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Missões Nacionais Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista Missões Mundiais Missionários são homenageados por 30 anos de parceria com a PIB em Campo Grande - RJ Página 07 Crianças da PIB em Cachoeiro de Itapemirim - ES se envolvem com Missões Nacionais Página 10 DENAER reúne líderes de sete estados para Fórum de debates; saiba mais! Página 10 União Batista Latino-Americana celebra culto de aniversário Página 11 ISSN 1679-0189 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Ano CXV Edição 41 Domingo, 09.10.2016 R$ 3,20 A simplicidade das crianças é o que mais se aproxima do amor de Deus Segundo domingo de outubro: Dia da Criança Batista Foto: Jacqueline Matos, de Moçambique

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Page 1: A simplicidade das crianças é o que mais se aproxima do ... em estatura e sabedoria Em conhecimento; foi admirado Serviu de exemplo para todas crianças ... e crescer na graça divina

o jornal batista – domingo, 09/10/16

Missões Nacionais

Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

Missões Mundiais

Missionários são homenageados por 30

anos de parceria com a PIB em Campo Grande - RJ

Página 07

Crianças da PIB em Cachoeiro de Itapemirim

- ES se envolvem com Missões Nacionais

Página 10

DENAER reúne líderes de sete estados

para Fórum de debates; saiba mais!

Página 10

União Batista Latino-Americana

celebra culto de aniversário

Página 11

ISSN 1679-0189

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Ano CXVEdição 41Domingo, 09.10.2016R$ 3,20

A simplicidade das crianças é o que mais se aproxima do amor de Deus Segundo domingo de outubro: Dia da Criança Batista

Foto: Jacqueline Matos, de Moçambique

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2 o jornal batista – domingo, 09/10/16 reflexão

E D I T O R I A L

Crianças de Deus; herdeiras do céu!

Poesia escrita por um dos nossos colaboradores *

Crianças abandonadas; largadas ao relento Todas molhadas; na chuva; no vento

Perdidas, deixadas à própria sorteDespreparadas para a sua morte

Com frio, dormindo sob marquisesPerdendo na vida oportunidadesNesta cidade e por todo mundo...Nasceram tão puras, imaculadas

Despreparadas para tais sofrimentosMas, infelizmente, eu digo, lamento Melhor seria não terem nascido...Guerras, conflitos, muitas porfias

Muita inveja, melancolias Hipocrisias e falsidades

Idolatria, muitas maldades Falta de amor entre os homens na terra...

IISocorro meu Deus, escute meu grito Que espero varar e voar no infinito

E vá encontrar Teus ouvidos, SenhorPara entender como ando aflito

Preocupado com nossas criançasA esperança de toda Nação...

Jesus foi criança; andava no templo Nasceu tão pobre e muito humilde

Mas nunca dormiu pelas ruas, ao relento... Viveu com doutores; com mestres da lei

Cresceu em estatura e sabedoria Em conhecimento; foi admirado

Serviu de exemplo para todas criançasEra diferente; era o filho de Deus...

IIINinguém vai entrar no reino dos céus Se não tornar-se qual essas crianças

Disse Jesus uma vez, explicandoQue lá no céu nunca entra pecadoPorque lá em cima é solo sagrado É lugar daqueles de novo nascidos

Lavado pelo sangue do Senhor JesusQue levou todos eles consigo na cruz

IVOlhem para elas; estão precisandoDa nossa ajuda; escutar nossa voz

As ensinando como andar no caminhoPor onde Jesus caminhou nos mostrando

Como achar o caminho de luz Que vai: nos levar ao seu reino dos céus

Para que não venham tornar-se sementes do mal E não serem mais vistas como crianças de Deus

Ensinem a elas como andar com Jesus Para que nunca venham dizer na velhice

Passei pela vida sem contentamento Ela foi pautada só por sofrimentosPorque não me falaram - de Cristo!

* D’Israel (Israel Pinto da Silva),membro da Quarta Igreja Batista do Rio de Janeiro,

colaborador de OJB

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

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INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

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3o jornal batista – domingo, 09/10/16reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

“Lembrança, quantas lem-branças dos tempos que já lá vão! Minha vida de criança, minha bolha de sabão!Infância, que sorte cega, que ventania cruel, que enxurra-da te carrega, meu barquinho de papel!” (Versos do poema “Coração”, de Guilherme de Almeida).

Ah! Os bons tempos de criança. Tempos que não voltam, pois a vida, teimo-

sa, deixa tudo no passado. Pretérito que traz à memória a bolha de sabão, a enxur-rada a levar os barquinhos de papel, a roupa molhada pelos últimos pingos de chu-va e a insistência em fazer

Edson Landi, pastor, colaborador de OJB

Recentemente, um grupo de fãs adoles-centes iniciou uma campanha no intuito

de que a Elsa, personagem do filme de animação mu-sical “Frozen” tenha um par romântico. Até aí tudo bem. Contudo, o mais assustador é que a sugestão do grupo é que Elsa tenha uma namo-rada. Uma personagem de desenho infantil, cuja maio-ria de seu público é formada

apenas mais um barquinho. O último a levar os sonhos de um futuro feliz. Harmonia perfeita entre a infância que sorri e o presente que não questiona, sem medo.

O tempo passa e hoje não temos mais bolhas de sabão. As enxurradas estão con-taminadas com os detritos que entulham as ruas. As crianças não sabem mais construir barquinhos de pa-pel. Caso os construam, não sabem como utilizá-los nas brincadeiras inocentes do mundo infantil.

Com seus tablets, smar-tphones e todos os recursos oferecidos pela louca vida moderna, crianças aprendem a guerrear uma guerra virtual

por crianças de quatro a seis anos pode se tornar lésbica! E até a atriz Idina Menzel, dubladora de Elsa, apoia que a personagem ganhe uma namorada na sequência do filme.

Ora, se as pessoas querem namorar outras pessoas do mesmo sexo, o problema é delas. Cada um faz o que bem entende da vida. Agora, o absurdo e o cúmulo da ar-rogância por parte dos mili-tantes gays é achar que estão no direito de impor isso no entretenimento dâs nossas

onde não há vencedores, nem vencidos. Destroem e são destruídas por inimigos invisíveis. Uma luta contra monstros fictícios; a mover apenas os polegares, en-quanto a mente se atrofia e armazena cenas de horrores, que jamais oferecerão flores ao futuro. Sentadas, imó-veis, com os olhos fitos na telinha, a morder a língua, a criança de hoje não sabe o que é ser criança e viver como tal.

A sociedade de horror e violência tem roubado das crianças toda a pureza e sonhos do mundo infantil. Imobilizadas por aparelhos eletrônicos, apegadas aos celulares, sem orientação

crianças. E isso não fica so-mente na área do entrete-nimento norte-americano. Pois no Brasil, o Governo Federal, através do Minis-tério da Educação, lançou uma campanha chamada “Brasil contra a homofobia”. Até aí tudo bem. Todavia, essa campanha distribuiria cartilhas e vídeos com me-ninos e meninas exibindo seus órgãos genitais entre si. Figuras que representavam meninas de sete anos trocan-do beijos e carícias. Graças a Deus, esse material não foi

dos pais quanto ao tempo disponível para usá-los, as crianças dormem, quando dormem, e acordam sem condições de respirar o ar puro do amanhecer. Ao usar as crianças, construímos um mundo robotizado, sem dar aos pequeninos o direito de pensar. Difícil imaginar como serão tais crianças daqui a 30 anos. Terão cérebros? Terão reações? Saberão amar? Ou se extinguirão na busca do vazio?

Satanás tem investido to-dos os recursos disponíveis para destruir os encantos do mundo infantil. Durante seu ministério terreno, Jesus pa-rou para abraçar e abençoar crianças que corriam para

distribuído para as nossas crianças.

Não me canso de repetir: se não cuidarmos das nossas crianças, a sociedade cuidará do jeito dela. É necessário in-vestir tempo e oração na vida dos nossos pequeninos. Edu-car os filhos não deve ser visto como uma obrigação por parte dos pais. Devemos ver isso como um privilégio. Devemos ter alegria em poder ensinar algo de bom aos nossos filhos. Eles dependem de nós.

