a voz do pov
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A VOZ DO POVS E M A N A R I O I N D E P E N D E N T E
Collaboradores: DIVERSOS - OfflCiBãS pPOpPÍSS * Director-Gerente: JOAQUIM BE AZIiVEIO
RNNO 1 ( Estado de São Paulo) Ourinhos, 6 de Novembro de 1930.NUMERO 31s j uxaimm
Echos da RevoluçãoD epois de 21 dias de intraa*
quiiidade com que passoi» Ourinhos, volta novamente á vida antiga, trazendo em seus lares quasi todas as fam ilias que tinham abandonado tudo, ficando a cidade «m aspecto semi-morto.
Tudo porque? Porque o Snr. ex-presidente da Republica, no seu orgulho e poder pateado, não medira em hypothese alguma as conseqüências dos seus actos irreflecti- dos com que fatalmente arrastaria o Brasil á perdição, esta pujante im- mensidão, rica. poderosa, mas; muito infetiz.
Entretanto, enquanto o Snr. W, Luiz, rosnava feroicamente no Palacio do Catette, exigindo o sangue brasileiro que fosse derramado nas trincheiras de íuctas contra nossos proprios irmãos, os seus caprichos sanguinários, já começavam a não serem obedecidos porque a Patria inteira tambem já sentia em sua alma os tantos tóques de protesto, rcpugnando os actos transviados, actos tão baixos, que entre lagrimas de dor não podia demolir esse governador sem sentimento algum.
Mas, lá pelos confins do Sul, esse punhado de heróes que n’um gesto gigantesco ergueram todos em tom energico, cantaram em vóz unida,
organicn o hymno^Pkfencida e n’uma investida original, phantastica, assombrosa, vinham em demanda ao E. de S. Paulo, e iriam
até a Capital da Republica, sacudir as columnas do Catette, e por ao solo tudo quanto até então tinha sido a causa das desgraças. Mas não foi preciso nada disto acontecer. Os briosos soldados cie terra e mar est. cionados na Capital da Republica, tambem possuídos de sentimentos nobres e patrióticos, viram que assim não poderia continuar nesta confusão de cousas e ideaes, formaram um nucleo possante, e n’um gesto mais altaneiro que a historia patria ainda não tivera a honra de descrever, derrubaram sem sangue e sem sacrifícios, o governo trágico que cada vez mais conduzia o Brasil nas profundidades da perdição. Salve heróes! Punhado de Brasileiros honrados, Salve Gaúchos, gente de estirpe elevada! Salve nossos soldados, guardadores da nossa bemdicta Patria...
Temos portanto o governo provisorio constituído em todos Estados e cidades, e confiemos em absoluto nos seus actos que brevemente teremos o Paiz inteiro em completa calma, e terminar- se-hão as miseras, infa- mias e desgraças.
Hoje já temos o prazer de ver Ourinhos com um sorriso já bastante colorido, por estar entrando na vida de inteira tranquillidade e socego.
As casas commerciaes já estão todas em pleno
fuccionamento e tudo retorna em seus eixos.
Não éra possivel que o Brasil se perdesse por culpa dos seus governadores porquanto fazendo como se fez, substituindo todas as pastas ainda sobraria fatalmente um grande numero de talentos, porque o Brasil conta no seu seio intellectua! uma verdadeira constel- iação de esfrellas fulgurantes. Deixar continuar no estado de cousas em que caminhavajnos, não era possivel, porque; iamos a passos largos á miséria e a desgraça.
Felismehte esse nome que assombrava o Brasil até com a própria sombra, já se acha sem prestigio nenhum, e os novos dirigentes dos destinos pátrios, trabalham com o maior affecto de alma para o engrandecimento e reorganisação nacional que se inicia.
Brasileiros! O nosso governador é o eminente Brasileiro e o prototy- po dos actuaes políticos, o Exmo. Snr. Dr. Getulio Vargas. Não há si quer no Brasil inteiro uma figura que seja contra esse illustre filho das plagas do Sul. O Brasil inteiro o acclama como o seu legitimo Presidente como de facto já elle fora eleito. Mas a terrivel «mallat», as fraudes eto da a natureza de falcatruas illegaes não mediram sacrifícios e esse Illustre politico não fora reconhecido. Eis a se
mente que brota no sentimento humano, o ger- men mais odioso que se possa conceber, em vermos todos os nossos trabalhos derribados por uma nefanda politiça.
Mas desta vez enganaram-se porque quem governa o Paiz, é aquel- le que a popularidade queria. Quem governa o Paiz é aquellc que acaba de dar á historia Patria o maior lance de belleza, honra e gloria. Finalmente quem governa o Paiz é o escolhido do povo que briosamente levou o seu nome ás urnas. Mesmo desta distancia levamos á S. Ex. ós votos de maiores felicidades e o povo er ■*£a do seu libertador, 5 lhores dias. O Brasil in teiro que arde em chamas de contentamento, não sabe levantar as mãos aos revoltosos, que na hora bemdicta de sua nova iniciação volveram os olhos para num arranco heroico trazer a tregua a este vasto e incommensuravel território que se achava preso nos braços tentaculosos de um déspota sem a menor das tradicções políticas, E* assim que nos achamos e é assim que se nos apresenta a grande apotheose da paz que começou em sangue no dia 3-10-930 e terminou no grandioso dia da inteira modificação patria, 24-10-930. Digamos em vozes unidas; Viva a Redemptora Revolução!...
2 A VOZ DO POVO
SOS HOSSOS BfflIGOS E aiSTlHCTOS flSSiGHSHTES
”A VOZ DO POVO” que renascera com aquel- le fito grandioso cfe nãò mais ser interrompida a sua publicação, teve os seus dias e os seus intentos todos frustados. Felismente não toa creatura que não saiba que Ourinhos fdi uma das cidades do Estado que mais forças estacionaram.
Isto porque, muito perto das fronteiras e com duas pontes de communicações, ferrea e r odovia ria, era natural que aqui fosse o cam po de concentração. Devido o grande movimento de praças do Exercito Nacional e da Policia Paulista, muitíssimas famílias se retiraram para fazendas e si tios e com isto a cidade ficou quasi deserta e nós, com franqueza, pouquissi mos assignantes tinha-mos na cidade, e deaate de tal anormalidade suspendem os nossa publicação até o dia de hoje, que alegre como nunca, apparecem os para nunca mais interrompermos o nosso programma. Disemos isto porque agora vamos ter bom governo e que porá nos eixos fudo o que de melhor seja para o engrandecim ento da Patria e com isto teremos a paz, mas uma paz dilatadissima, justamente o que o Brasil necessita. Avisamos tambem nossos amigos e assignantes que ”A VOZ DO POVO’’ sahe hoje quinta feira e passará d ’ora avante a ser publicada aos domingos, a partir de 16 do corrente. Contam os cpm a mesma antiga camafM a- gem de todos e as nebès- sarias excusas de uns dias de interrupção. Pretendemos até se as cousas sorrirem como temos verificado no ambiente de Ourinhos, no fim do anno termos um jornal eift typo, maior e sempre com seis paginas. Somos com tòdo affectò ágrádecidos pela ex- cusa de nossa falta aos nossos amigos e assignantes.
Nòtafs de Consignação > IíiVfips eonçmetteiaes
4,,* >Tin*as Sardinha, Blue Blak, ete.
encontra - se na,' -Í i ■ "£' • y -• ; ■ !Papelaria íesta Folha
Chronica Social
Na beira ío I o PardoEram dezesete horas . . .
Ouvia-se ao longe o trinar bigorneante de uma araponga solitaria . . . C onsultei a mim proprio, o que segredeava em tanta harmonia nas vozes dos passaros. Quiz me confundir; não era possivel; A natureza cada vez mais me individualizava! Nos que temos todas as faculdades desenvolvidas, as vezes ou frequentemente duvidamos dó nosso poder e vamos até as plagas lurificadas dos céus provocando em nosso ser, cousas inconcebíveis.
Não podem os deante do espectáculo que se nos of- ferece a mão real e augusta da natureza, fugir dos poderes do infinito.
