abandono familiar usucapião

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USUCAPIO FAMILIAR - POR ABANDONO DE LAREXCELENTSSIMA SENHORA JUZA DE DIREITO DO ___ OFCIO CVEL DA COMARCA DE ___________ - UF

_________, brasileira, casada, dentista, portadora do RG n _______, SSP/UF, inscrita sob o CPF n __________, residente e domiciliada na Av. _________, n ___, nesta cidade de __________ - UF, intermediada por seu mandatrio ao final firmado, causdico inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Seo do Estado de __________, sob o n _____ instrumento procuratrio acostado, comparece com lhaneza e acatamento perante sua Excelncia, com o objetivo de promover a presenteAO DE USUCAPIO POR ABANDONO DO LAREm desfavor de _________, brasileiro, casado, RG n __________, SSP/UF, CPF n ___________, motorista, residente na Rua __________, n ___, Bairro __________, domiciliado na cidade de ___________ - UF, com fulcro nos fundamentos fticos e jurdicos adiante elucidados.

I - DOS FATOSAutora e Ru, na data de __/__/_____, contraram matrimnio, adotando o Regime de Separao Total de Bens, conforme se depreende da Certido de Casamento anexa (Doc. __).Na constncia do casamento, tiveram dois filhos, e, em conjunto, adquiriram o imvel objeto deste deslinde.Em __/__/____, por motivos pessoais, cujo relato no interessa ao feito, o Requerido ABANDONOU O LAR CONJUGAL, deixando a Requerente na posse do nico imvel conquistado pelos litigantes.Importante ressaltar que, durante o todo o tempo transcorrido, a Requerente permaneceu residindo com os filhos no imvel citado e arcando com todas as despesas de manuteno deste.Assim, por mais de trs anos, de forma mansa, pacfica e ininterrupta, com nimo de dona, sem interrupo e/ou oposio do Requerido ou de terceiro, a Requerente ocupa o imvel em tela, fazendo jus usucapio pleiteada.Eis, portanto o caso sub judice.II - DOS CONFRONTANTESAO NORTE (frente) com a Av. _______; AO SUL (fundos) com o Lote ___, trans. _____,1 Of., Esplio de __________, situado na Rua __________, n ___, na pessoa da Inventariante __________, brasileira, viva, aposentada, residente e domiciliado na __________, n ___, Centro, __________ - UF;A LESTE (lado direito) esquina com a ___________;A OESTE (lado esquerdo) com _________, brasileira, solteira, servios gerais, RG n __________, SSP/UF, CPF n ___________, residente e domiciliada na Av. ___________, n ___, Quadra n __ da Planta Cadastral da Cidade.III - DOS FUNDAMENTOSA Requerente cumpriu as condies legalmente previstas para consumao da usucapio (art. 1.240-A do Estatuto Civil), uma vez que o imvel em questo tem rea inferior a 250 m e sua posse soma tempo superior a 02 (trs) anos.Visando trazer estabilidade social e especial proteo famlia, bem como antecipar os problemas que viro com o desenvolvimento do mercado imobilirio, a Lei n 12.424/2011 (que tutelou questes relativas ao plano Minha Casa, Minha Vida), introduziu o artigo 1.240-A do Cdigo Civil que expressamente prev:Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposio, posse direta, com exclusividade, sobre imvel urbano de at 250m (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cnjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua famlia, adquirir-lhe- o domnio integral, desde que, no seja proprietrio de outro imvel urbano ou rural. 1 O direito previsto no caput no ser reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. 2 (VETADO)Oportuno ressaltar comentrio emitido em relao ao citado artigo:Criou o legislador uma nova e controversa modalidade de usucapio, denominada familiar, entre ex-cnjuges e ex-companheiros, com o reduzidssimo prazo de dois anos. Cuida-se de instituto novo. O prazo aquisitivo bienal somente pode ser contado a partir da vigncia da lei (16.06.2011), sob pena de incidir em carter retroativo e colher de surpresa o ex-cnjuge ou ex-companheiro que ir perder a sua parte ideal sobre o imvel comum. Aplica-se o entendimento pacificado do STF, ao examinar situao jurdica semelhante (novo usucapio especial urbano, com reduo de prazo, na CF de 1988), no sentido de que, por se tratar de instituto novo, no se computa o prazo anterior lei (RTJ 165/348, 165/371, 166/237 e 175/352, entre outros.(Cdigo Civil Comentado, Coordenador Ministro Cezar Peluso, 6 edio, Barueri, SP: Manole, 2012, p. 1.234)Em manifestao a respeito do tema, Jos Fernando Simo aduz que:O imvel pode pertencer ao casal em condomnio ou comunho. Se o casal for casado pelo regime da separao total de bens e ambos adquiriram o bem, no h comunho, mas sim condomnio e o bem poder ser usucapido. Tambm, se o marido ou a mulher, companheiro ou companheira, cujo regime seja o da comunho parcial de bens compra um imvel aps o casamento ou incio da unio, este bem ser comum (comunho do aquesto) e poder ser usucapido por um deles. [...]A partcula ex significa que a unio estvel ou o casamento acabaram de fato ou de direito. A extino de direito significa que houve sentena ou escritura pblica reconhecendo o fim da unio estvel (ao declaratria de extino da unio estvel), ou sentena ou escritura pblica de divrcio ou separao de direito, bem como liminar em medida cautelar de separao de corpos. A extino de fato significa fim da comunho de vidas entre cnjuges e companheiros que no se valeram de meios judiciais ou extrajudiciais para reconhecer que a conjugalidade. a simples sada do lar conjugal.A separao de fato, portanto, permite o incio da contagem do prazo da usucapio familiar, desde que caracterizado o abandono. A separao de fato tem sido admitida como motivo para que se reconhea o fim da sociedade conjugal e do regime de bens. Neste sentido decidiu o STJ que:1. O cnjuge que se encontra separado de fato no faz jus ao recebimento de quaisquer bens havidos pelo outro por herana transmitida aps deciso liminar de separao de corpos. 