Participe da vida dos seus filhos, interaja com eles.

tocá-Lo. O Mestre ouviu o lamento das crianças que cantavam e tocavam flautas nas praças. Amou-as com es-pecial carinho. Recomendou aos pais e a Igreja ver nas crianças o Reino dos Céus. Usou o lanche de um menino para abençoar milhares de pessoas. Desafiou seus segui-dores a ser tornarem crianças, caso desejassem entrar em Seu reino.

Pais e Igreja precisam en-sinar as crianças a soprar bolhas de sabão e a construir barquinhos de papel. Isto é, descer a estatura de crianças para ser grande no Reino de Deus. Viver vida de criança, sem maldade e sofismas. Dei-xar que sejam crianças.

Procure saber o que eles aprendem na escola, com quem andam na hora do in-tervalo. Seja ativo, presente. Não deixe que a sociedade, a TV, a internet, a cultura ou o governo tomem o seu lugar de educador na vida do seu filho. Muitos dizem que não têm tempo. Ora, se você não tiver tempo para investir na vida dos seus fi-lhos, qual é então o sentido da sua vida? Se seus filhos não são prioridades para você, é melhor você rever a sua vida.

Educação dos filhos, uma questão

extremamente preocupante

Vida de criança

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4 o jornal batista – domingo, 09/10/16 reflexão

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Crianças devem amadurecer

“Quando eu era menino, falava como menino, sen-tia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.” (I Co 13.11)

Ao nos revelar um dos resultados es-pirituais do amor divino em nós, Pau-

lo focaliza a graça do cresci-mento em Cristo – o Amor de Deus encarnado. Foi as-sim que ele nos revelou: “Quando eu era menino, fa-lava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino.” (I Co 13.11).

Ser cristão é um ato e um processo. Começa como uma decisão e continua como um crescimento de comunhão. Aceitamos a Cristo somen-te quando decidimos que

os nossos deuses pessoais nunca nos forneceram mais do que o cultivo do medo. As vivências ditas religiosas que a imaturidade humana produz, não passam de me-ros mantras, que somente repetem e nada produzem. Mantras humanos alimentam imaturidade espiritual. Eles bloqueiam a evolução das necessidades humanas, que são o fruto natural das nossas transformações etárias.

Perguntas de adultos de-vem ser mais complexas e sofisticadas do que as per-guntas infantis. Ser discípulo de Cristo implica constantes mudanças, na maneira de sentir, no modo de entender o perdão, no jeito de pecar e na postura de se arrepender e crescer na graça divina. Ninguém pode viver como cristão adulto se, no evoluir da sua jornada terrena, con-tinua agarrado “às coisas de menino”.

Rogério Araújo (Rofa), escritor, jornalista, colaborador de OJB

Mesmo as pesso-as mais sérias podem se der-reter com uma

criança e suas tiradas para lá de espontâneas e surpre-endentes.

O que chega a ser preocu-pante é quando ela fala algo que certamente ouviu em algum lugar e repete como se fosse um papagaio, sem ter noção do motivo do que disse.

A criança é exposta à TV ou fica navegando pela in-ternet, e ali encontra coisas sujas e perversas que atraem

e podem ter um impacto maléfico muito grande em seu interior e em sua for-mação.

A criança possui inúmeras fases em sua vida e a pri-meira delas é uma das que mais mexem com todo o seu viver. Os pais não podem deixar que uma “babá ele-trônica” chamada televisão e nem um “bercinho” que faz balançar pelas redes como a internet digam e ensinem o que querem.

A exp re s são d i t a po r muitos: “Criança tem cada uma...” é uma realidade, porém, nada que é falado acontece por acaso. É uma repetição do que se apren-deu ou ouviu. Daí a razão

de xingar, brigar e agir com violência. Não é isso e mui-to mais que existe neste mundo e cada vez mais?

“Não sabe de nada... ino-cente!”. Esta é a criança. E olha que hoje em dia com a tecnologia tudo pode até mudar, pois pode-se aprender de tudo e mais um pouco.

Os pais e os professores exercem papel fundamen-tal na vida e boa formação das crianças para a vida. Não deixem que elas “nave-guem” por onde o vento as levar. Controle-as enquanto é tempo e estarão seguras para o resto de seus dias com a devida proteção de Deus, é claro!

Wanderson Miranda de Almeida, colaborador de OJB

Era uma tarde de quar-ta-feira, eu estava na sala de aula com mi-nha turminha, quando

uma aluna se aproximou e disse: “Tio, ME passou mal ontem. Teve dor de cabe-ça, chorou mas disse que o problema não era só a dor

de cabeça”. Na terça, outra professora havia ficado com minha turma.

Depois de ter recebido essa informação, f iquei olhando para ME. Ela é uma menina doce, delicada, bo-nita, inteligente e muito edu-cada. Sinceramente, gostaria de mais alunas assim.

O tempo passou e, logo depois do recreio, resolvi conversar com ela. Chamei-a

e perguntei sobre o que havia acontecido com ela no dia anterior. Ela se abriu comple-tamente, contou sobre a dor de cabeça e, para minha sur-presa, falou sobre as dificul-dades financeiras pelas quais sua família estava passando. Eu não podia imaginar que aquela menina estivesse com tantos problemas.

No fim da nossa conversa, coloquei-me à disposição

dela, disse que ela podia con-tar comigo sempre para con-versar ou para o que precisas-se, dei um beijo e um abraço nela, ela me agradeceu e disse uma frase que eu nunca tinha ouvido até aquele momento: “Tio, você é meu diário!”. Isso mexeu comigo, confesso. Fi-quei com vontade de chorar e rir ao mesmo tempo. Foi uma mistura de sentimentos, algo muito bom!

As pessoas precisam de diários (pessoas com quem possam se abrir e comparti-lhar seus problemas e tudo o que quiserem). Nossa saúde emocional depende disso. Deus criou o homem para viver em sociedade: “E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2.18). Ele sabe o que faz. Seja um diário para alguém! Eu já sou.

“Você é meu diário”

Criança tem cada uma...

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5o jornal batista – domingo, 09/10/16reflexão

Izaquiel Rosa de Moraes, pastor da Primeira Igreja Batista em Engenho Pequeno, São Gonçalo - RJ

“E aconteceu depois destas coisas que tentou Deus a Abraão, e disse-lhe: Abraão! E ele disse: eis-me aqui. E, disse: Toma agora e teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai- te a terra de Moriá e oferece- o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi.” (Gn 22.1-2)

Quero tomar de for-ma um tanto ale-górica este epi-sódio e não ver

Carlos Montani, pastor da Terceira Igreja Batista de Umuarama - PR

O lar deve ser sem-pre um ambiente onde encontra-mos: paz, har-

monia, alegria e felicidade. Nosso lar é, sem sombra de dúvida, o nosso porto segu-ro. A família, sendo a célula mater da sociedade, deve estar sempre em perfeitas condições para se reprodu-zirem de forma saudável os seus filhos, para que seja elemento útil em nossa so-ciedade.

A Palavra de Deus diz que os filhos são benção do Se-nhor para os pais, mas, e para a sociedade, o que esta-mos formando? Para que um

totalmente pelo lado literal, como se Abraão fosse apenas sacrificar o filho como se sacrifica um animal, o que era a forma de oferecer um culto a Deus. Muito embora esteja presente esta ideia de sacrificar o filho como se sacrificava um cordeiro, o degolando, no sangue der-ramado sobre o altar e posto fogo, vejo a fé, obediência, submissão e total dependên-cia de Deus em sua vida.

Quero ver, neste relato, um crente oferecendo a Deus algo precioso que exista em sua vida. Quero também ver um pai oferecer seu filho a Deus para um ato solene de culto.

filho seja benção do Senhor no mundo atual, ele deve ser instruído de acordo com as Escrituras Sagradas. “Instrui o menino no caminho em que deve andar e, ainda sendo velho não se desviará dele” (Pv 22.6).

Para os nossos filhos serem benção, eles precisam ver em nós o exemplo que estamos transmitindo. A Bíblia diz que nós, seres humanos, so-mos o espelho que reflete a imagem do Senhor. Será que verdadeiramente eles veem isto em nós? Qual o lega-do que estamos deixando? Será que eles nos têm como um modelo a ser seguido? Ao pensar nas palavras para compor este artigo, me vem na lembrança a história da família de um grande pa-

Esta figura me mostra um modelo de culto que Deus estabelecia para que uma família fosse abençoada e, como tal, ser referência per-pétua para o povo de Deus em todos os tempos.

