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AQUATRO Arquitetura e Urbanismo - Universidade Estadual de Goiás UEG|Anápolis,16/08/2010 Nº 12 | ANO 3 | R$ 1,00 [email protected] jornala4ueg.blogspot.com EDITORIAL Mais um semestre, gente que sai com um diploma e gente que entra com animo novo. Nesta inda e vinda o Jornal A4 sobre- vive, a cada edição muita correria e suor, mas tudo Nessa edição do jornal A4 fique de olho na nossa agenda cultural. Dicas sobre seminários, congressos e palestras que abordam dife- rentes vertentes da arquitetura no Brasil. E ainda notas sobre os filmes, mostras, peças e shows que iram rolar esse mês. Não perca! pela simples vontade de dizer: O curso de Arquite- tura e Urbanismo existe e estamos juntos nessa! Neste começo de se- mestre, que já começa a engrenar, queremos dar boas vindas aos calouros, aproveitar e dizer que te- mos grandes problemas na nossa universidade, mas que o curso de Arq.eUrb. é forte, isso porque to- dos, professores e alunos, querem manter isso e essa vontade deve continuar.

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Jornal A4 edição 12 Agosto de 2010

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AQUATROArquitetura e Urbanismo - Universidade Estadual de Goiás

UEG| Anápolis, 16/08/2010Nº 12 | ANO 3 | R$ 1,[email protected]

EDITORIALMais um semestre, gente

que sai com um diploma e gente que entra com animo novo. Nesta inda e vinda o Jornal A4 sobre-vive, a cada edição muita correria e suor, mas tudo

Nessa edição do jornal A4 fique de olho na nossa agenda cultural.Dicas sobre seminários, congressos e palestras que abordam dife-

rentes vertentes da arquitetura no Brasil. E ainda notas sobre os filmes, mostras, peças e shows que iram

rolar esse mês. Não perca!

pela simples vontade de dizer: O curso de Arquite-tura e Urbanismo existe e estamos juntos nessa!Neste começo de se-

mestre, que já começa a engrenar, queremos dar boas vindas aos calouros,

aproveitar e dizer que te-mos grandes problemas na nossa universidade, mas que o curso de Arq.eUrb. é forte, isso porque to-dos, professores e alunos, querem manter isso e essa vontade deve continuar.

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AQUATRO 2 ANÁPOLIS, segunda-feira, 23 de agosto de 2010

GESTÃO E TECNOLOGIA DE PROJETOS

ARQUITETO DO MÊS

Revista Gestão e Tecnologia de Projetos, esta-belecendo a comunicação entre o desenvolvi-mento científico e interessados na área.Em qualquer ramo de estudo e trabalho hoje

percebe-se a importância do acompanhamento do desenvolvimento de tecnologias que oti- mizam o processo no qual o indivíduo atua. Essa produção de conhecimento passa também pelo campo das produções acadêmicas.E é dentro deste contexto que se enquadra a

revista científica Gestão e Tecnologia de Pro-jetos. Esse periódico se dedica à publicação de artigos científicos que falam sobre o desen-volvimento de tecnologias no ramo da arquite-

Caro leitor, essa coluna foi cri-ada com o intuito não de apenas ressaltar o nome de diversos arquitetos já conhecidos, mas também, divulgar o trabalho dos que têm se destacado mun-do afora. O arquiteto escolhido do mês foi Santiago Calatrava, arquiteto e engenheiro espanhol que apresentou há pouco tempo o projeto de um Museu que se-gundo palpites será sem dúvida alguma um marco arquitetôni-co da grande Capital do Rio de Janeiro (Museu do Amanhã). Graduado tanto em arquitetura quanto em engenharia, Calatra-va, possui uma assinatura incon-fundível e ousada, que conseg-ue combinar tanto a tecnologia estrutural quanto o plasticismo orgânico em seus projetos. Seu trabalho é mundialmente con-

