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www.br.abdrushin.name Março de 2012 Nº 26 Caros leitores Quem quiser compreender direito o verdadeiro significado das palavras do Senhor deve tomar como sendo algo necessário o conhecimento da ordem cronológica das mesmas, ou seja, quando tais pala- vras foram ditas. E lê-las e estudá-las de acordo com essa seqüência. Não adianta selecionar trechos de escritos adulterados e em uma ordem adulterada e querer colocar nos dias de hoje as promessas relacionadas àquela época. Vejamos um exemplo: a dissertação O grande cometa. Esta dissertação foi publicada pela primeira vez em 1927 na revista Gralsblätter (Folhetos do Graal), Série II, Caderno 3, 4 e 5, e posteriormente na Mensagem do Graal, Grande Edição, em 1931. Compa- rando esta dissertação nas duas publicações, verificamos que o Senhor suprimiu apenas uma palavra: „Der Stern hat seinen Weg in gerader Linie von dem ewigen Reiche bis zu diesem Weltenteile. Sein Kern ist mit hoher, geistiger Kraft gefüllt; er umhüllt sich mit der Stofflichkeit und wird dadurch wahrscheinlich auch den Erdenmenschen sichtbar werden. Sicher und unentwegt verfolgt der Komet seine Bahn und wird zu rechter Stunde auf dem Plane sein, wie schon Jahrtausende vorher bestimmt gewesen ist.“ “A estrela tem seu percurso em linha reta desde o reino eterno até esta parte do Univer- so. Seu núcleo está repleto de elevada força espiritual; envolver-se-á com a materialidade e desta forma provavelmente será visível também aos seres humanos terrenos. Seguro e imperturbável, prossegue o cometa seu percurso e na hora certa estará presente, conforme já há milênios havia sido determinado.” Será que o Senhor equivocou-se quando disse pela primeira vez que “provavelmente” o cometa seria visível aos seres humanos? Com certeza não. E será que Ele se equivocou quando mais tarde disse “será visível”? Com certeza também não. Contradição? Não, absolutamente não. Conforme as deci- sões individuais ou coletivas (levando em consideração a vontade da maioria), altera-se o resultado. Nos meus estudos cheguei à conclusão de que uma das provas de que não foi o Senhor quem elaborou a Mensagem em três volumes está justamente nesta dissertação sobre o grande cometa. Se Ele fosse o autor das modificações de última mão, esta seria uma das principais dissertações nas quais teria feito alterações. Afinal, quando o Senhor publicou esta dissertação, Ele com certeza não contava com o quase total falhar dos convocados. E Ele disse na dissertação O grande cometa: “Seguro e imperturbável, prossegue o cometa seu percurso e na hora certa estará pre- sente, conforme já há milênios havia sido determinado.” Este trecho não foi alterado na dissertação publicada no idioma alemão em 1949. 1

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Page 1: Abdruschin periódico o chamado 026

www.br.abdrushin.name Março de 2012 Nº 26

Caros leitoresQuem quiser compreender direito o verdadeiro significado das palavras do Senhor deve tomar como sendo algo necessário o conhecimento da ordem cronológica das mesmas, ou seja, quando tais pala-vras foram ditas. E lê-las e estudá-las de acordo com essa seqüência. Não adianta selecionar trechos de escritos adulterados e em uma ordem adulterada e querer colocar nos dias de hoje as promessas relacionadas àquela época. Vejamos um exemplo: a dissertação O grande cometa.

Esta dissertação foi publicada pela primeira vez em 1927 na revista Gralsblätter (Folhetos do Graal), Série II, Caderno 3, 4 e 5, e posteriormente na Mensagem do Graal, Grande Edição, em 1931. Compa-rando esta dissertação nas duas publicações, verificamos que o Senhor suprimiu apenas uma palavra:

„Der Stern hat seinen Weg in gerader Linie von dem ewigen Reiche bis zu diesem Weltenteile. Sein Kern ist mit hoher, geistiger Kraft gefüllt; er umhüllt sich mit der Stofflichkeit und wird dadurch wahrscheinlich auch den Erdenmenschen sichtbar werden. Sicher und unentwegt verfolgt der Komet seine Bahn und wird zu rechter Stunde auf dem Plane sein, wie schon Jahrtausende vorher bestimmt gewesen ist.“

“A estrela tem seu percurso em linha reta desde o reino eterno até esta parte do Univer-so. Seu núcleo está repleto de elevada força espiritual; envolver-se-á com a materialidade e desta forma provavelmente será visível também aos seres humanos terrenos. Seguro e imperturbável, prossegue o cometa seu percurso e na hora certa estará presente, conforme já há milênios havia sido determinado.”

Será que o Senhor equivocou-se quando disse pela primeira vez que “provavelmente” o cometa seria visível aos seres humanos? Com certeza não. E será que Ele se equivocou quando mais tarde disse “será visível”? Com certeza também não. Contradição? Não, absolutamente não. Conforme as deci-sões individuais ou coletivas (levando em consideração a vontade da maioria), altera-se o resultado.

Nos meus estudos cheguei à conclusão de que uma das provas de que não foi o Senhor quem elaborou a Mensagem em três volumes está justamente nesta dissertação sobre o grande cometa. Se Ele fosse o autor das modificações de última mão, esta seria uma das principais dissertações nas quais teria feito alterações. Afinal, quando o Senhor publicou esta dissertação, Ele com certeza não contava com o quase total falhar dos convocados. E Ele disse na dissertação O grande cometa:

“Seguro e imperturbável, prossegue o cometa seu percurso e na hora certa estará pre-sente, conforme já há milênios havia sido determinado.”

Este trecho não foi alterado na dissertação publicada no idioma alemão em 1949.

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E qual seria a “hora certa”? A “hora certa” foi a nossa data terrena de 19 de julho de 1936.

Muitos dirão que estou restringindo o acontecimento a uma data terrena e que não é isso, afinal, que devo fazer. Por que não? Por que é mais fácil trazer cada vez mais para o nosso tempo terreno? Primei-ro alguns acreditavam que este acontecimento se realizaria “próximo ao ano 2000”. Como já estamos em 2012, consegue-se transformar a diferença entre os calendários juliano e gregoriano, que é de 12 dias até o final do século passado, em uma diferença de 12 anos. E cada um constrói a sua lógica, ba-seado em documentos que encontrar que possam corroborar suas idéias. Aliás, muitos acreditam que no dia 21 de dezembro de 2012 tudo mudará e outros que começará a mudar. Iniciar-se-á um período de quase duas décadas de purificação. E depois desses quase vinte anos a humanidade dará entrada no Reino dos Mil Anos. Cada seita, sociedade, igreja, associação, entidade, ou seja, todo e qualquer sistema sectário prega algo baseado em sua própria lógica, no que tem como convicção. Eu acredito nos auxílios da Luz, mas não em um período de mil anos começando na década de 30 deste século.

Na primeira tradução (adulterada) que recebi das memórias do convocado Sr. Joseph Wagner, consta um relato que não está nas gravações realizadas pelo mesmo, mas que é atribuída a ele. Trata-se de algumas palavras do Senhor:

Cada sincero constrói o Reino dos Mil Anos para si, já agora, pois nem é possível dife-rentemente. Mas quem, já agora, se esforça de maneira honesta, esse o faz. Quase nenhum ser humano se esforça em pensar com pureza, de conseguir ligação com os enteais, pois sem os enteais não existe ascensão. Eu vos dei a entender o suficiente. O impulso espiritual de ver além do próprio degrau já repousa no germe espiritual, pertence à sua mais íntima constituição.

Mesmo que o relato não seja do Sr. Joseph Wagner, e que as palavras não sejam do Senhor, estas frases estão repletas de Verdade. Como não haverá o Reino dos Mil Anos neste planeta Terra, cada sincero adepto da Mensagem do Graal deve viver cada vez mais de acordo com os ensinamentos da Mensagem do Graal, procurar viver de tal modo que não seja mais necessário reencarnar neste planeta condenado à decomposição por conta do falhar dos verdadeiros convocados do Senhor.

Se o Senhor pudesse implantar e estruturar o Reino dos Mil Anos sozinho, apenas trazendo até aqui a Mensagem do Graal, Ele não precisaria dos 144.000 convocados, não precisaria ter passado por tudo o que passou. E não quero dizer com isso que Ele precisava ter passado pelo que Ele passou, pois os acontecimentos ruins foram originados por convocados, seres humanos que tiveram seus pedidos de servir ao Filho do Homem atendidos... e falharam! E como eles falharam... o mundo está caindo!

Cada sincero adepto da Mensagem do Graal deve viver cada vez mais de acordo com os ensinamen-tos da Mensagem do Graal... Adeptos da Mensagem do Graal seguem os ensinamentos do Graal... e um dos primeiros ensinamentos constantes na Mensagem do Graal já é transmitido pelo Senhor nas palavras introdutórias Para orientação!:

Somente na convicção repousa a verdadeira crença, e a convicção só vem através de exames e análises irrestritas!

É óbvio que o examinar deve ser efetuado conforme nos orienta o Senhor:

O examinar, portanto, o sério vivenciar intuitivo, cada pessoa deve fazê-lo por si só, bem silenciosamente em seu interior. Ele deve escutar o seu íntimo! Deve ouvir atenta-mente, verificando se lá se manifestam sons análogos, contrários a uma convicção de até agora!

Diversos temas dignos de menção! Revista “Der Ruf”, caderno 10, 11 e 12

A intuição e não o intelecto preso a espaço e tempo deve nos guiar. Mas o intelecto, a ferramenta ma-terial do espírito, deve ser utilizado.

Editorial

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EditorialConforme eu já disse uma vez, cabe a uma parte da massa cerebral a tarefa de captar

o que é espiritual, como uma antena, ao passo que a outra parte, que produz o intelecto, transforma então o captado para utilização na matéria grosseira. Da mesma forma, em sen-tido inverso, deve o cérebro anterior, que produz o intelecto, captar da matéria grosseira todas as impressões, transformá-las para a possibilidade de recepção do cérebro posterior, a fim de que as impressões deste possam servir para o desenvolvimento posterior e amadu-recimento do espírito. Ambas as partes, porém, devem efetuar trabalho em comum. Assim está nas determinações do Criador.

Dissertação Nº 10: A ferramenta torcida Ressonâncias da Mensagem do Graal I

Se não for desta forma, estaremos praticando a denominada crença cega. E a crença deve se tornar convicção. Mas há um grande número de leitores que se declaram como adeptos da Mensagem do Graal e ao mesmo tempo se comportam como verdadeiros fiéis por hábito. Como assim? Simples-mente pelo fato de colocarem a palavra escrita ou falada dos convocados do Senhor que falharam e, pior ainda, dos convocados das organizações, acima das próprias palavras do Senhor. Para esses adeptos, não importa se o Senhor disse:

A Palavra não deve orientar-se de acordo com os seres humanos, mas, sim, todos os seres humanos de acordo com a Palavra! Pois a Palavra é, os seres humanos, no entanto, precisam primeiro ainda tornar-se.

Desta vez, o ser humano tem que se aproximar da Palavra, não a Palavra dos seres humanos individuais.

Dissertação Nº 58: Eu vos envio! Ressonâncias da Mensagem do Graal I

Os seres humanos o vivenciarão, ainda que agora zombem a respeito. Suas almas de-verão ser afrouxadas por graves comoções e, dessa forma, preparadas para um querer rece-ber suplicante. Então, sim, reconhecerão a riqueza da minha Mensagem, na qual nenhuma palavra será alterada, mas que é e ficará assim, como é dada por mim agora.

Dissertação Nº 56: E quando a humanidade perguntar... Ressonâncias da Mensagem do Graal I

Será que precisamos de palavras mais claras do que essas?

Um breve relato pessoal... Meu primeiro contato com a Mensagem do Graal, Grande Edição, ocorreu em agosto de 2005, quando encontrei em uma loja de livros usados um exemplar da tradução de 1934 para o idioma português. Eu não a estava procurando, pois nem sabia como era a mesma. Lendo-a, mesmo com a ortografia e o vocabulário daquela época e com os erros de tradução de que temos hoje conhecimento, vi como é muito mais fácil compreender os ensinamentos transmitidos pelo Senhor nesta seqüência das dissertações e sem as alterações efetuadas em seu conteúdo. Mas, apesar de ter encontrado a Mensagem original em 2005, apenas em fevereiro de 2009 comecei a ver com clareza as alterações efetuadas na mesma, devido a este trabalho que coordeno há mais ou menos três anos. O primeiro trabalho foi o de comparação entre as edições no idioma alemão e a revisão das traduções que tínhamos em mãos. Alguns meses depois deste trabalho é que tive a confirmação daquilo que já me era convicção íntima, daquilo que a minha intuição não obliterada pelo intelecto já dizia há muito tempo... que não poderia ter sido e que não foi o Senhor o autor das alterações, das adulterações na Palavra Sagrada. Antes disso, trabalhava com a idéia, que atualmente é defendida por muitos dos adeptos, diria até que pela maioria, de que não importa qual a Mensagem, seja a de 1931 ou a de 1949/1950, que fosse lida primeiro por alguém que acabou de encontrar a Verdade... e estava engana-do... trabalhar com esta idéia é ir diretamente contra os objetivos espirituais do Senhor... mas, queira ou não, é isso o que hoje tem acontecido... todos podem ler as palavras do Senhor assim como Ele as havia publicado originalmente, bem como a Mensagem em três volumes com suas diferentes tradu-ções. Mas ratifico aqui o que já lhes disse no periódico anterior: Por mais que a Mensagem em três volumes contenha a Palavra Viva, que alguém, assim como eu, também possa encontrar na mesma a

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Verdade tão almejada, ela é incompleta e, para o pesquisador sincero, repleta de lacunas. Sua publica-ção não foi determinada pelo Filho do Homem.

Mesmo que hoje eu estivesse convicto do contrário, ou seja, que foi o Senhor quem efetuou as alte-rações e determinou que a Mensagem do Graal fosse publicada em três volumes mais o livro Exorta-ções, eu estudaria a Mensagem de 1931 e na seqüência as Ressonâncias, porque não me basearia na convicção de outras pessoas, mesmo que as considere mais elevadas espiritualmente. Se eu tomasse como minha a convicção de outras pessoas, estaria atuando de forma contrária aos ensinamentos do Graal.

Um chamado de Deus é dirigido diretamente a cada espírito humano individual! Por-que cada um também deve arcar por si mesmo com a responsabilidade por tudo o que pen-sa e faz! Nisso consiste a impossibilidade de que associações possam se formar, lá, onde se tratar de uma Palavra da Verdade, porque nisso cada um tem que procurar por si próprio chegar a uma conclusão! Não pode encostar-se em outros, ou pedir conselhos a eles. Quem mostra tais dependências, já está, de antemão, perdido para uma vida própria. Ele não mais precisa esforçar-se, pois nunca alcançará a meta final. Se ele se perde agora, neste instante, ou somente mais tarde, isso não representa nenhum papel importante para ele! Seria errado deixar ao espiritualmente indolente esperanças desnecessárias, que não se cumprirão.

Diversos temas dignos de menção! Revista “Der Ruf”, caderno 10, 11 e 12

Mas o Senhor não efetuava alterações nas dissertações? Sim, o Senhor efetuou alterações em muitas dissertações. Ainda há pouco nós vimos a única alteração efetuada por Ele na dissertação O grande cometa. O que é fácil de comprovar é que nenhuma das alterações efetuadas por Ele pode ser com-parada com aquelas que apenas interessaria à organização criada após a Sua morte, o denominado Movimento Internacional do Graal. Sim, esta organização não existia antes de 1945, ou seja, antes do retorno de Frau Maria e demais convocados à Montanha. Sim, foram seus dirigentes os responsáveis pela adulteração da Palavra Sagrada.

Mas por que fizeram isso? Primeiramente devo dizer que sobraram apenas espíritos humanos nos in-vólucros dos altos convocados, em qualquer um deles. E esses seres humanos chegaram à conclusão que, se não orientassem a Palavra de acordo com os seres humanos, não poderiam se manter em seus tronos de barro. Como conseguem os adeptos da Mensagem do Graal imaginar que o próprio Senhor agiria contra as Suas próprias palavras?

A Palavra não deve orientar-se de acordo com os seres humanos, mas, sim, todos os seres humanos de acordo com a Palavra! Pois a Palavra é, os seres humanos, no entanto, precisam primeiro ainda tornar-se.

Desta vez, o ser humano tem que se aproximar da Palavra, não a Palavra dos seres humanos individuais.

Dissertação Nº 58: Eu vos envio! Ressonâncias da Mensagem do Graal I

E o mesmo vale para os convocados e até mesmo ex-convocados das organizações... a vaidade não os deixa reconhecer este grande erro dos convocados do Senhor, daqueles que perpetraram essa grande farsa. Mesmo aqueles convocados das organizações, que já reconheceram o erro daqueles convoca-dos do Senhor em divulgar a Palavra Sagrada de forma adulterada, não querem reconhecer este outro grande erro dos primeiros dirigentes das organizações... a criação das próprias organizações, as quais nunca deveriam ter sido criadas, e que não deveriam continuar convocando e consagrando pessoas que julgaram necessárias para manutenção das mesmas. E uma organização não reconhece os con-vocados da outra. Cada uma quer ser mais especial que a outra. Disputa entre igrejas pelo status de grupo de salvação da humanidade.

Na época de atuação terrena do Senhor, havia muitas associações, sociedades, círculos e grupos di-

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fundindo a Mensagem do Graal, mas nenhum deles sob a direção do Senhor1. Aliás, Ele determinou o fim de todos através do comunicado de 19 de julho de 19382. E isso não foi só para aquela época, por culpa da guerra, etc.

