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A Vale em Parauapebas

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A Vale em Parauapebas

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Expediente

A Vale em Parauapebas

Publicado em julho de 2016

Diretoria de Relacionamento com Comunidade Norte

Diretoria de Operação Ferrosos Norte

Gerência de Comunicação Ferrosos Norte

Redação e diagramação: Temple Comunicação

Foto da capa: Werner Sá

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Foto

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A Vale em Parauapebas

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ApresentaçãoEstabelecer parcerias e somar esforços com vistas ao desenvolvimento integral e sustentável dos territórios onde atua é uma das premissas que norteiam a atuação da Vale. Para isso, a empresa acredita que é preciso se integrar às comunidades em que está inserida e atuar de maneira colaborativa com os diversos atores sociais da região. Nesse contexto, o diálogo contínuo e transparente funciona como um importante pilar que sustenta a relação entre a Vale e os gestores públicos, entidades de classes, comunidade acadêmica e lideranças comunitárias.

Em Parauapebas, essa tem sido uma das principais características da atuação da Vale desde o início de suas operações, há mais de trinta anos. Ao se perceber como parte de uma dinâmica social que se constrói na interação permanente com a sociedade, a empresa assume seu papel como mais um agente que atua ativamente em prol do desenvolvimento local.

A terceira edição do relatório A Vale em Parauapebas apresenta as ações e os investimentos realizados, tanto na cidade, quanto no campo, com dados mapeados até junho de 2016. São iniciativas voltadas ao fortalecimento e diversificação dos sistemas produtivos locais, otimização da infraestrutura urbana, qualificação profissional de moradores e fomento à geração de emprego e renda. Esse conjunto de ações tem como propósitos primordiais a melhoria da qualidade de vida da população e a construção de um legado positivo para as futuras gerações. Detalhes do que estamos realizando estão nesta publicação, que você pode conferir a seguir.

Boa leitura!

Foto: Marcelo Coelho

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Missão

Visão

Nossos ValoresTransformar recursos naturais em

prosperidade e desenvolvimento sustentável

Ser a empresa de recursos naturais global número um em criação de valor de longo prazo, com excelência, paixão pelas pessoas e pelo planeta

A vida em primeiro lugar

Valorizar quem faz a nossa empresa

Cuidar do nosso planeta

Agir de forma correta

Crescer e evoluir juntos

Fazer acontecer

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Foto: Salviano Machado

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Foto

: Ped

ro Ru

bens

Sumário

47 Fornecedores

48 Fortalecimento de fornecedores locais

51 Saúde, mobilidade e habitação

52 Investimentos para o bem-estar social

57 Educação

58 Desenvolvimento humano60 Uepa chegará a Parauapebas

63 Cidadania

64 Construindo, juntos, uma cidade consciente

71 Responsabilidade ambiental

73 Novas tecnologias e educação ambiental

11 A mineração

12 O minério faz parte das nossas vidas14 Importância

17 A cidade

18 Uma cidade jovem e miscigenada 20 Crescimento social22 Marcos da história

25 A Vale em Parauapebas

26 Unidades da Vale no município

31 Tributos

32 Tributos elevam receita municipal

35 Geração de emprego e renda

36 Estímulo a novos negócios em Parauapebas43 Agir Criativo

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Foto: Salviano Machado

A mineração1

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Foto: Pedro Rubens

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O minério faz parte das nossas vidasO minério está presente na nossa vida de muitas formas. No nosso dia a dia encontramos minério presente no material que usamos para construir nossas casas, nas tintas que colorem nossas roupas, nos computadores, celulares, eletrodomésticos, carros, móveis, redes de eletricidade, alimentos e em vários outros equipamentos ou materiais que usamos rotineiramente. Todos contêm minerais ou são produzidos a partir de minérios.

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Além disso, por trás da produção mineral, há uma indústria que tem forte importância para a economia do país. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, o setor extrativo mineral possui 214.070 empregos diretos (dados de julho de 2015). O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) calcula um efeito multiplicador de até 13 empregos indiretos para cada emprego direto, ou seja, são quase 2,7 milhões de trabalhadores envolvidos de alguma forma com a atividade de mineração.

O setor mineral também apoia o crescimento econômico e social das cidades. Os municípios mineradores têm maiores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), indicador utilizado para mensurar a qualidade de vida. Além disso, a previsão mais recente do Ibram é que o setor mineral brasileiro investirá US$ 53,6 bilhões no período entre 2014 e 2018.

A diversidade mineral do Brasil garante ao país uma posição de destaque no cenário mundial da mineração. Segundo dados do Ibram, a produção mineral atingiu US$ 40 bilhões em 2014 – cerca de 5% do PIB Industrial do país – e, no comércio exterior, a indústria extrativa mineral contribuiu com mais de US$ 34 bilhões em exportações.

O Pará é o segundo estado minerador mais importante do Brasil – o primeiro lugar cabe a Minas Gerais – e o setor mineral é o principal colaborador para a balança comercial paraense. Dados do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral) mostram que as indústrias de mineração e de transformação mineral, instaladas aqui, representaram 84,3% da exportação total do estado no ano de 2015. O município de Parauapebas esteve no topo do ranking da Balança Comercial Brasileira por Municípios, tendo o minério de ferro como principal item de exportação: 97,7% do total.

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Importância

O Pará é o segundo

estado minerador mais

importante do Brasil

A produção mineral tem grande relevância para a economia e para a geração de emprego e renda

indiretos são gerados para cada

1 emprego direto na mineração(1)

2,7 milhõesde trabalhadores brasileiros estão

envolvidos de alguma forma com

a atividade de mineração(2)

serão investidos pelo setor mineral

brasileiro entre 2014 e 2018(1)

US$ 53,6 bi

13 empregos

da exportação do

estado em 2015 se

refere à mineração(3)84,3%

Parauapebas

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Múltiplas aplicaçõesO minério de ferro é utilizado na produção de diversos itens do dia a dia. Veja alguns exemplos abaixo.

das exportações do município

foram de minério de ferro(4)

46,18%China

8,82%Japão

ParauapebasOcupou o 1º lugar na Balança Comercial

Brasileira por Municípios em 2015(4)

Principais mercados do minério de ferro de Parauapebas - 2015(4)

(1) Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram)(2) Ministério do Trabalho e Emprego(3) Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral)(4) Ministério do Desenvolvimento

97,7%

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Foto: Rafael Araújo

A cidade2

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Foto: Rafael Araújo

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Uma cidade jovem e miscigenada

A história de Parauapebas costuma ser narrada em múltiplos sotaques. Desde sua fundação, em 1988, brasileiros das mais diversas regiões passaram a chamar o município de lar. O resultado desse processo foi o surgimento de uma cidade culturalmente diversificada e que, aos 28 anos, continua a crescer a cada dia.

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Parauapebas abriga a maior reserva mineral do mundo: a Serra dos Carajás. A união entre o minério encontrado no subsolo e a presença de pessoas determinadas a transformar o local e suas vidas por meio do trabalho fez da pequena vila, erguida às proximidades do Rio Parauapebas, um dos principais municípios do Pará. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2015, já se somavam 189.921 habitantes, em seus quase 7 mil quilômetros quadrados, mais de 13 mil novos moradores em relação ao Censo de 2013, que registrou 176.582 residentes.

A extração do minério de ferro, com teor de até 68%, representa a principal fonte de recursos local e exerce um papel preponderante para a economia paraense. Em 2015, segundo o Ministério do Desenvolvimento, o município exportou US$ 4 bilhões, sendo que a mineração representou 99,97% desse montante. O Produto Interno Bruto (PIB) de Parauapebas chegou a R$ 20,2 bilhões no ano de 2013, segundo dados mais recentes disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atrás apenas da capital do Estado, e seu PIB per capta foi de R$ 114,7 mil – o terceiro maior do Estado.

Distante 719 Km de Belém, Parauapebas obteve autonomia administrativa depois de anos de tentativas favoráveis da população ao desmembramento político de Marabá. A vila, por meio de plebiscito, tornou-se emancipada a partir da Lei Estadual nº 5.443/88, de 10 de maio de 1988. O município faz divisa com Marabá ao norte, Curionópolis a leste, Canaã dos Carajás e Água Azul do Norte ao sul, e São Félix do Xingu a oeste.

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O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Parauapebas é superior ao de 74% dos municípios brasileiros e também fica acima do índice de 98% dos municípios do Pará. No caso do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), Parauapebas está à frente de 71% dos municípios do Brasil e de 99% dos municípios paraenses.

