a sociedade europeia

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A SOCIEDADE EUROPEIA nos séc. IX a XII

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Page 1: A sociedade europeia

A SOCIEDADE EUROPEIAnos séc. IX a XII

Page 2: A sociedade europeia

ÍNDICE

Economia e sociedade;

A importância do clero;

Senhores e camponeses;

As relações feudais.

Page 3: A sociedade europeia

INTRODUÇÃO

Como sabes, a Idade Média foi um período muito difícil com muitas guerras e uma tremenda regressão económica. A sociedade estava dividida em 3 grupos: a nobreza, o clero e o povo.

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A SOCIEDADE EUROPEIA

A actividade comercial na Europa continuava muito reduzida e as cidades quase que se tinham despovoado. Era uma sociedade ruralizada. A terra era a principal fonte de riqueza e de poder e cada região produzia produtos para si. A isso chama-se economia de subsistência.

Page 5: A sociedade europeia

No entanto, a produtividade das terras era fraca e devido à falta de fertilizantes as terras “cansavam-se” com facilidade e grandes extensões tinham de ficar em pousio, isto é, em descanso durante um ou mais anos.

ECONOMIA E SOCIEDADE

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Page 7: A sociedade europeia

PRIVILEGIADOS E NÃO PRIVILEGIADOS A sociedade medieval era marcada por

profundas diferenças sociais. Havia um pequeno grupo de privilegiados que possuía a maior parte das terras e dispunha de muitos direitos e regalias. Esse grupo era constituído por clero e nobreza.

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PRIVILEGIADOS E NÃO PRIVILEGIADOS O grupo dos não privilegiados era

constituído pelos artesãos e pelos camponeses. Eram a maioria da população e tinham recursos limitados para viver.

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SOCIEDADE MEDIEVAL

Não Privilegiados

Rei

Clero

Nobreza

Povo

Privilegiados

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UMA SOCIEDADE TRIPARTIDA

As diferenças sociais para a população era uma coisa natural, que Deus dividira as pessoas em três grupos diferentes, o clero, que rezava para obter a protecção divina e cuidava da salvação das almas, a nobreza, que combatia para assegurar a defesa da sociedade e um terceiro grupo (camponeses e artesãos) que trabalhava para o sustento de todos.

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A IMPORTÂNCIA DO CLERONa Idade Média

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INTRODUÇÃO

O Clero foi uma classe social muito importante para o desenvolvimento cultural e económico dos reinos.

O Clero trabalhava nos campos, fazia trabalho manual e enriquecia muito com as doações dos crentes, como vão ver à frente. Os membros do Clero eram praticamente as únicas pessoas instruídas.

O Clero também influenciava muito nas decisões dos reis.

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O Clero católico gozava de uma grande influência e riqueza pois na Idade Média a maior parte da população da Europa era Católica e vivia intensamente a sua fé.

PRESTÍGIO E RIQUEZA DO CLERO

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PRESTÍGIO E RIQUEZA DO CLERO

Nessa época, os membros do Clero eram praticamente as únicas pessoas instruídas. Quase todas as escolas existentes se localizavam em igrejas ou mosteiros.

Page 15: A sociedade europeia

PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE:

Alto Clero – era constituído por Bispos e Abades e desfrutavam de enorme poder. Possuíam grandes propriedades e tinham um tipo de

vida semelhante ao da Nobreza, da qual eram, em geral, provenientes.

Baixo Clero – era constituído por Monges e Párocos que eram muito respeitados, mas viviam muito pobremente

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A RENOVAÇÃO DA IGREJA

Nos séc. X e XI a Igreja Católica teve algumas dificuldades. A indisciplina de membros do clero era frequente. Mas à frente das abadias e dos bispados mais ricos eram colocados elementos da nobreza, mesmo sem qualquer preparação religiosa, nomeados pelos monarcas e até pelos grandes senhores.

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A RENOVAÇÃO DA IGREJA

No movimento com vista a renovar e disciplinar a igreja católica, vão ter um papel fundamental duas novas ordens religiosas de origem beneditina: A ordem de *Cluny e a ordem de Cister.

*Cluny – povoação da Borgonha (França)

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A RENOVAÇÃO DA IGREJA-OS MONGES DE CLUNY

Os monges de Cluny (ou cluniacenses) valorizam, sobretudo, a oração e as práticas litúrgicas (as várias cerimónias religiosas) que deviam, segundo eles, ter a maior dignidade e esplendor.

Page 19: A sociedade europeia

A RENOVAÇÃO DA IGREJA-OS MONGES DE CISTER

Os monges de Cister (ou cistercienses), pelo contrário, opunham-se a qualquer forma de ostentação e de luxo. Defendiam que toda a alimentação dos monges devia provir do seu trabalho, tendo, por isso, de dedicar-se ao trabalho manual e ao cultivo da terra.

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AUMENTO DO PODER DO PAPA

Alguns papas lutaram também pelo reforço do prestígio e da independência da Igreja. O mais importante foi, no séc. XI, o Papa Gregório VII.

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O PAPA GREGÓRIO VII

Procurou libertar a Igreja do domínio dos reis e dos grandes senhores e fez com que a nomeação dos bispos e dos abades se tornasse competência exclusiva da Igreja. O papa passou a ser reconhecido como a autoridade suprema da cristandade, à qual os próprios reis se deviam submeter.

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AUMENTO DO PODER DO PAPA

Doc.4 da pág. 137 do manual O poder do Papa segundo Gregório VII

O Papa não pode ser julgado por ninguém; Só ele pode depor e repor os bispos; A Igreja de Roma nunca errou nem nunca

errará até ao fim dos tempos; O Papa é o único homem a quem os príncipes

beijam os pés; O Papa pode depor os imperadores.

