos relatórios de Fechamento Automático da Compensação – FAC; > processamento e geração de arquivo magnético da compensação eletrônica, e; > prestação de informação do resultado dos bancos ao Banco Central, para liquidação financeira da Compe. Circular Bacen 3532/2011 Art. 1º Fica instituída a truncagem como procedimento padrão no âmbito da Centralizadora da Compensação de Cheques (Compe). § 1º A truncagem consiste na retenção do cheque em papel pela instituição financeira que o acolheu em depósito, realizando-se sua apresentação à instituição financeira sacada por intermédio de imagem digital e outros registros eletrônicos. § 2º A truncagem deve ser efetuada em conformidade com os procedimentos, as especificações e os requisitos de segurança aprovados no âmbito do Grupo Consultivo para Assuntos de Compensação (Grupo Compe). § 3º A instituição financeira acolhedora deve guardar o cheque em papel até a sua liquidação final. Prazos para a compensação de cheques e outros papéis Os prazos abaixo são sempre contados do dia útil seguinte ao do depósito.

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Valor inferior a R$ 300,00: dois dias úteis Valor igual ou superior a R$ 300,00: um dia útil Atenção: O participante ao receber os cheques contra si deve, até a manhã do dia útil seguinte, efetuar uma transferência em conta especial da sua conta Reservas Bancária, utilizando o Sistema de Transferência de Reservas, do somatório dos cheques acima de R$ 5.000,00. � Os valores depositados ficam disponíveis para compensar débitos, na respectiva conta-corrente do depositante, na noite do último dia do prazo de bloqueio, podendo ser sacados, diretamente no caixa do banco, no dia útil seguinte ao último dia do prazo de bloqueio. � Os valores depositados que sofrerem bloqueio por prazos superiores aos citados devem ser remunerados, por dia de excesso, pela Taxa SELIC. � Os depósitos em cheques de outra agência do mesmo banco observam os mesmos prazos máximos de bloqueio e de entrega previstos acima para os cheques de outro banco, podendo ser reduzidos, de acordo com os critérios próprios de cada banco.

SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO

É o conjunto de procedimentos, regras, instrumentos e operações integradas que dão suporte à movimentação financeira entre os diversos agentes econômicos do mercado, tanto em moeda local quanto estrangeira. Sua função básica é permitir a transferência de recursos, o processamento e a liquidação de pagamentos para pessoas físicas, empresas e governos. Assim, sempre que emitimos um cheque, fazemos compras com o cartão de crédito ou enviamos uma Transferência Eletrônica Disponível – TED estamos acionando este Sistema. As instituições financeiras também se valem do mesmo Sistema para realizar as transferências diárias oriundas de suas próprias transações. Essas transferências ocorrem através da movimentação dos saldos das contas de reservas bancárias que as instituições mantêm junto ao Bacen. Cabe ao Bacen não só regulamentar a liquidação financeira de tais contas de reserva bancária, como estabelecer as regras de controle de riscos a serem seguidas no SPB. O objetivo do SPB é aumentar a segurança do mercado, oferecendo maior proteção contra possíveis rombos ou quebra em cadeia (efeito dominó) de instituições financeiras. Em 2002, o Sistema de Pagamentos Brasileiro passou por um processo de reestruturação destinado a aumentar a segurança contra os diversos riscos a que o mercado financeiro está exposto. Além do Bacen, integram o SPB:

Instituições Financeiras; Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) – clearing de ativos de títulos

de renda variável; Câmara de Registro, Compensação e Liquidação de Operações de Ativos BM&F –

clearing de ativos de títulos de renda fixa; Câmara de Registro, Compensação e Liquidação de Operações de Câmbio BM&F

(clearing de câmbio; Câmara de Registro, Compensação e Liquidação de Operações de Derivativos BM&F –

clearing de derivativos; Cetip; Selic; Visanet e Redecard; Tecban (Tecnologia Bancária); Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP).

As transferências de recursos financeiros no SPB são formalizadas através de mensagens eletrônicas transmitidas exclusivamente por intermédio da Rede do Sistema Financeiro Nacional – RSFN. São padronizadas e observam procedimentos específicos de segurança (criptografia e certificação digital). A RSFN é a estrutura de comunicação de dados, implementada por meio de tecnologia de rede, criada com a finalidade de suportar o tráfego de mensagens entre as instituições financeiras titulares de conta de reservas bancárias, entre as câmaras e os prestadores de serviços de compensação e de liquidação, a Secretaria do Tesouro Nacional e o Banco Central, no âmbito do Sistema de Pagamentos Brasileiro. As transferências podem ser feitas por meio de LBTR – liquidação bruta em tempo real – ou LDL – liquidação diferida líquida, dependendo do tipo de transação. LBTR – ocorre ao longo do dia, de forma simultânea, operação por operação, em todos os dias considerados úteis para fins de operações praticadas no mercado financeiro. Exemplos: TED, transferências de reservas bancárias. LDL – liquidação em D+0 até D+3, m geralmente liquidada em compensação multilateral de obrigações entre as instituições participantes. Exemplos: cheque, DOC, cobrança. Sistema de Transferência de Reservas - STR O STR é um sistema de transferência de fundos com liquidação bruta em tempo real (LBTR), operado pelo Banco Central do Brasil, que funciona com base em ordens de crédito, isto é, somente o titular da

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conta a ser debitada pode emitir a ordem de transferência de fundos. O sistema é de importância fundamental principalmente para liquidação de operações interbancárias realizadas nos mercados monetário, cambial e de capitais, inclusive no que diz respeito à liquidação de resultados líquidos apurados em sistemas de compensação e liquidação operados por terceiros. São também liquidados por intermédio do STR os cheques de valor igual ou superior ao VLB-Cheque (R$ 250 mil), bem como os bloquetos de cobrança de valor igual ou superior ao VLB-Cobrança (R$ 5 mil). Nos dois casos, a liquidação é feita bilateralmente entre os bancos, por valores brutos agregados (sem compensação). Acolhidos em depósitos, serão liquidados até às 12:30 hs do dia útil seguinte. As ordens de transferência de fundos podem ser emitidas pelos participantes em nome próprio ou por conta de terceiros, a favor do participante destinatário ou de cliente do participante destinatário, sem qualquer limitação de valor. A transferência de fundos é considerada final, isto é irrevogável e incondicional, no momento em que feitos os correspondentes lançamentos nas contas de liquidação (contas de reservas bancárias, Conta Única do Tesouro Nacional e contas mantidas no Banco Central do Brasil por entidades operadoras de sistemas de compensação e de liquidação). O participante destinatário é informado da transferência de fundos apenas no momento em que ocorre sua liquidação. Câmara Interbancária de Pagamentos – CIP Trata-se de uma câmara de registro, compensação e liquidação eletrônica das transferências de recursos de clientes e de instituições financeiras. Controlada pelos maiores bancos brasileiros, a CIP contribui para a redução dos custos financeiros e operacionais das instituições envolvidas. Funciona com aporte de garantias no início de cada dia e liquida as operações, ao final do dia, por meio da compensação de seus valores líquidos (diferença entre os valores recebidos e os valores pagos). Sistema de Liquidação Diferida das Transferências Interbancárias de Ordens de Crédito – Siloc O Siloc liquida obrigações interbancárias relacionadas com os documentos de crédito (DOC) e com os bloquetos de cobrança de valor inferior ao VLB-Cobrança (R$ 5 mil). A liquidação é feita, com compensação multilateral de obrigações, em contas de reservas bancárias, geralmente no dia útil seguinte ao de emissão do DOC, ou de recebimento do pagamento, no caso do bloqueto de cobrança. O sistema, operado pela CIP, entrou em operação em 18.02. 2004. Sistema de Transferência de Fundos – Sitraf O Sitraf, que é operado pela CIP, utiliza compensação contínua de obrigações (continuous net settlement). As ordens de transferência de fundos são emitidas para liquidação no mesmo dia (D), por assim dizer, "quase em tempo real". É um sistema híbrido de liquidação no sentido de que reúne características dos sistemas de liquidação diferida com compensação de obrigações (LDL) e dos sistemas de liquidação bruta em tempo real (LBTR). Em situações de agendamento, a ordem de transferência de fundos é submetida ao processo de liquidação no início do dia indicado. O sistema, que entrou em funcionamento em 06 de dezembro de 2002, funciona com base em ordens de crédito, isto é, somente o titular da conta a ser debitada pode emitir a ordem de transferência de fundos, a qual pode ser feita em nome próprio do participante ou por conta de terceiros, a favor do participante destinatário ou de cliente do participante destinatário. A liquidação é efetuada com base em recursos mantidos pelos participantes no Banco Central do Brasil, seja no que diz respeito aos pré-depósitos efetuados no início de cada dia e às suas eventuais complementações, seja no que diz respeito às transferências de fundos efetuadas para atendimento das ordens de transferência de fundos no denominado ciclo complementar. Glossário: VLB – Valor de Liquidação Bilateral Transferência Eletrônica Disponível – TED Mecanismo de transferência de recursos que permite maior agilidade e segurança às transações interbancárias. Desde 18/02/2004, a TED substituiu o DOC para realizar as transferências . A TED pode ser liquidada por intermédio do Sistema de Transferência de Recursos – STR ou da Câmara Interbancária de Pagamentos – CIP. Atualmente: TED: transferências acima de R$ 1.000,00, inclusive; DOC: transferências até R$ 4.999,99; Entre R$ 1.000,00 e R$ 4.999,99 o cliente pode fazer a opção entre TED e DOC. Movimentação de Reservas Bancárias Quanto às contas de reservas bancárias, mantidas pelas instituições financeiras bancárias junto ao Bacen, para evitar que o Bacen tenha que assumir o risco de falta de liquidez dos bancos comerciais ou múltiplos, eles não podem em hipótese alguma e em nenhum momento do dia, terem saldo negativo nestas contas. Cria-se nos bancos a atividade do “piloto de reservas”, representado por profissional especializado com o objetivo de garantir a permanente disponibilidade de recursos na conta de reservas bancárias. Todas as contas de reservas bancárias serão monitoradas pelo Bacen através do Sistema de Transferência de Reservas – STR, seja em tempo real, operação por operação, seja pela compensação líquida de saldos.

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As operações de movimentação nas contas de reservas bancárias não poderão ser canceladas, pois os lançamentos são finais, ou seja, irrevogáveis e irreversíveis. Fonte: Banco Central do Brasil. Função e Funcionamento das Clearing House Clearing Houses são as entidades privadas que atuam na compensação e liquidação das operações, nos diversos segmentos do sistema, podendo efetuar a liquidação de todas as operações financeiras no âmbito do próprio ambiente de sua contratação, tendo como objetivo o fortalecimento do mercado financeiro. Sua função é a de garantir a finalização das operações, realizando a transferência dos valores das transações efetuadas e a redução dos riscos para os participantes do sistema. Utilizam, como instrumento, a compensação bilateral ou multilateral, operando a liquidação mediante encontro de contas. Compensação Bilateral – Compensação envolvendo os Participantes aos pares. Compensação Multilateral – procedimento destinado à apuração individual da soma algébrica dos resultados bilaterais devedores e credores do Participante em cada Banco Liquidante.

TIPOS DE RISCOS FINANCEIROS

Risco de Crédito Qualquer sistema de pagamentos está sujeito a riscos. No antigo SPB, a principal fonte de insegurança residia no fato de não haver controle on-line, pelo Bacen, das contas de reservas dos bancos. Além dos riscos operacionais, havia a defasagem de tempo entre a contratação e a liquidação das operações, denominada lag de liquidação. Esse lag abria a possibilidade de o devedor tornar-se inadimplente antes da quitação do compromisso assumido. É o que se chama de risco de crédito. A reestruturação do SPB eliminou este risco ao viabilizar o controle on-line das contas de reservas dos bancos, pelo Bacen. Risco de Imagem O risco de imagem advém da mesma situação. Ocorre porque a instituição de origem da operação pode ter sua imagem desgastada perante seus clientes e o mercado. Há ainda a possibilidade de um simples atraso no recebimento de valores causar transtornos à tesouraria de um banco e gerar, por conseqüência, turbulências no mercado. Isto porque a situação pode levar o banco a financiar no mercado o desequilíbrio do seu caixa, caracterizando-se, assim, o risco de liquidez. Risco Sistêmico Os riscos de liquidez e de crédito podem gerar o risco sistêmico. Ele ocorre quando as situações de instabilidade geram um efeito dominó, envolvendo várias ou todas as instituições financeiras vinculadas ao sistema de pagamentos. Isso significa que, mesmo aqueles bancos não vinculados diretamente ao problema podem sofrer os efeitos de uma reação em cadeia. Para o mercado, quando um banco deixa de honrar qualquer compromisso, ele rompe a cadeia de pagamentos e contribui para a instalação do risco sistêmico. Sem os mecanismos de gerenciamento de risco adotados no novo SPB, todo o mercado sofria as conseqüências de uma crise dessa natureza.

ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL - SFN CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL – CMN

(Autoridade Monetária) O Conselho Monetário Nacional (CMN), que foi instituído pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, é

o órgão responsável por expedir diretrizes gerais para o bom funcionamento do SFN. Integram o CMN o Ministro da Fazenda (Presidente), o Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão e o Presidente do Banco Central do Brasil. Dentre suas funções estão: adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia; regular o valor interno e externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos; orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras; propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros; zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária e da dívida pública interna e externa. Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos comissões e qualquer outra forma de remuneração de operações e serviços bancários ou financeiros, inclusive os prestados pelo Banco Central da República do Brasil, assegurando taxas favorecidas aos financiamentos que se destinem a promover: - recuperação e fertilização do solo; - reflorestamento; - combate a epizootias e pragas, nas atividades rurais; - eletrificação rural; - mecanização; - irrigação; - investimento indispensáveis às atividades agropecuárias;

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Determinar a percentagem máxima dos recursos que as instituições financeiras poderão emprestar a um mesmo cliente ou grupo de empresas; Estipular índices e outras condições técnicas sobre encaixes, mobilizações e outras relações patrimoniais a serem observadas pelas instituições financeiras; Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas instituições financeiras; Delimitar, com periodicidade não inferior a dois anos o capital mínimo das instituições financeiras privadas, levando em conta sua natureza, bem como a localização de suas sedes e agências ou filiais; Determinar recolhimento de até 60% (sessenta por cento) do total dos depósitos e/ou outros títulos contábeis das instituições financeiras, seja na forma de subscrição de letras ou obrigações do Tesouro Nacional ou compra de títulos da Dívida Pública Federal, seja através de recolhimento em espécie, em ambos os casos entregues ao Banco Central do Brasil, na forma e condições que o Conselho Monetário Nacional determinar, podendo este a) adotar percentagens diferentes em função- das regiões geo-econômicas; - das prioridades que atribuir às aplicações; - da natureza das instituições financeiras b) determinar percentuais que não serão recolhidos, desde que tenham sido reaplicados em financiamentos à agricultura, sob juros favorecidos e outras condições fixadas pelo Conselho Monetário Nacional. Regulamentar, fixando limites, prazos e outras condições, as operações de redesconto e de empréstimo, efetuadas com quaisquer instituições financeiras públicas e privadas de natureza bancária; Outorgar ao Banco Central da República do Brasil o monopólio das operações de câmbio quando ocorrer grave desequilíbrio no balanço de pagamentos ou houver sérias razões para prever a iminência de tal situação; Estabelecer normas a serem observadas pelo Banco Central da República do Brasil em suas transações com títulos públicos e de entidades de que participe o Estado; Autoriza o Banco Central da República do Brasil e as instituições financeiras públicas federais a efetuar a subscrição, compra e venda de ações e outros papéis emitidos ou de responsabilidade das sociedades de economia mista e empresas do Estado; Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corretores de fundos públicos; Estatuir normas para as operações das instituições financeiras públicas, para preservar sua solidez e adequar seu funcionamento aos objetivos desta lei;

Junto ao CMN funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc), composta pelo Presidente do Bacen, na qualidade de Coordenador, pelo Presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pelo Secretário Executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento, pelo Secretário Executivo do Ministério da Fazenda, pelo Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, pelo Secretário do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda e por quatro diretores do Bacen, indicados por seu Presidente.

Está previsto o funcionamento também junto ao CMN de comissões consultivas de Normas e Organização do Sistema Financeiro,de Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros, de Crédito Rural, de Crédito Industrial, de Crédito Habitacional e para Saneamento e Infra-Estrutura Urbana, de Endividamento Público e de Política Monetária e Cambial. Os seus membros reúnem-se uma vez por mês para deliberarem sobre assuntos relacionados com as competências do CMN. Em casos extraordinários pode acontecer mais de uma reunião por mês. As matérias aprovadas são regulamentadas por meio de Resoluções, normativo de caráter público, sempre divulgado no Diário Oficial da União e na página de normativos do Banco Central do Brasil. O Banco Central do Brasil é a Secretaria-Executiva do CMN e da Comoc. Compete ao Banco Central organizar e assessorar as sessões deliberativas (preparar, assessorar e dar suporte durante as reuniões, elaborar as atas e manter seu arquivo histórico).

As decisões serão tomadas pela maioria simples dos votos.

BANCO CENTRAL DO BRASIL – BACEN (Autoridade Monetária)

O Banco Central do Brasil (Bacen) é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, que também foi criada pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964. É o principal executor das orientações do Conselho Monetário Nacional e responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional, tendo por objetivos: zelar pela adequada liquidez da economia; manter as reservas internacionais em nível adequado; estimular a formação de poupança; zelar pela estabilidade e promover o permanente aperfeiçoamento do sistema financeiro. Dentre suas atribuições estão: emitir papel-moeda e moeda metálica; executar os serviços do meio circulante; receber recolhimentos compulsórios e voluntários das instituições financeiras e bancárias; realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras; regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis; efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais; exercer o controle de crédito; exercer a fiscalização das instituições financeiras; autorizar o funcionamento das instituições financeiras; estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas instituições financeiras; vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais e controlar o fluxo de capitais estrangeiros no país. A Diretoria se reunirá, ordinariamente, uma vez por semana, e, extraordinariamente, sempre que necessário, por convocação do Presidente ou a requerimento de, pelo menos, dois de seus membros. Constituem receitas do Banco Central do Brasil as rendas: I - de operações financeiras e de outras aplicações de seus recursos;

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II - das suas operações de câmbio, da compra e venda de ouro e de quaisquer outras operações em moeda estrangeira; III - eventuais, inclusive as derivadas de multas e de juros de mora aplicados por força do disposto na legislação em vigor.

Sua sede fica em Brasília, capital do País, e tem representações nas capitais dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará e Pará. Glossário: Liquidez da economia: Dinheiro emitido pelo BACEN em circulação no país. Executar os serviços do meio circulante: distribuir dinheiro aos bancos, recolher cédulas dilaceradas, etc.

COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – CVM

(Entidade Supervisora) A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também é uma autarquia vinculada ao Ministério da

Fazenda, instituída pela Lei 6.385, de 7 de dezembro de 1976. É responsável por regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários do país. Para este fim, exerce as funções de: assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão; proteger os titulares de valores mobiliários; evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação no mercado; assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados e sobre as companhias que os tenham emitido; assegurar a observância de práticas comerciais eqüitativas no mercado de valores mobiliários; estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários; promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e estimular as aplicações permanentes em ações do capital social das companhias abertas. A CVM será administrada por um Presidente e quatro Diretores, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovados pelo Senado Federal, dentre pessoas de ilibada reputação e reconhecida competência em matéria de mercado de capitais. O mandato dos dirigentes da CVM será de cinco anos, vedada a recondução, devendo ser renovado a cada ano um quinto dos membros do Colegiado. ( DECRETO Nº 6.382, DE 27 DE FEVEREIRO DE 2008)

CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL – CRSFN

Órgão colegiado judicante de segundo grau, integrante da estrutura do Ministério da Fazenda, criado pelo Decreto nº 9.152, de 15.03.1985, com sede em Brasília – DF. Suas instalações estão localizadas no Banco Central do Brasil, que ficará encarregado dos recursos técnicos, humanos e materiais para o funcionamento da Secretaria-Executiva do CRSFN Atribuições: Julgar, em segunda e última instância administrativa os recursos interpostos das decisões relativas às penalidades administrativas aplicadas pelo Banco Central do Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários e pela Secretaria do Comércio Exterior e pela Secretaria da Receita Federal nas infrações previstas na legislação. O Conselho tem ainda como finalidade julgar os recursos de ofício interpostos pelos órgãos de primeira instância, das decisões que concluírem pela não aplicação das penalidades previstas no item anterior. Estrutura São oito conselheiros possuidores de conhecimentos especializados em assuntos relativos aos mercados financeiros, de câmbio, de capitais e de crédito rural e industrial, observando-se a seguinte composição: Um representante do Ministério da Fazenda; Um representante do Banco Central do Brasil (Bacen); Um representante da Secretaria de Comércio Exterior; Um representante da Comissão de Valores Mobiliários (CVM); Quatro representantes das entidades de classe dos mercados afins, por estas indicados em lista tríplice. As entidades de classe que integram o CRSFN são as seguintes: Abrasca (Associação Brasileira das Companhias Abertas), Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento), CNBV (Comissão Nacional de Bolsas de Valores), FEBRABAN (Federação Brasileira das Associações de Bancos), ABEL (Associação Brasileira das Empresas de Leasing), ADEVAL (Associação das Empresas Distribuidoras de Valores), AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), sendo que os representantes das quatro primeiras entidades têm assento no Conselho como membros titulares e os demais, como suplentes. Tanto os Conselheiros Titulares, como os seus respectivos suplentes, são nomeados pelo Ministro da Fazenda, com mandatos de dois anos, podendo ser reconduzidos um única vez. Fazem parte ainda do CRSFN dois Procuradores da Fazenda Nacional, designados pelo Procurador-Geral da Fazenda Nacional, com a atribuição de zelar pela fiel observância da legislação aplicável, e um Secretário-Executivo, nomeado pelo Ministério da Fazenda, responsável pela execução e coordenação dos trabalhos administrativos. Para tanto, o Banco Central do Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários e a Secretaria de Comércio Exterior proporcionam o respectivo apoio técnico e administrativo. O representante do Ministério da Fazenda é o presidente do Conselho e o vice-presidente é o representante designado pelo Ministério da Fazenda dentre os quatro representantes das entidades de classe que integram o Conselho.

BANCOS MÚLTIPLOS

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Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas que realizam as operações ativas, passivas e acessórias das diversas instituições financeiras, por intermédio das seguintes carteiras: comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de arrendamento mercantil e de crédito, financiamento e investimento. Essas operações estão sujeitas às mesmas normas legais e regulamentares aplicáveis às instituições singulares correspondentes às suas carteiras. A carteira de desenvolvimento somente poderá ser operada por banco público. O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento, e ser organizado sob a forma de sociedade anônima. As instituições com carteira comercial podem captar depósitos à vista. Na sua denominação social deve constar a expressão "Banco" (Resolução CMN 2.099, de 1994).

BANCOS COMERCIAIS

Os bancos comerciais são instituições financeiras privadas ou públicas que têm como objetivo principal proporcionar suprimento de recursos necessários para financiar, a curto e a médio prazo, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros em geral. A captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade típica do banco comercial, o qual pode também captar depósitos a prazo. Deve ser constituído sob a forma de sociedade anônima e na sua denominação social deve constar a expressão "Banco" (Resolução CMN 2.099, de 1994). Os bancos comerciais são classificados como instituições monetárias por terem o poder de criação de moeda escritural. Sucintamente, os bancos comerciais são intermediários financeiros que tem como objetivo captar recursos e distribuí-los de forma seletiva, criando moeda através de seu efeito multiplicador. INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS MONETÁRIAS: capazes de criar moedas - bancos comerciais, bancos múltiplos c/carteira comercial, cooperativas de crédito e CEF; INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS NÃO MONETÁRIAS: não criam moeda - bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, financeiras, sociedades arrendamento mercantil, APE;

COOPERATIVAS DE CRÉDITO As cooperativas de crédito observam, além da legislação e normas do sistema financeiro, a Lei 5.764,

de 16 de dezembro de 1971, que define a política nacional de cooperativismo e institui o regime jurídico das sociedades cooperativas. Atuando tanto no setor rural quanto no urbano, as cooperativas de crédito podem se originar da associação de funcionários de uma mesma empresa ou grupo de empresas, de profissionais de determinado segmento, de empresários ou mesmo adotar a livre admissão de associados em uma área determinada de atuação, sob certas condições. Os eventuais lucros auferidos com suas operações - prestação de serviços e oferecimento de crédito aos cooperados - são repartidos entre os associados. As cooperativas de crédito devem adotar, obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão "Cooperativa", vedada a utilização da palavra "Banco". Devem possuir o número mínimo de vinte cooperados e adequar sua área de ação às possibilidades de reunião, controle, operações e prestações de serviços. Estão autorizadas a realizar operações de captação por meio de depósitos à vista e a prazo somente de associados, de empréstimos, repasses e refinanciamentos de outras entidades financeiras, e de doações. Conforme o determinado pela resolução Bacen 2771/2000, os depósitos realizados nas cooperativa de crédito não são amparados pelo Fundo Garantidor de Crédito, sendo obrigatório informar o cooperado quando do depósito. Podem conceder crédito, somente a associados, por meio de desconto de títulos, empréstimos, financiamentos, e realizar aplicação de recursos no mercado financeiro (Resolução CMN 3.106, de 2003).