Crescimento social

Parauapebas

0,715 0,722IDHM IFDM

Média dos municípios do Brasil

0,659 0,651IDHM IFDM

Fontes: Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM/2013) Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM/PNUD 2010)

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Alto desenvolvimento (superiores a 0.8 pontos)

Desenvolvimento moderado (entre 0.6 a 0.8 pontos)

Desenvolvimento regular (entre 0.4 a 0.6 pontos)

Baixo desenvolvimento (inferiores a 0.4 pontos)

IFDM Educação Saúde Emprego e Renda

0.7220 0.6943 0.7913 0.6804

Índice FIRJAN 2015 (Ano base: 2013) - Parauapebas

O IFDM – Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal – é um estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro que acompanha anualmente o desenvolvimento socioeconômico de todos os mais de 5 mil municípios brasileiros. Ele é feito, exclusivamente, com base em estatísticas públicas oficiais, disponibilizadas pelos ministérios do Trabalho, Educação e Saúde.

O que é o Índice FIRJAN?

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Foto: Arquivo Vale

Foto: Chico Nelson

Foto: Arquivo Vale

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Inauguração do Projeto Ferro Carajás.Inauguração da Estrada de Ferro Carajás, que lidera o ranking das ferrovias mais eficientes do Brasil.Inauguração do Parque Zoobotânico Vale.

1967

1978

1981

1982

1985

1986

1988

1989

Marcos da história

O geólogo Breno dos Santos (foto) descobre a primeira jazida de minério de ferro da região de Carajás, uma das maiores províncias minerais do mundo.

Início das obras do Projeto Carajás.

Início da implantação do Projeto Ferro Carajás.Início da construção de Parauapebas, com 11 mil habitantes.

Início da construção da Estrada de Ferro Carajás.

Primeira venda do minério da região: 11,6 milhões de toneladas de minério de ferro.

Emancipação de Parauapebas.

Parauapebas realiza a primeira eleição para prefeito.

Fatos importantes que marcam a relação entre a Vale e o município de Parauapebas

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Foto: Pedro Cattony

Foto: Salviano Machado

/ A Vale em Parauapebas / 23 /

1998

1999

2003

2004

2010

2013

2015

2014

Criação da Floresta Nacional de Carajás.

Com a operação de Carajás, a Vale foi a primeira empresa brasileira de extração de minério de ferro a receber a certificação ISO 9001.

Início do projeto Salobo, a maior província mineral de cobre do Brasil.

Parauapebas registra 110 mil habitantes.

População salta para 154 mil habitantes.Início das obras da Usina 2, o Projeto Adicional 40.

Inauguração da Usina 2, que amplia em 40 milhões de toneladas a produção de ferro de Carajás.

30 anos de operação da Mina de Carajás.

Início das obras do Ramal Ferroviário S11D.

Instalação do Campus da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra).

Inauguração do Campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA).

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Foto: Arquivo Vale

A Vale em Parauapebas

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Unidades da Vale no município

As histórias da Vale no Pará e da cidade de Parauapebas são indissociáveis. No início, a localidade, então uma pequena vila administrativamente vinculada à Marabá, foi a porta de entrada da empresa no Estado. Em contrapartida, a chegada da mineradora foi diretamente responsável pelo crescimento do município e consequente emancipação política do território. Muito mais do que um novo ciclo econômico do Pará, o início das operações do Complexo Minerador de Carajás, maior operação da Vale no Brasil e no mundo, proporcionou um redesenho do mapa mineral no Brasil, até então fortemente concentrado em Minas Gerais. A consolidação da atividade mineral no sudeste do Estado, no início da década de 80, modificou não apenas a dinâmica social e econômica da região, mas readequou a própria atuação da empresa à realidade amazônica.

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Usina da Mina de Ferro de Carajás

Foto

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Mina de Ferro Carajás: minério de qualidade, eficiência produtiva e boas práticas ambientaisUm novo capítulo da história da mineração no Brasil teve início em 1967 com a descoberta, em áreas do atual município de Parauapebas, de grandes reservas de minério de ferro. Mais de dez anos depois, em 1979, a Vale iniciou a implantação do Projeto Ferro Carajás, que contemplava a construção de um complexo formado por Mina, Ferrovia e Porto. Em 1985, o primeiro embarque de minério no trem da Estrada de Ferro Carajás marcou o início das operações da Vale no Pará.

Hoje, saem das minas de Carajás aproximadamente 35% do minério de ferro produzido pela Vale, anualmente. Isso contribui para que a empresa seja reconhecida como uma das maiores mineradoras do mundo. Esse destaque se deve não apenas pela quantidade produzida em território paraense, mas também pela qualidade do minério que, em média, possui 66,7% de teor.

Em 2015, a produção de minério de ferro de Carajás bateu recorde de 127 milhões de toneladas, um aumento de 6% em relação ao ano anterior. Essas minas ocupam menos de 3% da Floresta Nacional de Carajás; os cerca de 97% restantes são protegidos em parceria com os institutos ICMBio e Ibama. O Complexo reutiliza mais de 70% de toda a água captada para o processo de beneficiamento do minério de ferro e, na Usina 2, todo o procedimento é feito sem uso de água, o que representa uma economia de 3 bilhões de litros desse recurso, ações que reafirmam o compromisso da empresa por uma atuação ambientalmente responsável.

Mina do Azul: destaque na produção de manganêsA Mina do Azul, em Parauapebas, é a responsável por 80% da produção de manganês da Vale, e se destaca pelo alto teor do minério. Em 2015 a produção atingiu 1,7 milhão de toneladas.

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Trem de Passageiros da EFC: há 30 anos aproximando as pessoasDesde 1986, paraenses e maranhenses contam com uma alternativa de transporte confortável e segura: o Trem de Passageiros da Estrada de Ferro de Carajás. Ao longo dos últimos 30 anos, o trem se consolidou como um dos principais meios utilizados para deslocamentos entre 27 municípios, quatro deles localizados no Pará e 23 no Maranhão. O número de passageiros transportados confirma isso. Cerca de 1.300 pessoas, maior parte residente em localidades situadas no trajeto da ferrovia, utilizam o trem diariamente para transitar por cidades e comunidades presentes nos 892 quilômetros que ligam Parauapebas a São Luís, capital do Maranhão.

Em 2015, como parte das comemorações de três décadas de operação da Vale nas regiões Norte e Nordeste, a população passou a contar com novos e modernos vagões. Um marco na história da empresa e um presente aos usuários do Trem de Passageiros da EFC. A nova frota é composta por 39 carros, sendo seis executivos, 21 econômicos e 12 de serviços, além de uma área destinada a cadeirantes. Os carros executivos têm capacidade para transportar 60 passageiros. Já os econômicos têm 79 lugares disponíveis. Além das mudanças na estrutura, foram realizadas melhorias no atendimento, a exemplo do serviço de compra online de passagens.

O papel social do Trem de Passageiros da EFC não se limita a aproximar pessoas. Durante as viagens, ele também funciona como espaço para a realização de campanhas educativas e ações sociais, promovidas pela Vale e Fundação Vale, em parceria com instituições públicas. No final de 2015, um dos vagões serviu de ponto de apoio para o atendimento de três mil pessoas em uma ação de saúde promovida pelo governo do estado. Durante dois dias foram realizados exames rápidos para HIV/Aids, Sífilis, Hepatite e Hanseníase, além de orientações e dicas de prevenção voltadas para a saúde do homem.

8.343 Pessoas trabalham diretamente em negócios da Vale no município de Parauapebas

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Foto: Gabriel Lordêllo

/ A Vale em Parauapebas / 29 /

S11D Logística: nos trilhos do desenvolvimentoPara que o S11D entre em operação em Canaã dos Carajás, além dos investimentos na mina e na usina, a Vale está construindo uma infraestrutura associada dedicada ao escoamento da produção, que contempla a construção de um ramal ferroviário ligando a usina de processamento do S11D à Estrada de Ferro Carajás (EFC). As obras abrangem 101 km, sendo 85 km da linha principal e 16 km da pera ferroviária. Além disso, está sendo feita a expansão de 48 trechos da própria EFC e do Terminal

Portuário de Ponta de Madeira, em São Luís (MA). Com um investimento total de US$ 7,85 bilhões, as obras estão em ritmo acelerado com 99% de terraplanagem e 36% da montagem da grade ferroviária concluídas em 2015.

O projeto de expansão da EFC também prevê investimentos em Parauapebas. A previsão é de que até 2018 a ferrovia esteja praticamente duplicada por meio da ligação dos pátios de cruzamento, com a construção de 570 km de ferrovia.

