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FACULDADE REDENTOR CURSO: ENGENHARIA DE PRODUÇÃO FRANCISCO DA SILVA PAES NETO A VIABILIDADE DA IMPLANTAÇÃO DE UMA E.T.A. (ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA) EM UMA EMPRESA DE LATICÍNIOS Itaperuna - RJ 2013

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FACULDADE REDENTOR

CURSO: ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

FRANCISCO DA SILVA PAES NETO

A VIABILIDADE DA IMPLANTAÇÃO DE UMA E.T.A. (ESTAÇÃO DE

TRATAMENTO DE ÁGUA) EM UMA EMPRESA DE LATICÍNIOS

Itaperuna - RJ

2013

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FRANCISCO DA SILVA PAES NETO

A VIABILIDADE DA IMPLANTAÇÃO DE UMA E.T.A. (ESTAÇÃO DE

TRATAMENTO DE ÁGUA) EM UMA EMPRESA DE LATICÍNIOS

Projeto apresentado a Faculdade Redentor na

disciplina de Projeto Final como parte dos

requisitos básicos para a obtenção do título

de bacharel em Engenharia de Produção.

Orientador: Luiz Gustavo Xavier Borges

Itaperuna - RJ

2013

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FOLHA DE APROVAÇÃO

Autor (a): FRANCISCO DA SILVA PAES NETO

Título: A VIABILIDADE DA IMPLANTAÇÃO DE UMA E.T.A. (ESTAÇÃO DE

TRATAMENTO DE ÁGUA) EM UMA EMPRESA DE LATICÍNIOS

Natureza: Monografia

Objetivo: Título de Bacharel em Engenharia de Produção

Instituição: Faculdade Redentor

Área de Concentração: Engenharia de Produção

Aprovado em:____/_____/______

Banca Examinadora:

___________________________________________

Profº. Luiz Gustavo Xavier Borges

M.Sc.

Instituição: Faculdade Redentor

___________________________________________

Profº. Maurício Ferraz

M.Sc.

Instituição: Faculdade Redentor

____________________________________________

Profª. Ana Karina

M.Sc.

Instituição: Faculdade Redentor

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RESUMO

Atualmente, as empresas do setor de laticínios encontram-se em constante crescimento.

Ao mesmo tempo em que buscam aprimorar suas atividades, estão sempre em conflito

com a falta de um recurso de extrema importância para permitir a continuidade de seus

processos produtivos, o que torna a água um elemento tão precioso quanto aos seus

produtos acabados. Visto isso, as organizações deste ramo, buscam soluções alternativas

que visam a redução dos impactos causados pela escassez deste recurso. Uma das

soluções mais utilizadas são as Estações de Tratamento de Água (E.T.A), que ao mesmo

tempo que buscam a reutilização dos recursos hídricos utilizados nessas indústrias,

proporcionam uma economia real em relação aos gastos gerados pelo consumo da água.

A partir desta concepção, o presente trabalho visa fornecer os subsídios necessários para

o passo a passo na elaboração de um projeto de implementação de uma E.T.A em uma

empresa de laticínios da região Noroeste Fluminense do estado do Rio de Janeiro,

demonstrando a viabilidade de implantação do mesmo, a economia adquirida pelas

análises financeiras e as principais vantagens proporcionadas pela E.T.A. que são

promovidas para a organização estudada, uma alternativa sustentável para minimizar os

problemas da falta de água em seu processo e ganho de capital.

Palavras-chave: Escassez de Água; Estação de Tratamento de Água; Viabilidade

Econômica.

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ABSTRACT

Currently, companies in the dairy industry are constantly growing. While seeking to

enhance their activities are always in conflict with the lack of a resource of the utmost

importance for the continuity of its production processes, which makes water as a

precious element to your finished products. Seen it, this branch organizations, seek

alternative solutions aimed at reducing the impacts caused by the scarcity of this

resource. One of the most used solutions are the Water Treatment Plants (WTP), which

at the same time seeking the reuse of water resources used in these industries , provide

real savings in expenditure generated by the consumption of water . From this

conception , this paper aims to provide the necessary support for the step by step in the

development of an implementation project for an WTP on a dairy company Northwest

Fluminense region of Rio de Janeiro state , demonstrating the feasibility of deploying

same , the economy gained by the financial analysis and the main advantages offered by

WTP that are promoted for the studied organization , a sustainable alternative to

minimize the problems of lack of water in their process and capital gain .

Keywords: Water Scarcity; Water Treatment Plant; Economic Viability.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01: Etapas de Elaboração de Projeto de Investimento .................................................... 18

Figura 02: Diagrama do Fluxo de Caixa .................................................................................... 20

Figura 03: Decisões de Investimentos ....................................................................................... 22

Figura 04: Ilustração da Sala de Química .................................................................................. 29

Figura 05: Especificações do Funcionamento do Decantador ................................................... 31

Figura 06: Especificações do Funcionamento do Filtro de Areia Dupla Ação .......................... 33

Figura 07: Estação Compacta de Tratamento de Água .............................................................. 35

Figura 08: VLP, Payback e TIR………………………………………………………………..40

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Características Técnicas da Bomba Dosadora .......................................................... 29

Tabela 2: Características Técnicas do Decantador .................................................................... 32

Tabela 3: Características Técnicas do Filtro de Areia Dupla Ação .......................................... 33

Tabela 4: Características da Capacidade da E.T.A ................................................................... 34

Tabela 5: Valor Total do Projeto ................................................................................................ 36

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SUMÁRIO

RESUMO ................................................................................................................................ 3

ABSTRACT ........................................................................................................................... 4

1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 9

1.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 9

1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 10

1.2.1 Geral ............................................................................................................ 10

1.2.2 Específico .................................................................................................... 10

1.3 METODOLOGIA .................................................................................................. 10

2. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................. 11

2.1 RECURSO HÍDRICO .......................................................................................... 11

2.2 GESTÃO DE PROJETOS ................................................................................... 16

2.2.1 Projeto De Investimento ......................................................................... 16

2.2.2 Viabilidade Econômica ........................................................................... 18

2.2.3 Viabilidade Técnica ................................................................................. 19

2.2.4 Fluxo De Caixa .......................................................................................... 20

2.2.5 Análise De Projetos De Investimentos ................................................. 22

2.2.5.1 Métodos Quantitativos .............................................................. 24

2.2.5.2 Valor Presente Líquido - VPL .................................................. 24

2.2.5.3 Taxa Interna De Retorno - TIR .............................................. 25

2.2.5.4 Método Payback Descontado .................................................... 26

3. ESTUDO DE CASO ................................................................................................... 27

3.1 CARACTERIZAÇÕES DA EMPRESA .......................................................... 27

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3.2 DESCRIÇÃO DO FUNCIONAMNETO DA E.T.A ...................................... 28

3.3 ANÁLISE DO CÁLCULO DE INVESTIMENTO ........................................ 35

3.3.1 Cálculo De Fluxo Operacional De Caixa ............................................ 37

3.3.2 Estimativas Dos Custos Mensais ........................................................... 37

3.3.3 Análise Do VPL ........................................................................................ 38

3.3.4 Análise Da Taxa Interna De Retorno .................................................. 38

3.3.5 Análise Do Payback Descontado ........................................................... 39

4. CONCLUSÃO ............................................................................................................... 41

REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 42

ANEXO I – ARTIGO 62 - RIISPOA ... ………………………………………..…..46

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1. INTRODUÇÃO

Nota-se um expressivo aumento na busca da reutilização dos recursos hídricos

para soluções de construções sustentáveis. A procura por novas tecnologias que

estabelece um menor impacto e um maior reaproveitamento dos recursos naturais traz

consigo uma maior segurança nas construções e consequentemente uma maior

economia.

De acordo com Bazzarella (2005), a água é um recurso natural renovável,

graças ao seu ciclo hidrológico, porém de volume finito. Segundo Lima (2005), o

principal problema de escassez de água no mundo pode ser justificado por dois fatores:

a gestão deficiente combinada com a má distribuição dos recursos hídricos, sendo o

primeiro fator devido ao homem e o segundo a natureza.

O objetivo principal é mitigar ao máximo os impactos e maximizar uma maior

interação com o ambiente.

Observa-se que com a escassez de água potável, que se torna alarmante em todo

o planeta, o crescimento dos processos de tratamento desse recurso natural.

Segundo Fernandes et al., (2006), o reuso da água é a reutilização da mesma,

que, após sofrer tratamento adequado, destina-se a diferentes propósitos, com o objetivo

de se preservarem os recursos hídricos existentes e garantir a sustentabilidade.

É de extrema importância que as grandes empresas busquem soluções

alternativas para o reuso dos recursos hídricos, por mais que sejam renováveis, seu uso

indevido e/ou de forma irresponsável pode vim a prejudicar a sua disponibilidade tanto

quantitativa como qualitativa (SELLA 2011).

Nesse aspecto, é essencial incentivar tanto a população de maneira geral,

quanto as grandes indústrias o uso racional desse recurso precioso com o intuito de

impedir sua escassez.