Ítalo Augusto de Castro | 4º Período

Joelma Louredo | 1º Período

Confira na Internet:Museu do Amanhã, Rio – Santiago Calatravahttp://www.youtube.com/watch?v=pU2A9Fq3XQsSite Oficial – Santiago Calatravahttp://www.calatrava.com/main.htm

tura e urbanismo, bem como na engenharia e construção. Divulgando idéias inovadoras e ar-rojadas, a revista também “viabiliza um fórum de divulgação entre profissionais e engajados no avanço tecnológico, na produção e gestão de projetos”.Incrementando ainda mais esse canal de comu-

nicação entre os profissionais interessados no conhecimento produzido, a revista disponibi-liza um arquivo que contém vários artigos ante-riormente publicados, o que vale também como fonte de pesquisa na academia.Para quem se interessar o endereço eletrônico é: www.arquitetura.eesc.usp.br

hecido por desafiar a combina-ção entre forma e estrutura. No segundo semestre de 2012, o Píer Mauá no Rio de Janeiro contará com um dos monumen-tos de Santiago Calatrava; o Museu do Amanhã ; além de inspirar a forma do movimen-to das plantas Santiago Cala-trava, também afirma que o museu é dedicado as questões do homem moderno, do con-hecimento e do futuro. Um dos maiores destaques do projeto é o espelho d’água que funciona como um sistema de filtragem de água, aproveitando a água da Baía de Guanabara envolvendo todo o edifí-cio.

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3ANÁPOLIS, segunda-feira, 23 de agosto de 2010 AQUATRO

JORNAL A4 – PARTICIPEÉ ótimo estar com vocês na forma papel impresso novamente! O Jornal elaborou um calen-

dário, para que dessa vez conseguíssemos elaborar nossas edições no tempo certo! Mas como todos nós sabemos, fazer Arquitetura e Urbanismo quando se trabalha, faz parte de uma famí-lia, elabora um jornal e acima de tudo, é final de semestre é um esforço quase sobre humano! Por isso, nós estamos sempre ansiosos por mais integrantes. Fazer parte do Jornal não tem preço, e gostaríamos que aqueles que se interessam em ir além das pranchetas não tivessem dúvidas em participar. Quanto mais integrantes mais jornal nós teremos a cada semestre! Nossa próxima reunião está marcada para o dia 17/09, ficaremos felizes em recebê-los! Agradecemos as contribuições da Camila Caetano e Igor Araújo que enriqueceram o Jornal nesta edição!

Equipe Jornal A4

O ENCANTO COLONIAL

Sabem o que, em minha opinião, é o melhor no curso que escolhemos? O fato de que todas as suas loucuras no quesito: mente, fantasia, sonhos, devaneios e lapsos de sentidos são sempre justi-ficáveis. Você está prestes a descobrir que sempre haverá alguém cujo coração bate tão forte quanto o seu ao passar numa determinada rua, ou que se empolga tanto quanto você quando o céu está azul cobalto! Durante uma aula de Teo-

ria História, antigo e saudoso THAU4, me chamou a aten-ção um comentário da profes-sora Sandra sobre o encanta-mento das cidades coloniais e seu desenvolver urbano, que hoje nos faz adentrar a um mundo paralelo, envolvi-dos por essa sensação de via-gem ao tempo. O que me in-teressou, foi o fato de que a emoção que eu sempre senti ao visitar cidades como Goiás e Pirinópolis não faziam parte simplesmente da minha nos-talgia crônica, mas de todo um sentimento pré-determi-nado em estudos urbanos. Assim, fui tentar dar nome e justificativa as minhas sensa-ção quando mergulhada nas

cidades coloniais brasileiras.O fato é que as cidades co-

loniais foram morrendo como potências com o declínio do ouro, o que se equivaleu a um pause histórico. Diferentes de cidades como Rio de Janeiro, as demais cidades do ouro não tiveram o suporte para evolu-ir dentro de um novo quadro econômico, sendo assim, fi-caram presas no séc. XVIII.Apesar do resfriamento ur-

bano, é claro que a população ainda existia e fazia uso do espaço urbano, o que fez a ci-dade se adaptar as inovações dos novos séculos. O comércio foi crescendo, hotéis, carros pelas ruas; tudo foi contri-buindo para a invasão do mun-do paralelo. Como a história construída nessas cidades foi muito forte e se manteve a parte do ensurdecedor desen-volvimento das capitais por um tempo muito longo, elas se firmaram estáticas entre todo o movimento que hoje se ar-rasta em suas ruas, o que con-tribuiu para que seu cenário não perdesse o encanto.Mas uma coisa permaneceu

clara para mim, essas cidades nada têm de livres. Ao andar por aquelas ruas pare e sinta o peso das casas se oprimindo

ante as placas de comércio que se empilham nos largos, tente sentir a posição descon-fortável de uma escada de ferro grosso brotando em uma casa/loja de taipa. É incrível como a opressão que a cidade carregava no séc. XVIII ainda existe; A subordinação dos cidadãos diante da Igreja, as casas se curvando tão distan-tes diante as torres do sino e o pelourinho se impondo dentro do espaço comum, hoje foram substituídas pela luta con-stante do novo com o velho, da memória com a praticidade e do capital com a liberdade. “O mundo não muda nunca¹.” A magia vai além do cenário

estático de antigamente e as sensações que ele nos passa. Ela está também nessa luta, o mundo real e o mundo colo-nial se conflitando com deli-cadeza nos pequenos detalhes da vida cotidiana. É o que me faz querer transpassar a bar-reira mágica de entrada, a luta invisível traçada entre o desenvolvimento e a história viva.