Por força da Resolução Bacen 3.454, de 30/05/2007, estas sociedades podem captar recursos através de Recibos de Depósito Bancário – RDB.

BANCOS COMERCIAIS COOPERATIVOS Resolução 2.788/2000 O Conselho Monetário Nacional resolve: Art. 1º Facultar a constituição de bancos comerciais e bancos múltiplos sob controle acionário de cooperativas centrais de crédito. Parágrafo 1º As cooperativas centrais de crédito integrantes do grupo controlador devem deter, no mínimo, 51% (cinqüenta e um por cento) das ações com direito a voto das instituições financeiras de que trata esta Resolução. Parágrafo 2º Os bancos múltiplos constituídos na forma desta Resolução devem possuir, obrigatoriamente, carteira comercial. Parágrafo 3º A denominação das instituições financeiras de que trata esta Resolução deve incluir a expressão Banco Cooperativo. Art. 2º Na constituição de bancos cooperativos, somente as pessoas jurídicas controladoras devem publicar declaração de propósito e comprovar situação econômico-financeira compatível com o empreendimento, nos termos da regulamentação em vigor.

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Art. 3º Os bancos cooperativos devem manter valor de patrimônio líquido ajustado na forma da regulamentação em vigor, compatível com o grau de risco da estrutura de seus ativos, passivos e contas de compensação (PLE), de acordo com o disposto no Regulamento Anexo IV à Resolução nº 2.099, de 17 de agosto de 1994, com a redação dada pela Resolução nº 2.692, de 24 de fevereiro de 2000, observado o valor de 0,13 (treze centésimos) para o fator "F" aplicável às operações ativas ponderadas pelo risco (Apr).

Art. 4º A constituição e o funcionamento de bancos cooperativos subordinam-se, nos aspectos não definidos nesta Resolução, à legislação e à regulamentação em vigor aplicáveis aos bancos comerciais e aos bancos múltiplos em geral.

Importante: Os Bancos Comerciais Cooperativos estão autorizados a captar poupança rural (Resolução CMN 3.188/2004).

BANCOS DE INVESTIMENTO

Os bancos de investimento são instituições financeiras privadas especializadas em operações de participação societária de caráter temporário, de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de administração de recursos de terceiros. Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima e adotar, obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão "Banco de Investimento". Não possuem contas correntes e captam recursos via depósitos a prazo, repasses de recursos externos, internos e venda de cotas de fundos de investimento por eles administrados. As principais operações ativas são financiamento de capital de giro e capital fixo, subscrição ou aquisição de títulos e valores mobiliários, depósitos interfinanceiros e repasses de empréstimos externos (Resolução CMN 2.624, de 1999).

BANCOS DE DESENVOLVIMENTO Os bancos de desenvolvimento são instituições financeiras controladas pelos governos estaduais, e

têm como objetivo precípuo proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários ao financiamento, a médio e a longo prazos, de programas e projetos que visem a promover o desenvolvimento econômico e social do respectivo Estado. As operações passivas são depósitos a prazo, empréstimos externos, emissão ou endosso de cédulas hipotecárias, emissão de cédulas pignoratícias de debêntures e de Títulos de Desenvolvimento Econômico. As operações ativas são empréstimos e financiamentos, dirigidos prioritariamente ao setor privado. Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima, com sede na capital do Estado que detiver seu controle acionário, devendo adotar, obrigatória e privativamente, em sua denominação social, a expressão "Banco de Desenvolvimento", seguida do nome do Estado em que tenha sede.

SOCIEDADES DE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO As sociedades de crédito, financiamento e investimento, também conhecidas por financeiras, foram

instituídas pela Portaria do Ministério da Fazenda 309, de 30 de novembro de 1959. São instituições financeiras privadas que têm como objetivo básico a realização de financiamento para a aquisição de bens, serviços e capital de giro. Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima e na sua denominação social deve constar a expressão "Crédito, Financiamento e Investimento". Tais entidades captam recursos por meio de aceite e colocação de Letras de Câmbio (Resolução CMN 45, de 1966). Por força da Resolução Bacen 3.454, de 30/05/2007, estas sociedades podem captar recursos através de Recibos de Depósito Bancário – RDB.

SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL (leasing) As sociedades de arrendamento mercantil são constituídas sob a forma de sociedade anônima, devendo constar obrigatoriamente na sua denominação social a expressão "Arrendamento Mercantil". As operações passivas dessas sociedades são: emissão de debêntures, dívida externa, empréstimos e financiamentos de instituições financeiras. Suas operações ativas são constituídas por títulos da dívida pública, cessão de direitos creditórios e, principalmente, por operações de arrendamento mercantil de bens móveis, de produção nacional ou estrangeira, e bens imóveis adquiridos pela entidade arrendadora para fins de uso próprio do arrendatário. São supervisionadas pelo Banco Central do Brasil (Resolução CMN 2.309, de 1996).

SOCIEDADES CORRETORAS DE CÂMBIO As sociedades corretoras de câmbio são constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada, devendo constar na sua denominação social a expressão "Corretora de Câmbio". Têm por objeto social exclusivo a intermediação em operações de câmbio e a prática de operações no mercado de câmbio de taxas flutuantes. São supervisionadas pelo Banco Central do Brasil (Resolução CMN 1.770, de 1990).

SOCIEDADES CORRETORAS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS As sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários são constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada. Dentre seus objetivos estão: operar em bolsas de valores, subscrever emissões de títulos e valores mobiliários no mercado; comprar e vender títulos e valores mobiliários por conta própria e de terceiros; encarregar-se da administração de carteiras e da custódia de títulos e valores mobiliários; exercer funções de agente fiduciário; instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento; emitir certificados de depósito de ações e cédulas pignoratícias de debêntures; intermediar operações de câmbio; praticar operações no mercado de câmbio

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de taxas flutuantes; praticar operações de conta margem; realizar operações compromissadas; praticar operações de compra e venda de metais preciosos, no mercado físico, por conta própria e de terceiros; operar em bolsas de mercadorias e de futuros por conta própria e de terceiros. São supervisionadas pelo Banco Central do Brasil (Resolução CMN 1.655, de 1989). Os FUNDOS DE INVESTIMENTO, administrados por corretoras ou outros intermediários financeiros, são constituídos sob forma de condomínio e representam a reunião de recursos para a aplicação em carteira diversificada de títulos e valores mobiliários, com o objetivo de propiciar aos condôminos valorização de quotas, a um custo global mais baixo. A normatização, concessão de autorização, registro e a supervisão dos fundos de investimento são de competência da Comissão de Valores Mobiliários.

SOCIEDADES DISTRIBUIDORAS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS As sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários são constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada, devendo constar na sua denominação social a expressão "Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários". Algumas de suas atividades: intermedeiam a oferta pública e distribuição de títulos e valores mobiliários no mercado; administram e custodiam as carteiras de títulos e valores mobiliários; instituem, organizam e administram fundos e clubes de investimento; operam no mercado acionário, comprando, vendendo e distribuindo títulos e valores mobiliários, inclusive ouro financeiro, por conta de terceiros; fazem a intermediação com as bolsas de valores e de mercadorias; efetuam lançamentos públicos de ações; operam no mercado aberto e intermedeiam operações de câmbio. São supervisionadas pelo Banco Central do Brasil (Resolução CMN 1.120, de 1986). O Bacen e a CVM, dia 02/03/2009, autorizaram as DTVM a operarem diretamente na Bolsa de Valores, privilégio antes concedido somente às Corretoras de Títulos e Valores Mobilários.

BOLSAS DE VALORES As bolsas de valores são associações privadas civis, com objetivo de manter local adequado ao

encontro de seus membros e à realização, entre eles, de transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários pertencentes a pessoas jurídicas públicas e privadas, em mercado livre e aberto, especialmente organizado e fiscalizado por seus membros e pela Comissão de Valores Mobiliários. Possuem autonomia financeira, patrimonial e administrativa (Resolução CMN 2.690, de 2000).

BOLSAS DE MERCADORIAS E FUTUROS As bolsas de mercadorias e futuros são associações privadas civis, com objetivo de efetuar o registro,

a compensação e a liquidação, física e financeira, das operações realizadas em pregão ou em sistema eletrônico. Para tanto, devem desenvolver, organizar e operacionalizar um mercado de derivativos livre e transparente, que proporcione aos agentes econômicos a oportunidade de efetuarem operações de hedging (proteção) ante flutuações de preço de commodities agropecuárias, índices, taxas de juro, moedas e metais, bem como de todo e qualquer instrumento ou variável macroeconômica cuja incerteza de preço no futuro possa influenciar negativamente suas atividades. Possuem autonomia financeira, patrimonial e administrativa e são fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários.

SISTEMA ESPECIAL DE LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA DE TÍTULOS PÚBLICOS – SELIC

O SELIC foi criado em 1980, e é um grande sistema computadorizado para registrar todas as operações envolvendo títulos públicos, transferindo automaticamente o registro do título do Banco Vendedor para o Banco Comprador, bem como realizando a transferência monetária do Comprador para o Vendedor.

Hoje, Selic identifica também a taxa de juros que reflete a média de remuneração dos títulos federais negociados com os bancos. Ela é considerada a taxa básica porque é usada em operações entre bancos e, por isso, tem influencia sobre os juros de toda a economia. A Selic é uma espécie de teto para os juros pagos pelos bancos nos depósitos a prazo. A partir dela, os bancos também definem quanto cobram em empréstimos a empresas e pessoas físicas. A meta da taxa Selic é definida em reuniões previamente agendadas do Copom (Comitê de Política Monetária), um colegiado formado por diretores do BC (com direito a voto), assessores e chefes de departamento da instituição. O SELIC registra apenas os títulos públicos de emissão emitidos pelo Tesouro Nacional ou pelo Banco Central, e os títulos públicos estaduais e municipais, estes últimos emitidos até 1992. O horário normal de funcionamento é das 6h30 às 18h30, em todos os dias considerados úteis. Dealers é o termo técnico dado às instituições financeiras que formam um grupo de compradores e negociadores de títulos públicos credenciados a operar com o Governo, que possuem direitos e obrigações específicos. Go-around Leilões informais realizados diretamente com as instituições financeiras credenciadas (dealers) a operar com o Banco Central no mercado monetário.

COPOM – Comitê de Política Monetária do Banco Central O COPOM foi instituído em 20 de junho de 1996, com o objetivo de estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a taxa de juros. A criação do Comitê buscou proporcionar maior transparência e ritual

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adequado ao processo decisório, a exemplo do que já era adotado pelo Federal Open Market Committee do Banco Central dos EUA e pelo Central Bank Council do Banco Central da Alemanha. Desde 1996, o Regulamento do COPOM sofreu uma série de alterações no que se refere ao seu objetivo, periodicidade das reuniões, composição, e atribuições e competências de seus integrantes. Destaca-se a adoção, pelo Decreto no 3.088 em 21 de junho de 1999, da sistemática de "metas para a inflação" como diretriz de política monetária. Desde então, as decisões do COPOM passaram a ter como objetivo cumprir as metas para a inflação definidas pelo Conselho Monetário Nacional. Segundo o mesmo Decreto, se as metas não forem atingidas, cabe ao Presidente do Banco Central divulgar, em carta aberta ao Ministro da Fazenda, os motivos do descumprimento, bem como as providências e prazo para o retorno da taxa de inflação aos limites estabelecidos. Formalmente, os objetivos do COPOM são "estabelecer diretrizes de política monetária, definir a meta da taxa SELIC e seu eventual viés, e analisar o Relatório de Inflação". A taxa de juros fixada na reunião do COPOM é a meta para a taxa SELIC (taxa média dos financiamentos diários, com lastro em títulos federais, apurados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia), a qual vigora por todo o período entre reuniões ordinárias do Comitê. O número de reuniões ordinárias por ano é de 8 (oito). O COPOM também pode definir o viés, que é a prerrogativa dada ao Presidente do Banco Central para alterar a meta para a taxa SELIC a qualquer momento entre as reuniões ordinárias. São três as possibilidades: viés de alta, viés de baixa e viés neutro (ou sem viés). Ou seja, se o COPOM definir viés de alta, o Presidente do Bacen estará autorizado a aumentar a meta da taxa SELIC antes da próxima reunião do COPOM; se o Comitê definir viés de baixa, o Presidente do Bacen estará autorizado a baixá-la. Sendo definido viés neutro ou sem viés, não há autorização alguma e a taxa estabelecida vigorará até a próxima reunião do COPOM. As atas em português das reuniões do Copom são divulgadas às 8h30 da quinta-feira da semana posterior a cada reunião, dentro do prazo regulamentar de seis dias úteis, sendo publicadas na página do Banco Central na internet ("Notas da Reunião do Copom") e para a imprensa. A versão em inglês é divulgada com uma pequena defasagem de cerca de 24 horas. Ao final de cada trimestre civil (março, junho, setembro e dezembro), o Copom publica, em português e em inglês, o documento "Relatório de Inflação", que analisa detalhadamente a conjuntura econômica e financeira do País, bem como apresenta suas projeções para a taxa de inflação. As reuniões ordinárias são realizadas em duas sessões, a primeira, às terças-feiras, reservada às apresentações técnicas de conjuntura, e a segunda, às quartas-feiras, para decisões das diretrizes de política monetária. A divulgação das decisões do Copom será feita na data da segunda sessão da reunião ordinária, após as 18:00. Os membros do COPOM – Comitê de Política Monetária são 8 (oito), conforme ata da reunião de outubro/2009. É composto do Presidente do BACEN e dos 7 (sete) diretores do mesmo BACEN. ATUALIDADES COPOM passa a utilizar voto aberto, conforme decisão do Bacen. Antigamente divulgava-se somente o placar. Agora serão divulgados os votos de cada membro da Diretoria Colegiada.

CETIP S.A. - BALCÃO ORGANIZADO DE ATIVOS E DERIVATIVOS é uma sociedade administradora de mercados de balcão organizados, ou seja, de ambientes de negociação e registro de valores mobiliários, títulos públicos e privados de renda fixa e derivativos de balcão (Certificados de Depósito Bancário - CDB, Recibos de Depósito Bancário - RDB, Depósitos Interfinanceiros - DI, Letras de Câmbio-LC, Letras Hipotecárias - LH, debêntures e commercial papers, entre outros..) É, na realidade, uma câmara de compensação e liquidação sistemicamente importante, nos termos definidos pela legislação do SPB – Sistema de Pagamentos Brasileiro (Lei 10.214), que efetua a custódia escritural de ativos e contratos, registra operações realizadas no mercado de balcão, processa a liquidação financeira e oferece ao mercado uma Plataforma Eletrônica para a realização de diversos tipos de operações on-line, tais como leilões e negociação de títulos públicos, privados e valores mobiliários de renda fixa. Criada pelas instituições financeiras e o Banco Central, iniciou suas operações em 1986, proporcionando mais segurança e agilidade às operações do mercado financeiro brasileiro. A CETIP, hoje uma sociedade anônima, é a maior depositária de títulos privados de renda fixa da América Latina e a maior Câmara de ativos privados do mercado financeiro brasileiro. Sua atuação garante o suporte necessário a todo o ciclo de operações com títulos de renda fixa, valores mobiliários e derivativos de balcão. As operações registradas na CETIP ficam garantidas, pois quem compra tem certeza que o título é válido, e quem vende tem certeza do recebimento do valor. Na realização de qualquer negócio em um dos sistemas da CETIP, a transferência dos títulos só se completa após a checagem dos itens básicos de segurança – código de acesso, senha, validade de

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datas etc. As informações do vendedor e do comprador terão que estar compatíveis. Qualquer divergência ocasionará a rejeição da operação. Instituições Financeiras e Não Financeiras podem registrar seus negócios diariamente, desde que devidamente cadastradas. Podem participar da Cetip bancos comerciais, bancos múltiplos, caixas econômicas, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, sociedades corretoras de valores, sociedades distribuidoras de valores, sociedades corretoras de mercadorias e de contratos futuros, empresas de leasing, companhias de seguro, bolsas de valores, bolsas de mercadorias e futuros, investidores institucionais, pessoas jurídicas não financeiras, incluindo fundos de investimento e sociedades de previdência privada, investidores estrangeiros, além de outras instituições também autorizadas a operar nos mercados financeiro e de capitais. Os participantes não-titulares de conta de reservas bancárias liquidam suas obrigações por intermédio de instituições que são titulares de contas dessa espécie. A Cetip conta com cerca de 8.400 participantes (set/2009). Os ativos e contratos registrados na CETIP representam quase a totalidade dos títulos e valores mobiliários privados de renda fixa, além de derivativos, dos títulos emitidos por estados e municípios e do estoque de papéis utilizados como moedas de privatização, de emissão do Tesouro Nacional Sede no Rio de Janeiro, escritório em São Paulo; Funcionamento: seg/sexta – 06:30 às 20:00 hs. nos dias considerados úteis, Registra, também, os títulos públicos estaduais e municipais emitidos após 1992.

SOCIEDADES DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO

As sociedades de crédito imobiliário são instituições financeiras criadas pela Lei 4.380, de 21 de agosto de 1964, para atuar no financiamento habitacional. Constituem operações passivas dessas instituições os depósitos de poupança, a emissão de letras e cédulas hipotecárias e depósitos interfinanceiros. Suas operações ativas são: financiamento para construção de habitações, abertura de crédito para compra ou construção de casa própria, financiamento de capital de giro a empresas incorporadoras, produtoras e distribuidoras de material de construção. Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima, adotando obrigatoriamente em sua denominação social a expressão "Crédito Imobiliário". (Resolução CMN 2.735, de 2000).

ASSOCIAÇÕES DE POUPANÇA E EMPRÉSTIMOS As associações de poupança e empréstimo são constituídas sob a forma de sociedade civil, sendo de

propriedade comum de seus associados. Suas operações ativas são, basicamente, direcionadas ao mercado imobiliário e ao Sistema Financeiro da Habitação (SFH). As operações passivas são constituídas de emissão de letras e cédulas hipotecárias, depósitos de cadernetas de poupança, depósitos interfinanceiros e empréstimos externos. Os depositantes dessas entidades são considerados acionistas da associação e, por isso, não recebem rendimentos, mas dividendos. Os recursos dos depositantes são, assim, classificados no patrimônio líquido da associação e não no passivo exigível.

SISTEMA DE SEGUROS PRIVADOS SOCIEDADES DE CAPITALIZAÇÃO

São entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, que negociam contratos (títulos de capitalização) que têm por objeto o depósito periódico de prestações pecuniárias pelo contratante, o qual terá, depois de cumprido o prazo contratado, o direito de resgatar parte dos valores depositados corrigidos por uma taxa de juros estabelecida contratualmente; conferindo, ainda, quando previsto, o direito de concorrer a sorteios de prêmios em dinheiro. Suas diretrizes de atuação são traçadas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados. São supervisionadas e fiscalizadas pela Superintendência de Seguros Privados – SUSEP.

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

INTRODUÇÃO: O Sistema Previdenciário Brasileiro é integrado por três regimes: o Regime Geral de Previdência Social, que é a previdência social básica, o Regime Próprio do Servidor Público, cuja gestão é pública e de filiação compulsória, e o Regime de Previdência Complementar, de gestão privada, facultativa e contributiva, que objetiva oferecer um benefício adicional ao da previdência social básica, melhorando a renda no momento da aposentadoria. O Regime de Previdência Complementar é composto pelas Entidades Fechadas de Fundos de Pensão Instituidor Previdência Complementar (EFPC), sem fins lucrativos, mais conhecidas como Fundos de Pensão, e pelas Entidades Abertas de Previdência Complementar (EAPC), com fins lucrativos, mais conhecidas como “previdência privada aberta”. Diferentemente da previdência pública, os Fundos de Pensão adotam o regime de capitalização, o que possibilita a constituição de reservas ao longo de determinado período de tempo e que, posteriormente, são empregadas para pagamento dos benefícios. Os Fundos de Pensão atuam sob a forma de fundações de direito privado ou de sociedade civil e não possuem fins lucrativos, logo, as contribuições recebidas são investidas com vistas a acumular recursos para pagamento futuro dos benefícios. São acessíveis a empregados vinculados a alguma empresa (patrocinador) ou a associados/membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial (instituidor). São também importantes instrumentos na gestão de recursos humanos e um grande fator no fortalecimento do vínculo entre associados e suas respectivas entidades de classe.

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ENTIDADES ABERTAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

São entidades constituídas unicamente sob a forma de sociedades anônimas e têm por objetivo instituir e operar planos de benefícios de caráter previdenciário concedidos em forma de renda continuada ou pagamento único, acessíveis a quaisquer pessoas físicas. São regidas pelo Decreto-Lei 73, de 21 de novembro de 1966, e pela Lei Complementar 109, de 29 de maio de 2001. As funções do órgão regulador e do órgão fiscalizador são exercidas pelo Ministério da Fazenda, por intermédio do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).

ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR As entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão) são organizadas sob a forma de fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos e são acessíveis, exclusivamente, aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas ou aos servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, entes denominados patrocinadores ou aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial, denominadas instituidores. As entidades de previdência fechada devem seguir as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, por meio da Resolução 3.121, de 25 de setembro de 2003, no que tange à aplicação dos recursos dos planos de benefícios. Também são regidas pela Lei Complementar 109, de 29 de maio de 2001.

NOÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA

Política econômica é o conjunto de medidas tomadas pelo governo de um país, com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico, o pleno emprego, equilibrar o volume financeiro das transações econômicas com o exterior, garantir a estabilidade de preços, o controle da inflação e promover a distribuição da riqueza e da renda. Podemos definir, também, como: conjunto de intervenções do governo de um país em sua economia, procurando alcançar certos objetivos. Dependendo desses objetivos, a política econômica pode ser chamada de: ESTRUTURAL: quando visa modificar a estrutura econômica do país, chegando a regular o funcionamento dos mercados, extinguir ou criar empresas públicas e alterar a distribuição de renda. DE ESTABILIZAÇÃO CONJUNTURAL: quando objetiva administrar uma depressão econômica, combater inflação e escassez de produtos. DE EXPANSÃO: quando visa a manutenção ou a aceleração do desenvolvimento econômico. Para alcançar seus objetivos, o governo utiliza diversos instrumentos (meios).

MERCADOS O Sistema Financeiro é segmentado em 4 (quatro) grandes “mercados”: Mercado monetário: é o mercado onde se concentram as operações para controle da oferta de moeda e das taxas de juros de curto prazo com vistas a garantir a liquidez da economia. O Banco Central do Brasil atua neste mercado praticando a chamada Política Monetária. Mercado de crédito: atuam neste mercado diversas instituições financeiras e não financeiras prestando serviços de intermediação de recursos de curto e médio prazo para agentes deficitários que necessitam de recursos para consumo ou capital de giro. O Banco Central do Brasil é o principal órgão responsável pelo controle, normatização e fiscalização deste mercado. Mercado de capitais: tem como objetivo canalizar recursos de médio e longo prazo para agentes deficitários, através das operações de compra e de venda de títulos e valores mobiliários, efetuadas entre empresas, investidores e intermediários. A Comissão de Valores Mobiliários é o principal órgão responsável pelo controle, normatização e fiscalização deste mercado. Mercado de câmbio: mercado onde são negociadas as trocas de moedas estrangeiras por reais. O Banco Central do Brasil é o responsável pela administração, fiscalização e controle das operações de câmbio e da taxa de câmbio atuando através de sua Política Cambial. NOTÍCIAS Dona das Casas Bahia e do Ponto Frio vai à bolsa A Via Varejo, braço de eletroeletrônicos do grupo Pão de Açúcar, aprovou ontem em reunião do conselho a abertura de capital e a venda de ações da empresa na bolsa. A operação ainda não tem data, mas deve ocorrer no segundo semestre.A oferta será primária, em que os recursos vão para o caixa da empresa, e secundária, com venda de papéis dos sócios controladores. A listagem da companhia na bolsa deve ser feita por meio de uma oferta inicial de units (conjuntos de ações), formadas por uma ação ordinária (com direito a voto) e duas preferenciais (sem direito a voto). A oferta será primária, em que os recursos vão para o caixa da empresa, e secundária, com venda de papéis Quem é Dona das marcas Ponto Frio e Casas Bahia, a companhia foi avaliada em até R$ 12 bilhões – quase o triplo do valor na época da fusão. Na operação, a família Klein, antiga dona da Casas Bahia, deve vender

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parte de suas ações. A família tem 47% da Via Varejo. A abertura de capital agrada ao Casino, grupo francês que controla o Pão de Açúcar, dono dos outros 53% da empresa. O conselho recomendou os bancos Credit Suisse e Bradesco BBI como coordenadores da operação.

