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1 A VERDADE SEGUNDO ARTHUR Tim Hopgood Ilustrações: David Tazzyman Tradução: Gilda de Aquino Elaboração do manual: Clara de Cápua Indicação: Categoria 4 (1 o ao 3 o anos do Ensino Fundamental I) MATERIAL DE APOIO AO PROFESSOR

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A VERDADE SEGUNDO ARTHURTim HopgoodIlustrações: David Tazzyman

Tradução: Gilda de Aquino

Elaboração do manual: Clara de Cápua Indicação: Categoria 4 (1o ao 3o anos do Ensino Fundamental I)

MATERIAL DE APOIO AO PROFESSOR

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AUTORTim Hopgood vive em York, na Ingla-

terra, e é autor e ilustrador de livros in-fantis. Sua cor favorita é o azul! E o tom de azul pode mudar dependendo do seu humor. Formou-se em artes gráfi-cas, com especialização em ilustração, na Universidade Kingston Polytechnic. Passou a maior parte da vida brincan-do com imagens e palavras. O seu primeiro trabalho foi na revista i-D e, depois disso, foi para a revista Vogue. Ele tinha 45 anos quando seu primeiro livro infantil foi publicado. E hoje seus livros já foram traduzidos para mais de vinte idiomas diferentes e ganharam diversos prêmios.

ILUSTRADORDavid Tazzyman vive no sul de Lon-

dres com a esposa Melanie e seus três filhos. Formou-se em ilustração na Uni-versidade Manchester Metropolitan, e logo depois viajou pela Ásia por três anos, antes de se mudar para Londres em 1997. Gosta de futebol, críquete, biscoitos, música e desenho. Não gos-ta de aipo nem de trocar fraldas.

TRADUTORAGilda de Aquino nasceu em 1935,

no Rio de Janeiro. Formou-se em le-tras anglo-germânicas na PUC-RJ e fez mestrado em linguística na Uni-versidade de Washington, nos Estados Unidos. Já traduziu mais de 200 títulos da Brinque-Book, muitos dos quais ga-nharam prêmios de Melhor Tradução da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ).

AUTOR

E OBRA

O PRAZER

DE LER

OBRAO pequeno Arthur se desentendeu

com a Verdade! (Ética) Tudo começou quando ele fez uma coisa errada que com certeza desagradaria sua mãe: saiu escondido com a bicicleta de seu irmão mais velho e acidentalmente arranhou o carro da mãe estacionado na rua. Para justificar o ocorrido, ele decide distorcer um pouco a Verdade e inventa uma série de histórias mira-bolantes (Imaginação), com direito a princesas, alienígenas e robôs gigan-tes, que teriam provocado o acidente... As histórias, é claro, não convencem ninguém. Depois de tantas pequenas mentiras, não estaria na hora de Arthur fazer as pazes com a Verdade? (Hones-tidade) Cabe ao leitor descobrir!

Gênero literário:Conto

Temas:Descoberta de si / Família, amigos e

escola / O mundo natural e social

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Preparando a leituraLíngua Portuguesa

A capa e o títuloEscreva a palavra “verdade” na lousa

e pergunte às crianças o que ela signi-fica. Deixe que elas se expressem livre-mente, anotando as explicações mais significativas. Em seguida, acrescente as demais palavras do título forman-do a expressão “A verdade segundo Arthur”. Que sensações esse comple-mento provoca na turma? Será que a verdade segundo Arthur – ou se-gundo qualquer outra pessoa – é tão verdadeira assim? Por quê? Após esse bate-papo, apresente a capa do livro à turma. Quem são as personagens retratadas? O menino muito provavel-mente é o “Arthur” do título, mas o que dizer da figura cinzenta ao seu lado? Seria a própria Verdade? Para saber a resposta, leia com a turma a sinopse do livro, localizada em sua quarta capa.

O universo da obraQue tal compartilhar algumas histó-

rias pessoais? Os alunos já se pegaram inventando pequenas mentiras para esconder algo que fizeram ou para conseguir realizar algum desejo pes-soal? Como foi? A verdade veio à tona no final? De que maneira? Conduza esse bate-papo de modo a estimular uma conversa franca, livre de julga-mentos. Essa atividade com certeza vai preparar o leitor para ter empatia com a personagem Arthur, bem como proporcionar uma reflexão em torno do tema central do livro.

ORIENTAÇÕES

PARA LÍNGUA

PORTUGUESA

Lendo o livro

Promova uma leitura compartilhada com a turma, desenvolvendo as se-guintes atividades:

pp. 4 e 5: Observando as expressões nos rostos de Arthur e da Verdade, que sentimento parece transparecer? Des-confiança? Tristeza? Medo?

pp. 7 e 8: A história se desenvolve através de um jogo bastante amarrado entre palavra e imagem. Afinal, o que aconteceu com Arthur? Coletivamen-te, elabore com a turma uma frase que dê conta de narrar os acontecimentos, como por exemplo: “Arthur perdeu o controle da bicicleta, bateu em um carro parado e riscou a sua lataria”.

p. 10: A palavra “torcer” está escrita com certo movimento, como se simu-lasse o início de uma torção. Como seria torcer o som de sua pronúncia?! Desafie a turma a experimentar dife-rentes modos de dizer a palavra “tor-cer”, buscando exprimir a sensação de seu movimento.

pp. 11 a 13: Peça que os alunos ob-servem atentamente as ilustrações. Quais são as principais diferenças en-tre os desenhos que representam a

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realidade e os que representam a his-tória inventada por Arthur?

p. 14: Repita o exercício da p. 10 com a palavra “esticar”. Os experimen-tos vocais soaram diferentes dos reali-zados anteriormente?