¹ Jean Valjean, personagem de ‘Os Miseráveis’.

Carinna Sousa | 6º Período

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AQUATRO 4 ANÁPOLIS, segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Especialmente para o Jornal A4, uma prévia da longa entrevista que fiz com a artista e pro-fessora Nancy de Mello. Nessa parte inicial en-focamos alguns aspectos biográficos, influên-cias e atividades profissionais. Ademir Luiz: Sua dissertação de mestrado

consistiu em uma análise de sua poética artísti-ca. Isso é interessante porque significa que a senhora, uma artista, realizou, enquanto pes-quisadora acadêmica, uma reflexão acerca de sua própria produção. Nesse sentido, como definiria essa produção? Nancy de Melo: O discurso que se tem sobre

a própria produção é o mínimo que o meio acadêmico pode propiciar para seus integran-tes. Pode parecer um contra-senso, mas o princípio intuitivo que se tem para o desen-volvimento de um trabalho em artes plásticas deve ser preservado, pelo menos no meu caso, apesar da reflexão teórica que pode contradiz-er este mesmo princípio. Nesse sentido procu-rar estabelecer uma reflexão sobre os própri-os valores e a conduta trabalhados durante o processo criativo é um excelente exercício de autoconhecimento, me afasta de uma visão ingênua das artes plásticas de que eu nunca gostei. AL: Quais são suas principais influências? Em

Goiás, no Brasil ou no cenário internacional? NM: Vou considerar influências o que me ar-

rebatava, me surpreendia desde quando es-tudante de artes visuais, ou mesmo o que eu gostaria de ter feito. Sempre tive paixão por Paul Klee, Fayga Ostrower, Siron Franco, Selma Parreira, não há nada que ela tenha feito que eu não adore, falo sobre os primeiros que me vem à mente. Ainda como estudante admirava o trabalho de colegas como Enauro de Castro, que tenho o prazer de acompanhar até hoje e semana passada me apaixonei pelo trabalho de Divino Sobral, uma verdadeira maravilha em

exposição no MAG.AL: A senhora é uma artista que transita forte-

mente na academia. Leciona ou lecionou na Universidade Estadual de Goiás (UEG), Univer-sidade Federal de Goiás (UFG) e CAMBURY. Sua experiência como artista influência de alguma forma sua atuação como professora universi-tária? Ou, pelo contrário, considera que são áreas de atuação distintas? NM: São distintas, mas estão dentro de meu

propósito de não me afastar nunca da arte, de alguma forma, minha intenção é nunca me afa-star, seja como professora ou como artista. Me sinto realizada com isso, poder falar sobre arte é um prazer enorme e ter pessoas que querem ou precisam ouvir, também é ótimo. Isso para mim tem uma conexão, é claro, pois posso tran-sitar das minhas próprias reflexões e de meus alunos em sala aula para meu trabalho.AL: A senhora morou na França. De que forma

esse período influenciou sua formação enquan-to artista? NM: Foi uma experiência de um ano e três me-

ses. Estudei francês antes de viajar e era piolho do Cine Cultura, posso dizer que ir para França foi influência mais do cinema que das artes, se é que a gente pode separar uma coisa da outra, pois eu gosto do cinema de arte, fui descobrir isso lá quando percebi que pouquíssimas pes-soas que conhecia em Paris gostavam ou conhe-ciam os filmes que eu admirava. Quando voltei, continuei a estudar francês, que não vivo sem, e tenho uma irmã que vive em Lyon com sua família.Não percam a continuação dessa entrevista. A

segunda parte enfocará a produção artística de Nancy de Mello e a terceira algumas polêmicas do mundo da arte contemporânea. Por hoje é só, pessoal! Professor Doutor Ademir Luiz

Parabéns Carol!O Jornal compartilha com vocês a alegria de uma integrante especial, Carolina Fernandes,

que colou grau este mês! Sim, os estudantes de Arquitetura e Urbanismo também formam! Nós, do JORNAL A4, esperamos que todos os seus sonhos profissionais se realizem, e que você se sinta sempre realizada. Sabemos que todos os anos valeram muito à pena! Parabéns a todos os formandos!!! Carinhosamente, Equipe JORNAL A4.