Gregório VII, Dictatus Papae, 1075

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SENHORES E CAMPONESES

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OS GRANDES SENHORES

Os nobres, também chamados de cavaleiros pois eram os únicos que andavam a cavalo, tornaram-se um elemento armado da sociedade.

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Os nobres constituíam uma aristocracia.

Era a grande nobreza que possuía as maiores e melhores propriedades.Dedicavam-se a maior parte do tempo à caça e às actividades militares.

OS GRANDES SENHORES

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A grande nobreza e o alto clero, que também possuíam extensas propriedades, formavam o grupo dos grandes senhores (privilegiados).

OS GRANDES SENHORES

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À medida que o poder dos grandes senhores crescia, o poder dos reis enfraquecia. Estes ficaram incapazes de garantir a protecção da população numa época dominada pela insegurança.

ENFRAQUECIMENTO DO PODER RÉGIO

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A maioria da população ficou sobre protecção dos senhores que possuíam riqueza e força militar.

Os grandes senhores passaram a ficar com poderes que deviam competir exclusivamente ao rei, tais como:

ENFRAQUECIMENTO DO PODER RÉGIO

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O PODER DOS GRANDES SENHORES

Ter exércitos próprios; Aplicar a justiça; Exigir o pagamento de impostos aos

habitantes dos seus territórios.

Page 30: A sociedade europeia

O ENFRAQUECIMENTO DO PODER RÉGIO A população passou a estar sujeita, na

quase totalidade, ao poder senhorial, isto é, ao poder dos grandes senhores.

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OS DOMÍNIOS SENHORIAIS

Ao território sobre o qual se exercia poder senhorial chama-se domínio senhorial ou senhorio.

Os domínios senhoriais eram divididos em duas partes distintas :

Page 32: A sociedade europeia

A reserva era a parte do domínio directamente explorada pelo senhor.

Os mansos consistiam em pequenas extensões de terra onde viviam camponeses.

OS DOMÍNIOS SENHORIAIS

Page 33: A sociedade europeia

OS DOMÍNIOS SENHORIAIS

Nos domínios senhoriais viviam e trabalhavam camponeses livres, os colonos, e uma maioria de camponeses não-livres, os servos. Estes não podiam, sem a autorização do senhor, abandonar o domínio senhorial nem casar fora dele.

Page 34: A sociedade europeia

OS DOMÍNIOS SENHORIAIS

Em troca do manso que lhes era atribuído, os camponeses que viviam num domínio estavam sujeitos a uma série de obrigações como: Pagamentos em dinheiro e em géneros; Prestações de trabalho gratuito na reserva

(corveias).

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AS OBRIGAÇÕES DOS CAMPONESES

Doc. 6, p. 141 Por cada manso, devem os camponeses de

Hurstbourne, pelo Outono, quarenta, quarenta dinheiros e seis medidas de cerveja e três sesteiros de trigo. Devem lavrar três acres da terra do senhor, semeá-los com a sua própria semente e entregar a colheita no celeiro. Devem ceifar meio acre de prado e juntar o feno numa meda, fornecer dezasseis postes para a vedação. Devem lavar os carneiros e tosquiá-los e trabalhar sempre que lhes seja exigido, salvo nas semanas do Natal e da Páscoa. Pela Páscoa devem duas ovelhas com dois borregos.

Anglo-Saxon Charters, 1050

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AS RELAÇÕES FEUDAISNa Idade Média

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AS RELAÇÕES FEUDAIS Relações de dependência entre os

poderosos

A sociedade medieval era dominada pelos privilegiados, que eram grandes senhores: nobres e eclesiásticos.

Estes tinham exércitos próprios e travavam muitas guerras entre si. Procuravam membros da nobreza, pessoa menos poderosos, que se colocassem na sua dependência, e pondo ao seu serviço homens de armas de que dispunham.

Page 38: A sociedade europeia

Relações de dependência entre os poderosos (cont.)

Os nobres menos poderosos esperavam também obter vantagens ao colocar-se na dependência dos mais fortes. Ganhavam direito à sua protecção e eram ainda recompensados com terras e outros bens.

AS RELAÇÕES FEUDAIS

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As relações de vassalagem estabeleciam-se através de contratos de dependência.

Estes eram celebrados através de várias cerimónias para ambos se comprometerem a obrigações mútuas.

Primeiro o vassalo declara dependência do mais poderoso (cerimónia da homenagem).

AS RELAÇÕES FEUDAIS

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Em seguida jurava-lhe a obediência e a fidelidade (juramento de fidelidade).

O mais poderoso oferece um

objecto que representava o benefício (cerimónia da investidura).

O benefício era dinheiro, um cargo, ou uma terra mais ou menos extensa.

AS RELAÇÕES FEUDAIS

Page 41: A sociedade europeia

A sociedade feudal.

No inicio do séc. XII, na maior parte da Europa quase todos os membros da nobreza e alto clero tinham relações de vassalagem.

Os grandes senhores eram vassalos do Rei, chamavam-se suserano dos suseranos. Tinham os seus próprios vassalos.

AS RELAÇÕES FEUDAIS

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A sociedade feudal, (cont.)

Trata-se de uma sociedade hierarquizada, porque cada nível estava dependente do nível imediatamente superior. A esta hierarquia costuma-se chamar Pirâmide Feudal.

A esta sociedade costuma-se chamar Sociedade Feudal ou Feudalismo.

AS RELAÇÕES FEUDAIS

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FIM

Trabalho realizado por: Francisco Araújo, Nº6, Diogo Ribeiro, Nº5, Gonçalo Gomes, Nº8 e Tiago Fonseca, Nº18.