Não, não considero um erro os adeptos da Mensagem do Graal reunirem-se em grupos para um ato de devoção. O que considero errado é a forma, a estrutura organizacional dessas entidades que se deno-minam “do Graal”. Outras organizações, associações, etc., foram fundadas e outras estão sendo, mas que não utilizam este termo.

O Movimento Internacional do Graal plantou a informação de que o Movimento do Graal já existia na época do Senhor. A Ordem do Graal na Terra plantou a informação de que o Senhor disse que um dia fundaria a Ordem do Graal.

Se o Senhor tivesse criado ou viesse a criar alguma sociedade, associação, entidade ou organização como as que foram criadas antes e após a sua morte, eu teria que creditar a Ele contradições. E não há nenhuma contradição nos escritos do Senhor. Algo muito fácil de ver quando nos aprofundamos em tudo o que Ele escreveu e publicou sobre este assunto nas duas décadas em que esteve presente neste planeta. Como poderia o Senhor ter escrito as palavras abaixo e criado alguma organização, etc?

... a Mensagem do Graal não foi composta, mas ela é, por si só, inteiramente autônoma, independente.

[...]

... a Mensagem do Graal exige, para a sua compreensão, maior seriedade e zelo do que os seres humanos superficiais o imaginam, e que ela sempre se dirige única e diretamente à alma individual, dando-lhe aquilo de que ela justamente necessita para a ascensão. Nessa vivacidade não-esquemática, a Mensagem naturalmente tem de destruir toda e qualquer seita, tornando-se com isso um grande perigo para a existência delas, visto que a Mensa-gem forma seres humanos autônomos, livres interiormente, que logicamente têm de ser inimigos de todo e qualquer sistema sectário.

A Mensagem do Graal rompe seitas Resposta a uma pergunta publicada em 1929

no Caderno 13 da revista Der Ruf (O Chamado)

Aprofundem-se apenas no conceito da palavra “seita” e também no que vem a ser um “sistema sec-tário” e tentem enquadrar esses conceitos no que são as organizações. E depois formulem novamente a pergunta: Como poderia o Senhor ter escrito as palavras abaixo e criado alguma organização, etc?

O examinar correto, que eu tantas vezes exigi, condiciona de antemão a aplicação de faculdades próprias, de força própria! E com isso, ao mesmo tempo, também está ligado estreitamente na reciprocidade... o despertar de cada um por si, individualmente. A bênção do esforço, portanto, segue imediatamente. Isso, porém, nunca pode acontecer quando al-guém toma para si a opinião de outrem como base.

O examinar, portanto, o sério vivenciar intuitivo, cada pessoa deve fazê-lo por si só, bem silenciosamente em seu interior. Ele deve escutar o seu íntimo! Deve ouvir atenta-mente, verificando se lá se manifestam sons análogos, contrários a uma convicção de até agora!

Um chamado de Deus é dirigido diretamente a cada espírito humano individual! Por-que cada um também deve arcar por si mesmo com a responsabilidade por tudo o que pen-sa e faz! Nisso consiste a impossibilidade de que associações possam se formar, lá, onde se tratar de uma Palavra da Verdade, porque nisso cada um tem que procurar por si próprio chegar a uma conclusão! Não pode encostar-se em outros, ou pedir conselhos a eles. Quem mostra tais dependências, já está, de antemão, perdido para uma vida própria. Ele não mais precisa esforçar-se, pois nunca alcançará a meta final. Se ele se perde agora, neste instante,

1 Ver alocução O Chamado publicada no exemplar Nº 01 deste periódico.2 Ver Comunicado 01/2010.

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ou somente mais tarde, isso não representa nenhum papel importante para ele! Seria errado deixar ao espiritualmente indolente esperanças desnecessárias, que não se cumprirão.”

Diversos temas dignos de menção! Revista “Der Ruf”, Caderno 10, 11 e 12

O texto Diversos temas dignos de menção! foi publicado pelo Movimento Internacional do Graal em 1953 no livro Respostas a perguntas, como a resposta à pergunta Nº 52: Exame da Palavra. Mas o mesmo não era uma resposta a uma pergunta, e a própria pergunta publicada em 1953 foi formulada pela organização.

Na revista Der Ruf, Caderno 10, 11 e 12 (Vide Anexo I), esse texto foi publicado após a seção inti-tulada Respostas de Abdruschin às perguntas, e, seguido de outra resposta a uma pergunta intitulada Redatores de jornais, a qual não foi publicada no livro Respostas a perguntas do Movimento Inter-nacional do Graal.3

Para um estudo ainda mais aprofundado, publicamos na página 8 a resposta à pergunta publicada em 1927 no Caderno 5, 6, 7 da revista Der Ruf (O Chamado): Wie steht ein Mystiker im Verhältnis zu den Okkultisten und Spiritisten in Hinsicht auf die Nützlichkeit zu geistigem Aufstiege? Was nützen dazu die zahlreichen Sekten? (Como é visto um místico em relação aos ocultistas e espíritas com respeito à utilidade para a ascensão espiritual? Nesse sentido, de que servem as numerosas seitas?). Mais tarde, em 1953, esta pergunta foi publicada pelo Movimento Internacional do Graal no livro Fragenbean-twortungen (Respostas a perguntas) com a pergunta sendo alterada para Ist Mystik nützlicher zu geis-tigem Aufstieg als z. B. Okkultismus und Spiritismus? Was nützen dazu die zahlreichen Sekten? (É o misticismo mais útil para a ascensão espiritual do que, por exemplo, o ocultismo e o espiritismo? Nes-se sentido, de que adiantam as numerosas seitas?). Aqui vale a pena perguntar-lhes: Não é interessante o fato do Senhor, caso fosse essa a verdade, além de ter alterado Sua própria resposta, ter alterado também a pergunta do leitor? E este não é o único caso de adulteração nas perguntas formuladas pelos leitores das revistas Gralsblätter, Der Ruf und Die Stimme (Folhetos do Graal, O Chamado e A Voz).

Enfim, para conhecimento de todos, publicamos neste exemplar um pouco das alterações efetuadas pelo Senhor, comparando as sete primeiras dissertações publicadas na obra Im Lichte der Wahrheit – Neus Gralsbotschaft (Na Luz da Verdade, Nova Mensagem do Graal), a Edição Violeta, publicada em 1926, com as mesmas dissertações publicadas por Ele na Mensagem do Graal de 1931, a Grande Edição. Aos poucos, todas as alterações efetuadas pelo próprio Senhor serão apresentadas aos interes-sados. Essas dissertações estão sendo publicadas neste periódico no idioma alemão a partir da página 12. Para facilitar, as diferenças foram escritas com cores diferentes, portanto, caso o leitor queira im-primir, sugiro que o faça no modo colorido.

• As palavras escritas com a cor vermelha são as que foram publicadas em 1926;

• As palavras escritas com a cor rosa são as alterações efetuadas pelo Senhor e publicadas em 1931;

• As palavras escritas com a cor vermelha e que estão separadas com uma barra ‘/’ das palavras es-critas com a cor rosa são substituições, principalmente de palavras consideradas estrangeirismos;

• As inclusões feitas pelo Senhor após a publicação em 1926 também estão escritas com a cor rosa;

• As supressões feitas pelo Senhor após a publicação em 1926 também estão escritas com a cor vermelha;

• As alterações efetuadas pelo Senhor e que alteraram a tradução, foram traduzidas e publicadas ao lado das palavras, frases e parágrafos;

• As palavras, frases e parágrafos suprimidos também foram traduzidos e incluídos neste periódico;

• As alterações de palavras estrangeiras, erros de edição, itálico, pontuação, etc., ou seja, as altera-ções efetuadas pelo Senhor no idioma alemão que não alteram nada nas traduções foram apenas explicadas e também escritas com a cor vermelho escuro;

• Parágrafos que foram divididos ou reagrupados estão destacados com a escrita na cor azul.

3 Ver o texto Diversos temas dignos de menção! e a resposta Redatores de jornais no exemplar Nº 03.

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• As explicações de cada alteração foram escritas com a cor vermelho escuro.

Completando esta edição de nosso periódico, publicamos a partir da página 29 os parágrafos que contêm alterações efetuadas pelo Senhor nos Dez Mandamentos. Primeiro no idioma português e na seqüência no idioma alemão.

Os Dez Mandamentos foram publicados em 1929 e, como já deve ser de conhecimento de todos, in-cluídos na Mensagem do Graal, Grande Edição, de 1931.

Para facilitar, as diferenças também foram escritas com cores diferentes.

• As palavras escritas com a cor vermelha são as que foram publicadas em 1929;

• As palavras escritas com a cor rosa são as alterações efetuadas pelo Senhor e publicadas em 1931;

• As palavras escritas com a cor vermelha e que estão separadas com uma barra ‘/’ das palavras es-critas com a cor rosa são substituições, principalmente de palavras consideradas estrangeirismos;

• As inclusões feitas pelo Senhor após a publicação em 1929 também estão escritas com a cor rosa;

• As supressões feitas pelo Senhor após a publicação em 1929 também estão escritas com a cor vermelha;

• As alterações efetuadas pelo Senhor e que alteraram a tradução, foram traduzidas e publicadas ao lado das palavras, frases e parágrafos;

• As palavras, frases e parágrafos suprimidos também foram traduzidos e incluídos neste periódico;

• As alterações de palavras estrangeiras, erros de edição, itálico, pontuação, etc., ou seja, as alte-rações no idioma alemão que não alteram nada nas traduções foram apenas explicadas e também escritas com a cor vermelho escuro;

• O idioma alemão está destacado com a escrita na cor verde.

• As palavras no idioma alemão que foram alteradas e/ou suprimidas pelo Senhor foram destacadas com as cores vermelha e rosa.

Agradeçamos ao Senhor por ainda podermos, na época atual, ler a Palavra Sagrada da forma como Ele a deixou e demais escritos valiosos assim como foram publicados em Sua época.

Desejamos a todos uma boa leitura e que os escritos valiosos que publicamos possam proporcionar -lhes um maior conhecimento e concomitante amadurecimento espiritual.

Com desejos de paz, alegria, felicidade e bem-aventurança,O Editor

Editorial

Quando não podem utilizar as estruturas de seu próprio intelecto, como ocorre em cada verdade por causa da grande

simplicidade, não é o suficiente para eles. Recusam-na ou modificam-na de um modo que corresponda à querida vaidade.

Por essa razão, prefere-se também o “místico” à Verdade simples. O grande anseio pela “mística”, pelo misterioso, que reside em cada criatura humana, é vaidade, não, porém, anseio pela Verdade, como se procura muitas vezes apresentar. A presunção construiu o caminho insalubre, onde bandos de fanáticos vaidosos podem se deleitar, e tantos indolentes de espírito se deixam comodamente arrastar.

Dissertação Nº 10: A ferramenta torcidaRessonâncias da Mensagem do Graal I

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Como é visto um místico em relação aos ocultistas e espíritas?

de Abdrushin

Pergunta: Como é visto um místico em relação aos ocultistas e espíritas com respeito à utilidade para a ascensão espiritual? Nesse sentido, de que servem as numerosas seitas?

Resposta: Se V. S.ª se encontra diante de uma tal pergunta, deve em primeiro lugar procurar intuir as conseqüências espirituais da diferente atuação, e formar o seu conceito unicamente de acordo com isso. V. S.ª verificará que o “místico” não se encontra de modo nenhum mais elevado, mas sim causa tanto prejuízo quanto o espírita e o ocultista e, em última análise, também as seitas. —

Há muitas décadas, a maioria das infelizes ocupantes das casas de prostituição era procedente da camada social das vendedoras e das empregadas domésticas. A triste causa residia muitas vezes no impulso íntimo de conhecer uma vida mais livre e cintilante, ou também na confiança no amor por um rapaz ou um homem, o qual era incapaz de reconhecer essa confiança devido ao seu tipo brincalhão ou por leviandade. Entre elas, apenas raras vezes existia um verdadeiro pendor pessoal para levar uma vida baixa e leviana. É bem conhecido o deslize daquelas moças que, finalmente, não mais dispunham de força suficiente para sair do pântano.

De forma bem semelhante a tais casos de então, também hoje, no domínio espiritual, generalizou--se amplamente esse proceder. A tendência de penetrar na vida do assim chamado Além, que muitos seres humanos imaginam bem diferente do que realmente é, leva hoje para o pântano das trevas, grandes massas dos pretensos pesquisadores, que anseiam algo diferente.

Semelhantes a essas moças, que no íntimo desejavam encontrar algo melhor ou simplesmente novo, até agora desconhecido para elas, e que não querem reconhecer a insinceridade dos rapazes e homens que as cortejam, já que isso representaria praticamente o abandono de muitos de seus desejos, assim também os que procuram espiritualmente de forma obstinada não percebem que, em lugar de ouro puro... usam lantejoulas e quinquilharias, que lhes dão uma ilusão de situação elevada. Envoltos por uma ilusão, passam pela vida terrena contentes consigo mesmos e se tornam, no Além, pobres tolos dessa ilusão, que naturalmente têm de levar consigo e que lá os domina.

Todos eles ficam presos à matéria, e não encontram força para se desprenderem dessa tenaz ilusão, porque não ousam mudar sua intuição, temerosos de perder algo a que se afeiçoaram.

Estão irremediavelmente expostos ao aniquilamento, pois, com a desintegração de toda a matéria, que se aproxima, desintegrar-se-á também a sua consciência pessoal, conseguida com muito esforço, e como não podem ser bem aproveitados em estado consciente, retornam ao estado amorfo.

Isso, porém, não constitui nenhum progresso, como os budistas supunham, e sim uma extinção da evolução conseguida até então, já que esta ocorreu na direção errada.

O que, pois, constituem os rapazes e homens levianos nas vivências de moças e mulheres ansio-sas, provocando uma tão triste mudança, o mesmo papel representam hoje, no campo espiritual, as inúmeras congregações e seitas da religião, dos ocultistas, espíritas e tudo o mais que se formou dessa espécie. São os mais perigosos caçadores de almas a favor das trevas!

Nisso, aqueles que se julgam dirigentes, muitas vezes até possuem a vontade para o bem! E essa vontade, com o tempo, só poderia trazer coisas boas, sem dúvida, se não houvesse aí um grande obs-táculo, que em todos os casos se mostra muito mais forte e em toda a parte desvia do caminho certo a melhor boa vontade. É a resistência contra tudo aquilo que não está de acordo com as próprias idéias de alguns dirigentes. A resistência provém de um medo instintivo pelo fato de que teriam de mudar muita coisa na sua orientação de até agora, com o que os adeptos talvez pudessem reconhecer que eles, em muitos casos, seguem caminhos completamente falsos. Com esse reconhecimento poderia então se perder algo da veneração que os adeptos dedicam incondicionalmente a seus “mestres”.

Por mais tolo que seja esse pensamento, faz com que muitos dirigentes tropecem nele e sigam obstinadamente seu caminho, apesar de sentirem às vezes uma vaga intuição de que estão agindo de forma incorreta.

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Como é visto um místico em relação aos ocultistas e espíritas?Entretanto, não se deve censurar somente os dirigentes, pois muito mais danos causam os pró-

prios adeptos, para si mesmos bem como para seus partidários que seguem a mesma orientação. Se o fundador de qualquer movimento talvez tivesse realmente um alvo certo e quisesse conduzir seus adeptos ao encontro da Verdade, pode-se supor com certeza que estes ficariam intimamente muito dis-tanciados da própria doutrina. No caso do falecimento do fundador, logo se mostraria a falta do ver-dadeiro vivenciar de uma boa doutrina. Os adeptos imaginariam já possuir tudo, inclusive a essência máxima desses ensinamentos, entregando-se assim à vaidade espiritual, que lhes fecha a porta para uma possibilidade de ascensão posterior. Eles passam jubilosos e ignorantes pela derradeira Verdade, para a qual o próprio fundador apenas queria prepará-los. Por esse motivo, muitos caminhos certos são forçados inevitavelmente, pelos próprios adeptos, em direção ao túmulo, em vez de conduzir para as alturas luminosas.

Quantos buscadores e quantos pretensos sabedores passaram, outrora, sem se aperceber, perante o único e verdadeiro Mestre, o Filho de Deus. Especialmente aqueles que se consideravam capacitados para reconhecer a sua vinda. Justamente esses se tornaram os seus mais acérrimos adversários. Por que não se aprende com isso?

Vemos os cristãos hoje em dia viverem dentro de muitos conceitos errados, em relação à doutrina do seu Mestre. Orgulhosos, arrogantes e, contudo, ignorantes perante a profunda Verdade que jaz na Mensagem de Cristo.

Essa circunstância, por si, faz com que tantas seitas e congregações floresçam, porque o espírito humano sente crescer dentro de si um impulso impetuoso no sentido de necessitar mais do que as igrejas lhe oferecem com suas invariáveis interpretações superficiais.

Os seres humanos esperam receber, nessas seitas e congregações, maior clareza e, muitas vezes, já estão satisfeitos quando algo soa diferente do que nas igrejas. Aquele impulso faz com que vejam nisso já um progresso, mesmo que na realidade seja muito menos do que já receberam nas igrejas.