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Foto: Arquivo Vale

Tributos4

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/ A Vale em Parauapebas / 32 /

Tributos elevam receita municipal

As operações da Vale em Parauapebas têm reflexos positivos na arrecadação tributária das três esferas governamentais: União, Estado do Pará e, principalmente, Município. Nos últimos três anos, os recursos da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) repassados pela Vale à gestão municipal chegaram a R$ 844,4 milhões. Somados ao Imposto sobre Serviços (ISS), totalizaram R$ 1,1 bilhão, de 2013 a 2015. Apenas em 2015, foram recolhidos R$ 150,7 milhões de CFEM e R$ 73,9 milhões de ISS.

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Conforme a Constituição Federal, o CFEM é uma compensação aos municípios e estados pela utilização econômica dos recursos minerais de propriedade da União. Os recursos arrecadados via CFEM destinam-se 65% ao município de Parauapebas, 23% ao Pará e 12% para a União. Por lei, o valor deve ser administrado pelos governos e destinado a projetos em prol da comunidade local, na forma de melhoria da infraestrutura, da qualidade ambiental, da saúde e da educação.

Os números mostram ainda que a maior arrecadação de ICMS no Pará, em 2014, foi do município de Parauapebas, com valor de R$ 454,8 milhões. Nos últimos três anos, esse montante de repasses foi da ordem de R$ 1,2 bilhão. A receita oriunda do ICMS é influenciada pela presença das operações da Vale no município, já que a Constituição Federal (Artigo 158, inciso IV) estabelece que 25% do produto da arrecadação desse imposto pertencem aos municípios e que 75% devem ser repassados na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços realizadas em seus territórios.

2013 a 2015

R$ 844,4 milhões*CFEM

R$ 252,18 milhõesISS

R$ 696,2 milhões**ICMS

*Valor repassado ao município de Parauapebas, corresponde a 65% do total de R$ 1,29 bilhão arrecadado.

**Valor da arrecadação de ICMS do Estado do Pará com operações da Vale no estado.

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Foto: Salviano Machado

Geração de emprego e renda

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/ A Vale em Parauapebas / 36 /

A Vale acredita que o crescimento sustentável de um território só é possível a partir da diversificação de sua cadeia produtiva. Para que isso se concretize, é fundamental a criação de um ambiente propício ao surgimento de novos negócios, o fomento da agricultura familiar por meio de aporte financeiro e capacitação técnica de agricultores, formação de pequenos empreendedores, além de mão de obra qualificada ao mercado de trabalho. Parauapebas caminha nessa direção.

Estímulo a novos negócios em Parauapebas

Em parceria com o poder público local, sociedade civil organizada e instituições reconhecidas nacionalmente, a Vale realiza diversas iniciativas que buscam identificar e incrementar as potencialidades econômicas do município. Nesse processo, as comunidades são parceiras essenciais, pois ajudam a direcionar investimentos e exercem o papel de protagonistas das mudanças que almejam ou necessitam.

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Foto

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/ A Vale em Parauapebas / 37 /

Parcerias incrementam a produção agrícola e beneficiam 760 famílias em oito comunidades do município.

Diálogo, planejamento participativo e parcerias orientam investimentos sociais Os municípios da região sudeste do Pará têm matriz agrícola forte e elevado número de comunidades de agricultores familiares. Para promover o desenvolvimento agropecuário e aumentar a renda do produtor de Parauapebas, a Vale e as comunidades discutem, planejam e articulam parcerias para que possam identificar as aptidões e potencializar as atividades econômicas da região. Nessa construção participativa dos planos plurianuais de relacionamento e investimento social, as comunidades têm a oportunidade de expressar as necessidades locais e, consequentemente, se posicionar como agentes de transformação.

As mudanças provocadas pelos investimentos sociais já começam a ser percebidas nas comunidades Palmares Sul, Palmares II, Juazeiro, Onalício Barros, Santo Antônio, Vila Sanção, Paulo Fonteles e APA do Gelado. Entre as ações em andamento estão projetos de geração de renda que contemplam atividades de avicultura, piscicultura,

além da melhoria de pastagem para produção leiteira, capacitação e instalação de fábricas de costura, entre outros, visando ao fortalecimento de cadeias produtivas integradas à dinâmica do desenvolvimento municipal e regional. Hoje, são 760 famílias diretamente beneficiadas por essas parcerias nestas oito comunidades.

Além das associações comunitárias, são parceiros dos projetos a Prefeitura Municipal, Governo do Estado (via Emater), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra/MDA), Movimento Sem Terra (MST), Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Fundação Vale.

Cleonilson dos Santos, é um dos produtores rurais da Vila Onalício Barros

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Mudanças no sistema de criação aumenta produção de leite Com a mudança no sistema de produção, alcançado com a melhoria da pastagem nos lotes, irrigação e implementação do modelo de criação com rotação de pasto, mais de 50 famílias das comunidades Palmares II e Sul estão incrementando a renda com o aumento da produção de leite. A deficiência de água para irrigação foi superada com a construção de poços artesianos e a instalação de bombas, o que garante atividade durante os 12 meses do ano. “Na estiagem, a produção caía pela metade. E para quem já iniciou o projeto no seu lote ocorreu o contrário, dobrou a produção de leite. Também usamos o método rotacionado, em que as áreas são divididas entre produção de leite e pasto, com descanso para recuperação da vegetação”, conta Luis dos Santos Ferreira, representante da comunidade. A implantação de pasto rotacionado já permitiu ampliar a produção de leite de 2,7 litros/dia por animal para 6,8 litros/dia.

Na comunidade Onalício Barros, os produtores conseguiam retirar quatro litros/dia de leite de cada gado matriz até o início do projeto de geração de renda. Após um ano de implantação, com a limpeza do pasto, enriquecimento do solo e assistência técnica, 11 famílias locais já aumentaram a produtividade em 100%. “O solo da região é muito fraco, uma ‘terra cansada’ pelo uso em excesso ou inadequado. Com as mudanças promovidas pelos investimentos, confirmamos que estamos no caminho certo. O que queremos agora é trabalhar com o método rotacionado nos pastos. Escolheremos cinco famílias para participarem de um projeto piloto, que servirá de oficina de capacitação às demais famílias interessadas”, relata Vandeilson Carneiro (Parazinho), representante da comunidade.

Os projetos de geração de renda em Onalício Barros também fortaleceram o relacionamento entre a comunidade e a Vale, segundo Vandeilson. “Estamos transformando o diálogo com a empresa, passo a passo. Além disso, os projetos estão sendo essenciais para o aumento da renda e fixação das famílias nos seus lotes”, afirma. De acordo com o planejamento do representante da comunidade, a expectativa é a aquisição de um resfriador de leite para armazenamento da produção, de modo que os donos dos laticínios da região reduzam a quantidade de viagens até a Onalício Barros e, consequentemente, o custo de transporte. “Queremos chegar a novos mercados. Pensamos no futuro da agricultura familiar na região”, acrescenta.

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Apoio e capacitação técnica de pequenos produtores rurais impulsionam a produtividade leiteira nas comunidades Palmares Sul, Palmares II e Onalício Barros.

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Foto: Rafael Araújo

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Novo impulso para a cadeia da mandiocaEm Palmares II, outro projeto de desenvolvimento rural contribui para a verticalização da produção de mandioca, com ampliação do prédio da fábrica de farinha e aquisição de máquinas, como fornos, tanques, descascadores e geradores de energia. As melhorias resultaram no aumento da capacidade em 60% na produção de farinha, chegando a 300 sacos por mês. O objetivo é fazer com que a farinha oriunda desses pequenos produtores se torne um item nas prateleiras do mercado local, já que, hoje, o abastecimento ainda é feito com produto de outras origens.

Avicultura e piscicultura são apostas na JuazeiroMilho, feijão verde, quiabo, maxixe, jiló e cheiro verde. Essa era a produção principal das famílias da comunidade Juazeiro. A criação de galinhas ou peixes era realizada para consumo das famílias e vendas esporádicas quando possível. Novas oportunidades começam a surgir com o desenvolvimento de projetos de geração de renda em avicultura e piscicultura, apoiados pela Vale. A empresa proporcionará a construção de galinheiros e tanques mais apropriados para a realidade de produção da região, e vai disponibilizar formação, assistência técnica e insumos para alavancar a produção.

