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A TECNOLOGIA ASSISTIVA, E O USO DOS JOGOS COMO ESTRATEGIAS PARA O ENSINO APRENDIZAGEM DE ALUNOS DF Resumo O presente trabalho é fruto de uma pesquisa de campo, que tem como objetivo Oportunizar o acesso ao ensino de qualidade aos alunos portadores de deficiência física neuromotara; e Conscientizar demais professores sobre as possibilidades do fazer pedagógico com alunos portadores de deficiência física através do uso de Tecnologias Assistivas. regular; a utilização da Tecnologias Assistivas como recurso educacional em apoio ao processo de aprendizagem no ensino dos alunos DF. Partimos da conceituação da TA, sob a ótica de autores como Bersch e Machado (2006), Silva (2005) KENSKI (1998) e em seguida, passamos a explicar o que é e como funciona a TA, Resgatamos algumas obras brasileiras relacionadas ao com da TA, e à educação, assim com o uso de jogos. Buscamos a compreensão das práticas pedagógicas na educação contemporânea. Verificamos, a partir das leituras sobre sociedade do conhecimento, mudanças tecnológicas e reflexos na educação, tecnologia educacional, práticas educativas, resistência à mudança, ensino aprendizagem com outros elementos que contribuem para esse processo. Palavras Chave: Ensino Aprendizagem. Estratégias. Tecnologia Assistiva. Abstract This work is the result of field research, which aims to provide the opportunity for access to quality education to students with disabilities neuromotara; and other teachers raise awareness about the possibilities of pedagogical practice with students with physical disabilities through the use of Assistive Technologies. regular; the use of Assistive

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Page 1: A tecnologia assistiva como estrategias para o ensino aprendizagem de alunos df

A TECNOLOGIA ASSISTIVA, E O USO DOS JOGOS COMO ESTRATEGIAS PARA O ENSINO APRENDIZAGEM DE ALUNOS DF

Resumo

O presente trabalho é fruto de uma pesquisa de campo, que tem como objetivo Oportunizar o acesso ao ensino de qualidade aos alunos portadores de deficiência física neuromotara; e Conscientizar demais professores sobre as possibilidades do fazer pedagógico com alunos portadores de deficiência física através do uso de Tecnologias Assistivas. regular; a utilização da Tecnologias Assistivas como recurso educacional em apoio ao processo de aprendizagem no ensino dos alunos DF. Partimos da conceituação da TA, sob a ótica de autores como Bersch e Machado (2006), Silva (2005) KENSKI (1998) e em seguida, passamos a explicar o que é e como funciona a TA, Resgatamos algumas obras brasileiras relacionadas ao com da TA, e à educação, assim com o uso de jogos. Buscamos a compreensão das práticas pedagógicas na educação contemporânea. Verificamos, a partir das leituras sobre sociedade do conhecimento, mudanças tecnológicas e reflexos na educação, tecnologia educacional, práticas educativas, resistência à mudança, ensino aprendizagem com outros elementos que contribuem para esse processo.

Palavras Chave: Ensino Aprendizagem. Estratégias. Tecnologia Assistiva.

Abstract

This work is the result of field research, which aims to provide the opportunity for access to quality education to students with disabilities neuromotara; and other teachers raise awareness about the possibilities of pedagogical practice with students with physical disabilities through the use of Assistive Technologies. regular; the use of Assistive Technologies as an educational resource to support the learning process in teaching DF students. We start from the concept of TA, from the perspective of authors such as Bersch and Machado (2006), Silva (2005) Kenski (1998) and then we'll explain what it is and how the TA, rescued some Brazilian works related with MT, and education, as well with the use of games. We seek the understanding of teaching practices in contemporary education. We find, from the readings on the knowledge society, technological changes and impacts on education, educational technology, educational practices, resistance to change, teaching and learning with other elements that contribute to this process.

Keywords: Learning Education. Strategies. Assistive technology.

