a trip across the capital region

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Turista Profissional Estratégias certeiras para se achar em Veneza Está chegando a hora Fantasias e utilidades na sua mala de carnaval Pág. 7 http://www.estadão.com.br Pág. 6 Ícone. Domo do Capitólio, ainda sem interferências: feito de ferro fundido, ficará coberto por andaimes pelos próximos dois anos para obras de restauração Estados Unidos Recorte histórico Da Guerra de Secessão a Obama, dos museus aos brechós. A região de Washington oferece um mergulho nas memórias americanas – e vai além DIVULGAÇÃO DANIEL TRIELLI/ESTADÃO D1 TERÇA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2014 Nº 2479 O ESTADO DE S. PAULO

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Page 1: A trip across the capital region

Turista ProfissionalEstratégias certeiras para se achar em Veneza

Está chegando a horaFantasias e utilidades na sua mala de carnavalPág. 7

http://www.estadão.com.br

Pág. 6

Ícone. Domo do Capitólio, ainda sem interferências:feito de ferro fundido, ficará coberto por andaimespelos próximos dois anos para obras de restauração

Estados Unidos

Recorte históricoDa Guerra de Secessão a Obama, dos museus aos brechós. A região deWashington oferece um mergulho nas memórias americanas – e vai além

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DANIEL TRIELLI/ESTADÃO

%HermesFileInfo:D-1:20140218:D1 TERÇA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2014 Nº 2479 O ESTADO DE S. PAULO

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Daniel Trielli/ WASHINGTON

Cruzar os 3,5 quilôme-tros de comprimentodo National Mall, nocentro de Washing-

ton, é muito melhor quando seestá montado em Rosie. Com avantagem da altura, dá para verum horizonte mais distante nopasseio pelas vias de cascalhono jardim entre o Capitólio e oMemorial de Lincoln. O panora-ma mostra todo o corredor demuseus na esplanada da capitalamericana. E também, por cau-sa de Rosie, não é preciso se es-forçar para se deslocar com rapi-dez. Ela não exige que a esporepara acelerar ou que puxe ré-deas para reduzir a velocidade.É só me inclinar para frente epara trás e ela entende o que euquero – e responde de acordo.

Rosie não é uma égua; é umSegway – aqueles transportesindividuais usados por segu-ranças de shopping – do Bikeand Roll (bikeandroll.com),empresa de passeios turísticose aluguel de bicicleta. Ali, cadadiciclo tem o nome do animalde estimação de um presidenteamericano (Rosie, em particu-lar, era uma cadelinha de Ulys-ses S. Grant). A volta pelo eixode monumentos e prédios his-tóricos mais famosos da capi-tal americana dura 2h30 e cus-ta US$ 59.

Se você tiver sorte, a guia vai

ser a entusiasmada JessicaLilly, de 26 anos, que define oMonumento de Washington co-mo “um grande jogo de Jenga” –além da sustentação do eleva-dor por dentro do obelisco, to-da a estrutura é formada pelos36 mil blocos de mármore.

Ela usa expressões como “coo-lest, most awesome dome ever”(mais legal e radical domo detodo o sempre) para definir acoroa do Capitólio. E, ok, ele ésuper cool. Com 88 metros dealtura e 29 de diâmetro, a estru-tura de 150 anos parece ser depedra como o resto do prédio,mas é feita de ferro fundido.

O passeio continua em umarota de cerca de 10 quilômetrosde extensão e passa pela frentede lugares essenciais: CasaBranca, complexo do Smithso-nian, Memorial da SegundaGuerra e toda a Avenida Pennsy-lvania, onde está o Newseum e asede do FBI – um prédio que odiretor vitalício J. Edgar Hoo-ver (1895-1972) achou horrível,mas ainda assim tem seu nome.

Mensagens etéreas. Washing-ton não é a primeira cidade aoferecer passeios turísticos deSegway, mas o tour é uma ótimamaneira de ter um bom panora-ma e decidir aonde ir depoiscom mais calma. Mas há um lu-gar essencial – tanto que é o úni-co ponto em que o grupo desem-barca de seus diciclos: o Memo-

rial de Lincoln, na ponta mais aoeste do National Mall.

O presidente de mármore de5,8 metros de altura (sentado;de pé ele ficaria com 8,5 me-tros) descansa em uma cadeirano meio do salão, no topo daescadaria que começa na pisci-na que reflete a imagem do Mo-numento de Washington.