AÇÕES

A base legal das informações que se seguem é a Lei 6.404, 15/12/1976 consolidada. O grafado em itálico refere-se à cópia fiel da referida lei. Ação é um pedacinho de uma empresa. Com um ou mais pedacinhos da empresa, você se torna sócio dela. Sendo mais formal, podemos definir ações como: títulos nominativos negociáveis que representam, para quem as possuem, uma fração do capital social de uma empresa (S/A). Valorização da Ação Quando o investidor aplica seu dinheiro em ações, ele espera obter um retorno positivo, dentro de suas expectativas. Mas de que maneira o investidor pode dizer que, de fato, obteve algo de positivo a partir de um investimento realizado em ações de uma empresa? Os principais retornos obtidos a partir de um investimento em ações são os ganhos por meio de dividendos e pela valorização da ação. O ganho por meio da valorização da ação se dá quando a cotação dela aumenta após o investidor tê-la adquirido. Se um investidor tiver comprado uma ação por $50 num dia e no dia seguinte esse mesmo papel valer $52,50, então o investidor terá tido um retorno (positivo) de 5% (relativo aos $2,50, que correspondem a 5% de $50). Entretanto, esse não é o único meio de se obter um retorno a partir do investimento realizado. Além do ganho que se pode obter quando da valorização da ação, há ainda a possibilidade de receber dividendos da empresa. As ações podem ou não ter valor nominal. As ações com valor nominal são aquelas cujo seu valor está em seu corpo. As ações sem valor nominal são aquelas cujo valor não está em seu corpo. Neste caso, o seu valor está no estatuto. Uma maneira simples de se saber o valor de uma ação é dividir o capital social pelo número de ações emitidas. Na companhia com ações sem valor nominal, o estatuto poderá criar uma ou mais classes de ações preferenciais com valor nominal. O valor nominal será o mesmo para todas as ações da companhia. O valor nominal das ações de companhia aberta não poderá ser inferior ao mínimo fixado pela Comissão de Valores Mobiliários. As ações podem ser: - Ordinárias (ON): que concedem o direito de voto nas assembléias da empresa; - Preferenciais (PN): que oferecem preferência no recebimento de resultados ou no reembolso do capital em caso de liquidação da companhia. Entretanto, as ações preferenciais não concedem o direito de voto, ou o restringem. “Art. 17. As preferências ou vantagens das ações preferenciais podem consistir: I - em prioridade na distribuição de dividendo, fixo ou mínimo; II - em prioridade no reembolso do capital, com prêmio ou sem ele; ou III - na acumulação das preferências e vantagens de que tratam os incisos I e II.” O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a restrição no exercício desse direito, não pode ultrapassar 50% (cinqüenta por cento) do total das ações emitidas.” As ações preferenciais podem ainda ser diferenciadas por classes: A, B, C ou alguma outra letra que apareça após o "PN". As características de cada classe são estabelecidas pela empresa emissora da ação, em seu estatuto social. As ações preferenciais sem direito de voto adquirirão o exercício desse direito se a companhia, pelo prazo previsto no estatuto, não superior a 3 (três) exercícios consecutivos, deixar de pagar os dividendos fixos ou mínimos a que fizerem jus, direito que conservarão até o pagamento, se tais dividendos não forem cumulativos, ou até que sejam pagos os cumulativos em atraso. - De fruição Ação que confere ao titular participação nos dividendos e no acervo, preferência de aquisição de novas ações. Conserva o direito de voto. É de posse e propriedade dos fundadores da companhia. A ação de fruição pode substituir as ações integralmente amortizadas, com as restrições fixadas pelo estatuto ou pela assembléia geral que deliberar a amortização. Em qualquer caso, ocorrendo liquidação da companhia, a ação amortizada só concorre ao acervo líquido depois de assegurado às ações não amortizadas valor igual ao da amortização, corrigido monetariamente. Quanto à forma, as ações podem ser:

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o Nominativas; o Escriturais.

Ações Nominativas: são aquelas emitidas em nome de seu titular, o qual estará inscrito no Livro de Registro de Ações Nominativas; A propriedade das ações nominativas presume-se pela inscrição do nome do acionista no livro de Registro de Ações Nominativas ou pelo extrato que seja fornecido pela instituição custodiante, na qualidade de proprietária fiduciária das ações. Ações Escriturais: são ações nominativas, cujo controle da posição dos titulares é feito por instituições financeiras especificamente autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM para a prestação do serviço de ações escriturais. As ações conferem a seus titulares os seguintes direitos: a) Dividendos; Parcela do lucro da empresa distribuído aos seus acionistas em proporção ao seu número de ações daquela empresa.

b) Bonificações; A bonificação é uma espécie de prêmio que o acionista recebe da empresa em função de bons resultados desta. No caso, o acionista recebe uma quantidade de ações proporcional à quantidade que ele já possui. Normalmente, as bonificações ocorrem devido ao aumento de capital, por incorporação de reservas ou lucros em suspenso. Não impactam no patrimônio da empresa, visto que na prática apenas ocorre uma transferência de valor de uma conta para outra (no caso, de uma conta do Patrimônio Líquido – reservas de lucros, de reavaliações etc – para outra, de capital). A bonificação também representa um aumento do capital da empresa, originando-se da incorporação de reservas acumuladas ao capital, com a emissão de novas ações, que são oferecidas aos acionistas. Não envolve captação de recursos. c) Direitos de Subscrição (bônus de subscrição) (direito de preferência) É direito de aquisição de novo lote de ações pelos acionistas – com preferência na subscrição – em quantidade proporcional às possuídas, em contrapartida à estratégia de aumento de capital da empresa. Como não é obrigatório o exercício de preferência na subscrição de novas ações, o acionista poderá vender a terceiros os direitos que detém. d)Juros sobre Capital Próprio Os juros sobre capital próprio são proventos pagos aos acionistas de acordo com o desempenho da empresa em um período, e são baseados nas Reservas de Lucros da empresa. Para a companhia, há uma vantagem em distribuir juros sobre capital próprio em vez de distribuir dividendos: a contabilização do valor pago aos acionistas é feita como sendo um custo, logo reduz o montante de imposto de renda devido pela empresa. Subscrição de Ações A subscrição de novas ações no mercado, também conhecida pelo nome de underwriting, ocorre quando a empresa emite novas ações e as lança no mercado, buscando captar recursos para viabilizar um plano de investimentos, amortização de dívidas ou por outro motivo. IPO (do inglês Initial public offering) é o evento que marca a primeira venda de ações de uma empresa no mercado de ações. Seu principal propósito para empresas novas/pequenas é levantar capital pela sociedade para utilizar como investimento para expansão da empresa, porém também ocorre em empresas/corporações maiores por motivos de alavancagem. Oferta Pública Inicial. Underwriting O underwriting é um esquema de lançamento de ações mediante subscrição pública, para o qual uma empresa encarrega um intermediário financeiro, que será responsável por sua colocação no mercado. O underwriting apresenta vantagens e desvantagens. Dentre as vantagens existentes, podemos citar: há o acesso a uma nova fonte permanente de recursos, fortalecendo a empresa; amplia-se a base da captação de recursos e o potencial de crescimento da empresa; cria-se liquidez para os títulos de emissão da empresa aberta e também para o patrimônio dos acionistas; desenvolve-se uma imagem institucional da companhia junto ao mercado, clientes e fornecedores; etc. Entretanto, há também custos e obrigações, como citado a seguir: distribuição de resultados aos novos acionistas; contratação de auditoria independente; trimestralmente, apresentar contas de resultado; anuidade à Bolsa de Valores; manter fluxo de informações à CVM, Bolsa e mercado; etc. Existem formas diferentes de se realizar a operação de underwriting: - Abertura de Capital: quando a sociedade oferece pela primeira vez suas ações ou debêntures à subscrição pública, por meio de uma (ou mais) instituição financeira. - Aumento de capital: nesta operação, a empresa oferece suas ações ou debêntures a seus acionistas e aos investidores em geral. - Abertura de capital via block-trade: Consiste em colocar no mercado um lote de ações pertencente a

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um acionista ou grupo de acionistas por meio de um leilão, em que se parte de um preço mínimo e se fecha a operação no preço máximo obtido. - Block-trade de ações ou debêntures de companhias abertas: processo similar à abertura de capital via block-trade, mas sujeito a alguns procedimentos particulares de negociação, de acordo com regras da Bolsa e da CVM. Desdobramento (Split) Neste caso, o que ocorre é apenas a multiplicação do número de ações da empresa, que se desdobra em determinada proporção. Não causa qualquer modificação no balanço da empresa, provocando apenas a multiplicação do número total de ações (modifica-se exclusivamente o valor individual das ações). Na prática, as empresas emitem N novas ações para cada ação antiga, onde a quantidade N pode ser 1, 2, 3, 4 ou mais vezes. Agrupamento (Inplit) Processo inverso ao descrito acima. Neste caso o número de ações da empresa é dividido em determinada proporção. Também não causa qualquer modificação no balanço da empresa, provocando apenas a redução do número total de ações. MERCADO À VISTA DAS AÇÕES Uma operação à vista é a compra ou venda, em pregão, de determinada quantidade de ações para liquidação imediata. A entrega dos papéis é feita em D+2, e a entrega financeira (pagamento), em D+3, ocorrendo a liquidação da operação. É permitida, no mercado à vista, a realização de operações de compra e venda de uma mesma ação em um mesmo pregão, por uma mesma corretora e por conta de um mesmo investidor. É uma operação de arbitragem conhecida como day-trade, ocorrendo sua liquidação financeira por compensação em D+3. TIPOS DE ORDEM DE COMPRA E VENDA Ordem a Mercado: Quando o investidor especifica à corretora apenas a quantidade e as características dos títulos que deseja comprar ou vender. Ordem administrada: Quando o investidor especifica à corretora apenas a quantidade e as características dos títulos que deseja comprar ou vender, deixando para a corretora escolher o momento que quiser. Ordem Limitada: Quando o investidor estabelece o preço máximo ou mínimo pelo qual ele quer comprar ou vender determinada ação. Ela somente será executada por um preço igual ou melhor do que o indicado. Ordem Casada: Quando o investidor determina uma ordem de compra de um título e uma venda de outro, condicionando sua efetivação ao fato de ambas poderem ser executadas. Ordem de Financiamento: Quando o investidor determina uma ordem de compra (ou venda) de um título em um tipo de mercado e uma outra concomitante de venda (ou compra) de igual título, no mesmo ou em outro mercado, com prazos de vencimentos distintos.

Ordem Discricionária: é aquela dada por administrador de carteira de títulos e valores mobiliários ou por quem representa mais de um cliente, cabendo ao ordenante estabelecer as condições em que a ordem deve ser executada. Após sua execução, o ordenante indicará os nomes dos comitentes a serem especificados, a quantidade de Ativos ou direitos a ser atribuída a cada um deles e o respectivo preço; Ordem Stop: é aquela que especifica o preço do Ativo ou direito a partir do qual a ordem deverá ser executada;

DEBÊNTURES O que são debêntures? São valores mobiliários representativos de dívida de médio e longo prazos que asseguram a seus detentores (debenturistas) direito de crédito contra a companhia emissora. Quem pode emitir debêntures? A captação de recursos no mercado de capitais, via emissão de debêntures, pode ser feita por Sociedade por Ações (S.A.), de capital fechado ou aberto. Entretanto, somente as companhias abertas, com registro na CVM – Comissão de Valores Mobiliários, podem efetuar emissões públicas de debêntures. Como a companhia paga pelos recursos obtidos na emissão? A possibilidade de a emissora determinar o fluxo de amortizações e as formas de remuneração dos títulos é o principal atrativo das debêntures. Essa flexibilidade permite que as parcelas de amortização e as condições de remuneração se ajustem ao fluxo de caixa da companhia, ao projeto que a emissão está financiando - se for o caso - e às condições de mercado no momento da emissão. O que é uma escritura de emissão?

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É o documento em que estão descritas as condições sob as quais a debênture será emitida, tais como direitos conferidos pelos títulos, deveres da emissora, montante da emissão e quantidade de títulos, datas de emissão e vencimento, condições de amortização e remuneração, juros, prêmio etc. Qual o prazo de resgate de uma debênture? As debêntures são papéis de médio e longo prazo. A data de resgate de cada título deve estar definida na escritura de emissão. A companhia pode, ainda, emitir títulos sem vencimento, também conhecidos como debêntures perpétuas. O que são debêntures conversíveis? São aquelas que podem ser trocadas por ações da companhia emissora. As debêntures conversíveis – e também as não-conversíveis - podem contemplar cláusulas de permutabilidade por outros ativos ou por ações de emissão de terceiros que não a emissora. As condições de conversibilidade, bem como as de permutabilidade, devem estar descritas na escritura de emissão. O que são debêntures permutáveis? São as que podem ser trocadas por ações que não as da empresa emissora das debêntures, e sim que a empresa emissora detenha em tesouraria. Qual a diferença entre debênture nominativa e escritural? A debênture nominativa é aquela cujos registro e controle das transferências são realizados pela companhia emissora no Livro de Registro de Debêntures Nominativas. A escritural, por sua vez, é aquela cuja custódia e escrituração são feitas por instituição financeira autorizada pela CVM para prestar tais serviços. Quais são as espécies de debêntures? As espécies de garantias poderão ser constituídas cumulativamente. Em função do tipo de garantia oferecida ou da ausência de garantia, as debêntures são assim classificadas: Com garantia real: Garantidas por bens integrantes do ativo da companhia emissora, ou de terceiros, sob a forma de hipoteca, penhor ou anticrese; Fidejussória : com fiança e aval de terceiros; Com garantia flutuante: Asseguram privilégio geral sobre o ativo da emissora, em caso de falência. Os bens objeto da garantia flutuante não ficam vinculados à emissão, o que possibilita à emissora dispor desses bens sem a prévia autorização dos debenturistas; Quirografária ou sem preferência: Não oferecem privilégio algum sobre o ativo da emissora, concorrendo em igualdade de condições com os demais credores quirografários, em caso de falência da companhia; e Subordinada: Na hipótese de liquidação da companhia, oferecem preferência de pagamento tão-somente sobre o crédito de seus acionistas. Com covenants: restrições ou limites à emissora. Não é, exatamente, uma garantia. É um sistema de cláusulas pelas quais se obrigam a emissora/controladores a fazer ou não fazer determinadas obrigações. São regras de conduta, em sua maior parte, com a finalidade de assegurar o equilíbrio econômico. Qual a diferença entre emissão pública e privada? A primeira é direcionada ao público investidor em geral, feita por companhia aberta, sob registro na CVM. Já a emissão privada é voltada a um grupo restrito de investidores, não sendo necessário o registro na Comissão. Como transcorre um processo de emissão pública de debêntures? A emissão de debêntures é decidida em assembléia geral de acionistas ou em reunião do conselho de administração da emissora, ambos com poderes para estabelecer todas as condições da emissão. A companhia deve escolher uma instituição financeira (banco de investimento ou múltiplo, corretora ou distribuidora de títulos e valores mobiliários) para estruturar e coordenar todo o processo de emissão. Essa instituição, denominada coordenador líder, será responsável pela modelagem da operação; transformação da empresa em Sociedade por Ações e obtenção de registro de companhia aberta, caso seja necessário; preparação da documentação e registro da emissão pública na CVM; formação do consórcio de distribuição; apresentações (road shows); apuração de bookbuilding se for o caso; e colocação dos títulos aos investidores. O coordenador é responsável, ainda, pela realização de uma diligência (due diligence process) sobre as informações da emissora que serão distribuídas ao público investidor e utilizadas para a elaboração do prospecto de emissão. Qual a finalidade do prospecto de emissão? Esse documento, obrigatório nas emissões públicas, consolida todas as informações relevantes sobre a emissora, permitindo aos potenciais investidores uma correta avaliação da situação da companhia e das condições gerais da emissão.

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O que é rating de uma emissão de debêntures? O rating é uma classificação efetuada por empresa especializada independente (agência de rating) que reflete sua avaliação sobre o grau de risco envolvido em determinado instrumento de dívida. No caso de uma emissão de debêntures, avalia a probabilidade de a companhia emissora não honrar os compromissos financeiros assumidos na escritura de emissão (risco de default). O que é bookbuilding? É um mecanismo de consulta prévia ao mercado para definição da remuneração das debêntures ou do ágio/deságio no preço de subscrição, tendo em vista a quantidade de debêntures, para diferentes níveis de taxa, que cada investidor tem disposição de adquirir. O que é underwriting? É a operação de distribuição primária de debêntures, ou seja, a primeira venda dos títulos após a sua emissão. Tal processo é conduzido por instituição financeira contratada pela emissora, denominada coordenador líder, e pode contar com a participação de outras instituições intermediárias (pool de colocação). Qual a diferença entre mercado primário e secundário de debêntures? Entende-se como mercado primário aquele em que os títulos são ofertados pela primeira vez pela companhia emissora, através do pool de colocação, obtendo assim recursos para suprir suas necessidades financeiras. O mercado secundário é aquele em que são efetuadas as operações de compra e venda de debêntures pelos investidores. Onde são negociadas as debêntures no mercado secundário? Atualmente, a forma mais comum é no mercado de balcão organizado – sistemas de negociação de títulos supervisionados por entidade auto-reguladora, devidamente autorizada pelo Banco Central e pela CVM. No caso das debêntures, o principal é o SND – Sistema Nacional de Debêntures, administrado pela CETIP – Câmara de Liquidação e Custódia, com base nas políticas e diretrizes fixadas pela ANDIMA – Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro. Nesse caso, os investidores interessados em adquirir os papéis devem procurar uma instituição financeira autorizada a operar nesse mercado. As debêntures também podem ser negociadas em sistemas eletrônicos, a exemplo do que ocorre no CETIPNet. O que é uma assembléia de debenturistas? É o fórum em que se reúnem os debenturistas para discutir e deliberar sobre assuntos relativos à emissão, como, por exemplo, alterações propostas nas características da debênture. As assembléias podem ser convocadas pela companhia emissora, pelo agente fiduciário, pela CVM ou pelos próprios debenturistas. Qual a função do agente fiduciário? O agente fiduciário é o representante legal da comunhão de interesses dos debenturistas, protegendo seus direitos junto à emissora. Sua presença é obrigatória nas emissões públicas. O que são cédulas de debêntures? São títulos que possibilitam ao seu emitente obter recursos tendo como garantia o penhor de debêntures emitidas por outras companhias. Esse instrumento permite que uma instituição financeira subscreva debêntures de algumas empresas e, em seguida, emita cédulas para obter recursos. Fonte: www.cvm.gov.br

MERCADO DE BALCÃO ORGANIZADO O mercado de balcão organizado é um ambiente administrado por instituições auto-reguladoras que propiciam sistemas informatizados e regras para a negociação de títulos e valores mobiliários. Estas instituições são autorizadas a funcionar pela CVM e por ela são supervisionadas. Tradicionalmente, o mercado de balcão é um mercado de títulos sem local físico definido para a realização das transações que são feitas por telefone entre as instituições financeiras. O mercado de balcão é chamado de organizado quando se estrutura como um sistema de negociação de títulos e valores mobiliários podendo estar organizado como um sistema eletrônico de negociação por terminais, que interliga as instituições credenciadas em todo o Brasil, processando suas ordens de compra e venda e fechando os negócios eletronicamente. As principais regras estabelecidas pelas entidades administradoras do mercado de balcão organizado são: - Com relação aos intermediários financeiros:

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• Regras para admissão – ou seja, quais os critérios e procedimentos para que uma instituição financeira possa participar do mercado de balcão organizado e intermediar as negociações entre os investidores;

• Regras de negociação e de conduta que devem ser observados pelos intermediários; • Procedimentos para fiscalização dos intermediários e aplicação de penalidades para os

infratores; - Com relação às companhias abertas: Exigências específicas das entidades autorreguladoras para admissão dos títulos da companhia à negociação – além daquelas previstas pela CVM; Critérios para cancelamento de listagem dos referidos títulos que foram uma vez admitidos à negociação. Todas as instituições integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários podem ser membros do mercado de balcão organizado: as sociedades corretoras de valores ou de mercadorias, as distribuidoras e os bancos de investimento. Para se tornar membro do mercado de balcão organizado é necessário cumprir todos os requisitos impostos pela entidade administradora, pela CVM e pelo Banco Central do Brasil. Os intermediários são responsáveis por executar e liquidar adequadamente as ordens de seus clientes, os investidores, que devem estar previamente cadastrados antes de iniciar qualquer operação. Os intermediários têm como obrigação informar seus clientes sobre as regras de operação do mercado de balcão organizado, bem como todos os detalhes dos negócios executados em nome do mesmo. A entidade administradora do mercado de balcão organizado pode admitir a presença de formadores de mercado. O formador de mercado é o intermediário especial, credenciado para promover a liquidez de um determinado título. Para isso, esse intermediário irá manter e executar ordens de compra e venda para esse título observando as condições estabelecidas pela entidade administradora do mercado. O formador de mercado deverá utilizar seus recursos próprios para executar ordens de compra e de venda para investidores interessados no ativo em que for credenciado. Esses investidores podem ser seus clientes ou clientes de outro intermediário financeiro autorizado a operar no mercado. A receita do formador de mercado nesta operação é a diferença positiva entre o preço de compra e preço de venda, chamada “spread”. Formador de Mercado, agente de liquidez, facilitador de liquidez, promotor de negócios, especialista, market maker e liquidity provider são algumas designações atribuídas àqueles que se propõem a garantir liquidez mínima e referência de preço para ativos previamente credenciados, fatores de destaque na análise da eficiência no mercado de capitais. Na BM&FBOVESPA, o papel de Formador de Mercado pode ser desempenhado por corretoras, distribuidoras de valores, bancos de investimento ou bancos múltiplos com carteira de investimentos, que, ao se credenciarem para exercer essa função, assumem a obrigação de colocar no mercado, diariamente, ofertas firmes de compra e de venda para uma quantidade de ativos predeterminada e conhecida por todos. Ao registrar ofertas, o Formador de Mercado proporciona um preço de referência para a negociação do ativo. E essa é uma tarefa importante porque envolve prévio conhecimento da empresa, atualização constante sobre suas condições econômico-financeiras, acompanhamento do valor de seus ativos e também de perspectivas no longo prazo, fatores essenciais para o estabelecimento de um preço justo, resultado de um extenso trabalho de relacionamento e análise. Fonte: http://www.bmfbovespa.com.br A companhia aberta é responsável por divulgar à entidade administradora do mercado de balcão organizado todas as informações financeiras e atos ou fatos relevantes sobre suas operações. A entidade administradora do mercado de balcão organizado, por sua vez, irá disseminar essas informações através de seus sistemas eletrônicos ou impressos para todo o público. Além de ações e debêntures, no mercado de balcão organizado são negociados, diversos outros títulos, tais como: ● bônus de subscrição; ● índices representativos de carteira de ações; ● opções de compra e venda de valores mobiliários; ● direitos de subscrição; ● recibos de subscrição; ● quotas de fundos fechados de investimento, incluindo os fundos imobiliários e os fundos de investimento em direitos creditórios; ● certificados de investimento audiovisual; ● certificados de recebíveis imobiliários.