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Introdução

No estabelecimento de ensino onde atuamos, localizado no Município de Foz do

Iguaçu, PR, verificamos uma grande demanda em busca de atendimentos

especializados direcionados para educandos portadores de deficiência física, surdez,

deficiência mental, transtornos de comportamento e outros. De acordo com a

realidade apresentada pela instituição, observamos a necessidade de adequação em

diversos aspectos, principalmente os inerentes a recursos que oportunizem ao

aumento de capacidades funcionais, promovendo autonomia, independência e

inclusão. Neste sentido, Bersch e Machado (2006), consideram: A educação inclusiva

traz consigo o desafio de não só acolhermos os alunos com deficiência, mas de

garantirmos condições de acesso e de aprendizagem em todos os espaços, os

programas e as atividades no cotidiano escolar. Por isso, o atendimento educacional

especializado aparece como garantia da inclusão e, a tecnologia assistiva como

ferramenta, que favorece este aluno a ser atuante e sujeito do seu processo de

desenvolvimento e aquisição de conhecimentos. (Bersch e Machado, 2006 – Módulo

3 – Tecnologia Assistiva). Diante deste desafio da inclusão, consideramos que as

tecnologias Assistiva possam facilitar e auxiliar o trabalho pedagógico deste espaço

escolar; com o objetivo de minimizar as diferenças que venham a prejudicar as

relações educacionais e também sociais. As intervenções propostas neste enfoque

viabilizariam o desenvolvimento do processo de aprendizagem de modo mais

eficiente. Mediante o contexto educacional atual, voltado para a inclusão, faz-se

necessário criar e implantar projetos direcionados a este público. Uma vez que a

demanda cresce consideravelmente, espera-se um atendimento de qualidade que

permita o alcance dos objetivos esperados. No entanto, direcionaremos nosso

trabalho ao atendimento realizado pela Instituição aos alunos com algum tipo de

deficiência física e de comunicação, tendo ou não comprometimento mental.

A IMPORTÂNCIA DAS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS PARA OS EDUCANDOS COM

DEFICIÊNCIA FÍSICA

A deficiência física apresentada pelos indivíduos pode ser de origem congênita ou

adquirida, com tipos e graus diferenciados. Tornando-se, portanto, indispensável a

investigação e o conhecimento da história de vida do sujeito, a fim de avaliá-lo e

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adequar os recursos necessários para potencializar o seu desenvolvimento. É

importante destacar que por vezes a deficiência física também se apresenta

associada a outras patologias. Dentre as quais, temos privações sensoriais,

deficiências mentais, autismo e outros, os quais podem levar a comprometimentos

em aspectos relacionados à linguagem, prejudicando a comunicação. Mediante ao

plano de atendimento que se realiza nesta Unidade Escolar, são considerados como

recursos imprescindíveis as Tecnologias Assistivas. De acordo com Bersch e

Schirmer (2005), o conceito de Tecnologia Assistiva seria: A Tecnologia Assistiva é

composta por recursos e serviços, sendo estes últimos destinados a avaliar,

prescrever e orientar a utilização da tecnologia assistiva, visando maior

independência funcional da pessoa com deficiência na atividade de seu interesse.

(Bersch e Schirmer, 2005, p. 88) Assim, os recursos e serviços abordados pelas

Tecnologias Assistivas acompanham o desenvolvimento dos processos de

aprendizagem, permeando a prática pedagógica. Deste modo, é preciso que o

professor tenha claro a necessidade de seu aluno e assim possa definir estratégias

de ensino, bem como os materiais necessários que facilitarão o progresso global do

aluno. De acordo com a limitação física apresentada é necessário utilizar recursos

didáticos e equipamentos especiais para a sua educação buscando viabilizar a

participação do aluno nas situações prática vivenciadas no cotidiano escolar, para

que o mesmo, com autonomia, possa otimizar suas potencialidades e transformar o

ambiente em busca de uma melhor qualidade de vida." (MEC, 2006, p. 29).

PLANO DE AÇÃO PEDAGÓGICA

OBJETIVO GERAL

Oportunizar o acesso ao ensino de qualidade aos alunos portadores de deficiência

física neuromotara;

Conscientizar demais professores sobre as possibilidades do fazer pedagógico com

alunos portadores de deficiência física através do uso de Tecnologias Assistivas.

regular;

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

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Utilizar recursos e serviços pertinentes às Tecnologias Assistivas;

Criar e produzir materiais que possibilitem a prática pedagógica;

Realizar intervenções adequadas às necessidades dos alunos incluídos;

Colaborar com o desenvolvimento da prática pedagógica na turma

Implementar grupos de estudos direcionados à comunidade escolar para trocas de

experiências e aquisição de novos conhecimentos.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Os autores Damasceno e Filho, citam ainda: ...busca-se, portanto, a utilização de Tecnologias Assistivas com a finalidade de possibilitar a interação, no computador, aos alunos com diferentes graus de comprometimento motor, sensorial e/ou de comunicação e linguagem, em processos de ensino e aprendizagem. Ou seja, se utiliza o computador por meio de Tecnologias Assistivas (pág.27).