1.1 JUSTIFICATIVA

Em síntese, o projeto visa verificar e analisar a viabilidade técnica e econômica

de um projeto de implantação de uma Estação de Tratamento de Água (E.T.A.) em uma

empresa no setor de laticínios através da análise do desperdício da utilização da água

proveniente da distribuição pública atual, com o intuito do seu reaproveitamento em seu

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processo, assim também em situações menos nobres como descargas sanitárias,

irrigação de áreas verdes, banhos entre outros.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Geral

O objetivo geral que visa este trabalho é verificar a viabilidade da implantação

técnica e financeira de uma ETA em uma empresa do ramo de laticínios.

1.2.2 Específico

Os objetivos específicos deste trabalho são:

Mensurar os custos de implantação e de manutenção da ETA.

Determinar a demanda e a disponibilidade de água e o reuso nesse sistema.

Levantar as áreas de envolvimento neste processo.

Averiguar a economia proporcionada pela reutilização da água nesse sistema.

1.3 METODOLOGIA

Para o desenvolvimento do projeto será analisado as necessidades atuais da

empresa estudada como o consumo de água e o seu desperdício com o intuito de

promover uma melhoria significativa na proposta de implantação de uma ETA. Para

isso será utilizada a técnica de pesquisas diretas através das revisões bibliográficas sobre

os assuntos pertinentes ao projeto, como sustentabilidade, processos e engenharia

econômica que auxilia no entendimento técnico e na análise de custos para a avaliação

do empreendimento. Após analisar as fontes de pesquisas, foi feita a avaliação do

projeto quanto a sua viabilidade e a sua conclusão.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 RECURSO HÍDRICO

De acordo com Tundisi (2008), “a água é a base para a vida na terra, pois todas

as formas de vida existentes dependem dela. Ela mantém a biodiversidade, e impulsiona

e regula os ciclos biogeoquímicos e é fundamental para o desenvolvimento e

crescimento sustentável das atividades humanas”.

Segundo os dados da FUNASA (2006), “a água é um recurso natural necessário

embora exista em grande abundância, cobrindo 4/5 da superfície da Terra, apenas 0,3%

deste volume total pode ser aproveitado para o consumo humano”.

Apesar de ser um recurso natural renovável a interferência do homem de forma

inadequada no processo do seu ciclo natural, vem reduzindo gradativamente o volume

de água aproveitável e com qualidade para o uso do ser humano e ecossistemas

(SILVA, 2008).

Com o crescente aumento da população em todo o mundo, o consumo de água

cresce constantemente. Diante da escassez de água no mundo, é notável a preocupação

da população com a destinação final dos efluentes líquidos que poluem o meio ambiente

e que são dispersador nos rios. Estes produzem efeitos nocivos tais como: criação de

bancos de lodo, diminui o oxigênio, cria espumas, alteração na cor, turbidez, etc

(SANTOS, 2010).

Considerando o texto da Constituição Federal de 1988, em seu artigo 225 é

determinado que:

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,

bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,

impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e

preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. (CONSTITUIÇÃO

FEDERAL, 1988).

Entende-se que todo brasileiro tem o direito de usufruir e preservar o meio

ambiente, sendo este um bem de todos, mas anterior a esta constituição, a Política

Nacional do Meio Ambiente, estabelecida pela Lei 6938/81, já observava a preservação,

melhorias e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida.

O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida

é estipulado no artigo 30 de Declaração Universal dos Direitos Humanos (DDH, 2005).

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Entretanto, os meios naturais de transformação da água em água potável são

lentos, frágeis e muito limitados. Portanto, esta deve ser manipulada com racionalidade,

preocupação e moderação, não devendo ser desperdiçada, poluída ou envenenada

(SILVEIRA, 2008).

De maneira geral, sua utilização deve ser feita de maneira consciente e, para que

não se chegue a uma situação de esgotamento ou da redução da qualidade das reservas

atualmente disponíveis (ZAMPIERON, 2005). Para isso, sugere-se a adoção de uma

ETA (estação de tratamento de água).

A estação de tratamento de água (ETA) é uma unidade operacional do sistema

de abastecimento de água (estações elevatórias, reservatórios e conjunto de

canalizações). A ETA é constituída de equipamento e dispositivos que permitem tratar

através de processos físicos, químicos e biológicos a água bruta capturada na natureza,

transformando-a em água potável para depois distribuí-la à população, ela tem por

objetivo o processo de higienização da água removendo bactérias, elementos venenosos

ou nocivos, minerais e compostos orgânicos em excesso, protozoários e outros

microrganismos. Também auxilia na correção da cor, turbidez, odor e sabor, além de

reduzir a corrosividade, dureza, ferro, manganês, etc. (MELISSA et al, 2012).

Diante do aumento de demanda e a redução da disponibilidade dos recursos

naturais, aumenta a preocupação em utilizar a água de forma racional, uma vez que

soluções para novos sistemas de abastecimento são de elevados custos (LAMBERT,

1997). Sendo assim, uma política de controle e gerenciamento de perdas deve ampliar

sua atuação, passando a incluir, além das perdas que ocorrem nas unidades operacionais

do sistema de abastecimento, a necessidade de combate aos desperdícios e de

conscientização quanto ao uso da água.

Em países com água em abundância, as perdas causam preocupação visto que a

água, antes de chegar à população, deve ser bombeada, tratada, armazenada e

distribuída. Essas operações exigem equipamentos e instalações, produtos químicos,

energia elétrica e outros custos.

As perdas em um sistema de abastecimento de água são geradas na produção e

na distribuição: a) na produção, as perdas ocorrem nos mananciais (devido às retiradas

indevidas para irrigação, para manter o sistema de tratamento, etc.), ocorrem também

em adutoras e/ou linhas de recalque de água bruta, em equipamentos, b) Na distribuição,

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pode ocorrer perdas em adutoras. E em linhas de recalque de água tratada, reservatórios,

redes de distribuição e unidades consumidoras (LAMBERT, 1997).

Pode-se definir as perdas em dois aspectos: a) a água que se perde dentro da

terra ou que escoa para linhas de esgotamento pluvial e sanitário, vinda das tubulações

de rede, o que se pode chamar de vazamento; b) a água que não é medida, bem como o

consumo de quantidades desconhecidas, como as ligações clandestinas, e erros de

leitura dos equipamentos medidores de vazão (COELHO, 1996).

A água possui múltiplos usos, dos quais se pode citar: abastecimento público,

usos industriais de diversas formas, agricultura, turismo, hidroelétricas, pesca,

transporte e navegação (TUNDISI, 2003).

Dentre os usos da água, a agricultura e a criação de animais são as atividades

que mais necessitam e consomem água, representando algo em torno de 70% de toda a

água do mundo. (HAYDEN, 2007)

No Brasil, o uso da água com índice alto é a irrigação agrícola, sendo 69% do

consumo destinado a essa finalidade. O uso para abastecimento de meios urbanos

representa 11%, o consumo animal 11%, o consumo industrial 7% e o abastecimento

rural 2% (BRAGA, 2008).

A água para o uso doméstico pode ser utilizada de diferentes formas: preparo de

alimentos, bebidas, lavagem de roupas, higiene, limpeza de uma forma geral, piscinas,

etc. (TSUTIYA, 2006)

Segundo Lambert (1993), as perdas na rede de distribuição de água são

calculadas pela diferença entre a vazão medida na entrada da rede e a vazão fornecida

aos que consomem, a qual inclui as perdas ocorridas na distribuição também são

consideradas como água não contabilizada, representando a somatória das perdas físicas

e não físicas.

As causas mais comuns de perda em uma estação de tratamento de água (ETA)

são: a) mão de obra desqualificada; rachadura; equipamentos errados; meios de

comunicação ineficientes; erros no projeto. Estações projetadas com deficiência podem

ter perdas de até 10% do volume tratado para lavagem dos filtros (COELHO, 1996)

Segundo o mesmo autor as perdas nas unidades consumidoras ocorrem nas

seguintes formas:

a) Desperdício originado por usuários sem o hidrômetro por causa de problemas

relacionados nas instalações de água;

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b) Perdas advindas da submedição, ou seja, devido a ausência de uma manutenção

corretiva e/ou preventiva, esta ultima preferencialmente, dos hidrômetros;

c) Fraudes no hidrômetro, bem como intervenções originadas por parte do próprio

usuário com o intuito de alteração no funcionamento do mesmo.

Um dos mais sérios problemas nos sistemas de abastecimento de água da

América latina e de várias regiões do mundo é o elevado nível de água não

contabilizada, alcançando, diversas vezes, valores superiores a 40% do volume de água

produzido. Esse quadro deve-se principalmente ao mau funcionamento dos sistemas,

onde não se conhece os volumes produzidos, distribuídos pelos usuários (COELHO,

1996).

É de extrema importância a existência da estação de tratamento de água (ETA)

quando utilizado manancial superficial para o sistema de abastecimento público de

água, e segundo Cordeiro (1999), “atualmente é o sistema mais utilizado pelas

companhias existentes”.

A fim de manter a qualidade das águas e distribui-las para a população em geral

e cumprindo os limites permitidos são realizados vários tipos de tratamento. Esses

tratamentos dependem das condições físico-químicas e bacteriológica em que a água

bruta se encontra e através da análise baseada nessas condições é que são escolhidos os

melhores tratamentos (CORDEIRO, 1999).