O participante de uma sessão espírita, por exemplo, confunde facilmente o novo, o interessante, com o valioso. Não imagina que o interessante nem sempre é necessariamente valioso, simultanea-mente. Ninguém reflete com calma, objetivamente, o quanto tudo isso pode ser útil para a sua própria ascensão espiritual, para o que, pois, só é finalmente decisivo a sua qualidade interior! Sente-se orgu-lhoso de encontrar-se em um nível íntimo com os falecidos! Na realidade, contudo, não há diferença, absolutamente, de quando, aqui na Terra, trata com seus semelhantes. O corpo que os falecidos têm, ele também possui, bem como cada ser humano na Terra. Sobre esse corpo encontra-se apenas ainda o invólucro de matéria grosseira. E aquilo que os do Além lhe comunicam com muito esforço não representa a milésima parte daquilo que Cristo trouxe.

Apesar disso, o participante dá mais valor a todas aquelas pequenas manifestações, cujo conteúdo já há muito lhe é bem familiar. Quanta falta de independência no seu próprio pensar e na intuição ele demonstra com isso em todo o seu modo de ser.

Também não emprega o que vivencia nas sessões para penetrar o quanto antes, com toda a serie-dade, na Mensagem de Cristo, a fim de aprender a compreendê-la corretamente e assimilar toda a sua grandeza, a fim de lançar-se para o alto, em direção à liberdade espiritual nela desejada, mas sim, ao contrário, apega-se à mediocridade que lhe é oferecida nessas manifestações, apenas porque exterior-mente apresenta uma outra forma.

Isso, porém, representa mais um obstáculo, nenhum progresso!

Uma das maiores mediadoras para as trevas é a presunção! Observemos um pouco os espíritas. Com raras exceções, os adeptos sofrem de uma tão desmedida vaidade, que cobrem com uma apa-rente humildade de saber, a ponto de não se poder falar com eles, sem sentir uma repugnância e sem se sentir repelido. Imaginam poder “auxiliar” muitos falecidos, quando, na realidade, eles mesmos necessitam de muito maior auxílio. Infelizmente, quase por toda a parte se encontra esse fenômeno. Esse desejo doentio de querer auxiliar, porém, de maneira nenhuma é amor; também não emana do grande querer servir; tampouco pode ser atribuído à pura disposição humana de ajudar, muito menos à verdadeira piedade, mas sim nada mais é do que uma desagradabilíssima arrogância íntima, que não pode ser exterminada.

Dessa maior de todas as fraquezas, as trevas se aproveitam bastante, especialmente nos círculos dos médiuns principiantes. Aí se apresenta um elemento trevoso, lamenta-se de qualquer coisa, e

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Como é visto um místico em relação aos ocultistas e espíritas?imediatamente os ignorantes homúnculos desejam “ajudar” essa pobre alma. Com olhares piedosos, orações, águas-benta, talismãs e conjurações, que nada mais demonstram do que a ilimitada vaidade desses pretensos sabedores.

É uma comédia para satisfação própria, nada mais. Incenso para a própria pessoa. O auxílio fica só na imaginação. O elemento trevoso na maioria dos casos nem deseja auxílio! Ele sabe muito bem que aqueles seres humanos não podem ajudá-lo, e somente conta com o fato de atraí-los despercebi-damente para si, embaixo! Como, aliás, todas as trevas sempre se lançam somente sobre as fraquezas. E isso com muita probabilidade de êxito, pois com esse desejo de ajudar, as respectivas pessoas se abrem para as correntezas das trevas. Estendem sua mão a essa criatura do Além, para levantá-la; contudo, entrando em contato com ela e afundam sem o saber!

O fato de que tais pessoas desejam exatamente o contrário, nada pode adiantar nesse caso, pois elas se entregam deliberadamente a tais perigos, contra os quais, do contrário, estariam incondicio-nalmente protegidas. Assim, porém, essa proteção é rompida por elas mesmas, e uma tal leviandade tem de se vingar.

Também quando essas pessoas finalmente necessitam e pedem auxílio a outros, tão logo elas mesmas, devido à sua ignorância, caem em apuros, não podendo mais prosseguir, então querem como auxílio somente a satisfação de seus próprios desejos, e não acaso ver-se livre do espírito trevoso que atraíram para si.

Supondo que naquele círculo se apresentasse um verdadeiro auxiliar, que, em lugar de atender aos seus desejos errados, enviasse um adepto das trevas para o lugar a que ele pertence, segundo sua espécie, para evitar que esse mesmo atraísse para a perdição criaturas ignorantes e superficiais, então todos aqueles que foram libertados se juntariam numa inimizade coletiva contra esse auxiliar, e pro-vavelmente o denominariam enviado das trevas, quando seu “pobre” espírito de repente não mais pu-desse aparecer. Não se lhes torna claro que na realidade sentem raiva porque perderam aquelas horas de entretenimento nas quais podiam se “elevar”.

Quando um espírito é rechaçado ao lugar de onde procede, visto que somente lá e em nenhum outro lugar pode chegar ao reconhecimento, os “devotos” consideram tal procedimento como duro e anticristão. Para se poder auxiliar verdadeiramente um espírito inferior, são necessárias coisas bem diferentes das que os assistentes e dirigentes de um círculo espírita podem oferecer.

Por esse e ainda por muitos outros motivos não tem sentido falar uma só palavra com aqueles ex-traviados na sua presunção, apesar de que eu poderia, em qualquer sessão, pouco importando o lugar e quem fosse o dirigente, mesmo nas mais concentradas, apresentar com facilidade as provas, em tais acontecimentos. Onde, porém, se trata de um querer realmente sério, aí sempre estarei à disposição. Sem vacilações enfrento qualquer círculo espírita ou seus espíritos, qualquer demônio ou outros opressores! —

Não é diferente com os ocultistas, que, procurando e parcialmente experimentando, se perdem em coisas que somente os acorrentam ainda mais ao ambiente de baixa matéria fina. As correntezas, às quais se abrem, retêm-nos e prendem-nos ainda mais fortemente. —

Um prejuízo igualmente grande causam as obras dos místicos, que, com seu tatear inseguro, con-duzem para um labirinto de confusão, acarretando a perda do caminho como decorrência natural. Na maioria dos casos trata-se de fantasia e fanatismo, nos quais eles mesmos procuram regalar-se ou apa-rentar um verdadeiro saber, que, no entanto, apenas se iguala ao sorriso pretensioso de um ignorante. Não é apenas uma ilusão, na qual vivem e que também os induz de vez em quando a zombar de outros que são menos perigosos.

Não se apercebem de sua própria periculosidade, já que a mesma se encontra somente no domínio espiritual, que não são capazes de reconhecer. Pessoalmente eles também são absolutamente ino-fensivos; suas obras, porém, causam uma confusão terrível e levam ao descaminho, quer envolvam cuidadosamente seus pensamentos fantásticos em romances ou os vertam em outras formas. O mis-ticismo conduz ainda mais facilmente aos braços das correntezas escuras, porque vem acompanhado simultaneamente de um comodismo sonolento ou também de um arrepio agradável, timidamente, porém, evita qualquer clareza. Os espíritos humanos encontram-se aí numa vida insalubre, sem base firme, sendo puxados de um lado para o outro.

Deus, porém, deseja que se viva de acordo com as Suas leis, porque somente nelas se pode ser

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Como é visto um místico em relação aos ocultistas e espíritas?feliz! Para poder viver de acordo, entretanto, deve-se possuir pleno conhecimento, nada de incertezas. Toda a vida e todo o movimento na Criação estão sujeitos às leis; procedem delas. Por isso, deve-se conhecer a Criação até em suas mínimas partes, claramente e completamente consciente! Onde resta então lugar para o misticismo? O misticismo na Criação está contra a vontade divina; não está em concordância com os mandamentos de Deus e, conseqüentemente, tem de ser nocivo aos seres huma-nos aos quais se deseja inculcar.

Os místicos são, portanto, estreitamente aparentados com os ocultistas e espíritas, e nocivos pelas conseqüências de sua atuação. Espiritualmente não existe diferença.

Ainda são de se lamentar muitas seitas religiosas e congregações, as quais imaginam, cada uma por si, possuir a plena verdade e estar caminhando na frente de todas. Com esse preconceito eles en-frentam tudo o que se encontra no seu caminho e não penetram em outros pensamentos, com renovada autocrítica, mas sim arrastam consigo todo o antigo. Logo que constatam que esse antigo não se deixa misturar com o novo, recusam o novo como sendo errado. Bitolam-se no antigo que lhes foi dado e que muitas vezes nem reconheceram de forma acertada.

Devido a essa estreiteza, seu julgamento sempre é precipitado e obstinado. Sem objetividade, não com suas próprias palavras, mas sim com as palavras de outrem, que eles mesmos nunca compreen-deram corretamente, procuram condenar tudo como sendo inferior ao seu saber. Para isso empregam frases untuosas, que não somente demonstram imediatamente arrogância espiritual, como também revelam um verdadeiro vazio interior e uma estreiteza inalterável.

São aquelas massas que sempre clamam com familiaridade: “Senhor, Senhor!” O Senhor, porém, não os conhecerá! Acautelai-vos em primeiro lugar com esses “fiéis”, a fim de que não sigais com eles broncamente para a destruição. —

A vaidade jamais quer que se reconheça a Verdade, pouco importando onde ela se encontre. O que nisso ela se permite, mostra a atitude dessa humanidade terrena já em relação à existência terrena do Filho de Deus, que em sua verdadeira e grande simplicidade não basta ao vaidoso sentido humano. O fiel quer ter o “seu” Salvador apenas segundo a sua interpretação! Por isso, ornamenta o caminho terreno do Filho de Deus, Cristo Jesus, com acontecimentos imaginados.

Apenas por “humildade” perante tudo o que é divino esse Salvador tem que ser, segundo o sentido humano, como Filho de Deus, também incondicionalmente “sobrenatural”. Não refletem aí que o próprio Deus é a perfeição do natural, e que a Criação desenvolveu-se dessa Sua natu-ralidade perfeita, através de Sua vontade. Perfeição, porém, também traz em si imutabilidade. Se fosse possível uma exceção nas leis da Criação, que são de acordo com a vontade de Deus, deveria haver nisso uma lacuna, teria faltado perfeição.

A humildade humana, porém, eleva-se acima de tudo isso; pois espera, sim, exige em uma existência terrena do Filho de Deus alterações das leis vigentes na Criação, portanto, violação. Exatamente daquele, pois, que veio para cumprir todas as leis de seu Pai, conforme ele pró-prio declarou! Espera dele coisas, que têm de ser simplesmente impossíveis segundo as leis da evolução natural. E exatamente com isso deve apresentar-se a sua divindade, o divino, que de modo vivo traz em si a base das leis da natureza!

Sim, a humildade humana é capaz de muita coisa. Mas a sua face autêntica é exigência, e não verdadeira humildade. A máxima arrogância, a pior presunção espiritual! A querida vaidade põe sobre isso apenas um mantozinho, que se assemelha à humildade.

É apenas triste que também tantas vezes pessoas realmente bem-intencionadas, inicialmente com legítima humildade, inconscientemente se excedam em seu entusiasmo até as coisas mais impossíveis, como Lorber pôde vivenciar em tão grande extensão em si próprio e tantos outros com ele.

Surgiram imaginações, cuja transmissão trouxe grandes danos.

Dissertação Nº 10: A ferramenta torcida Ressonâncias da Mensagem do Graal I

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vonAbdruschin

IM LICHTE DER WAHRHEITNeue Gralsbotschaft

VERLAG DER GRALSBLÄTTER OSKAR ERNST BERNHARDT

TUTZING (OBERBAYERN)

Copyright by Verlag der Gralsblätter Oskar Ernst Bernhardt, Tutzing (Oberbayern)

Alle Rechteinsbesondere das der Übersetzungvorbehalten Druck G. Franz’sche Buchdruckerei (G. Emil Mayer)

München

Zum Geleite!

Die Binde fällt und Glaube wird zur Überzeugung. Nur in der Überzeugung liegt Befreiung und Erlösung!

Ich spreche nur zu denen, welche ernsthaft suchen. Sie müssen fähig und gewillt sein, sachlich dieses Sachliche zu prüfen! Religiöse Fanatiker und haltlose Schwärmer mögen ferne davon bleiben; denn sie sind der Wahrheit schädlich. Böswillige aber und die Unsachlichen sollen in den Worten selbst ihr Urteil finden.

Die Botschaft wird nur solche treffen, die einen Funken Wahrheit offen in sich tragen und die Sehnsucht, wirklich Mensch zu sein. Allen denen wird sie auch zur Leuchte und zum Stab. Ohne Umwege führt sie heraus aus allem Chaos jetziger Verwirrung.

Das nachstehende Wort bringt nicht eine neue Religion, sondern es soll die Fackel sein für alle ernsten Hörer oder Leser, um damit den rechten Weg zu finden, der sie zur ersehnten Höhe führt.

Nur wer sich selbst bewegt, kann geistig vorwärts kommen. Der Tor, der sich dazu in Form fertiger Anschauungen fremder Hilfsmittel bedient, geht seinen Pfad nur wie auf Krücken, während die gesunden eignen Glieder dafür ausgeschaltet sind.

Sobald er aber alle Fähigkeiten, welche in ihm seines Rufes harrend schlummern, kühn als Rüstzeug zu dem Aufstiege verwendet, nützt er das ihm anvertraute Pfund nach seines Schöpfers Willen, und wird alle Hindernisse spielend überwinden, die ablenkend seinen Weg durchkreuzen wollen.

Deshalb erwacht! Nur in der Überzeugung ruht der rechte Glaube, und Überzeugung kommt allein durch rücksichtsloses Abwägen und Prüfen! Steht als Lebendige in Eures Gottes wundervoller Schöpfung!

Herbst 1926 (Outono de 1926)

Abdruschin

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Im Lichte der Wahrheit - 1926/1931

Reihenfolge der Vorträge

1. Was sucht Ihr? (01)

2. Verantwortung (05)

3. Schicksal (06)

4. Die Erschaffung des Menschen (07)

5. Der Mensch in der Schöpfung (08)

6. Erbsünde (09)

7. Gottessohn und Menschensohn (10)

Was sucht Ihr?

O que procurais?

Was sucht Ihr? Sagt, was soll das ungestüme Drängen? Wie ein Brausen geht es durch die Welt, und eine Sturmflut Bücher überschüttet alle Völker. Gelehrte graben in den alten Schriften, forschen, grübeln bis zu geistiger Ermattung. Propheten tauchen auf, zu warnen, zu verheißen... von allen Seiten will man plötzlich wie im Fieber neues Licht verbreiten!

So tobt es zurzeit über die durchwühlte Menschheitsseele hin, nicht labend und erquickend, sondern sengend, zehrend, saugend an der letzten Kraft, die der Zerrissenen in dieser Düsterheit der Gegenwart noch blieb.

Auch regt sich hier und da ein Flüstern, Raunen, von wachsender Erwartung irgend etwas Kommendem. Unruhig ist ein jeder Nerv, gespannt von unbewußtem Sehnen. Es wallt und wogt und über allem lagert düster brütend eine Art Betäubung. Unheilschwanger. Was muß sie gebären? Verwirrung, Kleinmut und Verderben, wenn nicht kraftvoll die dunkle Schicht zerrissen wird, die geistig jetzt den Erdenball umhüllt, die mit der weichen Zähigkeit des schmutzigen Morastes jeden aufsteigenden freien Lichtgedanken aufnimmt und erstickt, bevor er stark geworden ist, die mit dem unheimlichen Schweigen eines Sumpfes jedes gute Wollen schon im Keime unterdrückt, zersetzt, vernichtet, ehe eine Tat daraus erstehen konnen/kann. (Uma correção necessária, pois o correto é ‘kann’, que é singular do verbo ‘können’.)

Der Schrei der Suchenden nach Licht aber, der Kraft birgt, um den Schlamm zu spalten, er wird abgeleitet, verhallt an einem undurchdringlichen Gewölbe, das gerade die mit Fleiß errichten, die zu helfen wähnen: Sie bieten Steine statt des Brotes!

Seht Euch die unzähligen Bücher an:

Der Menschengeist wird durch sie nur ermüdet, nicht belebt! Und das ist der Beweis der Unfruchtbarkeit alles Dargebotenen. Denn was den Geist ermüdet, ist niemals das Rechte.

Geistiges Brot erfrischt unmittelbar, Wahrheit erquickt, und Licht belebt!

Einfache Menschen müssen doch verzagen, wenn sie sehen, welche Mauern um das Jenseits durch die sogenannte Geisteswissenschaft errichtet werden. Wer von den Einfachen soll die gelehrten Sätze, wer die fremden Ausdrucksweisen fassen? Soll denn das Jenseits nur für Geisteswissenschaftler gelten?

Man spricht dabei von Gott! Soll eine Hochschule errichtet werden, um darin erst die Fähigkeiten zu erlangen, den Begriff der Gottheit zu erkennen? Wohin treibt diese Sucht, die zu dem größten Teile

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nur im Ehrgeiz wurzelt?

Wie Trunkene taumeln die Leser und die Hörer von der einen Stelle zu der anderen, unsicher, unfrei in sich selbst, einseitig, da sie von dem schlichten Wege abgeleitet wurden.

Hört es, Verzagende! Schaut auf, Ihr ernsthaft Suchenden: Der Weg zum Höchsten liegt bereit vor jedem Menschen! Gelehrsamkeit ist nicht das Tor dazu!

Wählte Christus Jesus, dieses große Vorbild auf dem wahren Weg zum Lichte, seine Jünger unter den gelehrten Pharisäern? Unter Schriftenforschern? Er nahm sie aus der Schlichtheit und der Einfachheit heraus, weil sie nicht anzukämpfen hatten gegen diesen großen Irrtum, daß der Weg zum Licht mühselig zu erlernen ist und schwer sein muß.

Dieser Gedanke ist der größte Feind des Menschen, er ist Lüge!