Havia este tipo de culto, no lado pagão, quando uma divindade, chamada Mo-loque, era aquecida com fogo e quando seus braços estavam encandecidos, seus adoradores punham seus filhos recém-nascidos sobre seus braços e os ofereciam em sacrifícios em um culto de profunda ignorância. Vejo este culto maldito hoje, quan-do pais levam seus filhos em tenra idade para os lugares

triarca, Isaque. Uma famí-lia formada entre opiniões divididas. Isaque, já velho, sem a visão suficiente para distinguir entre um filho e outro, com a ajuda da própria esposa foi enganado dentro de sua própria casa. Acabou abençoando a Jacó com a benção da primogenitura que pertencia ao seu primogêni-to, Esaú. Dentro de um lar, não deve haver prioridade por um determinado filho, ambos devem ser tratados de forma parcial, para que não aconteça o que aconteceu com a família de Isaque, que passou a se odiar por muitos anos (Gênesis 27.41).

A família saudável busca viver em união. “Se uma casa se dividir contra si mes-ma, tal casa não poderá sub-

profanos, são ensaiados para as exibições na mídia em busca de fama, que nada mais é se não praticas mun-danas por não serem temen-tes a Deus. Este é o altar da maldição (…).

Voltando a Abraão, vejo o desafio de criar nossos fi-lhos na presença de Deus, oferecê-los a Ele e, de con-tínuo, colocá-los no Altar do Senhor. Além de levá-los aos cultos para cultuarem conosco, termos por prática, colocá-los todos os dias no altar da oração, do amor, carinho, mansidão, compre-ensão, apoio, boa disciplina, companheirismo, diálogo, perdão, leitura da Palavra

sistir” (Mr. 3.25), disse o próprio Jesus. Seus membros devem caminhar sempre em um único propósito e em um só pensamento, de acordo com a vontade de Deus. Quando existe dentro do lar opiniões divididas por parte dos pais, poderá surgir con-flitos que podem perdurar até a idade adulta e serem transferidos para famílias fu-turas. A família mencionada se desenvolveu como casa dividida e foram marcadas por desrespeito, sentimentos facciosos, competitividade, rivalidade e separação. Os remédios bíblicos, para a cura de uma família nesse aspecto são: amor de forma moderada (I Coríntios 13. Ip. 4.8b), a união que nos unge (Salmos 113) e o perdão que

de Deus e ter coragem de oferece -los ao Senhor, como Abraão fez. Por este motivo, Deus o livrou da morte.

Quando nossos filhos e coi-sas em geral não são dedica-dos a Deus, elas certamente estão sujeitas a desaparecer das nossas mãos.

Poderia estender-me à his-tória de Abraão, desdobrando a vida de Isaque e os demais filhos que não foram postos no altar. Poderia citar Ana e Samuel, João o Batista e mais alguns. Contudo, me limito a essas citações, e o pequeno desdobramento de Abraão e Isaque, com o propósito de ser proveitoso para a vida do povo de Deus.

cicatriza as mágoas em todos os aspectos (Êxodo 20.12; Provérbios 15.33; Romanos 12.10). Essas recomenda-ções bíblicas devem marcar as famílias que desejam ser saudáveis. Famílias saudá-veis executam a Disciplina e a Justiça de Deus. O pai, ao disciplinar o filho, não deve ser movido por ira, impaciência, ou caprichos pessoais. Longe de ser desa-mor, é remédio usado pelo próprio Deus: “Eu repreen-do e castigo a todos quanto amo” (Ap 3.19). Disciplina é prova de amor (Provér-bios 13.24; 22.15; 29.15), é remédio para a alma. A falta de disciplina dentro do lar gera filhos que também não compreenderão bem os limites da sociedade.

Filhos no altar

Uma família saudável

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6 o jornal batista – domingo, 09/10/16 reflexão

Carlos Henrique Falcão, pastor, colaborador de OJB

Pokémon é a contração de duas palavras em inglês: pocket, que sig-nifica bolso; e monster,

que significa monstro. Assim, um Pokémon é um “monstro de bolso”, uma criatura fictícia popular em videogames e de-senhos. O fenômeno Pokémon começou como um jogo de videogame, criado por Satoshi Tajiri, em 1996. Mais tarde, o jogo foi adaptado para dese-nhos anime e filmes.

Originalmente, na primeira geração, foram apresentadas 151 espécies diferentes de pokémons. Atualmente, no entanto, já foram revelados 720 pokémons, cada um com características distintas.

É um jogo de realidade au-

mentada para smartphones com sistema operacional iOS e Android. Utilizando a tecnolo-gia do GPS e o uso da câmera do celular, os jogadores têm a possibilidade de capturar, batalhar e treinar os pokémons que vão aparecendo na tela do telefone, como se estivessem presentes no mundo real (rea-lidade virtual). Para capturar os pokémons no jogo, o jogador deve atirar uma Pokébola na direção do “monstrinho”. Na tela do celular aparecem sinais, indicando os lugares destina-dos aos ginásios, PokéStops e outros. Por exemplo, o endere-ço da rua Professor Gabizo 31 aparece como um PokéStop. Alguns dos nossos jogadores já pegaram monstrinhos dentro da propriedade da Igreja.

Ao ler e analisar o assunto, pude ler todo tipo de comen-

tário a favor e contra. Existem aqueles que associam o jogo a entidades demoníacas e pas-tores que proíbem de púlpito os jovens de jogarem Poké-mon. Pensei foi no sucesso do jogo. Por quê? O jogo é um desafio que motiva o jogador a conquistar, desenvolver-se, superar desafios, desenvolver estratégias e dominar regiões. Vivemos em um mundo em que todo tipo de facilidade nos tira o desafio de conquistar. A vida está na ponta dos dedos com a possibilidade de abrir conta em bancos, comprar, vender, se relacionar e até evitar relacionamentos. O polí-tico serve para quebrar o galho do eleitor. As orações colocam Deus na parede para conceder toda bênção com o mínimo de esforço possível do crente.

Sabemos que a salvação não

depende de esforço nosso, porque Jesus já realizou o sacrifício completo na cruz. Mas a santidade e o serviço no Reino requer conquistas diá-rias para nos aproximarmos de Deus. Jesus ensina que é pre-ciso pegar a sua própria cruz que Jesus usou para morrer e segui-lo. Disse ainda que não é fácil segui-lo. É preciso fazer um cálculo minucioso, como alguém que se prepara para a guerra ou uma construção. Paulo disse que é responsabi-lidade do crente deixar Deus desenvolver a salvação, “com temor e tremor”, “de acordo com a boa vontade de Deus” (Filipenses 2.12-13). A Bíblia ainda ensina que é uma con-quista sua buscar o modelo de vida que agrada a Deus (Ro-manos 12.1,2). Pedro foi mais enfático dizendo o crente não

deve “deixar a vida leva-lo”, mas empenhar-se em buscar a santidade de Deus para a vida pessoal (I Pedro 1.13-16). A plenitude da Salvação é uma conquista pessoal, e por isso Paulo exorta você a “pros-seguir para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus” (Filipenses 3.14). Paulo ainda afirma que o crente con-quista uma coroa eterna com a disciplina de um verdadeiro atleta olímpico (I Cor 9.25,26).

É preciso se livrar de tudo que o atrapalha e correr com perseverança a corrida propos-ta pra você em Cristo, olhando sempre pra Jesus, autor e con-sumador da sua fé (Hebreus 12.1,2). Então, fique firme na luta, porque a sua conquista será grande recompensada (I Coríntios 15.58)

Pokémon Go

Joel Silva de Souza, membro da Igreja Batista Leão de Judá – Manaus/AM

“Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o ho-mem que adquire conheci-mento.” (Pv 3.13)

O aplicativo Poke-mon Go tornou--se um fenômeno entre os fãs da tec-

nologia, por usar realidade aumentada e permitir que os usuários capturem os “mons-tros de bolso” durante um pas-seio pelas ruas. Porém, desde o seu lançamento, em todo o mundo houve notícias de pessoas que sofreram assaltos, atropelamentos, colisões de veículos e, inclusive, acidentes fatais envolvendo os caça-dores de Pikachu - “monstro destruidor” em japonês.