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MERCADO DE CÂMBIO

As pessoas físicas e as pessoas jurídicas podem comprar e vender moeda estrangeira ou realizar transferências internacionais em reais, de qualquer natureza, sem limitação de valor, sendo contraparte na operação agente autorizado a operar no mercado de câmbio, observada a legalidade da transação, tendo como base a fundamentação econômica e as responsabilidades definidas na respectiva documentação. Esta regra aplica-se, também, às compras e às vendas de moeda estrangeira por pessoas físicas ou jurídicas, residentes, domiciliadas ou com sede no País, para fins de constituição de disponibilidade no exterior e do seu retorno, bem como às operações de "back to back". É permitido às pessoas físicas e jurídicas residentes, domiciliadas ou com sede no País pagar suas obrigações com o exterior: a) em moeda estrangeira, mediante operação de câmbio; b) em moeda nacional, mediante crédito à conta de depósito titulada pela pessoa física ou jurídica residente, domiciliada ou com sede no exterior, aberta e movimentada no País nos termos da legislação e regulamentação em vigor; c) com utilização de disponibilidade própria, no exterior, observadas, quando for o caso, disposições específicas contidas na legislação em vigor, As operações do mercado de câmbio devem ser realizadas exclusivamente por meio de agentes autorizados pelo Banco Central do Brasil para tal finalidade, O agente autorizado a operar no mercado de câmbio é o comprador ou o vendedor, respectivamente. Nas remessas de recursos ao exterior, a respectiva mensagem eletrônica deve conter, obrigatoriamente, o nome, número do documento de identificação, endereço e número da conta bancária ou CPF/CNPJ do remetente da ordem, quando a forma de entrega da moeda pelo remetente não for débito em conta. A instituição autorizada a operar no mercado de câmbio deve comunicar imediatamente ao beneficiário o recebimento de ordem de pagamento em moeda estrangeira oriunda do exterior a seu favor, informando-o de que pode ser negociada de forma integral ou parcelada. A taxa de câmbio é livremente pactuada entre os agentes autorizados a operar no mercado de câmbio ou entre estes e seus clientes, podendo as operações de câmbio ser contratadas para liquidação pronta ou futura e, no caso de operações interbancárias, a termo, observado que: a) nas operações para liquidação pronta ou futura, a taxa de câmbio deve refletir exclusivamente o preço da moeda negociada para a data da contratação da operação de câmbio, sendo facultada a pactuação de prêmio ou bonificação nas operações para liquidação futura; b) nas operações para liquidação a termo, a taxa de câmbio é livremente pactuada entre as partes e deve espelhar o preço negociado da moeda estrangeira para a data da liquidação da operação de câmbio. Sujeita-se às penalidades e demais sanções previstas na legislação e regulamentação em vigor, a compra ou a venda de moeda estrangeira a taxas que se situem em patamares destoantes daqueles praticados pelo mercado ou que possam configurar evasão cambial e formação artificial ou manipulação de preços. Devem os agentes autorizados a operar no mercado de câmbio observar as regras para a perfeita identificação dos seus clientes, bem como verificar as responsabilidades das partes envolvidas e a legalidade das operações efetuadas. Na operação de venda de moeda estrangeira, o contravalor em moeda nacional deve ser recebido pelo vendedor por meio de: a) débito de conta de depósito titulada pelo comprador; b) acolhimento de cheque de emissão do comprador, cruzado, nominativo ao vendedor e não endossável; ou c) Transferência Eletrônica Disponível (TED) ou qualquer outra ordem de transferência bancária de fundos, desde que emitida em nome do comprador e que os recursos sejam debitados de conta de depósito de sua titularidade. Na operação de compra de moeda estrangeira, o contravalor em moeda nacional deve ser entregue ao vendedor por meio de: a) crédito à conta de depósito titulada pelo vendedor; b) TED ou qualquer outra ordem de transferência bancária de fundos emitida pelo comprador para crédito em conta de depósito titulada pelo vendedor; c) cheque emitido pelo comprador, nominativo ao vendedor, cruzado e não endossável.

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Excetuam-se as compras e as vendas de moeda estrangeira cujo contravalor em moeda nacional não ultrapasse R$ 10.000,00 (dez mil reais), por cliente, podendo nessa situação ser aceito o pagamento ou o recebimento dos reais por meio de qualquer instrumento de pagamento em uso no mercado financeiro, inclusive em espécie. Nas operações em que for exigida a realização de pagamento antecipado ao exterior, caso não venha a se concretizar a operação que respaldou a transferência, o comprador da moeda estrangeira deve providenciar o retorno ao País dos recursos correspondentes, utilizando-se a mesma classificação da transferência ao exterior, quando do efetivo ingresso dos recursos, com utilização de código de grupo específico. As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, autorizadas a operar no mercado de câmbio, podem converter câmbio manual em sacado e câmbio sacado em manual entre si ou com instituições financeiras do exterior. Por solicitação das instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, autorizadas a operar no mercado de câmbio, o Banco Central do Brasil pode, a seu critério, transformar câmbio manual em sacado ou vice-versa, bem como realizar operações de arbitragem. Cambio manual: Refere-se às operações que envolvem a compra e a venda de moedas estrangeiras em espécie, isto é: quando a troca se efetua com moedas metálicas ou cédulas de outros países. É o caso do turista que troca uma nota de cem dólares pelo seu equivalente em reais. Cambio sacado: Ocorre quando, na troca, existem documentos ou títulos representativos da moeda. Neste tipo de operação, as trocas se processam pela movimentação de uma conta bancária em moeda estrangeira. Portanto, o câmbio sacado pode ser entendido como operações que se processam através de saques, como: as letras de câmbio ou cambiais, as cartas de crédito ou crédito documentários, as ordens de pagamento e os cheques. É facultativa a interveniência de sociedade corretora quando da contratação de operação de câmbio de qualquer natureza, independentemente do valor da operação, sendo livremente pactuado entre as partes o valor da corretagem. . As autorizações para a prática de operações no mercado de câmbio podem ser concedidas pelo Banco Central do Brasil a bancos múltiplos, bancos comerciais, caixas econômicas, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, bancos de câmbio, agências de fomento, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários e sociedades corretoras de câmbio. REGULAMENTO DO MERCADO DE CÂMBIO E CAPITAIS INTERNACIONAIS TÍTULO : 1 - Mercado de Câmbio CAPÍTULO : 2 - Agentes do Mercado 1,As autorizações para a prática de operações no mercado de câmbio podem ser concedidas pelo Banco Central do Brasil a bancos múltiplos, bancos comerciais, caixas econômicas, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, bancos de câmbio, agências de fomento, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários e sociedades corretoras de câmbio. 2. Está prevista em capítulo próprio deste título a utilização de cartões de uso internacional, bem como a realização de transferências financeiras postais internacionais, incluindo vale postal e reembolso postal internacional. 3. Os agentes do mercado de câmbio podem realizar as seguintes operações: a) bancos, exceto de desenvolvimento, e a Caixa Econômica Federal: todas as operações previstas neste Regulamento; b) bancos de desenvolvimento e agências de fomento: operações específicas autorizadas pelo Banco Central do Brasil; c) sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários e sociedades corretoras de câmbio: I - compra e venda de moeda estrangeira em cheques vinculados a transferências unilaterais; II - compra e venda de moeda estrangeira em espécie, cheques e cheques de viagem relativos a viagens internacionais; III - operações de câmbio simplificado de exportação e de importação e transferências do e para o exterior, de natureza financeira, não sujeitas ou vinculadas a registro no Banco Central do Brasil, até o limite de US$50.000,00 ou seu equivalente em outras moedas; IV - (Revogado) Circular nº 3.390/2008; e V - operações no mercado interbancário, arbitragens no País e, por meio de banco autorizado a operar no mercado de câmbio, arbitragem com o exterior; d) agências de turismo: compra e venda de moeda estrangeira em espécie, cheques e cheques de viagem relativos a viagens internacionais, observado o disposto no item 5;

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e) meios de hospedagem de turismo: compra, de residentes ou domiciliados no exterior, de moeda estrangeira em espécie, cheques e cheques de viagem relativos a turismo no País, observado o disposto no item 5. 4. Para ser autorizada a operar no mercado de câmbio, a instituição financeira deve: a) (Revogado) Circular nº 3.390/2008; b) indicar diretor responsável pelas operações relacionadas ao mercado de câmbio; c) apresentar projeto, nos termos fixados pelo Banco Central do Brasil, indicando, no mínimo, os objetivos operacionais básicos e as ações desenvolvidas para assegurar a observância da regulamentação cambial e prevenir e coibir os crimes tipificados na Lei n° 9.613, de 3 de março de 1998. As autorizações para operar no mercado de câmbio detidas por agências de turismo e meios de hospedagem de turismo expiraram em 31.12.2009, com exceção das agências de turismo e dos meios de hospedagem de turismo autorizados a operar no mercado de câmbio, cujos controladores finais tenham apresentado pedido de autorização ao Banco Central do Brasil até 30.11.2009, instruído com os documentos de números 1 a 7 e 10 a 18 do anexo VII à Circular nº 3.179, de 26.02.2003, visando à constituição e ao funcionamento de instituição do Sistema Financeiro Nacional passível de operar no mercado de câmbio, o prazo de validade da autorização atualmente detida para operar no mercado de câmbio observa as disposições a seguir, sem prejuízo do posterior atendimento de outras exigências de instrução de processos, efetuadas com base na regulamentação em vigor: a) caso o pedido seja deferido, a autorização concedida à agência de turismo ou ao meio de hospedagem de turismo perderá a validade concomitantemente com a data de início das atividades da nova instituição autorizada, respeitado o prazo previsto no plano de negócios; e b) na hipótese de arquivamento ou indeferimento do pedido, a autorização concedida à agência de turismo ou ao meio de hospedagem de turismo perderá validade 30 (trinta) dias após a decisão do Banco Central do Brasil. Relativamente às autorizações para a prática de operações no mercado de câmbio, o Banco Central do Brasil pode, motivadamente: a) revogá-las ou suspendê-las temporariamente em razão de conveniência e oportunidade; b) cassá-las em razão de irregularidades apuradas em processo administrativo, ou suspendê-las cautelarmente, na forma da lei; c) cancelá-las em virtude da não realização, pela instituição, de operação de câmbio por período superior a cento e oitenta dias. Contrato de câmbio é o instrumento específico firmado entre o vendedor e o comprador de moeda estrangeira, no qual são estabelecidas as características e as condições sob as quais se realiza a operação de câmbio. As operações de câmbio são formalizadas por meio de contrato de câmbio e seus dados devem ser registrados no Sistema Integrado de Registro de Operações de Câmbio (Sistema Câmbio). São registradas no Sistema Câmbio e dispensadas da formalização do contrato de câmbio: a) as operações de câmbio relativas a arbitragens celebradas com banqueiros no exterior ou com o Banco Central do Brasil; b) as operações de câmbio em que o próprio banco seja o comprador e o vendedor da moeda estrangeira; c) os cancelamentos de saldos de contratos de câmbio cujo valor seja igual ou inferior a US$ 5.000,00 (cinco mil dólares dos Estados Unidos) ou seu equivalente em outras moedas; d) as operações cursadas sob a sistemática de interbancário eletrônico; e) operações de compra e de venda de moeda estrangeira de até US$ 3.000,00 (três mil dólares dos Estados Unidos) ou do seu equivalente em outras moedas. O adiantamento sobre contrato de câmbio constitui antecipação parcial ou total por conta do preço em moeda nacional da moeda estrangeira comprada para entrega futura, podendo ser concedido a qualquer tempo, a critério das partes. ACC – Adiantamento sobre contrato de câmbio

Forma de antecipação de receita para exportadores que já tenha fechado o contrato de venda e que, portanto, já tenham uma data prevista para o embarque das mercadorias e posterior ingresso das divisas.

O contrato de câmbio será negociado com um banco local, que adianta ao exportador os reais equivalentes ao valor da exportação.

O contrato de câmbio pode ser encerrado, também, sem liquidação financeira. É quando o ACC vira um ACE.

O ACC pode ter o prazo de até 180 dias, contado a partir da data prevista para o embarque.

ACE – Adiantamento sobre cambiais entregues Com o embarque das mercadorias e a entrega dos documentos, o ACC poderá ser contabilmente ser

transformado em ACE ou, no caso do exportador não ter feito ACC, o ACE pode ser solicitado em até 60 dias após o embarque.

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ACE é, portanto, um financiamento após o embarque das mercadorias com a entrega de documentos e depende da necessidade do exportador em estender o prazo de pagamento para seus compradores (importadores).

Prazo: até 180 dias. ACCI – Adiantamento contrato de câmbio insumos

Conhecido como exportação indireta. Tem a função de conceder recursos aos fornecedores de insumos que integrem o processo produtivo, montagem e embalagem de mercadorias para exportação. A posição de câmbio é representada pelo saldo das operações de câmbio (compra e venda de moeda estrangeira, de títulos e documentos que as representem e de ouro - instrumento cambial), registradas no Sistema Câmbio. Comprada: quando a posição está comprada é porque houve mais fechamentos de câmbio de compras (exportações, transferências do exterior, turismo no País, cobertura interbancária). Em todas essas operações, o Banco é o comprador das moedas estrangeiras e o cliente é o vendedor. Assim sendo, o Exportador vende moeda estrangeira ao banco e recebe reais, tudo convertido pela taxa de câmbio da contratação. Vendida: Quando a posição está vendida é porque houve mais fechamentos de câmbio de vendas (importações, transferências para o exterior, turismo no exterior, repasse interbancário). Em todas essas operações, o Banco é o vendedor das moedas estrangeiras(dólar, euro, iene, etc) e o cliente é o comprador. Dessa forma, quando o importador compra uma máquina no exterior, ele precisa de dólares para pagar essa máquina. Então o banco faz-lhe a venda respectiva. Tudo convertido pela taxa de câmbio. O importador recebe dólares e entrega reais ao Banco. Nivelada: Na posição nivelada, não precisa nem comentar. As compras se igualam, ou quase se igualam às vendas. Não há risco. Nem na queda da taxa de câmbio.

SISCOMEX

O Sistema Integrado de Comércio Exterior, criado pelo Decreto n° 660, de 25 de setembro de 1992, é o sistema informatizado que integra as atividades de registro, acompanhamento e controle de comércio exterior, realizadas pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), pela Secretaria da Receita Federal (SRF) e pelo Banco Central do Brasil (BACEN), órgãos "gestores" do sistema. Participam ainda do SISCOMEX, como órgãos "anuentes", no caso de algumas operações específicas, o Ministério das Relações Exteriores, o Ministério da Defesa, o Ministério da Agricultura e do Abastecimento, o Ministério da Saúde, o Departamento da Polícia Federal, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, e outros.

Por intermédio do SISCOMEX, as operações de exportação são registradas e, em seguida, analisadas "on line" pelos órgãos "gestores" do sistema (SECEX, SFR e BACEN).

As empresas exportadoras podem ter acesso ao SISCOMEX diretamente, a partir de seu próprio estabelecimento, desde que disponham dos necessários equipamentos e condições de acesso, ou por meio de a) despachantes aduaneiros; b) rede de computadores colocada à disposição dos usuários pela Secretaria da Receita Federal (salas de contribuintes); c) corretoras de câmbio; d) agências bancárias que realizem operações de câmbio; e e) outras entidades habilitadas. Reduzindo de 300 para 115 o total de informações necessárias para internar ou externar uma mercadoria. O Siscomex toma mais ágil o processamento administrativo das importações e exportações significando um salto de qualidade no acompanhamento das operações bem como nos serviços prestados, contribuindo, certamente para a redução de Custo Brasil. Os importadores e exportadores não são mais obrigados a repetir informações a diferentes órgãos do Governo Federal, como ocorria anteriormente. Além de acelerar as operações de comércio, o Siscomex permitirá acompanhar o movimento diário da entrada e saída das mercadorias no País.

PRODUTOS BANCÁRIOS

CARTÕES DE CRÉDITO

O cartão de crédito foi criado no ano de 1950 de uma jogada esperta de um cliente de um restaurante. Frank MacNamara foi jantar no restaurante Major’s Cabin Grill em Nova York e, para surpresa do mesmo, percebeu não ter dinheiro nem cheque para pagar a conta do restaurante. Diante do problema, MacNamara foi socorrido por sua esposa. Certo de que não passaria por este papel outra vez, voltou ao

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restaurante e, quando a conta chegou, ofereceu ao dono um pequeno cartão, e com sua assinatura se comprometeu a pagar a conta. Foi então que MacNamara percebeu que poderia haver uma outra forma de pagamento além das convencionais. Com isso, criou, no mesmo ano, o Diners Club Card, um cartão de papel (o cartão de plástico veio anos depois), com poucas unidades e aceito em apenas alguns restaurantes.

São cartões que facilitam o dia-a-dia das pessoas e representam um enorme incentivo ao consumo e

segurança de quem recebe. Glossário:

Portador – pessoa física ou jurídica usuária do cartão que tem um limite de crédito estabelecido pela administradora; Bandeira – instituição que autoriza o emissor a gerar cartões com sua marca; Administradora - autorizada pela bandeira a emitir cartões de crédito com seu nome. Acquirer (adquirente) – é a instituição que afilia estabelecimentos ao sistema de cartão da bandeira da qual é associada. Tem a função de gerenciar, pagar e dar manutenção aos estabelecimentos afiliados da bandeira; Estabelecimento – empresa que aceita os cartões; Instituição financeira – bancos autorizados a efetuarem o financiamento do valor não pago pelo portador à administradora.

Utilizados para a aquisição de bens ou serviços em estabelecimentos credenciados. No período entre a compra e o vencimento do cartão não incidem juros. No vencimento, pode-se financiar parte do total do débito, pagando juros sobre a parte não paga. Podem ser utilizados no Brasil e no exterior, conforme o caso. Gastos feitos no exterior são em dólar e convertidos pela taxa do dólar turismo (flutuante) no pagamento da fatura.

Haverá correção caso ocorra alteração do dólar entre a emissão da fatura e o pagamento. Esta correção dar-se-á na próxima fatura. As administradoras desses cartões não são instituições financeiras, não podendo ser fiscalizadas pelo Bacen, exceto quando são coligadas a instituições financeiras. TIPOS DE CARTÕES DE CRÉDITO E DÉBITO

PRIVATE LABEL Um cartão private label é um cartão com crédito pré-aprovado que leva a marca da sua empresa e que pode ser utilizado nos estabelecimentos de sua rede. Funciona como um cartão de crédito qualquer, com a diferença de poder ser administrado pela sua rede. As redes de varejo e serviço estão descobrindo as vantagens de possuir um cartão de crédito personalizado para sua bandeira. Lojas de calçados, confecções, supermercados, drogarias e outros segmentos, estão cada vez mais aderindo a este grande aliado para alavancagem de negócios e aumento da base de seus clientes. Principais vantagens: • Fidelização de seus clientes à marca • Ganho no volume de vendas por aumento no número de clientes • Redução de pagamentos de taxas dos cartões abertos (Visa, Mastercard etc) • Ganho com novas campanhas de marketing usando o cartão • Substituição do carnê de pagamentos e cheques pré-datados • Melhoria do relacionamento com o cliente • Permite conquistar consumidores que normalmente não têm acesso a um cartão de crédito tradicional Ex: C&A, Renner, Riachuelo, Marisa, Pão de Açúcar.

CARTÃO AFINIDADE

O cartão de afinidade é a parceria entre uma instituição ou fundação e a administradora. O cartão possui um apelo e enfoque emocional visando a identificação do cliente com a empresa. O cliente é informado quanto e como ele está contribuindo com a empresa.

CO-BRANDED

É uma variação do cartão de afinidade. O cartão de marca compartilhada carrega o logotipo da empresa associada e a bandeira, trazendo vantagens específicas para seus associados como, por exemplo: milhas áreas e descontos progressivos nas compras. Ex: Ipiranga.

CARTÕES DE DÉBITO

Os cartões de débito podem ser utilizados em caixas automáticos, de uso exclusivo (rede proprietária de um banco) ou compartilhados, ou em estabelecimentos comerciais que contam com máquinas apropriadas para a realização de transferências eletrônicas de fundos a partir do ponto de venda. Os principais produtos são o Visa Electron, da Visa, o Maestro e o RedeShop, da Mastercard, e o Cheque Eletrônico da TecBan. A exemplo dos cartões de crédito, os cartões de débito com tarja magnética estão sendo paulatinamente substituídos por unidades dotadas de microprocessador (chip).

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O débito na conta do titular do cartão é normalmente feito no momento do pagamento, enquanto o crédito na conta do estabelecimento comercial é feito em determinado prazo, maior ou menor conforme o contrato estabelecido com a administradora do cartão.

CARTÕES DE LOJA (RETAILER CARDS) Os cartões de loja, emitidos principalmente por grandes redes varejistas, normalmente só podem ser usados nas lojas da rede emissora. A utilização do cartão de loja geralmente implica a postergação do pagamento. No vencimento, quase sempre tendo de voltar ao estabelecimento comercial, o devedor utiliza dinheiro em espécie ou outro instrumento de pagamento (dinheiro em espécie, cheque ou cartão de débito) para liquidar sua obrigação.

CARTÕES COM VALOR ARMAZENADO (CHARGE CARDS)

O cartão com valor armazenado é utilizado para pagamento de serviços específicos, relacionados principalmente com o uso de telefones e meios de transporte públicos, ou compras de pequeno valor. No primeiro caso, atualmente o mais comum, os emissores são as próprias concessionárias dos serviços públicos e a aquisição do cartão é feita principalmente em pequenos estabelecimentos comerciais credenciados. Nessa situação, os serviços são pré-pagos e o cartão, quando esgotado seu limite de utilização, é geralmente descartado. No segundo caso, o cartão é emitido por instituição bancária que o carrega com certo valor, para utilização pelo cliente nos estabelecimentos comerciais credenciados. Esse tipo de cartão, que é dotado de microprocessador, pode ser recarregado várias vezes, observando-se, em cada uma delas, valor limite de carregamento fixado pelo emissor. Nesse formato, o cartão com valor armazenado ainda se encontra em fase embrionária no Brasil, sendo utilizado no âmbito de projetos pioneiros desenvolvidos pela Visa e pela Mastercard.

SMART CARD Um "smart card" (cartão inteligente), assemelha-se a um cartão de crédito em tamanho e formato, mas seu interior é completamente diferente. Primeiramente, ele possui um interior, enquanto um cartão de crédito normal é um simples pedaço de plástico. O interior de um cartão inteligente normalmente contém um microprocessador embutido. Este microprocessador fica sob uma placa de contato de ouro em uma das faces do cartão. Pense no microprocessador como um substituto da usual fita magnética em um cartão de crédito ou débito. Os smart cards são muito mais populares na Europa que nos Estados Unidos. No Brasil, estão sendo adotados por bancos e até operadoras de vale-refeição. Na Europa, seguradoras de saúde e bancos utilizam amplamente esses cartões. Todo cidadão alemão possui um cartão inteligente de plano de saúde. Apesar de esse tipo de cartão já existir no seu formato atual por pelo menos uma década, somente agora eles estão se tornando mais populares.

CRÉDITO RURAL

Recursos destinados ao financiamento agropecuário, com condições especiais definidas pela política governamental.

As linhas de custeio financiam as despesas do dia a dia durante a produção, permitindo recursos para utilização em qualquer período da atividade.

As linhas de investimento permitem a aquisição dos bens indispensáveis à produção e modernização da agricultura brasileira, como por exemplo, máquinas e tratores.

Para a comercialização da produção, as linhas de crédito disponíveis permitem melhor controle do fluxo de caixa. Com dinheiro no bolso, a negociação de melhores condições de comercialização de sua produção ficam facilitadas.

Beneficiados: produtores agrícolas, cooperativas e agroindústrias. A produção e comercialização de safras agrícolas, assim como em outros países, desfrutam de

subsídios no crédito. A normatização do crédito rural é do BACEN, através do Manual de Crédito Rural. Principal (o resumo

deste Manual encontra-se ao final desta apostila). Executor da política agrícola do governo mediante do crédito rural: Banco do Brasil e CEF com 10%

dos recursos da poupança. Origem dos recursos p/ aplicação nas operações de crédito rural:

a) 25% dos depósitos à vista ou então recolher como compulsório; b) parte dos fundos de commodities*; c) dotações orçamentárias do governo federal; d) recursos livres dos agentes financeiros. * commodities - Termo em inglês que significa mercadorias, designa produtos primários ou básicos, como café, algodão, açúcar, minérios, petróleo, etc. MODALIDADES DE FINANCIAMENTOS

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Investimento Para bens ou serviços que irão beneficiar vários períodos de produção (safras). São máquinas e implementos agrícolas, tratores, armazéns e outros. Os recursos, em geral, são do BNDES, através do FINAME (Agência Especial de Financiamento Industrial) e FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). 1 - São financiáveis os seguintes investimentos fixos: (Res 3.137) a) construção, reforma ou ampliação de benfeitorias e instalações permanentes; (Res 3.137) b) aquisição de máquinas e equipamentos de provável duração útil superior a 5 (cinco) anos; (Res 3.137) c) obras de irrigação, açudagem, drenagem, proteção e recuperação do solo; (Res 3.137) d) desmatamento, destoca, florestamento e reflorestamento; (Res 3.137) e) formação de lavouras permanentes; (Res 3.137) f) formação ou recuperação de pastagens; (Res 3.137) g) eletrificação e telefonia rural. (Res 3.137) 2 - São financiáveis os seguintes investimentos semifixos: (Res 3.137) a) aquisição de animais de pequeno, médio e grande porte, para criação, recriação, engorda ou serviço; (Res 3.137) b) instalações, máquinas e equipamentos de provável duração útil não superior a 5 (cinco) anos; (Res 3.137) c) aquisição de veículos, tratores, colheitadeiras, implementos, embarcações e aeronaves; (Res 3.137) d) aquisição de equipamentos empregados na medição de lavouras. (Res 3.137) 3 - O orçamento pode incluir verbas para: (Res 3.137) a) despesas com projeto ou plano (custeio e administração); (Res 3.137) b) manutenção do beneficiário e de sua família, salvo quando se tratar de grande produtor (aquisição de animais destinados à produção necessária à subsistência, compra de medicamentos, agasalhos, roupas e utilidades domésticas, construção ou reforma de benfeitorias e outros gastos indispensáveis ao bem-estar familiar); (Res 3.137) c) recuperação ou reforma de máquinas, tratores, embarcações, veículos e equipamentos, bem como aquisição de acessórios ou peças de reposição, salvo se decorrente de sinistro coberto por seguro. (Res 3.137) 4 - As máquinas, tratores, veículos, embarcações, aeronaves, equipamentos e implementos financiados devem destinar-se especificamente à agropecuária. (Res 3.137) Custeio Para preparação do solo, plantio e manutenção das lavouras até a colheita. Inclui aquisição de adubos, sementes, defensivos, etc. Os vencimentos dos empréstimos são coincidentes com as épocas de comercialização das safras. Comercialização

Os empréstimos para comercialização incluem as operações de descontos e os empréstimos do governo federal. Nas operações de desconto são negociadas as notas promissórias ou duplicatas rurais emitidas na comercialização de produtos agrícolas.