Nas paredes laterais, os seusdiscursos mais famosos: o deGettysburg, em que ele defendeum governo “do povo, pelo po-vo e para o povo”, e o de suasegunda posse, no qual ele com-partilhava a esperança para umrápido fim da Guerra Civil(1861-1865) e da escravidão.

O espírito de contemplação éafetado pela quantidade de tu-ristas que também se aglome-ram para ver uma gravura mar-cando o local onde Martin Lu-ther King fez seu discurso “Eutenho um sonho”, em 1963.

Descanso. Em uma cidadecom trânsito caótico e um me-trô não muito confiável comoWashington, o ideal é andarmesmo, nem que seja como um“pedestre comum”, sem Seg-way. As avenidas planejadas nofim do século 18, com inspira-ção parisiense ainda notável,são agradáveis e arborizadas.

Mas, mesmo assim, é melhorficar hospedado no centro his-tórico – mais seguro e pertodos lugares de maior interesse

turístico.Tanta andança, contudo, exi-

ge um merecido descanso parao corpo. Os hotéis na capitalamericana já estão acostuma-dos a receber políticos e funcio-nários públicos estressados etêm espaço de sobra para turis-tas que caminharam demais.

No Mandarin Oriental (man-darinoriental.com), a duas qua-dras do National Mall, o spa se-gue a decoração asiática predo-minante no prédio. Já o spa doFour Seasons (fourseasons.com) tem um tratamento demassagem de 80 minutos idealpara quem usou demais as per-nas: o “Retiro da AvenidaPennsylvania” começa com es-foliação nos pés e termina commassagem nas costas.

O Four Seasons, aliás, fica emGeorgetown, um bairro entre oRio Potomac, o Riacho Rock e auniversidade que tem o mesmonome da região. Lojas de grife,restaurantes, docerias espe-ciais e antiquários dividem osprédios baixos de tijolos. E, nomeio de um quarteirão na Aveni-da M, a Velha Casa de Pedra,construção inalterada mais anti-ga da cidade (de 1765), lembraque, em Washington, a históriaestá em todos os cantos.

No centrodo poder

O National Mall é como uma passarela que reúne os pontos-chave deWashington. De Segway, o passeio fica mais fácil – e bem mais divertido

VIAGEM A CONVITE DA CAPITAL

REGION USA E DA UNITED AIRLINES

Estados Unidos

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D8 Viagem TERÇA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2014 O ESTADO DE S. PAULO

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Hambúrguer de cordeiroe outras calorias diletas

WASHINGTON

Como capital internacionalque é, Washington tem de sa-ciar os gostos de milhares defuncionários de embaixadas detodo o mundo. Há desde restau-rantes franceses caros a espe-cializados em comida etíope,passando por lanchonetes ame-ricaníssimas.

O Del Frisco’s Grille (delfris-cosgrille.com), na AvenidaPennsylvania, a três quartei-rões da Casa Branca, é um pou-co a mistura de tudo. Tem piz-zas, saladas, sanduíches e ossteaks que não podem faltar,mas eles também aproveitam aproximidade de Washingtonda Baía de Chesapeake, em An-napolis (leia na pág. 12) famosapor seus caranguejos, para ofe-recer frutos do mar. Mas o es-sencial é pedir de entrada umegg roll de carne apimentada emostarda (US$ 11).

O Gordon Biersch (gordon-

biersch.com), que fica na mes-ma quadra do Teatro Ford, on-de Abraham Lincoln foi assassi-nado em 1865, tem um cardápiovariado até demais e sua pró-pria cervejaria. Do salão dá paraver os tanques de onde saemseis tipos da bebida, entre elas aamarronzada e delicada Mar-zen, parceria perfeita com umhambúrguer malpassado de Ko-be com cheddar envelhecido(US$ 13,95).

Outro sanduíche bom (emais caro) está no BourbonSteak (bourbonsteakdc.com),dentro do Four Seasons, com amarca do chef celebridade Mi-chael Mina. O local, que já rece-beu o casal Obama, é famoso pe-las carnes e pelos hambúrgue-res, como o de cordeiro (US$19). Também merece destaqueo trio de batatas fritas feitas noóleo de pato, servidas em trêsmini porções, cada uma comum tempero e um molho parti-cular (US$ 7).