Pokémon Go versus SabedoriaA Bíblia orienta os filhos de

Deus a dedicarem o tempo de suas vidas à procura ávida por algo mais precioso: sabedoria. Ao contrário da busca por monstrinhos, os caçadores de sabedoria encontram vida, “Riquezas, honras, prosperi-dade e justiça”, como descre-ve Provérbios 8.18.

O primeiro lugar onde ela deve ser procurada é na pre-sença de Deus, pois “O te-

mor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Pv 1.7). As Escrituras ilustram que ela está “No alto dos morros, na beira da estrada, na entrada da cidade” gritando: “Sou mais preciosa do que as joias. Tudo o que você deseja não pode se comparar comigo” (Pv 8.2,3,11).

Na internet se multiplicam tutoriais que fornecem instru-ções para quem inicia a caça-

da aos Pokemons ou deseja explorar ao máximo os recur-sos do aplicativo. O apóstolo Tiago orienta os cristãos que sentem falta de sabedoria que “Peçam a Deus, e Ele a dará porque é generoso e concede com bondade a todos” (Tg 1.5). Que a nossa energia e o nosso tempo sejam dedi-cados à busca incessante por sabedoria e conhecimento da vontade de Deus.

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7o jornal batista – domingo, 09/10/16missões nacionais

Um dos mais anti-gos casais de mis-sionários de Mis-sões Nacionais,

o pastor Guenther Carlos Krieger e a sua esposa, Wan-da Krieger, foi homenageado no domingo, dia 25 de se-tembro, pela Primeira Igreja Batista de Campo Grande, no Rio de Janeiro. A Igreja celebra os 30 anos de par-ceria que mantém com os missionários da JMN, que há 57 anos atua entre os índios Xerentes, no Tocantins.

Louvamos a Deus pelo tra-balho precioso que o casal realizou ao longo desses anos. Além do cuidado espiritual, o casal instruiu os Xerentes

O trabalho de evan-gelismo discipu-lador de Missões Nacionais, em

parceria com Igrejas Batistas gaúchas, tem gerado muitos frutos. A missionária Adriana Abrão é a responsável pelo Projeto “Fases Para Cristo”, que tem impactado vidas nas instituições para menores infratores no Rio Grande do Sul. O projeto começou em 2011, na Fase - Fundação de Atendimento Socioeducativo, em Porto Alegre - RS, para menores em conflito com a lei. A missionária recebeu

nas áreas da saúde e educa-ção. Eles codificaram a língua Xerente para a escrita e cria-ram o dicionário da língua português-Xerente. Entre os trabalhos publicados por eles, constam: Primeira Cartilha Xerente de Alfabetização e Saúde (1960), Primeiro Hiná-rio Xerente (1961), Evangelho Segundo São Marcos (1970), Livro sobre Higiene e Saúde (1972), Atos dos Apóstolos em Xerente (1978), Coletânea de Textos do Novo Testamen-to (1990), Dicionário Escolar Xerente/Português - Portu-guês/Xerente (1994) e o Novo Testamento em Xerente.

“Hoje rendemos graças ao bom Deus por tão abençoado

um convite da direção, na época, que viu na mensagem do Evangelho uma esperança para aqueles meninos e me-ninas que estavam perdidos e sem rumo.

O “Fases Para Cristo” tem como missão assegurar o retorno à sociedade, por isso,

ministério e por tamanha de-dicação ao Reino de Deus”, declarou o pastor Carlos Elias de Sousa Santos, pastor pre-sidente da PIB de Campo Grande - RJ. Pastor Fernando Brandão, diretor executivo de Missões Nacionais, foi quem pregou nesta noite de festa. A mensagem foi direcionada àqueles que têm ouvido o chamado de Deus, mas têm resistido. “Quem dera exis-tissem mais Krieger em nossa Nação. Não resista ao chama-do de Deus! Ainda há muito para fazer pelo Brasil e você pode fazer parte desta obra”, declarou o pastor, que res-saltou a importância de par-cerias como a firmada pela

é importante acompanhar, evangelizar e discipular es-ses adolescentes e jovens em conflito com a lei, tanto aqueles que ainda cumprem medidas socioeducativas, como aqueles que já estão egressos. Por meio de di-versas atividades, eles têm

Igreja de Campo Grande. “Essa Igreja é um exemplo. Louvado seja Deus pela vida dos irmãos, que há 30 anos têm sustentado esses missio-nários e muitos outros”.

Assim como a PIB de Cam-

conhecido a Cristo e, através do evangelismo discipulador, assumem um compromisso pessoal com o Senhor e co-meçam a apresentar mudan-ças no comportamento. Além dos internos, também são assistidos funcionários que são reunidos para atividades relacionais como café da ma-nhã e cursos ministrados por pastores e líderes do projeto de evangelismo.

O jovem Ismael Andrade, 19 anos, é um dos frutos desse trabalho. Ele foi apreendido aos 17, por tentativa de ho-micídio. Dentro da unidade

po Grande - RJ, temos experi-mentado o cuidado de muitas Igrejas na obra missionária. São parcerias preciosas como essas que nos levam a avan-çar na conquista da nossa Pátria para Cristo.

Senador Pasqualini, em Porto Alegre, Ismael conheceu o Projeto “Fase Para Cristo”. “Fui resgatado. Eles me pro-porcionaram uma nova vida com o Senhor”, conta Ismael que após cumprir sua medida socioeducativa, virou voluntá-rio do Projeto. “Dou Graças ao Senhor, por ter tido essa oportunidade de mudar de vida. Deus colocou esse pro-jeto no meu caminho e mu-dou a minha história”, conclui o rapaz que hoje trabalha na evangelização de jovens que, como ele, precisam de uma nova chance.

Pastor Guenther Krieger e Wanda Krieger são homenageados pelos 30 anos de parceria missionária com a PIB de Campo Grande - RJ

Pastor Guenter e a esposa são homenageados na PIB de Campo Grande - RJ

“Deus colocou esse projeto no meu caminho e mudou a minha história”“Fases para Cristo” avança na evangelização de menores infratores em Porto Alegre

Adolescentes assistem ao culto dentro de uma das unidades da Fase

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8 o jornal batista – domingo, 09/10/16 notícias do brasil batista

Mais de 750 meni-nas participaram do 40º Congresso das Mensageiras

do Rei da Associação Carioca, no dia 17 de setembro. A Igre-ja Batista em Benfica, da As-sociação Sinai, presidida pelo Pr. Luciano de Souza Araújo, sediou o encontro que deu ênfase a Missões Nacionais e teve como tema “Mensageiras do Rei transformadas pelo po-der do reino de Deus”.

Aconteceu nos dias 2 a 4 de setembro no Acampamento Batista em Pirapu-

tanga (ACAMBAPI), mais um ACAMPAMENTO ESTADU-AL PARA MENSAGEIRAS DO REI DA UFMB-MS. O acampamento aconteceu sob a liderança da Líder Estadual das MR, irmã Maria Regina S. Vargas, com o apoio da liderança da UFMB-MS e contou com a participação de 90 meninas, 20 líderes de organizações representando 11 igrejas batistas de quatro Associações (Norte, Sul, Cen-tro e Pantanal) do Estado do MS. Um dos destaques do Acampamento foi a gincana de conhecimento bíblico, da Organização MR e do livro “A missionária que abriu caminhos”. Sendo o grupo vencedor o da Associação Sul. O outro destaque foi o Programa de Reconheci-

Entre os dias 23 e 25 de setembro a Associação Centro, em Cuiabá, no Mato Grosso, impactou 86 meninas ao promover um retiro de capacitação e crescimento espiritual para as Mensageiras do Rei. O tema do

encontro foi “De volta a inocência”.

Para Raquel Zarnotti dos Santos, representante da UFMBB, que foi a preletora do encontro, “compartilhar com as MR cariocas sobre o Reino de Deus foi uma grande alegria. Partindo da ideia de reino e realeza, fa-lamos sobre o Rei do Reino – nosso Senhor Jesus Cristo, que abriu mão de sua glória e se fez homem para morrer na cruz por nós, para que tivéssemos a oportunidade

mento de Etapas, onde se formaram 20 MR na 1ª etapa, cinco MR na 2ª etapa, duas MR na 3ª etapa e três MR na

de fazer parte de uma linda família – a Família Real do Rei Jesus, cujos membros são identificados por uma Roupa Real – a de nova criatura em Cristo. Diante do que ouviram, muitas meninas ficaram em pé, respondendo ao chamado para uma vida totalmente entregue e trans-formada por Cristo. Oramos para que a semente plantada neste dia floresça para a gló-ria de Deus”!