Já foi realizado levantamento das famílias interessadas em integrar os projetos e a próxima etapa é a avaliação dos lotes para definir qual das duas atividades econômicas será desenvolvida. “Foram identificadas 67 famílias, e entre 25 e 30 delas serão beneficiadas. Espero que sejamos bem sucedidos, que as famílias se dediquem a melhorar a sua renda. Estamos apostando na capacitação delas para que não deixem a peteca cair”, avalia Noeme Rodrigues, representante da comunidade.

Projeto de geração de emprego e renda desenvolve a produção de farinha de mandioca

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Lacticínio é fonte de trabalho e renda na APA do Gelado Em fevereiro de 2015, a Comunidade da APA do Igarapé Gelado comemorou a inauguração do Laticínio Estação, uma atividade de geração de trabalho e renda apoiada pela Fundação Vale. O empreendimento está instalado em uma área de 1.500m² na Estação Conhecimento da APA, com capacidade projetada para processamento de aproximadamente oito mil litros/dia, e é abastecido com o leite produzido por famílias da APA e de outras comunidades da região. A produção de leite pasteurizado, manteiga e queijo muçarela, que começou com a coleta em torno de dois mil litros/dia, já havia duplicado ao final do primeiro ano de atividades, atingindo um volume de cerca de 100 mil litros mensais. Os principais compradores dos produtos do Laticínio são supermercados de Parauapebas e Canaã dos Carajás.

Atualmente, o Laticínio gera emprego direto para 16 jovens, filhos de produtores da região, e renda para mais de 100 produtores e prestadores de serviço locais, integrantes da cadeia de valor do negócio. Por meio da parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), esses jovens foram capacitados e posteriormente selecionados para contratação, diminuindo o êxodo da zona rural em busca de trabalho na cidade. No futuro, a perspectiva é que o Laticínio seja administrado pela própria comunidade, reunida em uma associação a ser formada. A Prefeitura de Parauapebas também é parceira dessa iniciativa, fornecendo apoio de equipe técnica e custeando parte dos recursos humanos do empreendimento.

Produção de leite pasteurizado, manteiga e queijo muçarela registrou aumento significativo no primeiro ano de funcionamento do Laticínio.

As Estações Conhecimento (ECs) são núcleos promotores de vivências e práticas de educação, saúde, geração de trabalho e renda, cultura e esporte, que proporcionam oportunidades de atendimento e desenvolvimento social à população socioeconomicamente vulnerável das comunidades do seu entorno. Localizada em uma Área de Proteção Ambiental (APA) no município de Parauapebas, a Estação Conhecimento da APA do Igarapé Gelado foi inaugurada em 2010 e tem suas atividades voltadas, em sua maioria, à geração de trabalho e aumento de renda das famílias de produtores locais, com foco na bovinocultura leiteira.

Estação Conhecimento

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Foto: Arquivo Vale

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Programa disponibiliza mão de obra qualificada Atentos às oportunidades de emprego na região e à necessidade de se adequarem às exigências do mercado de trabalho, moradores de quatro comunidades de Parauapebas participaram de cursos de qualificação profissional oferecidos pela Vale.Em Cedere, foram realizados dois cursos: assistente de almoxarifado e operador de escavadeira hidráulica, com 57 inscritos. Em Palmares II, os moradores optaram pelo curso de auxiliar administrativo, que teve 28 participantes. E nas comunidades Paulo Fonteles e Vila Sanção, 31 comunitários participaram do curso de corte e costura básica, alinhado ao projeto de geração de trabalho e renda da Vale, que investiu na instalação de uma fábrica de costura.

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) é o parceiro da empresa na execução do programa. A infraestrutura e o material didático foram fornecidos pela Vale. Os cursos são de curta duração (até 160h) e os concluintes são automaticamente inseridos no banco de dados do Sistema Nacional de Emprego (Sine) de Parauapebas. O Programa de Preparação para o Mercado de Trabalho (PPMT), tem sido essencial para o desenvolvimento de profissionais para o mercado de trabalho da região.

Programa de Preparação para o Mercado de Trabalho (PPMT) ofertou cursos de capacitação profissional gratuitos, registrando participação de mais de 100 comunitários.

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Quatro empreendimentos estão sendo incentivados em Parauapebas pelo projeto Agir Criativo, uma ação integrada ao Programa AGIR, da Fundação Vale, executado em parceria com o Instituto Gênesis da PUC-Rio. Desenvolvidos por moradores do município, os empreendimentos inovadores Caldeirão da Cleide, Casa Lab, Casa Kriô e Mulheres de Barro começaram um período de incubação que durará 12 meses e a expectativa é que seus gestores se tornem aptos a identificar novas oportunidades de mercado, criar mecanismos de sustentabilidade dos negócios e interagir de forma produtiva onde atuam.

Agir Criativo já beneficiou 53 pessoas diretamente e outras 132 de maneira indireta. O apoio aos empreendimentos envolve várias etapas de um negócio, desde a elaboração e acompanhamento de planos de investimento de capital; capacitação em planejamento estratégico, financeiro e de comercialização; monitoramento de indicadores de desempenho; identidade visual; plano de marketing, elaboração de novos projetos, além de estimular o desenvolvimento de cidadãos mais empreendedores. No total, foram investidos R$ 148 mil no Agir Criativo em Parauapebas.

Além do Instituto Gênesis da PUC-Rio, o projeto conta ainda com a parceria da Comtato Agência Sociocriativa e do Centro Universitário de Parauapebas.

Agir CriativoProjeto atua no fomento da economia criativa e na formação de microempreendedores capazes de estabelecer estratégias que consolidem novos negócios

Caldeirão da CleideGastronomia e eventos

Casa LabDesign, audiovisual, eventos e coworking

Casa KriôEspaço de produção cultural e oficinas artísticas

Mulheres de BarroArtesanato regional

Economia criativa

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Foto: Ivan Oliveira

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Produção cultural é incentivada pelo programaUm dos empreendimentos incentivados pelo Agir Criativo, a Casa Lab fornece serviços de produção audiovisual, curadoria e organização de eventos culturais, além de oferecer cursos nas áreas de design e produção cultural. É o realizador do festival de cinema “Curta Carajás”. Por meio do Agir Criativo, a Casa Lab fortaleceu a sua estrutura interna do negócio (organização da operação, práticas e rotinas administrativas) e modelou o portfólio de produtos e serviços a serem comercializados. Com as orientações de gestão, o projeto também destinou recursos (Capital Semente) para aquisição de equipamentos e criação de salas de coworking e de multipropósito.

“Atuávamos como freelancers no município. Apenas na primeira capacitação, antes da seleção para incubação no projeto, consolidamos nossa atividade ainda dispersa em um negócio. Discutimos o conceito da Casa Lab, os serviços que ofereceríamos e como iríamos atuar neste mercado”, explica Ivan Oliveira, diretor de Criação. Ele afirma que o Agir Criativo foi fundamental para que saíssem do campo artístico para o econômico. “Apostar em economia criativa em Parauapebas é muito importante para diversificação da oferta de serviços numa cidade dependente da mineração. A maioria dos microempreendimentos é fechada após o primeiro ano de funcionamento, principalmente em anos de crises financeiras, como em 2015”, acrescenta.

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Foto: Thiago Tigo

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Mulheres desenvolvem cerâmica regionalNova tecnologia de forno a gás era o que a Cooperativa dos Artesãos da Região de Carajás “Mulheres de Barro” precisava para melhorar a resistência dos seus produtos. Isso foi possível com o recurso aportado pelo projeto Agir Criativo. Dos 37 cooperados, seis talentos criativos estão diretamente ligados à produção de duas linhas de peças de cerâmica, uma com referências arqueológicas da região e outra de utilitários, como vasos, pratos, souvenires e materiais de escritório.

Esse grupo de mulheres foi um dos principais resultados do estímulo ao desenvolvimento do artesanato local, durante as oficinas de qualificação do Programa de Educação Patrimonial, realizado entre 2005 e 2012, fruto de convênio entre o projeto Salobo, o Museu Paraense Emílio Goeldi e a Fundação de Amparo e

Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp). Desde então, elas caminham para sustentabilidade dos seus negócios, divulgando os grafismos dos artefatos recuperados nos sítios arqueológicos na área da Floresta Nacional Tapirapé-Aquiri.

Com o processo de incubação do Agir, elas também têm recebido auxílio para a criação de instrumentos de governança e de organização dos grupos produtivos que compõem a Cooperativa, em especial o grupo das ceramistas e sua relação com as demais atividades. “A expectativa é que no futuro a gente possa viver exclusivamente da renda obtida com a comercialização de nossa cerâmica. Hoje, vendemos os produtos, fazemos oficinas e colocamos eles em exposições. Queremos mais”, afirma Sandra dos Santos Silva, coordenadora da Cooperativa.