À francesa. Para uma refeiçãomenos americana, há o Ici Ur-ban Bistro (iciurbanbistro.com), dentro do Sofitel na Pra-ça Lafayette. Parece quase uminsulto comer em um lugar tãofrancês a 400 metros da CasaBranca, mas o desconforto pas-sa logo, assim que as entradas eo Chardonnay chegam. Agora éuma boa hora para interrompera maratona de steaks da viagem– e o pipette rigate com gouda,cogumelos e avelãs (US$ 23)mais do que cumpre o prometi-do. No fim, do jeito mais fran-cês possível, uma seleção dequeijos encerra o jantar.

Mas, se o turista brasileiro fi-car com muita saudade da comi-da de casa, há uma Fogo deChão (fogodechao.com) logoali, na Avenida Pennsylvania.Como sempre, o restaurante seorgulha do “gaucho way” de pre-parar carne e o esquema é derodízio (US$ 34,50 o almoço eUS$ 51,50 o jantar). /D.T.

Artefatos usados por espiõeslembram momentosimportantes e desconheci-dos da busca por informa-ções desde a independênciaamericana até a Guerra Fria.Na Rua F NW, 800. Ingresso:US$ 20,95. Informações:spymuseum.org.

Os originais da Declaração de Independência, a Cons-tituição e a Carta de Direitos (as primeiras dez emen-das à Constituição americana) são exibidas em umarotunda imponente. Na Av. Constitution NW, entre asRuas 7 e 9. Grátis. Site: archives.gov.

Uma instituição que, na verdade, são 19 museus e um zoológi-co. Desses, só dois estão fora da região metropolitana deWashington (em Nova York) e a maioria fica no corredor doNational Mall, entre eles os três mais famosos e interessan-tes: o de História Americana, História Natural e o Aeroespa-cial. E o melhor: é tudo de graça. Mais no site: si.edu.

O tema aqui são notícias histó-ricas e a evolução do jornalis-mo. O museu também temum pedaço do muro de Berlime uma torre de observação daantiga fronteira entre asAlemanhas Oriental e Ociden-tal. Fica na Avenida Pennsylva-nia, 555. Ingressos (válidospara dois dias): US$ 21,95.Mais: newseum.org.

Visitar a Casa Branca é muito difícil: tours têm de sersolicitados com antecedência de no mínimo 21 dias, pormeio da embaixada brasileira. Para o Capitólio, é possívelfazer o agendamento pela internet: visitthecapitol.gov

National Archives Building

Phillips CollectionSmithsonian

O domo do Capitólio vai passar os próximos dois anos en-coberto por andaimes, para restauração. O mesmo serviço foifeito no Monumento de Washington, em decorrência de umterremoto, em 2011, que provocou rachaduras nas pedras

InternationalSpy Museum

Newseum

Por meio de objetos pessoais, depoimentos e vídeos, o mu-seu relembra as vítimas do nazismo. Fica na Raoul Wallen-berg Place SW, 100. Entrada gratuita. Site: ushmm.org.

Museus detodos os tipos

Memorial do Holocausto dos Estados Unidos

DANIEL TRIELLI/ESTADÃO

FOTOS DIVULGAÇÃO

Primeiro acervo de arte moderna do país. Funcionadesde 1921 em uma antiga mansão transformadaem local de exibição de obras de arte intimista econfortável. Vale a pena ficar de olho no calendáriode exposições itinerantes. Na Rua 21 NW, 1.600.Ingresso: US$ 12. Mais: phillipscollection.org.

Paradas.Memorialde ThomasJefferson,no NationalMall; à dir., oconfortávelGordonBiersch

‘Rolezinho’.Lincoln,imponenteem seumemorial;tour deSegway; e oanimadoGeorgetown

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O ESTADO DE S. PAULO TERÇA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2014 Viagem D9

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● Perto das montanhas Blue Rid-ge, onde há 150 anos o generalStonewall Jackson enganou astropas da União, o norte da Virgí-nia hoje é uma região calma e to-mada por vinícolas. O Estado tema quinta maior produção de vi-nhos do país – e muitos lugarespara ver a produção de perto.

Aninhada entre morros do con-dado de Loudon, a Vinícola Chry-salis (chrysaliswine.com) não énada pretensiosa. Gazebos e chur-rasqueiras dão ao local ares dechácara. São 287 mil metros qua-drados de videiras, de onde saem19 tipos de vinhos – a especialida-de são as uvas Norton. Para deci-

dir qual garrafa levar, deguste:US$ 5, sete vinhos.