De acordo com Mendes (2001), a principal forma de se tratar para abastecimento

é o chamado tratamento convencional que pode compor as seguintes etapas:

Aeração: consiste no processo de colocar a água em contato com

o ar para transportar substancias solúveis do ar para a água

aumentando seus teores de oxigênio e nitrogênio. A aeração

pode ser por gravidade, difusão de ar ou forçada.

Coagulação: são adicionados na água reagentes químicos como

sulfato de alumínio e o cloreto férrico com a finalidade de

reduzir as forças eletroestáticas de repulsão, que mantém

separadas as partículas em suspensão. Expulsando ou reduzindo

a barreira que impede e aproximação entre as diversas partículas

presentes, criam-se condições para que haja aglutinação das

mesmas, facilitando sua posterior remoção por sedimentação e

filtração.

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Floculação: ocorre através da aglutinação das partículas já

coaguladas, onde as mesmas entram em choque devido a

agitação lenta e posta ao escoamento da água. A formação dos

flocos de impurezas facilita sua posterior remoção.

Sedimentação: processo no qual a força da gravidade é utilizada

para separar as partículas ou flocos formados de densidade

maior que a da água, depositando-os em uma superfície ou zona

de armazenamento.

Flotação: processo inverso ao da sedimentação, com o mesmo

objetivo de separação das partículas ou flocos da água em

crescimento. Geralmente, para melhorar o rendimento do

processo de flotação, agregam-se aos flocos, microbolhas de ar

que aumentam a força de empuxo sobre os mesmos, facilitando

sua ascensão e posterior remoção por pás raspadoras instaladas

na superfície da unidade.

Filtração: processo que remove as impurezas presentes na água

com a passagem destas em um meio granular poroso,

geralmente constituído de camadas de pedregulho, areia e

antracito. Em relação ao sentido de escoamento e a velocidade

com que a água atravessa a camada de material filtrante, a

filtração pode ser caracterizada como lenta, rápida de fluxo

ascendente ou rápida de fluxo descendente.

Desinfecção: tem o objetivo de destruir os microrganismos

patogênicos ou não presentes na água. As principais técnicas

empregadas são afloração, ozonização e a exposição da água à

radiação ultravioleta.

Correção do Ph: etapa preventiva que evita a corrosão dos

encanamentos por onde a água tratada é vinculada até os

consumidores. Consiste na alcalinização da água para remover o

gás carbônico livre e para provocar a formação de uma película

de carbonato na superfície interna das canalizações.

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Fluoretação: aplicação de compostos de flúor na água de

abastecimento público, em teores controlados, a fim de auxiliar

na redução e incidência de cáries.

A presença de contaminantes na água é um fator que pode estar relacionado com

a origem destas águas. Embora os mananciais subterrâneos estejam menos vulneráveis

que os de superfície, estes também podem ser afetados por contaminantes, vindo de

perdas em rede de esgoto, derramamentos de óleo, intrusões de água de qualidade

inferior e podem estar expostos a dissoluções que podem surgir das formações

geológicas a que o aquífero oferece (DI BERNARDO, 2005). O artigo 62 do

Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal

(RIISPOA), que se encontra no anexo I no final desse estudo cita os parâmetros

referentes as águas que devem seguir nas industrias de alimentos.

2.2 GESTÃO DE PROJETOS

2.2.1 Projeto De Investimento

Para que um determinado investimento traga bons resultados aos negócios é

necessário que este seja elaborado com precaução, tomando atitudes corretas e de

acordo com um planejamento pré-determinado. É por intermédio de um projeto

investimento que o investidor tem a visão geral das possibilidades do empreendimento,

demonstrando, quais as chances de viabilidade (STRACHOSKI, 2011).

De acordo com Cavalcanti e Plantullo, (2007), “a análise e elaboração de

projetos pode ser definida como sendo um conjunto de técnicas de análise e decisão que

permitem a comparação, de forma metodológica e científica, entre os mais diversos

resultados obtidos pela tomada de decisões referentes a alternativas diferenciadas.”

Brito (2006) caracteriza um projeto como um “documento que visa em última

instância, produzir bens e/ou serviços. É o planejamento da unidade produtiva. Tem

função determinada”.

O mesmo autor ainda destaca que, “os objetivos de se fazer um projeto são:

criar, expandir, modernizar, relocalizar, fundir, incorporar, mudar de atividade, sanear

financeiramente e redimensionar o capital de giro permanente.”

Para elaborar um projeto de investimento é preciso obter todas as informações

relevantes para a sua implementação, assim como os materiais necessários, custos de

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produção, entre outros. Segundo Woiler e Mathias (2007), um projeto de investimento,

nada mais é do que um conjunto de informações externas e/ou internas à uma

organização, captadas e processadas e mensuradas com o intuito de verificar-se (e,

posteriormente, implantar-se) uma análise decisão de investimento. Neste âmbito, o

projeto não se distingue das informações, pois ele é compreendido como um modelo

que, absorvendo informações quantitativas e qualitativas, procura simular a decisão de

investimento e suas implicações.

Strachoski (2011) afirma que “para que o projeto seja elaborado com eficiência e

que todas as informações obtidas sejam analisadas de maneira correta, é preciso

obedecer a algumas fases”. Essas fases têm como finalidade demonstrar ao gestor os

passo a passo de construção do projeto. Brito (2006) demonstra as fases da seguinte

maneira:

Na primeira fase inicia-se com uma ideia; na segunda fase, recorre-se aos bancos e

órgãos do governo como forma de obter capital para um investimento; na terceira fase,

monta-se um anteprojeto. O anteprojeto nada mais é do que um “projeto” em sua fase

inicial; consiste em um estudo de maneira mais ampla, destinado a possíveis reformulas,

após a primeira análise, que consiste do enquadramento de um determinado projeto aos

planos e programas de seu gênero; na quarta fase, existe um projeto já definitivo, que

foi reprogramado (ou ajustado), estudado e aprovado; na quinta fase realiza-se atuação

dos trabalhos de engenharia e ergonomia, instalação montagem e: é a fase da execução

das inversões fixas; na sexta fase, acompanha-se todo o projeto, analisando a

flexibilidade e a compatibilidade entre s os parâmetros e fins: na sexta última fase é que

se ocorre aos ajustes. Nela, existe desde os testes pré-operacionais até o funcionamento

sadio da empresa.

Para que um projeto de investimento demonstre a viabilidade do novo

empreendimento é essencial obter conhecimento das principais etapas de elaboração e

os procedimentos a serem seguidos.

O Quadro 01 demostra as principais etapas de elaboração de um projeto.

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Figura 01: Etapas de Elaboração de Projeto de Investimento

FONTE: SANTOS (2001)

As etapas de elaboração de projetos apontam os pontos que devem ser seguidos

para o sucesso do negócio. Para que isso seja necessário, é preciso um planejamento

prévio, no qual são especificadas todas as etapas a serem seguidas para que sejam

alcançados os objetivos estabelecidos (STRACHOSKI, 2011).

2.2.2 Viabilidade Econômica

De acordo com Strachoski (2011) “a viabilidade econômica de um projeto é

determinada por fatores externos e internos e se estes fatores não forem bem planejados

podem afetar gravemente a continuidade dos negócios”. De acordo com Finnerty

(1999), a viabilidade econômica de projeto serve basicamente para avaliar a capacidade

de comercialização de um determinado produto e/ou serviço. Os investidores planejam

um estudo detalhado das condições necessárias de oferta e demanda no decorrer da vida

esperada do projeto. A análise do marketing é projetado para constatar que sobre um

conjunto de hipóteses econômicas razoáveis, a demanda será necessária para adquirir a

produção planejada do projeto, que excepcionalmente atenda ao serviço de sua dívida,

e, consequentemente irá gerar uma taxa de retorno que seja aceitável para os

patrocinadores.

Para alcançar o objetivo final são analisados diversos fatores fundamentais que

interferem diretamente no desempenho do projeto. Woiler e Mathias (2007)

argumentam que devem ser analisados “a quantidade demandada, preço de venda,

canais de distribuição (e a forma de estoque destes canais), descontos, etc., a análise de

mercado um dos primeiros aspectos a serem considerados no projeto”.

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Finnerty (1999) enfatiza que os estudos de viabilidade são analizados a partir de,

“uma análise de produtos concorrentes e seus custos de produção relativos; uma análise

do ciclo de vida esperado da produção do projeto; volume de vendas esperado; e preços

projetados, e uma análise do impacto potencial da obsolescência tecnológica”.

Dentre as pesquisas existem um ponto fundamental que é a localização do

empreendimento, pois influencia a questão comercial e de produção. Segundo Woiler e

Mathias (2007), “a escolha da localização dependerá de diversos fatores, tais como o

mercado, a escala pretendida, considerações técnicas, etc”.

Verifica-se que uma análise minuciosa dos aspectos econômicos é essencial para

qualquer organização, pois um estudo detalhado aponta quais são as expectativas do

novo empreendimento obter a prosperidade desejada, isto é, ser rentável

(STRACHOSKI, 2011, p. 28).

2.2.3 Viabilidade Técnica

Strachoski (2011) afirma que “a viabilidade técnica do projeto é determinada

pela capacidade de produção”. De acordo com Woiler e Mathias (2007), “os aspectos

técnicos envolvem as considerações referentes à seleção entre os diversos processos de

produção, à engenharia do projeto, ao arranjo físico dos equipamentos na fábrica etc”.