Empréstimos do Governo Federal – EGF são financiamentos p/estocagem aguardando preço melhor de venda.

Aquisições do Governo Federal – AGF são compras realizadas pelo governo p/garantir preços. Prazos máximos para custeio:

Agrícola: 2 anos; Pecuário: 1 ano; Beneficiamento ou industrialização: 2 anos.

(estipula-se 90 dias após a colheita) Prazos para investimentos financiados:

a) investimento fixo: 12 (doze) anos; b) investimento semifixo: 6 (seis) anos. SOBRE A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL A Caixa Econômica Federal, criada em 1.861, está regulada pelo Decreto-Lei 759, de 12 de agosto de 1969, como empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda. Trata-se de instituição assemelhada aos bancos comerciais, podendo captar depósitos à vista, realizar operações ativas e efetuar prestação de serviços. Uma característica distintiva da Caixa é que ela prioriza a concessão de empréstimos e financiamentos a programas e projetos nas áreas de assistência social, saúde, educação, trabalho, transportes urbanos e esporte. Pode operar com crédito direto ao consumidor, financiando bens de consumo duráveis, emprestar sob garantia de penhor industrial e caução de títulos, bem como tem o monopólio do empréstimo sob penhor de bens pessoais e sob consignação e tem o monopólio da venda de bilhetes de loteria federal. Além de centralizar o recolhimento e posterior aplicação de todos os

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recursos oriundos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), integra o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e o Sistema Financeiro da Habitação (SFH) PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA É um programa habitacional criado a partir do incentivo do Governo Federal para atendimento à população de baixa renda nas áreas urbanas, garantindo acesso à moradia digna. Ele foi criado a partir da publicação da Lei nº 11.977, de 07 de julho de 2009, e suas alterações. Essa Lei dispõe sobre as regras do Programa Minha Casa Minha Vida e direciona ao Poder Executivo a regulamentação do Programa Nacional de Habitação Urbana – PNHU. Dado esse direcionamento, foi publicada a Portaria Interministerial nº 464, de 30 de setembro de 2011, que dispõe sobre as operações com recursos transferidos ao Fundo de Desenvolvimento Social - FDS, contratadas no âmbito do Programa Nacional de Habitação Urbana - PNHU, integrante do Programa Minha Casa Minha Vida - PMCMV, para os fins que especifica, estabelecendo o valor do benefício econômico, os requisitos e a participação financeira dos beneficiários. Após as definições da Portaria Interministerial, a Resolução nº 194, do Conselho Curador do FDS, de 12 de dezembro de 2012, e eventuais alterações, aprova o Programa Minha Casa Minha Vida – Entidades, definindo o seu objetivo e demais condições do Programa, sendo regulamentado pela Instrução Normativa nº 45, do Ministério das Cidades, de 08 de novembro de 2012. O Programa Minha Casa, Minha Vida tem regras claras. Tudo para beneficiar as pessoas que mais precisam de apoio para conseguir a sua casa. Quem pode se beneficiar? Toda família com renda bruta de até R$ 5 mil, desde que não possua casa própria ou financiamento em qualquer unidade da federação. Também não é permitido que os participantes tenham recebido anteriormente benefícios de natureza habitacional do Governo Federal. Para as famílias com renda de até R$ 1.600: a prioridade é atender a população de baixa renda, pois entre todos que precisam de uma casa, existem aqueles que precisam de mais apoio para conseguir a sua. Quem é o responsável pela seleção dos beneficiários? Estados, municípios e Distrito Federal, observada a regulamentação do Ministério das Cidades. Processo de Seleção: Fase 1 - Seleção de candidatos pelo município Os candidatos deverão estar inscritos nos cadastros habitacionais dos municípios, estados ou DF. Na seleção dos candidatos, têm prioridade famílias: • desabrigadas que perderam seu único imóvel, ou ainda residentes em áreas de risco ou insalubres; • com mulheres chefes de família; • que possuam pessoas com deficiência. Obs.: reserva de no mínimo 3% das unidades habitacionais para atendimento aos idosos e às famílias que tenham pessoas com deficiência. Fase 2 - Inserção no Cadastro Único (CADÚNICO) A prefeitura providencia a inclusão ou atualização dos candidatos selecionados no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. Fase 3 - Apresentação dos indicados A relação de candidatos selecionados é oficializada na instituição financeira responsável. Fase 4 - Verificação das informações. As informações dos candidatos selecionados são verificadas comparando com outros cadastros. O candidato que omitir ou prestar informação falsa é excluído do processo de seleção. CONDIÇÕES PARA COMPRA DO IMÓVEL PELO BENEFICIÁRIO Análise

• Enquadramento por renda familiar: • Documentos pessoais. • Comprovação de renda (formal ou informal) somente para enquadramento no programa. • Verificação do CADÚNICO – Cadastro Único. • Verificação do CADMUT – Cadastro Nacional de Mutuário.

Não há análise de risco de crédito

• Não ter sido beneficiado anteriormente em programas de habitação social do governo. • Não possuir casa própria ou financiamento em qualquer Uf. • Estar enquadrado na faixa de renda familiar do programa.

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• Pagamento de 5% da renda durante 10 anos, com prestação mínima de R$ 25,00, corrigida pela TR e registro do imóvel em nome da mulher.

• Sem entrada e sem pagamento durante a obra. • Sem cobrança de seguro por Morte e Invalidez permanente – MIp e Danos físicos do Imóvel –

DfI. Operacionalização O beneficiário dirige-se à prefeitura, estado ou movimento social para cadastrar-se. Após seleção é convocado para apresentação da documentação pessoal (na CAIXA, correspondente imobiliário, prefeitura ou outros credenciados). Assinatura do contrato ocorre na entrega do empreendimento.

• Prazo da alienação – 120 meses; • Taxas de juros – não há; • Prestações limitadas a 5% da renda familiar mensal, com valor mínimo de R$ 25 mensais.

PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA - Entidades É um programa habitacional criado a partir do incentivo do Governo Federal para atendimento à população de baixa renda nas áreas urbanas, garantindo acesso à moradia digna. Ele foi criado a partir da publicação da Lei nº 11.977, de 07 de julho de 2009, e suas alterações. Essa Lei dispõe sobre as regras do Programa Minha Casa Minha Vida e direciona ao Poder Executivo a regulamentação do Programa Nacional de Habitação Urbana – PNHU. Dado esse direcionamento, foi publicada a Portaria Interministerial nº 464, de 30 de setembro de 2011, que dispõe sobre as operações com recursos transferidos ao Fundo de Desenvolvimento Social - FDS, contratadas no âmbito do Programa Nacional de Habitação Urbana - PNHU, integrante do Programa Minha Casa Minha Vida - PMCMV, para os fins que especifica, estabelecendo o valor do benefício econômico, os requisitos e a participação financeira dos beneficiários. Após as definições da Portaria Interministerial, a Resolução nº 194, do Conselho Curador do FDS, de 12 de dezembro de 2012, e eventuais alterações, aprova o Programa Minha Casa Minha Vida – Entidades, definindo o seu objetivo e demais condições do Programa, sendo regulamentado pela Instrução Normativa nº 45, do Ministério das Cidades, de 08 de novembro de 2012. O Programa Minha Casa Minha Vida - Entidades, foi criado para atender as famílias com renda bruta mensal de até R$ 1.600,00. Na apuração da renda será considerada a soma das rendas de todos os componentes da família. As pessoas interessadas no Programa devem estar cadastradas, ou com o cadastro atualizado, no CADÚNICO. CADÚNICO Instituído pelo decreto nº 3.877, de 24 de julho de 2001, o Cadastro Único, programa social do Governo Federal, tem por objetivo retratar a situação socioeconômica da população de todos os municípios brasileiros, por meio do mapeamento e identificação das famílias de baixa renda, bem como conhecer suas principais necessidades e subsidiar a formulação e a implantação de serviços sociais que as atendam. IMPORTANTE: As famílias devem ser agrupadas e indicadas por uma Entidade organizadora. ENTIDADE ORGANIZADORA A Entidade Organizadora pode ser uma cooperativa habitacional ou mista, uma associação ou uma entidade privada sem fins lucrativos. Ela deve reunir, organizar e apoiar as famílias no desenvolvimento e execução dos projetos habitacionais, além de poder atuar como substituta temporária das famílias que serão beneficiadas com a moradia, caso contrate diretamente o financiamento. Só poderá atuar no Programa a Entidade Organizadora que estiver previamente habilitada pelo Ministério das Cidades. Fica dispensada do processo de habilitação a Entidade Organizadora cujo projeto seja voltado ao atendimento de refugiados, comunidades quilombolas, pescadores artesanais, ribeirinhos, indígenas e demais comunidades socialmente vulneráveis, localizadas em áreas urbanas. Não é necessária a avaliação de risco de crédito da Entidade Organizadora para verificação de sua capacidade de pagamento.

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É importante destacar que a Entidade Organizadora tem papel muito importante no desenvolvimento e execução do empreendimento.

desenvolver e apresentar à CAIXA a proposta/projeto de intervenção habitacional de acordo com as condições e exigências do Programa para análise jurídica, social e de engenharia;

orientar os seus associados quanto ao cadastramento ou a atualização do cadastro no CADÚNICO;

promover a seleção dos associados, que devem ser enquadrados nas condições do programa; auxiliar os associados na preparação da documentação necessária para apresentação à CAIXA; assinar o Termo de Cooperação e Parceria com a CAIXA, além dos contratos de financiamento; organizar todos os envolvidos na execução do projeto, de forma a assegurar sincronismo e

harmonia na implementação do empreendimento.; fiscalizar e acompanhar a obra; apresentar a documentação necessária à liberação do recurso; e providenciar a legalização do empreendimento perante os órgãos públicos.

SELEÇÃO DOS PROPONENTES BENEFICIÁRIOS AO PROGRAMA Os parâmetros de priorização e as condições e procedimentos para a seleção dos beneficiários são estabelecidos pela Portaria do Ministério das Cidades nº 610, de 26 de dezembro de 2011, e suas alterações. A seleção prévia dos candidatos é realizada pela Entidade Organizadora, que deve observar os seguintes critérios: Nacionais:

• famílias residentes em áreas de risco ou insalubres ou que tenham sido desabrigadas; • famílias com mulheres responsáveis pela unidade familiar; • famílias de que façam parte pessoas com deficiência.

Adicionais:

• Devem ser definidos pela Entidade Organizadora até 03 critérios adicionais. • Os critérios adicionais devem ser determinados em assembleia específica, registrada em ata,

dando conhecimento a todos os seus associados, divulgando-os em meios que garantam sua ampla publicidade.

Devem ser atendidas com prioridade:

• as famílias com mulheres responsáveis pela unidade familiar; • as famílias com pessoas com deficiência; • as populações oriundas das comunidades tradicionais.

Será permitido às mulheres chefes de família firmar contrato de financiamento independente de outorga do cônjuge. Deve-se reservar, no mínimo, 3% das unidades habitacionais para atendimento aos idosos ou quantidade determinada por legislação local, o que for maior. O número de candidatos selecionados deverá corresponder à quantidade de unidades habitacionais, que poderá ser acrescida de 30% considerando a possibilidade de substituição de famílias que não sejam aprovadas na análise para enquadramento no Programa. Não podem ser beneficiadas com o Programa pessoas que:

• são titulares de financiamento imobiliário ativo em qualquer localidade do país; • são proprietárias ou promitentes compradoras de imóvel residencial em qualquer localidade do

país; • tenham recebido, a qualquer época, subsídios diretos ou indiretos com recursos orçamentários

da União e/ou de Fundos (FGTS, FDS, FAR) com finalidade análoga a do presente programa, excetuadas as subvenções ou descontos destinados à aquisição de material de construção e aquelas previstas no atendimento a famílias nas operações vinculadas às programações orçamentárias do PAC e às intervenções financiadas por operações de crédito ao setor público que demandem reassentamento, remanejamento ou substituição de unidades habitacionais e, ainda, subvenções ou descontos destinados ao atendimento, nos casos de situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecidos pela União, a famílias desabrigadas que perderam seu único imóvel;

• tenham recebido, a qualquer tempo, lote ou edificação em programas habitacionais, salvo se a modalidade requerida for destinada a edificação no lote anteriormente recebido;

• tenham restrição cadastral no SINAD e no CADIN; • e tenham débitos não regularizados junto à Receita Federal.

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É permitida a participação de pessoas com restrição cadastral no Serviço de Proteção ao Crédito SPC e/ou SERASA. A substituição de candidato constante na listagem inicial poderá ocorrer antes da contratação do financiamento por desistência do interessado, formalizada à direção da Entidade Organizadora, ou por exclusão aprovada em Ata da Assembleia Geral devidamente registrada, desde que garantida ao substituído a ampla defesa e o contraditório. As substituições de beneficiários não poderão ultrapassar 30% (trinta por cento) do total da listagem inicial. A partir da listagem inicial apresentada juntamente com a proposta do empreendimento, é efetuada a pesquisa cadastral dos candidatos para verificação do devido enquadramento como beneficiário. COMISSÃO DE REPRESENTANTES E COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DE OBRAS Para fortalecer e garantir o devido acompanhamento e a avaliação físico/financeira da execução do projeto, exige-se a formação de duas comissões: CRE (Comissão de Representantes); e CAO (Comissão de Acompanhamento de Obras). A CRE será responsável pelo acompanhamento financeiro do empreendimento e pela abertura e movimentação da conta bancária que receberá os recursos. Além disso, deve prestar contas aos beneficiários quanto à aplicação dos recursos liberados. A CAO deve acompanhar a execução do empreendimento e/ou acompanhar a elaboração, apresentação e aprovação dos projetos, juntamente com os beneficiários e a Entidade Organizadora. Essa comissão também deve prestar contas aos beneficiários, informando sobre o desenvolvimento dos projetos ou, no caso de construção, sobre o andamento das obras, segurança e guarda das obras e do material adquirido. Cada uma das comissões deve ser composta por, no mínimo, três pessoas, sendo uma indicada pela Entidade Organizadora e duas do grupo de beneficiários. As comissões devem ser eleitas em assembléia convocada pela Entidade Organizadora, com registro em ata. Não é permitido que os componentes da CAO sejam integrantes da CRE e vice-versa. As comissões devem ser eleitas previamente à contratação do financiamento. O Programa disponibiliza as seguintes modalidades para contratação pelos beneficiários (pessoa física) ou pela Entidade Organizadora (pessoa jurídica): Pessoa Física:

A. aquisição de terreno e construção; B. construção em terreno próprio ou de terceiros; e C. aquisição de imóvel novo ou para requalificação ou constituintes de patrimônio histórico.

Pessoa Jurídica:

A. construção em terreno de sua propriedade; B. aquisição de terreno, pagamento de assistência técnica e despesas com legalização; C. aquisição de terreno e construção; D. pagamento de assistência técnica e despesas com legalização em terrenos transferidos e em

processo de transferência pelo poder público ou de propriedade da Entidade Organizadora; e E. construção das unidades habitacionais em terrenos de que tratam as alíneas "b" e "d".

As pessoas físicas podem utilizar imóveis tipo “concentrada” e “pulverizada”. As pessoas jurídicas somente tipo “concentrada”. ATENÇÃO! Ainda que a contratação seja feita por Entidade Organizadora (pessoa jurídica), realiza-se o enquadramento dos beneficiários (pessoa física):

• No caso de contratação de financiamento pela Entidade Organizadora (pessoa jurídica), o enquadramento (pesquisa cadastral) dos candidatos selecionados previamente pela Entidade

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Organizadora será realizado no período compreendido entre 60 (sessenta) dias antes e 90 (noventa) dias após a assinatura do contrato.

• Os beneficiários assinarão o Termo de Adesão ao empreendimento, em conjunto com a Entidade Organizadora e a CAIXA, em até 90 (noventa) dias após a contratação do financiamento pela Entidade Organizadora.

• Quando houver substituição de beneficiário, o enquadramento dos novos beneficiários no Programa deverá respeitar os critérios vigentes na data da substituição efetuada com assinatura de Termo de Adesão.

REGIMES DE CONSTRUÇÃO

• Autoconstrução pelos próprios beneficiários; • Mutirão ou autoajuda; • Autogestão; • Administração direta; • Empreitada global.

GARANTIAS

• Alienação Fiduciária; • Hipoteca; e • responsabilidade Solidária*, pelo prazo de 72 meses.

* A garantia Responsabilidade Solidária é aplicada somente no caso de contratação do financiamento pelos beneficiários (pessoa física). Em empreendimentos com Unidades Habitacionais pulverizadas, a garantia Responsabilidade Solidária será aceita somente em municípios com população inferior a 50.000 habitantes. O Programa Minha Casa Minha Vida – Entidades, apresenta as seguintes condições de financiamento:

• O Valor de Financiamento é limitado a R$ 76.000,00,; • O prazo de amortização é fixado em 120 meses; • O valor bruto da prestação corresponde ao valor do financiamento dividido por 120 meses; • O valor líquido da prestação a ser paga pelos beneficiários corresponde a 5% da renda bruta

familiar mensal ou R$ 25,00, o que for maior. Subsídio: O FDS (Fundo de Desenvolvimento Social) assume a diferença entre o valor bruto e o valor líquido da prestação. É bom lembrar: Caso o beneficiário queira quitar o financiamento antecipadamente, será considerado o valor integral do saldo devedor do financiamento, ou seja, ele não será beneficiado com o subsídio do FDS.

O prazo de carência é de 36 meses, ou seja, os beneficiários começam a pagar as prestações de amortização somente após a conclusão das obras;

Não há taxas de juros e não há cobrança de seguro de Morte ou Invalidez Permanente – MIP e Danos Físicos ao Imóvel – DFI;

• No caso de MIP, a dívida remanescente será liquidada ou amortizada pelo FDS a título de subsídio, observando-se o percentual de renda pactuado por cada coobrigado.

• No caso de DFI, as despesas de recuperação serão assumidas pelo FDS, sem exigência de pagamento pelo devedor, limitada ao valor da operação atualizado.

Exemplo O valor da prestação é calculado a partir do Valor de Financiamento, que corresponde ao Valor da Operação que será contratada; Se o valor do financiamento (valor da operação) é de R$ 60.000,00, esse valor será dividido em 120 parcelas, conforme prazo de amortização estabelecido para o programa. O resultado corresponde ao valor bruto da prestação R$ 60.000,00 / 120 meses = R$ 500,00 Se a renda mensal da família corresponde a R$ 600,00, o valor líquido da prestação corresponderá a 5% desse valor R$ 600,00 x 5% = R$ 30,00

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A diferença entre o valor bruto da prestação (R$ 500,00) e o valor líquido da prestação (R$ 30,00) é assumida pelo FDS, é o subsídio que o Programa oferece para beneficiar as famílias R$ 500,00 – R$ 30,00 = R$ 470,00. Incentivo à Adimplência. Será direcionado mensalmente à Entidade Organizadora o valor correspondente a 5% (cinco por cento) do total pago pelo grupo de beneficiários, quando a adimplência for de 100% (cem por cento), verificada até o último dia de cada mês. HABITAÇÃO PARA FAMÍLIAS COM RENDA ACIMA DE 3 E ATÉ 10 SALÁRIOS MÍNIMOS Características: Objetivo Financiamento às empresas do mercado imobiliário para produção de habitação popular visando ao atendimento de famílias com renda acima de 3 e até 10 salários mínimos, priorizando a faixa acima de 3 e até 6 salários mínimos. Abrangência Capitais e respectivas regiões metropolitanas, municípios com mais de 100 mil habitantes, podendo contemplar em condições especiais, municípios entre 50 e 100 mil habitantes, de acordo com o seu déficit habitacional. Como funciona

• União e FGTS alocam recursos por área do território nacional, sujeitos a revisão periódica. • Construtoras apresentam projetos de empreendimentos às superintendências regionais da

CAIXA. • A CAIXA realiza pré-análise e autoriza o lançamento e comercialização. • Após conclusão da análise e comprovação da comercialização mínima exigida, é assinado o

Contrato de Financiamento à Produção. • Durante a obra a CAIXA financia o mutuário pessoa física e o montante é abatido da dívida da

construtora. • Os recursos são liberados conforme cronograma, após vistorias realizadas pela CAIXA. • Concluído o empreendimento, a construtora entrega as unidades aos mutuários.

CONDIÇÕES PARA A COMPRA DO IMÓVEL PELO BENEFICIÁRIO DOCUMENTOS PARA ANÁLISE Documentos pessoais. Ficha cadastro habitacional. Comprovação de renda (formal ou informal): – IRpf – Análise cadastral (SERASA/BACEN/SPC/CADIN) – CADMUT – Cadastro Nacional de Mutuário Análise de risco/capacidade de pagamento (realizada na agência, na entrega dos documentos). CONDIÇÕES Não ser detentor de financiamento ativo nas condições do Sistema financeiro da habitação – sfh, em qualquer parte do país. Não ter recebido a partir de 1º de maio de 2005, desconto concedido pelo FGTS na concessão de financiamento habitacional. Não ser proprietário, cessionário ou promitente comprador de outro imóvel residencial urbano ou rural, situado no atual local de domicílio, nem onde pretende fixá-lo. Não ser titular de direito de aquisição de imóvel residencial urbano ou rural, situado no atual local de domicílio, nem onde pretende fixá-lo. Tabela PRICE ou SAC. • Juros nominais: – Renda de 3 a 5 salários mínimos – 5% a.a. + TR. – Renda de 5 a 6 salários mínimos – 6% a.a. + TR. – Renda de 6 a 10 salários mínimos – 8,16% a.a + TR. Prazo para pagamento: até 30 anos;. Financiamento: até 100%. Entrada opcional.

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Pagamento mínimo durante a obra, em função da renda. Cobrança de seguro com valor reduzido. Fundo Garantidor – cobertura em caso de perda de capacidade de pagamento, proporcional à renda familiar. Subsídio para famílias com renda de até 6 salários mínimos. Valor de avaliação limitado ao teto do FGTS para a região. FUNDO GARANTIDOR DA HABITAÇÃO DURAÇÃO DA COBERTURA Período de vigência do contrato. NÚMERO DE PRESTAÇÕES GARANTIDAS

• 36 prestações: renda de 3 a 5 salários mínimos. • 24 Prestações: renda de 5 a 8 salários mínimos. • 12 Prestações: renda de 8 a 10 salários mínimos.

CONDIÇÕES PARA UTILIZAÇÃO

• Imóveis do Minha Casa, Minha Vida. • Contribuição para o fundo – 0,5% da prestação. • Pagamento de pelo menos 6 prestações do contrato. • Pagamento de 5% da prestação financiada (que será devolvida como bônus de adimplência

quando do pagamento do refinanciamento). • Solicitação formal mediante comprovação de desemprego e/ou perda de renda, a cada 6

prestações requeridas. MICROCRÉDITO PRODUTIVO ORIENTADO – MPO É uma linha de crédito para capital de giro e/ou investimento fixo, destinado a empreendedores formais e informais, com faturamento anual de até R$ 120 mil, que busca incentivar as atividades produtivas e a geração de emprego e renda, com acompanhamento e orientação aos tomadores, enquadrada no Programa Nacional de Microcrédito Produtivo e Orientado do Ministério do Trabalho. CONDIÇÕES:

• Ser maior de 18 anos ou emancipado e possuir conta na CAIXA; • Não ter nome em cadastros de inadimplentes, como CADIN, SERASA, SINAD E SCPC*; • O valor do crédito depende da análise do crédito e da capacidade de pagamento do

empreendimento; • O valor mínimo é de R$ 300,00 e, de acordo com a necessidade e o porte do negócio, pode

chegar até R$ 15 mil, conforme a evolução do empreendimento, sendo que a primeira contratação pode chegar até R$ 1.200,00 para Giro e, a partir do segundo contrato, até R$ 5.000,00 para Investimento.

• Pessoa Física, pode pagar em até 12 parcelas, dependendo da finalidade do crédito e das análises realizadas pela instituição financeira, e escolher o melhor dia do mês para o vencimento da prestação;

• Para Pessoas Jurídicas, o prazo de pagamento é de até 24 parcelas, dependendo da finalidade do crédito e das análises realizadas pela Instituição financeira, e você pode escolher o melhor dia para o vencimento da prestação.