Loudon é tão perto de Washing-ton que está na região metropoli-tana, embora o cenário rural nãodê nenhuma evidência disso. OAeroporto Dulles, ponto de chega-da de voos internacionais à capi-tal americana, está a 20 minutosda cidade de Leesburg.

Com pouco mais de 40 mil habi-tantes, Leesburg é o centro admi-nistrativo de Loudon. Entre os pré-dios históricos está a sede de umbanco de 1888, hoje um restauran-te. O Lightfoot manteve o entalheda fachada do Peoples NationalBank, itens de decoração e gran-des portas de cofres – uma delasprotege o estoque de vinhos. Esco-lha um rótulo local para acompa-nhar pratos sulistas como os to-mates verdes fritos com queijoapimentado (US$ 10). /D.T.

Passadosombriojamaisesquecido

Núcleo da resistência pela escravidão durante a Guerra Civil, Richmondmostra lado progressista e moderno sem deixar de rediscutir sua trajetóriaEstados Unidos

Terra de vinhose de tomatesverdes fritos

RICHMOND

Para compreender melhor umdos capítulos cruciais da histó-ria americana é preciso deixarWashington e percorrer cercade 170 quilômetros rumo ao co-ração da Virgínia. O legado daGuerra Civil americana (1861-1865) – a Guerra de Secessão –continua vivo em Richmond, acapital do Estado, que tambémconfronta sua história escrava-gista. Há muitas estátuas em ho-menagem aos “heróis confede-rados”, mas um museu monta-do em uma antiga indústria béli-ca convida todos a dialogar so-bre o significado do conflito.

Há um século e meio, a cidadede Richmond representava a lu-ta pelo passado. Entre 1861 e1865 a capital da Virgínia tam-bém foi a capital dos EstadosConfederados da América,o nome formal dos 13 Es-tados americanos su-listas que se rebela-ram para lutar, en-tre outras coisas,pelo direito demanter negros co-mo escravos nasplantações.

Hoje, Richmond éuma cidade progressista,cultural e que está sempre re-pensando sua história. Numaprova a olhos vistos disso, está-tuas de generais confederadosdividem o espaço urbano commuseus, lojas moderninhas erestaurantes sofisticados.

Esses contrapontos apare-cem também na própria malhaurbana. O moderno prédio doMuseu de Belas Artes de Virgí-nia, por exemplo, ocupa umaárea que, no fim do século 19, foium complexo residencial paraveteranos confederados. O cen-tro econômico da cidade, comhotéis, bares e restaurantes, fi-ca ao lado de um bairro onde atéo começo do século 18 eram rea-lizados leilões de escravos.

Pontos de vista. No entanto, aconversa sobre o passado escra-vocrata de Richmond não aca-bou. Aliás, está bem vivo em um

dos lugares mais fascinantes dacidade. O American Civil WarCenter (www.tredegar.org)não guarda só artefatos da Guer-ra Civil, mas também unifor-mes, armas e cartas. Tem mos-tras interativas em que os visi-tantes podem deixar suas im-pressões e os seus significadospróprios do que é morar ou visi-tar um Estado que, há muitotempo, lutou tão bravamentepor um passado tão sombrio.

O museu conta a história detrês pontos de vista distintos:do norte unionista, do sul confe-derado e dos escravos. E tudoisso volta à vida em um conjun-to de prédios históricos que, du-rante a guerra, era a siderúrgicaTredegar, que fabricou mais dametade de todos os canhõesusados pelas forças rebeldes.

Andar nos gramados ao redordo Tredegar é uma expe-

riência tão pacíficaque é difícil imagi-

nar o incêndioque dizimou aregião ao redorda velha side-r ú r g i c a e m

1865, quando asforças nortistas

chegaram à cidadee os sulistas queima-

ram tudo. A paisagem émarcada pelo Rio James, limpoe usado pelos moradores paracanoagem, rafting e pescaria.

O rio é pontilhado por ilhascom parques, trilhas para bici-cleta e palcos para shows. É ali,em sua margem, perto do Trede-gar, que se realiza o maior even-to cultural da cidade, o Rich-mond Folk Festival – embora oslocais avisem que a definição de“folk” seja bem liberal, com mui-tos representantes de música in-ternacional. A próxima ediçãoserá em outubro e a festa tementrada gratuita.