p. 16: Para ilustrar esta pequena mentira de Arthur, apresenta-se a ima-gem de um extraterrestre andando de bicicleta, tendo a lua como pano de fundo... Os alunos já viram essa ima-gem antes? Onde?

p. 21: Repita o exercício da p. 10 e da p. 14 com a palavra “ignorar”. Esta palavra com certeza será bastante de-safiadora!

pp. 22 a 24: Automóveis se trans-formando em robôs que lutam?! Os alunos já ouviram uma história assim antes? Será que a mãe de Arthur real-mente vai “adorar” saber disso, como disse Francine?

p. 27: Quando a mãe de Arthur fi-nalmente chega em casa, o autor faz uma pergunta diretamente ao leitor: “O que você faria?”. É hora de dar voz aos alunos. Será que eles contariam a verdade à mãe ou inventariam alguma

outra história, como fez Arthur? Permi-ta que eles expressem seus pontos de vista antes de avançar.

pp. 28 e 29: A escolha de Arthur foi condizente com as respostas dos alunos?

p. 31: Com o apoio da ilustração, desafie a turma a fazer uma recapitu-lação oral de toda a história.

p. 32: Chame a atenção da turma para a última frase do livro: “E Arthur nunca mais andou na bicicleta grande do irmão – bem, pelo menos não perto do carro de sua mãe!”. Como os alunos interpretam essa frase? Será que Ar-thur continuou inventando pequenas mentiras aqui e ali? Por quê?

p. 33: Novamente, peça que obser-vem as expressões faciais das perso-nagens. A essa altura, que sentimento elas parecem nutrir entre si? Carinho? Cumplicidade? Admiração?

Após a leitura

ReflexãoO que nos leva a mentir? Forme uma

roda com a turma e proponha uma

ORIENTAÇÕES

PARA LÍNGUA

PORTUGUESA

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reflexão sobre o tema. Será que menti-mos por medo? Por vergonha? Para ti-rar vantagem de algo ou de alguém? E o que dizer da personagem Arthur? Na opinião dos alunos, por que ele men-tiu? Conduza essa conversa de modo que todos tenham a chance de expres-sar as suas reflexões.

Dizeres populares sobre a mentira e a verdade são bastante comuns, como por exemplo: “A verdade é amarga, a mentira é doce”, “A verda-de dispensa enfeites” ou “A mentira tem pernas curtas”. Apresente alguns desses provérbios aos alunos, bus-cando interpretar coletivamente os seus significados. Que paralelos po-demos traçar entre esses dizeres e a história de Arthur?

Imaginação (narrativa visual)As histórias inventadas por Arthur,

apesar de infiéis à realidade, são bastante divertidas. Peça que os alu-nos trabalhem em duplas e se ima-ginem na pele do garoto para criar uma nova versão do que poderia ter causado o acidente entre o carro e a bicicleta. Talvez um fantasma tenha resolvido andar de bicicleta, mas se esqueceu de que ela não poderia atravessar o carro junto com ele! Tal-vez um monstro de sete cabeças te-nha simplesmente tido um acesso de fúria e destruído tudo à sua frente! Quanto mais mirabolante a história, melhor! A exemplo do livro, as narra-tivas deverão ser feitas em primeira pessoa, assumindo a voz de Arthur. Para tornar a atividade ainda mais

interessante, desafie as duplas a cria-rem um desenho que ilustre a histó-ria inventada. Assim como acontece no livro, a representação das cenas dessa história pode vir dentro de um balão colorido, simbolizando a fala do menino Arthur.

Ética (cartaz)Como cultivar uma amizade com a

Verdade? A partir das reflexões de-senvolvidas nas atividades anteriores, elabore com a turma um conjunto de cinco ideias ou conselhos que ajuda-riam Arthur a fortalecer a sua amizade com a Verdade. Por exemplo: admitir os próprios erros ou manter as pro-messas feitas à sua mãe. Após a esco-lha dos cinco conselhos, peça à turma que os transcreva para um cartaz – que pode ser colorido e até mesmo ilustrado. O cartaz deverá ser colado na parede da sala de aula, como uma espécie de código de ética ou manual da verdade. Afinal, o que vale para Ar-thur, vale para todos!

ORIENTAÇÕES

PARA LÍNGUA

PORTUGUESA

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responsabilidade de ser honesto na contagem do seu número de acertos!

Arte

Proponha a criação de um desenho sob o título “Eu e a minha verdade”. Se no livro a Verdade é representada por uma massa cinzenta, aqui os alunos te-rão a chance de criar uma nova versão dessa personagem tão emblemática! É hora de soltar a criatividade! Acom-panhando a verdade, nada melhor do que um autorretrato. Ao final do exer-cício, exponha os desenhos nas pare-des da sala de aula.

ATIVIDADES

INTERDISCIPLINARES

BRINQUE-BOOK Editora de Livros Ltda.Rua Mourato Coelho, 1215 – Vila Madalena – CEP: 05417-012

São Paulo – SP – Brasil – Tel./Fax: (11) 3032-6436www.brinquebook.com.br – [email protected]

Jogos e Brincadeiras

Que tal um exercício lúdico para exer-citar a honestidade? Cada aluno deverá elaborar uma afirmação, que pode ser falsa ou verdadeira, sobre si mesmo, como por exemplo: “eu não gosto de chocolate” ou “eu passei o último ano novo na China”. Uma vez compartilha-da a frase com a turma, os colegas fa-rão suas suposições sobre a veracidade da afirmação. O aluno que acertar o maior número de respostas é o vence-dor. Um detalhe fundamental, entre-tanto, merece especial atenção: cabe a cada aluno e exclusivamente a ele a

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