a vida dos orixas

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  • 8/10/2019 A Vida Dos Orixas

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    A Vida dos Orixs

    A religio dos Orixs esta ligada famlia. As famlias numerosas, originrias de ummesmo antepassado, que engloba os vivos e os mortos. O orix seria, em princpio, umancestral divinizado, que em sua vida estabeleceu vnculos que lhe garantiram um controlesobre certas foras da natureza.

    O poder,AX, do ancestral-Orix, teria aps a sua morte, a faculdade de encarnar-se,momentaneamente, em um de seus descendentes durante um fenmeno de possesso por eleprovocado.

    A passagem da vida terrestre condio de Orix desses seres excepcionais,possuidores de um ax poderoso produz-se em geral, em um momento de paixo/ira.Esses antepassados divinizados no morriam de morte natural. Possuidores de um ax muitoforte sofriam uma metamorfose nesses momentos de crise emocional, provocado pela clera eoutros sentimentos violentos. O que neles era material desaparecia, queimado por essa paixo,

    e deles restava somente oax, poder em estado de energia pura. Era preciso para que o cultopudesse ser criado, que um ou vrios membros da famlia tivesse sido capaz de estabelecerodu orix, um vaso enterrado no cho, at mais ou menos trs quartos de sua altura, pelos

    seus adeptos. Ele serve de recipiente ao objeto suporte da fora, o ax do orix. Este objetosuporte a base material palpvel, estabelecida pelo orix, que receber a oferenda e serimpregnada pelo sangue do animal sacrificado; devidamente sacralizado, ser o trao de unioentre os homens e a divindade.

    A natureza desses objetos est ligada ao carter do Deus, quer por ele ser uma emanao como

    a pedra,edun arade Xang, ou um seixo do fundo do riacho,otade oxum, etc.O Orix uma fora pura, ax imaterial que s se torna perceptvel aos seres humanos,

    incorporando-se em um deles, possibilitando ao orix, voltar a terra para saudar e receberprovas de respeito dos que o evocam. Nas cerimnias de adorao ao ancestral divinizado, que

    ao incorporar-se aoelegn, reencontra, por alguns instantes, sua antiga personalidadeespiritual de outra com suas qualidades e seus defeitos, seus gostos, suas tendncias, seucarter agradvel ou agressivo, voltando assim, momentaneamente a terra, entre seusdescendentes, durante cerimnia de evocao, os orixs danam diante deles e com eles,recebendo seus cumprimentos, ouvem suas queixas, concedem graas, resolvem suasdesavenas e consola seus infortnios. O mundo celeste no est distante, nem superior, e ocrente pode conversar diretamente com os deuses e aproveitar da sua benevolncia.

    Na frica cada orix estava ligado, originalmente, a uma cidade ou a um pas inteiro.

    Tratava-se de uma srie de cultos regionais ou nacionais,Sang em Oy, Iemj em Egb,ew em Egbado, Ogum em Ekiti e Ond, Osun em Ilesa e Ijeb, Erinl em Olob,

    Logunede em Ijesa, Otin em Inixa, Oxal-Obatala em If, subdividido em Osolufon emIfon e Osoguian em Ijigb.

    Os Orixs viajaram, em seguida para outras regies africanas, levados pelos povos nocurso de suas migraes. Se as pessoas formavam um grupo numeroso, o Orix tomava talamplitude que englobava o conjunto da famlia, e alguns olorixs, asseguravam o culto paratodo o grupo. Se algum fixava com sua famlia restrita a sua mulher e seus filhos, o Orixassumia uma feio pessoal. Quando o africano era transportado para o Brasil, o Orixtomava um carter individual, ligado sorte do escravo, agora separado do seu grupo familiar

    de origem.

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    A qualidade das relaes entre um indivduo e seu Orix, pois, diferente, caso ele seencontre na frica ou no Brasil. Na frica, a realizao das cerimnias de adorao ao orix assegurada pelos sacerdotes designados para tal. Os outros membros da famlia ou grupo notm outros deveres se no o de contribuir materialmente para os custos do culto, podendo,entretanto, se assim o desejar, participar nos cantos, danas e festas animadas que

    acompanham essas celebraes. Devem, alm disso, respeitar as proibies alimentares eoutras ligadas ao culto do seu orix, e assim agindo, estaro perfeitamente em regra com suasobrigaes.No Brasil, ao contrrio, cada um tem que assegurar pessoalmente as minuciosas exigncias doorix. Tendo, porm a possibilidade de encontrar em um terreiro um meio onde se inserir a umpai ou me de santo capaz de gui-lo e ajud-lo a cumprir corretamente as suas obrigaes em

    relao a seu orix, onde se tornaabion, logoelegn, obrigaes de 1, 3 e sete anos, onde

    recebe o ttulo deEgbomi(o meu mais velho), onde nesta fase o egbomi j pode abrir o seuprprioEgb.ISSO NO CANDOMBL.Existe, porm uma lenda sobre Il If, onde diz que a terra se espalha criando uma grandesociedade entre povos iorubas etc... No Brasil, temos essa interessante representao dentro

    dos terreiros. A cumieira, onde representa oOrun(cu) e o ariax, representando oAy

    (terra). A partir da, se cria uma grande sociedade, oEgb. E a terra gira representada pelosorixs danando em volta desse Egb E EM SENTIDO ANTI-HORRIO (de encontro ancestralidade, ao passado).

    Orun Cumieira

    Planeta terra representado pelos

    Oriss em terra

    Ay Ariax