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Foto: Arquivo Vale

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Capacidade produtiva, qualidade, preço e busca contínua pela excelência. Esses são alguns dos critérios que definem o nível de competitividade de um negócio. Em Parauapebas, assim como nas demais regiões onde opera, a Vale desenvolve iniciativas destinadas ao desenvolvimento e fortalecimento do empresariado local. Muito mais do que reduzir tempo e custos que o transporte de bens adquiridos em outras praças envolve, estabelecer no próprio território uma cadeia de fornecedores aptos a atender às demandas da empresa é uma estratégia que resulta na geração de emprego, renda e tributos ao município.

ParceriasA cada ano, aumenta o volume de bens e serviços adquiridos pela Vale diretamente de fornecedoras instaladas no Pará. Em 2015, o montante de compras realizadas no Estado ultrapassou a marca de R$ 6 bilhões. Desse total, R$ 2,3 bilhões apenas em Parauapebas. Isso tem se tornado possível porque a empresa estabeleceu parcerias estratégicas com instituições renomadas para a realização de ações destinadas ao desenvolvimento de fornecedores do Pará, como o programa Redes - Inovação e Sustentabilidade Econômica, da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), do qual é mantenedora.

Outro parceiro importante é o Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae). Por meio do Programa de Encadeamento Produtivo, os empresários de Parauapebas estão sendo capacitados em diversas áreas de gestão e recebem consultorias individualizadas, durante os dois anos do ciclo do Programa (2015/2016). O objetivo é contribuir para que micro e pequenos empresários da cadeia produtiva da mineração se tornem mais competitivos e sustentáveis. No município, atualmente, 29 empresas participam deste Programa.

Fortalecimento de fornecedores locais

Qualificação e disponibilidade de linhas de crédito ampliam a participação de empresas de Parauapebas no volume de compras realizadas pela Vale.

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Foto: Divulgação

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Apoio para crescerCom a capacitação oferecida pelo Sebrae, José Messias Gomes fez mudanças significativas na sua empresa, a Radiadores Nacional. Ele abriu uma filial, ampliou o número de funcionários e informatizou em 100% da gestão financeira, por exemplo. “Agora, estamos participando do terceiro módulo do Programa e a consultoria é constante. Assumo que eu centralizava demais a administração da empresa em mim. Tive que delegar, definindo corretamente as funções de cada um. E com o novo sistema de contas, consegui perceber que minha empresa é mais estável hoje”, afirma.

Os seus ganhos têm sido enormes e lhe dão o otimismo necessário para ir mais longe, inclusive para fora do Pará. Messias pretende expandir a prestação de serviços à Vale e outras empresas na área de manutenção de radiadores, como em caminhões fora de estrada, pás mecânicas, esteiras e tratores, no Estado de Minas Gerais. O seu planejamento prevê uma filial em Belo Horizonte, em breve. “Tínhamos 12 funcionários diretos, hoje são 42. E o impacto positivo alcança, com certeza, cerca de 80 pessoas se contarmos com as famílias desses colaboradores. A tendência é ampliarmos a geração de empregos”, comentou.

Criada em 1995, a Radiadores Nacional foi registrada apenas em 2001. “Desde a nossa formalização, fomos incentivados pela própria Vale, para que pudéssemos atender aos requisitos de fornecedor da empresa”, lembra o maranhense da cidade de Caxias, que chegou a Parauapebas em 1982.

Lançado em 2008, o Inove é um Programa de Desenvolvimento de Fornecedores da Vale voltado para a qualificação de empreendedores, especialmente os pequenos e médios. A iniciativa conta com linhas de crédito com taxas mais vantajosas, facilidades na aquisição de produtos e serviços e cursos de capacitação para fornecedores, com o objetivo de torná-los mais competitivos e para a construção de um legado positivo no território.

Programa Inove

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Foto: Salviano Machado

Saúde, mobilidade e habitação

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Novas unidades habitacionais, expansão da malha viária e ações de promoção da saúde básica transformam, para melhor, a vida de quem mora na região.

Moradia digna para 500 famílias de ParauapebasA qualidade de vida de um lugar resulta de um conjunto de fatores. O acesso a moradias dignas é um deles. Parauapebas deu mais um importante passo nessa direção ao ser contemplada, pelo Ministério das Cidades, com a aprovação de projeto de 500 unidades habitacionais verticalizadas. A inclusão do município no programa Minha Casa Minha Vida foi intermediada pela Fundação Vale, em apoio ao planejamento de infraestrutura urbana da Prefeitura Municipal, considerando o processo de expansão da cidade.

O início das obras está previsto para o segundo semestre de 2016 e, quando concluídas, representarão um novo momento da vida das centenas de famílias. O projeto nasceu após amplo processo de discussão com os moradores interessados em aderir ao programa do governo federal. Na fase inicial, entre 2014 e 2015, os futuros beneficiados conheceram o projeto urbanístico e arquitetônico do Loteamento Vale do Sol – área formalmente doada pela Prefeitura. A execução das obras é de responsabilidade da Fundação Bento Rubião, parceira da Fundação Vale, com participação direta das famílias beneficiadas.

Investimentos para o bem-estar social

A construção de cada unidade habitacional terá o custo de R$ 60 mil, recurso que será captado pela entidade parceira, com complementação de R$ 20 mil da Fundação Vale, por meio do Selo de Qualidade Urbana. A complementação visa à estruturação de mais áreas verdes, equipamentos comunitários de lazer e garantir a qualidade dos materiais a serem usados na obra. Alguns diferenciais desse projeto são as alternativas sustentáveis para manutenção das áreas comuns, como energia solar, captação de água da chuva e implantação de coleta seletiva de lixo, além da capacitação das famílias para autogestão do condomínio de forma eficiente.

A partir da liberação do recurso pelo governo federal, o prazo de conclusão da obra é de 12 meses. Também está prevista a atualização cadastral das famílias interessadas, com renda bruta mensal de até R$ 1.800, conforme as novas regras do programa federal.

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Foto: Arquivo Vale

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O projeto de 500 unidades habitacionais em Parauapebas foi debatido amplamente pela comunidade.

Projeto Saúde ComunitáriaÉ no nível da atenção básica que a promoção da saúde se inicia, com orientações sobre prevenção de doenças, solução de pequenos casos e direcionamento dos mais graves aos serviços de média e alta complexidade. Para superar deficiências e fortalecer esse atendimento em Parauapebas, a Fundação Vale iniciou o Projeto Saúde Comunitária, na comunidade Casas Populares.

A iniciativa é realizada em duas frentes: capacitação técnica da equipe fixa e volante da Unidade de Básica de Saúde local e formação de jovens comunitários que atuarão como promotores da saúde e serão responsáveis

pelo mapeamento das vulnerabilidades dos moradores. O objetivo final é a conscientização sobre a função do equipamento público e o fortalecimento dos vínculos entre a Unidade Básica de Saúde e a comunidade.

Já foram realizadas oito oficinas de qualificação técnica das equipes e, em cada uma delas, participaram uma média de 60 pessoas. O Projeto é uma parceria entre a Fundação Vale, a empresa Silver Wheaton, o Centro de Promoção da Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde.

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Foto: Rafael Araújo

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A obra de duplicação da rodovia Faruk Salmen, principal via de acesso da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e das vilas Palmares Sul e Palmares II ao centro de Parauapebas foi concluída e entregue à população de Parauapebas. Com a rodovia totalmente sinalizada, o fluxo rodoviário foi facilitado na região. Pedestres, ciclistas e motoristas também passaram a ter mais segurança para trafegar nos trechos localizados entre o Trevo de Acesso à Vila Palmares e a PA-160. O valor investido pela Vale foi de R$ 23 milhões.

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Ramal Ferroviário: acessos garantem segurançaGarantir o direito de ir e vir da população, sem riscos à integridade física dos moradores, foi a principal diretriz que norteou a construção do Ramal Ferroviário S11D, que liga a usina de processamento do Projeto S11D, em Canaã dos Carajás, à Estrada de Ferro Carajás (EFC). Para atender ao contexto urbano existente em Parauapebas, mais travessias inferiores e superiores, assim como viadutos rodoviários e ferroviários, foram acrescentados à obra. No total, 21 acessos foram concluídos e entregues, sendo 16 em Parauapebas e cinco em Canaã dos Carajás. São eles: 12 passagens inferiores; cinco superiores, entre elas a VS 10 e duas em Nova Carajás; viadutos rodoviários na PA-160, no Km 12 e no Km 13; e um viaduto ferroviário na PA-275.