• O endividamento no Sistema Financeiro Nacional (SFN) não pode exceder R$ 40 mil, excetuando-se desse limite as operações de crédito habitacional.

• Podem ser contratadas até três operações por ano civil, sendo no máximo duas em um único mês, desde que seja uma de giro e outra de investimento.

* CADIN (Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal), SERASA (Empresa de Informações de Crédito), SINAD (Sistema de Inadimplentes da CAIXA), SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito).

Existem dois modelos de Microcrédito

Microcrédito Produtivo Orientado

Modelo Direto:

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• Juros a partir de 0,40742% ao mês; • Cobrança de IOF (Imposto Sobre Operações de Crédito) alíquota zero; • TAC – Taxa de Abertura de Crédito de 1%.

Microcrédito Produtivo Orientado – Operado por Instituições de Microfinanças - IMF (Mandato)

Modelo Indireto:

• Juros: De 0,93% até 3.9% ao mês, variável conforme modelo e Instituição. • Isento de IOF; • TAC – Taxa de Abertura de Crédito de 1%.

PENHOR

É um direito real de garantia sobre bens móveis. Deriva de uma expressão latina "pugnus", que significa punho, ou seja, o penhor é um direito real de garantia que depende da tradição (transferência do bem), no caso, do bem ser levado pelo próprio punho. É importante ressalvar que o credor pignoratício tem o direito de guardar a coisa, mas ele não pode ficar com a coisa para si.

O penhor surge através de um contrato formal e depende da efetiva tradição do bem, da efetiva entrega da posse. Cumpre ressaltar que não se usa o verbo "penhorar" mas "empenhar", cujo significado é dar em penhor.

Espécies de Penhor

• Penhor Rural - que pode ser agrícola ou pecuário. Tanto o penhor rural, quanto o industrial incidem sobre a agricultura ou bens de comércio. Num dado caso ele pode incidir sobre imóvel, que será o de produção agrícola, ou até mesmo maquinário industrial, que será considerado imóvel por acessão natural ou industrial. possui prazos de renovação estipulados entre 3 e 4 anos, registrados em cartório imobiliários.

• Penhor Industrial ou Mercantil.

No caso do penhor rural ou do penhor industrial, não haverá transferência do bem. Haverá uma transmissão ficta, uma posse indireta pelo constituto possessório. O que o credor pode fazer é inspecionar o bem dado em garantia.

• Penhor de Título de Crédito - é aquele em que o credor tem por garantia o seu título de garantia. Esse título pode ser empenhado quando ele é entregue a um terceiro através de tradição e depende de registro no cartório de títulos e de documentos.

• Penhor de Veículos - Tem prazo máximo de dois anos e o veículo deve estar segurado para que possa ser dado em garantia. Além disso, deverá ser registrado no DETRAN para que seja oponível contra terceiros. Graças a exigência do seguro, a tradição é dispensada, haja vista que, se o bem sumir, o seguro cobrirá.

• Penhor Legal - São as garantias instituídas por lei. Independe da vontade das partes. • Penhor Civil - é o que não tem caráter mercantil, pois não garante obrigações comerciais. O

Penhor Comum é o Penhor civil ou mercantil não regulado por leis especiais.

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

História

Há 150 anos a história da CAIXA anda lado a lado com a trajetória do país. Além de presenciar transformações que marcaram a história do Brasil, a instituição acompanhou mudanças de regimes políticos e participou ativamente do processo de urbanização e industrialização do país.

Foi no dia 12 de janeiro de 1861 que a instituição deu início ao seu compromisso com o povo brasileiro, quando Dom Pedro II assinou o Decreto n° 2.723, que fundou a Caixa Econômica da Corte.

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A experiência acumulada desde então permitiu que, em 1931, a CAIXA inaugurasse operações de empréstimo por consignação para pessoas físicas. Três anos depois, por determinação do governo federal, assumiu a exclusividade dos empréstimos sob penhor, com a consequente extinção das casas de prego operadas por particulares.

A primeira hipoteca para a aquisição de imóveis da CAIXA do Rio de Janeiro é assinada no dia 1º de junho de 1931. 55 anos mais tarde, incorporou o Banco Nacional de Habitação (BNH) e assumiu definitivamente a condição de maior agente nacional de financiamento da casa própria e de importante financiadora do desenvolvimento urbano, especialmente do saneamento básico.

Ainda em 1986, com a extinção do BNH, se torna o principal agente do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), administradora do FGTS e de outros fundos do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Em 1990, iniciou ações para centralizar todas as contas vinculadas do FGTS, que, à época, eram administradas por mais de 70 instituições bancárias.

Ao longo de sua trajetória, a CAIXA estabeleceu estreitas relações com a população ao atender necessidades imediatas do povo brasileiro, como poupança, empréstimos, FGTS, Programa de Integração Social (PIS), Seguro-Desemprego, crédito educativo, financiamento habitacional e transferência de benefícios sociais. E também ao proporcionar o sonho de uma vida melhor com as Loterias Federais, que detêm o monopólio desde 1961.

ESTATUTO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL (aprovado pelo Governo Federal)

“CAPÍTULO II DOS OBJETIVOS

Art. 5o A CEF tem por objetivos:

I - receber depósitos, a qualquer título, inclusive os garantidos pela União, em especial os de economia popular, tendo como propósito incentivar e educar a população brasileira nos hábitos da poupança e fomentar o crédito em todas as regiões do País;

II - prestar serviços bancários de qualquer natureza, praticando operações ativas, passivas e acessórias, inclusive de intermediação e suprimento financeiro, sob suas múltiplas formas;

III - administrar, com exclusividade, os serviços das loterias federais, nos termos da legislação específica;

IV - exercer o monopólio das operações de penhor civil, em caráter permanente e contínuo;”

O Penhor CAIXA é para quem precisa de dinheiro imediato e sem burocracia. Basta entregar o bem, como garantia, e pegar o dinheiro na hora, sem análise cadastral ou avalista. Depois, basta pagar o empréstimo e pegar de volta o objeto penhorado. Limite O valor do empréstimo pode ser de até 130% do valor do bem oferecido como garantia. E a liberação do valor é feito na hora.

Prazos Os prazos disponíveis para quitação do empréstimo são: 30, 60, 90, 120, 150 e 180 dias.

Pagamento O empréstimo é pago em uma única vez, quando se recupera o objeto penhorado.

Desconto O resgate do bem dado como garantia poderá ser antecipado, com direito a desconto proporcional nos juros.

Encargos

Na contratação e na renovação, são exigidos:

• Juros pré-fixados; • TAR - Tarifa de Avaliação e Renovação;

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• IOF – Imposto sobre Operações Financeiras.

Contratação

• Apresentação de RG, CPF em situação regular na Receita Federal, o comprovante de residência e o bem que será penhorado.

Resgate e indenizações

• O resgate pode ser feito pelo mutuário ou por seu procurador.

Importante:

• Não é permitido fornecer empréstimo por procuração, a não ser que o pedido seja feito por alguém que não saiba ou não possa ler e escrever. Nesse caso, é necessário que haja alguém com poderes específicos para tomar empréstimo, firmar compromisso em título de crédito e constituir garantia.

Renovação

O cliente poderá renovar o contrato por um novo período, no vencimento ou até mesmo antes, desde que pague juros e TAR. A renovação poderá ser feita várias vezes em todas as agências da CAIXA. Nesse caso, é preciso:

• A presença do mutuário, quando o valor do empréstimo aumentar; • Pagar a diferença entre o que você deve e o valor do novo empréstimo, deduzindo as tarifas e

encargos.

Garantia

A garantia do empréstimo é o próprio objeto empenhado.

São aceitos como garantias metais nobres, diamantes, pedras preciosas, pérolas cultivadas, canetas e relógios.

LOTERIAS

A menção sobre a realização de alguma forma de loteria vem dos povos egípcios, hebreus, hindus e chineses. A primeira loteria federal que sem tem noticia foi promovida nos países baixos no ano de 1291, mas foi na Espanha em 1763 que as loterias começaram de fato a ter o formato que conhecemos hoje.

As loterias já existiam em vários países, porém a Espanha foi o primeiro país a promover as apostas com o objetivo “social” de arrecadar fundos, visando à realização de obras e infraestrutura. O modelo administrativo utilizado pela Espanha para promover as loterias gerou resultado financeiro positivo para o governo. A partir de 1763 outros países passaram a utilizar os mesmos métodos dos espanhóis, dando inicio a criação de várias modalidades de loterias.

A Loteria Federal deu início à história das Loterias na Caixa Econômica Federal. A primeira extração aconteceu em 15 de setembro de 1962, no prédio da Avenida Marechal Floriano, 118, no Rio de Janeiro. Uma série de 40 mil bilhetes sorteou os milhares 5.349, 38.031, 26.492, 25.151 e 1.416, pagando o prêmio principal de 15 milhões de cruzeiros. Era o começo de uma história de sucesso que resultou hoje em uma estrutura de 10 modalidades de Loterias e um dos produtos mais valiosos da CAIXA. Seu papel de fomentador ao desenvolvimento do país consolida e dá continuidade às políticas públicas.

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História - O primeiro sorteio de uma loteria autorizado pelo Governo foi realizado em 1784, na cidade de Vila Rica. Mais de dois séculos de história transformaram profundamente o que é hoje o grande fomentador de sonhos do cidadão brasileiro. Até o decreto nº 50.964, de 14 de julho de 1961, as Loterias eram exploradas pela iniciativa privada. A lei determinou a subordinação e a administração da Loteria Federal à CAIXA e setores prioritários para o desenvolvimento do país passaram a receber parte da arrecadação das loterias. Modernização nas Loterias – Além das tradicionais extrações da Loteria Federal e da Loteca, antiga Loteria Esportiva, as Loterias foram sendo ampliadas ao longo dos anos com o advento das novas modalidades. Mega-Sena e Quina foram criadas nos anos noventa e permanecem até hoje como os sorteios mais tradicionais das Loterias. A Lotomania, que teve seu primeiro concurso em 02 de outubro de 1999, está prestes a completar dez anos de existência. Mas é mesmo nesta década que observamos a maior expansão das Loterias. Foram apresentados 4 novos concursos, além da criação da Loteca, em substituição à Loteria Esportiva em 2002. A Dupla Sena chegou em novembro de 2001, como opção aos apostadores. Lotogol e Lotofácil foram as novidades de 2002 e 2003, respectivamente. A modalidade Timemania, criada em março de 2008, no ano posterior anunciou uma novidade: a distribuição dos recursos obedecerá à proporcionalidade de apostas indicadas como "Time do Coração", considerando-se sempre o ano anterior. Ainda houve alterações na Loteria Instantânea, que passou a oferecer prêmios mais atrativos e também na Loteria Federal, que desde agosto tem nova formulação e distribuição de prêmios. A Mega Sena surgiu em 04 de março de 1996, visando à criação de uma modalidade de loteria que gerasse grandes prêmios, ao mesmo tempo fosse a que mais arrecadasse para os cofres do Governo e consequentemente a mais difícil de ganhar. Pelo visto a ideia deu certo e atualmente a Mega Sena é a principal modalidade de loteria da Caixa Econômica Federal. MEGASENA: A Mega-Sena é a loteria que paga milhões para o acertador dos 6 números sorteados. Mas quem acerta 4 ou 5 números também ganha. Para realizar o sonho de ser o próximo milionário, você deve marcar de 6 a 15 números, entre os 60 disponíveis no volante. Você pode deixar que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) e/ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos (Teimosinha). O Bolão CAIXA é a possibilidade que o apostador tem de realizar apostas e dividir com seus amigos ou familiares em várias cotas/frações, bastando preencher o campo próprio no volante ou solicitar diretamente ao atendente da lotérica. Tudo com muita segurança e garantia de recebimento do prêmio, no caso de aposta premiada. O prêmio bruto corresponde a 46% da arrecadação, já computado o adicional destinado ao Ministério do Esporte. Dessa porcentagem: • 35% são distribuídos entre os acertadores dos 6 números sorteados (Sena); • 19% entre os acertadores de 5 números (Quina); • 19% entre os acertadores de 4 números (Quadra); • 22% ficam acumulados e distribuídos aos acertadores dos 6 números nos concursos de final 0

ou 5. • 5% ficam acumulado para a primeira faixa - sena - do último concurso do ano de final zero ou 5.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao tesouro nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior. MEGASENA DA VIRADA Mega da Virada - Concurso Especial de Fim de Ano da Mega-Sena. O último concurso da Mega-Sena de final 0 ou 5 de cada ano civil, que tem a denominação comercial MEGA DA VIRADA e obedece as seguintes regras:

. Prazo de comercialização:

Durante os meses de novembro e dezembro com captação de apostas independente e concomitante com os demais concursos da modalidade, utilizando-se de volantes específicos (a CAIXA informará com

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antecedência a data do início das vendas e o número do concurso da MEGA DA VIRADA que será sorteado no dia 31/12).

. Distribuição do valor destinado ao pagamento dos prêmios:

• 62% - primeira faixa - seis acertos (sena). • 19% - segunda faixa - cinco acertos (quina). • 19% - terceira faixa - quatro acertos (quadra).

. Composição da primeira faixa de premiação (sena):

• 62% do percentual destinado a prêmios, de acordo com a arrecadação do respectivo concurso; • O total acumulado para o último concurso de final zero ou cinco do ano civil; • O total acumulado para o concurso de final zero ou cinco; • O total acumulado na primeira faixa (sena) do concurso anterior, quando houver.

. Critério de acumulação:

• Não existindo apostas premiadas com seis números (sena), o prêmio será rateado entre os acertadores de cinco números (quina);

• Não existindo apostas premiadas com seis e cinco números, o prêmio será rateado entre os acertadores de quatro números (quadra);

• Não existindo apostas premiadas em quaisquer faixas de premiação, os valores acumulam para o concurso seguinte, nas respectivas faixas.

LOTOFÁCIL Você pode marcar de 15 a 18 números, entre os 25 disponíveis no volante ou deixar que o sistema escolha os números para você (Surpresinha). Além disso, você também pode concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 9 ou 12 concursos consecutivos (Teimosinha). O Bolão CAIXA é a possibilidade que o apostador tem de realizar apostas e dividir com seus amigos ou familiares em várias cotas/frações, bastando preencher o campo próprio no volante ou solicitar diretamente ao atendente da lotérica. Tudo com muita segurança e garantia de recebimento do prêmio, no caso de aposta premiada. No caso da Lotofácil, os bolões têm preço mínimo de R$ 20,00, cada cota não pode ser inferior a R$ 2,50, sendo possível realizar um bolão no mínimo 2 e no máximo 12 cotas (para apostas compostas por 16 números) ou mínimo de 2 e máximo de 25 (para apostas compostas por 17 ou 18 números). Você também pode comprar cotas de bolões organizados pelas Unidades Lotéricas. Neste caso poderá ser cobrada uma Tarifa de Serviço adicional de até 35% do valor da cota. A aposta mínima, de 15 números, custa R$ 1,25. Quanto mais números marcar, maior o preço da aposta e maiores as chances de ganhar. Fatura o prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números. São muitas chances de ganhar. Os sorteios são realizados as segundas, quartas e sextas-feiras sempre às 20h. O prêmio bruto corresponde a 46% da arrecadação, já computado o adicional destinado ao Ministério do Esporte. Dessa porcentagem, será deduzido o pagamento dos prêmios com valores fixos: • R$ 2,50 para as apostas com 11 prognósticos certos entre os 15 sorteados; • R$ 5,00 para as apostas com 12 prognósticos certos entre os 15 sorteados; • R$ 12,50 para as apostas com 13 prognósticos certos entre os 15 sorteados.

Somente após a apuração dos ganhadores dos prêmios com valores fixos, o valor restante do total destinado à premiação será distribuído para as demais faixas de prêmios nos seguintes porcentuais: • 65% entre os acertadores de 15 números; • 20% entre os acertadores de 14 números entre os 15 sorteados. • 15% ficamos acumulados para a primeira faixa - 15 acertos - do concurso especial realizado em

setembro de cada ano. Não havendo ganhador em qualquer faixa de premiação, o valor acumula para o concurso seguinte, na faixa de prêmio com 15 acertos. Não deixe de conferir o seu bilhete de aposta. Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao tesouro nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior. LOTOMANIA

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Na Lotomania, você escolhe 50 números e ganha se acertar 16, 17, 18, 19, 20 ou nenhum número. Ela é simples de apostar e fácil de ganhar. Além de marcar no volante, você conta com outras formas de jogar. Você pode: apostar uma quantidade inferior a 50 números e deixar que o sistema complete o jogo para você; não marcar nada e deixar que o sistema escolha todos os números (Surpresinha) e/ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos (Teimosinha).

Você pode ainda efetuar uma nova aposta com o sistema selecionando os outros 50 números não registrados no jogo original (Aposta-Espelho).

O preço da aposta é único e custa apenas R$ 1,50. Os sorteios são realizados às quartas-feiras e aos sábados, às 20h. O prêmio bruto corresponde a 46% da arrecadação, já computado o adicional destinado ao Ministério do Esporte. Dessa porcentagem são distribuídos:

• 28% entre os acertadores dos 20 números sorteados - 1ª faixa; • 16% entre os acertadores de 19 dos 20 números sorteados - 2ª faixa; • 16% entre os acertadores de 18 dos 20 números sorteados - 3ª faixa; • 7% entre os acertadores de 17 dos 20 números sorteados - 4ª faixa; • 7% entre os acertadores de 16 dos 20 números sorteados - 5ª faixa; • 8% entre os acertadores de nenhum dos 20 números sorteados - 6ª faixa; • 18% ficam acumulados para a primeira faixa (20 acertos) do concurso especial da

Lotomania de Páscoa.

Não existindo aposta premiada na 6ª faixa (0 acerto), o prêmio acumula para o concurso subseqüente, na 1ª faixa de premiação (20 acertos). Nas demais faixas, o prêmio acumula na respectiva faixa de premiação.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

QUINA Na Quina, você aposta em 5, 6 ou 7 números, entre os 80 disponíveis, e concorre a prêmios de valores grandiosos. São 6 sorteios semanais: de segunda-feira a sábado, às 20h, e você ganha se acertar 3, 4 ou 5 números. Fique tranquilo que o sistema escolhe os números para você (Surpresinha), e/ou você também pode concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos (Teimosinha). Importante observar que na Quina, em cada aposta premiada, será pago apenas uma faixa de premiação, ou seja, a de maior quantidade de acerto O Bolão CAIXA é a possibilidade que o apostador tem de realizar apostas e dividir com seus amigos ou familiares em várias cotas/frações, bastando preencher o campo próprio no volante ou solicitar diretamente ao atendente da lotérica. Tudo com muita segurança e garantia de recebimento do prêmio, no caso de aposta premiada. No caso da Quina, os bolões têm preço mínimo de R$ 10,00, cada cota não pode ser inferior a R$ 3,00, sendo possível realizar um bolão de no mínimo 2 e no máximo 25 cotas. Você também pode comprar cotas de bolões organizados pelas Unidades Lotéricas. Neste caso poderá ser cobrada uma Tarifa de Serviço adicional de até 35% do valor da cota. O preço da aposta com 5 números é de R$ 0,75, mas você pode pagar R$ 3,00 e concorrer com 6 números ou pagar R$ 7,50 e concorrer com 7 números. Aumente as suas chances de ganhar! O valor destinado ao pagamento dos prêmios de concursos regulares tem a seguinte distribuição: • 35% rateados entre as apostas que contiverem 5 prognósticos certos - quina; • 25% rateados entre as apostas que contiverem 4 prognósticos certos - quadra; • 25% rateados entre as apostas que contiverem 3 prognósticos certos - terno. • 15% ficam acumulados para a 1ª faixa - quina - do concurso especial do dia 24 de junho de cada

ano. O valor destinado ao pagamento dos prêmios do concurso especial do dia 24 de junho, de cada ano, chamado de Quina de São João, tem a seguinte distribuição: • 50% rateados entre as apostas que contiverem 5 prognósticos certos - quina; • 25% rateados entre as apostas que contiverem 4 prognósticos certos - quadra; • 25% rateados entre as apostas que contiverem 3 prognósticos certos - terno.

1ª faixa de premiação - quina - no concurso especial, tem a seguinte composição:

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• 50% do valor destinado a prêmios; • total acumulado para o concurso especial do dia 24 de junho; • total acumulado do concurso anterior, quando houver.

Acumulação: Não existindo aposta premiada, em concurso regular, na 1ª, 2ª ou 3ª faixa(s), o(s) valor(es) acumula(m) para o concurso seguinte, na 1ª faixa de premiação. No concurso especial do dia 24 de junho de cada ano, a regra de acumulação segue o seguinte critério: • não existindo aposta premiada na 1ª faixa - quina, este valor será somado ao valor da 2ª faixa e

rateado entre as apostas que contiverem 4 prognósticos certos - quadra; • não existindo apostas premiadas na 1ª faixa - quina e na 2ª faixa - quadra, os valores destinados

a prêmios para estas faixas serão somados ao valor da 3ª faixa, e rateados entre as apostas que contiverem 3 prognósticos certos - terno;

• não existindo apostas premiadas em quaisquer faixas de premiação, os valores acumulam para o concurso seguinte, na 1ª faixa de premiação.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao tesouro nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

Concurso Especial

O Concurso Especial da Quina tem a denominação comercial QUINA DE SÃO JOÃO e é realizado sempre dia 24 de junho de cada ano civil, exceto quando a data cair no domingo. O Concurso Especial da Quina obedecerá as seguintes regras:

• Distribuição do valor destinado ao pagamento dos prêmios • 1ª faixa - 50% rateados entre as apostas que contiverem 5 prognósticos certos - quina; • 2ª faixa - 25% rateados entre as apostas que contiverem 4 prognósticos certos - quadra; • 3ª faixa - 25% rateados entre as apostas que contiverem 3 prognósticos certos - terno. • Composição da primeira faixa de premiação: • 50% do valor destinado a prêmios; • Total acumulado para o concurso especial do dia 24 de junho; • Total acumulado do concurso anterior, quando houver. • Critério de acumulação: • Não existindo aposta premiada na 1ª faixa - quina, este valor será somado ao valor da 2ª faixa e

rateado entre as apostas que contiverem 4 prognósticos certos - quadra. • Não existindo apostas premiadas na 1ª faixa - quina e na 2ª faixa - quadra, os valores destinados

a prêmios para estas faixas serão somados ao valor da 3ª faixa, e rateados entre as apostas que contiverem 3 prognósticos certos - terno.

• Não existindo apostas premiadas nas três faixas de premiação, os valores acumulam para o concurso seguinte, na 1ª faixa de premiação.

LOTECA

A Loteca é a loteria ideal para você que entende de futebol e adora dar palpites sobre os resultados das partidas. Para apostar, você deve marcar o seu palpite para cada um dos 14 jogos do concurso, assinalando uma das três colunas, duas delas (duplo) ou três (triplo). Os clubes participantes estão impressos nos bilhetes emitidos pelo terminal.

A aposta mínima é de R$ 1,00 e dá direito a um duplo. Quanto mais duplos e triplos marcar, maior é o preço da aposta e maiores são as suas chances de ganhar.

O Bolão CAIXA é a possibilidade que o apostador tem de realizar apostas e dividir com seus amigos ou familiares em várias cotas/frações, bastando preencher o campo próprio no volante ou solicitar diretamente ao atendente da lotérica. Tudo com muita segurança e garantia de recebimento do prêmio, no caso de aposta premiada

No caso da Loteca, os bolões têm preço mínimo de R$ 10,00, cada cota não pode ser inferior a R$ 2,00, sendo possível realizar um bolão de no mínimo 2 e no máximo 50 cotas.

Você também pode comprar cotas de bolões organizados pelas Unidades Lotéricas. Neste caso poderá ser cobrada uma Tarifa de Serviço adicional de até 35% do valor da cota.

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O prêmio bruto corresponde a 40% da arrecadação, já computado o adicional destinado ao Ministério do Esporte. Dessa porcentagem:

• 70% vão para os acertadores dos 14 jogos; • 15%, para os acertadores dos 13 jogos; • Os 15% restantes são distribuídos entre os acertadores dos 14 jogos nos concursos de final 0 ou

5.

Não havendo acertador em qualquer faixa de premiação, o valor acumula para o concurso seguinte, na primeira faixa de premiação. Não deixe de conferir o seu bilhete de aposta. Você tem até 90 dias para buscar o seu prêmio.

Os concursos da Loteca são realizados semanalmente e os resultados, divulgados no início de cada semana. Se algum jogo não for realizado no período programado, por motivo de antecipação, adiamento ou cancelamento, o resultado da partida (para fins do concurso da Loteca) será definido por sorteio.

DUPLA SENA

Na Dupla Sena, com o mesmo bilhete, você tem 2 chances de ganhar. Você escolhe de 6 a 15 números, entre os 50 disponíveis no volante, e participa de 2 sorteios por concurso. Você ganha se acertar 4, 5 ou 6 números no primeiro ou no segundo sorteio.