Os mesmos autores (2007) ainda enfatizam que os projetos devem-se apresentar

em meios alternativos visivelmente definidos e com tecnologias de ponta, ou seja, sem

que ocorram grandes mudanças tecnológicas em médio prazo (como exemplo, com os

processos e produção de cimento, celulose, papel, etc.). Nestes aspectos, frequentemente

já existe, entre as equipes técnicas e engenheiros, um certo consenso sobre qual é a

melhor opção em tecnologia, processos e de fornecedor das máquinas e equipamentos.

Finnerty (1999) afirma que deve ser realizado um “extenso trabalho de

engenharia para verificar os processos tecnológicos e o projeto da instalação proposta.”

Ele argumenta ainda que em um determinado projeto bem elaborado, ele

proporcionará em uma expansão futura; que em muitos casos, vai além da capacidade

de operação inicial que é planejada desde início. O custo de capital ao negócio e o

impacto causado pela expansão do projeto elaborado sobre a eficiência de operação são

então refletidos nas características de projeto e das projeções financeiras originais.

Strachoski (2011) completa que a viabilidade técnica deve-se preocupar com os

processos produtivos e as constantes mudanças tecnológicas do principal investimento.

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20

Contudo, é essencial a avaliação da necessidade de produção, assim também como as

análises detalhadas das projeções de venda.

2.2.4 Fluxo De Caixa

Para a realização de um projeto de investimento é fundamental analisar todos os

inputs e outputs de capital da organização. As análises devem ser consistentes e ser

fundamentadas em dados precisos, portanto, faz-se necessário à prática de um método

conhecido como fluxo de caixa, onde este verifica todas as movimentações financeiras

realizadas pela entidade (STRACHOSKI, 2011).

Santos (2001) determina que, “o fluxo de caixa é um instrumento de

planejamento financeiro que tem por objetivo fornecer estimativas da situação do caixa

da empresa em determinado período de tempo à frente.”

De acordo com Casarotto Filho e Kopittke (2007), a representação de um

gráfico de um determinado do fluxo de caixa consiste em uma escala na posição

horizontal onde serão demarcados os períodos de tempo e na qual são demonstradas

com setas verticais voltadas para cima as entradas e com seta vertical voltada para baixo

as saídas de caixa. A unidade de tempo pode variar de dia, semana, mês, semestre, ano e

deve-se perfeitamente coincidir com o período determinado de capitalização dos juros

considerados.

A Figura 02 representa o diagrama de fluxo de caixa:

Figura 02: Diagrama do Fluxo de Caixa

FONTE: CASAROTTO FILHO & KOPITTKE (2007).

Desta maneira, nota-se que o valor de R$ 9.000,00 determina a saída inicial de

caixa (investimento inicial), demonstrados pela seta para baixo no período zero.

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Entretanto, os períodos de 1 a 5, os quais estão representados com a seta para cima,

demonstram a entrada de caixa. Deste modo, compreende-se que no final do período 5

obtêm-se um fluxo de caixa positivo de R$ 2.000,00 (STRACHOSKI, 2011).

De acordo com Santos (2001) os dados dispostos no fluxo de caixa e são

distribuídos sequencialmente em intervalos de tempo (dia, mês, ano, etc), sempre

começando no instante zero, onde é demarcado o investimento inicial. As saídas e

entradas de caixa advindas das operações financeiras e são consideradas como tendo

ocorrido no final dos períodos do tempo determinado a que se referem.

Strachoski (2011) relata que “o fluxo de caixa é fundamental para a empresa,

pois ele informa a entidade todas as entradas e saídas de caixa, o que é importante para

ter conhecimento do que a empresa pode gastar, investir ou economizar”.

Neste contexto, Bernardi (2003) afirma que, “somente com uma programação

financeira bem estruturada e um fluxo de caixa, a empresa pode administrar o caixa,

detectando, antecipadamente apertos ou folgas de caixa, para preparar-se

adequadamente e tomar ações corretivas com direcionamento”.

Segundo Santos (2001), o principal objetivo do fluxo de caixa é, “informar a

capacidade que a empresa tem para liquidar seus compromissos financeiros a curto e

longo prazo.”

Kassai et al (2000), relatam que há três diferentes tipos de fluxo de caixa,

relativos a aquisição da moeda, são eles:

Fluxos de Caixa Nominais: são definidos em valores decorrentes da época de

sua efetivação;

Fluxos de caixa Constantes: os valores são mensurados na mesma capacidade

aquisitiva, ou seja, estão referenciados em moeda no mesmo padrão monetário.

Fluxos de Caixa Descontados: neste último os valores estão todos descontados

na data presente por intermédio de uma taxa de desconto estabelecida para um

determinado investimento.

Strachoski (2011) enfatiza que “ter um controle financeiro por meio de um

fluxo de caixa é fundamental para o bom desempenho das organizações, pois assim é

possível visualizar as entradas e saídas de caixa, dando maior credibilidade às

informações”

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2.2.5 Análise De Projetos De Investimentos

A decisão de realização um investimento, parte da ideia de se maximizar o

capital investido. Segundo Groppelli e Nikbakht (2010) o investimento nada mais é que

o montante líquido que deverá ser aplicado no projeto, já ressaltados os ajustes

essenciais para consolidar os financiamentos originados por recursos não onerosos,

como: fornecedores, salários ou tributos a pagar, ativos que serão utilizados em

operações de arrendamento mercantil, entre outros.

Em muitas ocasiões, o investidor tem um amplo nicho de mercado, possui

capital para investimentos ou nota algumas oportunidades de crescimento, entretanto,

para se obter a certeza da rentabilidade desse novo empreendimento torna-se necessário

a verificação da viabilidade do projeto de investimentos (STRACHOSKI, 2011).

De acordo com Santos (2001), “o objetivo básico da análise de investimento é

avaliar uma alternativa de ação ou escolher a mais atrativa entre várias, usando métodos

quantitativos.” Segundo Souza (2003), “o investimento constitui a troca de algo certo

(recursos econômicos) por algo incerto (fluxo de caixa a serem gerados pelo

investimento futuro)”.

A Figura 03 mostra os processos antes e depois da decisão de investir.

Figura 03: Decisões de Investimentos

FONTE: KASSAI et al (2000).

A Figura 3 demostra às atividades relacionadas de antes e depois de um projeto

de investimento. Primeiro são executadas atividades de análise da viabilidade

econômica de projetos, utilizando dados monetários de matemática financeira. Por

intermédio desta análise, tem-se segurança para tomar a decisão de investir. E por

último, após a realização do investimento, a contabilidade como ferramenta de apoio,

averiguará os resultados obtidos para analisar se a decisão tomada teve o retorno

desejado ou não (STRACHOSKI, 2011).

Chiavenato (2004) relaciona alguns pontos fundamentais para a análise de

investimento:

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Identificar e tentar potencializar as oportunidades do

mercado e todos os aspectos que poderão aumentar as chances

do negócio dar certo;

Reconhecer e procurar neutralizar as ameaças do mercado

e todos os aspectos que poderão reduzir as chances de dar certo;

Descobrir como criar valor para o cliente e como gerar

riqueza para a empresa.

Seguindo este raciocínio, Santos (2001) determina ainda que, quando uma

análise de investimento demostra uma decisão de grande porte – um novo negócio ou a

ampliação de um empreendimento de um já existente, seu prognóstico é essencial para a

rejeição ou aceitação da proposta. Para decisões de menor magnitude, como alugar ou

comprar um equipamento, automatizar ou não uma certa tarefa, a conclusão de tal

análise pode não ser o fator de decisão para a escolha. Outros elementos, como o de

natureza qualitativa, podem também influenciar a decisão.

Segundo Strachoski (2011) “é imprescindível à análise da viabilidade, pois ela

aponta os pontos fortes e fracos do novo projeto. As técnicas quantitativas para análise

de investimentos dão suporte e credibilidade para a tomada de decisão”.

2.2.5.1 Métodos Quantitativos

Os métodos de análise de investimentos servem para facilitar a tomada de

decisão direcionada à viabilidade econômica de projetos. De acordo com Helfert (1997),

as medidas relacionadas às análises de investimento servem para auxiliar os

administradores a definir se um projeto possa satisfazer o os ganhos determinados no

negócio. Também podem auxiliar a determinar a atratividade relativa de um mix de

propostas perante o processo de orçamento.

Os principais métodos determinísticos para a análise de investimentos são: valor

presente líquido, taxa interna de retorno e o payback. Tais métodos são apresentados a

seguir.

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2.2.5.2 Valor Presente Líquido - VPL

Segundo Santos (2001), “o VPL de um investimento é igual ao valor presente do

fluxo de caixa líquido, sendo, portanto, um valor monetário que representa a diferença

entre as entradas e saídas de caixa a valor presente”.

De acordo com Helfert (1997), a avaliação por este método indica as

compensações resultantes das análises do fluxo de caixa entre dispêndios para um

determinado investimento, benefícios no futuro e valores finais relacionados ao valor

presente equivalente, e proporciona através dos métodos de análises verificar se o saldo

líquido desses valores é favorável ou não.