Deshalb zurück von aller Wissenschaftlerei, dort, wo es um das Heiligste im Menschen geht, das voll erfaßt sein will! Laßt ab, weil Wissenschaft als Machwerk menschlichen Gehirnes Stückwerk ist und Stückwerk bleiben muß.

Bedenkt, wie sollte mühselig erlernte Wissenschaft zur Gottheit führen? Was ist denn Wissen überhaupt? Wissen ist, was das Gehirn begreifen kann. Wie eng begrenzt ist aber das Begriffsvermögen des Gehirns, das fest an Raum und Zeit gebunden bleibt. Schon Ewigkeit und den Sinn für Unendlichkeit vermag ein menschliches Gehirn nicht zu erfassen. Gerade das, was mit der Gottheit untrennbar verbunden ist. Still aber stehet das Gehirn vor jener unfaßbaren Kraft, die alles Seiende durchströmt, aus der es selbst sein Wirken schöpft. Die Kraft, die alle täglich, stündlich, jeden Augenblick empfinden als etwas Selbstverständliches, die auch die Wissenschaft stets als bestehend anerkannte und die man doch mit dem Gehirn, also dem Wissen und Verstand vergebens zu erfassen, zu begreifen sucht.

So mangelhaft ist nun die Tätigkeit eines Gehirns, des Grundsteines und Werkzeuges der Wissenschaft, und die Beschränkung zieht sich nun naturgemäß auch durch die Werke, die es baut, also durch alle Wissenschaften selbst. Deshalb ist Wissenschaft wohl gut für Nachfolge, zum besseren Verstehen, Einteilen und Sortieren/Ordnen (Substituição da palavra estrangeira ‘Sortieren’. Estrangeirismo.) alles dessen, was sie von der vorangehenden Schöpfungskraft fertig empfängt, doch sie muß unbedingt versagen, wenn sie sich selbst zur Führerschaft oder Kritik aufwerfen will, solange sie sich wie bisher so fest an den Verstand, also an das Begriffsvermögen des Gehirnes bindet.

Aus diesem Grunde bleibt Gelehrsamkeit, und auch die Menschheit, die sich darnach richtet, stets an Einzelheiten hängen, während jeder Mensch das große, unfaßbare Ganze als Geschenk in sich trägt, vollauf befähigt, ohne mühsames Erlernen das Edelste und Höchste zu erreichen!

Deshalb hinweg mit dieser unnötigen Folter einer Geistes-sklaverei! Der große Meister ruft uns nicht umsonst entgegen: Werdet wie die Kinder!

Wer in sich festes Wollen zu dem Guten trägt und sich bemüht, seinen Gedanken Reinheit zu verleihen, der hat den Weg zum Höchsten schon gefunden! Ihm wird dann alles andere zuteil. Dazu bedarf es weder Bücher noch geistiger Anstrengung, weder einer Askese/Bußübung (Substituição da palavra estrangeira ‘Askese’. Estrangeirismo.) noch Vereinsamung. Er wird gesund an Körper und an Seele, befreit von allem Druck krankhafter Grübelei; denn jede Übertreibung schadet. Menschen sollt Ihr sein, nicht Treibhauspflanzen, die durch einseitige Ausbildung dem ersten Windhauche erliegen!

Wacht auf! Seht um Euch! Höret in Euch! Das allein vermag den Weg zu öffnen!

Achtet nicht auf Streit der Kirchen. Der große Wahrheitsbringer Christus Jesus, die Verkörperung göttlicher Liebe, fragte nicht nach Konfession. Was sind die Konfessionen heute überhaupt? Bindung des freien Menschengeistes, Versklavung des in Euch wohnenden Gottesfunkens; Dogmen1 , die das Werk des Schöpfers und auch dessen große Liebe einzuengen suchen in von Menschensinn gepreßte Formen, was Herabzerrung des Göttlichen bedeutet, systematische/planmäßige (Substituição da palavra estrangeira ‘systematische’. Estrangeirismo.) Entwertung. Jeden ernsthaft Suchenden stößt diese Art zurück, da er in sich niemals die große Wirklichkeit dabei erleben kann, wodurch sein Sehnen nach der Wahrheit immer hoffnungsloser wird und er zuletzt an sich und an der Welt verzweifelt! Deshalb wachet auf! Zertrümmert in Euch dogmatische Mauern, reißt die Binde ab, damit das reine Licht des Höchsten unverstümmelt zu Euch dringen kann. Aufjauchzend wird dann Euer Geist sich in

1 Kirchenlehren (Inclusão de uma nota explicativa para a palavra ‘Dogmen’ [Dogma: Doutrinas de igrejas].)

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die Höhe schwingen, jubelnd all die große Vaterliebe fühlen, die keine Grenzen irdischen Verstandes kennt. Ihr wißt endlich, Ihr seid ein Stück von ihr, erfaßt sie mühelos und ganz, vereint Euch mit ihr und gewinnt so täglich, stündlich neue Kraft als ein Geschenk, das Euch den Aufstieg aus dem Chaos/Wirrwarr (Substituição da palavra estrangeira ‘Chaos’. Estrangeirismo.) selbstverständlich macht!

Verantwortung

Responsabilidade

Diese Frage ist immer eine der ersten, da die weitaus größte Zahl der Menschen zu gern jede Verantwortung von sich abwälzen und auf irgend etwas anderes als auf sich selbst bürden möchten/möchte (Uma correção necessária, pois möchte é singular, por se referir ao maior número.). Daß dies an sich eine Selbstentwertung ist, spielt ihnen dabei keine Rolle. Hierin sind sie wirklich recht demütig und bescheiden, aber nur, um umso lustiger und skrupelloser daraufzuleben zu können.

Es wäre ja so schön, alle seine Wünsche erfüllen und alle seine Gelüste auch anderen Menschen gegenüber ruhig ungesühnt austoben lassen zu dürfen. Die irdischen Gesetze lassen sich im Notfalle leicht umgehen und Konflikte/Zusammenstöße (Substituição da palavra estrangeira ‘Konflikte’. Estrangeirismo.) vermeiden. Geschicktere können sogar unter deren Deckmantel ganz erfolgreiche Fischzüge vornehmen und so manches tun, was keiner näheren Prüfung standhalten würde. Sie genießen dabei sogar noch oft den Ruf ganz besonders tüchtiger Menschen. Es ließe sich also mit einiger Klugheit eigentlich recht gemütlich seinen eigenen Ansichten entsprechend leben, wenn... nicht irgendwo irgendetwas wäre, das ein unbehagliches Empfinden weckte, eine zeitweise aufsteigende Unruhe sich zeigte darüber, daß manches doch schließlich etwas anderes sein könne, als das eigene Wünschen es sich formt.

Und so ist es auch! Die Wirklichkeit ist ernst und unerbittlich. Die Wünsche der Menschen können in dieser Beziehung keinerlei Abweichung herbeiführen. Ehern bleibt das Gesetz bestehen: „Was der Mensch säet, das wird er vielfach ernten!“

Diese wenigen Worte bergen und sagen viel mehr, als so mancher sich dabei denkt. Haarscharf und genau entsprechen sie dem wirklichen Vorgange der in der Schöpfung ruhenden Wechselwirkung. Es könnte kein treffenderer Ausdruck dafür gefunden werden. Genau wie die Ernte das Vielfache einer Saat ergibt, so trifft den Menschen stets vervielfältigt das wieder, was er in seinen eigenen Empfindungen erweckt und ausschickt, je nach der Art seines Gedanken.

Der Mensch trägt also geistig die Verantwortung für alles, was er tut. Diese Verantwortung setzt schon bei dem Entschlusse ein, nicht erst bei der vollbrachten Tat, die ja nur eine Folge des Entschlusses ist. Und der Entschluß ist das Erwachen eines ernsten Wollens!

Es gibt keine Trennung zwischen dem Diesseits und dem sogenannten Jenseits, sondern alles ist nur ein einziges großes Sein. Die ganze gewaltige den Menschen sichtbare und unsichtbare Schöpfung greift wie ein erstaunlich-geschickter/geschicktes, nie versagender/versagendes Mechanismus/Getriebe (Substituição da palavra estrangeira ‘Mechanismus’. Estrangeirismo. Aqui o mecanismo é palavra masculina e a engrenagem é feminina, por isso muda também o final dos adjetivos.) ineinander, geht nicht nebeneinander. Einheitliche Gesetze tragen das Ganze, die Nervensträngen gleich alles durchdringen, zusammenhalten, und sich gegenseitig in steter Wechselwirkung auswirken!

Wenn die Schulen und Kirchen nun dabei vom Himmel und Hölle sprechen, von Gott und dem Teufel, so ist das richtig. Falsch aber ist eine Erklärung von guten und bösen Kräften. Das muß jeden ernsthaft Suchenden sofort in Irrtümer und Zweifel stürzen; denn wo zwei Kräfte sind, müßten logisch auch zwei Herrscher, in diesem Falle also zwei Götter sein, ein guter und ein böser.

Und das ist nicht der Fall!

Es gibt nur einen Schöpfer, einen Gott, und deshalb auch nur eine Kraft, die alles Seiende durchströmt, belebt und fördert!

Diese reine, schöpferische Gotteskraft durchfließt fortwährend die ganze Schöpfung, liegt in

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ihr, ist untrennbar von ihr. Überall ist sie zu finden: in der Luft, in jedem Wassertropfen, in dem wachsenden Gestein, der strebenden Pflanze, dem Tier, und natürlich auch dem Menschen. Es gibt nichts, wo sie nicht wäre.

Und wie sie alles durchflutet, so durchströmt sie auch ohne Unterlaß den Menschen. Dieser ist nun derart konstruiert/beschaffen (Substituição da palavra estrangeira ‘konstruiert’. Estrangeirismo.), daß er einer Linse gleicht. Wie eine Linse die sie durchströmenden Sonnenstrahlen sammelt und konzentriert/vereint (Substituição da palavra estrangeira ‘konzentriert’. Estrangeirismo.) weiterleitet, so daß die wärmenden Strahlen auf einen Punkt sich vereinigt/vereinigend (Aqui vereinigend = ‘concentrando’ está correto.) sengen und zündend Feuer entflammen, so sammelt der Mensch durch seine besondere Beschaffenheit die durch ihn strömende Schöpfungskraft durch seine Empfindung und leitet sie konzentriert/gesammelt (Substituição da palavra estrangeira ‘konzentriert’. Estrangeirismo.) weiter durch seine Gedanken.

Je nach der Art dieses Empfindens und der damit zusammenhängenden Gedanken lenkt er also die selbsttätig wirkende schöpferische Gotteskraft zu guter oder zu böser Auswirkung!

Und das ist die Verantwortung, die der Mensch tragen muß!

Ihr, die Ihr oft so krampfhaft sucht, den rechten Weg zu finden, warum macht Ihr es Euch so schwer? Stellt Euch in aller Einfachheit das Bild vor, wie die reine Kraft des Schöpfers durch Euch fließt und Ihr sie lenkt mit Eueren Gedanken nach der guten oder nach der schlechten Richtung. Damit habt Ihr ohne Mühe und ohne Kopfzerbrechen alles! Überlegt, daß es an Euerem einfachen Empfinden und Denken liegt, ob diese gewaltige Kraft nun Gutes oder Übles hervorrufen wird. Welche fördernde oder verderbenbringende Macht ist Euch damit gegeben!

Ihr braucht Euch dabei nicht anzustrengen, daß der Schweiß auf die Stirne tritt, braucht Euch nicht an eine sogenannte okkulte Übung anzukrampfen, um durch alle möglichen und unmöglichen körperlichen und geistigen Verkrümmungen irgendeine für Eueren wahren geistigen Aufschwung völlig nichtssagende Stufe zu erreichen!

Laßt ab von dieser zeitraubenden Spielerei, die schon so oft zur peinigenden Quälerei geworden ist, die nichts anderes bedeutet als die früheren Selbstgeißelungen und Kasteiungen in den Klöstern. Es ist nur eine andere Form derselben, die Euch ebensowenig Gewinn zu bringen vermag.

Die sogenannten okkulten Meister und Schüler sind moderne Pharisäer! In dem wahrsten Sinne des Wortes. Sie geben das getreue Spiegelbild der Pharisäer zu der Zeit Jesus von Nazareth.

Mit reiner Freude denkt daran, daß Ihr mühelos durch Euer einfaches, gutwollendes Empfinden und Denken die einzige und gewaltige Schöpfungskraft zu lenken vermögt. Genau in der Art Eueres Empfindens und Euerer Gedanken wirkt sich die Kraft dann aus. Sie arbeitet allein, Ihr braucht sie nur zu lenken. Und das geschieht in aller Einfachheit und Schlichtheit! Dazu bedarf es keiner Gelehrsamkeit, nicht einmal des Lesens und des Schreibens. Es ist jedem von Euch in gleichem Maße gegeben! Darin besteht kein Unterschied.

Wie ein Kind spielend an dem Schalter einen elektrischen Strom einzuschalten vermag, der ungeheuere Wirkungen ausübt, so ist es Euch geschenkt, durch Euere einfachen Gedanken göttliche Kraft zu lenken. Ihr könnt Euch darüber freuen, könnt darauf stolz sein, sobald Ihr es benützt zum Guten! Aber zittert, wenn Ihr es nutzlos vergeudet oder gar zu Unreinem verwendet! Denn den in der Schöpfung ruhenden Gesetzen der Wechselwirkung könnt Ihr nicht entgehen. Und hättet Ihr Flügel der Morgenröte, die Hand des Herrn, dessen Kraft Ihr damit mißbrauchet, würde Euch durch diese selbsttätig arbeitende Wechselwirkung treffen, wo Ihr Euch auch verbergen wolltet.

Das Böse wird mit der gleichen reinen, göttlichen Kraft bewirkt wie das Gute!

Und diese Jedem freigestellte Art der Verwendung dieser einheitlichen Gotteskraft birgt die Verantwortung in sich, der niemand zu entgehen vermag. Deshalb rufe ich jedem Suchenden zu: „Halte den Herd Deiner Gedanken rein, Du stiftest damit Frieden und bist glücklich!“

Frohlocket, Ihr Unwissenden und Schwachen; denn Euch ist dieselbe Macht gegeben wie den Starken! Macht es Euch also nicht zu schwer! Vergeßt nicht, daß die reine selbstschaffende Gotteskraft auch durch Euch strömt, und daß auch Ihr als Menschen befähigt seid, dieser Kraft eine bestimmte Richtung zu geben durch die Art Euerer inneren Empfindungen, also Eueres Wollens, zum Guten wie

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zum Bösen, verheerend oder aufbauend, Freude oder Leid bringend!

Da es nur diese eine Gotteskraft gibt, klärt sich auch damit das Geheimnis, warum das Dunkel dem Lichte, das Übel dem Guten in jedem ernsten Endkampfe weichen muß. Lenkt Ihr die Gotteskraft zum Guten, so bleibt sie in ihrer ursprünglichen Reinheit ungetrübt und entwickelt dadurch eine viel stärkere Kraft, während mit der Trübung ins Unreine gleichzeitig eine Schwächung vor sich geht. So wird in einem Endkampfe die Reinheit der Kraft immer durchschlagend wirken und ausschlaggebend sein.

Was gut ist und was böse, das fühlt ein jeder bis in die Fingerspitzen, unausgesprochen. Darüber zu grübeln, würde nur verwirren. Dumpfes Grübeln ist Kraftverschwendung, wie ein Sumpf, zäher Morast, der alles Erreichbare lähmend umklammert und erstickt. Frische Fröhlichkeit jedoch zerreißt den Bann des Grübelns. Ihr habt es nicht nötig, traurig und gedrückt zu sein! Jeden Augenblick könnt Ihr den Weg zur Höhe beginnen und Vergangenes gutmachen, was es auch sei! Macht weiter nichts, als an den Vorgang der Euch stets durchströmenden reinen Gotteskraft zu denken, dann scheut Ihr selbst davor zurück, diese Reinheit in schmutzige Kanäle übler Gedanken zu leiten, weil Ihr ohne jede Anstrengung auf gleiche Weise das Höchste und Edelste erreichen könnt. Ihr braucht ja nur zu lenken, die Kraft wirkt dann allein in der von Euch gewollten Richtung.

Ihr habt damit das Glück oder das Unglück in eigener Hand. Hebt deshalb stolz das Haupt und frei und kühn die Stirn. Das Übel kann nicht nahen, wenn Ihr es nicht ruft! Wie Ihr es wollt, so wird es Euch geschehen!

Schicksal

Destino

Die Menschen reden von verdientem und unverdientem Schicksal, von Lohn und Strafe, Vergeltung und Karma2.

Das alles sind nur Teilbezeichnungen eines in der Schöpfung ruhenden Gesetzes: Das Gesetz der Wechselwirkung!

Ein Gesetz, das in der ganzen Schöpfung von Urbeginn an liegt, das in das große, nimmer endende Werden unlösbar hineingewoben wurde als ein notwendiger Teil des Schaffens selbst und der Entwickelung/Entwicklung (É a mesma coisa. Com o ‘e’ é uma forma mais antiga.). Wie ein Riesensystem feinster Nervenfäden hält und belebt es das gewaltige All und fördert dauernde Bewegung, ein ewiges Geben und Nehmen!

Einfach und schlicht, und doch so treffend hat es der große Wahrheitsbringer Christus Jesus schon gesagt: „Was der Mensch säet, das wird er ernten!“

Die wenigen Worte geben das Bild des Wirkens und Lebens in der ganzen Schöpfung so glänzend wieder, wie es kaum anders gesagt werden kann. Ehern eingewebt ist der Sinn der Worte in dem Sein. Unverrückbar, unantastbar, unbestechlich in der fortwährenden Auswirkung.