Você pode deixar, ainda, que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) e/ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos (Teimosinha).

O Bolão CAIXA é a possibilidade que o apostador tem de realizar apostas e dividir com seus amigos ou familiares em várias cotas/frações, bastando preencher o campo próprio no volante ou solicitar diretamente ao atendente da lotérica. Tudo com muita segurança e garantia de recebimento do prêmio, no caso de aposta premiada.

No caso da Dupla Sena, os bolões têm preço mínimo de R$ 10,00, cada cota não pode ser inferior a R$ 2,00 e ainda é possível realizar um bolão de no mínino 2 e no máximo 50 cotas.

Você também pode comprar cotas de bolões organizados pelas Unidades Lotéricas. Neste caso poderá ser cobrada uma Tarifa de Serviço adicional de até 35% do valor da cota.

A aposta mínima, em 6 números, custa apenas R$ 1,00. Quanto mais números jogar, maior é o preço da aposta e maiores as suas chances de ganhar.

A Dupla Sena é sorteada às terças e sextas, sempre às 20h.

O prêmio bruto corresponde a 46% da arrecadação, já computado o adicional destinado ao Ministério do Esporte. Dessa porcentagem, são distribuídos:

• 30% entre os acertadores dos 6 números sorteados (Sena) no primeiro sorteio; • 15% entre os acertadores de 5 números (Quina) no primeiro sorteio; • 10% entre os acertadores de 4 números (Quadra) no primeiro sorteio; • 20% entre os acertadores de 6 números sorteados (Sena) no segundo sorteio; • 15% entre os acertadores de 5 números (Quina) no segundo sorteio; • 10% entre os acertadores de 4 números (Quadra) no segundo sorteio.

Não havendo acertador em qualquer faixa de premiação, o valor acumula para o concurso seguinte, na primeira faixa do primeiro sorteio. Não deixe de conferir o seu bilhete de aposta.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao tesouro nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

INSTANTÂNEA Na Loteria Instantânea, você compra o bilhete, raspa os campos encobertos, revelando as combinações de números ou símbolos gravados, e sabe NA HORA se foi premiado.

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São milhares de prêmios para você! Os prêmios, o preço e a quantidade de bilhetes variam de acordo com a emissão e estão impressos no verso de cada bilhete. PAGAMENTO DOS PRÊMIOS - O pagamento do prêmio é efetuado ao portador do bilhete premiado após a sua validação pelo equipamento on-line de captação de apostas, o qual verifica a autenticidade, o valor do prêmio e se está dentro do prazo de pagamento. - Os prêmios são pagos pela Rede de Casas Lotéricas até o limite de R$ 1.710,78 e em qualquer Agência da CAIXA, independentemente do valor. - Os prêmios em bens são pagos exclusivamente nas Agências da CAIXA. - Os prêmios prescrevem em 90 dias, contados a partir do anúncio do encerramento da emissão. Vencido este prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no Programa de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES). BILHETES COM PREMIAÇÃO EM BENS (IMÓVEL, CARRO E MOTO) - Os bilhetes das emissões que oferecem premiação em bens apresentam duas ou mais áreas raspáveis distintas e possuem dois ou mais códigos de barras para validação dos prêmios. - O Bilhete premiado com um bem também contará com premiação em espécie (validação em códigos de barras distintos). - O prêmio principal em bens não será pago diretamente ao ganhador. No pagamento do prêmio em bens, o apostador receberá um Documento de Crédito com validade de até 180 dias para compra do respectivo bem. Após o período de validade o ganhador perde o direito ao valor do crédito. - O pagamento do valor da premiação em bens será realizado diretamente ao fornecedor do bem e ocorrerá mediante a apresentação da documentação que comprova sua compra até o prazo de 180 dias, estabelecido no documento de crédito entregue ao ganhador. - O valor do bem adquirido pelo ganhador deve ser, no mínimo, igual ao valor prêmio destinado à compra. - Caso o valor do bem ultrapasse o valor do documento de crédito, caberá ao ganhador a complementação com recursos próprios. IMÓVEL + CARRO - Somente é permitida a utilização do valor do prêmio de loteria instantânea para aquisição de UM imóvel urbano residencial, novo ou usado, devidamente regularizado e provido de Habite-se e UM carro zero km de fabricação nacional. - Caso o valor do imóvel ou do carro seja maior do que Documento de Crédito de cada bem, o beneficiário poderá complementar com recursos próprios, utilizar financiamento habitacional e FGTS, para composição do valor, no caso do imóvel, e utilizar financiamento para composição do valor, no caso de carro, respeitando todas as normas vigentes para estas operações. - Para efeitos de composição do valor total do bem (carro), poderão ser considerados os valores de acessórios para a composição do valor total do Documento de Crédito, até o valor total da premiação, desde que adquiridos no mesmo fornecedor do carro e discriminados individualmente em nota fiscal. - Os acessórios devem ser pertencentes e destinados exclusivamente ao carro adquirido, como por exemplo: alarmes, som automotivo, pintura metálica, ar condicionado, direção hidráulica, etc., no caso de carros. IMÓVEL - Somente é permitida a utilização do valor do prêmio de loteria instantânea para aquisição de imóvel urbano residencial, novo ou usado, devidamente regularizado e provido de habite-se. CARRO - Somente é permitida a utilização do valor do prêmio de loteria instantânea para aquisição de carro zero km de fabricação nacional. - No caso de automóveis, a compra cujo valor de nota seja inferior ao documento de crédito é permitida desde que o ganhador acrescente acessórios, destinados exclusivamente ao veículo, até que o valor total da premiação seja atingido. - Os acessórios necessariamente devem ser adquiridos com o mesmo fornecedor e discriminados individualmente na mesma nota fiscal. MOTOCICLETA

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- Somente é permitida a utilização do valor do prêmio de loteria instantânea para aquisição de motocicleta nova, zero km, de fabricação nacional. - No caso de motocicletas, a compra cujo valor de nota seja inferior ao documento de crédito é permitida desde que o ganhador acrescente acessórios destinados à moto ou à segurança (capacete, luvas, jaquetas e calças de proteção), até que o valor total da premiação seja atingido. - Os acessórios necessariamente devem ser adquiridos com o mesmo fornecedor e discriminados individualmente. ELETRÔNICOS - Somente é permitida a utilização do valor do prêmio de loteria instantânea para aquisição de Smartphone/celular e/ou Notebook e/ou Tablet e/ou Computador novo(s). - Para efeitos de composição do valor total do(s) bem(ns) (Smartphone/celular e/ou Notebook e/ou Tablet e/ou Computador), poderão ser considerados os valores de acessórios para a composição do valor total do Documento de Crédito, até o valor total da premiação, desde que adquiridos no mesmo fornecedor e discriminados individualmente em nota fiscal. - Os acessórios devem ser pertencentes e destinados exclusivamente ao eletrônico adquirido, como por exemplo: carregadores, capas, cabos conectores, pen-drive, memória, chip, etc. - Caso o valor do(s) eletrônico(s) seja maior do que Documento de Crédito, o comprador poderá complementar com recursos próprios e utilizar financiamento para composição do valor, respeitando todas as normas vigentes para esta operação. Na Instantânea é fácil: Raspou, achou, ganhou! LOTOGOL No Lotogol, seu palpite pode valer uma bolada. Para apostar, você deve marcar no volante o número de gols de cada time de futebol participante dos 5 jogos do concurso. Você pode assinalar 0, 1, 2, 3 ou mais gols (essa opção está representada pelo sinal +). Os clubes participantes estão impressos nos bilhetes emitidos pelo terminal. O preço da aposta é de R$ 0, 50, mas você pode pagar R$ 1,00 e concorrer com 2 apostas iguais ou pagar R$ 2,00 e concorrer com 4 apostas iguais. Aumente as suas chances de ganhar. O prêmio bruto corresponde a 40% da arrecadação, já computado o adicional destinado ao Ministério do Esporte. Dessa porcentagem, são distribuídos: • 40% entre os acertadores dos placares dos 5 jogos; • 30% entre os acertadores de 4 placares; • 30% entre os acertadores de 3 placares.

Não havendo acertador em qualquer faixa de premiação, o valor acumula para o concurso seguinte, na respectiva faixa de premiação. Não deixe de conferir o seu bilhete de aposta. Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao tesouro nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior. Os concursos do Lotogol são realizados semanalmente e os resultados, divulgados no início de cada semana. Se algum jogo não for realizado no período programado, por motivo de antecipação, adiamento ou cancelamento, o resultado da partida (para fins do concurso do Lotogol) será definido por sorteio. TIMEMANIA

Na Timemania, seu palpite vale uma bolada. Ao todo são oitenta números e oitenta clubes de futebol, você escolhe dez números e um Time do Coração. Você pode deixar ainda que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) e/ou continuar com o seu jogo por 2 ou 4 concursos consecutivos (Teimosinha). Os sorteios da Timemania serão realizados nas terças, quintas e sábados, a partir das 20:00h.

Se você tiver de três a sete acertos dos 7 números sorteados, ganha. Se acertar o Time do Coração, também ganha. O valor da aposta é R$ 2,00 e o prêmio bruto corresponde a 46% da arrecadação. Dessa porcentagem, será deduzido o pagamento dos prêmios com valores fixos:

• R$ 5,00 para as apostas com o Time do Coração sorteado. • R$ 2,00 para as apostas com 3 números sorteados; • R$ 6,00 para as apostas com 4 números sorteados;

Somente após a apuração dos ganhadores dos prêmios com valores fixos, o valore restante do total destinado à premiação será distribuído para as demais faixas de prêmio com os seguintes percentuais:

• 50% para os acertadores dos sete números;

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• 20% entre os acertadores dos seis números; • 20% para os acertadores de cinco números; • 10% restantes são acumulados e distribuídos aos acertadores dos 7 números nos concursos de

final 0 ou 5.

Não havendo acertador, o prêmio acumula para o concurso seguinte, na faixa de prêmios com 7 acertos. Não deixe de conferir seu bilhete de aposta.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao tesouro nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

FEDERAL Com a Loteria Federal é muito mais fácil ganhar. Você tem diversas chances de acertar o prêmio principal, e também pode ganhar, se acertar: - Um dos cinco prêmios principais; - A milhar, a centena, e a dezena de qualquer um dos números sorteados nos cinco prêmios principais; - Bilhetes cujos números contenham a dezena final idêntica a umas das 3 (três) dezenas anteriores ou das 3 (três) dezenas posteriores à dezena do número sorteado para o 1º prêmio, excetuando-se os premiados pela aproximação anterior e posterior. - A unidade do primeiro prêmio. Os sorteios das extrações são realizados nas quartas e sábados com prêmios principais de R$ 250 mil e R$ 500 mil nas duas séries, respectivamente. Todo mês, você também pode concorrer a R$ 1 Milhão no prêmio principal, apostando na MILIONÁRIA FEDERAL. O bilhete pode ser adquirido inteiro ou em fração - cada bilhete possui 10 frações e a premiação é proporcional ao que você adquire. Prescrição do prêmio: 90 dias. FUNDO DE FINANCIAMENTO ESTUDANTIL (FIES) O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) é um programa do Ministério da Educação (MEC) destinado à concessão de financiamento a estudantes regularmente matriculados em cursos superiores presenciais não gratuitos e com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo MEC. Podem solicitar o financiamento os estudantes de cursos presenciais de graduação não gratuitos com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), oferecidos por instituições de ensino superior participantes do Programa, e que atendam as demais exigência estabelecidas nas normas do FIES para essa finalidade.

É vedada a inscrição no FIES a estudante:

• cuja matrícula acadêmica esteja em situação de trancamento geral de disciplinas no momento da inscrição;

• que já tenha sido beneficiado com financiamento do FIES; • inadimplente com o Programa de Crédito Educativo (PCE/CREDUC); • cujo percentual de comprometimento da renda familiar mensal bruta per capita seja inferior a

20% (vinte por cento); • cuja renda familiar mensal bruta seja superior a 20 (vinte) salários mínimos.

Os estudantes que concluíram o ensino médio a partir do ano letivo de 2010 e queiram solicitar o FIES, deverão ter realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2010 ou ano posterior.

Estarão isentos da exigência do ENEM os professores da rede pública de ensino, no efetivo exercício do magistério da educação básica, integrantes do quadro de pessoal permanente de instituição pública, regularmente matriculados em cursos de licenciatura, normal superior ou pedagogia. Para tanto, será exigido, mediante apresentação à CPSA, o original de declaração ou documento equivalente, expedido, conforme o caso, pela Secretaria de Educação do Estado, do Distrito Federal, do Município ou por escola

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federal, comprovando a condição de professor do quadro de pessoal permanente da rede pública de ensino da educação básica, em efetivo exercício do magistério.

Os estudantes que por ocasião da inscrição ao FIES informarem data de conclusão do ensino médio anterior ao ano de 2010, deverão comprovar essa condição perante à CPSA, apresentando diploma, certificado ou documento equivalente de conclusão do ensino médio expedido pela instituição de ensino competente.

Poderão ser financiados os cursos de graduação com conceito maior ou igual a 03 (três) no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), das instituições de ensino superior participantes do FIES.

Os cursos que ainda não possuam avaliação no SINAES e que estejam autorizados para funcionamento, segundo cadastro do MEC, poderão participar do Programa.

Atenção! Algumas mantenedoras de Instituição de Ensino Superior fazem a adesão ao FIES com limite financeiro que, na medida em que os estudantes finalizam suas inscrições no SisFIES, vai sendo reduzido proporcionalmente até chegar ao ponto em que se esgota e novas inscrições não são mais aceitas. A conclusão da inscrição, portanto, fica condicionada à disponibilidade do referido recurso, que pode, a critério da mantenedora, ser alterado a qualquer momento.

A taxa efetiva de juros do FIES é de 3,4% ao ano para todos os cursos.

As inscrições são feitas através do Sistema Informatizado do FIES (SisFIES), disponível para acesso neste sítio. O estudante poderá fazer a inscrição em qualquer período do ano, de janeiro a junho, para o financiamento relativo ao 1º semestre, e de julho a dezembro, para o financiamento relativo ao 2º semestre do ano.

Confira o passo a passo para solicitar o financiamento:

1º Passo: Inscrição no SisFIES

O primeiro passo para efetuar a inscrição é acessar o SisFIES e informar os dados solicitados. No primeiro acesso, o estudante informará seu número de Cadastro de Pessoa Física (CPF), sua data de nascimento, um endereço de e–mail válido e cadastrará uma senha que será utilizada sempre que o estudante acessar o sistema. Após informar os dados solicitados, o estudante receberá uma mensagem no endereço de e–mail informado para validação do seu cadastro. A partir daí, o estudante acessará o SisFIES e fará sua inscrição informando seus dados pessoais, do seu curso e instituição e as informações sobre o financiamento solicitado.

2º Passo: Validação das informações

Após concluir sua inscrição no SisFIES, o estudante deverá validar suas informações na Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA), em sua instituição de ensino, em até 10 (dez) dias, contados a partir do dia imediatamente posterior ao da conclusão da sua inscrição.

3º Passo: Contratação do financiamento

Após a validação das informações, e de posse do Documento de Regularidade de Inscrição (DRI), o estudante deverá comparecer ao Agente Financeiro do FIES em até 10 (dez) dias, contados a partir do terceiro dia útil imediatamente subseqüente à data da validação da inscrição pela CPSA, para formalizar a contratação do financiamento.

A contratação do financiamento deverá ocorrer em agência bancária do Agente Financeiro credenciado pelo FIES, sediada no mesmo domicílio residencial ou acadêmico do estudante. Na hipótese da inexistência de agência bancária nesses domicílios, é permitida a contratação do financiamento em agência bancária sediada em localidade de livre escolha do estudante.

O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal são os atuais Agentes Financeiros do Programa.

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Atenção! Os prazos para validação da documentação na CPSA e para comparecimento na instituição bancária começam a contar a partir da conclusão da inscrição no SisFIES e da validação da inscrição na CPSA, respectivamente, e não serão interrompidos nos finais de semana ou feriados.

A Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA) é responsável pela validação das informações prestadas pelo estudante no ato da inscrição, bem como dar início ao processo de aditamento de renovação dos contratos de financiamento.

Cada local de oferta de cursos da instituição de ensino participante do FIES deverá constituir uma Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA). A Comissão será composta por cinco membros, sendo dois representantes da instituição de ensino, dois representantes da entidade máxima de representação estudantil da instituição de ensino e um representante do corpo docente da instituição de ensino.

Os representantes da Comissão deverão integrar o corpo docente, discente e administrativo do local de oferta de cursos. Caso não exista entidade representativa dos estudantes no local de oferta de cursos, os representantes estudantis serão escolhidos pelo corpo discente da instituição

Após concluir sua inscrição no SisFIES, o estudante deverá procurar a Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA) em sua instituição de ensino e validar as informações prestadas. Documentos necessários: - Identificação; - Comprovantes de residência e conclusão do ensino médio; - Comprovantes de rendimentos. É vedado à CPSA efetuar a validação das informações prestadas pelo estudante no módulo de inscrição do SisFIES, bem como da documentação por este apresentada para habilitação ao financiamento estudantil, em curso para o qual não tenha sido confirmada a formação da respectiva turma na IES.

Para efetuar a contratação do financiamento deverão ser apresentados os documentos (originais e fotocópias) à instituição financeira:

Documentos do aluno:

• Documento de Regularidade de Inscrição (DRI) emitido pela Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento do FIES (CPSA);

• Termo de concessão ou de atualização do usufruto de bolsa parcial do ProUni, quando for o caso;

• Documento de identificação; • CPF próprio e, se menor de 18 anos de idade não emancipado, CPF do seu representante legal; • Certidão de casamento, CPF e documento de identificação do cônjuge, se for o caso; • Comprovante de residência.

Documentos do fiador (no caso da opção por fiança convencional ou fiança solidária):

• Documento de identificação; • CPF; • Certidão de casamento; • CPF e documento de identificação do cônjuge, se for o caso; • Comprovante de residência; • Comprovante de rendimentos, salvo no caso de fiança solidária.

O percentual mínimo de financiamento pelo FIES é de 50% (cinqüenta por cento) do valor dos encargos educacionais cobrados do estudante por parte da instituição de ensino.

Percentual máximo de financiamento pelo FIES.

I – Para estudantes com renda familiar mensal bruta de até 10 (dez) salários mínimos:

• a) até 100% (cem por cento) de financiamento, quando o percentual do comprometimento da renda familiar mensal bruta per capita com os encargos educacionais for igual ou superior a 60% (sessenta por cento);

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• b) até 75% (setenta e cinco por cento) de financiamento, quando o percentual do comprometimento da renda familiar mensal bruta per capita com os encargos educacionais for igual ou superior a 40% (quarenta por cento) e menor de 60% (sessenta por cento);

• c) até 50% (cinquenta por cento) de financiamento, quando o percentual do comprometimento da renda familiar mensal bruta per capita com os encargos educacionais for igual ou superior a 20% (vinte por cento) e menor de 40% (quarenta por cento).

II – Para estudantes com renda familiar mensal bruta maior de 10 (dez) salários mínimos e menor ou igual a 15 (quinze) salários mínimos:

• a) até 75% (setenta e cinco por cento) de financiamento, quando o percentual do comprometimento da renda familiar mensal bruta per capita com os encargos educacionais for igual ou superior a 40% (quarenta por cento);

• b) de 50% (cinqüenta por cento) de financiamento, quando o percentual do comprometimento da renda familiar mensal bruta per capita com os encargos educacionais for igual ou superior a 20% (vinte por cento) e menor de 40% (quarenta por cento).

III – Para estudantes com renda familiar mensal bruta maior de 15 (quinze) salários mínimos e menor ou igual a 20 (vinte) salários mínimos:

• a) de 50% (cinqüenta por cento) de financiamento, quando o percentual do comprometimento da renda familiar mensal bruta per capita com os encargos educacionais for igual ou superior a 20% (vinte por cento).

O estudante matriculado em curso de licenciatura ou bolsista parcial do ProUni que solicitar o financiamento para o mesmo curso no qual é beneficiário da bolsa poderá financiar até 100% (cem por cento) dos encargos educacionais cobrados do estudante pela IES.

Para calcular o percentual de comprometimento da renda é necessário primeiro dividir por 6 (seis) o valor da semestralidade com desconto, obtendo assim o valor da mensalidade com desconto. Dividindo o valor da mensalidade com desconto pela renda familiar mensal bruta per capita e multiplicando esse resultado por 100 (cem), obtemos o percentual de comprometimento.

Exemplo:

• Semestralidade com desconto: R$ 3.600,00 • Mensalidade com desconto: R$ 600,00 (R$ 3.600,00 ÷ 6) • Renda familiar mensal bruta per capita: R$ 1.000,00 • Percentual de comprometimento: 60% [(R$ 600,00 ÷ R$ 1.000,00) * 100]

Caso a contratação do financiamento aconteça no decorrer do semestre, a instituição de ensino deverá ressarcir ao estudante financiado o valor referente aos repasses recebidos de parcelas da semestralidade já pagas pelo estudante. Garantias

Para contratação do financiamento é exigida a apresentação de fiador. Existem dois tipos de fiança: a fiança convencional e a fiança solidária.

Ficam dispensados da exigência de fiador os alunos bolsistas parciais do ProUni, os alunos matriculados em cursos de licenciatura e os alunos que tenham renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio e que tenham optado pelo Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (FGEDUC).

Fiança convencional

A fiança convencional é aquela prestada por até dois fiadores apresentados pelo estudante ao Agente Financeiro, observadas as seguintes condições: no caso de estudante beneficiário de bolsa parcial do ProUni, o(s) fiador(es) deverá(ão) possuir renda mensal bruta conjunta pelo menos igual à parcela mensal da semestralidade, observados os descontos regulares e de caráter coletivo oferecidos pela IES, inclusive aqueles concedidos em virtude de pagamento pontual. Nos demais casos, o(s) fiador(es) deverá(ão) possuir renda mensal bruta conjunta pelo menos igual ao dobro da parcela mensal da semestralidade.

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Fiança solidária

A fiança solidária constitui–se na garantia oferecida reciprocamente por estudantes financiados pelo FIES reunidos em grupo de três a cinco participantes, em que cada um deles se compromete como fiador solidário da totalidade dos valores devidos individualmente pelos demais.

O grupo de fiadores solidários deve ser constituído no Agente Financeiro (instituição bancária) no ato da contratação do financiamento por parte dos estudantes. Cada estudante poderá participar de apenas um grupo de fiadores solidários, sendo vedado aos membros do grupo o oferecimento de outro tipo de fiança a qualquer estudante financiado pelo FIES.

Para a constituição do grupo da fiança solidária, não será exigida comprovação de rendimentos dos membros do grupo. Os membros do grupo de fiadores solidários devem obrigatoriamente ser estudantes da mesma instituição de ensino, matriculados no mesmo local de oferta de cursos.

Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (FGEDUC)?

O Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (FGEDUC) é uma opção para os estudantes que desejam financiar cursos superiores não gratuitos e tenham dificuldade em apresentar fiador.

Podem recorrer ao Fundo:

• Estudante matriculado em cursos de licenciatura; • Estudante com renda familiar mensal per capita de até um salário mínimo e meio; • Bolsista parcial do Programa Universidade para Todos (ProUni) que opte por inscrição no FIES

no mesmo curso em que é beneficiário da bolsa.

Para recorrer ao Fundo, o estudante deverá, no momento da inscrição, optar por essa modalidade verificando se a instituição na qual pretende ingressar aderiu à iniciativa, já que a adesão das instituições participantes do FIES ao Fundo é voluntária.

Dilatação de prazo de utilização do financiamento A dilatação é o aumento do prazo de utilização do financiamento por até 2 (dois) semestres consecutivos, caso o estudante não tenha concluído o curso até o último semestre do financiamento. A solicitação de dilatação do prazo de utilização do financiamento será realizada pelo estudante, por meio do Sistema Informatizado do FIES (SisFIES), no período compreendido entre o primeiro dia do último mês do semestre de encerramento do curso e o último dia do primeiro trimestre do semestre de referência da dilatação. Após a solicitação no sistema, o pedido precisa ser validado pela Comissão Permanente de Supervisão e Avaliação (CPSA) da instituição de ensino superior em até 5 (cinco) dias e, em seguida, o estudante deverá efetuar o aditamento de renovação do financiamento para o semestre dilatado. Durante o período de dilatação do financiamento, a realização de transferência somente poderá ocorrer quando destinar–se à mudança de instituição de ensino para conclusão do curso financiado e desde que a quantidade de semestres a cursar na instituição de destino não ultrapasse o prazo máximo permitido para dilatação.

Conheça as fases de pagamento do FIES:

Fase de utilização: Durante o período de duração do curso, o estudante pagará, a cada três meses, o valor máximo de R$ 50,00, referente ao pagamento de juros incidentes sobre o financiamento.