Obra proporciona mais segurança e agilidade para quem trafega pela via

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Foto: Rafael Araújo

Educação8

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Foto: Salviano Machado

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Direcionar investimentos à educação é essencial para que os avanços sociais de uma região tenham uma base consistente para as novas oportunidades no longo prazo. Em Parauapebas, a Vale estabeleceu parcerias com o poder público local e instituições de ensino que resultam no fortalecimento do sistema educacional do município. Mais do que proporcionar o acesso à formação de qualidade, os esforços empreendidos representam novas perspectivas profissionais para centenas de beneficiados.

Desenvolvimento humano

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Foto: Salviano Machado

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IFPA representa novos horizontes para jovens que buscam educação técnicaParauapebas ganhou um campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), que se tornou um polo de referência para o ensino técnico na região. Construído e equipado pela Vale, representou um investimento total de R$ 46 milhões. Com uma das melhores estruturas do Estado, moderna e funcional, o campus significa um novo horizonte para a formação dos jovens e para o ingresso no mercado de trabalho. O campus atende moradores de Parauapebas e mais quatro municípios (Canaã dos Carajás, Eldorado dos Carajás, Curionópolis e Água Azul do Norte).

No primeiro ano de funcionamento, em 2015, foram oferecidos os cursos técnicos em Mecânica e Eletroeletrônica, em três turmas. Na modalidade de educação à distância, foram ministrados cursos de Secretaria Escolar e Multimeios Didáticos. A previsão é de criação de novas turmas em Eletroeletrônica e Meio Ambiente, chegando a 400 alunos. De acordo com a reitoria do IFPA, novos cursos serão definidos a partir de consultas à comunidade, especialistas e avaliação dos arranjos produtivos locais. A proposta da instituição de ensino é que os cursos acompanhem o potencial econômico do município.

E, para aproximar os programas de estágio, educação continuada e cursos de curta duração às demandas do mercado regional, um grupo de professores de Mecânica e Eletromecânica do IFPA visitou a mina de ferro Carajás para conhecer as operações da Vale no município. O objetivo é ampliar a parceria visando à melhoria constante da qualidade do ensino aos alunos. A empresa mantém convênio de estágio com a instituição de ensino para estudantes dos dois cursos.

Estrutura do campus

10 salas de aula

08 laboratórios

300 equipamentos para aulas práticas

Estacionamento

Bicicletário

Bloco Administrativo

Área de vivência

Auditório

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As oportunidades de graduação em nível superior na região sudeste serão ampliadas com a construção de um campus da Universidade do Estado do Pará (Uepa) em Parauapebas. A instituição de ensino abrirá cursos que promovam o desenvolvimento de atividades econômicas alternativas à mineração, complementando as ofertas de vagas existentes no município, como os cursos técnicos do IFPA. O objetivo é formar capital humano para acesso ao mercado de trabalho e elevar a produção acadêmica local por meio de pesquisas científicas.

Nesta obra, serão investidos pela Vale cerca de R$ 20 milhões. A universidade vai auxiliar o município na elaboração do projeto executivo do campus e interligar o novo espaço à rede estadual de ensino. Caberá à Prefeitura de Parauapebas, entre outras atribuições, a aquisição de uma área mínima de 30 mil m², a coordenação e a execução das obras, além da compra de equipamentos e mobiliário para o futuro campus.

Uepa chegará a Parauapebas

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Educação diferenciada amplia oportunidades profissionaisA possibilidade de cursar o ensino médio e, ao mesmo tempo, realizar educação técnica trouxe novas oportunidades profissionais a jovens moradores de Parauapebas. Esse é o principal legado deixado pela Escola Modelo, um projeto desenvolvido a partir de 2011, e que terá beneficiado 320 estudantes no município até o final de 2017.

Um ex-aluno que colhe os frutos do ensino diferenciado é Jackson Alves Dias. Entre 2013 e 2015, ele cursou o ensino médio e formação profissional em Eletroeletrônica na Escola Modelo. Após a formatura em 2015, inscreveu-se na seleção para o programa Jovem Aprendiz da Vale, e foi aprovado, dando continuidade ao seu ciclo de desenvolvimento educacional e profissional.

Jackson iniciou suas atividades na empresa em 2016. “Quando estudei na Escola Modelo, busquei pesquisar ainda mais sobre a área e confirmei minha afinidade. Quero ajudar minha família, porque tenho dois irmãos, e continuar me preparando. Pretendo fazer o curso superior de Engenharia Elétrica”, afirma.

A Escola Modelo foi concebida para oferecer ensino técnico e médio, simultaneamente, a alunos oriundos da rede pública do município. O projeto também atendeu estudantes de Canaã dos Carajás e Ourilândia do Norte. As últimas turmas da Escola Modelo ingressaram em 2015 e terão a formatura em 2017.

101Aprendizes em 2015

78%Efetivados em 2015

Jovem Aprendiz em ParauapebasPara concorrer às vagas do Jovem Aprendiz, o candidato deve ter ensino médio completo e idade entre 18 e 22 anos. O processo seletivo envolve análise curricular, prova online, entrevistas, avaliação psicológica e exames médicos. O curso teórico é realizado no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

Senai qualifica profissionaisPara contribuir com a instrução profissional de moradores de Parauapebas, a Vale mantém convênio com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), instituição reconhecida pelas ações de qualificação de mão de obra, especialmente para o setor industrial. Desde 2005, o município passou a contar com um prédio exclusivo para a realização de cursos de capacitação de pessoal ministrados pela entidade. Mais de 60 mil certificados já foram emitidos aos alunos concluintes.

Sesi amplia horizonte educacionalParceria firmada entre a Vale e o Serviço Social da Indústria (Sesi) possibilita que empregados da empresa que não concluíram os ensinos fundamental e médio retornem à sala de aula. A iniciativa faz parte do programa de formação educacional e funciona como um estímulo ao crescimento profissional e pessoal dos participantes por meio da educação. A adesão ao programa é voluntária e as aulas acontecem fora do horário de trabalho.

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Foto: Adriano Cunha

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Diálogo permanente estreita a relação com a comunidadeUm veículo com equipes da Vale percorre a zona urbana e rural de Parauapebas tirando dúvidas sobre a atuação da empresa na região e realizando campanhas educativas. Essa foi uma das alternativas encontradas para fortalecer o relacionamento com os moradores do município e ampliar o diálogo sobre temas como saúde, meio ambiente, educação, trânsito e combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. O veículo, uma van adaptada, funciona como um ponto de informações e de interação empresa-sociedade e já atendeu cerca de 3.300 pessoas.

Para realização das campanhas, a Vale tem como parceiros as secretarias municipais de Meio Ambiente, Educação, Segurança Institucional de Defesa do Cidadão, Assistência Social, Ibama, ICMBio e Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra). E, por meio do programa Notícias no Rádio, veiculado em três rádios de grande alcance e audiência, a empresa reforça a divulgação das informações na região.

Garantir direitos básicos estabelecidos na Constituição brasileira é uma das orientações da atuação social da Vale em Parauapebas. São ações que estimulam o exercício pleno da cidadania, seja no trabalho, na escola ou em família. O objetivo é colaborar para a formação de cidadãos conscientes de seu papel social, inclusive como atores importantes no combate às violações de direitos individuais, especialmente os de crianças e adolescentes.

Construindo, juntos, uma cidade consciente

Disque Denúncia se consolida como importante canal de combate a crimesParauapebas e Marabá são os dois municípios do sudeste do Pará que abrigam centrais de atendimento do Disque Denúncia. Há cinco anos, o serviço foi trazido à região com o apoio da Vale. Desde então, já recebeu 97.748 ligações sobre diversos crimes, tornando-se uma ferramenta importante à população para solução de irregularidades. O serviço também disponibilizou um novo canal de atendimento, via aplicativo WhatsApp, aumentando em 50% o número de denúncias. Em um ano, são recebidas em média quatro mil ligações pelo Disque Denúncia de Parauapebas.

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O que é a RAPS?

A RAPS é uma parceria público-privada que tem como objetivo a garantia de Direitos de Crianças e Adolescente, por meio do enfrentamento da violência sexual. A parceria é composta pela Vale, Prefeitura de Parauapebas (Secretarias Municipais de Assistência Social, Mulher, Educação e Saúde), Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho Tutelar e Disque Denúncia.