Ihr könnt es sehen, wenn Ihr sehen wollt! Beginnt damit bei der Beobachtung der Euch jetzt sichtbaren Umgebung. Was Ihr Naturgesetze nennt, sind ja die göttlichen Gesetze, sind des Schöpfers Wille. Ihr werdet schnell erkennen, wie unentwegt sie sich in dauernder Betätigung befinden; denn so Ihr Weizen säet, werdet Ihr nicht Roggen ernten, und so Ihr Roggen streut, kann Euch nicht Reis erstehen! Das ist jedem Menschen so selbstverständlich, daß er über das eigentliche Geschehen dabei gar nicht nachdenkt. Er wird sich deshalb des darin ruhenden strengen und großen Gesetzes gar nicht bewußt. Und doch steht er dabei vor der Lösung eines Rätsels, das ihm kein Rätsel zu sein braucht.

Das gleiche Gesetz nun, das Ihr hierbei zu beobachten vermögt, wirkt sich mit derselben Sicherheit und Stärke auch in den zartesten Dingen aus, die Ihr nur durch Vergrößerungsgläser zu erkennen fähig seid, und noch weitergehend in dem feinstofflichen Teile der ganzen Schöpfung, der der weitaus größere ist. In jedem Geschehen liegt es unabänderlich, auch in der zartesten Entwicklung/

2Schicksal. (Inclusão de uma nota explicativa para o sentido da palavra ‘karma’ [Carma: Destino].)

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Entwickelung (É a mesma coisa. Com o ‘e’ é uma forma mais antiga.) Euerer Gedanken, die ja auch eine gewisse Stofflichkeit haben, da sie sonst keine Wirkung hervorzubringen vermöchten.

Wie konntet Ihr wähnen, daß es gerade dort anders sein soll, wo Ihr es anders haben möchtet? Euere Zweifel sind in Wirklichkeit weiter nichts als ausgesprochene innere Wünsche!

Es ist in dem ganzen Euch sichtbaren und unsichtbaren Sein nicht anders, als daß jede Art die ihr gleiche Art bringt, gleichviel von welchem Stoffe. Ebenso fortdauernd ist das Wachsen und Werden, Früchte bringen und die gleiche Art gebären. Dieses Geschehen geht einheitlich durch alles, macht keine Unterschiede, läßt keine Lücke, hält nicht vor einem anderen Teile der Schöpfung an, sondern trägt die Wirkungen hindurch wie einen unzerreißbaren Faden, ohne abzusetzen oder abzubrechen. Wenn sich auch der größte Teil der Menschheit in ihrer Beschränkung und Einbildung von dem Weltall isolierten/absonderte (Substituição da palavra estrangeira ‘isolierten’. Estrangeirismo.), die göttlichen oder Naturgesetze haben deshalb nicht aufgehört, sie als dazu gehörig zu betrachten, und in unveränderter Art ruhig und gleichmäßig weiter zu arbeiten.

Das Gesetz der Wechselwirkung bedingt aber auch, daß der Mensch alles, was er säet, also dort, wo er die Ursache zu einer Wirkung oder Auswirkung gibt, auch ernten muß!

Der Mensch hat immer nur den freien Entschluß, die freie Entscheidung bei Beginn einer jeden Sache darüber, wohin die ihn durchströmende Allkraft geleitet werden soll, nach welcher Richtung. Die daraus entstehenden Folgen der sich in der von ihm gewollten Richtung betätigten Kraft muß er dann tragen. Trotzdem beharren viele auf der Behauptung, daß der Mensch doch keinen freien Willen habe, wenn er einem Schicksale unterworfen ist!

Diese Torheit soll nur den Zweck einer Selbstbetäubung haben, oder ein grollendes Sichfügen in etwas Unvermeidliches sein, eine murrende Resignation/Ergebung (Substituição da palavra estrangeira ‘Resignation’. Estrangeirismo.), hauptsächlich aber eine Selbstentschuldigung; denn jede dieser auf ihn zurückfallenden Auswirkungen hat einen Anfang genommen, und bei diesem Anfange lag die Ursache für die spätere Auswirkung in einem vorausgegangenen freien Entschluß des Menschen. Dieser freie Entschluß ist jeder Wechselwirkung, also jedem Schicksal, einmal vorausgegangen! Mit einem ersten Wollen hat der Mensch jedesmal etwas erzeugt, erschaffen, in dem er später, über kurz oder lang, selbst einmal zu leben hat. Wenn/Wann (Uma correção necessária. Ambas significam a mesma coisa, mas nesta frase o correto é ‘Wann’. Apesar da correção, a palavra não foi mantida em itálico. Talvez por um erro de edição.) dies erfolgt, ist aber sehr verschieden. Es kann noch in dem gleichen Erdendasein sein, in dem das erste Wollen den Anfang dazu schuf, ebensogut kann es aber nach Ablegen des grobstofflichen Körpers in der feinstofflichen Welt geschehen, oder aber noch später wieder in einem grobstofflichen Erdendasein. Die Veränderungen spielen dabei keine Rolle, sie befreien den Menschen nicht davon. Dauernd trägt er die Verbindungsfäden mit sich, bis er davon erlöst, das heißt „gelöst“ wird durch die endliche Auswirkung, die durch das Gesetz der Wechselwirkung erfolgt.

Der Erschaffende ist an seine eigene Schöpfung gebunden, wenn er sie auch anderen zugedacht hat!

Wenn also heute ein Mensch den Entschluß faßt, einem anderen irgend etwas Übles zu tun, sei es nun in Gedanken, Worten oder Werken, so hat er damit etwas „in die Welt gesetzt“, ganz gleichgültig, ob allgemein sichtbar oder nicht, ob also grobstofflich oder feinstofflich, es hat Kraft und somit Leben in sich, das sich in der gewollten Richtung weiter entwickelt und betätigt.

Wie sich die Wirkung nun bei dem auslöst, dem es gelten soll, liegt ganz an der seelischen Beschaffenheit des Betreffenden, dem es dadurch entweder großen oder kleinen, vielleicht auch verändert als wie den gewollten, oder auch gar keinen Schaden bringen kann; denn der seelische Zustand des Betreffenden ist wiederum allein maßgebend für diesen selbst. Es ist also niemand solchen Dingen schutzlos preisgegeben.

Anders mit dem, der durch seinen Entschluß und sein Wollen die Ursache zu dieser Bewegung gegeben hat, also der Erzeuger war. Mit diesem bleibt seine Erzeugung unbedingt verbunden, und kommt nach einer kurzen oder langen Wanderung im Weltall wieder zu ihm zurück, verstärkt, wie eine Biene beladen durch die Anziehung der Gleichart. Das Gesetz der Wechselwirkung löst sich dabei aus, indem eine jede Erzeugung bei seiner/ihrer (Uma correção necessária. O correto é ‘ihrer’, pois se refere à palavra ‘Erzeugung’ que é feminina.) Bewegung durch das All verschiedene Gleicharten anzieht oder von solchen selbst angezogen wird, durch deren Zusammenschluß dann eine Kraftquelle

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entsteht, die verstärkte Kraft der gleichen Art wie von einer Zentrale aus an alle die zurücksendet, die durch ihre Erzeugungen wie an Schnüren mit dem Sammelplatze verbunden werden.

Durch diese Verstärkung tritt auch eine immer größere Verdichtung ein, bis zuletzt ein grobstofflicher Niederschlag davon entsteht, in dem der einstige Erzeuger nun in der damals von ihm gewollten Art sich selbst ausleben muß, um endlich davon befreit zu werden. Das ist das Entstehen und der Werdegang des so gefürchteten und verkannten Schicksals! Es ist gerecht bis in die kleinste und feinste Abstufung, weil es durch die Anziehung nur gleicher Arten in der Rückstrahlung nie anderes bringen kann/kann (Apenas alteração de itálico para normal, pois pelo sentido não precisaria ficar em itálico.), als wie es wirklich ursprünglich selbst gewollt war. Ob für einen bestimmten anderen oder im allgemeinen ist dabei gleichgültig; denn derselbe Werdegang ist natürlich auch, wenn der Mensch sein Wollen nicht unbedingt auf einen anderen Menschen oder auf mehrere richtet, sondern überhaupt in irgendeiner Art Wollen lebt.

Die Art des Wollens, für die er sich entscheidet, ist maßgebend für die Früchte, die er am Ende ernten muß. So hängen zahllose feinstoffliche Fäden an den Menschen, oder er an ihnen, die alle das auf ihn zurückströmen lassen, was immer er einmal ernst gewollt hat. Diese Strömungen geben ein Gebräu, das dauernd stark einwirkt auf die Bildung des Charakters.

So sind in der gewaltigen Maschinerie des Weltalls viele Dinge, die mitwirken an dem „Ergehen“ des Menschen, aber es gibt nichts, wozu der Mensch nicht selbst zuerst die Ursache dazu gegeben hat.

Er liefert die Fäden, aus denen im unermüdlichen Webstuhle des Seins der Mantel gefertigt wird, den er zu tragen hat.

Christus drückte klar und scharf dasselbe aus, als er sagte: „Was der Mensch säet, das wird er ernten.“ Er sagte nicht, „kann“ er ernten, sondern er „wird“. Das ist dasselbe, wie er muß das ernten, was er säet.

Wie oft hört man sonst sehr vernünftige Menschen sagen: „Daß Gott so etwas zuläßt, ist mir unbegreiflich!“

Unbegreiflich aber ist es, daß Menschen so etwas reden können. Wie klein stellen sie sich dieser Äußerung nach Gott vor. Sie geben damit den Beweis, daß sie sich ihn als einen „willkürlich handelnden Gott“ denken.

Aber Gott greift in alle diese kleinen und großen Menschensorgen, Kriege, Elend und was Irdisches noch mehr ist, gar nicht direkt ein! Er hat von Anfang an in die Schöpfung seine vollkommenen Gesetze gewoben, die selbsttätig ihre unbestechliche Arbeit durchführen, so daß sich alles haarscharf erfüllt, ewig gleich sich auslöst, wodurch eine Bevorzugung ebenso ausgeschlossen ist wie eine Benachteiligung, jede Ungerechtigkeit unmöglich bleibt. Gott braucht sich also darum nicht extra/besonders (Substituição da palavra estrangeira ‘extra’. Estrangeirismo.) zu kümmern, sein Werk ist lückenlos.

Ein Hauptfehler so vieler Menschen ist aber der, daß sie nur nach dem Grobstofflichen urteilen und sich darin als Mittelpunkt sehen, sowie mit einem Erdenleben rechnen, während sie in Wirklichkeit schon mehrere Erdendaseins hinter sich haben. Diese, sowie auch die Zwischenzeiten in der feinstofflichen Welt, gelten als ein einheitliches Sein, durch das die Fäden ohne abzubrechen straff gezogen sind, so daß also in den Auswirkungen eines jeweiligen irdischen Daseins nur ein kleiner Teil dieser Fäden sichtbar wird. Ein großer Irrtum ist es (Inclusão necessária. Provavelmente um erro de edição em 1926.) demnach, zu glauben, daß mit dem Geborenwerden ein vollkommen neues Leben einsetzt, daß ein Kind also „unschuldig“ ist3, und daß alle Geschehnisse nur auf das kurze Erdendasein berechnet werden dürfen. Wäre dies wirklich, so müßten selbstverständlich bei bestehender Gerechtigkeit Ursachen, Wirkungen und Rückwirkungen geschlossen auf die Spanne eines Erdendaseins fallen.

Wendet Euch ab von diesem Irrtum. Ihr werdet dann schnell die jetzt so oft vermißte Logik und Gerechtigkeit in allen Geschehnissen entdecken!

Viele erschrecken dabei und fürchten sich vor dem, was sie nach diesen Gesetzen in der Rückwirkung von früher her noch zu erwarten haben.

3Siehe Vortrag Nr. 15: Das Geheimnis der Geburt. (Apenas inclusão do número da dissertação e do título completo.)

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Doch das sind unnötige Sorgen für die, denen es ernst ist mit dem guten Wollen; denn in den selbsttätigen Gesetzen liegt auch gleichzeitig die sichere Gewähr für Gnade und Vergebung!

Ganz abgesehen davon, daß mit dem festen Einsetzen des guten Wollens sofort eine Grenze gesetzt wird für den Punkt, wo die Kette der üblen Rückwirkungen ein Ende erreichen muß, tritt noch ein anderer Vorgang in Kraft, der von ungeheuerem Werte ist. Durch das dauernd gute Wollen in allem Denken und Tun fließt ebenfalls rückwirkend aus der gleichartigen Kraftquelle beständige Verstärkung, so daß das Gute fester und fester in dem Menschen selbst wird, aus ihm heraustritt und zunächst die feinstoffliche Umgebung darnach formt, die ihn wie eine Schutzhülle umgibt, so ähnlich, wie die Luftschicht um die Erde dieser Schutz gewährt.

Kommen nun üble Rückwirkungen von früher her zur Auslösung auf diesen Menschen zurück, so gleiten sie an der Reinheit von dessen Umgebung oder Hülle ab und werden so von ihm abgelenkt.

Dringen sie aber trotzdem in diese Hülle ein, so werden die üblen Strahlungen entweder sofort zersetzt, oder doch bedeutend abgeschwächt, wodurch die schädliche Auswirkung gar nicht oder nur in ganz geringem Maße stattfinden kann.

Außerdem ist durch die erfolgte Wandlung auch der eigentliche innere Mensch, auf den die Rückstrahlungen eingestellt sind, mit dem andauernden Bestreben zum guten Wollen viel verfeinerter und leichter geworden, so daß er der größeren Dichtheit übler oder niederer Strömungen nicht mehr gleichartig gegenübersteht. Ähnlich wie bei der drahtlosen Telegraphie, wenn der Empfangsapparat nicht auf die Stärke des Sendapparates eingestellt ist.

Die natürliche Folge davon ist, daß die dichteren Strömungen, weil andersartig, nicht festhaken können und ohne Auswirkung schadlos hindurchgehen.

Deshalb ungesäumt ans Werk! Der Schöpfer hat Euch in der Schöpfung alles in die Hand gelegt. Nützet die Zeit! Jeder Augenblick birgt für Euch das Verderben oder den Gewinn!

Die Erschaffung des Menschen

A criação do ser humano

„Gott schuf den Menschen nach seinem Ebenbilde und hauchte ihm seinen Odem ein!“

Das sind zwei Begebenheiten: das Schaffen und das Beleben! (Apenas quebra de parágrafo diferente nas duas edições. Em 1931 as duas frases estão dispostas no mesmo parágrafo.)

Beide Vorgänge waren wie alles streng den bestehenden göttlichen Gesetzen unterworfen. Nichts kann außer dem Rahmen derselben treten. Kein göttlicher Willensakt wird sich diesen den göttlichen Willen selbst tragenden unverrückbaren Gesetzen gegenüberstellen. Auch jede Offenbarung und Verheißung erfolgt im Hinblick auf diese Gesetze und muß sich in diesen erfüllen, nicht anders!

So auch die Menschwerdung auf der Erde (na Terra), die ein Fortschritt der gewaltigen Schöpfung war, der Übergang des Grobstofflichen in einen ganz neues, gehobeneres Stadium/neuen, gehobenen Entwicklungsabschnitt. (Dois casos: 1º. Correção necessária, pois como há a declinação do dativo o correto é com a terminação dos adjetivos em ‘en’: neuen, gehobenen; 2º. Substituição da palavra estrangeira ‘Stadium’. Estrangeirismo.)

Von der Menschwerdung zu sprechen bedingt das Wissen von der feinstofflichen Welt; denn der Mensch in Fleisch und Blut ist als förderndes Bindeglied geschoben zwischen den feinstofflichen und den grobstofflichen Schöpfungsteil, während seine Wurzel in dem Reingeistigen bleibt.

„Gott schuf den Menschen nach seinem Ebenbilde!“ Dieses Schaffen oder Erschaffen war eine lange Kette der Entwicklung, die sich streng innerhalb der von Gott selbst in die Schöpfung gewobenen Gesetze abspielte. Von dem Höchsten eingesetzt, arbeiten diese Gesetze eisern, unentwegt an der Erfüllung seines Willens, selbsttätig als ein Stück von ihm der Vollendung entgegen.

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So auch mit der Erschaffung des Menschen als Krone des ganzen Werkes, in dem sich alle Kräfte/Arten (Alteração necessária, tornando o sentido mais preciso com a palavra ‘Arten’ [espécies].) vereinigen sollten, die in der Schöpfung lagen. Deshalb wurde in der grobstofflichen Welt, der irdisch sichtbaren Materie, nach und nach in der Fortentwicklung das Gefäß geformt, in das ein Funke aus dem Reingeistigen inkarniert/gesenkt (Alteração necessária, tornando o sentido mais preciso com a palavra ‘gesenkt’ [baixado].) werden konnte, der unsterblich war. Durch das andauernd strebende Formen entstand mit der Zeit das höchstentwickelte Tier, das denkend sich schon verschiedener Hilfsmittel zum Lebensunterhalte und zur Verteidigung bediente. Wir können auch heute niedere Tiersorten/Tierarten (Alteração necessária, tornando o sentido mais preciso com a palavra ‘Tierarten’[espécies animais] ao invés de ‘Tiersorten’ [tipos animais].) beobachten, die sich einzelner Hilfsmittel zur Erlangung und Aufbewahrung ihrer Lebensbedürfnisse bedienen, und die zur Verteidigung oft verblüffende Schlauheit zeigen.