ENTREVISTA COM NANCY DE MELO

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5ANÁPOLIS, segunda-feira, 23 de agosto de 2010 AQUATRO

FORA DO JOGO

Matheus Möller | 4º Período

Por mais que estejamos sempre curvados sob nossas pranchetas sabemos, gra-ças a Deus, que as eleições, para presidente, governador, deputados estaduais e fed-erais e senadores, se aproxi-mam. Nesses meses a apatia de uns eleitores e os discursos inflamados de outros se mis-turam a outdoors com sorrisos poucos sinceros e carreatas reverberando jingles pouco criativos e no centro dessa mistura os candidatos.Neste momento em que a

mídia chama de “festa da de-mocracia”, temos que optar por uma candidatura. Este “temos” é controverso, o “não temos” não é sinônimo de apolitização, porém ques-tionar e discutir política é sempre necessário.Nós estudantes da univer-

sidade Estadual de Goiás, so-mos vitimas de uma grande má vontade política. Por isso essa transição de governo es-tadual atinge um tom de ex-pectativa, mas por mais duro

que seja dizer, não há motivos para essa expectativa. A dis-puta pelo governo estadual, todos nós sabemos, se concen-tra entre Marconi e Iris, ambos velhos conhecidos, o Iris desde de... O Marconi semestre pas-sado quando foi informado, naquele contexto de paralisa-ção do curso de Arquitetura e Urbanismo, sobre a situação da UEG “respondeu” muito cordialmente e se disse bas-tante interessado em reverter a situação. Bem, ele é um dos responsáveis pela criação da uEG, não discordamos disso, mas grandes problemas que a universidade enfrenta tem raízes neste inicio. E já que ele tem tanto amor por essa instituição quantas propostas objetivas ele tem pra ela? E o Iris? Aliás, será que ele sabe que nós existimos? Entre o Homem da camisa

azul e o Homem do povo, que madruga prefeitura, não ex-istem grandes esperanças... E ao nosso movimento estudan-til cabe esperança? Ele se diz

muito politizado, forte, mas ver e sentir isso não é simples. O concurso foi uma conquista, mas ainda não dá para escrever universidade com “U” maiús-culo e a luta acabou? Mais um semestre começou e cadê o D.A.? Um movimento “tão” politizado que não aproveita um momento oportuno como a transição de governo para ger-ar nenhuma discussão... Cadê a luta por uma Universidade pública digna, que retorna o investimento nela feito para o desenvolvimento do estado e na melhoria de vida da popu-lação? A situação não é confortáv-

el e nunca foi, mas fingir que não há problemas não ajuda. Nesse vazio de propostas o mínimo que nos resta é levan-tar a discussão, colocar nossa situação no jogo e num ultimo esforço acreditar em uma uni-versidade melhor.

TIRINHAS

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AQUATRO 6 ANÁPOLIS, segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Críticas, desabafos, e sugestões? Compartilhe com o jornal e com todo o curso de Arquite-tura e Urbanismo. O jornal é um veículo aberto para que os alunos possam se expressar e

defender suas idéias, o jornal é de todos nós! APROVEITE! [email protected]

Um Escritório Modelo de Arquitetura e Ur-banismo acontece como projeto de extensão de uma universidade atuando como uma pon-te, entre o conhecimento gerado e acumulado na academia e a sociedade. Essa experiência não somente injeta o conteúdo acadêmico na comunidade, mas também tem como intuito a aprendizagem com a mesma, tornando-a as-sim não apenas executoras de nossos projetos e sim parte deles.O EMAU deve seguir 4 postulados da UNESCO,

frisados pela União Internacional dos Arquite-tos no ensino de arquitetura e urbanismo que são: 1º Garantir qualidade de vida para todos os habitantes de assentamentos humanos; 2º Uso tecnológico que respeite as necessidades sociais, culturais e estéticas dos povos; 3º Equilíbrio ecológico e desenvolvimento sus-tentável, do ambiente construído; 4º Arquite-tura valorizada como patrimônio e responsab-ilidade de todos. E que por definição, segundo a FeNEA 2007, tenha gestão estudantil, hori-zontalidade na tomada de decisões, coletivi-dade, atuação não-assistencialista e seja sem fins lucrativos.Apresentado na semana do calouro o nosso