Kassai et al.(2000), complementa que o VPL “reflete a riqueza em valores

monetários do investimento medida pela diferença entre o valor presente das entradas de

caixa e o valor presente das saídas de caixa, a uma determinada taxa de desconto.”

E segundo Helfert (1997), o VPL demostra se um certo investimento, ao

decorrer da sua vida econômica, conseguirá atingir a taxa de retorno determinada no

cálculo. Já que os resultados obtidos do valor presente estão interligados as

oportunidades e aos prazos de ganhos estabelecidos, um valor presente líquido revela

que os fluxos de caixa originados pelo investimento no decorrer de sua vida econômica

permitirão:

Recuperar o dispêndio original (como também qualquer

dispêndio de capital ou recuperações futuras consideradas na

análise);

Obter o padrão de retorno desejado sobre o saldo

pendente;

Fornecer uma base de apoio ao valor econômico

excedente.

O resultado negativo mostra “que o projeto não está alcançando o padrão de

ganhos e, assim, provocará uma perda de capital se implementado.” (HELFERT, 1997).

Para analisar se estes valores são realmente positivos ou negativos, Souza e

Clemente (2001), enfatizam que, “em princípio, nenhum número é bom ou ruim, a

menos que possa ser comparado com uma referência”.

Para a análise de decisão por meio do VPL tem os seguintes critérios:

a) VPL > 0: o projeto deve ser aceito

b) VPL = 0: o projeto é indiferente

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c) VPL < 0: o projeto não deve ser aceito

Observe a fórmula a seguir para o cálculo do VPL

( )

( )

( )

Onde:

I = Investimento Inicial

Fcn = Fluxo de Caixa na data “n”

i = Taxa Mínima de Atratividade

A fórmula exemplifica que se o VPL for maior do que zero, o projeto deve ser

aceito, caso não for, ele não deve ser aceito devido apresentar desvantagens.

2.2.5.3 Taxa Interna De Retorno - TIR

A taxa interna de retorno (TIR) avalia a rentabilidade de um projeto de

investimento. De acordo kassai et al. (2000), ela “representa a taxa de desconto que

iguala, num único momento, os fluxos de entrada com os de saída de caixa. Em outras

palavras, é a taxa que produz um VPL igual a zero.”

Motta e Calôba (2002) relatam que, “a taxa interna de retorno é um índice

relativo que mede a rentabilidade do investimento por unidade de tempo”. Ela é uma

taxa de juros que iguala o valor das entradas de caixa com os valores das saídas de

caixa. (Santos, 2001).

Para Helfert (1997), a TIR corresponde única taxa de desconto que, quando é

aplicada às taxas de saídas e entradas de caixa da vida útil econômica do projeto de

investimento, oferece um VPL igual a zero.

Motta e Calôba (2002) mencionam que, dada uma alternativa de um

determinado investimento, caso taxa de retorno calculada, apresentar ser maior que a

taxa do mercado, a alternativa merece ser considerada. Caso contrário, será rejeitada.

Para a análise de decisão por meio do TIR tem os seguintes critérios:

a) TIR > TMA – o projeto deve ser aceito

b) TIR = TMA – o projeto é indiferente

c) TIR < TMA – o projeto não deve ser aceito

Fórmula para o cálculo do TIR:

( )

( )

( )

Onde:

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= Investimento Inicial

Fcn = Fluxo de Caixa Futuro

i = Taxa Interna de Retorno

“Ao calcular a taxa interna de retorno o investidor verifica se o resultado é

maior que a taxa mínima de outra opção de investimento. Uma TIR maior que a TMA

mostra que o projeto é lucrativo, ou seja, apresenta um VPL igual a zero”

(STRACHOSKI, 2011).

2.2.5.4 Método Payback Descontado

Para Strachoski (2011) “o payback mostra o tempo em que o capital investido

será recuperado, ele é uma medida de risco, pois evidencia tempo de viabilidade mínima

do projeto”.

Segundo Kassai et al. (2000), o payback consiste no período na qual um

determinado investimento é recuperado e proporciona a identificação do prazo em que

o montante do gasto do capital efetuado seja recuperado por intermédio dos fluxos

líquidos de caixa que surgem pelo projeto de investimento. É um determinado período

em que os valores dos investimentos do projeto (fluxos negativos) se anulam com os

valores de caixa (fluxos positivos).

De acordo com Souza (2003), “o período de payback é um indicador que mostra

o prazo de retorno do investimento total de recursos financeiros aplicados no

empreendimento. Esse método é útil na análise de projetos, para a mensuração do

risco.”

Weston e Brigham (2000, p. 547 apud Souza, 2003, p.74) enfatizam que, “o

payback fornece um indício de risco e liquidez do projeto. Um longo payback

representa que os valores investidos serão comprometidos por muitos anos e que os

fluxos de caixa são provavelmente mais arriscados.”

Strachoski (2011) esclarece que “o payback além de poder ser descontado,

poderá ter uma ramificação que é o payback-duration. O payback descontado é obtido

por meio dos valores descontados dos fluxos de caixa pela taxa mínima de atratividade”.

Helfert (1997), ainda argumenta que,

“Em outras palavras o payback descontado é consolidado a partir do

ponto específico quando o valor presente positivo acumulado das

entradas se iguala ao valor presente negativo acumulado de todos os

desembolsos”.

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De acordo com Strachoski (2011) “o payback-duration além de trabalhar com os

fluxos de caixa em valor presente, considera todos os fluxos de caixa existentes no

projeto”. Segundo KASSAI et al., (2000), ele expressa “um prazo de equilíbrio ao longo

de todo o período do projeto.”

Strachoski (2011) ainda enfatiza que o payback não se trata de um método de

decisão sobre qualquer investimento, contudo possui um papel fundamental para a

consolidação do projeto, pois é por intermédio dele que se analisa o tempo de retorno do

capital investimento. Em síntese, o investidor deverá ter conhecimento do grau de

maturidade do investimento, além de conhecer o tempo de exposição do risco. No

entanto, cabe a ponderação associados aos outros métodos para uma melhor tomada de

decisão.

3. ESTUDO DE CASO

3.1 CARACTERIZAÇÕES DA EMPRESA

A empresa estudada foi fundada no ano de 1970, mantendo-se competitiva e em

processo de expansão, com um crescente aumento em sua tecnologia, ela oferece

atualmente aos seus consumidores uma variedade de derivados de leite onde seu

principal produto, o queijo, possui grande destaque em sua variedade.

A marca está cada vez mais ativa no mercado e ainda tem por objetivo ampliar

cada vez mais a sua marca no mercado com a inauguração de uma nova unidade fabril

em Itaperuna-RJ.

A sede situa-se em Minas Gerais. Lá, a unidade que basicamente era responsável

inteiramente por toda a fabricação de laticínios, atualmente dedica-se especialmente a

produção de queijos finos. Com a criação da unidade fabril de Itaperuna, a produção da

empresa aumentou e seus produtos adquiriram mais valor agregado, embalados por uma

moderna tecnologia.

A atuação comercial encontra-se principalmente na região Centro – Sul do

Brasil, tendo suas principais vendas na região Sudeste (Rio de Janeiro, Minas Gerais,

São Paulo, Espírito Santo), Goiás e o Distrito Federal.

A Fábrica: é divida em 4 grandes blocos e cada bloco possui sua funcionalidade

e diversos setores, eles trabalham quase que independentes para chegar ao objetivo final

para qual a organização foi fundada.

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Bloco 1: está localizada a parte administrativa da empresa, onde se encontra a

recepção, diretoria, os departamentos (cobrança, contas a pagar/receber, RH) e o

almoxarifado, este último ainda é dividido em 2 subsetores: Segurança do trabalho e

Pesagem de Insumos

Bloco 2: é o motor que impulsiona a fábrica. Localiza-se: a caldeira, a sala de

manutenção, os vestuários, banheiros, sala de lazer e refeitório.

Bloco 3: o Coração da Empresa. As entradas, o processamento, e as saídas se

encontram nesse bloco, assim como os principais setores, tais como a recepção do leite,

o setor de pasteurização, o laboratório de físico-química, a salmoura, os setores de

fabricação de produtos (queijo, defumados, requeijão, queijo ralado) as câmaras frias,

empacotamento, pesagem e por fim a expedição.

Bloco 4: é o ultimo bloco da organização e o mais afastado entre eles. Trata-se

de uma ETE (Estação de Tratamento de Efluentes). Dividido em:

Tanques de Tratamentos: todo resíduo gerado pela fábrica (bloco 1, 2 e 3) é

depositado em tais tanques onde são tratados e eliminados.

Laboratório: são coletados os resíduos após o tratamento e verificado se estão

de acordo com os padrões ambientais, onde se tornam não poluentes a saúde humana e

ao meio ambiente.

Depósitos de Resíduos: Após seu tratamento, são depositados os resíduos

sólidos em uma espécie de galpão dividido em 20 compartimentos, onde são secados,

embalados e repassados para uma empresa especializada pela coleta.