Nas margens do Rio Par
do que banha coni singular bellezá, grande parte das plagas Ourinhenses, senti dentro em mim depois do entréchoque apavorante e barbaro das coisas aspe- ras do m undc, um balsa- mo sentimental, em ouvir a vóz sublime daqueile pas- saro que ao longe consecutivamente trinava, bigor- neava, soluçava uma can ção tristonh# parecendo ter a flor na bocca, cantando em alta vóz a melodia do incomprehensivel.
Assim nada coniprehen- dendo, e attonito na confusão das aguas, céu e mat- tas, senti-me só na immen- sidade das cousas vivas- mortas, lembrei-me Lau- rindo de Britto que exprime mansamente ás cinzas, ao tedio e a garoa desta vida, o lyrismo encantador dos seus versos :
Invencívelr apathico, de rastros eu vou seguindo ao longo desta• via procurando inconsciente esses dois astros que são teus olhos, para ver o d ia . . .
Cego, longe de ti, vejo e não vejo, x sinto e não sinto , aspiro o que não sei, é vago e indefinido o que desejo, se fallo não sei bem o que faliei.
E tu p a r tis te . , . Enquanto que eu, sozinho, soffro as serpes vorazes da saudade, galho pendido a beira do caminho, ponto pequeno nesta imrnensidade. . .
Assim cantou a araponga os seus versos musicados em lyrismo perfumado dè um nectario imcomparavel e vindo, a - tarde,, sumiu-se a vóz da araponga e eu fiquei triste, tão triste que
parecia que a minfTalma coberta de lueto ia-se m orrer na solidão, mas entretanto vestiu-se de luz por ver que em tudo reza a lei da realidade.
E. Só
Os que_ viajam— Seguiram para S. Paulo em viagem de automóvel, os seguintes Sn rs,: Rodo- piano Leonis, Dr> José Mano Filho, MigueL Cury e Alfredo Devienne.
— tambem seguiu para S, Pfulo. o .Snr. Q eitiente de Só í^ax t^bprfet^ rid da Pharmacia S. Geraídô;
viajaram para 'A gudos i. orSnr. Majno^l Bíatiço». e Exma. Senhora;
— Regressaram de Sorocaba, o Snr. Humberto De- togni e Exma, familia;
— da mesma cidade, regressou* o Snr. Luiz Lan- zoniy 'GeHector Estadoal;
visitou-nos o Snr. Dr. Macicl; - distinto clinico residente em Salto Grande;
— tambem deu-nos o prazer de sua visita, o nosso particular . amigo Wer- jieck, residente em Salto Grande.
DR. C M .H 0 FRBÍiíEsteve entre nós, o Exm<
Snr. D.r. Çarvalho Franc’ Illustre clinico e Chçfe d Posto dé Hygiene de Salto Grande. S. S. trouxe erti sua companhia, diversos auxiliares para inspecciona- rem tudo quanto fosse necessário nesta cidade, relativamente a sua incumbência. Pois os seus auxiliares agiram e. agiram a contento, mandaram por á rua quanto «cacaréço» velho havia pelos qiiintaes, fizeram com que se capinasse os mattinhos protectores de quanto insecto nocivo pó- de haver, e finalmente de- sinfectaram todas as sister- nas e buracos com aguas estagnadas eliminando as- . sim o grande perigo em que nos achava-mos deante de taés focos epidemicos. O serviço foi feito a capricho. Oxalá que S. S, não nos esqueça por longo tempo.
E’ nec.essario ao menos uma vez por mez S. S. enviar os seus correctos auxiliares, que a desinfecção será feita e prestará assim •. um grande auxilio a população. Receba desta folha o voto singelo dos nossos mais calorosos applau- j. sos, ó Exmo. Snr. Dr. Carvalho Franco.
6 o » Delegado É Policia o G oraAssumiram no dia 27 do
mez p. p. o exercício de Delegado de Policia e Governador da cidade, respectivamente os Exmos. Snrs. Manoel Gumercindo Barbosa e Dr. Hermelino ae Leão. Esta nomeação fora feita pela Junta Governativa local * com posta, dos Snrs. Dr. Hermelino de Leão, DfUJoèé Sjsteves.Mano Filho^ Manoel.. Gumer- cindo Barbosa, Emílio Leão, Rodopiario Eednis^Pèréíra, Benicio de.; Esptfito S ao te e Juvenal de Carvalho.
Esta Jun tâ^e^ t^ rgan isa^ da de c o n ^ j^ p R d e o um -tetigíam ma passado pelo General Miguel Costa, em nom étde^ Dfv Getuko Vargas.
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A VOZ DO POVO
f l P fiZChegam os afinal á rea-
lisação sonhada e ansiosamente esperada por todos nós. Era a paz symbolica que se erguia alva e ma- gestosa entre as ruinas e os destroços da guerra. A paz, poz termo as luctas fracticidas entre irmãos, e acalmou os enthusiasmos bellicos dos espiritos exaltados. Nos tempos palpitantes que atravessava-mós, impunha-se forçosamente a paz. Paz nas famílias, paz nas sociedades e paz na Patria. O Brasil, qual leão enjaulado e cercado a ferros por todos os lados, não podia patentear perante o mundo a sua força dyna- mica de expansão com- mercial e industrial. A vida economica tornava-se penosissima na aguda crise que presenciávamos. Nas soluções realizadas para melhorar a situação, apresentou-se o factor negativo da revolução, factor que multiplicado por menos um tornou-se a verdadeira incógnita. A paz era absolutamente necessaria para o restabelecimento da ordem do trabalho e do progresso. Urge agora intensificar nossos esforços para regenerar o nosso Paiz. Precisamos na estabilidade normal, reanimar as fontes de riqueza que possuímos
E* na paz, que um povo trabalha, se enriquece e se torna potência predom inante. E’ na paz que a agricultura, a industria e o commercio tomam maior incremento. E é na paz que as nações se vestem e se ataviam dos despojos e dos andrajos occasiona- dos pela guerra. A pãz é a alm a que da vida ao frio cadaver paralysado e inac- tivo; é a estrella rutilante que orienta nossos governadores a administrarem com equidade e justiça nosso Paiz; é a estação florida e outomnal em que am adurecem os fructos, é o dymnamo gerador das forças que impulsam o paiz na marcha do progresso e
sctívidade.Cessou a 'f evolução de-
puzeram-se as armas;“ terminaram as manobras de campanha; cicatrizou-se a
chaga que verteu tanto sangue, realisaram-se nossos ideaes, organizaram-se os ministérios; equilibraram- se as forças antagônicas; unificaram-se os espiritos... E’ mister reconstruir um novo Brasil, forte e vigoroso capaz de affrontar com a primeira potência mundial.
O que cada cidadão conserve seu logar e desempenhe integralmente seus de- veres no tempo de guerra e particularmente no tem po de paz.
Ourinhos, 3/11/930.
Prof. Constantino A. Mclina
A Junta Governativa desta cidade, no dia 27 do mez p. p. fez distribuir o seguinte boletim :
A O P O V OT\ Junta Revolucio
naria dovernativa desta cidade, convida a todos os Revolucionários e ao Povo em geral, para uma passeata em rego- sijo á brilhante victoria da Revolução em pról dos direitos do Povo, conspurcado e espesi- nhado pela camarilha de poiiticos profissionaes que desde ha muito vinha infelicitando o nosso glorioso e amado Brasil passeata essa que se iniciará ás 19 horas, na Praça Mello Peixoto.
Viva a Revolução!Q uando foram cerca de
19 horas, o jardim e as ruas adjacentes regorgitavam de gente, que podem os dizer sem medo de errar, que Ourinhos em peso lá se achava. Foi uma passeata bellissima... Camaradagem, alegria, vivas e mais vivas aos grandes revolucionários, sem que ouvesse a menor perturbação de ordem. Mas antes de tudo isto, usou da palavra o Exmo. Snr. Dr. Hermelino de Leão, governador da cidade que em eloqüentíssimo discuiso, dominou por algum tempo a grande e selecta massa popular que
enchia aquelle logradouro publico. Depois da passeata civica, o povo se dispersou na mais perfeita ordem levantando vibrantes vivas aos gloriosos revolucionários, a Alliança Liberal e ao eminente político e governador da Republica, o Exmo. Snr. Dr. Getulio Vargas.