Die vorhin erwähnten höchstentwickeltsten (Neste caso não há alteração de sentido. O ‘st’ apenas reforçaria o sentido de superlativo da frase.) Tiere, die mit den stattgefundenen Erdumwälzungen hinweggenommen wurden, bezeichnet man heute mit dem Namen „Urmenschen“. Sie aber Vorfahren der Menschen zu nennen, ist ein großer Irrtum! Mit demselben Rechte könnte man die Kühe als „Teilmütter“ der Menschheit bezeichnen, da die größte Zahl der Kinder in den ersten Monaten ihres Lebens die Milch der Kühe direkt zum Aufbau ihres Körpers brauchen, durch ihre Hilfe also lebensfähig bleiben und wachsen. Viel mehr hat das edle und denkende Tier „Urmensch“ auch nicht mit dem wirklichen Menschen zu tun; denn der grobstoffliche Körper des Menschen ist weiter nichts als das unerläßliche Hilfsmittel, das er braucht, um in dem grobstofflich Irdischen nach jeder Richtung hin wirken zu können und sich verständlich zu machen.

Mit der Behauptung, daß der Mensch vom Affen abstamme, wird buchstäblich „das Kind mit dem Bade ausgeschüttet!“ Es ist damit weit über das Ziel hinausgegriffen. Ein Teilvorgang zur alleinigen Volltatsache erhoben. Die Hauptsache fehlt dabei!

Es würde zutreffen, wenn der Körper des Menschen tatsächlich „Der Mensch“ wäre. So aber ist der grobstoffliche Körper nur seine Bekleidung, die er ablegt, sobald er in die Feinstofflichkeit zurückkehrt.

Wie erfolgte nun die erste Menschwerdung?

Nach dem Höhepunkte in der grobstofflichen Welt mit dem vollendetsten Tiere mußte eine Veränderung zur Weiterentwicklung kommen, wenn kein Stillstand eintreten sollte, der mit seinen Gefahren Rückgang werden konnte. Und diese Veränderung war vorgesehen und kam: Als Geistfunken ausgegangen, durch die feinstoffliche Welt alles erneuernd und hebend gezogen, stand an deren Grenze in dem Augenblicke, als das grobstofflich-irdische Gefäß in seiner Entwicklung den Höhepunkt erreicht hatte, der feinstofflich-geistige Mensch ebenfalls fertig bereit, sich mit dem Grobstofflichen zu verbinden, um dieses zu fördern und zu heben.

Während also das Gefäß in der Grobstofflichkeit herangereift erschaffen war, hatte sich die Seele in der Feinstofflichkeit so weit entwickelt, daß sie genügend Kraft besaß, bei Eintritt in das grobstoffliche Gefäß ihre Selbständigkeit zu bewahren.

Die Verbindung dieser beiden Teile bedeutete nun eine innigere Vereinigung der grobstofflichen Welt mit der feinstofflichen Welt bis hinauf in das Geistige.

Erst dieser Vorgang war die Geburt des Menschen!

Die Zeugung selbst ist auch heute noch bei den Menschen ein rein tierischer Akt. Höhere oder niedere Empfindungen dabei haben mit dem Akte selbst nichts zu tun, sondern bringen besondere/aber sie bringen (mas sim trazem especiais/mas elas trazem) geistige Auslösungen, deren Wirkungen in der Anziehung unbedingter Gleichart von großer Bedeutung werden.

Rein tierischer Art ist auch die Entwicklung des Körpers bis zur Mitte der Schwangerschaft. Rein tierisch ist eigentlich nicht der richtige Ausdruck, sondern ich will es mit rein grobstofflich bezeichnen.

Erst in der Mitte der Schwangerschaft, bei einer bestimmten Reife des werdenden Körpers, wird der für die Geburt vorgesehene Geist inkarniert, der bis dahin sich viel in der Nähe der werdenden Mutter aufhält. Das Eintreten des Geistes löst die ersten Zuckungen des kleinen sich entwickelnden

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grobstofflichen Körpers aus, also die ersten Kindesbewegungen. Hier entsteht auch das eigenartig beseligte Gefühl des schwangeren Weibes, bei dem von diesem Augenblick an ganz andere Empfindungen eintreten: das Bewußtsein der Nähe des zweiten Geistes in ihr, das Fühlen desselben. Und je nach Art des neuen, zweiten Geistes in ihr werden auch ihre eigenen Empfindungen sein.

So ist der Vorgang bei jeder Menschwerdung. Nun aber zurück zur ersten Menschwerdung.

Es war also der große Abschnitt in der Entwicklung der Schöpfung gekommen: Auf der einen Seite in der grobstofflichen Welt stand das höchstentwickelte Tier, das den grobstofflichen Körper als Gefäß für den kommenden Menschen liefern sollte, auf der anderen Seite in der feinstofflichen Welt stand die entwickelte Menschenseele, die der Verbindung mit dem grobstofflichen Gefäß entgegenharrte, um damit allem Grobstofflichen einen weiteren Aufschwung zur Durchgeistigung zu geben.

Als nun ein Zeugungsakt zwischen dem edelsten Paare dieser hochentwickelten Tiere erfolgte, wurde zur Stunde der Inkarnierung nicht wie bisher eine Tierseele4, sondern an dessen Stelle die dafür bereitstehende Menschenseele inkarniert, die den unsterblichen Geistesfunken in sich trug. Die feinstofflichen Menschenseelen mit vorwiegend positiv entwickelten Fähigkeiten inkarnierten sich der Gleichart entsprechend in männliche Tierkörper, die mit vorwiegend negativen, zarteren Fähigkeiten in die ihrer Art näher kommenden weiblichen Körper5. (As almas humanas de matéria fina com aptidões desenvolvidas de modo predominantemente positivo encarnaram-se de acordo com a igual espécie em corpos animais masculinos, aquelas com aptidões predominantemente negativas, mais delicadas, em corpos femininos mais próximos à sua espécie.)

Dieser Vorgang gibt keinen Stützpunkt zu der Behauptung, daß der Mensch, der seinen wirklichen Ursprung im Geistigen hat, von dem Tiere „Urmensch“ abstamme, der nur das grobstoffliche Übergangsgefäß dazu liefern konnte. Es würde auch heute den stärksten Materialisten nicht einfallen, sich direkt/unmittelbar (Substituição da palavra estrangeira ‘direkt’. Estrangeirismo.) verwandt mit einem Tiere zu betrachten, und doch ist jetzt wie damals eine enge Körperverwandtschaft, also eine grobstoffliche Gleichart vorhanden, während der wirkliche „lebende“ Mensch, also das eigentliche geistige „Ich“ des Menschen in gar keiner Gleichart oder Ableitung zu dem Tiere steht.

Nach der Geburt des ersten Menschen/Erdenmenschen (ser humano/ser humano terreno) stand nun dieser in Wirklichkeit allein, elternlos, da er die Tiere trotz deren hoher Entwicklung nicht als Eltern erkennen konnte und keine Gemeinschaft mit ihnen zu haben vermochte. Er brauchte es auch nicht; denn er war ganz Empfindungsmensch uns lebte als solcher mit in der feinstofflichen Welt, die ihm Werte gab, die alles andere ergänzten. Die Abspaltung des Weibes von dem ersten Menschen war eine feinstofflich-geistige. Sie geschah nicht grobstofflich-irdisch, wie ja die Bezeichnungen der Bibel und alten religiösen Niederschriften sich vorwiegend nur auf geistige und feinstoffliche Begebenheiten beziehen. Der Mensch als solcher stand allein und verwendete nun im Wachsen vorwiegend dis schrofferen, strengeren Empfindungen bei seinem Lebensunterhalte, wodurch die zarteren mehr und mehr zur Seite gedrängt und isoliert wurden, bis sie sich als der zartere Teil des geistigen Menschen ganz abspalteten. (Ele também não necessitava disso; pois ele era totalmente ser humano intuitivo e vivia como tal no mundo de matéria fina, o qual lhe dava valores, que completavam tudo o mais. A cisão da mulher do primeiro ser humano foi fino-material-espiritual. Ela não se realizou de forma grosso-material-terrena, como as explanações da Bíblia e antigos escritos religiosos referem-se predominantemente apenas a acontecimentos espirituais e fino-materiais. O ser humano como tal encontrava-se sozinho e utilizava então no crescimento predominantemente as intuições mais grosseiras e severas para a manutenção de sua vida, com o que as mais delicadas foram cada vez mais e mais postas de lado e isoladas, até se separarem por completo como a parte mais delicada do ser humano espiritual.)

Dieser zweite Teil nun wurde, um nicht unwirksam im grobstofflichen zu bleiben, wo er zur Hebung unbedingt in erster Linie notwendig war, in ein zweites Gefäß inkarniert, das der Feinheit entsprechend weiblichen Geschlechtes war, während die schrofferen Empfindungen dem grobstofflich stärkeren Manne blieben. Genau den Gesetzen der feinstofflichen Welt entsprechend, in der sich alles sofort formend Zartes und Schwaches in weiblichen Formen zeigt, strenges und starkes in männlichen.

(Esta segunda parte, então, fora encarnada, para não permanecer inativa na matéria grosseira, onde era absolutamente necessária em primeira linha para elevação, em um segundo receptáculo, que, correspondendo a sua fineza, era do sexo feminino, ao passo que as intuições mais grosseiras 4Vortrag Nr. 49: Der Unterschied im Ursprung zwischen Mensch und Tier. (apenas inclusão do número da dissertação e do título completo)5Vortrag Nr. 78: Geschlecht. (apenas citação da dissertação Nº 78: Sexo)

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permaneceram com o homem materialmente mais forte. Correspondendo exatamente às leis do mundo fino-material, no qual tudo o que é delicado e fraco se forma, mostrando-se imediatamente em formas femininas e o que é severo e forte em masculinas.)

Die Frau sollte und könnte also/konnte nun (poderia portanto/podia então) in Wirklichkeit durch ihre wertvolleren geistigen Eigenschaften vollkommener sein als der Mann, wenn sie sich nur bemüht hätte, die ihr gegebenen Empfindungen mehr und mehr harmonisch abzuklären, wodurch sie eine Macht geworden wäre, die umwälzend und hochfördernd in der ganzen grobstofflichen Schöpfung wirken mußte. Leider aber hat gerade sie in erster Linie versagt, da sie sich zum Spielball der ihr zugeteilten starken Empfindungskräfte hingab, die sie dazu noch trübte und verunreinigte durch Gefühl und Fantasie.

Welch tiefer Sinn liegt in der biblischen Erzählung von dem Naschen von dem Baume der Erkenntnis! Wie das Weib, durch die Schlange dazu angeregt, dem Manne den Apfel reichte. Besser konnte der Vorgang in der Stofflichkeit bildlich gar nicht ausgedrückt werden.

Das Apfelreichen, von dem Weibe ausgehend, war das Sichbewußtwerden des Weibes ihrer Reize dem Manne gegenüber, und das gewollte Benützen derselben. Das Nehmen und Essen des Mannes aber war dessen Reagieren/Eingehen (Substituição da palavra estrangeira ‘Reagieren’. Estrangeirismo.) darauf mit dem erwachenden Drange, die Aufmerksamkeit des Weibes nur auf sich zu lenken, indem er begann, sich durch Ansammeln von Schätzen und Aneignung verschiedener Werte begehrenswert zu machen.

Damit begann das Großziehen des Verstandes, mit seinen Nebenerscheinungen der Gewinnsucht, Lüge, Unterdrückung, dem sich die Menschen zuletzt völlig unterwarfen und somit sich freiwillig zu Sklaven ihres Werkzeuges machten. Mit dem Verstande aber als Herrscher ketteten sie sich in unvermeidbarer Folge nach dessen eigener Beschaffenheit auch fest an Raum und Zeit, und verloren damit die Fähigkeit, etwas zu erfassen oder zu erleben, was über Raum und Zeit erhaben ist, wie alles Geistige, Feinstoffliche. Das war die vollständige Abtrennung von dem eigentlichen Paradiese und von der feinstofflichen Welt, die sie sich selbst zuzogen; denn unabwendbar war es nun, daß sie alles Geistigfeinstoffliche/Geistig-Feinstoffliche (As duas formas de escrever estão corretas.), das weder Raum noch Zeit kennt, mit ihrem durch den Verstand fest an Raum und Zeit gebundenen und damit eng begrenzten Horizonte/Gesichtskreis (Substituição da palavra estrangeira ‘Horizonte’. Estrangeirismo.) ihres Begriffsvermögens nicht mehr „verstehen“ konnten. So wurden für die Verstandesmenschen die Erlebnisse und das Schauen der Empfindungsmenschen, sowie auch die unverstandenen Überlieferungen zu „Märchen“. Die an Zahl immer mehr zunehmenden Materialisten, also die Menschen, die nur noch die grobe, an Raum und Zeit gebundene Materie anzuerkennen fähig sind, lachten zuletzt spöttelnd über die Idealisten, denen durch ihr viel größeres und erweitertes Innenleben der Weg zu der feinstofflichen Welt noch nicht ganz verschlossen war, und schalten sie Träumer, wenn nicht Narren oder sogar Betrüger.

Doch heute stehen wir endlich dicht vor der Stunde, wo der nächste große Abschnitt in der Schöpfung kommt, der unbedingter Aufschwung ist und das bringt, was schon der erste Abschnitt mit der Menschwerdung bringen sollte: Die Geburt des durchgeistigten Vollmenschen!

Des Menschen, der fördernd und veredelnd auf die ganze grobstoffliche Schöpfung wirkt, wie es der eigentliche Zweck der Menschen auf der Erde ist. Dann ist kein Raum mehr für den niederhaltenden, an Raum und Zeit geketteten Materialisten. Ein Fremder wird er sein in allen Landen, heimatlos. Er wird verdorren und vergehen wie Spreu, die sich vom Weizen scheidet. Habt acht, daß Ihr bei dieser Scheidung nicht zu leicht befunden werdet!

Der Mensch in der Schöpfung

O ser humano na Criação

Der Mensch lebte im Anfang/soll in Wirklichkeit nicht nach den bisherigen Begriffen leben, sondern er war/mehr Empfindungsmensch stand, dadurch/sein. Dadurch würde in engster Fühlung mit der feinstofflichen Welt, lebte also mit in dem sogenannten Jenseits und gleichzeitig auch in dem grobstofflichen Diesseits. Durch diese Fähigkeiten bildete er ein zur Fortentwicklung der ganzen

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Schöpfung notwendiges Bindeglied bilden.

O ser humano não vivia no início segundo os conceitos de até agora, mas ele era uma criatura humana intuitiva, encontrava-se assim em contato estreito com o mundo fino-material, portanto, vivia junto e dentro do assim chamado Além e ao mesmo tempo também no Aquém grosso-material. Por meio dessas capacidades constituía ele um elo indispensável ao desenvolvimento contínuo de toda a Criação. (Tradução do primeiro parágrafo conforme publicado em 1926.)

O ser humano não deve, na realidade, viver segundo os conceitos de até agora, mas ser mais criatura humana intuitiva. Com isso constituiria um elo indispensável ao desenvolvimento contínuo de toda a Criação. (Tradução do primeiro parágrafo conforme publicado em 1931.)

Weil er das Feinstoffliche des Jenseits und das Grobstoffliche des Diesseits in sich vereinigte, war/vereinigt, ist (Substituição do tempo verbal para concordar com a modificação do parágrafo anterior.) es ihm möglich, beides zu überschauen, beides gleichzeitig zu erleben. Dazu stand/steht (Substituição do tempo verbal para concordar com a modificação do parágrafo anterior.) ihm noch ein Werkzeug zur Verfügung, das ihn an die Spitze der gesamten grobstofflichen Schöpfung stellt: Der Verstand. Mit diesem Werkzeuge vermochte/vermag (Substituição do tempo verbal para concordar com a modificação do parágrafo anterior.) er zu lenken, also zu führen.

Verstand ist das höchste Irdische und soll das Steuer sein durch das Erdenleben, während die treibende Kraft die Empfindung ist, die der geistigen Welt entstammt. Der Boden des Verstandes ist also der Körper, der Boden der Empfindung aber ist der Geist.

Der Verstand ist an Raum und Zeit gebunden, wie alles irdische, demnach nur ein Produkt des Gehirnes, das zum grobstofflichen Körper gehört. Der Verstand wird sich niemals raum- und zeitlos betätigen können, trotzdem er an sich feinstofflicher wie der Körper ist, aber doch noch zu dicht und schwer, um sich über Raum und Zeit zu erheben. Er ist also vollkommen erdgebunden.

Die Empfindung aber (nicht das Gefühl) ist raum- und zeitlos, kommt deshalb aus dem Geistigen.

So ausgerüstet, konnte der Mensch innig verbunden sein mit dem Feinstofflichsten, ja sogar Fühlung haben mit dem Reingeistigen selbst, und doch inmitten alles Irdischen, Grobstofflichen leben und wirken. Der Mensch allein ist in dieser Weise ausgestattet.

Er allein sollte und konnte die gesunde, frische Verbindung geben als die einzige Brücke zwischen den feinstofflichen und lichten Höhen, und dem grobstofflichen Irdischen! Durch ihn allein in seiner Eigenart konnte das reine Leben vom Lichtquell herab in das tiefste Grobstoffliche und von diesem wieder hinauf in herrlichster, harmonischer Wechselwirkung pulsieren! Er steht verbindend zwischen beiden Welten, so daß durch ihn diese zu einer Welt geschmiedet sind.