Atualmente a Empresa em estudo encontra-se com algumas dificuldades em

relação ao seu consumo de água, onde em algumas ocasiões, a falta desse recurso,

primordial no processo produtivo, causa paradas de produção não planejadas,

ocasionando perdas de capital pela estagnação de sua produção, a partir dessa

problemática é necessário um estudo detalhado dos benefícios que serão atribuídos pela

aquisição da ETA, onde a principal função é a economia no consumo mensal desse

recurso hídrico.

3.2 DESCRIÇÃO DO FUNCIONAMENTO DA E.T.A.

O funcionamento de uma Estação de Tratamento de Água dá-se início pela sala

de química, que é constituída pelo tanque de reagente, agitador elétrico, bomba

dosadora e barrilha leve, como pode ser observada na figura 04.

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Figura 04: Ilustração da Sala de Química

FONTE: MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE ETA (2013)

O sistema de dosagem de produtos químicos é composto por uma bomba

dosadora, três misturadores rápidos de eixo inclinado, quatro tanques para preparo de

soluções químicas e um dispersor hidráulico com vazão de 10m3/hora.

A dosagem dos reagentes deverá ocorrer através da Bomba Dosadora e o

agitador elétrico deverá misturar esses reagentes. As características técnicas da Bomba

Dosadora podem ser observadas na tabela a seguir.

Tabela 1: Características Técnicas da Bomba Dosadora

Diâmetro 150 mm

Comprimento 1.000 mm

Revestimento Interno Anticorrosivo

Revestimento Externo Zarcão

Tubulações Ø 2”

Elementos Internos Anéis pall em polipropileno

Elementos Externos Indicadores de pressão e perda de carga;

Pontos de dosagem de reagentes

FONTE: FILTRÁGUA (2013)

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Quanto aos produtos de dosagem, em princípios deve-se inserir o Sulfato de

Alumínio, e em seguida o Álcali, posteriormente o Hipoclorito de Sódio. No entanto,

poderá acontecer que ocorra uma inversão entre os reagentes. O pH de floculação

encontra-se entre 6,5 à 6,8. O Polieletrólito deverá ser dosado diretamente no floculador

tubular.

Segundo Caio César e Maria Fátima (manual de operação e manutenção de

estação de tratamento de água, 2013), a preparação desses reagentes deve ocorrer da

seguinte maneira:

a) Sulfato de Alumínio: constitui de um elemento em pó e deve ser diluído em

água a uma concentração de aproximadamente 10% e pode variar de acordo com a

necessidade de cada processo.

b) Álcali: possui a mesma característica de manuseio do Sulfato de Alumínio,

porém ao acrescentar o álcali o pH da água floculada entre deverá manter entre 6,5 à

6,8. No tanque de preparação no qual é inserido o álcali, as misturas dos reagentes pode

ter um misturador, para manter uma boa solubilidade dos reagentes.

c) Hipoclorito de Sódio: Prepara-se à concentração de 10%.

d) Polieletrólito: deve possuir uma concentração máxima de 1%. Deve-se

manter o agitador ligado e ir adicionando de maneira lenta o polieletrólito na água

inserida no tanque de preparação dos reagentes.

Depois de introduzir o Álcali, o Sulfato de Alumínio, o Hipoclorito de Sódio e o

Polieletrólito, eles serão enviados para o Dispersor Hidráulico, juntamente com água

bruta, e podem ser visualizados na figura 4 pelos números 1, 2, 3 e 4, respectivamente.

O Dispersor Hidráulico é destinado a proporcionar a rápida mistura dos reagentes com a

água bruta a tratar. Os reagentes serão injetados através de conexões, especialmente

deixadas sobre a tubulação de entrada do mesmo.

Em seguida a água é encaminhada ao Floco Decantador, entrando na serpentina

de mistura lenta situada na parte inferior do vaso. As chicanas dispostas

convenientemente proporcionarão a agitação lenta, fazendo com que os flocos gerados

passem a se constituir. Da serpentina, a água já floculada é encaminhada para a câmara

de lodos suspensos, entrando na parte inferior do objeto.

A floculação e, portanto a dosagem, estarão boas quando na descarga de lodos

estiver saindo lodos, a amostra colhida da câmara de lodos suspensos apresentar flocos

e a amostra colhida na parte superior apresentar-se clarificada.

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Observe a figura 05. A coagulação e remoção dos flocos será realizada pelo processo de

retirada dos lodos no Floco Decantador. A extração dos lodos é feita continuamente através de

uma descarga de fundo. A fim de controlar o processo de coágulo-decantação, lateralmente

dispõe de três coletores e amostras, respectivamente: câmara de lodos (inferior), câmara de água

clarificada (posição média superior) e saída para os filtros (parte superior).

Figura 05: Especificações do Funcionamento do Decantador

FONTE: MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE ETA (2013)

O número 5, situado na parte superior da figura 5, simboliza a escorva de ar do

Decantador. O número 6 representa a amostra onde fica a água decantada. O número 7

indica a amostra de água semi-decantada (câmara de decantação). O número 8

demonstra a amostra de água floculada (câmara de lodos suspensos). O número 9

representa a purga de ar das chicanas e amostras da água coagulada. Por fim, o número

10 demonstra a descargas de lodos que é eliminada por diferença de pressão

hidrostática.

Para que haja o controle da floculação e do bom funcionamento do Decantador,

o vaso dispõe especificamente de três coletores de amostras: um promovido da câmara

de lodos suspensos, um segundo da altura dos funis captadores de lodos e finalmente

por último do ponto de captação de água clarificada.

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A tabela a seguir descreve as características técnicas do Decantador.

Tabela 2: Características Técnicas do Decantador

Diâmetro 1.100 mm

Altura Cilíndrica 3.400 mm

Altura Total 4.330 mm

Espessura da Chapa – Corpo 1/8”

Calotas 1/8”

Revestimento Interno Anticorrosivo

Revestimento Externo Zarcão

Tubulações Ø 2”

Taxa de Decantação 10,5 m3/h/m

2

Peso Vazio 820 Kg

Peso em Operação 4.600 Kg

Elementos Internos Câmara de floculação rápida;

Câmara de floculação lenta;

Câmara de lodos suspensos;

Coletores de lodos suspensos;

Câmara de água clarificada.

Elementos Externos Sistema de amostragem de água;

Floculada, dacantada e clarificada;

Bocas de visita e inspeção;

Válvula de alívio/quebra vácuo;

Válvula de segurança;

Válvula de Purga de Ar;

Dreno;

Pés de sustentação.

FONTE: FILTRÁGUA (2013)

Do Decantador, a água clarificada é designada até ao Filtro de Areia Dupla

Ação, e pode ser visualizado na figura 06 a seguir. O filtro tem por finalidade principal

a filtração no sentido ascendente e descendente, pelas camadas de areia e pedregulho.

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Dispõe frontalmente de distribuidor constituído por tubos, conexões e registros,

destinados as operações de filtragem, lavagem e pré-funcionamento do filtro.

Figura 06: Especificações do Funcionamento do Filtro de Areia Dupla Ação

FONTE: MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE ETA (2013)

A tabela 3 a seguir descreve as características técnicas do Filtro de Areia Dupla

Ação.

Tabela 3: Características Técnicas do Filtro de Areia Dupla Ação

Diâmetro 800 mm

Altura Cilíndrica 2.400 mm

Altura Total 3.260 mm

Espessura da Chapa – Corpo 1/8”

Calotas 1/8”

Revestimento Interno Anticorrosivo

Revestimento Externo Zarcão

Tubulações Ø 2” e 1”

Válvulas Ø 2” e 1”

Taxa de Filtração Ascendente 15,9 m3/h/m

2

Taxa de Filtração Descendente 4,0 m3/h/m

2

Peso Vazio 390 Kg

Peso em Operação 3.300 Kg

FONTE: FILTRÁGUA (2013)

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Cerca de 20% restante fazem no sentido descendente (1), enquanto os outros

80% da vazão filtra no sentido ascendente (2), com o objetivo de impedir a separação da

camada de areia.

A coleta de água filtrada ocorre por um coletor com drenos, inseridos na camada

de areia.

Logo após a saída da água filtrada (3), é feita a lavagem do filtro, que ocorre por

contra corrente (4), ou seja, invertendo o fluxo, pela manobra apropriada dos registros,

utilizando-se água clarificada do Decantador. A saída de água de lavagem ocorre na

parte superior (5), na parte inferior (6) e no meio (7), para o esgoto. Por fim, é feita a

purga de ar (8).

A capacidade de fabricação é em módulos de 1,0 à 10m3/hora. Os módulos

podem ser acoplados em qualquer quantidade. A pressão de funcionamento é à 2,0

Kgf/cm² e a pressão de teste é à 3,0 Kgf/cm². Observe a tabela 4 a seguir:

Tabela 4: Características da Capacidade da E.T.A. (Filtrágua, 2013)

Vazão 10m3/hora

Pressão de Funcionamento 2,0 Kgf/cm2

Pressão de Teste 3,0 Kgf/cm2

FONTE: FILTRÁGUA (2013)

A Estação Compacta é utilizada por cidades, condomínios e indústrias, para a

obtenção de água potável ou industrial a partir de água superficial. A figura 07 mostra

um exemplo de uma Estação Compacta.

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Figura 07: Estação Compacta de Tratamento de Água

FONTE: MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE ETA (2013)

Em alguns casos, a Estação Compacta pode ser utilizada no tratamento de águas

servidas (residuais). A água a ser utilizada tem suas características físico químicas

limitadas segundo a finalidade a que se destina.