Brevemente o «Externato Ruy Barbosa» fundará um Club Recreativo em beneficio dos alumnos do mesmo estabelecimento para se divertirem galhardam ente nos dom ingos e dias feriados. Elle obedecerá a um regulamento de accor- do com as boas normas da moral e da boa sociedade.
1 P 1 jülA Chefatura de Policia
communica que continua expressamente prohibido o jogo do bicho em todo o Estado de S. Paulo.
Serão severamente punidos os que praticarem essa contravenção.
Os nossos mais calorosos applausos.
Enferm osHa dias que guarda o
leito o nosso amigo e a$- signante Snr. Antonio May- nardi, cirurgião dentista nesta localidade.
Fazemos votos* do seu prcm pto restabelecimento.
Tambem guarda o leito a dias, a Senhora do nosso amigo e assignante Snr. Henrique Lopez, no que desejamos e pedimos a Deus o seu breve restabelecimento,
Br. Hermelino Leãod e d ic o
OpepedopP a rte iro
Rua Dr. João PessoaOUP.INHOS
FinadosCyprestes - Chorões esguios Coroas - Flores - Lagrimashom enagens que se levam cada anno ao berço eterno de nossos entes queridos, recordando uma saudade, cheia muitas vezes de du- rezas, mas mesmo assim, quem nos dera termos ao nosso lado, os nossos en tes queridos, que infelizmente dormem o somno eterno. N’um cemiterio é dolorido ler os epitaphios descriptos em louzas marmóreas ou em cruzes de braços eternamente abertos im plorando ou symbolisan- do a prece.
Tudo nos traz saudades... Lyrios, rosas, margaridas em braçadas levam ao tu mulo de cada ente tombado, como homenagem de cada dia de finados que se passa annualmente repelindo-se sempre, sempre . . . Tudo é dolorido, mas a- quelle que vae ao campo santo levar as suas flores para hom enagear as cinzas de seus paes, este então soffre o mais duro entre- choque das cousas graniti- cas do mundo, porque chora sobre a cinza do ente mais querido, mais extre- mecido, mais que tudo, mais que a própria vida; um p a i! . . . Que lagrimas pesadas nos rolam pela face, chorar a saudade de um pai, de uma mãe bem dicta, que nos acariciou, que nos balouçou cantando cantigas suaves . . .
Mas a realidade não é ephemera, e ella assim mostra ao mundo o seu poder.
Domingo passado fora * dia consagrado aos mortos e desde cedo até fechar a noite, vi flores, fiõres e flores, symbolo dos symbolos; da vida e da m orte ...
GUERREIRO
Camaro MunicipalO Governador Proviso-
rio desta cidade, recebendo os livros da Camara antiga, sem . ser de fonte offi- cial, resolveu lacrar os mesmos até que os seus antigos funccionarios venham fazer a entrega não só da camara, como tambem de todos os livros pertencentes a municipalidade.
A VOZ DO POVO
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4.o ANNO DE PREPARATÓRIOS
Conseguiram o l,o logar em ;
Curso de AdmissãoPortuguez: João Alonso e Oslavia Br azFrancez: João Alonso e Oslavia BrazArfthmetica: João Alonso e Oslavia BrazGeometria: João Alonso e Oslavia BrazÁlgebra: João Alonso e Espiridião CuryGeographia: João Alonso e Oslavia BrazHistoria: João Alonso e Oslavia BrazInstrucção: João Alonso e Oslavia BrazMoral: João Alonso e Oslavia BrazSciencias naturaes; João Alonso e Oslavia Braz Redacção: João Alonso, Oslavia Braz e Wilson Gomes Orthographia: Oslavia BrazCalligraphia: J. Alonso, Oslavia Braz e Espiridião Cury Carthographia: Oslavia Braz e João Alonso
Preparatórios ao Commercio .Leitura explicativa: Francisco Romeiro, José Vita, Ozo- rio Chrisíone e Nelson Prado.Arithmetica: Reynaído Azevedo, José Vita, Francisco Romeiro, Nelson Prado e Cláudio Domingos. Portuguez: Reynaído Azevedo, Francisco Romeiro,José VitaCalligraphia: José Silvestrinni, José Salacios, José Vit9 Redacção: Francisco Romeiro, Ernesto Cláudio e Rey- naldo Azevedo.Orthographia: Nelson Prado, Ozorio Christone e Francisco Romeiro.Commercio: José Vita, Francisco Romeiro, R. Azevedo
1.o Anno âymnasialG O M M E R C I A L ,
Portuguez: Antonio Mayoral e Duilio SandanoFrancez: Antonio Mayoral e Duilio SandanoInglez: Antonio Mayoral e Duilio SandanoArithmetica: Antonio Mayoral e Pompilio MachadoÁlgebra: Antonio Mayoral e Pompilio M achadoGeographia: Antonio Mayoral, Duilio Sandano eOrlando MigliariInstrucção Moral: Antonio Mayoral, e Duilio Sandano Redacção: Antonio Mayoral, Duilio Sandano e Orlando MigliariCorrespondência commercial: Antonio Mayoral, Duilio Sandano e Pompilio Machado Commercio: Antonio Mayoral, Duilio Sandano eOrlando MigliariOrtographia: Antonio Mayoral e Duilio SandanoCalligraphia: Antonio Mayoral e Pompilio Machado
4
Scena tocanteDesde o dia 3 do mez
p. p. em que Ourinhos ficou quasi que transformada em praça de guerra, aqui não verificamos um acto siquer depravante que viesse por ventura affectar a dignidade dos bravos militares que se conduziram dentro de uma diciplina invejável, (bem entendido, Força Publica e Exercito) via-mos aquarteladas em muitas casas desocupadas, soldados de diversos batalhões da Força Publica Paulista, bem como soldados do Exercito.
Nada se verificou de a- normal; Ourinhos em todo este tempo que atravessou com essa preoccupação de animos exaltados por tanto moxi nenío militar que se verificDU, não ouvimos um tiro, não foi tomado nem retomado por força militar de facção nenhuma, por quanto, aqui reinou sempre completa calma e estivemos por completo ao contrario do que dissera alguns jornaes da extincta avassalante e cruel politica
Temos, sim, a frizar como acto e scena tocante, que não é só no seio civil que há philaitropia, caridade e os grandes actos de humanidade por assim dizer. .. No seio militar essa onda secreta dos actos do bem, tambem borda os corações desses homens que a sua maior honra é morrer pela patria, mas, pela Patria, em defeza directa, não sendo luctas inteiramente fratricidas
Aqui por exemplo o II- liMre primeiro tenente do Exercito Nacional Sr. Grou- chy Salles, vendo que ia sobrar alguns mantimentos da tropa que S. S. era o chefe, resolveu reunir a pobreza de Ourinhos e em presença do Exmo. Snr. Governador da cidade e numerosa assistência, proferiu um brilhantíssimo discurso do que foi muitíssimo acclamado pela selecta assistência e depois de suas commovedoras p a lav ras , começou-se a distribuição de viveres. E'ra só vendo a scena tocante que se reproduziu. Velhos, senhoras e ' creanças, cada um por sua vez recebia o seu quinhão bendizendo a Deus
e esse Illustre Militar que em hora aguda, levou aos larss pobres muitos bocados de alimento. Fôra ainda distribuído muitas colheres e cobertores, em que se repetiu novamente outra scena tocante. Eis ahi no coração desse Illustre Militar, alojado o sentimento
mais altaneiro e nobre que o genero humano possa conceber, o sentimento da caridade, sentimento este que eleva e conduz nc caminho do céu. Pois este são os nossos votos ao D. D. Snr. Grouchy Salles, Illustre primeiro tenente do Exercito Brasileiro.
0 Mal de trens miliMes foi de 135 cüo 1.500 cairos
O «Correio do Povo» de Porto Alegre, publica hoje, informações do Director Interino da Viação Ferrea, Dr. Celso Pantoja, sobre o movimento Ferroviário durante a revolução.