De acordo com os objetivos pretendidos, este Plano de Ação Pedagógica tem como

base teórica documentos de referência sobre o tema proposto. Do mesmo modo, são

considerados autores que realizam estudos consistentes no que diz respeito à

escolarização de alunos portadores de deficiência física, incluindo o tema de

Tecnologias Assistivas. Para a implementação deste Plano de Ação Pedagógica, é

necessário destacar que este trabalho está pautado, primeiramente, em valores

condizentes à equalização de oportunidades, assim como ao resgate da dignidade.

Estes aspectos previstos na Constituição Federal (1988), precisam estar presentes

na prática da comunidade escolar.

Garante ainda expressamente o direito à igualdade (art. 5°), e trata, nos artigos 205 e seguintes, do direito de TODOS à educação. Esse direito deve visar o “pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (art. 205). (FÁVERO, PANTOJA e MANTOAN, 2004, p.06).

Fávero, Pantoja e Mantoan (2004) recordam este aspecto: A nossa Constituição

Federal elegeu como fundamentos da República a cidadania e a dignidade da pessoa

humana (art. 1°, inc. II e III), e como um dos seus objetivos fundamentais a promoção

do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer

outras formas de discriminação (art. 3°, inc. IV). (FÁVERO, PANTOJA e MANTOAN,

2004,p.06). As diferentes formas de discriminação invadem o espaço escolar de

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formas incrivelmente sutis. O que parece normal pode esconder atitudes de cunho

preconceituoso, que acaba por impedir a chamada promoção para o bem de todos.

Com relação aos educandos portadores de deficiência física, por vezes são

ignoradas adaptações simples, mas que são essenciais a sua acessibilidade. Os

ambientes físicos, mobiliários, recursos pedagógicos, dentre outros, devem se fazer

presentes para facilitar, não para impedir e favorecer a discriminação. Estas formas

de discriminação podem ocorrer por ignorância, por costumes, negligência e ou

tantos outros fatores. O que não se pode ocultar é que no espaço escolar ainda é

possível encontrar situações que discriminam, deixando de promover a riqueza

existente na diversidade.

...busca-se, portanto, a utilização de Tecnologias Assistivas com a finalidade de possibilitar a interação, no computador, aos alunos com diferentes graus de comprometimento motor, sensorial e/ou de comunicação e linguagem, em processos de ensino e aprendizagem. Ou seja, se utiliza o computador por meio de Tecnologias Assistivas (pág.27).

A Constituição também destaca o direito à igualdade, ressaltando este aspecto na

acessibilidade à educação. Fávero, Pantoja e Mantoan (2004) apontam este aspecto,

considerando: Garante ainda expressamente o direito à igualdade (art. 5°), e trata,

nos artigos 205 e seguintes, do direito de TODOS à educação. Esse direito deve

visar o “pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania

e sua qualificação para o trabalho” (art. 205). (FÁVERO, PANTOJA e MANTOAN,

2004, p.06).

A Tecnologia Assistiva é composta por recursos e serviços, sendo estes últimos destinados a avaliar, prescrever e orientar a utilização da tecnologia assistiva, visando maior independência funcional da pessoa com deficiência na atividade de seu interesse. (Bersch e Schirmer, 2005, p. 88)

Assim, além de ser um direito de todos, o acesso à educação proporcionaria o

desenvolvimento para o exercício da cidadania. Neste sentido, independente de

como sejam os sujeitos, todos têm o direito à educação. As diferenças não seriam

colocadas como barreiras, assim como as deficiências seriam consideradas para que

estratégias fossem adotadas e as oportunidades fossem apresentadas sem

impedimentos. Os debates em torno da inclusão suscitam diversas questões. Dentre

elas estariam as condições adequadas para que os indivíduos incluídos não sejam

apenas inseridos num contexto. No âmbito educacional, uma efetiva inclusão

depende de aspectos que a estruturem. A inclusão precisa começar pela

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conscientização das pessoas. Para tanto, este projeto propõe momentos de estudo

para reflexões e trocas de experiência para que, assim como em sala de aula, como

também na hora da merenda, na ida ao banheiro e etc, os alunos incluídos possam

ser vistos como indivíduos repletos de potencial, merecendo um ambiente em que

possam desenvolver suas aprendizagens.