Er erfüllte jedoch diese Aufgabe nicht. Er trennte diese beiden Welten, anstatt sie fest vereinigt zu erhalten. Und das war nun der Sündenfall! —

Der Mensch war durch die soeben erklärte Eigenart tatsächlich zu einer Art Herr der grobstofflichen Welt gestellt/bestellt (Sinônimas. Não houve mudança de sentido.) worden, weil die grobstoffliche Welt von seiner Mittlerschaft abhängig ist, insoweit, daß sie je nach seiner Art mitzuleiden gezwungen war, oder durch ihn emporgehoben werden konnte, je nachdem die Strömungen vom Licht- und Lebensquell aus rein durch die Menschheit fließen konnten (Adequação com o verbo ‘Strömungen’ que está no plural.) oder nicht.

Der Mensch aber unterband das für die feinstoffliche und für die grobstoffliche Welt notwendige Fließen dieses Wechselstromes. Wie nun ein guter Blutumlauf den Körper frisch und gesund erhält, so ist es mit dem Wechselstrome in der Schöpfung. Ein Unterbinden muß Verwirrung bringen und Erkrankung, die sich zuletzt in Katastrophen löst.

Dieses schlimme Versagen des Menschen konnte geschehen, weil er den Verstand, der nur vom Grobstofflichen kommt, nicht nur als Werkzeug nützte, sondern sich ihm völlig unterwarf, und ihn zum Herrscher setzte über alles. Er machte sich damit zum Sklaven seines Werkzeuges und wurde nur Verstandesmensch, der sich mit Stolz Materialist zu nennen pflegt!

Indem der Mensch sich ganz nun dem Verstande unterwarf, kettete er sich selbst an alles Grobstoffliche. Wie der Verstand nichts über Raum und Zeit hinaus begreifen kann, vermag es

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selbstverständlich auch nicht der, der sich ihm völlig unterwarf. Sein Horizont/Gesichtskreis (Substituição da palavra estrangeira ‘Horizont’. Estrangeirismo.), also Begriffsvermögen, verengte sich mit dem begrenzten Vermögen des Verstandes. Die Verbindung mit dem Feinstofflichen war damit gelöst, eine Mauer aufgerichtet, die dicht und immer dichter wurde. Da nun der Lebensquell, das Urlicht, Gott, weit über Raum und Zeit erhaben ist, und noch weit über dem Feinstofflichen steht, muß selbstverständlich durch die Bindung des Verstandes jede Fühlung abgeschnitten sein. Aus diesem Grunde ist es dem Materialisten gar nicht möglich, Gott zu erkennen.

Das Essen von dem Baume der Erkenntnis war nichts weiter als das Großziehen des Verstandes. Die damit verbundene Trennung von dem Feinstofflichen war auch das Verschließen des Paradieses als natürliche Folge. Die Menschen schlossen sich selbst aus, indem sie sich durch den Verstand ganz dem Grobstofflichen zuneigten. Sich/, sich (Apenas uma frase transformada em duas frases.) also erniedrigten und freiwillig oder selbstgewählt in Knechtschaft schmiedeten.

Wohin aber führte das? Die rein materialistischen, also erdgebundenen, tiefstehenden Gedanken des Verstandes mit all ihren Nebenerscheinungen der Erwerbs- und Gewinnsucht, Lüge, Raub und/des Raubes und der (Não houve mudança de sentido, apenas adequação da declinação no genitivo.) Unterdrückung usw. mußten die unerbittliche Wechselwirkung der Gleichart herbeiführen, die sich erst geistig zeigte, und dann von diesem auch in das Grobstoffliche überging, alles dementsprechend formte, die Menschen trieb, und zuletzt über allem sich entladen wird mit... Vernichtung!

Versteht Ihr nun, daß die Ereignisse der letzten Jahre kommen mußten? Daß es noch weiter gehen wird bis zur Vernichtung? Ein Weltgericht, das den bestehenden karmischen6 Gesetzen entsprechend nicht zu vermeiden ist. Wie bei einem Gewitter, das sich zusammenzieht und zuletzt Entladung und Vernichtung bringen muß. Gleichzeitig aber auch Reinigung!

Der Mensch diente nicht wie notwendig als Bindeglied zwischen den feinstofflichen und den grobstofflichen Teilen der Schöpfung, ließ den stets erfrischenden, belebenden und fördernden notwendigen Wechselstrom nicht hindurch, sondern trennte die Schöpfung in zwei Welten, indem er sich der Bindung entzog und ganz an das Grobstoffliche kettete, somit mußten beide Weltteile nach und nach erkranken. Der Teil, der den Lichtstrom ganz entbehren mußte, oder durch die wenigen Menschen, die noch Verbindung gaben, zu schwach erhielt, natürlich viel schwerer. Das ist der grobstoffliche Teil, der deshalb einer furchtbaren Krisis entgegentreibt und in kurzer Zeit von gewaltigen Fieberschauern durchrüttelt werden wird, bis alles Kranke darin verzehrt ist und unter neuem, starkem Zustrome aus dem Urquell endlich gesunden kann.

Wer aber wird dabei verzehrt?

Die Antwort darauf liegt in dem natürlichen Geschehen selbst: Jeder empfundene Gedanke nimmt sofort durch die in ihm lebende schöpferische Kraft eine dem Inhalt des Gedankens entsprechende feinstoffliche Form an, bleibt stets wie durch eine Schnur mit seinem Erzeuger verbunden, wird aber von ihm ab- und hinausgezogen durch die Anziehungskraft der Gleichart in allem Feinstofflichen, und getrieben durch das Weltall mit den dieses dauernd durchpulsenden Strömungen, die wie alles in der Schöpfung eiförmig sich bewegen. So kommt die Zeit, wo die im Feinstofflichen zu Leben und Wirklichkeit gewordenen Gedanken mit den unterwegs angezogenen Gleicharten auf ihren Ursprung und Ausgangspunkt zurückfallen, da sie trotz ihrer Wanderung mit diesem in Verbindung bleiben, um nun dort sich zu entladen, auszulösen.

Die Vernichtung wird also in erster Linie bei der nun zu erwartenden letzten geschlossenen Auswirkung die treffen, die durch ihr Denken und Empfinden Erzeuger und dauernde Ernährer waren, also die Materialisten. Daß die schädigende zurückfallende Gewalt noch größere Kreise zieht, und streifend auch nur annähernde Gleicharten dieser Menschen packt, ist unausbleiblich.

Dann aber werden die Menschen das erfüllen, was sie in der Schöpfung sollen. Sie werden das Bindeglied sein, durch ihre Befähigung aus dem Geistigen schöpfen, also sich von der gereinigten Empfindung leiten lassen, und diese in das Grobstoffliche, also Irdische übertragen, wobei sie den Verstand und die gesammelten Erfahrungen nur als Werkzeug dazu benutzen, um mit allem Irdischen rechnend diese reinen Empfindungen im grobstofflichen Leben durchzusetzen, wodurch die ganze grobstoffliche Schöpfung dauernd gefördert, gereinigt und gehoben wird. Dadurch kann auch in der Wechselwirkung Gesünderes zurückfließen von dem Grobstofflichen in das Feinstoffliche, und es wird eine neue, einheitliche und harmonische Welt entstehen. Die Menschen werden aber in richtiger Erfüllung ihrer Tätigkeit die ersehnten Voll- und Edelmenschen sein; denn auch sie erhalten durch

6 Schicksalsmäßigen. (Inclusão de uma nota explicativa para o termo “karmischen”: Conforme o destino)

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die rechte Einstellung in das große Schöpfungswerk ganz andere Kräfte als bisher, die ihnen/sie (Não houve mudança de sentido. Correção necessária, pois nesse caso não deveria haver declinação do pronome ‘sie’.) Zufriedenheit und Glückseligkeit dauernd empfinden lassen.

Erbsünde

Pecado hereditário

Die Erbsünde ging hervor aus dem ersten Sündenfalle.

Die Sünde, also die falsche Handlung, war das Zugroßziehen des Verstandes, die damit verbundene freiwillige Kettung an Raum und Zeit und die dann eintretenden Nebenwirkungen der strikten/genauen (Substituição da palavra estrangeira ‘strikten’. Estrangeirismo.) Verstandesarbeit, wie Gewinnsucht, Übervorteilung, Unterdrückung usw., die viele andere, im Grunde eigentlich alle Übel in Gefolgschaft haben.

Dieser Vorgang hatte natürlich bei den sich entwickelnden reinen Verstandesmenschen nach und nach immer stärkeren Einfluß auf die Bildung des grobstofflichen Körpers. Das den Verstand erzeugende vordere Gehirn wurde durch die andauernden Bemühungen einseitig größer und größer, und es war ganz selbstverständlich, daß bei Zeugungen diese sich verän dernden Formen in der Fortpflanzung des irdischen Körpers zum Ausdruck kamen und die Kinder bei den Geburten ein im-mer mehr entwickelteres, stärkeres Vordergehirn mitbrachten.

Darin lag aber und liegt auch heute noch die Anlage oder Veranlagung zu einer über allen anderen Dingen herrschenden Verstandeskraft, die die Gefahr in sich birgt, bei voller Er weckung den Träger des Gehirnes nicht nur fest an Raum und Zeit zu ketten, also an alles irdisch Grobstoffliche, so daß er unfähig wird, Feinstoffliches und Reingeistiges zu erfassen, son dern ihn auch noch in alles Übel verwickelt, das bei Oberherr schaft des Verstandes unabwendbar bleibt.

Das Mitbringen dieses freiwillig großgezüchteten Vorderge hirnes, in dem die Gefahr der reinen Verstandesherrschaft liegt, mit den dann unvermeidlichen üblen Nebenerscheinungen, ist die Erbsünde!

Also die körperliche Vererbung des jetzt durch seine künst lich gesteigerte Entfaltung mit Großgehirn bezeichneten Teiles, wodurch der Mensch bei der Geburt eine Gefahr mitbringt, die ihn sehr leicht in Übel verstricken kann.

Doch das entzieht ihn nicht etwa einer Verantwortung. Diese bleibt ihm; denn er ererbt nur die Gefahr, nicht die Sünde selbst. Es ist durchaus nicht notwendig, daß er bedingungslos den Verstand herrschen läßt und sich ihm dadurch unterwirft. Er kann im Gegenteile die große Kraft seines Verstandes wie ein scharfes Schwert benutzen und sich in dem irdischen Ge triebe damit den Weg freimachen, den ihm seine Empfindung zeigt, die auch die innere Stimme genannt wird.

Wird aber nun bei einem Kinde durch Erziehung und Schu lung der Verstand zu absoluter/unbeschränkter (Substituição da palavra estrangeira ‘absoluter’. Estrangeirismo.) Herrschaft gehoben, so fällt ein Teil der Schuld oder besser der durch das Gesetz der Wech selwirkung erfolgenden Rückwirkung von dem Kinde ab, da dieser Teil den Erzieher oder Lehrer trifft, der solchen verur-sachte. Er ist von diesem Augenblicke an das Kind gebunden, bis dieses von dem Irrtume und den Folgen desselben befreit ist, und wenn dies Jahrhunderte oder Jahrtausende währen sollte.

Was aber ein derartig erzogenes Kind dann tut, nachdem ihm ernste Gelegenheit zu einer Ein- und Umkehr geboten wurde, trifft es in der Rückwirkung ganz allein. Derartige Ge legenheiten kommen durch gesprochenes oder geschriebenes Wort, durch Erschütterungen im Leben oder ähnliche Vor-kommnisse, die einen Augenblick tiefen Empfindens erzwingen. Sie bleiben nie aus. —

Zwecklos würde es sein, noch weiter darüber zu sprechen, es könnten in allen Streiflichtern nur dauernde Wiederholungen sein, die sich alle in dem einen Punkte treffen müssen. Wer darüber nachdenkt, dem ist bald ein Schleier von den Augen weggezogen, viele Fragen hat er in sich selbst dabei gelöst.

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Gottessohn und Menschensohn

Filho de Deus e Filho do Homem

Ein großer Irrtum läuft schon durch Jahrtausende: die/Die (Erro de edição corrigido.) Annahme, daß Jesus von Nazareth Gottessohn und auch gleichzeitig der oft genannte Menschensohn war, ist falsch! In Jesus von Nazareth war ein Stück der Gottheit inkarniert7, um die Brücke über die Kluft von der Gottheit zur Menschheit zu schlagen, die die Menschheit selbst gerissen hatte durch das Großziehen des an Raum und Zeit gebundenen Verstandes. Somit war Jesus Gottes Sohn, als ein Stück von ihm, der unter der Menschheit seine Mission erfüllte, was er nur in Fleisch und Blut durchführen konnte. Er blieb auch in der Inkarnierung Gottes Sohn.

War er aber Gottessohn, so konnte er nicht Menschensohn sein; denn das ist zweierlei. Und er war und ist noch Gottessohn! Wer ist also der Menschensohn?8

Den Jüngern fiel es schon auf, daß Jesus in der dritten Person sprach, wenn er von dem Menschensohne (Devido a declinação anterior ‘von dem’ é opcional o uso de um ‘e’ no final da palavra e muitas vezes isso fica melhor.) redete, und sie befragten ihn darüber. Die Überlieferungen sind von den Schreibern in der eigenen Voraussetzung geschrieben, daß Jesus, der Gottessohn, und der Menschensohn ein und dieselbe Person sein soll. Darauf haben alle ihre Berichte von vornherein eingestellt, und damit ohne es zu wollen oder zu wissen, Irrtümer verbreitet.

Wenn Jesus von dem Menschensohn sprach, so sprach er vorausschauend von dessen Kommen. Er kündete es selbst an, da das Kommen des Menschensohnes mit dem Wirken des Gottessohnes in engstem Zusammenhange steht. Er sprach: „Wenn aber des Menschen Sohn kommen wird...“ usw.

Es ist ein Kreislauf, wie überall in der Schöpfung. Die Gottheit kam durch Jesus herab zur Menschheit, um die Wahrheit zu bringen und auszusäen. Die Saat ging auf, die Früchte reifen der Ernte entgegen, und nun soll die Menschheit im Kreislaufe durch die von dem Gottesshone gebrachte Wahrheit reif hinaufschäumen zur Gottheit in des Menschen Sohn, und sich durch diesen wieder mit Gott eng verbinden.

Das ist nicht nur rein symbolisch9 gedacht, wie so viele wähnen, sondern das Wort wird sich buchstäblich erfüllen durch eine Person, wie es auch bei Jesus war. Zwischen den beiden Personen Jesus, dem Gottessohne, und dem Menschensohne liegt das gewaltige Menschheitskarma10.

Jesus ging zum Osterfeste nach Jerusalem, wo viele Völker der Erde vertreten waren. Die Menschen schickten Boten aus nach Gethsemane, um Jesus zu holen. Das war die Zeit, da die Menschen haßerfüllt, mit irdischer Roheit durch ihre Boten den Gottgesandten suchen ließen. Nun achtet auf den Augenblick, da er aus dem Garten trat, sie mit Waffen und Fackeln vor ihm standen, mit Gedanken der Vernichtung.

Als der Gottessohn die Worte sprach: „Ich bin’s!“ (Atualmente não se usa mais o apóstrofo, mas não faz diferença o uso do mesmo.) und sich damit der Menschheit auslieferte, setzte das gewaltige Karma ein, das die Menschheit auf sich lud. Von dem Augenblicke an lastete es auf der Menschheit, diese nach den unerbittlichen Gesetzen des Weltalls tiefer und tiefer zur Erde zwingend, bis die Endauflösung naht. Wir stehen dicht davor!

Es wird sich schließen wie ein eiförmiger Kreis. Die Auslösung kommt durch des Menschen Sohn!

Wenn die Menschen durch schwere Ereignisse verzagt, verzweifelt und zermürbt sein werden, klein, ganz klein, dann ist die Stunde da, in der sie sich nach dem verheißenen Gottgesandten sehnen und ihn suchen werden! Und wenn sie wissen, wo er ist, werden von ihnen wie einst Boten ausgeschickt. Doch nicht Gedanken der Vernichtung und des Hasses tragen diese dann in sich, sondern

7Ins irdische Sein eingetreten. (Inclusão de uma nota explicativa para o termo “inkarniert”: inserida na existência terrena)8 Vortrag Nr. 60: Der Menschensohn. (apenas inclusão do número da dissertação e do título completo)9 Sinnbildlich. (Inclusão de uma nota explicativa para o termo “symbolisch”: metáfora)10 Das Menschheitsschicksal. (Inclusão de uma nota explicativa para as palavras “das gewaltige Menschheitskarma”: o destino da humanidade)

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in ihnen kommt die Menschheit diesmal zermürbt, demütig, bittend und vertrauensvoll zu dem, der von dem höchsten Lenker aller Welten ausersehen ist, sie von dem Bann zu lösen, der ihnen Hilfe und Befreiung bringt aus geistiger, wie auch aus irdischer Not.

Auch diese Boten werden fragen. Und wie der Gottessohn einst in Gethsemane die Worte sprach: „Ich bin’s!“ (Atualmente não se usa mais o apóstrofo, mas não faz diferença o uso do mesmo.), wodurch das Menschheitskarma seinen Anfang nahm, so wird diesmal der Gottgesandte mit denselben Worten antworten: „Ich bin’s!“, und damit löst sich dann das schwere Menschheitskarma. Die gleichen Worte, die die große Schuld auf die damals haßerfüllte Menschheit wälzten (Provavelmente, um erro de edição.), werden sie von der nun wieder mit derselben Frage, bangend und doch vertrauend und bittend kommenden Menschheit nehmen.

Gewaltig ist der Kreislauf dieses Karmas und doch so sicher und genau geführt, daß sich darin die Prophezeihungen (Provavelmente, um erro de edição.) erfüllen. Und von der Stunde an, da dieses Wort das zweite Mal/zweitemal (As duas formas de escrever estão corretas e significam a mesma coisa.) durch einen Gottesgesandten der Menschheit gegenüber ausgesprochen wird, geht es aufwärts. Erst dann setzt nach des Höchsten Willen das Reich des Friedens ein, nicht bevor!