Disse aquelle Director que a Viação Ferrea transportou de Porto Alegre, para as linhas do Norte, cerca de trinta mil soldados, cinco mil cavallos e os viveres para a tropa.
O total de trens militares foi de 135, com 1.500 carros, dos quaes ainda se acham alem de Marcelino Ramos, 1.257 carros e vagões e 80 locomotivas.
Os transportes na Estação de Porto Alegre, ape- zar desse movimento anormal, já se encontravam quasi normalisadas. Actu- almente estavam sendo carregados com destino ao interior, especialmente para a região serrana, cerca de tresentas toneladas diarias.
Daqui partiram para S. Paulo, onze trens conduzindo duzentos e setenta e cinco carros de passageiros militares e materiaes bellicos.
Já se achajem franco func- cionamento desde segunda feira p. p., este grande es- estabelecimento de ensino.
Já falíamos tambem sobre as reformas que se estavam verificando no prédio onde funccionam as aulas, e tornam os a dizer que a Teforma a que nós nos referimos em um dos nossos números, está continuando com afinco para prompto acabamento e vemos que promette ficar uma couza elegante e vistosa.
LoteriaA Loteria de S. Paulo de
200 contos, Sque devia extrahir-se em 24 d e C t t í t r - ^ bro pu/p., ficou transferida para 7 do corrente mez.
▲ V O Z D O P O V Oa g i g M B B a a a 5
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‘iux. Pinturas• de prédios, reformas e decorações, não contracteis
sem primeiramente pedir orçamentos a
ALFREDO DEVIENNEflttende chamados para Fora desta localidade
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Z DO POVOS E M A N Á R I O I N D E P E N D E N T E
õírector-Gerente: JOAQUIM DE AZEVEDO - BfficIflâS próprias - Collaboradorcs: DIVERSOS
fiNNO 1 ( estado de São Paulo) Ourinhos, 23 de Novembro de 1930. NUMERO 33
^ ^ ^ e m p r s foi o ideal ^ ■ ^ d o s antigos ver a Republica cahida e voltar novamente a Monarchia.
Puro engano que fosse a Monarchia melhor que as formas Republicanas.
A Republica possue uma Constituição perfeita, solida e sem defeito. As leis são perfeitamente claras, sobre tudo, a copia exacta da perfeição e garantia dos povos. Os antigos batem até nossos dias que as formas Mo- narchicas são as mais democráticas que se possa conhecer. Perfeitamente. Mas é porque nunca a forma verdadeiramente Republicana foi executada. Agora que possuímos um governo que está dando as provas mais evidentes do seu amor a Patria, veremos pois e verão os monarchistas que até então pregam a theoria democrática por uma these já ha muito abatida, que a forma Republicana é a verdadeira obra da civilisação dos povos. Verão os antigos Monarchistas que as formas Republicanas será
M oveisFamília que se retira desta cidade vende, á preços vantajosos os que guarnecem sua residência, Ver e tratar, á Rua São Paulo com o
DR* THE0DURET0
0 Ideal dos Antigoscomo a expressão de nossa Bandeira, onde se encerra a combinação democrática e o symbolo da verdadeira obra sacro- santa da «Ordem e Progresso». Verdade seja dita que nunca o Brasil desde a sua proclamação da Republica teve o poder de suas leis e constituição, serem fielmente postas em acção. Hoje que os sanguessuga da Patria foram ressachados pelos fieis Brasileiros que amam com ardor o seu berço extremecido, muito breve collocarão a Patria n’iim delinear suave em tudo cumprindo cathego- ricamente as suas leis, mostrando não aos antigos monarchistas, mas sim ao mundo inteiro que a Republica, principalmente a Brasileira, é democrática ao extremo e sem sinuosidade o tra- jecto da «Ordem e Progresso». Os brasileiros desgarrados do cumprimento do dever patrio, luetaram sempre para não ver um Ruy Barbosa na Presidência da Republica porque naturalmente iria descobrir as misérias que se [infestavam pelas repartições todas e foi sempre continuando na mesma derrocada esse bar- baro e miserável systema de governo até a pouquíssimo tempo quando muitos Brasileiros honrados cansados com tan
ta vergonha resolveram demolir tudo. Veio as eleições Prestes-Vargas...
O Povo honesto, os eleitores livres e que ex- pontaneamente votaram no Grande Brasileiro Ge- tulio Vargas, viram que depois das eleições eram baldados os seus esforços porque a tribu sanguina- ria com todo o negror de caprichos e resoluções destituídas de uma gotta de verdade, miseravelmente atiraram a lama o nome mais querido dos povos livres, o eminente Brasileiro do Sul do Paiz.
Surgiram protestos por todos os Estados e nada valeram as leise as razões
A Camara reconhecia com grande maioria de votos e grande parasita do Brasil, o Itapetininga- no que nem os seus pro- prios conterrâneos lhe votam um raio de sym- pathia, queé o Snr. Julio Prestes. Mas veio a tormenta, essa tempestade f-unosa rugindo por todo o Brasil e o o echo da revolução fora attendido pelo soar da trombeta da razão, e, de todos os pontos do Paiz partiram os odios avolumando dia a dia e a briosa Minas Ge- raes e o collossal Rio Grande num gesto admira vcl resolutos vinham contra os esfaimados pelo poder. Assim a revolução venceu nobremente e podem ficar
tranquillos e certíssimos todos os B r a s i l eiros, que brevemente teremos a Patria livre de compromissos e o ideal dos antigos ainda será postoem pratica porem noregimen Republicano. Pois nós que somos Republicanos sempre soubemos respeitar os ideaes dos nossos compatriotas, que na egide Republicana tem vivido, mas como brasileiros, respeitando as leis, e, como compatriotas respeitando seus irmãos pátrios. Nunca os ideaes antigos foram varejados pelos republicanos que muito honrosamente guarda as cinzas dos seus lltustres Imperadores. A Republica de hoje não é aquella de hontem. Lá temos um governo cujo nome sobejamente conhecido, tem brilhado mais que todos os astros na constellação politica. Lá temos um Brasileiro Illustre e eminente que mostrará cathe- goricamente a todos seus governados que a fibra de um governo não é odiar nem vingar. G juiz justo não perdoa. Se cumprindo a lei, cumpriu-se tudo.
Aguardem compatriotas os passos que está dando o nosso governo e depois diremos com os antigos monarchicos, que a Republica é a forma mais nitida que um paiz possa se conduzir.
O ideal dos antigos não é mais do que o cumprimento exato da forma Republicana, liberal, e democrática.
A VOZ DO POVO 2
Chronica Social flos que amamPara o Prof. Evaristo por Jorá de ANDY
Peut-être, daus la foule, une âme que f ignore Aurait compris mon áme, et m'aurait repondu
( L À M A K T I N B )
Ha sobre o mar da vida, accesa, uma ardentia, Onde a sereia azul dos sonhos e illusões,Os cabellos de luz entre os dedos desfia . . .E o mago encantamento das paixões. . .
Ah! quanta gente sobre essa luz fugidia ,Em busca do amor joga os ternos corações! Loucura! quanto horror na sereia irradia ! Vos espera, 6 mortaes, em forma de canções
0 } vós que no, batei sereno da esperança;Da vida pelo mar que em sonhos se destrança? A Perola do Amor, tão a vidos, buscaes,
Sentido! cada vaga é negra sepultura,E vós, almas febris, 6 nautas sem ventura, Sossobrareis um dia e não voltareis jamais.
O urinhos, 19/11/30.
M e r c a r á Natalicio
Na hora crepuscularQuem passar pela rua...
a tarde, na hora em que os últimos raios de sol despedem-se no uccaso e a Ave Maria resplandece em sua mystica bellesa, nota-se que, em um pequeno bangalô ali situado, gentil se- nhorinha debruçada levemente sobre o parapeito da janella contempla, submersa em profunda tristeza, a Natureza em seus mais sublimes mysterios.
Em que pensará?!... Não sei. Bem longe de mim está o poder da advinhação.