Kit pedagógico orienta sobre direitos das crianças e adolescentes A Rede de Atendimento e Proteção Social (RAPS), parceria entre a Vale e a sociedade civil, promove várias oficinas com diretores, coordenadores pedagógicos, professores, alunos das escolas das comunidades rurais, além dos integrantes do sistema de garantia de direitos de Parauapebas. Por meio da metodologia do “Proteger é Preciso” (Programa de Enfretamento contra a Exploração Sexual Infantil da Fundação Vale), nas capacitações são abordados temas relacionados aos direitos sexuais, sexualidade na adolescência, igualdade de gênero, diversidade sexual, gravidez na adolescência, prevenção a DST/Aids, drogas e violência sexual, entre outros.

Em média, 400 pessoas participam das oficinas, a cada ano. Os debates são orientados para a caracterização dos tipos de violação e violência sexual cometidas contra crianças e adolescentes, buscando distinguir abuso sexual, exploração sexual e pedofilia. Os conteúdos constam no kit pedagógico do “Proteger é Preciso” distribuído nas capacitações, composto por uma cartilha e um DVD com oito vídeos. As informações estão alinhadas ao Estatuto da Criança e do Adolescente.

O kit pedagógico está alinhado com as diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente

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Baú Itinerante incentiva a leituraIncentivar a leitura entre crianças e adolescentes do sudeste do Pará é o objetivo do Baú Itinerante, uma ação da Vale que estimula a imaginação do público participante, possibilita a expansão do vocabulário e contribui para melhoria da escrita. Cerca de 500 livros integram o acervo e a expectativa é que, a partir do projeto, o hábito da leitura seja cultivado na sala de aula e na rotina das famílias. Em Parauapebas, o baú já foi levado às comunidades Cedere I, na escola municipal Paulo Vilhena, e Palmares Sul, na escola municipal Paulo Freire. A estimativa é que 3.500 alunos tenham sido atendidos nas duas campanhas. A educação ambiental foi um dos temas das leituras individuais e em contações de histórias em grupo, combinadas com atividades de pintura.

Inclusão social por meio do esporte A prática esportiva e a realização de atividades recreativas podem fazer a diferença no desenvolvimento de crianças e adolescentes de uma comunidade. Quando isso ocorre em um ambiente apropriado, os resultados ficam ainda mais evidentes. Com o apoio da Vale e da Fundação Vale, os moradores da comunidade de Palmares Sul passarão a contar com uma quadra de esportes totalmente reformada. O trabalho contempla a elaboração do projeto de arquibancadas e vestiário, além de acompanhamento e repasse de recursos para execução das obras, que devem ser finalizadas em 2016. Assim, os cerca de 10 mil moradores da comunidade contarão com um espaço coletivo para a realização de diversas ações, dentre elas os campeonatos promovidos localmente, que costumam envolver em média 30 equipes.

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Foto: Aline Lorraine

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Voluntários ensinam novo idiomaEm Parauapebas, 30 crianças na faixa etária entre 12 e 14 anos estão tendo a oportunidade de aprender outro idioma: o inglês. A proposta partiu dos Voluntários Vale de Carajás. As aulas do projeto Vale Aprender Inglês ocorrem aos domingos, no bairro dos Minérios, na Associação Girão de Artes Marciais. Quinze voluntários se revezam no curso, mantendo a regularidade das aulas. Para facilitar o aprendizado do idioma, foi adotada uma metodologia que utiliza filmes e músicas como ferramentas adicionais. Assim, é possível reter ainda mais a atenção dos alunos e evitar a evasão.

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Foto: Adriano Cunha

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Prática de xadrez melhora rendimento escolar O xadrez foi a ferramenta escolhida pelos Voluntários Vale de Carajás para estimular o aprendizado em sala de aula. Para tanto, criaram o projeto Xadrez na Escola. Nele, são ministradas aulas de xadrez regularmente aos sábados para 25 crianças e adolescentes assistidos pela Fundação Bom Samaritano. A prática de xadrez contribui diretamente para aumento da concentração, raciocínio lógico e disciplina de crianças e adolescentes. O projeto já obteve reconhecimento fora do Estado, como o 8º lugar no Prêmio Nacional Voluntários Vale, entre dez melhores desenvolvidos nas áreas onde a empresa atua. A expectativa é que a iniciativa se amplie com a criação do Clube de Xadrez da Cidade de Parauapebas.

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Foto: Arquivo Vale

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Preservação do patrimônio arqueológico Com o intuito de resgatar e preservar a história das regiões onde atua, a Vale identifica, mapeia e protege o patrimônio arqueológico e cultural das áreas pretendidas para atividade mineral. Esse trabalho é feito durante os estudos para licenciamento ambiental de seus empreendimentos e integra o Programa de Proteção e Salvamento do Patrimônio Arqueológico. Em Parauapebas, em 2015, a empresa solicitou autorização do Instituto Nacional de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para prospecção arqueológica, visando à recuperação de material em quatro sítios - Bitoca I, Sequeiro, Caldeirão I e Caldeirão II – para análise em laboratório na Fundação Casa da Cultura de Marabá, parceira do Programa.

O objetivo do Programa é incorporar à memória nacional um conhecimento efetivo sobre o processo de ocupação territorial pré-colonial na área do Complexo Minerador de Carajás, a partir do estudo dos remanescentes materiais deixados pelos antigos ocupantes da região. Os sítios Bitoca I e Sequeiro foram identificados em trabalhos de prospecção realizados pelo Museu Paraense Emilio Goeldi, entre 2002 e 2005, durante a implantação do projeto de cobre Salobo. Já os sítios Caldeirão I e Caldeirão II foram identificados na década de 80 em virtude da implantação do Projeto de Ferro Carajás.

Em 2014, também foram instaladas placas de sinalização dos sítios próximos à estrada de acesso ao Salobo por Parauapebas. No mesmo ano, o Museu Paraense Emílio Goeldi lançou o livro “Arqueologia na Floresta”, com o apoio da Vale. Na publicação, constam os registros encontrados no sítio Bitoca (comunidades Vila Sanção e Paulo Fonteles), instrumento importante para a educação patrimonial no município.

Recuperação e proteção de peças arqueológicasAções semelhantes do Programa de Proteção e Salvamento do Patrimônio Arqueológico foram realizadas após a emissão da Licença de Instalação (LI) do Ramal Ferroviário S11D, em Parauapebas, a partir de 2013. Na prospecção arqueológica, foram identificados 11 sítios. Mais de 55 mil peças foram resgatadas em nove sítios e dois foram preservados por alterações no traçado da ferrovia. Já foi iniciada a análise e curadoria de materiais encontrados em dois sítios, nos assentamentos rurais Palmares e Rio Verde. O material será encaminhado para guarda pela Fundação Casa da Cultura de Marabá, com a perspectiva de exposição para apresentação desta riqueza arqueológica à população da região.

O trabalho de educação patrimonial também envolve o treinamento dos líderes do empreendimento e ações nas frentes de obra, com o intuito de proteger os bens arqueológicos. Curso de formação em Arqueologia também foi ministrado para equipes do ICMBio, Centro de Educação Ambiental de Parauapebas (CEAP) e Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra).

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Foto: Arquivo Vale

Responsabilidade ambiental

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Floresta Nacional de CarajásDesde o início da operação da mina de Carajás, em 1985, a Vale ajuda a conservar mais de 400 mil hectares de floresta nativa na região de Parauapebas. Instituída em 1998, a Floresta Nacional de Carajás é administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e é considerada uma das regiões mais ricas do Brasil e do mundo quando o assunto é biodiversidade. As operações da Vale ocupam apenas 3% da área da floresta.

Novas tecnologias e educação ambiental

O compromisso da Vale com a proteção ambiental pauta todas as etapas de suas operações, seja por meio de adoção de tecnologias que minimizem a emissão de particulados na atmosfera ou que possibilitem a reutilização de água, seja por investimentos permanentes voltados à conservação da fauna e flora das regiões onde atua.

Raio-X da fauna

68Espécies de anfíbios

131Espécies de répteis

594Espécies de aves

131Espécies de mamíferos

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Parque Zoobotânico ValeContribuir para a conservação das espécies da flora e da fauna e para o aperfeiçoamento e desenvolvimento de técnicas de manejo e reprodução da vida silvestre, funcionando como instrumento de educação ambiental e constituindo um espaço de lazer para a comunidade. Esse é o objetivo do Parque Zoobotânico Vale, que ocupa 30 hectares de floresta amazônica em área de conservação federal preservada e fiscalizada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Inaugurado em março de 1985, é mantido e administrado pela empresa.