A educação inclusiva traz consigo o desafio de não só acolhermos os alunos com deficiência, mas de garantirmos condições de acesso e de aprendizagem em todos os espaços, os programas e as atividades no cotidiano escolar. Por isso, o atendimento educacional especializado aparece como garantia da inclusão e, a tecnologia assistiva como ferramenta, que favorece este aluno a ser atuante e sujeito do seu processo de desenvolvimento e aquisição de conhecimentos. (Bersch e Machado, 2006 – Módulo 3 – Tecnologia Assistiva).

Este Plano de Ação Pedagógica está sendo implantado no sentido de que haja

coerência na prática pedagógica realizada, atendendo de forma eficaz às

necessidades dos educandos portadores de deficiência física. Para tanto, é

necessário que se estabeleçam condições mínimas para que estes educandos

tenham acesso ao direito à educação. Oportunizar a estes alunos, possibilidades de

autonomia, comunicação e desenvolvimento nas áreas cognitivas, motoras,

emocionais: tudo isso precisa ser concretizado através de estratégias que assegurem

conforto, segurança e confiabilidade. O plano de ação pedagógica que estamos

implementando visa a estas adequações necessárias, com o objetivo de proporcionar

a estes educandos uma prática pedagógica que os beneficie principalmente em sua

autonomia. Assim, os alunos portadores de deficiência física podem contar com

recursos que facilitarão em tarefas do cotidiano, recursos que podem ser utilizados

tanto no ambiente escolar quanto no familiar. As Tecnologias Assistivas representam

alternativas que facilitam a resolução de problemas funcionais vivenciados por

pessoas com deficiência. No contexto em que o plano de ação pedagógica está

sendo implementado, estas tecnologias estão sendo confeccionadas também de

modo artesanal, atendendo às necessidades apresentadas pelos educandos com

deficiência física e de comunicação. Seria oportuno ressaltar que a área das

Tecnologias Assistivas também está voltada para o atendimento de diversas

deficiências, sejam elas visuais, auditivas, entre tantas outras. Com relação aos

educandos portadores de deficiência física, as Tecnologias Assistivas podem

funcionar como recursos que se traduzem em material escolar adaptado, informática

acessível, adaptação arquitetônica, mobiliários que possibilitem melhor mobilidade

Page 7: A tecnologia assistiva como estrategias para o ensino aprendizagem de alunos df

(proporcionando também conforto e adequação da postura), dentre tantos outros. Os

autores Damasceno e Filho, citam ainda: ...busca-se, portanto, a utilização de

Tecnologias Assistivas com a finalidade de possibilitar a interação, no computador,

aos alunos com diferentes graus de comprometimento motor, sensorial e/ou de

comunicação e linguagem, em processos de ensino e aprendizagem. Ou seja, se

utiliza o computador por meio de Tecnologias Assistivas (pág.27) As Tecnologias

Assistivas nos oferecem instrumentos imprescindíveis para o trabalho pedagógico e

aprendizagem das pessoas com deficiências. O plano de ação pedagógica visa a

estabelecer o contato dos professores de salas multifuncionais com os das salas

regulares e equipe multidisciplinar para que possam trabalhar em consonância,

trocando experiências e relatos sobre seus alunos em comum, planejando e

reavaliando suas estratégias e intervenções. Vale ressaltar a importante parceria com

os familiares, cujo apoio tem sido fundamental na confecção das muitas adaptações

necessárias à prática pedagógica em sala de aula. Serão apresentadas a seguir,

algumas das adaptações pedagógicas e de mobiliário dos quais algumas produzidas

pelas professoras das salas de recursos multifuncionais, por pais e doações.

Prancha de Mesa Mesa adaptada

As mesas e pranchas colaboram no cotidiano escolar dos alunos portadores de

necessidades especiais. Construídas com o auxílio de pais de alunos que mais uma

vez mostraram-se dispostos a participar das melhorias no ambiente da sala

multifuncional.

Coletes de sustentação de tronco

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Colete utilizado para dar maior firmeza e segurança ao tronco do aluno. O colete

precisa ser flexível, podendo ser ajustado ao corpo sem causar desconforto a quem o

utilizar. O colete da foto foi feito com tecido, feltro e velcro nas extremidades.