Talvez que nestas horas se lhe despertam n’alma sentimentos de fecunda paixão que elevam os pensamentos aos páramos do infinito como que buscando no azul ethereo o bal- samo suave para a sua af- fHcção discreta.
De que grandes pensamentos não encerra aquel- le pequenino cerebro; que cruéis dores não se agitam naquelle coraçãosinho ainda em flor.
Ah ! quão impiedoso é o Amor!... e talvez que a re-
miniscencia de um passado se lhe desperta n’alma, como de um lethargo profundo, deixando traspare- cer na luz da imaginação os sonhos dourados de outros tempos, ou os dias felizes em que, nessas mesmas horas de mysterios, quando a Natureza parece adormecer sob a paz de um céu divino, seus labios purpurinos pronunciavam phrases repassadas de inef- favel doçura e encanto, e que se murcharam ao sol da desillusão !...
E como um veneno que suavisa outro veneno a Saudade resurgiu em seu coração amargurado ... e en- florando os labios sorriu, mas íim sorriso que deixava transparecer uma alegria vaga, que pouco de-
ois se escondia na penum- ra de infinda m agua!E como a rola que ao
cahir da tarde na solidão das mattas soluça entristecida, tambem a jovem ao cahir da noite decerrando os labios roseos confessa a Natureza adormecida os delirios de sua alma apaixonada...
fllfin io MacielNo dia 17 p. p. o Snr.
Alfinio Maciel, elemento da fina sociedade Ouri- nhense, e digno pharma- ceutico, colheu mais um anno na sua preciosa existência. Por isso reunio em sua residencia, alguns amigos e offereceu uma mesada de doces, não faltando em profusão a An- tarctica. Houve tambem uma tocata entre músicos amadores desta localidade, tendo o conjuacto orches- tral agradado deveras a assistência em todos os números executados pelo seu grupo.
O Snr. Maciel e sua Exa. Esposa não pouparam esforços para agradar os seus amigos, demonstrando assim sua lhaneza e bondade. Eram já 23 horas quando dali se retiraram os amigos e visitantes. Esta folha cumprimenta-o sinceramente por essa ephemeride natalicia e faz votos que se repita por muitos e muitos annos.
Os que viajamAqui estiveram os Snrs.
Manoel Leão do Rego, nosso representante em Pal- mital;
— Sebastião de Almeida, industrial em Salto Grande:
— Apresentou-nos as suas despedidas o Snr. Grou- chy Salles, que seguio para São Paulo;
— seguio para a Capital, o Snr. Thomaz Chine, acom panhado de suas gentis filhinhas;
NascimentoMuito embora tardio, te
mos o prazer de registar o nascimento de mais uma filhinha do nosso presado amigo Benedicto D. da Andrade, acatado Agente
Estação Sorocabana.
FonteEstão sendo reparados
todos os estragos da ponte S. Paulo - Paráná, vindo de Botucatú um trem especialmente para esse fim..
PELIRIOS1. . .Ah! Peza-me na fronte a coroa de rnartyrio Que um inspirado e pobre amor sobre mim lançou;
Já é bem latente a dor que no coração brotou Desse apaixonado amor que se chamou delirio! . . .
A h ! como é triste amar assim, como um pobre lyrio Na cadência de infeliz paixão que alimentou Um coração, que em tristezas mudas se tornou,Como a luz amortecida e pallida de um cirio! . . .
. . . Soluça o peito de tristezas acorrentado,Suspira em vão o coração apaixonado,E sorri a alma no delirio de uma dor! . . .
Mas não! que importa o soffrimento, o padecer! ? . . . Pois quem ama soffre sempre, quero pois soffrer, Quero viver sonhando. . . quero viver de amor! . . .
A noite taciturna e lenta desce cobrindo o espaço com o seu manto de es- trellas fulgurantes; e a lua
lentamente vem surgindo lançando sobre a terra a merencorea luz.
LÉA
A VOZ IX) POVO
: anoz oo pdvo| Pablica-sc aos DomingosIff U I H K C T O R - G K B B N T B
Joaquim dc Azevedo |
E X PE D IE N T E ; | M ssig n a ta n n s í£
CIDADE 1 5 1 0 0 0 I FORA m o O O S
| Secção livre e Editaes Iâ Por linha . . £>300 v
Repetição . . $200 gPagamento adiantado |
A parte editorial é á franqueada aos Snrs. g Collaboradores, cujos artigos deverão ser assignados.
Os originacs, embora não publicados, não serão devolvidos
A Redacção não as- f sume responsabilida- de dos conceitos e- mittidos em artigos à devidamente assigna- lidos. f
O expediente desía I folha encerra-se ás I Sextas-feiras ás 16 ^ horas em ponto f
RUA PARRNÂ |
O U R I N H O S |
Prol. Cmislaràio 1. MolínaNão havendo possibili
dade de publicar neste numero a vossa collaboração por excesso de matéria en trada em primeiro logar, pedimos venia por esta fal ta, mas que promettemos no proximo numero publi- cal-o.
Para o limo dedivo; DO PU
Entraram com seus nomes no Livro de Ouro d’ «A VOZ DO POVO», os Snrs. Augusto Alonso, Antonio Ribeiro e Antonio Costa, por terem contribuído com as assignaturas de nossa folha até o fim do anno corrente. Sendo apenas 5$000 a assignatura da ”Voz do Povo” até o dia 31—12—930, acreditamos ser bem succedidos em nossa iniciativa e continuamos com o Livro de Ouro aberto, para aquelles que queiram expontaneamente pagar em nosso escriptorio, á Rua Paraná, a importância acima, no quedaremos a luz da publicidade e confessamos simplesmente gratos.
F u t e b o lDomingo passado tive
mos uma tarde esportiva que deixou bastante a desejar aos amantes daquelle esporte, em virtude do club visitante ser bastante fraco para enfrectar clubs do naipe do E. C. Operário.
O Operário apezar de este r sem treino, não deixa de ser aquelle de sempre.
imaginem se o seu con- juncto tivesse treinado, então seria uma barbaridade si bem que 7 x 0 não é victoria, é uma derrota medonha que infligiu ao seu adversario. Deixou a desejar dizemos, porque sendo um conjuncto regular, para o Operário é canja e com isso perde a graça toda a partida, porque nós r3o queremos ver surras dr natureza da que levou o club Botucatuense, e quando é um conjuncto mais ou menos equilibrado ahi que nós vemos a fibra da Operário.
O Operário entrou [em campo com o seguinte bando.Dirceu, Leontino, Mala- chias, Rezende, Lazinho, Orivaldo, Géto, Tonico, Os- waldo, Assumção e Neguito
O Snr. Oscar de Souza que foi arbitro da peleja agiu a contento, não porque o Operário vencesse, mas porque ao nosso ver agiu criteriosamente. O Operário no primeiro meio tempo contra o vento e o sol marcou 4 pontos, que com isso desanimou por completo os visitantes. No segundo meio tempo foi um dom i n i o completo; pois chegou ao ponto de vermos Dirceu afastado bem distante de seu posto palestrando com assistentes. O Operário apezar da falta de treino jogou admiravelmente. O ponto fraco
do conjuncto era Oéto que foi o extreante no primeiro quadro, que promette porque se esforça e tem mesmo algum jogo, mas com tudo, marcou dois pontos ao seu club. Os jogadores todos demonstraram a mes ma technica antiga, sobre- sahindo como sempre o collossal Lazinho. Os visitantes jogaram regular mente, não havendo por isso nomes a destacar.
Cumpre-nos dar os parabéns ao E. C. Operário pela esmagadora derrota que infligiu o afamado Club de Botucatú.
Dr. IMircto F. DoesRetira-se brevemente de
nosso meio o Illustre clinico e acatado cidadão, Dr. Theodureto Ferreira Gomes. A população de Ourinhos lamenta deveras essa perda insubstituível. Porque ? Era o medico dos pobres; era tambem a sua bolsa o soccorro d^s necessitados, e, finalmente a porta de sua casa era sempre aberta a todos que o procurava para qualquer fim. Residindo aqui ha longos annos, deixa innume- ros amigos e uma lagrima a cahir dos olhos da pobreza que sente esse golpe rude de sua retirada.