EMAU, deu o pontapé inicial para a interação acadêmica dos fatos até então discutidos por um grupo de alunos, também apresentados na semana, onde se mostrou definições e inten-ções do PRISMA. Entre as discussões ,temas como infraestru-

tura, elaboração de estatuto, definição de um logotipo e linhas de atuação foram apontados como primordiais nesse primeiro momento de instalação do escritório modelo. No âmbito de infraestrutura, orçamentos e

estudos de layout de salas dentro da unidade estão sendo encaminhados junto a coorde-nação e direção para a sessão espaço físico do EMAU. Já a elaboração do estatuto além de direcionar o funcionamento, é primordial para a inscrição do escritório modelo como projeto de extensão. O nome escolhido com o consenso do grupo de alunos a frente do es-critório, PRISMA – Projetos de Interesse Social e Meio Ambiente, resume-se um aparato de possibilidades. Projetos de interesse social irão desde consultorias, trocas de experiên-cia, observações urbanas à informações a so-ciedade. E olhares críticos para o ambiente

construído com a definição de meio ambiente. A partir do nome o logotipo, a pedido do es-critório aos professores José Renato e Bráulio unidos no Zebra Design, foi desenvolvido(em tempo recorde e de forma gentil diga-se de passagem) pelos professores, que frisaram a idéia das diferentes frentes do PRISMA. As diretrizes, vale frisar, importantes nas

atividades daqui pra frente serão:-Espaço de interesse público: olhar sobre es-

paços e edifícios de interesse público, acessi-bilidade e levantamentos destes locais;-Trabalhos de conscientização: instigamento

da população a assuntos referentes a trans-porte, moradia, patrimônio e espaços públicos e o papel social do arquiteto urbanista;-Habitação: observar e manter contato com

a população perceber necessidades e pensar projetos explorando soluções criativas de nós estudantes;-Patrimônio: produzir inventários ar-

quitetônicos no estado de Goiás e colabo-rar com leis de proteção ao patrimônio ar-quitetônico junto a esferas políticas. Como apresentação na semana do calo-

uro e agora no JORNAL A4 esperamos desper-tar o interesse da comunidade do curso de ar-quitetura e urbanismo para essa experiência singular dentro da graduação. O PRISMA é ab-erto a todos os alunos devidamente matricu-lados no curso de arquitetura e urbanismo da UEG.

Igor de Araújo | 6º período

O PAPEL DO EMAU

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7ANÁPOLIS, segunda-feira, 23 de agosto de 2010 AQUATRO

A idéia de um CAU permeia não só a minha en-trada no curso de Arquitetura, mas a história do Brasil. É um processo de mais de 50 anos, com passagem por Juscelino Kubistchek e Getúlio Var-gas, que aprovou a criação do Conselho de En-genharia e Arquitetura em 1933. Já o presiden-te Castello Branco ao contrário da maioria dos países que optavam pela autonomia dos consel-hos nacionais, sancionou a lei que incluía a Agro-nomia e Geologia, entre outras, sob a gestão do Confea¹. Trinta anos depois a lei foi aprovada no Senado, em 1994. ”Entre 1998 e 2003 as cinco entidades na-

cionais de Arquitetura aprovaram um projeto de lei para a criação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU). Em 2007 depois de passar pelo Congresso e Senado, o projeto foi barrado pelo presidente Lula, que o alegava ser de competên-cia do Executivo e não do Legislativo. Porém, re-conhecendo o mérito e a necessidade de criação do CAU, determinou a redação de um PL² com o mesmo teor aos ministérios envolvidos, encamin-hado à Câmara dos Deputados quase um ano de-pois.³” Com o CAU, por lei somos responsáveis

por: Concepção e execução de projetos de Ar-quitetura e Urbanismo; depois, Arquitetura de Interiores, Arquitetura Paisagística, Patrimônio

Histórico Cultural e Artístico, Planejamento Urba-no e Regional, Topografia, Tecnologia e resistên-cia dos materiais, instalações e equipamentos referentes à arquitetura e urbanismo, sistemas construtivos e estruturais, Conforto Ambiental, Meio Ambiente, Estudo e Avaliação dos Impactos Ambientais, Licenciamento Ambiental, Utilização Racional dos Recursos Disponíveis e Desenvolvim-ento Sustentável. Hoje – A votação do projeto de lei, que

tramita na Câmara dos Deputados desde 2008, estava prevista para o dia 3, mas foi adiada. O deputado Luiz Carreira (DEM-BA) pede a inclusão da Comissão de Educação e Cultura no rol de Comissões Permanentes que devem se manifestar sobre o projeto de lei. Depois de o projeto ser aprovado, seguirá para aprovação no Senado e então para a sanção do presidente da República.