O Parque recebe em média 11 mil visitantes por mês, que têm a oportunidade de conhecer a diversidade da fauna e flora local. Recentemente, ganhou um novo atrativo ao público: o recinto de répteis da região amazônica. A área abriga 64 animais. São duas espécies de jacarés (jacaré-coroa e jacaretinga); duas espécies de jabutis (jabuti-piranga e jabuti-tinga), além da tartaruga-da-Amazônia e do tracajá. Para que o público possa visualizar melhor os novos habitantes, que costumam ficar parte do tempo submersos, os comedouros foram posicionados próximos à área de visitação.

A implantação do recinto faz parte de uma série de melhorias executadas nos últimos anos. O plantel do Parque é formado por 260 animais, entre aves, mamíferos e répteis, de 57 espécies amazônicas. As atividades de zoologia contemplam a conservação de espécies ameaçadas, raras ou que ocorrem apenas nas unidades de conservação de Carajás, assim como a manutenção do bem-estar dos animais e suporte às atividades de salvamento de fauna.

O Parque atua na educação ambiental para formação de consciência ecológica das comunidades. Nas visitas monitoradas, os participantes recebem diversas informações sobre preservação da fauna e flora local e responsabilidade com o meio ambiente.

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Orquidário 300 orquídeas

Herbário 4.200 amostras aproximadamente

Insetário 500 amostras

Coleção de frutos 258 amostras

Coleção de sementes 61 amostras

Coleção de madeiras 18 amostras

Raio-X da Botânica

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Viveiro Florestal de Carajás dobrará a sua capacidade de produção de mudasA ampliação do Viveiro Florestal de Carajás vai permitir a produção de 200 mil mudas, 100% a mais que no ano de 2015, aumentando a capacidade de atendimento das demandas de restauração de ecossistemas nas Áreas de Preservação Permanente e Recuperação de Áreas Mineradas das Minas de Ferro de Carajás, Manganês do Azul e Serra Leste. No espaço são cultivadas mais de 100 espécies florestais, entre frutíferas, gramíneas, pioneiras, e de médio e grande porte. O excedente dessa produção é usado em ações socioambientais junto às comunidades em que a Vale atua. Nelas, foram doadas mais de 4.400 mudas à população no ano de 2015.

Criado em 2010, o Viveiro Florestal está localizado em Carajás. Desde o início de suas atividades, a água da chuva é captada da cobertura da área de germinação e é aproveitada na irrigação das mudas florestais.

Projeto impulsiona a cultura do açaí na APA do GeladoA Vale concluiu em 2015 o projeto de plantio de açaí na APA do Igarapé Gelado. Desenvolvida em parceria com a Agência de Desenvolvimento Humano e Econômico da APA do Gelado, a ação capacitou 15 agricultores locais, que finalizaram o plantio de 70 hectares de açaizeiros.

Estímulo ao consumo consciente de águaA Vale aposta na capacitação de multiplicadores de boas práticas ambientais para expandir a conscientização da população sobre a importância do uso racional da água, não apenas para o meio ambiente, como também para as comunidades. Por meio da parceria com o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Parauapebas (SAAEP), a empresa promoveu o Workshop de Consumo Consciente, com a participação de 100 multiplicadores. Nesse processo de capacitação também são envolvidos os quatro mil trabalhadores das frentes de serviço do Ramal Ferroviário S11D, com o objetivo de evitar o desperdício de recursos hídricos na obra. O treinamento ocorreu no canteiro de obras.

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Foto: Led Produções

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Programa de Educação AmbientalPromover a conscientização de crianças e jovens sobre questões ambientais e formar continuamente professores da rede pública de ensino de Parauapebas para abordagem de temas relacionados ao meio ambiente em sala de aula. Com este objetivo, quatro projetos são desenvolvidos a partir da parceria da Vale com o Centro de Educação Ambiental de Parauapebas (Ceap). As turmas do ensino fundamental são o foco principal dos projetos e as aulas de campo incluem a visita de roteiros localizados na Floresta Nacional de Carajás, como a Trilha Lagoa da Mata e o Parque Zoobotânico Vale.

Na zona rural de Parauapebas, por meio de contrato com empresa especializada, e em parceria com o setor de educação do campo, são realizadas assessoria pedagógica aos professores e técnicos das escolas; oficinas sobre educação ambiental para docentes e alunos, além de apoio aos eventos com temática ambiental nas unidades de ensino. Em 2015, a Vale realizou atividades nas escolas Paulo Freire, da comunidade Palmares Sul; Crescendo na Prática, da comunidade Palmares II; Jorge Amado, da APA do Igarapé Gelado; Antônio Vilhena, da comunidade Cedere I; e 18 de Outubro, do Projeto de Assentamento Carlos Fonseca.

Além das ações nas escolas, são promovidas oficinas e palestras para grupos sociais de Parauapebas sobre temáticas como atropelamento de fauna silvestre, cuidados com a floresta, prevenção e combate a incêndio florestal, reflorestamento, cultura indígena, consumo consciente, reaproveitamento de resíduos e brinquedos ecológicos, entre outras.

Cooperativa de extrativistas fornece sementes ao ViveiroConvênio assinado entre a Cooperativa de Extrativistas de Carajás e o Viveiro Florestal de Carajás permitiu a compra direta de sementes e consequente geração de renda para aproximadamente 40 famílias locais de baixo poder aquisitivo. Os beneficiados já possuem a cultura do extrativismo da folha do jaborandi, porém é uma atividade sazonal que ocorre somente em três meses do ano. Por meio do convênio, as famílias se mantêm ocupadas nos demais meses, na coleta de sementes de espécies nativas.

A coleta de sementes é necessária para a produção de mudas no Viveiro Florestal, destinadas aos programas de Recuperação de Áreas Degradadas e de Recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APP), assim como a revegetação de taludes com sementes nativas. Essa parceria também é muito importante ao aumento da diversidade de espécies e à conservação daquelas ameaçadas de extinção. Os cooperados são os únicos autorizados pelo ICMBio a explorar recursos naturais na Floresta Nacional de Carajás.

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Raimundo de Abreu, um dos 40 trabalhadores que atuam na colheita da folha de jaborandi na Flona Carajás

Foto: Led Produções

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Projeto Jaborandi completa três anos de pesquisa no ParáUma pesquisa desenvolvida pela Universidade Rural da Amazônia (UFRA), em parceria com a Vale e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), está permitindo a melhoria da conservação e do manejo do jaborandi, espécie ameaçada de extinção e que é muito utilizada na indústria farmacêutica como base para medicamentos contra o glaucoma.

A pesquisa é desenvolvida na Floresta Nacional de Carajás, com a identificação das épocas e formas de reprodução das sementes dessa espécie, além das áreas de ocorrência natural. Já foi mapeado que em torno de 1% da Flona, ou seja, em 4.852,78 hectares de área, há ocorrência natural do jaborandi. A partir dessas informações, a proposta é elaborar um plano de melhoria da gestão da Floresta, visando apoiar o extrativismo de forma sustentável.

Atualmente, 40 trabalhadores que fazem parte da Cooperativa de Extrativistas da Flona Carajás atuam na colheita e no fornecimento da folha de jaborandi para a indústria farmacêutica. Raimundo de Abreu é um deles. Ele atua há mais de 15 anos na atividade e afirma que a parceria firmada entre a Vale e a cooperativa foi fundamental para a adoção de práticas sustentáveis de manejo. “Antes, a gente arrancava a planta pela raiz ou raspava as folhas. Recebemos treinamentos e passamos a usar tesoura para podar as plantas. Isso mantém o pé de jaborandi vivo e a preservação da espécie. Nossa fonte de renda está garantida por tempo indeterminado”, explica.

Após três anos de levantamento de dados, foram elaborados 11 trabalhos acadêmicos, que apontam avanços na pesquisa com o jaborandi na Floresta Nacional de Carajás. O objetivo é elaborar um programa de conservação que atenda às necessidades de uso da área, aliadas à sustentabilidade.

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Foto: Arquivo Vale

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Parque Zoobotânico Vale comemora nascimento do gavião-realDepois de um longo período de convivência, o casal de gavião real (Harpia harpyja), que vive no Parque Zoobotânico Vale, deu cria ao seu primeiro filhote, em julho de 2015. A equipe técnica envolvida e a sociedade de Parauapebas festejaram o nascimento, especialmente porque a reprodução da espécie é rara em se tratando de animais que ficam em áreas de exposição.

O gavião real é a maior águia encontrada no Brasil, podendo ter envergadura superior a dois metros. Para dar condições a esta reprodução, foi feito investimento em estrutura moderna para adequação de um recinto especial para as aves, que considerasse o tamanho e hábitos da espécie. A área tem 300m² e 10 metros de altura.

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