Que havemos de fazer? S. S, por motivos que não seremos indiscretos a saber, nos deixa. Pois bem; Deus seja o pharól na sua nova residencia, são os sinceros votos que esta hu- mildí folha dezeja a sua Illustre pessoa juntamente com sua Exma. Familia.
que muito contribuirá as classes proletárias.
Pois tanto na Capital como no |interior as casas dão juros 3 a 4 vezes mais do que a taxa natural e sendo por isso excesso de lucro em que depõe muito contra jos proprietários e accarreta grandes damnos na bolsa dos inquilinos.
Aqui em Ourinhos principalmente, qualquer rancho de taboas é alugado a 60, 70 e até 100# men- saes, isto nos arrabalbes, no centro não se falia!
Agora como nunca que atravessamos grande crise é muito justo que o nosso governo decrete em continente essa lei, mas que se estenda o referido decreto ao interior onde tambem campeia a inflexibilidade de proprietários pha ntastica- mente financeiros e sendo sanccionada ao Estado, o interior receberá tambem esse grande beneficio. Oxalá que não se demore a referida lei entrar em vigor e receberemos a noticia batendo palmas.
Os a lip e is de casasvão ser reduzidos de 3D°|„
(dos jornaes)
Em nosso numero passado tratamos interessada- mente sobre a questão de alugueis de casas, referindo-nos principalmente no ponto de vista em que os proprietários cobram exorbitantemente os alugueis.
Agora acabamos de ler nos jornaes que S. Paulo dentro de poucos dias terá reduzido os alugueis obrigatoriamente de 30 por cento, porcentagem essa
N'uma cidade como Ourinhos, não ter uma banda musical, parece incrivel.
Ja falíamos em um dos nossos números neste sentido. Acreditamos piamente que a Prefeitura não possa subvencionar com quota nenhuma para manter um maestro para reger a corpo- ção. Mas se amanhã vem um circo de cavallinhos, ou temos uma festa qualquer que necessite musica, qual será a nossa posição?
Aqui que é a cidade que promette e vemos um futuro brilhante a sua espera, não seria mau que a Prefeitura se esforçasse um pouco e auxiliasse para que por qualquer forma pudéssemos reorganisar a corporação musical porque a musica é a alma de uma festa. Ha tantos gastos que a Prefeitura poderia cortar e auxiliar a referida reorganisação porque as músicos estão promptos a tudo, basta que tenha maestro. Esperamos do nosso D D. Governador da cidade, quálquer coisa a favor desta grandiosa necessidade.
Guardião
A VOZ DO POVO 4
Durante 40 annos de Repu blica, o Brasil vergou sob o peso crusciante de uma oly- garchia que o asphyxiava.
Mas cansou-se finalmente.E com uma sacudidela
de hombros, arrojou para longe o jugo despotico de uma tyrania nefasta.
Não foi o despertar de energias adormecidas, não. Foi a eclosão das energias dôs seus filhos, a custo reprimidas, por longos annos.
Foi como se o Brasil houvesse conquistado a sua segunda independencia.
E não era preciso ser propheta. Não se fazia mister ter o espirito vidente dos telepathas, para se prever que o anceio de todos os brasileiros tinha que se trasformar na acção revolucionaria que depoz os oly- garchos do governo passado.
Era fatal. Tinha que ser.
Brasil N ovoPatre “fl VOZ DO POVO“ po* Jorá de ANDY
Inicia-se agora uma nova era. A era da Liberdade e da Democracia sem demagogia.
O Brasil não pôde, porém, reintegrar-se de um momento para outro, de todos de direitos liberaes
de uma Republica Democrática.
Depois de quasi meio século em que imperou oprofissionalismo político, é necessário reconstituísse tudo de novo, E isso demanda tempo e trabalho.
Não basta somente a boa vontade dos governadores para se lévar a bom termo essa reconstrucção. Elles, por si só, nada poderão fazer E’ imprescindível que haja o concurso de todos os bons brasileiros. E esse concurso é um dever patriotico a que ninguém póde se furtar.
Perguntaram a Lincoln si era preferível um governador déspota, mas bom administrador, um governador liberal, mas pouco versado em questões administrativas. O grande estadista, ao envez de responder directamente ao dilema que lhe apresentavam, disse que acima de tudo, era preferivel «o governo do povo e para o povo», pois que sem o auxilio do
povo nenhum governo governará.
E dessa phrase, tirámos a nossa asserção.
Unam-se pois todos os brasileiros, e sem apoio in- condiccional e nem oppo- sição systhematica, congreguem todos os seus esforços pafa alcançar o desi- teratum da Revolução, que conseguiremos assim a Re~ publica que sonharam os bravos de 89,
* *Não terá sido inutil, en
tão, o sangue que derramaram tantos brasileiros.
O regimen dictatorial estabelecido, com poderes discrecionarios, pode ser kodakizado pelos pessimistas como um contrasenço aos ideaes de liberdade.
Entretanto, é necessário que assim seja, temporariamente. E’ preciso que todos sacrifiquem em parte, por um certo tempo, a sua liberdade constitucional, para o levantamento moral e material do nosso
querido Brasil.Depende, porém, da bôa
vontade de todos, a maior ou menor duração, da forma de governo em vigor.
Aos municípios está reservada uma grande parte na cooperação geral para o reerguimento do Paiz.
Da bôa vitalidade das callulas depende o bom desenvolvimento de um organismo. E que os muni- cipios são as cellulas da Nação, é cousa por demais conhecida.
Influirão todos, não só nos destinos da Politica, como da Ordem e do Progresso. Partes preponderantes do Paiz, elevar-se-hão no seu conceito si, por norma de conducta, se amoldarem ás regras da sã po litica.
Ourinhos felismente, está confiado a homens, cuja probidade ninguém contesta. Esperamos, pois, que os nossos dirigentes saberão cumprir o seu dever, envidando os esforços de que são capazes, pelo progresso desta localidade e cooperando, assim, para a felicidade da Nação.
Ourinhos, 18/11/30.
Secção LivreB d i t a l
Em cumprimento á Cir. 234 de 13 do corrente, faço publico, para conhecimento dos interessados que ficam todos os Snrs. correntistas da Caixa Economica. estadual annexa a esta Collectoria, convidados a apresentarem até 30 do corrente, suas cadernetas, afim de serem conferidas e visadas pelos funccionarios do The- zouro que serão designados pelo Governo para esse fim.
Os Snrs. depositantes que deixarem de recolher as suas cadernetas, dentro do alludido prazo, ficam sem direito a quaesquer reclamações posteriores.
Collectoria Estadoal de Ourinhos, 20 de No
vembro de 1930.Pelo Collector
MarcosEscrivão
issão de
Cia. F. São Paolo-FaranáFaz-se publico que no
dia 24 do corrente, Segunda feira, será reaberto o trafego em geral desta estradaOurinhos, 22 de Nov. 1930
Herminio SoeiChefe do Trafego
TERRENOVende-se na Rua
Artindo Luz, ponto mais alto da cidade,
a vista ou aprestações.
Tratar directamente com o proprietário |
Prof* Paulo Novaes g de Carvalho
Visitará muito breve a nossa cidade uma comniis- são de syndicancia composta dos Snrs., Major Corrêa de Mello, Angelo Mendes Corrêa e Leonidas da Silva Cardoso.
Essa commissão nomeada e autorizada pelo Coronel João Alberto, Illustre Delegado Político Militar Revolucionário, Junto ao Governo de S. Paulo, virá com amplos poderes para averiguar tudo de accordo com o Edital que abaixo publicamos e que já foi distribuído nesta cidade.
Edital.A.O P O V O
Dentro de breves dias deverá visitar esta cidade a Commissão de Syndicancia nomeada e autorizada pelo Coronel João Alberto, digno Delegado Politico- Militar Revolucionário, jun
to ao Governo de S. Paulo, afim de apurar todas as ir
regularidades verificadas quer na administração local, quer quanto a abusos de autoridade, fraudes elei- toraes e toda a especie de privaricação, anteriores a Victoria Revolucionaria.