¹Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura² Projeto de Lei³ Trecho extraído do site do CAU.http://www.cau.org.br/index2.phphttp://www.piniweb.com.br/construcao/

carreira-exercicio-profissional-entidades/vo-tacao-de-projeto-de-lei-que-cria-o-conselho-de-181011-1.asp

Carinna Soares de Sousa | 6º Período

...Muitos doces pra você!’ Como o A4 está sentimental esses dias, resolvemos ser agradecidos a todos aqueles que se

sacrificam para colocar esse Jornal nos trinques. Por isso nossos aniversariantes dos próximos meses merecem nossos parabéns! Temos os que se apaixonaram no jornal antes mesmo de passar no vestibular, os que são extremamente responsáveis e fabulosos e os que fazem a sua parte! Henrique, Ítalo e Carinna: Parabéns! O Jornal ama vocês!

CICLOVIA – GOIÂNIAComo estudantes que estão constantemente teorizando melhorias para a cidade, acredito

ser de enorme importância que façamos a diferença. Seja essa diferença criando futuramente meios alternativos de convívio urbano inteligente, ou apoiando causas que lutam pela con-scientização da população para as melhorias que alguns hábitos saudáveis causam, não só no individual, mas no humano como um todo. Convido todos a pedalarem um pouco aos domingos. Uma ciclovia é montada durante toda a manhã, ligando os três principais parques de Goiânia: Parque Vaca Brava, Parque Areião e Parque Flamboyant. Ao observar outras pessoas pedalando tão tranquilamente toda a população local é estimulada a fazer o mesmo. Faça a diferença, estimule o melhor da cidade!

Carinna Soares de Sousa | 6º período

CAU - CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO

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AQUATRO 8 ANÁPOLIS, segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Pessoas loucas (muito!), simpáticas e inteligen-tes, juntas em lugar onde há debates, palestras, cerveja, oficinas, festas, cerveja, cultura, arte e cerveja. Isso é um encontro de estudantes de ar-quitetura.Foi realizado no último mês de julho o ENEA (en-

contro nacional de estudantes de arquitetura). Apenas 4 sobreviventes da UEG participaram do encon-tro. Estes voltaram para casa menos “vermes”, com um entendimento e interesse muito maior por arquitetura, além de boas histórias para serem compartilhadas à mesa de um bar. O 34º ENEA ro-lou entre os dias 10 e 18 de julho, em Uberlândia, com a temática: “Homem X Espaço: escalas da realidade contem-porânea”. Entre berequetês, chaaaaaaaaamps e algumas oficinas interessantes, os estudantes que mantiveram-se sóbrios durante o dia puderam se aproveitar do conhecimento de renomados ar-quitetos durante as palestras. Entre os palestran-tes: Marcelo Ferraz e Carlos Lemos, merecem uma googlada. O segundo dirigiu o escritório de Oscar Niemeyer em São Paulo e foi responsável pela con-clusão do edifício Copan.Geralmente os alunos que nunca foram em um

desses encontros tem apenas a visão das farras na cabeça. Mas não é só de porralouquismo que se

vive um ENEA. Há festa e há aprendizado. É o par-ticipante que deve saber dosar cada um na medida que lhe convém. É em uma cidade ENEA, onde tudo é legalizado, que o seu livre arbítrio é posto em prática. Você pode assistir uma palestra com um dos teóricos em arquitetura mais respeitados do país e em seguida ir tomar uma com os amigos. Muito

do que se leva também desses encontros é a convivência e o intercâmbio de idéias com pessoas de todos os cantos do país, pessoas diferentes mas que vivem uma rotina pareci-da com a sua. Até pessoas do Acre ( sim, acredite, do Acre!) você pode conhecer.Curtir bons shows, festas

beeeem animadas, e acordar na manhã seguinte para fazer uma visita ao centro histórico

da cidade... A vivência desfrutada em um encon-tro de arquitetura é uma experiência única. Um estudante pegar seu diploma sem saber o que é isso é o mesmo que transar sem ter tido um or-gasmo. Por isso o ELEA vem aí, em Brasília, e com 10 vezes mais participantes, festas e porque não, conhecimento a se adquirir. A UEG precisa de uma maior participação. Faça o que você quiser: Dance Lady Gaga pelado, ou jogue futebol com uma bola invisível (contém piada interna)...Você continuará sendo uma pessoa normal.