2. Na data em que se concede a separao de corpos, desfazem-se os deveres conjugais, bem como o regime matrimonial de bens; e a essa data retroagem os efeitos da sentena de separao judicial ou divrcio. (REsp 1065209/SP, Rel. Ministro JOO OTVIO DE NORONHA, QUARTA TURMA, julgado em 08/06/2010, DJe 16/06/2010) (Grifo nosso).(SIMO, Jose Fernando. Usucapio familiar: problema ou soluo? Disponvel em: http://www.juristas.com.br/informacao/artigos/usucapiao-familiar-problema-ou-solucao/598/; Acesso em 13 fev. 2012) Neste sentido, h julgado da 3 Vara de Famlia de Belo Horizonte, conforme notcia extrada do Tribunal de Justia de Minas Gerais:Juiz garante usucapio conjugal - 22.09.2011Uma mulher divorciada ganhou na Justia o direito ao domnio total e exclusivo de um imvel registrado em nome dela e do ex-marido, que se encontra em local incerto e no sabido. A deciso do juiz Geraldo Claret de Arantes, em cooperao na 3 Vara de Famlia de Belo Horizonte, tomou como base a Lei 12.424/2011, que regulamenta o programa Minha Casa Minha Vida e inseriu no Cdigo Civil a previso daquilo que se convencionou chamar de ?usucapio familiar?, ?usucapio conjugal? ou, ainda, ?usucapio pr-moradia?.Com a deciso, a mulher est livre para dar o destino que achar conveniente ao imvel, que era registrado em nome do ex-casal. Esse novo dispositivo inserido no Cdigo Civil prev ?a declarao de domnio pleno de imvel ao cnjuge que exercer, por dois anos ininterruptamente e sem oposio, posse direta, com exclusividade, sobre imvel urbano de at 250m cuja propriedade divida com ex-cnjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar?.Foram juntados ao processo documentos que provaram o antigo casamento, o divrcio e o registro do imvel em nome do ex-casal. A localizao, o tamanho e o tempo de uso da casa pela mulher tambm foram observados pelo magistrado.No pedido liminar Justia, a mulher comprovou ser portadora de doena grave, necessitando imediatamente do pleno domnio da casa onde vive para resolver questes pendentes. A no localizao do ex-marido, comprovada nos autos, impedia qualquer negociao que envolvesse o imvel.Em seu despacho, o juiz determinou a expedio de mandado de averbao, que dever ser encaminhado ao cartrio de registro de imveis, para que seja modificado o registro do imvel.Notcia divulgada no site do Tribunal de Justia de Minas Gerais, Disponvel em http://www.tjmg.jus.br/portal/imprensa/noticias/juiz-garante-usucapiao-conjugal-1.htm#.UT46YTfT308; Acesso em 11 de Maro de 2013).Configura-se, portanto, a favor da Requerente, a aquisio do domnio do imvel, via usucapio.IV - DOS PEDIDOS Por derradeiro, diante de tudo o que foi explanado, e do que se provar no curso da instruo da lide, requer seja de chofre recebido o presente feito, determinando-se:a) a citao do Requerido, para que da ao tome conhecimento e, querendo, apresente resposta;b) a citao dos confrontantes e de eventuais interessados;c) a intimao, por carta registrada, dos representantes da Fazenda Pblica da Unio, Estado e Municpio para que manifestem seu interesse na causa;d) a interveno do Represente do Ministrio Pblico;e) a juntada dos documentos anexos a esta petio;f) a PROCEDNCIA da ao para que, ao final, seja reconhecido o domnio da Requerente sob o imvel em questo, determinando a expedio do competente mandado de registro, para as anotaes legais.Protesta por todos os meios de provas aplicveis.Imprime-se causa a importncia de R$ __________.Nestes termos,Pede deferimento.____________, ___ de __________ de ____.p. p. __________OAB/UF n _____

ROL DE DOCUMENTOS ACOSTADOS:- Certido de Casamento (Doc. __);- Cesrtido de Nascimento dos Filhos (Doc. ___); - Comprovantes de quitao do IPTU dos anos de ____, _____ e ____ (Docs. ___);- Mapa de loteamento ao Lote n ___, da Quadra n ___ da Planta Cadastral da Cidade expedido pela Prefeitura Municipal de __________ - UF (Doc. ___);- ART - Anotao de Responsabilidade Tcnica, Planta de Levantamento do Imvel, acompanhada de memorial, firmado pelo Engenheiro ___________, CREA/UF n ______ (Doc. ___).

ROL DE TESTEMUNHAS:I - __________, residente na Rua __________, n ___, bairro _____, na cidade de ___________ - UF;II - __________, residente na Rua __________, n ___, bairro _____, na cidade de ___________ - UF;III - __________, residente na Rua __________, n ___, bairro _____, na cidade de ___________ - UF;

Modelo cedido por Vincius Mendona de Britto - Escritrio Britto Advocacia - Aquidauana - MS