Assim, receberá a Commissão de Syndicancia todas as suggestões e denuncias que lhe forem dirigidas, contando com o auxilio de todos os bons cidadãos, que queiram cpn- tribuir para que os responsáveis não possam fugir ao severo castigo que merecem
As accusações, para serem tomadas em conside- deração e examinadas, deverão ser fundamentadas com clareza e precisão, guardando absoluto sigillo sobre essas denuncias.
A Commissão de Syndicancia
Major Corrêa de Mello Angelo Mendes Corrêa
Leonidas da Silva Cardoso.
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A VOZ DO POVO8BMANARIO INDEPENDENTE
Dírector-Gerente: JOAQUIM DE AZEVEDO - OffltiltóS propPlll - Collaboradores: DIVERSOS
RNNO 1 ( Estado de São Paulo) Ourinhos, 30 Novembro de 1930. NUMERO 34
C /m nossos tempos ci- vilísados, em que tudo é diplomático e as leis ins- tinctivamente observada, em que os povos, n’um fecundo contentamento, contempla o jorro enthu- siastico de remodelação Brasileira, revigora-se em catadupas inflamáveis pelo vulto que toma as cou- sis nacionaes, acabando ultimamente de contemplar a capital Paulista, o espectáculo augusto, de iVum bloco de 100.000 pessoas, admirar pessoalmente, os gigantes da Victoriosa Revolução, os eminentes c Exmos. Srs. Coronel João Alberto, General Juarez Tavora e Dr. Oswaldo Aranha, que vieram procedentes do Rio, entregar o Governo de S. Paulo, ao Illustre Coronel João Alberto.
Justíssima homenagem prestou o povo Paulista ao seu novo Governador, nomeado pelo D. D. Presidente da Republica.
Justíssima homenagem prestou o povo de S. Paulo ao seu novo Governador, porque possue esse vulto proeminente, um nome que resôa em éco poderoso e honrado alem Brasil.
A imprensa é unanime em elevar os seus merecimentos na legitimidade do que lhe pertence.
Assim, essa turba des- communal, que teve a honra de estar frente a frente de João Alberto, são aquelles que confiantes esperam junto com
O enthusiasmo de S._Paulo
R nossa necessidadetodos os habitantes do Estado de S. Paulo a remodelação completa para o bem e progresso deste pedaço de terras do ine- gualavel torrão Brasileiro
Nós aqui do matto por assim distr, tambem somos confiantes em seu grande nome, mas a nossa necessidade abrange muita cousa, que até nossos dias, correm mansamente como um grande e caudaloso rio, sem que o barqueiro possa vencer as suas quedas. (
Por exemplo, os alugueis de casas.
Não queremos nem por brincadeira, argumentar mais, porque ja temos dito muita cousa a esse respeito e esperamos no espirito elucidado do nosso novo governador, que ha de reprimir o grande cancro incurável e insaciável dos maus proprietários pela ganancia do ouro, vil metal, miserável elemento, inimigo capital do homem.
Sejamos grandes á Patria, muito embora pobres
A pobreza não é o maior dos males, (disse alguem), puríssima verdade . A nossa lavoura precisa proteção. São Paulo possue um oceano
incommcnsuravel de terras e falta braços, mas braços para a lavoura de cereaes e outras tantas que o Brasil precisa, principalmente o E. de S. Paulo, mas nunca para o café porque infelismen- te essa rubiacea está como o jequitibá tombado, sem yida. . . morto.
Haverá neste momento quem diga ou todos digam, braços existem hoje em dia em quantidade, mas falta dinheiro!...
O ponto de vista principal sendo este, todos nós devemos ser fieis a Patria, ao Governo, para que não haja anormalidades nos passos de sua vida, para assim podermos constituir finanças equivalentes as necessidades.
Verifiquemos com a devida attenção os actos governamentaes, que tiraremos a conclusão que tudo irá para o progresso de accordo com o nosso regimen.
Devemos agora termos muita, mas muitíssima paciência porque as nossas necessidades serão satisfeitas, porém é logicamente claro que os nossos novos governadores encontrando na mais tris
te das situações o Paiz, não poderão em pouco tempo satisfazer tudo o que é preciso. A rui na em que estava em trajecto a nação, só mesmo a Revolução seria a redemp- tora de sua agonia.
Ella vencendo como venceu, será como é o inicio da melhora completa. Só sendo leiguis- simo na matéria de política poderá não compre- hender a situação que nos achavamos e nos achamos. Irmos a bancarrota com a fabulosidade de riquezas subsolo Brasileira, com o ineguala- vel oceano de mattas virgens inteiramente intactas, onde até então tem sido o orgulho nosso e a inveja do mundo inteiro, onde tudo encanta e enobrece a nossa raça ? Não. Mil vezes não.
Antes dar-mos o sangue á Patria, para luctar contra os poderes, como o que ainda recentemente cahiu para não mais se levantar, e que venham gaúchos ou quem quer que seja das plagas sulinas ou do norte, nada affecta, todos são brasileiros, basta serem hon rados como os que felis. mente, mais outra vez felismente, estão nos poderes governamentaes para em tão bôa hora dirigir e endireitar as veredas da bemdicta terra de Santa Cruz, terra das tradicções mais dignas na historia de um Paiz, terra cujo. povo é -o he roismo da civilisação.
2 A VOZ 130 POVO*
Divagando... flcrostico...A . ti, a Potria muito agradece Hjuctaste com heroismo e valor X^ouvando-a, com orgulho que ennobrecc, Xnvocando, seu santo lemma com amor, A . tfwa ordem, /o i o principal factor, IDTada desmente, teu nome Senhoril,S alvas-tes, sem odio e sem rancor# AJcanças-tes a paz, pora o Brasil.
JLiüuvados sejam, iens chefes emiíjentes,I Iluminados, por luzes celestiaes,
3 3 uscaram, im itar a Tiradentes,33 conseguiram, alcançar seus ideaes. R ealizou-se pois, o maior acto de grandeza, A Patria que estava opprim ida , Xuibertou-se, com toda sua nobreza.
MORENITA
DES1LLUZÃO Quando que eu havia de
pensar que a minh’alma que é tão pequena, que até nem sei bem o tamanho, en- castellasse coisas tão grandes !... Mas tão grandes...
SAUDADES Que coisa engraçada é
a saudade... Todo mundo tem saudade disto ou da- quillo, e, soffrem tanto a saudade.
O que eu tenho apenas é a recordação de uma festa de S. João em que tirei a sorte n’um copo com agua e um ovo quebrado dentro. Deu que eu era um homem sem amor e esquecido das coisas do mundo. Como deu tão certinho... Não tenho mais amor, não penso na mulher e por isso não soffro, nem tenho saudades.
SER POETALidei, me esforcei sem
pre p’ra escrever uns versos, nunca fui capáz. No entanto o Bentinho que mora no sitio faz modas e versos de encantar.
Eu com isso fiquei dam- nado e não me conformando com isso contei a um amigo o caso do meu descontentamento,
Elle me dissera; fulano, não se entristeça,... O poeta nasce feito!
Ah! Ja sei... O poeta, nasce poeta... Ja sei...
SER «TRELENTE*Um dia passei por uma
exposição de quadros e vi que um delles estava torto; mas o expositor deixou a proposito para acudir a curiosidade dos visitantes.
Eu, «trelente» disse ao expositor;
Porque não indereita esse quadro ? Elle respondeu- me... Colloco como desejo os meus trabalhos. Bem feito; que tinha eu com o quadro do homem ?
LER VERSOSGosto muito: Ouvir e ler
poetas, é sentir a alma rejuvenescida. E’ alimentar a dor com o nectario de uma harmonia... E* dar a alma, o paraizo dos Divos... Vou ler...
Os que viajam— Seguiu para S. Paulo
o Snr. Cel. Olympio Pereira Fonseca;
— Regressou de Laranjal, a Exma. Snra. D. Phi- lomena Mediei Tonon, digna esposa do Snr. Luiz Tonon.