4ª Etapa, estando assim aptas para continuarem a servir ao Senhor na Organização como futuras líderes.

Congresso da Associação Carioca reúne 750 Mensageiras do Rei

Acampamento Estadual promovido pela UFMB-MS valoriza

a formação de futuras lideranças

Associação do Mato Grosso realiza

retiro para Mensageiras do Rei

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9o jornal batista – domingo, 09/10/16notícias do brasil batista

Lidia B. Pierott Moreira, cordenadora Nacional de Amigos

Um dos contos dos i rmãos Gr imm fala do Flautista de Hamelim, você

conhece? Os irmãos Grimm ouviram esta história através do relato de uma campone-sa, no início do século XIX e a história é assim: a cidade de Hamelim, na Alemanha,

foi infestada por ratos, eram tantos ratos que ninguém suportava mais e seus mo-radores não sabiam mais o que fazer para acabar com os ratos. Um dia, chegou à cida-de um homem que disse ter a solução para o problema. Os moradores então prometeram que lhe dariam uma moeda pela cabeça de cada rato. O homem pegou sua flauta, começou a tocar e hipnotizou os ratos, afogando-os no rio. Quando reivindicou o paga-mento pelo serviço, os mora-dores se recusaram a pagar. O flautista então tocou sua flauta novamente e dessa vez atraiu todas as crianças da cidade, que o seguiram. O flautista levou-as para tão longe, que nunca mais voltaram. Na ci-dade ficaram os habitantes avarentos, com seus celeiros

cheios, mas sob um imenso silêncio e tristeza.

Este conto me faz pensar nas crianças de nossas ci-dades, muitas estão sendo seduzidas por músicas e ensi-namentos que são contrários à Palavra de Deus, às vezes, a própria igreja seduz as crian-ças com entretenimento e ensinos que não têm edifica-do a vida delas. Para onde as crianças estão indo?

Como Igreja de Jesus, pre-cisamos conduzir as crianças ao caminho do céu. Elas pre-cisam conhecer Jesus como Mestre e viverem de acordo com os seus ensinos e não de acordo com os ensinos do mundo. É preciso mostrar a cada uma delas o poder que Jesus tem por ser o Filho de Deus e o valor que Ele dá a todos, pois foi capaz de dar

a sua vida por amar a cada um de nós.

A criança é uma pessoa que precisa de salvação, ela precisa que alguém a ensine que Jesus, o Filho de Deus, foi enviado ao mundo para tornar-se o Salvador de todo aquele que nEle crê. Ela deve aprender que amigo tão espe-cial como Jesus não existe! Ele é incomparável, por isso é muito bom viver com Ele.

Nós precisamos ser mode-los para a vida da criança. Em nosso viver diário devemos refletir a beleza de Cristo para que elas sintam o desejo de serem iguais a Jesus.

O ensino das verdades bíbli-cas deve ser diário, constante, tanto a família como a Igreja tem a responsabilidade dada por Deus de transmitir os Seus ensinos e ensiná-las o caminho

do céu. Quantos ensinos bíbli-cos a família pode dar ao reali-zar o culto doméstico! Mesmo que este não aconteça com todos os membros presentes, é importante que diariamente os pais orem com as crianças e compartilhem com elas as histórias da Bíblia.

Eu e você, que formamos a igreja de Jesus, precisamos agir rápido, pois senão cor-remos o risco de perder as crianças para sempre e se isto ocorrer ficaremos iguais aos moradores de Hamelim, em silêncio e cheios de tristeza. É melhor semearmos a boa semente em seus corações para “voltarmos cantando, cheios de alegria, trazendo nos braços os feixes da co-lheita” (Salmos 126.6), tendo a certeza de que as crianças estão indo para o céu.

Educação Cristã: reflexões para este tempo

Para onde as crianças estão indo?

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NÍVEL DE PÓS-GRADUAÇÃO (STRICTO SENSU)Mestrado em MissiologiaMestrado em Educação Cristã

NÍVEL DE PÓS-GRADUAÇÃO (LATO SENSU)Curso de Educação Cristã

NÍVEL DE GRADUAÇÃOCurso de MissõesCurso de Educação Cristã

NÍVEL MÉDIOFormação de Líderes para o Ensino de MissõesMissões por Extensão

CURSOS DO SEC – SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ

NÍVEL MÉDIOSeminário Aberto à Terceira Idade – 01 ano

Médio em Missiologia – 02 anos

GRADUAÇÃOEducação Religiosa com Habilitação em Missiologia e Ministério Social Cristão – 03 anos

PÓS-GRADUAÇÃOEspecialização em Missiologia (Lato Sensu) - 01 ano e 06 meses

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10 o jornal batista – domingo, 09/10/16 notícias do brasil batista

Coletivo Hatton

Nos dias 02 a 04 de setembro, o Depar-tamento Nacional de Embaixadores

do Rei promoveu no Rio de Janeiro o V Fórum de Con-selheiros de Embaixadores do Rei nas dependências do Seminário Batista do Sul do Brasil, localizado no bairro Tijuca, no Rio de Janeiro. O evento contou com a presença de pelo menos 70 líderes de 7 estados representados (Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Ceará, Pernambuco e Paraná).

Os temas foram espalhados em 15 plenárias. Em três dias de trabalho intenso, os partici-pantes puderam expor e deba-ter os temas pré-estabelecidos em seleção pública. A maioria dos temas abordados era de teor pacífico e poucos foram os temas em que o plenário ficou dividido, sendo neces-sário realizar votação para a tomada de decisão.

Dentro dos temas deba-tidos, podemos destacar a proposta de reformulação do formato pedagógico da Organização Embaixadores do Rei, baseada no trabalho dos postos. A proposta basica-mente prevê a diminuição da quantidade de manuais e de postos. O Conselheiro Lucas

Sônia Mara Costa dos Santos Soares, ministra de Ensino da Primeira Igreja Batista de Cachoeiro de Itapemirim - ES

A Primeira Igreja Ba-tista de Cachoeiro de Itapemirim - ES abraçou com muito

entusiasmo a campanha de Missões Nacionais “É tempo de avançar...Multiplicando o Amor de Deus”.

É com esse entusiasmo que o Ministério de Ensino pro-move desde setembro e parte deste mês outubro o zelo por missões. Em setembro, realizamos os programas que

Mourão Tavares, membro da Primeira Igreja Batista em São Gonçalo (Fluminense), autor da proposta, apresentou resultados de uma pesquisa de cinco anos realizada com líderes de vários estados.

Esta pesquisa detalhou uma realidade de insucesso: as Embaixadas não conseguem levar seus ERs até os postos superiores. A estimativa é de que cerca de apenas 6% dos entrevistados conseguem ter um ER chegando ao posto de Embaixador Emérito em sua embaixada.

Sabatinado após a apresen-tação sobre como ficariam os conteúdos dos postos, Lucas respondeu que “A propos-ta de diminuição de manu-ais e postos não significará a diminuição de conteúdo aplicado. Os temas dos 7 manuais serão separados por eixos e redistribuídos nos 4 novos manuais”. A proposta visa sanar um problema para as embaixadas: o gerencia-mento de muitas “turmas” de postos para poucos con-selheiros. Um ponto impor-tante também solicitado pelo plenário é que as propostas e atividades sejam práticas. Além disso, há a oportunida-de de aproveitar o momento para realizar uma revisão de linguagem textual, mesclan-do conteúdos convergentes e

foram propostos pela Junta de Missões, com boa aceitação por parte das crianças

Tem sido gratificante para nós, professores, ver o in-teresse e envolvimento das crianças através do compro-

retirando alguns tópicos que estão em desuso.

Outra proposta apresentada por Lucas foi a unificação do currículo do Curso de Conse-lheiros, a qual seria feita atra-vés de um programa nacional de Curso de Conselheiros de ER desenvolvido pelo DENA-ER. A ideia é ter um currículo nacional e um controle quan-titativo e qualitativo da forma-ção de liderança ER.