Ihr seht auf einer Seite die Boten der hassenden Menschheit sich dem Gottessohne nahen, ihn binden und mißhandeln, scheinbar triumphierend über ihn. Dann folgt darauf der damit selbst herbeigeführte dauernde Niedergang in unausbleiblicher Wechselwirkung. Dabei aber auch gleichzeitig das Erstarken und Reifen einer von Jesus ausgestreuten Saat. Nun naht der von Jesus selbst angekündigte Menschensohn, als Gottgesandter, der im Dienste des Gottessohnes dessen Werk fortführt und vollendet, die Ernte bringt und dabei nach göttlicher Gerechtigkeit Spreu von dem Weizen scheidet.

Jesus, der Gottessohn, kam aus Liebe unter die Menschen, um die Verbindung wieder herzustellen, die die Menschheit zerrissen hatte. Der Menschensohn ist der Mensch, der in Gott ist, und die Verbindung in dem Kreislaufe schließt, so daß die reine Harmonie wieder durch die ganze Schöpfung fließen kann.

Im Lichte der Wahrheit - 1926/1931

Eu vos trouxe aquela Mensagem, da qual os seres humanos terrenos necessitam, se quiserem ascender espiritualmente! Aprofundai-vos direito nela! Contudo, na melhor das hi-póteses a achais bela... e logo perguntais por coisas, que jamais podereis compreender. Por isso também não trazem proveito para vós.

Quando, porém, tiverdes assimilado direito em vós a Mensagem inteira e vivenciado, experimentado dentro de vós cada palavra dela, para convertê-la em ações, como evidência de vossa existência na Terra, então ela se tornará vossa como vossa carne e vosso sangue, dos quais necessitais na Terra para o cumprimento de vossa peregrinação terrena.

Se agirdes dessa forma, então, conseqüentemente, não mais fareis essas perguntas; pois então vos tereis tornado sabedores, tão sabedores, quanto pode tornar-se um espírito humano. E com isso também terminará, ao mesmo tempo, o desejar insensato; pois no sa-ber vos tereis tornado verdadeiramente humildes, tereis colocado de lado as fraquezas de vossa vaidade humana, do orgulho, da presunção de vosso querer saber próprio e todos os muitos defeitos, que um espírito humano adquiriu.

Por conseguinte, quem faz essas perguntas e parecidas dorme ainda na indolência de seu espírito e apenas imagina, de, com isso, acentuar a atividade do espírito e o forte impul-so para a procura. Não é diferente de uma criança, que gostaria de realizar uma corrida e, todavia, nem sequer aprendeu ainda a andar!

Também não podeis tomar da Mensagem partes isoladas, que vos convenham, interes-sem no momento; pois interesse não basta para o aprendizado espiritual, é suficiente apenas para o intelecto, não para o espírito, que exige mais.

Tendes que tomar tudo ou nada.

Dissertação Nº 61: Como assimilar a MensagemRessonâncias da Mensagem do Graal I

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OS DEZ MANDAMENTOS DE DEUSE O PAI NOSSO

interpretados por

ABDRUSCHIN

aos seres humanos

VERLAG „DER RUF“ G.M.B.H. MÜNCHEN 2KARLSTRASSE 40

Quem não se esforça, para compreender direito a Palavra do Senhor, torna-se culpado!Outono de 1929

ÍNDICE

1. Eu sou o Senhor teu Deus! Tu não deverás ter outros deuses ao meu lado!

2. Tu não deverás profanar o nome do Senhor teu Deus!

3. Tu deverás santificar o dia de descanso!

4. Tu deverás honrar pai e mãe!

5. Tu não deverás matar!

6. Tu não deverás cometer adultério!

7. Tu não deverás roubar!

8. Tu não deverás levantar falso testemunho contra teu próximo!

9. Não te deixarás cobiçar a mulher do teu próximo!

10. Tu não deverás cobiçar casa, propriedade e gado do teu próximo, e tudo o que lhe pertence!

Pr ime iro mandamento Eu sou o Senhor teu Deus! Tu não deverás ter outros deuses ao meu lado!

8. Atentai, pois, estritamente à observância deste mandamento. Assim ficareis preservados de muitos fios/golpes do destino de espécie desfavorável, para cujo resgate poderia não vos restar mais tem-po suficiente! Achtet deshalb streng auf Einhaltung dieses Gebotes. Dadurch werdet Ihr von vielen Schicksalsfäden/Schicksalsschlägen ungünstiger Art bewahrt, die abzulösen Euch nicht mehr ge-nügend Zeit verbleiben könnte!

Segundo mandamento Tu não deverás profanar o nome do Senhor teu Deus!

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2. Este claro mandamento do Senhor é, porém, o menos respeitado entre todos os dez mandamentos, portanto, o mais transgredido. São inúmeras as maneiras desses desrespeitos. Mesmo quando o ser humano imagina que muitas das transgressões sejam inteiramente inócuas, apenas maneiras de falar, sem importância, não deixam, apesar disso, de constituir uma transgressão deste man-damento, dado tão severamente! São justamente essas milhares de inobservâncias, supostamente inócuas, que rebaixam o nome sagrado de Deus e, com isso, o conceito de Deus, que está sempre intimamente ligado ao nome, privando-o de sua santidade perante as pessoas e até mesmo perante as crianças, maculam sua intangibilidade pelo uso diário, pelo rebaixamento numa maneira de falar comum! Os seres humanos não têm receio de cair no ridículo com isso. Não tenciono citar nenhuma das numerosas frases; pois para isso o nome é elevado e sagrado demais! Mas a qualquer pessoa bastará prestar atenção durante um dia somente, e certamente há de ficar pasmada diante do imenso número de vezes em que o segundo mandamento é transgredido por pessoas de ambos os sexos, por grandes e pequenos, até pelas crianças, que mal são capazes de compor uma sentença exata. Pois como os velhos cantam, assim também entoam os jovens! Denn wie die Alten sungen, zwitschern auch die Jungen! Por esse motivo, são justamente os rebaixamentos de Deus, muitas vezes, uma das primeiras coisas que a mocidade aprende nessas transgressões, apenas aparente-mente tão inócuas, das leis de Deus!

Quarto mandamento Tu deverás honrar pai e mãe!

1. Este mandamento Deus mandou dar outrora à humanidade através de Moisés. Despertou, porém, indizíveis lutas de alma. Quantas crianças e quantos adultos não lutaram penosamente para não pecar da maneira mais grave justamente contra este mandamento. Como pode uma criança hon-rar o pai, que se degrada no vício da bebida, ou uma mãe, que torna todas as horas amargas ao pai e a todos no lar, em virtude dos seus caprichos, pelo seu temperamento desenfreado, por falta de autocontrole e por tantos outros modos, e impossibilita totalmente o surgir de uma atmosfe-ra serena! Pode uma criança honrar os pais quando ouve que se insultam mutuamente de forma dura, quando enganam um ao outro ou quando chegam até a agredir-se? Muitos acontecimentos matrimoniais tornaram este mandamento freqüentemente uma tortura para os filhos, acarretando a impossibilidade do seu cumprimento. Pois seria apenas hipocrisia, se um filho quisesse afirmar honrar ainda uma mãe, que se porta muito mais amavelmente com estranhos que com seu próprio marido, o pai desse filho. Quando nota nela a tendência para a superficialidade, quando vê como ela, na mais ridícula vaidade, rebaixa-se à escrava submissa de qualquer tolice da moda, que tantas vezes não mais se coaduna com o conceito da serena e elevada maternidade, que rouba toda a be-leza e sublimidade da dignidade materna... como pode um filho, nessas condições, sentir ainda de livre vontade veneração pela mãe? Quanta coisa já encerra essa palavra: “mãe”! Quanto, porém, também exige. Uma criança ainda não envenenada tem de sentir em si de modo inconsciente que uma pessoa de espírito sério e amadurecido nunca poderia decidir-se a expor seu corpo material, apenas para atender aos ditames da moda. Como pode, então, ele/a mãe continuar venerável para a criança! Wie kann er/die Mutter dann dem Kinde heilig bleiben! A veneração natural diminui impulsivamente, transformando-se na forma vazia de um dever habitual ou, conforme a educação, na simples cortesia social, isto é, na hipocrisia, à qual falta qualquer elevação de alma. Justamente aquela elevação, que encerra em si calorosa vida! Que é indispensável à criança e que a acompa-nha em seu crescimento e em seu ingresso na vida, como um escudo protetor, resguardando-a de tentações de toda natureza e que interiormente permanece como um forte local de refúgio, sempre que se encontrar em alguma dúvida. Até na idade avançada! A palavra “mãe” ou “pai” deveria, em todos os tempos, despertar uma intuição ardente e fervorosa, da qual a imagem aparecesse condig-namente diante da alma, em plena pureza, admoestando ou aprovando, como estrela-guia durante toda a existência terrena!

10. Tu deverás honrar pai e mãe! Tornai isso um mandamento sagrado para vós. Honrai a paternidade e a maternidade! Quem ainda hoje sabe, pois, que grande dignidade reside nisso. E que poder, ca-paz de enobrecer a humanidade! Os seres humanos, que se unem aqui na Terra, deviam finalmente estar uma vez cientes disso, então também cada matrimônio tornar-se-ia um verdadeiro matrimô-nio, ancorado no espiritual! Darüber sollten sich die Menschen endlich einmal klar sein, welche sich auf Erden hier verbinden, dann wird auch jede Ehe wirklich Ehe sein, im Geistigen verankert! E todos os pais e mães seriam dignos de serem honrados, segundo as leis divinas!

Os dez mandamentos - 1929/1931

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11. Para as crianças, porém, este mandamento torna-se sagrado e vivo através de seus pais. Essas crianças nem poderão proceder de outro modo, do que honrar o pai e a mãe com toda a alma, não importando a sua própria índole. Serão forçadas a isso, pelo fato da índole dos pais. E ai então daqueles filhos que não cumprirem o mandamento inteiramente/plenamente. Und wehe dann den Kindern, welche das Gebot nicht voll/völlig erfüllen. Pesado carma recairia sobre eles; pois o motivo para isso é então dado plenamente. O cumprimento, porém, logo se transformará, pela reciprocidade, em naturalidade, em alegria, em necessidade! Por esse motivo, ide e respeitai os mandamentos de Deus com mais seriedade do que até agora! Isto é, observai-os e cumpri-los! Para que vos torneis felizes! —

Quinto mandamento Tu não deverás matar!

4. Um pai, por exemplo, tinha um filho. Esse pai alimentava a pequena vaidade terrena de que o filho tinha de estudar, custasse o que custasse. Nesse filho, porém, repousavam dons que o impeliam a fazer outras coisas, em que o estudo não lhe era de nenhuma utilidade. Nada mais natural, por-tanto, que esse filho não sentisse a menor vontade pelos estudos obrigatórios, nem pudesse reunir com alegria as energias necessárias para isso. O pai, porém, exigia obediência. Gehorsam aber forderte der Vater. O filho obedecia. Esforçava-se, com prejuízo da saúde, para cumprir a vontade de seu pai. Mas como esta era contrária à natureza do filho, contrária aos dotes inerentes a ele, era totalmente natural que o corpo também se ressentisse com isso. Não quero acompanhar mais longe esse caso aqui, que tão freqüentemente se repete na vida terrena, a ponto de chegar a cen-tenas de milhares ou mais ainda. No entanto, é irrefutável que nesse caso o pai, por sua vaidade ou obstinação, procurava matar algo no filho, que a este foi dado para desenvolvimento na Terra! Em muitos casos também consegue realmente extingui-lo, porque o desenvolvimento mais tarde torna-se quase impossível, por haver sido quebrada, na melhor época, a sadia energia principal para isso, malbaratada levianamente em coisas estranhas à natureza do filho.

Nono mandamento Não te deixarás cobiçar a mulher do teu próximo!

4. Não digais que também o sentido do tato pode despertar o instinto; pois isso é errado. É apenas uma ilusão. O sentido do tato desperta apenas o pensamento e este, então, o instinto! E para des-pertar tais pensamentos, a oportunidade, que se oferece, é o meio auxiliar mais poderoso, que deve ser temida pelos seres humanos! Por essa razão, constitui-se também a maior defesa e a melhor proteção para todos os seres humanos de ambos os sexos, quando a oportunidade/oportunidade para isso for evitada! Aus diesem Grund aber ist es auch die größte Abwehr und der größte Schutz für alle Menschen beiderlei Geschlechts, wenn die Gelegenheit/Gelegenheit dazu vermieden wird! É a âncora de salvação na aflição atual, até que toda a humanidade tenha se fortalecido de tal ma-neira, que seja capaz de, como sã evidência, manter puro o foco de seus pensamentos, o que hoje, infelizmente, não se torna mais possível! Então, porém, uma transgressão deste mandamento é inteiramente impossível.

Déc imo mandamento Tu não deverás cobiçar casa, propriedade e gado do teu próximo, e tudo o que lhe pertence!

5. Onde fica a obediência ao décimo mandamento de Deus, desejar-se-ia exclamar como advertência aos países! Wo bleibt Gehorsam dem zehnten Gebote Gottes, möchte man den Staaten (países)/Staaten warnend/warnend (advertência) zurufen! Na mais impiedosa cobiça, ambiciona cada um dos países terrenos apenas a posse do outro! Nisso, não recuam diante do assassínio isolado, tam-bém não diante de massacres, não diante da escravização de povos inteiros, apenas para assim se projetarem em grandeza. Os belos discursos sobre autoconservação ou autodefesa são apenas subterfúgios covardes, pois eles mesmos sentem claramente que algo precisa ser dito, para atenuar ou desculpar um pouco esses crimes tão monstruosos contra os mandamentos de Deus!

Os dez mandamentos - 1929/1931

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9. Aquele que não estiver satisfeito com a posição que lhe é dada no novo Reino de Deus aqui na Terra, decorrente do efeito dos fios de seu carma por ele próprio criados, também não é digno de viver nele! Indigno de que com isso lhe seja propiciada a oportunidade de libertar-se, de modo relativamente fácil, de velhos fardos de culpas a ele aderidos e de, concomitantemente, ainda amadurecer espiritualmente, a fim de encontrar o caminho que leva à pátria de todos os espíritos livres, lá, onde imperam apenas Luz e alegria! Wer in dem neuen Reiche Gottes hier auf Erden nicht zufrieden sein will mit der Stellung, welche ihm gegeben ist durch Auswirkung der eigenen, von ihm geschaffenen Karmafäden, der ist es auch nicht wert, darin zu leben! Nicht wert, daß ihm damit Gelegenheit gegeben wird, an ihm hängende alte Schuldenlasten verhältnismäßig leicht zu lösen und gleichzeitig geistig noch zu reifen, um den Weg hinaufzufinden nach der Heimat aller freien Geister, dort, wo nur Licht und Freude herrscht!

Os dez mandamentos - 1929/1931

Gotas de LuzAbri olho e ouvido para que gotas de Luz encontrem um solo preparado:

Vós, porém, ide então, anunciai e explicai minha Mensagem, que traz o Reino de Deus sobre a Terra para os seres humanos.

*Anunciai-a e explicai-a, porém, também direito! Não mistureis novamente o vinho com água, como

aconteceu outrora, quando Cristo Jesus peregrinava pela Terra e, mais ainda, quando ele não mais estava na Terra.

*Por isso, primeiro vós tendes que assimilar a própria Mensagem plenamente em vós, antes de poder-

des anunciar dela aos outros! *

E quando quiserdes transmitir a Palavra, então o fazei da forma como eu a dei a vós! *

Deixai permanecer nela minha vontade, assim como ela é, e não coloquei nas mesmas palavras a vossa vontade. —

*Isso condiciona, por sua vez, que conheçais exatamente a minha vontade!

*Ao anunciar minha Mensagem tendes que seguir exatamente a edificação, assim como eu a dei para

vós! Reside, nisso, uma sábia condução, precisamente intencionada, para as almas humanas, que as-piram pela Luz.

*Tomai isso como diretriz para o trabalho construtivo e para a condução. Não deveis, arbitrariamente,

modificar algo nisso, não podeis, a bel prazer, pegar do meio esta ou aquela dissertação na suposição de que exatamente essa deva ser especialmente usada para um indagador.

*Também não mistureis nada de dissertações do tempo atual com partes do conteúdo do começo da

Mensagem; pois não podem se coadunar, porque elas têm que seguir uma após outra, a fim de ofere-cer os degraus para a compreensão certa.

*Na seqüência por mim determinada é exigido incondicionalmente um contínuo amadurecer; pois eu

inicio com os princípios da compreensão de até então e amplio o saber pouco a pouco, de tal forma, que um espírito humano possa seguir-me nisso.

*Na edificação de minha Mensagem está incluído também o mistério da onisciência, que conhece

os espíritos humanos e também suas capacidades melhor do que vós, seres humanos, o conseguis. E a essa sabedoria tendes que vos sujeitar em todos os casos, senão jamais alcançareis o que almejais!

*Eu não vos transmito a Mensagem, para que, na sua transmissão aos seres humanos, possais proce-

der com ela conforme vosso bel prazer, mas, sim, eu condiciono que ela tenha de permanecer inalte-rável em tudo, que ela contém e como ela é!

*Quem quiser modificar apenas a mínima parte do sentido, a mínima palavra, mesmo que também

com a melhor boa vontade, torna-se culpado!Abdrushin

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ANEXO I