Outro Capitólio. O epicentrodos contrapontos de Richmondé o Capitólio, prédio que abrigaa assembleia e o senado esta-dual da Virgínia. Ele foi projeta-do por Thomas Jefferson(1743-1826), terceiro presiden-

te dos Estados Unidos, autor daDeclaração de Independênciado país. Construído em 1788,foi o primeiro prédio públicoem estilo clássico da América.As colunas romanas que reme-tem ao Iluminismo francês doséculo 18 eram um contraste irô-nico, durante a Guerra Civil,com o governo escravocrataque se reunia ali dentro.

Mais ironicamente, o prédiofoi usado, 150 anos depois, co-mo local de gravação de cenasdo filme Lincoln (2012). No lon-ga, o Capitólio da Virgínia fez asvezes do de Washington emuma cena em que os deputadosfederais discutiram e aprova-ram o fim da escravidão.

Uma das salas do Capitólio, oOld Hall, está apinhada de está-tuas, sendo a mais imponente ado general Robert E. Lee

(1807-1870; no detalhe) – repre-senta o momento em que eleaceitou, naquele exato ponto, ocargo de comandante supremodas forças confederadas.

Por toda Richmond, a propó-sito, há estátuas de Lee. Isso por-que ele é uma figura pouco con-troversa, apesar de ter sido lí-der militar dos rebeldes.

Lee tinha se declarado contrá-rio à escravidão e, também porisso, sempre foi consideradoum homem honrado e prestati-vo, apto a acabar com a fissuraentre norte e sul após a guerra.

“Um santo secular”, como de-fine Sean Kane, do Civil WarCenter. Não por acaso, é deletambém a estátua mais impres-sionante da Monument Ave-nue, uma arborizada e larga viapontuada por imagens de perso-nagens famosos. / DANIEL TRIELLI

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D10 Viagem TERÇA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2014 O ESTADO DE S. PAULO

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Em reduto hipster, você garimpade artigos vintage a cupcakes

Vale visitar o Museu de Belas Artes da Virgínia (vmfa.state.va.us), com entrada gratuita e 33 mil obras de arteem sua coleção permanente. O destaque são os ovos deFabergé – que só voltarão a ser exibidos ali em 2015

As fortes nevascas que vêm atingindo os Estados Unidoscausaram transtornos na região de Washington semanapassada. Estradas ficaram bloqueadas, voos atrasaram emuseus fecharam. Se tiver viagem marcada, fique atento

● Aéreo: SP – Washing-ton – SP: R$ 2.667 na Uni-ted (united.com), R$ 2.744na American (aa.com.br),R$ 3.238,56 na TAM (tam.com.br) e US$ 988 (cercade R$ 2.380) na Delta (pt.delta.com). Com conexão

● Trem: de Washington aNova York são cerca de3 horas. Mais: amtrak.com

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Richmond

AnnapolisWashington

OCEANO ATLÂNTICO

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ESTADOS UNIDOS

MARYLAND

VIRGÍNIA

CAROLINA DO NORTE

DANIEL TRIELLI/ESTADÃO

RICHMOND

Com antiquários, brechós, lo-jas de artesanato, tricô, estú-dios de tatuagem e cartoman-tes, Carytown, no centro de Ri-chmond, é um paraíso para hips-ters ou para quem busca com-pras diferentes.

O eixo do bairro é Cary

Street, uma via tranquila demão única que corta a cidade dosubúrbio ao centro. Ali, muitascasinhas de madeira e tijolo fo-ram reconquistadas pelo co-mércio independente e trazemcafés descolados, restaurantesdiferentes e, é claro, as indefec-tíveis casas de cupcakes.

De vez em quando, aparece

uma loja de bicicleta, um lugarque vende videogames dosanos 1990 e um bocado de sa-lões de tatuagem. Também hálugares extremamente especia-lizados como The Yarn Lounge,um estúdio de tricô com o slo-gan “It’s hip to knit” (“É bacanatricotar”), ao lado da World ofMirth, loja de brinquedos vinta-

ge e educativos.O destaque, no entanto, são

os brechós. O Second Debut sedestaca por ter roupas femini-nas de marcas famosas, por pre-ços bem menores. Já a Bygonesse especializa em criar roupasde época dos anos 1900 à décadade 1970. Isso inclui ternos, cha-péus, vestidos, uniformes deguerra e muitos acessórios. Oator Daniel Day-Lewis fez com-pras lá com a família enquantofilmava Lincoln (2012) na cida-de, e o elenco do longa tambémfrequentava o Can Can Brasse-rie, um café com temas france-

ses a dois quarteirões dali.