Ao que parece, a questão da Carteira de validade Nacional do ER também está com sua regulamentação garantida. Os DCER Carioca, Mineiro e Pau-lista foram ao fórum dispostos a encontrar uma solução para a questão, já que os mesmos emitem carteiras e querem ter a sua validade garantida em todo território nacional. O tema foi debatido no mo-mento em que o DENAER apresentava um Sistema de

misso de oração pelos mis-sionários, de contribuição, e atitudes práticas que demons-tram amor ao próximo.

Os roteiros permitiram com que os professores pudessem contextualizar as histórias bí-

Gerenciamento Operacional (SGO), o qual contará com um cadastro único nacional. Uma proposta conciliatória, que dispensou até votação, foi a de que os DCER poderão emitir a carteirinha, que terão validade nacional, mas terão que ter um modelo único com o DENAER. O prazo para que haja essa reestruturação com o propósito de unificação é janeiro de 2018. A partir desta data, somente a nova carteira de ER nacional terá validade.

Enquanto comissão gestora do DENAER, os conselheiros de ER Igor Andrade e Fabiano Lessa também apresentaram o edital que regulamentará a escolha de sedes de ONIER e ERER. O edital tratará de questões técnicas e operacio-nais para aqueles DCERs que querem sediar um dos even-tos. A ideia é usar os critérios do edital como parâmetro

blicas com o momento atual que vivemos, e percebemos que, de fato, as crianças não estão alheias a esse cenário tão difícil que a nossa Nação vive.

Nós cremos que as crianças

para tornar o DCER elegível ou não ao pleito.

No decorrer do fórum, ou-tros temas também foram de-batidos: um novo hinário, pro-posta de definição de atuação estrutural da organização na denominação (DAER, DCER, DENAER), além de comer-cialização de produtos ERs. Também esteve presente o pastor Felipe Oliveira, que apresentou ao plenário os de-safios da Campanha “Sempre Embaixador”, com o apoio do irmão Raphael Sobrinho. Tal campanha visa a recuperação do Sítio do Sossego, interditado há um ano. A expectativa é que ele seja aberto até janeiro, quando será realizado o AN-VER (Acampamento Nacional). A Campanha teve palavra de apoio e reforço do executivo da Convenção Batista Brasi-leira, pastor Sócrates Oliveira de Souza, que prestigiou o evento, além de anunciar o lançamento da Bíblia do Em-baixador do Rei, especialmen-te feita e toda personalizada para a Organização ER.

Conheça a campanha de recuperação do Sítio do Sossego:

www.sempreembaixador.com.br

Site do ANVER:www.anverss.com

têm entendido que a maior carência que uma pessoa pode ter é a carência do amor de Deus, e entendido tam-bém que elas são responsá-veis em cumprir a missão que Jesus nos deixou.

Departamento Nacional de Embaixadores do Rei realiza Fórum de Debates

Crianças e missões em Cachoeiro de Itapemirim - ES

Junior representando Neemias, falando da importância de espalhar a Palavra de Deus

Crianças de uma das turmas com os cartões de oração, com os pedidos orientado pela Junta de Missões

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11o jornal batista – domingo, 09/10/16missões mundiais

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

Entramos na quinta edi-ção da Campanha “Doe Esperança” com um de-safio ainda maior: res-

gatar a infância de crianças re-fugiadas, a chamada “geração perdida”, segundo a Organiza-ção das Nações Unidas (ONU). Meninos e meninas que já nasceram na guerra e carregam no coração e na mente a dor de perdas irreparáveis. Mas algumas perdas são possíveis de serem recuperadas. Quere-mos ajudar a resgatar a infância destas crianças. Como preten-demos cumprir esta missão? Com o seu apoio no desenvol-vimento do Projeto “Tenda de Brincar”, idealizado para atuar diretamente na identificação e tratamento dos traumas destas crianças. Inicialmente, quere-mos implantá-lo em campos de refugiados no Oriente Médio.

O total de pessoas deslocadas – homens, mulheres e crianças

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Foi nos anos 1930 que aconteceu a primeira tentativa de se reunir re-presentantes dos Batistas

de países da América Latina em uma organização que promo-vesse a integração denomina-cional no continente. Porém, isso só aconteceu em 1976, com a fundação da União Ba-tista Latino-Americana (UBLA), que no último dia 16 de se-tembro completou 40 anos. O primeiro presidente foi o pastor brasileiro João Falcão Sobrinho.

A UBLA é a organização cris-tã evangélica que reúne as con-venções, uniões e fraternidades das Igrejas Batistas da América Latina e Igrejas associadas dos Estados Unidos de língua es-panhola. Além disso, a UBLA é um dos seis agrupamentos continentais com representação na Aliança Batista Mundial.

Culto na Bolívia marcou aniversário da UBLA

A União Batista Latino-Ame-ricana (UBLA) completou 40

forçadas a deixar suas casas em razão da guerra ou de persegui-ções – passa de 65 milhões em todo o mundo, segundo dados divulgados em junho deste ano pela Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). Trata-se da maior crise de refugiados e migração desde a Segunda Guer-ra Mundial. O estudo revela ain-da que mais da metade destas pessoas têm menos de 18 anos de idade. Milhares são crianças que viram a guerra de perto ou fugiram de conflitos e da misé-ria em seus países de origem. A “geração perdida” já nasceu na guerra. São meninos e me-ninas carentes da verdadeira infância e da esperança de se tornarem adultos melhores do que aqueles que lhes roubaram o direito de brincar e até mesmo de conviver com seus pais. A grande maioria vive hoje em acampamentos de refugiados, sem ou quase nenhum acesso à educação e a brincadeiras neces-sárias ao crescimento saudável de qualquer ser humano.

anos de fundação no dia 16 de setembro, quando foi realizado na Bolívia um culto solene de gratidão a Deus.

Para representar Missões Mundiais, estiveram na Primei-ra Igreja Batista de Santa Cruz, em Santa Cruz de la Sierra, os pastores Ruy Oliveira Jr. (coor-denador para América Latina) e Elbio Marquez (missionário no Paraguai), além do casal Amé-rico e Talitha Monje, atuantes na cidade boliviana.

Durante o culto, o pastor Ruy entregou, em nome do diretor executivo, pastor João Marcos Barreto Soares, à liderança da UBLA uma placa em home-nagem e reconhecimento a sua “Importância na missão de levar a mensagem da esperan-

Tenda de BrincarMissões Mundiais convida

você a presentear crianças re-fugiadas neste Natal. Ao apoiar o Projeto “Tenda de Brincar”, você ajudará estes pequeni-nos a escreverem uma nova história.

Inicialmente, cada Tenda de Brincar receberá, diariamente, cerca de 25 crianças, de 04 a 06 anos de idade, divididas em dois turnos. É a partir desta fai-xa etária que, segundo a Asso-ciação Pró-Evangelização das Crianças, 85% das crianças se convertem ao Evangelho de Cristo. Na Tenda de Brincar, elas terão acesso a brinque-

ça em Cristo até os confins da Terra”.

Um pouco de históriaEm setembro de 1975, em

uma reunião da Aliança Batista Mundial realizada em Lima, capital do Peru, representantes de sete convenções nacionais e cinco agências missionárias decidiram organizar a UBLA, que seria formada por todas as convenções e uniões Batistas da América Latina, esperando--se também a participação e apoio das agências.

Um ano depois, no dia 16 de setembro de 1976, reu-niram-se em Cochabamba, na Bolívia, representantes Batistas de Argentina, Bra-sil, Bolívia, Colômbia, Chile,

dos e atividades recreativas desenvolvidas por missioná-rios-educadores devidamente capacitados ao convívio com pessoas marcadas por pro-fundas feridas psicológicas e espirituais.

Como participarVocê pode se envolver com

a Campanha “Doe Esperança 2016” de duas maneiras.

1. OferteCom a sua doação, equipare-

mos a tenda com brinquedos e outros materiais para que meni-nos e meninas possam fazer o que você mais gostava quando tinha a idade delas: brincar. Sabemos que felicidade não se compra, mas brinquedos sim. E crianças são muito mais felizes quando têm a oportunidade de brincar. Doe tempos felizes, doe memórias alegres, doe esperança! Para ofertar a partir de R$ 25,00, acesse os sites www.doeesperanca.org.br ou www.missoesmundiais.com.