Réguas para delimitação de espaço Livros adaptados com velcro nas pontas e pulseira

Jogos pedagógicos adaptados Alfabeto Móvel Pranchas para comunicação alternativa e LIBRAS

Material para contagem, cores, tamanhos, formas e textura

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Material para estimulação visual e respiratória

Lápis adaptado e Tesoura Ponteira de Cabeça Ponteira de pulso

Colher adaptada Prato adaptado Copo adaptado

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Considerações Finais

A presente pesquisa buscou entender o que acontece quando há a opção de Utilizar

a TA e quando não há. Queríamos saber e analisar dados como interesse,

envolvimento, trabalho em equipe, criatividade em grupos que tralhasse de maneira

obrigatória, na sala de aula, e outro grupo que utilizasse a TA diariamente, num

horário de contra-turno escolar (Sala de Recurso).

Pois se acredita que tudo eis frutos, por mínimos que seja de uma sala de aula, no e

esforços em prol de um adaptado requer de toda e estar a construir novos objetivos

avaliação de todo processo se avalie o uso do objeto, e verificar se o objeto facilita o

tempo, há necessidade de facilitar em sala de aula possa contribuir e, principalmente,

no processo limitações físicas e de com Lápis adaptado e Tesoura Ponteira de

Cabeça Ponteira de pulso C do que é feito com amor e dedicação certamente

renderá. Entendemos e vivenciamos as dificuldades do dia a dia tanto, percebemos

que tudo é possível quando somamos mesmo objetivo. A construção de materiais

pedagógicos equipe pedagógica e família a disposição constante de sempre tos de

acordo com as necessidades de nossos educandos. A o ensino/aprendizagem deve

ser constante. É importante que e atendeu a necessidade do aluno no contexto

determinado, toda a ação do aluno e do educador e se, com o passar do fazer novas

adaptações. Enfim, esperamos que nossa prática contribuir no fazer pedagógico de

cada profissional da educação de inclusão da pessoa com deficiência, minimizando

suas unificação..

Constatações

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Constata-se que o trabalho em equipe, a motivação e o interesse dos alunos durante

o jogo. Independente do grupo ou da equipe de alunos, em graus diferentes, todos se

organizaram em equipe de maneira a atingir o objetivo e fantasiaram durante as

sessões de jogo, imaginando as situações descritas. Constatamos, além disso, a

potencialização do interesse dos alunos ao possibilitar o jogo em um ambiente que

não seja a aula. Fora dos limites de tempo e tema, os alunos chegavam cada vez

mais cedo e queriam ir embora cada vez mais tarde das sessões de jogo. Criaram

comunidades no Orkut2 e montaram seus próprios diários de campanha na internet.

Constatamos ainda, que mesmo sendo alguma atividade muito prazerosa, se ela for

imposta, obrigatória, gerará resistência. Os alunos do grupo A, entenderam as

possibilidades que o jogo de papéis (RPG) oferece, facilitando o processo de

aprendizagem, permitindo que se aprenda por meio de pesquisas, discussões e

usando a imaginação. Outra constatação significativa foi referente às representações

que os alunos do grupo que jogou compulsoriamente, como atividade de aula. Pelas

respostas analisadas, verificamos que os alunos confundem atividade lúdica com

bagunça,por não terem opções de escolha, a 2 Site de relacionamento 6514

atividade acabou sendo também desinteressante e enfadonha. O jogo de papéis,

quando jogado compulsoriamente, é menos instigante e motivador do que quando é

jogado em situações curriculares, mas não compulsórias. Verificamos, por meio de

uma tentativa anterior, como há uma forte resistência a mudanças, ao novo. Na

tentativa de pesquisar com professores, descrita no capítulo 4, verificamos que, ao se

depararem com uma nova tecnologia, muitos professores se dizem interessados em

aprender, mas logo desistem; talvez porque se veem despreparados frente a sua

área de atuação. Após a devida mudança na rota da pesquisa, ao analisar os dados

dos grupos que jogaram RPG voluntariamente e compulsoriamente, verificamos

principalmente, o quanto os alunos buscam ser respeitados e se sentirem ativos em

suas atividades. O aluno se faz ouvir através do personagem. Temas como

colaboração, diversão, interesse foram levantados, e isso se explica porque, antes de

qualquer coisa, são temas característicos de uma participação ativa, conjunta, viva.