Fase de carência: Após a conclusão do curso, o estudante terá 18 meses de carência para recompor seu orçamento. Nesse período, o estudante pagará, a cada três meses, o valor máximo de R$ 50,00, referente ao pagamento de juros incidentes sobre o financiamento.

Fase de amortização: Encerrado o período de carência, o saldo devedor do estudante será parcelado em até três vezes o período financiado do curso, acrescido de 12 meses.

Exemplo:

Um estudante que financiou todo o curso com duração de 4 anos:

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• Durante o curso: Pagamento trimestral de até R$ 50,00. • Carência: Nos 18 meses após a conclusão do curso, o estudante pagará, a cada três meses, o

valor máximo de R$ 50,00. • Amortização: Ao final da carência, o saldo devedor do estudante será dividido em até 13 anos [

3 x 4 anos (período financiado do curso) + 12 meses].

CORRESPONDENTES BANCÁRIOS Os correspondentes são empresas, integrantes ou não do Sistema Financeiro Nacional, contratadas por instituições financeiras e demais instituições autorizadas pelo Banco Central do Brasil para a prestação de serviços de atendimento aos clientes e usuários dessas instituições. Entre os correspondentes mais conhecidos encontram-se as lotéricas e o banco postal. A regulamentação permite aos correspondentes oferecer os serviços listados abaixo, desde que constantes do acordo com a instituição contratante.

a. recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à vista, a prazo e de poupança mantidas pela instituição contratante;

b. realização de recebimentos, pagamentos e transferências eletrônicas visando à movimentação de contas de depósitos de titularidade de clientes mantidas pela instituição contratante;

c. recebimentos e pagamentos de qualquer natureza, e outras atividades decorrentes de contratos e convênios de prestação de serviços mantidos pela instituição contratante com terceiros (água, luz, telefone, etc);

d. execução ativa e passiva de ordens de pagamento cursadas por intermédio da instituição contratante por solicitação de clientes e usuários;

e. recepção e encaminhamento de propostas referentes a operações de crédito e de arrendamento mercantil de concessão da instituição contratante;

f. recebimentos e pagamentos relacionados a letras de câmbio de aceite da instituição contratante;

g. recepção e encaminhamento de propostas de fornecimento de cartões de crédito de responsabilidade da instituição contratante;

h. serviços complementares de coleta de informações cadastrais e de documentação, bem como controle e processamento de dados;

i. realização de operações de câmbio de responsabilidade da instituição contratante, relativamente a:

i.1. compra e venda de moeda estrangeira em espécie, cheque ou cheque de viagem, bem como carga de moeda estrangeira em cartão pré-pago, limitadas ao valor equivalente a US$3 mil dólares dos Estados Unidos por operação;

i.2. execução ativa ou passiva de ordem de pagamento relativa a transferência unilateral do ou para o exterior limitada ao valor equivalente a US$ 3 mil dólares dos Estados Unidos por operação; e

i.3. recepção e encaminhamento de propostas de operações de câmbio.

O correspondente bancário não precisa de autorização do Bacen para ser contratado por uma instituição, mas a contratante precisa informar do fato ao Bacen.

RESOLUÇÃO Nº 3.954/2011 Altera e consolida as normas que dispõem sobre a contratação de correspondentes no País. O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, torna público que o Conselho Monetário Nacional, em sessão realizada em 24 de fevereiro de 2011, com base nos arts. 3º, inciso V, 4º, incisos VI, VIII e XXXI, da referida Lei, e art. 14 da Lei nº 4.728, de 14 de julho de 1965, R E S O L V E U : Art. 1º As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil devem observar as disposições desta resolução como condição para a contratação de correspondentes no País, visando à prestação de serviços, pelo contratado, de atividades de atendimento a clientes e usuários da instituição contratante.

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Parágrafo único. A prestação de serviços de que trata esta resolução somente pode ser contratada com correspondente no País. Art. 2º O correspondente atua por conta e sob as diretrizes da instituição contratante, que assume inteira responsabilidade pelo atendimento prestado aos clientes e usuários por meio do contratado, à qual cabe garantir a integridade, a confiabilidade, a segurança e o sigilo das transações realizadas por meio do contratado, bem como o cumprimento da legislação e da regulamentação relativa a essas transações. Art. 3º Somente podem ser contratados, na qualidade de correspondente, as sociedades, os empresários, as associações definidos na Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), os prestadores de serviços notariais e de registro de que trata a Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994, e as empresas públicas. (Redação dada pela Resolução nº 3.959, de 31/3/2011.) § 1º A contratação, como correspondente, de instituições financeiras e demais instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional (SFN), deve observar o disposto no art. 18 desta resolução. (Redação dada pela Resolução nº 3.959, de 31/3/2011.) § 2º É vedada a contratação, para o desempenho das atividades de atendimento definidas nos incisos I, II, IV e VI do art. 8º, de entidade cuja atividade principal seja a prestação de serviços de correspondente. (Redação dada pela Resolução nº 3.959, de 31/3/2011.) § 3º É vedada a contratação de correspondente cujo controle seja exercido por administrador da instituição contratante ou por administrador de entidade controladora da instituição contratante. (Redação dada pela Resolução nº 3.959, de 31/3/2011.) § 4º A vedação de que trata o § 3º não se aplica à hipótese em que o administrador seja também controlador da instituição contratante. (Incluído pela Resolução nº 3.959, de 31/3/2011.) Art. 4º A instituição contratante, para celebração ou renovação de contrato de correspondente, deve verificar a existência de fatos que, a seu critério, desabonem a entidade contratada ou seus administradores, estabelecendo medidas de caráter preventivo e corretivo a serem adotadas na hipótese de constatação, a qualquer tempo, desses fatos, abrangendo, inclusive, a suspensão do atendimento prestado ao público e o encerramento do contrato. Art. 4º-A A instituição contratante deve adotar política de remuneração dos contratados compatível com a política de gestão de riscos, de modo a não incentivar comportamentos que elevem a exposição ao risco acima dos níveis considerados prudentes nas estratégias de curto, médio e longo prazos adotadas pela instituição, tendo em conta, inclusive, a viabilidade econômica no caso das operações de crédito e de arrendamento mercantil cujas propostas sejam encaminhadas pelos correspondentes. (Incluído, a partir de 2/1/2012, pela Resolução nº 4.035, de 30/11/2011.) Parágrafo único. A política de remuneração de que trata o caput deve considerar qualquer forma de remuneração, inclusive adiantamentos por meio de operação de crédito, aquisição de recebíveis ou constituição de garantias, bem como o pagamento de despesas, a distribuição de prêmios, bonificações, promoções ou qualquer outra forma assemelhada. (Incluído, a partir de 2/1/2012, pela Resolução nº 4.035, de 30/11/2011.) Art. 5º Depende de prévia autorização do Banco Central do Brasil a celebração de contrato de correspondente com entidade não integrante do SFN cuja denominação ou nome fantasia empregue termos característicos das denominações das instituições do SFN, ou de expressões similares em vernáculo ou em idioma estrangeiro. Art. 6º Não é admitida a celebração de contrato de correspondente que configure contrato de franquia, nos termos da Lei nº 8.955, de 15 de dezembro de 1994, ou cujos efeitos sejam semelhantes no tocante aos direitos e obrigações das partes ou às formas empregadas para o atendimento ao público. Art. 7º Admite-se o substabelecimento do contrato de correspondente, em um único nível, desde que o contrato inicial preveja essa possibilidade e as condições para sua efetivação, entre as quais a anuência da instituição contratante. § 1º A instituição contratante, para anuir ao substabelecimento, deve assegurar o cumprimento das disposições desta resolução, inclusive quanto às entidades passíveis de contratação na forma do art. 3º. § 2º É vedado o substabelecimento do contrato no tocante às atividades de atendimento em operações de câmbio. CAPÍTULO II DO OBJETO DO CONTRATO DE CORRESPONDENTE Art. 8º O contrato de correspondente pode ter por objeto as seguintes atividades de atendimento, visando ao fornecimento de produtos e serviços de responsabilidade da instituição contratante a seus clientes e usuários: I - recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à vista, a prazo e de poupança mantidas pela instituição contratante; II - realização de recebimentos, pagamentos e transferências eletrônicas visando à movimentação de contas de depósitos de titularidade de clientes mantidas pela instituição contratante; III - recebimentos e pagamentos de qualquer natureza, e outras atividades decorrentes da execução de contratos e convênios de prestação de serviços mantidos pela instituição contratante com terceiros; IV - execução ativa e passiva de ordens de pagamento cursadas por intermédio da instituição contratante por solicitação de clientes e usuários;

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V - recepção e encaminhamento de propostas de operações de crédito e de arrendamento mercantil concedidas pela instituição contratante, bem como outros serviços prestados para o acompanhamento da operação; (Redação dada, a partir de 2/1/2014, pela Resolução nº 4.294, de 20/12/2013.) VI - recebimentos e pagamentos relacionados a letras de câmbio de aceite da instituição contratante; VII - (Revogado pela Resolução nº 3.959, de 31/3/2011.) VIII - recepção e encaminhamento de propostas de fornecimento de cartões de crédito de responsabilidade da instituição contratante; e IX - realização de operações de câmbio de responsabilidade da instituição contratante, observado o disposto no art. 9º. Parágrafo único. Pode ser incluída no contrato a prestação de serviços complementares de coleta de informações cadastrais e de documentação, bem como controle e processamento de dados. Art. 9º O atendimento prestado pelo correspondente em operações de câmbio deve ser contratualmente restrito às seguintes operações: I - compra e venda de moeda estrangeira em espécie, cheque ou cheque de viagem, bem como carga de moeda estrangeira em cartão pré-pago; (Redação dada, a partir de 2/1/2012, pela Resolução nº 4.035, de 30/11/2011.) II - execução ativa ou passiva de ordem de pagamento relativa a transferência unilateral do ou para o exterior; e III - recepção e encaminhamento de propostas de operações de câmbio. § 2º O contrato que inclua o atendimento nas operações de câmbio relacionadas nos incisos I e II do caput deve prever as seguintes condições: I - limitação ao valor de US$3.000,00 (três mil dólares dos Estados Unidos), ou seu equivalente em outras moedas, por operação; II - obrigatoriedade de entrega ao cliente de comprovante para cada operação de câmbio realizada, contendo a identificação das partes, a indicação da moeda estrangeira, da taxa de câmbio e dos valores em moeda estrangeira e em moeda nacional; e III - observância das disposições do Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Estrangeiros (RMCCI). CAPÍTULO III DAS CONDIÇÕES GERAIS DO CONTRATO DE CORRESPONDENTE Art. 10. O contrato de correspondente deve estabelecer: I - exigência de que o contratado mantenha relação formalizada mediante vínculo empregatício ou vínculo contratual de outra espécie com as pessoas naturais integrantes da sua equipe, envolvidas no atendimento a clientes e usuários; II - vedação à utilização, pelo contratado, de instalações cuja configuração arquitetônica, logomarca e placas indicativas sejam similares às adotadas pela instituição contratante em suas agências e postos de atendimento; III - divulgação ao público, pelo contratado, de sua condição de prestador de serviços à instituição contratante, identificada pelo nome com que é conhecida no mercado, com descrição dos produtos e serviços oferecidos e telefones dos serviços de atendimento e de ouvidoria da instituição contratante, por meio de painel visível mantido nos locais onde seja prestado atendimento aos clientes e usuários, e por outras formas caso necessário para esclarecimento do público; IV - realização de acertos financeiros entre a instituição contratante e o correspondente, no máximo, a cada dois dias úteis; V - utilização, pelo correspondente, exclusivamente de padrões, normas operacionais e tabelas definidas pela instituição contratante, inclusive na proposição ou aplicação de tarifas, taxas de juros, taxas de câmbio, cálculo de Custo Efetivo Total (CET) e quaisquer quantias auferidas ou devidas pelo cliente, inerentes aos produtos e serviços de fornecimento da instituição contratante; VI - vedação ao contratado de emitir, a seu favor, carnês ou títulos relativos às operações realizadas, ou cobrar por conta própria, a qualquer título, valor relacionado com os produtos e serviços de fornecimento da instituição contratante; VII - vedação à realização de adiantamento a cliente, pelo correspondente, por conta de recursos a serem liberados pela instituição contratante; VIII - vedação à prestação de garantia, inclusive coobrigação, pelo correspondente nas operações a que se refere o contrato; IX - realização, pelo contratado, de atendimento aos clientes e usuários relativo a demandas envolvendo esclarecimentos, obtenção de documentos, liberações, reclamações e outros referentes aos produtos e serviços fornecidos, as quais serão encaminhadas de imediato à instituição contratante, quando não forem resolvidas pelo correspondente; X - permissão de acesso do Banco Central do Brasil aos contratos firmados ao amparo desta resolução, à documentação e informações referentes aos produtos e serviços fornecidos, bem como às dependências do contratado e respectiva documentação relativa aos atos constitutivos, registros, cadastros e licenças requeridos pela legislação; XI - possibilidade de adoção de medidas pela instituição contratante, por sua iniciativa, nos termos do art. 4º, ou por determinação do Banco Central do Brasil; XII - observância do plano de controle de qualidade do atendimento, estabelecido pela instituição contratante nos termos do art. 14, § 1º, e das medidas administrativas nele previstas; e

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XIII - declaração de que o contratado tem pleno conhecimento de que a realização, por sua própria conta, das operações consideradas privativas das instituições financeiras ou de outras operações vedadas pela legislação vigente sujeita o infrator às penalidades previstas nas Leis nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, e nº 7.492, de 16 de junho de 1986. Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso VIII não se aplica às operações de financiamento e de arrendamento mercantil de bens e serviços fornecidos pelo próprio correspondente no exercício de atividade comercial integrante de seu objeto social. CAPÍTULO IV DO ENCAMINHAMENTO DE PROPOSTAS DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO E DE ARRENDAMENTO MERCANTIL Art. 11. O contrato de correspondente que incluir as atividades relativas a operações de crédito e de arrendamento mercantil, referidas no art. 8º, inciso V, deve prever, com relação a essas atividades: I - obrigatoriedade de, no atendimento prestado em operações de financiamento e de arrendamento mercantil referentes a bens e serviços fornecidos pelo próprio correspondente, apresentação aos clientes, durante o atendimento, dos planos oferecidos pela instituição contratante e pelas demais instituições financeiras para as quais preste serviços de correspondente; II - uso de crachá pelos integrantes da respectiva equipe que prestem atendimento nas operações de que trata o caput, expondo ao cliente ou usuário, de forma visível, a denominação do contratado, o nome da pessoa e seu número de registro no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF); III - envio, em anexo à documentação encaminhada à instituição contratante para decisão sobre aprovação da operação pleiteada, da identificação do integrante da equipe do correspondente, contendo o nome e o número do CPF, especificando: a) no caso de operações relativas a bens e serviços fornecidos pelo próprio correspondente, a identificação da pessoa certificada de acordo com as disposições do art. 12, § 1º, responsável pelo atendimento prestado; e b) nas demais operações, a identificação da pessoa certificada que procedeu ao atendimento do cliente; IV - liberação de recursos pela instituição contratante a favor do beneficiário, no caso de crédito pessoal, ou da empresa fornecedora, nos casos de financiamento ou arrendamento mercantil, podendo ser realizada pelo correspondente por conta e ordem da instituição contratante, desde que, diariamente, o valor total dos pagamentos realizados seja idêntico ao dos recursos recebidos da instituição contratante para tal fim; e V - pagamento de remuneração, da seguinte forma: a) na contratação da operação: pagamento à vista, relativo aos esforços desempenhados na captação do cliente quando da originação da operação; e b) ao longo da operação: pagamento pro rata temporis ao longo do prazo do contrato, relativo a outros serviços prestados após a originação. (Inciso V incluído, a partir de 2/1/2014, pela Resolução nº 4.294, de 20/12/2013.) § 1º Com relação ao disposto no inciso V, alínea "a", o valor pago na contratação da operação deve representar: I - no máximo 6% (seis por cento) do valor de operação de crédito encaminhada, repactuada ou renovada; ou II - no máximo 3% (três por cento) do valor de operação objeto de portabilidade. (Parágrafo 1º incluído, a partir de 2/1/2014, pela Resolução nº 4.294, de 20/12/2013.) § 2º O contrato de que trata o caput deve prever, ainda, que, no caso de liquidação antecipada da operação com recursos próprios do devedor ou com recursos transferidos por outra instituição, será cessado o pagamento da remuneração referida no inciso V, alínea "b".(Parágrafo 2º incluído, a partir de 2/1/2014, pela Resolução nº 4.294, de 20/12/2013.) Art. 12. O contrato deve prever, também, que os integrantes da equipe do correspondente, que prestem atendimento em operações de crédito e arrendamento mercantil, sejam considerados aptos em exame de certificação organizado por entidade de reconhecida capacidade técnica. § 1º No caso de correspondentes ao mesmo tempo fornecedores de bens e serviços financiados ou arrendados, admite-se a certificação de uma pessoa por ponto de atendimento, que se responsabilizará, perante a instituição contratante, pelo atendimento ali prestado aos clientes. § 2º A certificação de que trata este artigo deve ter por base processo de capacitação que aborde, no mínimo, os aspectos técnicos das operações, a regulamentação aplicável, o Código de Defesa do Consumidor (CDC), ética e ouvidoria. § 3º O correspondente deve manter cadastro dos integrantes da equipe referidos no caput permanentemente atualizado, contendo os dados sobre o respectivo processo de certificação, com acesso a consulta pela instituição contratante a qualquer tempo. Art. 12-A. A instituição contratante deve implementar sistemática de monitoramento e controle da viabilidade econômica da operação de crédito ou de arrendamento mercantil, cuja proposta seja encaminhada por correspondente, com a produção de relatórios gerenciais contemplando todas as receitas e despesas envolvidas, tais como custo de captação, taxa de juros e remuneração paga e devida ao correspondente sob qualquer forma, bem como prazo da operação, probabilidade de liquidação antecipada e de cessão. (Caput com redação dada, a partir de 2/1/2014, pela Resolução nº 4.294, de 20/12/2013.)

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§ 1º Para a apuração da viabilidade econômica, o valor presente das rendas da operação de crédito ou de arrendamento mercantil, bem como de sua repactuação ou renovação, considerada a possibilidade de sua liquidação antecipada ou inadimplência, deve ser superior ao valor presente do somatório da remuneração do correspondente com as demais despesas envolvidas. (Incluído, a partir de 2/1/2014, pela Resolução nº 4.294, de 20/12/2013.) § 2º Os relatórios gerenciais referidos no caput devem ficar à disposição do Banco Central do Brasil até cinco anos após o término da operação. (Incluído, a partir de 2/1/2014, pela Resolução nº 4.294, de 20/12/2013.) CAPÍTULO V DO CONTROLE DAS ATIVIDADES DO CORRESPONDENTE Art. 13. A instituição contratante deve colocar à disposição do correspondente e de sua equipe de atendimento documentação técnica adequada, bem como manter canal de comunicação permanente com objetivo de prestar esclarecimentos tempestivos à referida equipe sobre seus produtos e serviços e deve atender, conforme o art. 10, inciso IX, às demandas apresentadas pelos clientes e usuários ao contratado. Art. 14. A instituição contratante deve adequar o sistema de controles internos e a auditoria interna, com o objetivo de monitorar as atividades de atendimento ao público realizadas por intermédio de correspondentes, compatibilizando-os com o número de pontos de atendimento e com o volume e complexidade das operações realizadas. § 1º A instituição contratante deve estabelecer, com relação à atuação do correspondente, plano de controle de qualidade, levando em conta, entre outros fatores, as demandas e reclamações de clientes e usuários. § 2º O plano a que se refere o § 1º deve conter medidas administrativas a serem adotadas pela instituição contratante se verificadas irregularidades ou inobservância dos padrões estabelecidos, incluindo a possibilidade de suspensão do atendimento prestado ao público e o encerramento antecipado do contrato nos casos considerados graves pela instituição contratante. § 3º Fica o Banco Central do Brasil autorizado a estabelecer procedimentos a serem integrados aos controles de que trata este artigo, bem como, alternativa ou cumulativamente: I - determinar a adoção de controles e procedimentos adicionais, estabelecendo prazo para sua implementação, caso verifique a inadequação do controle que a contratante exerce sobre as atividades do correspondente; II - recomendar a suspensão do atendimento prestado ao público ou o encerramento do contrato, na forma do § 2º deste artigo; e/ou III - condicionar a contratação de novos correspondentes à prévia autorização do Banco Central do Brasil, que verificará o atendimento das medidas de que tratam os incisos I e II. CAPÍTULO VI DA DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES Art. 15. A instituição contratante deve manter, em página da internet acessível a todos os interessados, a relação atualizada de seus contratados, contendo as seguintes informações: I - razão social, nome fantasia, endereço da sede e o número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) de cada contratado; II - endereços dos pontos de atendimento ao público e respectivos nomes e números de inscrição no CNPJ; e III - atividades de atendimento, referidas no art. 8º, incluídas no contrato, especificadas por ponto de atendimento. Parágrafo único. A instituição contratante deve disponibilizar, inclusive por meio de telefone, informação sobre determinada entidade ser, ou não, correspondente e sobre os produtos e serviços para os quais está habilitada a prestar atendimento. Art. 16. A instituição contratante deve segregar as informações sobre demandas e reclamações recebidas pela instituição, nos respectivos serviços de atendimento e de ouvidoria, apresentadas por clientes e usuários atendidos por correspondentes. CAPÍTULO VII DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 17. É vedada a cobrança, pela instituição contratante, de clientes atendidos pelo correspondente, de tarifa, comissão, valores referentes a ressarcimento de serviços prestados por terceiros ou qualquer outra forma de remuneração, pelo fornecimento de produtos ou serviços de responsabilidade da referida instituição, ressalvadas as tarifas constantes da tabela adotada pela instituição contratante, de acordo com a Resolução nº 3.518, de 6 de dezembro de 2007, e com a Resolução nº 3.919, de 25 de novembro de 2010. Art. 17-A. É vedada a prestação de serviços por correspondente no recinto de dependências da instituição financeira contratante. (Incluído, a partir de 2/1/2012, pela Resolução nº 4.035, de 30/11/2011.) Parágrafo único. A vedação mencionada no caput aplica-se a partir de 1º de março de 2013. (Redação dada pela Resolução nº 4.145, de 27/9/2012.) Art. 18. Aplicam-se aos contratos de correspondente em que as partes sejam instituições financeiras ou instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil as seguintes condições: I - são dispensadas as exigências estabelecidas nos arts. 11 e 12, na hipótese de a instituição contratada oferecer a seus próprios clientes operações da mesma natureza; II - não incide a vedação estabelecida no art. 10, inciso VIII; e

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III - na relação de correspondentes a ser mantida em página da internet, referida no art. 15, devem constar, no mínimo, os seguintes dados: a) razão social, nome fantasia, endereço da sede e o número de inscrição no CNPJ da instituição contratada; e b) atividades de atendimento, referidas no art. 8º, incluídas no contrato. Parágrafo único. (Revogado pela Resolução nº 3.959, de 31/3/2011.) Art. 18-A. O processo de certificação contratado formalmente com entidades prestadoras de serviços de treinamento e de certificação até 24 de fevereiro de 2014 pode ser considerado para fins do cumprimento do disposto no art. 12 desta Resolução, desde que o contrato preveja que a certificação estará concluída até 2 de março de 2015. (Incluído pela Resolução nº 4.294, de 20/12/2013.) Art. 19. A instituição contratante deve realizar os seguintes procedimentos de informação ao Banco Central do Brasil, na forma definida pela referida autarquia: I - designar diretor responsável pela contratação de correspondentes no País e pelo atendimento prestado por eles; II - informar a celebração de contrato de correspondente, bem como posteriores atualizações e encerramento, discriminando os serviços contratados; III - proceder à atualização das informações sobre os contratos de correspondente enviadas até a data de entrada em vigor desta resolução; e IV - elaborar relatórios sobre o atendimento prestado por meio de correspondentes. Art. 20. O art. 38 da Resolução nº 3.568, de 29 de maio de 2008, passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 38. .......................................................................................................... .......................................................................................................................... II - limites operacionais das agências de turismo, bem como das empresas contratadas na forma prevista em regulamentação específica, incluídos os critérios para o seu cumprimento."(NR) Art. 21. Fica o Banco Central do Brasil autorizado a baixar as normas e a adotar as medidas necessárias à execução do disposto nesta resolução. Art. 22. Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos: I - três anos após a sua publicação, com relação aos arts. 11, inciso III, e 12; II - um ano após a sua publicação: (Redação dada pela Resolução nº 3.959, de 31/3/2011.) a) com relação ao art. 3º, caput e §§ 2º e 3º, e aos arts. 7º e 8º, para o ajuste de contratos firmados até a data de publicação desta resolução; e (Redação dada pela Resolução nº 3.959, de 31/3/2011.) b) com relação aos arts. 10, incisos I, IX e XII, 11, inciso II, 13, 14, 15 e 16; e III - na data de sua publicação, com relação aos demais dispositivos.