Equador, México, Paraguai e Venezuela, além de enviados da Missão Batista Canadense, International Mission Board (IMB, agência missionária da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos), Missão Batis-ta Conservadora e da Aliança Batista Mundial para constituir a UBLA. Esse ato foi levado a efeito pelo voto unânime dos presentes àquele encontro histórico.

A primeira diretoria da UBLA, com representantes das convenções nacionais e agên-cias missionárias, teve como presidente o pastor João Falcão Sobrinho, pastor emérito da Primeira Igreja Batista de Irajá, no Rio de Janeiro, e falecido em 2014.

br/relacionamento. Se preferir, ligue para nossa Central de Atendimento: 2122-1901 (ci-dades com DDD 21) ou 0800 709 1900 (demais localidades). Estamos no WhatsApp: (21) 98884-5414 e também no e--mail: [email protected].

2. Envie mensagensOutra forma de participar é

enviando para [email protected] vídeos, fotos e tex-tos falando sobre a brincadeira que marcou a sua infância. Estas mensagens serão usadas para estimular a criatividade dos missionários-educadores da Tenda de Brincar no conví-vio diário com as crianças.

Meninas e meninos refu-giados precisam crescer em estatura, graça e conhecimento diante de Deus e dos homens. A “geração perdida” e deslo-cada por guerras anseia por conhecer a mensagem do Evan-gelho. Doe Esperança!

O objetivo da nova organi-zação era a cooperação entre as convenções, o planejamen-to dos trabalhos missionário, evangelístico e educacional com outros ministérios, além de estimular o companheiris-mo e o intercâmbio de ideias, experiências e projetos. Outro alvo é implementar projetos específicos que dificilmente po-deriam ser realizados somente por uma convenção ou agência missionária.

Em abril de 2004, a UBLA aprovou uma reunião em Cali, na Colômbia, uma mudança em seu estatuto para aceitar como seus membros as con-venções, uniões e fraternida-des, instituições, denomina-ções batistas, Igrejas e indiví-duos pertencentes às Igrejas batistas dos respectivos países de toda a América, reconheci-dos e aceitos de acordo com os regulamentos da organização.

Desde 2009, o pastor vene-zuelano Ivan Martinez ocupa a Presidência da UBLA, cargo no qual permanece até 2017. O diretor-geral é o pastor equa-toriano Parrish Jacome.

União Batista Latino-Americana completa 40 anos

Doe Esperança à geração perdida

Pastores Elbio Marquez, à esquerda, e Ruy Oliveira Jr., à direita, participaram de culto pelos 40 anos da UBLA

Pastor Ruy Oliveira Jr., à esquer-da, entrega placa da JMM à UBLA

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12 o jornal batista – domingo, 09/10/16 notícias do brasil batista

Pa s t o r e s e s e m i -na r i s t a s Ba t i s t a s oriundos das várias regiões do Brasil,

que unidos sob o mesmo propósito e visão bíblica conservadora, que não pos-sui interesses separatistas, sectários, divisionista ou coisa que o valha, vem mui respeitosamente, dirigir--se à redação de O Jornal Batista e ao Executivo da Convenção Batista Brasi-leira, denominação à qual pertencemos e amamos, expressar nosso repúdio aos textos de linhas liberais que vem sendo constante-mente veiculados em nosso órgão oficial de informa-ção. Desta fei ta, dentre outras matérias, das quais discordamos de modo ve-emente, por se tratarem de assuntos que, ao nosso ver, são de interpretações contrárias ao princípio da suficiência e autoridade das Escrituras, queremos nos posicionar contrários ao texto do Sr. Marcelo Dutra, conforme citado acima.

Sobre o referido texto, en-tendemos que ele expressa uma humildade arrogante, amor rancoroso e piedade mundana, atr ibutos que poderiam ser atribuídos ao texto no qual, quem não pensa como o autor, é me-recedor de uma vergonha pública.

O autor, ao que nos pare-ceu, é alguém que defende a política e a ideologia de

esquerda liberal, mostran-do-se legislativamente in-gênuo e eticamente fora da moralidade comprometida com a Bíblia.

Eis alguns exemplos da arrogância e incoerência do autor do texto:

1) É errado propor uma lei para que igrejas possam ser capazes de questionar o Supremo Tribunal Federal através de ADIN (ação dire-ta de inconstitucionalidade) ou, ainda, fazer qualquer tipo de lei que aumente a isenção tributária de igre-jas (se fosse outra entidade civil organizada poderia? Caso um setor ou atividade econômica pedisse algo semelhante seria errado?). Lembrando que o Congres-so é uma casa representati-va em seu conceito básico e serve para isso defender os interesses nacionais e es-pecíficos dos seus eleitores.

2) Por outro lado, o autor que toma para si a autori-dade de exortar aos irmãos batistas, se utiliza de um posto que não lhe cabe, para defender pontos que são caros para quem leva à sério o compromisso com a Palavra de Deus e que defenda uma hermenêutica histórico-gramatical.

O referido autor se ali-nha com progressistas que desprezam o conceito de pecado supracultural. Por exemplo, para o autor não é flexibilização ética de-fender o aborto, manter a

impunidade de menores criminosos e ampliar direi-tos dos homossexuais (lem-brando que direitos civis já foram garantidos e o que falta é a regulamentação de um casamento). Se isso do ponto de vista bíblico não é flexibilização ética, o que seria então?

No alto de sua autoridade, julgando quem pensa dife-rente, o articulista chama de hipócrita e declara haver um descompasso entre éti-ca e prática a quem pensa diferente dele. Mas quem é hipócrita e incoerente? O autor joga rótulos e atri-bui pecados nas costas de personagens que peguem a carapuça sem dar qualquer exemplo real, fatual e espe-cífico. Mesmo no exemplo dado por Eduardo Cunha como político evangélico, o articulista pega o exemplo midiático. Coloca na vala comum das generalizações, todos os evangélicos que se arvoram pela política como corruptos e que a bancada evangélica cumpre apenas o papel ao fisiolo-gismo. Ele se esquece que os que cassaram Eduardo Cunha são os mesmos que o colocaram lá, usaram sua liderança para os seus pro-pósitos políticos governa-mentais e passaram para o lado de se tornarem os seus algozes, como se houvesse na questão Cunha os bons contra ele e os maus a favor dele, embora saibamos que

um dia todos estiveram do lado dele.

Mas o cerne do artigo é em quem votar. Concorda-mos que não devemos votar em qualquer crente. Mas devemos votar em pessoas que tenham uma cosmovi-são cristã. Isso é algo que daria um outro tema para arrazoar. Mas votar num ateu com os seus pressu-postos materialistas é tão errado quando votar num crente fraco, mal prepara-do e sem uma cosmovisão alicerçada no cristianismo. Votar num ateu deve ser, para o cristão, inadmissível.

Assim, nos posicionamos contrários ao texto e re-queremos a publicação de nosso posicionamento na próxima edição de O Jornal Batista.

Na certeza de que tere-mos o direito a expor nosso posicionamento. Nos subs-crevemos abaixo:

Pr. Sebastião Roberto Vaz Moreira; Pr. Joaquim José da Costa Dias; Pr. Flávio de Andrade Viana; Pr. Di-nelcir de Souza Lima; Pr. Ezequias Amâncio Marins; Pr. Lucas Carvalho; Sem. Péricles Luiz Russo de Oli-veira; Pr. João Marcos Mury de Aquino; Pr. Alexsandro Marcondes Teixeira; Pr. Ab-mael Araujo Dias Filho; Pr. Jorge Henrique Sypriano; Pr. Saury Alvarenga dos San-tos; Pr. Gilberto Araújo da Paz; Pr. Anderson Alcides; Everson Chaves Silva; Sem.