Outlets. Se Carytown pareceralternativo demais, há sempreos outlets. Na região de Rich-mond há o Williamsburg e, maisperto de Washington e da regiãodos vinhos, no norte da Virgínia,fica o Leesburg (ambos com in-formações no premiumoutlets.com). O modelo é o de sempre:marcas como Adidas, BananaRepublic, Calvin Klein, Diesel,DKNY, Gap e Ralph Lauren ofe-recem preços tentadores já paraos americanos, que dirá para osbrasileiros. / D.T.

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O ESTADO DE S. PAULO TERÇA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2014 Viagem D11

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Aqui o patriotismovai de vento em popaANNAPOLIS

Annapolis é uma cidade voltadapara o mar. Mesmo sem praias, avida da capital deMaryland orbi-ta ao redor da Baía de Chesapea-ke, para onde partem seus bar-cos à vela em competições e deonde vêm os siris que são a baseda culinária local. Mesmo forado verão, com as embarcações járecolhidas nas marinas, a cidademantém o clima de confraterni-zação eterna. Moradores e turis-tas se cumprimentam nas ruasdo centro histórico como se co-nhecessem há tempos.

O lugar mais Annapolis de An-napolis é a Main Street, que de-semboca nas marinas da Baía deChesapeake e tem restaurantes,cafés e lojas dos dois lados. Umcantinho subutilizado pelo co-mércio foi ocupado por artistas.Tudo ficaaberto atétarde –algu-mas lojas fecham às 22 horas,mesmo fora da temporada.

O símbolo maiorda culturale-vemente excêntrica da cidade éo café Chick and Ruth’s. De lon-ge, trata-se de um diner tradicio-nal, com menu de café da manhãamericano,milk-shakeshoméri-cos e sanduíches. Mas a fila deespera diária e a recomendaçãodos moradores justifica uma in-

vestigação mais apurada. Ocliente é recebido pelo própriodono,TedLevitt.Eletambémsu-pervisiona a cozinha, passa demesa em mesa fazendo truquesdemágica e pegao microfonepa-ra disparar uma artilharia de pia-das. Ah, toda manhã funcioná-rios e clientes se levantam e fa-zem um juramento à bandeira.

A mistura de excentricidade epatriotismotambémestánariva-lidade entre as duas principaisuniversidades locais. A Acade-mia Naval forma marinheiros efuzileiros com cursos voltadosprincipalmente para as áreas detecnologia e exatas. Já o foco doSt. John’s College são as ciênciashumanas.A desigualdade é colo-cada em teste em um evento es-portivo anual de croquet. Desde1983, em abril, os estudantes daacademia aparecem com seusuniformes brancos para a parti-da, enquanto os rivais usam defantasias de viking a roupa dopersonagem de Onde está Wally?.

No balanço. Considerada capi-tal nacional da vela, no verão écomumver velejadorespassean-do pela entrada do porto, em umcorredor chamado Ego Alley(Caminho do Ego), exibindosuasembarcações. Sequisersen-

tir o gostinho de perto, há pas-seios de caiaque e barco.

Dá para optar também por as-sistir tudo de um café à beira-mar.Aliás, aproveite para provaro siri-azul, protagonista da cozi-nhalocal,usadoemcremes, boli-nhosou mesmoservido comcas-ca, para ser comido inteiro. Maso melhor – e mais famoso – pre-paro são oscrab cakes, amontoa-dos de carne de siri-azul tempe-rada e gratinada, servidos combatatas e salada.

Dá para provar em qualquerportinha, mas alguns restauran-tes são especiais. O Carrol’sCreek Waterfront fica dentro deumamarina emEastporte ofere-ce uma ótima vista para a baía.Outra boa opção no bairro é oBoatyard Bar and Grill, que rece-beu Michelle Obama em 2010 (aprimeira-dama garantiu que oscrab cakes dali eram os melho-res que ela já comeu).

Deixe a sobremesa para a An-napolis Ice Cream Factory, naMain Streeet. Os gelados são fei-tos ali mesmo, no dia em que sãoservidos. A tradição é oferecercanetinhas para o cliente pintaras colheres de plástico, que sãoexibidas em painéis na parededa loja. Sim, já tem uma bandeirabrasileira lá. / DANIEL TRIELLI

Baía deChesapeake.O ‘point’ deAnnapolis

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D12 Viagem TERÇA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2014 O ESTADO DE S. PAULO