Laércio Filho e Guilherme Rogado | 3º Período

INSPIRE-SE!Compartilhe logradouros de qualquer cidade e

deixe com que ele nos inspire também!Lugar que me inspira:“Av. Itália no Jardim Europa me inspira, aparentemente

um canteiro central de dimensões grandiosas, ferve aos fins de tarde e finais de semana, com relevante quantidade de mobiliários urbanos, crianças brincam no parquinho enquan-to pessoas fazem caminhada, outras só sentam nos bancos e conversam, outros fazem exercícios, passeiam com o ca-chorro, entre outras atividades... enfim inúmeros fatores convergindo numa situação inusitada o mais instigante é que parece uma praça linear, mas com movimento de uma ponta à outra.”

Camila Caetano | 6º período

Perdendo minha virgindade com o A4Diagramo profissionalmente desde os 15 anos, mas sem remuneração nunca havia encostado em um software Adobe; quando fiquei sabendo de algo sem curvas e que andava sempre dentro do padrão, o A4.Experimentei e hoje em dia não consigo mais ficar sem;Seu, somente seu e totalmente seu dia-gramador. Beijinho e me liga depois...

Matheus Bueno | 1º Período

ENEA UDI 2010

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9ANÁPOLIS, segunda-feira, 23 de agosto de 2010 AQUATRO

Opa, hoje tenho uma boa notícia pra galera que está afim de intervir no espaço em que vi-vemos, entretanto, não tem o dom artístico! Quantas vezes já vi alguém frustado porque tem uma idéia interessante mas na hora de colocar no papel desanda tudo em virtude do tal dom artístico.Seus problemas acabaram... hehehe... e a

solução se chama stencil, isso mesmo! Estêncil( do inglês stencil) segundo o Wikipédia, é um de-senho ou ilustração que representa um número, letra, símbolo tipográfico ou qualquer outra for-ma ou imagem figurativa ou abstrata, que possa ser delineada por corte ou perfuração em papel, papelão, metal ou outros materiais. O estêncil obtido é usado para imprimir imagens sobre inúmeras superfícies, do cimento ao tecido de uma roupa.Por extensão de sentido, um estêncil é tam-

bém um tipo de folha de papel fino que serve de matriz para impressão por mimeógrafo e a base da pintura serigráfica. Tanto na mimeogra-fia, como na serigrafia, múltiplos estênceis são usados sobre a mesma superfície, produzindo imagens em mais de uma cor.

É isso aí galera o stencil tem sido uma maneira de facilitar a intervenção urbana e a art street, e está presente cada vez mais em nosso cotidia-no, é a cidade se expressando galera! O interes-sante é que só basta utilizar a criatividade, você monta a imagem que quiser da cor que quiser e coloca onde quiser... isso parede, teto , chão você que escolhe!!Os leitores me desculpem, essa ultima parte fi-

cou muito propaganda né... xDTayane Perné | 4º Período

Olhar sobre o objeto arquitetônico e a morfo-logia urbana do lado de fora através dos livros é diferente de vivenciar e sentir a obra, a percep-ção da escala, da textura e das proporções se tornam completas através do ritmo da vivência.A experiência da viagem de Ouro Preto em Minas

Gerais permitiu aos acadêmicos que estudaram a Arquitetura Barroco Mineira, na disciplina de Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo 4, um olhar intrínseco sobre a arquitetura produ-zida no Brasil, e se o estudo da arquitetura e urbanismo nas aulas teóricas não compreende somente a leitura e absorver os termos, mas também a discussão e crítica, sentir a arquite-tura estimula e potencializa as discussões cole-tivas e as opiniões individuais, onde a percepção passa a ser somente visual mas permeia pelos outros sentidos sensoriais.Alunos de outros períodos que também par-

ticiparam da viagem, e que ainda não tinham estudado esse tipo de arquitetura, a viagem foi válida no sentido como acúmulo de experiên-cias para se construção um rico vocabulário