AnniversariosColherá mais uma flor
no jardim de sua preciosa vida, no dia 2 de Dezembro proximo, a prendada senhorinha D. Santa De- vienne. Que esta data se repita por muitos annos são os nossos votos.
Abriu mais uma pagina no livro de sua existencia, no dia 28 p. p. o jovem Oracy Detogni.
Nossos parabéns.
NoivadoCom a prendada Snrta.
Nair Migliari, filha do Sr. Henrique Migliari, conceituado commerciante desta praça, contractou casamento o Snr. Castorino Ferraz, acatado funccionario da Companhia Ferroviária São Paulo-Paraná.
Parabéns
NascimentoAcha-se em festas o lar
do Snr. João Lopes Martins, pelo nascimento de uma galante menina que recebeu o nome de Jose- phina. Desejamos um lindo futuro a recem-nascida.
Nos communica o Snr. Prof. Constantino A. Moli- na, Director do Externato Ruy Barboza, que durante as próximas ferias, esse externato não se fechará, com o fim exclusivo de preparar os alumnos para o proximo annoiectivo.de 1931.
Paia o Livro de Ourom o z o o p n
Entraram para o nosso Livro de Ouro, mais os Snrs.: Dr. Antenor Roberto Barbosa, Francisco Este vam e Carlos Amaral.
Agradecemos e continuamos com o nosso Livro de Ouro aberto para todos os amigos ássignan- tes que queiram exponti neamente pagar em nosso escriptorio á Rua Paraná, a importância de 5$000, correspondente a assignatura do resto deste anno.
Era uma vez uma garrula creança,Como a açucena aromatisada.Era o frescor, o encanto d*esperança$Como a estrella da fresca madrugada.
Cresceu e aos quatro annos enfermara,Veiu o medico e com todo carinho,Viu que a mãe em seu seio apertára ,A pobre creança bem de mansinho.
Vejamos senhora o que tem Maria,Que aconteceu p'ra tão depressa ella adoentar? Aperta-lhe o pulso, ja não mais batia,Queres minha senhora, fazel-a deitar?
Ja não convem Doutor, ella é m orta. . . Morrera em seus braços a pobre M aria,No auge, no desespero, que importa?Se a vida é tão fugáz, não vale um só dia.
(J medico, cabisbaixo, admirado,Presenciára da mãe os dotes seus,Nem as lagrimas tinh'inda enxugado,Elle dissera; Deus é sempre Deus.
JOTABEGE
a voz no novo 5
— «Nessa lucta tremenda em que se degladiam o Homem e a Sciencia, quem vencerá?»
Fez-me essa pergunta, um dia, um amigo.
Francamente, nada lhe respondi, pois que, por mais tratos que désse a bola, não atinei com cousa alguma que merecesse o nome de resposta.
Sim, que si não for um genuino sophisma de Ze- non, é um verdadeiro problema de logicidade.
Sabido que é, que numa lucta sempre ha vencido e vencedor, intentei encontrar uma solução ao problema do meu amigo. Mas resultaram inúteis todos os meus esforços, pois esbarrava-me sempre com o impossível.
Lembrei-me, a titulo de ficha de consolação, do problema do Rei Agrahor.
Esse m onarcha mandara construir uma ponte, e a fizera guardar por um soldado, que teria de perguntar a todos que tranzitas- sem por ella, para onde ia. Si dissesse a verdade, o soldado deixaria passar. Mas si mentisse, seria obrigado a matar o mentiroso. Certo dia, passando um homem, o guarda perguntou- lhe :
— «Onde vaes ?>— «Vou morrer !»
foi a resposta.Que deveria fazer
o soldado ? Deixo que os meus leitores respondam. Não se d e s a n i m e m e lem- brem-se que já houve quem encontrasse solução até para o celebre problema physi- c o : ”Que resultarási uma força irresistível actuar sobre um ponto inabalavel ?“
** *
Vencerá o Homem ou a Sciencia ?
Oaleno, Hypocra- tes, Pasteur, Lavoisier, todos elles são uma demonstração de que vencerá o Homem.
Mas os innumeros mysterios scientiíicos que os talentos de maior malleabilidade não têm desvendado, as muitas enfermidades sem cura, toda
LOGICIDADEP a * a “ R VO Z DO POVO" po* Jorá de ANDY
essa caudal cahotica de Desconhecidos, são como que uma affirmação de que vencerá a Sciencia.
Vencendo o primeiro, teremos um mundo desvendado e a Natureza sob a nossa vontade.
Será bom, então.Vencendo a segunda te
remos um mundo de mysterios e a perspectiva do que desconhecemos.
Será melhor ainda.Tudo que nos é desco
nhecido, apresenta-se-nos com maior attracção.
Reportando-me ao inicio destas linhas, accrescento que a pergunta do meu amigo não é uma questão de tests.
Essa figura caberia em outro lugar, que não fosse um problema de logicidade.
Um dectetive londrino talvez não respondesse a essa pergunta, por mais arguto que fosse. E, no
entanto, os dectetives londrinos são os mais experimentados em questões de tests.
Antes que um delles seja admittido no corpo policial, é submettido a uma prova de experimentação. O examinador conta um caso ao candidato para elle encontrar onde está o absurdo.
Diz, por exemplo: —«Uma senhora foi com seu marido assistir missa, ao tempo da Revolução Fran- ceza, a época da guilhotina. O niãnuo, áuoi tiicceu encostado ás pernas de sua mulher, e sonhou que ia ser guilhotinado. Acabada a missa a esposa bate com o leque no pescoço do marido para o acordar. Mas coincidiu que o homem, nesse momento, sonhava que o carrasco fazia uso do cutello e, de susto, cahiu morto na Igreja.
Cousa evidentemente possivel. Mas o absurdo
existe. E’ que o homem, tendo passado do somno á morte, ninguém poderia ter sabido o que foi que elle sonhou.
Isso e um test, Mas a pergunta do meu amigo é um raciocínio.
Ourinhos, 26/11/30
C. F.S. Paulo-ParanáA Companhia Ferroviá
ria S. Paulo - Paraná, faz sciente ao publico em geral, que no proximo dia Io. de Dezembro, será aberto o trafego de sua via ferrea comprehendido até o Km. 125 na Estação Cornelio Procopio. Mais um passo de progresso que avança essa grande empreza ferroviária no grande Estado visinho, e, um surto preponderante ao nosso paiz.
Nesta cidade, cujo nome e valor dispensa commentarios, dado o seu futuro grandioso, está a venda, por preço de occasião, uma optima e bem montada fabrica de gelo, industria por todos conhecida como a unica que proporciona certos e elevados lucros.
Compõe-se a mesma, de aperfeiçoado frigorífico de compressor, condensador, motores electrico e a oleo com installações a rigor, rna- chinarios completos para o desenvolvimento do ramo, tudo em magnífico estado.
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A venda é exclusivamente por motivo particular imperioso, podendo ser fornecidos a todo momento, dados e provas cabaes da renda até agora obtida.
Tratar sem intermediários, com o proprietário, MANUEL LIBORIO
Oesastre É a t ó e e lDomingo passado o Snr.
Hygino Marchesini foi vic- tima de um desastre lamen
tável, quando manejava a manivella do seu automovel. Sem esperar, a machina poz- se em movimento, a- fastando e por infelicidade apanhou a sua perna fracturan- do-a. Sentimos muito e apresentamos os votos de prompta melhora.
sa
Bs Estives(de um leitor)
A petizada de hoje não pensa em outro divertimento a não ser o estilingue. Os ef- feitos desses instru- mentinhos não são muito agradaveis á população.
Muitos proprietários se qu ixam pelos prejuízos que occãsio- nam n o s ' telhados e nas vidraças das suas casas e mesmo ja se tem registado pequenas victimas. A rapaziada escolar tem outros divertimentos mais dignos á sua ca- thegoria classica de estudantes.
A VOZ DO POVO
2 M M
P l n í u r a s 1de prédios, reformas e
decorações, não contracteis | | sem primeiramente pedir orçamentos a
ALFREDO D E V I E N N E
Qítende chamados papa fora desta localidade
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