Normalmente são utilizadas águas provenientes de rios, lagos, açudes,etc., cujas

características de cor e turbidez apresentam variações conforme as oscilações climáticas

(chuvas).

3.3 ANÁLISE DO CÁLCULO DE INVESTIMENTO

De forma simplificada é necessário mensurar os gastos das compras dos

materiais para a implementação do projeto (equipamentos, máquinas, etc.), ou seja, os

investimentos essenciais para o sucesso no novo empreendimento. Neste caso, para a

efetivação do negócio os itens necessários seguem de acordo com a tabela 5:

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Tabela 5: Valor Total do Projeto

Itens Preços

Equipametos R$

40.800,00

Projeto R$ 4.000,00

Implantação R$ 8.000,00

Carga de material filtrante para ETA R$ 775,00

12 peças - Dreno copo em polipropileno com redução Ø1.1/2”.

(cruzeta)

R$324,00

23 peças - Crepina de areia em polipropileno com porca Ø3/4”

(fundo falso)

R$ 447,12

Valor Total Do Projeto R$

54.346,12

FONTE: FILTRÁGUA (2013)

Além do valor total do projeto, será contabilizado o valor mensal de R$ 600,00

na manutenção da ETA, na aquisição dos reagentes da própria empresa para o processo

de clarificação da água, além de um profissional com qualificações necessárias para a

operação e manutenção. De acordo com a Pesquisa Salarial do site Catho Online, a

média salarial para um cargo de Operador de Estação de Tratamento de Água e/ou

Efluentes no Brasil é de R$ 1.471,96.

Atualmente a empresa em estudo apesar de captar parte da água de um açude

próprio e cerca de 85% provenientes da CEDAE, ela ainda não consegue suprir a

necessidade de sua demanda de água, mesmo sendo uma organização mediana, porém

em processo de crescimento, o gasto com o consumo mensal de água é relativamente

alto para o porte da organização, estima-se que o gasto mensal fica em torno de R$

5.600,00, valor levantado no período de efetivação de estágio em junho de 2013.

Para um projeto de uma Estação de Tratamento de Água, deve-se calcular a

economia média mensal que o projeto irá proporcionar no sistema.

Para esta estação que possui uma vazão de 10m3/hora e o seu funcionamento

equivale às 8h/dia, consequentemente sua produção diária é de 80m3 por dia.

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Como a organização estuda funciona 30 dias/mês logo o consumo médio mensal

será de 24000 m3 de água, ou seja, o consumo correspondente ao funcionamento total

da ETA.

Por conseguinte irá se trabalhar apenas com 80% da vazão total do sistema, ou

seja, com 19200m3

mensal no que resultará num consumo diário de 64m3.

De acordo com a tarifa cobrada pela CEDAE (2012), o custo da água acima de

60m3

é de R$ 8,00, podemos presumir que a economia mensal pelo consumo de água

utilizado nesse sistema após a implantação da ETA poderá ser de até (64x30x8)

R$15.360,00.

3.3.1 Cálculo De Fluxo Operacional De Caixa

De acordo com o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central a

taxa de mercado, Selic, situa-se agora no mês de novembro na faixa de 10% a.a. onde

pode ser acessado pelo site: www.bcb.gov.br/?COPOMJUROS, o que faz a cada ano o

projeto adquirir um valor agregado referente a essa taxa.

Para o desenvolvimento do projeto de 48 meses, ou seja, 4 anos, deve-se

descobrir primeiramente a taxa equivalente mensal, para calcular o fluxo operacional de

caixa, visando auxiliar na viabilidade do projeto. Esse cálculo pode ser realizado da

seguinte maneira:

Tem-se:

1 + ia = (1 + im)12

Como 10% = 10/100 = 0,1, logo:

1 + 0,1 = (1 + im)12

1,1 = (1 + im)12

Divide-se ambos os expoentes por 12:

1,11/12

= 1 + im

im = 1,11/12

– 1

im = 0,79% a.m

3.3.2 Estimativa Dos Custos Mensais

Primeiramente, deve-se utilizar o método do valor atual para trazer todos os

valores para a data zero. As saídas de caixa correspondem a R$ 600,00 + R$ 1.471,96 =

R$ 2.071,96 (Reagentes + Operador de ETA) e as entradas correspondem a R$ 5.600,00

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(valor do custo mensal de água que pode deixar de gastar com a aquisição da ETA)

assim é possível calcular os valores atuais equivalentes à série correspondente e

compará-los para a tomada de decisão em um projeto de investimentos.

A fórmula do valor atual é descrita como:

An = S/(1 + i)n

Onde:

An: é o valor atual;

S: é o montante;

i: é a taxa

n: é número de períodos

3.3.3 Análise Do VPL

Para essa análise deve-se considerar o valor estipulado do investimento do

projeto da ETA, de R$ 54.346,12 e a projeção estipulada de 4 anos do Fluxo de Caixa

analisado pela figura 08 ao final desse estudo. Utilizando a fórmula do VPL, tem-se:

( )

( )

( )

VPL = -54.346,12 + 161.174,67

VPL = 106.828,55

Nessa análise pode-se observar que o VPL foi maior que zero então

consequentemente o projeto será viável e ocasionará futuramente o retorno do capital

investido.

3.3.4 Análise Da Taxa Interna De Retorno

Essa segunda análise tem como objetivo determinar a Taxa Interna de Retorno,

TIR, ou seja, a taxa de desconto que faz com que os fluxos de saídas e entradas se

igualam em um determinado momento, fazendo com que o valor dessa taxa possa

produzir um VPL igual a zero. Utiliza-se a seguinte fórmula para obter-se a TIR:

( )

( )

( )

Porém como cálculo da TIR é difícil de obter manualmente, utilizou-se a função

“TIR” do Excel para facilitar a mensuração dos resultados, demonstrado na figura 08 no

final das análises dos cálculos.

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Neste caso o método realizado foi selecionar a coluna dos fluxos de caixa (Fco)

da data zero a data 48, resultando na seguinte fórmula: =TIR(E2:E50).

Após esse procedimento, foi constatado um valor de 6% a.m. da taxa interna de

retorno, um valor maior do que a taxa mínima de atratividade (i) que corresponde a

0,79%, ou seja, TIR>TMA mostrando que o projeto é viável.

3.3.5 Análise Do Payback Descontado

De acordo com a tabela descrita no anexo 1 apresentado no final do trabalho,

verifica-se que o payback descontado será recuperado a partir do 17º mês, ou seja,

depois de 1 ano e 5 meses. O tempo em que o capital investido na concepção do projeto

da E.T.A será recuperado equivale ao tempo em que o empreendimento evidencia o

tempo mínimo da viabilidade do projeto.

A figura 08 demonstrada a seguir representa os cálculos do VPL, Payback e TIR

utilizados no Excel para a mensuração dos resultados.

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Figura 08: VPL, Payback e TIR

FONTE: PRÓPRIA (2013)