arquitetônico e para isso é necessário além de estudos, viajar, conhecer, descobrir e desfrutar.Na semana passada, fizemos um feedback da

viagem, onde os alunos do quinto período apre-sentaram um seminário sobre a viagem e os do segundo período fizeram uma exposição fotográ-fica, onde o que disse anteriormente foi de fato concretizado.Curitiba é o próximo destino organizado pela

nossa desbravadora professora Sandra Panta-leão, local esse onde sentiremos a arquitetura Eclética e Neoclássica, na Rua das Flores e Rua Barão de Rio Branco e também as transforma-ções no século XX que colocaram Curitiba num novo panorama. A viagem está programada para saída no dia 29/10/2010 (20:30 hrs - de Goiâ-nia) e retorno no dia 02/11/2010, valores e ro-teiros vão ser divulgados logo logo, mas fiquem tranquilos que não é nada fora das condições do nosso bolso de universitários.Então a dica fica : O importante é permear pela

memória e experimentar novas sensações!Camila Caetano | 6º período

VIAJAR É PRECISO... A CONSTRUÇÃO DE UM OLHAR

STENCIL - A MANEIRA PRÁTICA DE EMBELEZAR A CIDADE

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AQUATRO 10 ANÁPOLIS, segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Expediente: Camila Caetano [6], Carinna Souza [6], Guilherme Rogado [3], Henrique Dantas [4], Igor de Araújo [6], Ítalo Augusto [4], Joelma da Mota Louredo [1], Lívia Sabag [1], Matheus Bueno [1], Matheus Moeller [4], Tay-ane Perné [4], Prof. Doutor Ademir.

AGENDA CULTURALSeja por entretenimento ou por crescimento profissional; o programa cultural brasileiro oferece, especificadamente para os estudantes, várias opções para que ele não fique parado e conhece

todo o tipo de expressão artística.Para os estudantes de Arquitetura e Urbanismo da região centro – oeste o ciclo Goiânia/ Anapólis

/Brasília ainda não é muito amplo, mas já está em busca de um crescimento cultural.

O projeto ‘Da Estética do Filme ao Imaginário Arquitetônico’ da Profª Nancy e do Profº Ademir continua a projetar mensalmente filmes no Cine Goiânia Ouro, mesmo não sendo mais considerado um projeto de extensão, o que vale a pena conferir e prestigiar o esforço do pessoal envolvido. A próxima projeção ocor-rerá no dia 21 de agosto, às 15hrs, e o filme escolhido foi ‘Janela Indiscreta’ (1954) de Alfred Hitchcock – Cine Ouro – Entrada Franca. Não Percam!

PERRO LOCO 4Nos dias 24 a 29 de agosto será realizado o 4º Festival de Cinema Universitário Latino-Americo,

o Perro Loco. O festival que acontece no Campus II da UFG promove a integração cultural entre estudantes de toda a America Latina, além das mostras de cinema a programação inclui oficinas e shows. No site, www.perroloco.com.br/2010, tem a programação completa.

Matheus Möller | 3º período

Nos meses agosto/setembro podem-se encontrar ao redor do Brasil conferências, como SIACS 2010 (1° Simpósio Internacional de Arquitetura e Construção Sustentável). Mais informações no site:www.portaldoarquiteto.com

Nas sextas de agosto o grupo Cerrado Jazz Trio traz ao Centro Municipal Goiânia Ouro o comple-mentado som do jazz com a cul-tural do centro – oeste brasileiro. Ás 22h, entrada franca.

Também no Goiâ-nia Ouro, teremos a presença do The Not Yet Famous Blue Band. No dia 21/08 às 22h, en-trada R$ 5,00.

Nesse mesmo site encontram-se informações sobre a 3ª edição do Architectour 2010, maior evento de arquitetura para a cultura e o turismo internacional, que será realizado em Gramado. O evento vai discutir diversos assuntos ligados à importância da arquitetura para o desenvolvimento de uma cidade. O Architectour vai acontecer de 15 e 17 de setembro deste ano, período no qual vai transformar Gramado na capital do planejamento do espaço turístico. Para mais informações ou fazer suas inscrições acesse o site oficial.Ambos os eventos não são direcionados para estudantes ( inscrições na faixa de R$250,00), mas ainda é uma grande oportunidade para conhecer o modo como a arquitetura é tratada no Brasil.

Para mais informações acesse o site: www.goianiaouro.com e o blog: ciaoops.blogspot.com Lívia Sabag | 1º Período