Trabalho em equipe e colaboração nos remete diretamente à sociedade cuja marca

atual é a rede, assim dependemos direta ou indiretamente uns dos outros, e os

alunos precisam se preparar para atuar em rede conscientizando-se dessa

interdependência e o respeito ao outro. Ao obrigar o aluno a ficar sozinho, sem poder

conversar e aprender aquilo que o professor decide, estamos privando o aluno da

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possibilidade de diversão. Quando o aluno tem a possibilidade de atuar, de agir, de

inovar e de criar, ele se envolve e se compromete. Embora escola seja lugar de se

aprender, porque não aprender de forma significativa, às vezes conflituosa, às vezes

divertida? Ligando um tema a outro, sob orientação do professor, quando há diversão

pode haver interesse, e motivação. Dessa forma, os alunos poderão ser levados a ter

mais iniciativa e buscar cada vez mais conhecimento. Sobre o conhecimento, um fato

nos chamou a atenção: mesmo declarando que o RPG possa ser desinteressante, os

alunos que o jogaram compulsoriamente deixaram claro que ele pode facilitar a

aprendizagem por meio de pesquisas, discussões (argumentação), colaboração entre

os colegas e resolução de problema e enigmas. A aplicação do RPG durante as

aulas pode potencializar a aprendizagem. Alguns alunos manifestaram-se, afirmando

que o RPG é chato e cansativo, mas salientaram que por meio do jogo é mais fácil

aprender. 6515 O comprometimento dos alunos foi um eixo que emergiu de forma

tímida, porém, consistente. Os alunos se conscientizaram que independente da

atividade, se não houver comprometimento ela poderá fracassar. Além do

comprometimento dos alunos com a atividade, é necessário o envolvimento dos

professores com a mesma; mais ainda, podemos dizer que o compromisso dos

gestores da escola também é fundamental. Para que o processo de aprendizagem

aconteça, professores e alunos precisam estar comprometidos uns com os outros e

com a escola. Ensinar e aprender são faces da mesma moeda. A fundamentação

teórica e o trabalho de campo desta pesquisa reforçaram nossa compreensão de que

a escola precisa ser protagonista nas mudanças da sociedade, e não ser arrastada

por elas como vem acontecendo. A comunidade escolar precisa ainda acompanhar

de perto novas metodologias e tecnologias que transformam o mundo em

abrangência e profundidade. Para que essa comunidade possa ter esse

acompanhamento, é necessária uma contínua preparação, uma capacitação

combinando conhecimento, metodologia e tecnologias, para que o educador saiba

dominá-las, e usá-las com qualidade. Entendemos que tal acompanhamento só será

válido se houver uma grande mudança cultural, tanto por parte da sociedade como

por parte dos educadores. Se a escola caminhar lado a lado com a sociedade, e for

tão ágil em suas transformações quanto ela, gestores (diretores, coordenadores,

pedagogos), professores, pais de alunos e alunos (estamos falando de Ensino Médio)

precisam formar equipes colaborativas e desenvolver projetos com objetivos comuns,

partindo do que têm concretamente, fazendo a sua parte para poderem reivindicar às

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autoridades e órgãos governamentais a contrapartida. Professores e alunos são os

protagonistas da educação e as novas tecnologias, que buscam simplificar,

potencializar e melhorar o processo de ensino-aprendizagem – como o RPG pode

fazer, ficam em segundo plano, como coadjuvantes. E essas tecnologias ao serem

inseridas de forma pensada e planejada previamente, são significativas e contribuem

para a educação. Entendemos ainda que novas tecnologias podem atender à

demanda de uma nova condição social que cresce aos poucos, cada dia mais: a

colaboração, na qual todos trabalham juntos para atingirem objetivos comuns. Neste

sentido, a utilização do RPG como tecnologia educacional é uma opção que vai ao

encontro dessa nova condição social, trazendo para a sala de aula o diálogo, o

trabalho em equipe e a colaboração. Aos poucos, o RPG pode ganhar seu espaço

nas escolas. Ainda não é muito significativo, mas sua prática pode vir a ser uma

constante. A partir do momento em que o RPG se mostra uma tecnologia

educacional que simplifica, melhora e potencializa o processo ensino-aprendizado

além de possibilitar o crescimento individual e social; ele passa a ser uma tecnologia

que merece atenção, tanto dos educadores quanto dos alunos, e que pode se inserir

nas práticas pedagógicas atuais. Para isso, a comunidade escolar precisa ter tempo,

condições de trabalho e vontade; precisa se preparar para desenvolver novas

competências, isto é, elaborar novos conhecimentos, desenvolver novas habilidades

e novas atitudes para o domínio de novas tecnologias e outras pedagogias.

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