n Receitas (+) Despesas (-) FC (=) Fco (=) FC Acumulado (=) Taxa mensal (i) TIR

0 -R$ 54.346,12R$ 54.346,12-R$ 54.346,12-R$ 54.346,12-R$ 0,0079 6%

1 5.600,00R$ 2.071,96R$ 3.528,04R$ 3.500,39R$ 50.845,73-R$

2 5.600,00R$ 2.071,96R$ 3.528,04R$ 3.472,95R$ 47.372,78-R$

3 5.600,00R$ 2.071,96R$ 3.528,04R$ 3.445,73R$ 43.927,05-R$

4 5.600,00R$ 2.071,96R$ 3.528,04R$ 3.418,72R$ 40.508,33-R$

5 5.600,00R$ 2.071,96R$ 3.528,04R$ 3.391,93R$ 37.116,41-R$

6 5.600,00R$ 2.071,96R$ 3.528,04R$ 3.365,34R$ 33.751,07-R$

7 5.600,00R$ 2.071,96R$ 3.528,04R$ 3.338,96R$ 30.412,11-R$

8 5.600,00R$ 2.071,96R$ 3.528,04R$ 3.312,79R$ 27.099,32-R$

9 5.600,00R$ 2.071,96R$ 3.528,04R$ 3.286,82R$ 23.812,49-R$

10 5.600,00R$ 2.071,96R$ 3.528,04R$ 3.261,06R$ 20.551,43-R$

11 5.600,00R$ 2.071,96R$ 3.528,04R$ 3.235,50R$ 17.315,93-R$

12 5.600,00R$ 2.071,96R$ 3.528,04R$ 3.210,14R$ 14.105,79-R$

13 6.160,00R$ 2.279,16R$ 3.880,84R$ 3.503,48R$ 10.602,31-R$

14 6.160,00R$ 2.279,16R$ 3.880,84R$ 3.476,02R$ 7.126,29-R$

15 6.160,00R$ 2.279,16R$ 3.880,84R$ 3.448,77R$ 3.677,52-R$

16 6.160,00R$ 2.279,16R$ 3.880,84R$ 3.421,74R$ 255,78-R$

17 6.160,00R$ 2.279,16R$ 3.880,84R$ 3.394,92R$ 3.139,14R$

18 6.160,00R$ 2.279,16R$ 3.880,84R$ 3.368,31R$ 6.507,45R$

19 6.160,00R$ 2.279,16R$ 3.880,84R$ 3.341,91R$ 9.849,36R$

20 6.160,00R$ 2.279,16R$ 3.880,84R$ 3.315,72R$ 13.165,08R$

21 6.160,00R$ 2.279,16R$ 3.880,84R$ 3.289,73R$ 16.454,81R$

22 6.160,00R$ 2.279,16R$ 3.880,84R$ 3.263,94R$ 19.718,75R$

23 6.160,00R$ 2.279,16R$ 3.880,84R$ 3.238,36R$ 22.957,11R$

24 6.160,00R$ 2.279,16R$ 3.880,84R$ 3.212,98R$ 26.170,08R$

25 6.776,00R$ 2.507,07R$ 4.268,93R$ 3.506,57R$ 29.676,65R$

26 6.776,00R$ 2.507,07R$ 4.268,93R$ 3.479,09R$ 33.155,74R$

27 6.776,00R$ 2.507,07R$ 4.268,93R$ 3.451,82R$ 36.607,56R$

28 6.776,00R$ 2.507,07R$ 4.268,93R$ 3.424,76R$ 40.032,32R$

29 6.776,00R$ 2.507,07R$ 4.268,93R$ 3.397,92R$ 43.430,24R$

30 6.776,00R$ 2.507,07R$ 4.268,93R$ 3.371,29R$ 46.801,52R$

31 6.776,00R$ 2.507,07R$ 4.268,93R$ 3.344,86R$ 50.146,39R$

32 6.776,00R$ 2.507,07R$ 4.268,93R$ 3.318,64R$ 53.465,03R$

33 6.776,00R$ 2.507,07R$ 4.268,93R$ 3.292,63R$ 56.757,66R$

34 6.776,00R$ 2.507,07R$ 4.268,93R$ 3.266,82R$ 60.024,48R$

35 6.776,00R$ 2.507,07R$ 4.268,93R$ 3.241,22R$ 63.265,70R$

36 6.776,00R$ 2.507,07R$ 4.268,93R$ 3.215,81R$ 66.481,52R$

37 7.453,60R$ 2.757,78R$ 4.695,82R$ 3.509,67R$ 69.991,19R$

38 7.453,60R$ 2.757,78R$ 4.695,82R$ 3.482,16R$ 73.473,34R$

39 7.453,60R$ 2.757,78R$ 4.695,82R$ 3.454,87R$ 76.928,21R$

40 7.453,60R$ 2.757,78R$ 4.695,82R$ 3.427,79R$ 80.356,00R$

41 7.453,60R$ 2.757,78R$ 4.695,82R$ 3.400,92R$ 83.756,92R$

42 7.453,60R$ 2.757,78R$ 4.695,82R$ 3.374,26R$ 87.131,18R$

43 7.453,60R$ 2.757,78R$ 4.695,82R$ 3.347,81R$ 90.478,99R$

44 7.453,60R$ 2.757,78R$ 4.695,82R$ 3.321,57R$ 93.800,57R$

45 7.453,60R$ 2.757,78R$ 4.695,82R$ 3.295,54R$ 97.096,11R$

46 7.453,60R$ 2.757,78R$ 4.695,82R$ 3.269,71R$ 100.365,82R$

47 7.453,60R$ 2.757,78R$ 4.695,82R$ 3.244,08R$ 103.609,90R$

48 7.453,60R$ 2.757,78R$ 4.695,82R$ 3.218,65R$ 106.828,55R$

311.875,20 169.737,72 142.137,48R$ 161.174,67R$

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4. CONCLUSÃO

Para a elaboração de um projeto de investimento é necessário obter todas as

informações relevantes na execução do novo empreendimento, como os custos de

produção, os materiais, a matéria prima, máquinas, equipamentos, mão de obra, entre

outros, a fim de que o projeto elaborado apresente bons resultados.

O custo de implantação desse projeto é de R$ 54.346,12, e foi elaborado para um

período de quatro anos, através das análises financeiras descritas neste estudo de caso.

Nota-se que através do VPL, a diferença de entradas e saídas no valor presente

obteve um saldo positivo de R$ 106.828,55 no final de quatro anos, permitindo a

confirmação de quanto é rentável o desenvolvimento desse projeto. Outro fator

decisório foi que a TIR apresentou ser maior do que a TMA, auxiliando na confirmação

da viabilidade do projeto.

É nítido também que o prazo de retorno desse investimento, payback, é a partir

1 ano e 5 meses, o que tornou essa análise de grande valor para a mensuração do risco.

É a partir desses métodos quantitativos que os investidores ou a prosperidade de

um determinado investimento mostram-se viáveis ou não de acordo com as análises

financeiras que permitem quantificar o risco do empreendimento, portanto, uma boa

gestão de investimento promove uma maior segurança e possível economia/lucro na

decisão de investir.

A partir desse cenário, conclui-se que a aquisição da E.T.A para uma indústria

de laticínios mostra-se viável, não só em relação ao retorno do capital investido, mas

também devido ao seu beneficio. As estações compactas de tratamento não necessitam

de obra de engenharia civil, pode ser removida em caso de necessidade, ocupa menor

área e é ampliável com a colocação de módulos suplementares, além de proporcionar a

reutilização da água, promove a sustentabilidade e a redução nos gastos em relação ao

seu consumo.

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ANEXO I: ARTIGO 62 – RIISPOA

Segundo o artigo 62 – RIISPOA (Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária

de Produtos de Origem Animal), as águas em industrias de alimentos devem seguir os

seguintes parâmetros:

Art. 62 - Nos estabelecimentos de produtos de origem animal destinados à

alimentação humana, é considerada básica, para efeito de registro ou relacionamento, a

apresentação prévia de boletim oficial de exame da água de abastecimentos, que deve se

enquadrar nos padrões microbiológicos e químicos seguintes:

a) não demonstrar, na contagem global mais de 500 (quinhentos) germes por

mililitro;

b) não demonstrar no teste presuntivo para pesquisa de coliformes maior número

de germes do que os fixados pelos padrões para 5 (cinco) tubos positivos na série de 10

ml (dez mililitros) e 5 (cinco) tubos negativos nas séries de 1 ml (um mililitro) e 0,1

(um décimo de mililitro) da amostra;

c) a água deve ser límpida, incolor, sem cheiro e de sabor próprio agradável;

d) não conter mais de 500 (quinhentas) partes por milhão de sólidos totais;

e) conter no máximo 0,005 g (cinco miligramas) por litro, de nitrogênio

amoniacal;

f) ausência de nitrogênio nitroso e de sulfídrico;

g) no máximo 0,002 g (dois miligramas) de nitrogênio nítrico por litro;

h) no máximo 0,002 g (dois miligramas) de matéria orgânica, por litro;

i) grau de dureza inferior a 20 (vinte); OBS: (Hoje o MAPA tem como

parâmetro 500 ppm Dureza Total)

j) chumbo, menos de 0,1 (um décimo) de parte por milhão;

k) cobre, menos de 3 (três) partes por milhão;

l) zinco, menos de 15 (quinze) partes por milhão;

m) cloro livre, máximo de 1 (uma) parte por milhão, quando se tratar de águas

cloradas e cloro residual mínimo de 0,05 (cinco centésimo) partes por milhão;

n) arsênico, menos de 0,05 (cinco centésimos) partes por milhão.

o) fluoretos, máximo de 1 (uma) parte por milhão;

p) selênio, máximo de 0,05 (cinco centésimo) partes por milhão;

q) magnésio, máximo de 0,03 (três centésimos) partes por milhão;

r) sulfatos, no máximo 0,010 g (dez miligramas), por litro;

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s) componentes fenólicos, no máximo 0,001 (uma milésima) parte por milhão.

§ 1º - Quando as águas revelem mais de 500 (quinhentos) germes por mililitro,

impõe-se novo exame de confirmação, antes de condená-la.

§ 2º - Mesmo que o resultado da análise seja favorável, o D.I.P.O.A pode exigir,

de acordo com as circunstâncias locais o tratamento da água

k) cobre, menos de 3 (três) partes por milhão;

l) zinco, menos de 15 (quinze) partes por milhão;

m) cloro livre, máximo de 1 (uma) parte por milhão, quando se tratar de águas

cloradas e cloro residual mínimo de 0,05 (cinco centésimo) partes por milhão;

n) arsênico, menos de 0,05 (cinco centésimos) partes por milhão.

o) fluoretos, máximo de 1 (uma) parte por milhão;

p) selênio, máximo de 0,05 (cinco centésimo) partes por milhão;

q) magnésio, máximo de 0,03 (três centésimos) partes por milhão;

r) sulfatos, no máximo 0,010 g (dez miligramas), por litro;

s) componentes fenólicos, no máximo 0,001 (uma milésima) parte por milhão.

§ 1º - Quando as águas revelem mais de 500 (quinhentos) germes por mililitro,

impõe-se novo exame de confirmação, antes de condená-la.

§ 2º - Mesmo que o resultado da análise seja favorável, o D.I.P.O.A pode exigir,

de acordo com as circunstâncias locais o tratamento da água.