Vander Mendes Gonçalves; Pr. Manoel Jorge de Oliveira Paiva; Pr. Cremilson Rezen-de Meirelles; Pr. Wagner de Andrade; Pr. joversi Xavier Ferreira Junior; Pr. Judson Júlio Torres; Pr. Zacarias chaves da Silva; Sem. Jô-natas Ornelas Duarte; Pr. Edil Nogueira Netto; Pr. Adriano Faria Ferreira; Pr. Francisco de Assis de Pe-reira de Lima; Pr. Jonazel-ton Nogueira da Silva; Pr. Douglas Santos Tomé; Pr. Fábio Guilhermino da Silva; Jerry Adriani Soares Gan-dra; Pr. Ronem Rodrigues do Amaral; Pr. Antonio de Moraes Regly; Pr. Rodrigo Odney dos Santos Cunha; Sem. Sebastião Max Dos Santos Macedo; Pr. Geliel Neto Silva; Pr. Cleonilson Almeida Santos Soares; Pr. Alex Cordeiro; Pr. Vagner Coelho Pontes; Pr. Pablo Rodrigo Ferreira; Pr. Edu-ardo Nunes; Sem. Marcos Antonio Schittino Júnior; Pr. Neurinam Coelho Marques; Pr. Tony Max F. de Oliveira; Pr. Ivis Costa Fernandes; Pr. Cezar Augusto Sanches; Pr. Marcelo da Silva Bologna; Sem. Werveton Mury Cam-pos; Pr. Willes José da Silva; Pr. Jose Luiz S. da Silva; Pr. Paulo Eufrasino da Silva; Fernando Ferreira Chrispim; Vanderson Perrut de Faria; Sem. Rodrigo Pereira da Sil-va; Pr. Luis Fernando Santos Pereira; Ackley de Almeida Fontes; Pr. Leonardo Bohrer Schittino.

Requerimento em relação ao artigo do Sr. Marcelo Dutra em O Jornal Batista

edição no 38 – 18/09/2016 – pág. 14

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OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 09/10/16notícias do brasil batista

Gilmar Pereira de Souza, membro da Primeira Igreja Batista de Niterói - RJ

Mineiro nascido em Carangola - M G , n o d i a 23 de julho de

1952, o médico Jairo Breder completou 64 anos no mês de julho de 2015, vindo a falecer dois meses após, em setembro. Como ele mesmo dizia: “Deus está me dando seis anos de prorrogação”, mas aprouve a Deus levá-lo após seis anos de luta contra o câncer.

Com tão pouca idade, ele nos deixou um legado, com-provando que quando o ser humano quer e desde que seguindo as orientações divi-nas, consegue atingir alvos e realizações incríveis.

Aos sete anos de idade, seus pais, Dúlcio e Lindau-ra, com seus sete filhos, mudaram-se para Niterói - R J , v indos de Manhu-mirim - MG à procura de vida melhor e estudo para os filhos.

Aos 21 anos de idade gra-duou-se em Farmácia e Bio-química pela Universidade Federal Fluminense; com 23 anos ingressou no Exército Brasileiro como tenente e exerceu seu trabalho em um laboratório de análises clínicas.

No ano de 1978 casou--se com Márcia Janson Ney Rocha, na Igreja Batista em Icaraí, em Niterói. Ela, en-fermeira do Ministério da Saúde e professora de En-fermagem da Universidade Federal Fluminense - UFF.

Mas o desejo do coração do Jairo Breder Rocha era fazer Medicina. Ingressou no curso em Nova Iguaçu - RJ e formou-se aos 29 anos,

especializando-se em Pato-logia Clínica.

Como Bioquímico e Pato-logista, montou seu 1º Labo-ratório de Análises Clínicas e expandiu sua rede com várias filiais. Tornou-se um empresário evangélico bem sucedido.

Só que esse servo do Se-nhor, ao crescer, jamais se esqueceu das verdades di-vinas e passou, de forma crescente, a colaborar exem-plarmente com a obra social evangélica.

Em Niterói, apoiou forte-mente o Instituto Evangélico, que atende pessoas carentes, com médicos, dentistas e assistência social. Fundou o CAAIDS - Centro de Atendi-mento e Atenção a portado-res de HIV e suas famílias. Estas duas Instituições con-tinuam em pleno funciona-mento após seu falecimento.

Muitos dos pacientes des-tas instituições entregaram suas vidas a Jesus, buscaram

Igrejas locais e encontram-se hoje integradas no trabalho do Senhor.

O CAAIDS ainda recebe alimentos arrecadados em Hortifrutis, supermercados e doações das Igrejas locais para atender aos pacientes e suas famílias, resultado de um profícuo trabalho de incentivo e coordenação junto às comunidades, que foi implantado pelo doutor Jairo Breder Rocha.

Dos seus seis filhos, três são médicos como ele. Os quatro primeiros são casa-dos; teve a oportunidade de conviver também com seis netos.

Apesar dos compromissos empresariais, obras sociais e família, o casal Jairo e Már-cia conseguia ainda minis-trar frequentes palestras em diversas Igrejas evangélicas em Encontros de Casais so-bre “Relacionamento conju-gal e educação sexual”. Jairo também escreveu o Livro “O

que Deus uniu não o separe o homem”.

Além da cooperação com a Aliança Bíblica Universitá-ria - ABU e com a Aliança Bí-blica de Profissionais – ABP, Jairo era membro atuante dos Gideões Internacionais - campo 26 - Niterói Leste, tendo sido membro ativo da Primeira Igreja Batista de Itaipu - Niterói - pastor Mar-cos Tristão, que junto com o pastor Ebenézer Soares Fer-reira – Primeira Igreja Batista de Niterói, e diretor-geral do Seminário Teológico Batista de Niterói (STBN) - deram todo o apoio durante seus seis anos de luta contra a doença.

Doutor Jairo Rocha sempre deu seu firme testemunho sobre o que Deus vinha con-cedendo a ele durante o pe-ríodo da sua doença. Até o último momento não deixou de lutar e contar as bênçãos recebidas.

“Doutor Jairo foi a prova

viva do poder de Deus em realizar milagres; ele viveu o verdadeiro milagre em seus últimos anos de vida e glorificou o nome do Se-nhor com seu exemplo e seu testemunho, deixando um legado de serviço cris-tão a ser seguido”, afirmou o pastor Waldiney Leal, do ministério da Família da PIB Itaipu - Niterói - RJ.

Louvamos a Deus pela fa-mília Breder Rocha, rogando ao Senhor da seara que ins-pire o povo evangélico, a fim de que possam surgir novos líderes com potencial e ca-pacidade para incrementar a ação social dos evangélicos no Brasil e no mundo, com testemunho de vida cristã tão relevante e inspirador quanto o doutor Jairo, cujos efeitos são projetados até hoje, e com resultados que só a eternidade poderá re-velar.

O apóstolo Paulo, ao es-crever uma linda mensagem aos Filipenses, pontuou de maneira clara: “Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salva-dor, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser con-forme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Fp. 3.20).

Podemos então glorificar o precioso nome do Senhor Jesus, que recebeu o nosso amigo e irmão Jairo Breder Rocha de braços afetuosa-mente abertos, concedendo a ele um novo e especial corpo celestial, resistente a toda prova de tempo e ainda revestido da glória de Deus, para viver pela eternidade afora nas primícias celestiais. Deus seja louvado e exalta-do para sempre.

Jairo Breder, um exemplo de vida a ser seguido

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14 o jornal batista – domingo, 09/10/16 ponto de vista

O d i s c í p u l o d o Senhor Jesus é sempre criativo. Sendo aluno do

Mestre Criador, o discípulo não pode ser diferente. Pau-lo foi um discípulo criativo e empreendedor. Percebemos claramente alguns traços distintivos da sua criativi-dade: visão, treinamento de pessoas, compromisso com a missão de Cristo e cons-tante aperfeiçoamento. Sem dúvida, Paulo é um exemplo de discípulo comprometido com Cristo às raias da mor-te (II Coríntios 6.4-10). Ele foi criativo do princípio ao fim. Ele possuía uma pai-xão apostólica. Detinha um DNA missionário. O seu coração estava integralmen-

Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB

Na famosa Grande Comissão, nar-rada pelo evan-gelista Mateus,

a ênfase recai sempre na expressão “Ide por todo mundo”, e as aplicações são sempre voltadas a olharmos o mundo como o campo missionário, a sairmos da nossa zona de conforto, e que temos a ordem de Je-sus para pregarmos. Tudo isso é verdade, todavia, o “ide” só faz sentido quando

te focado na expansão do Reino a partir do Oriente (Jerusalém), até chegar ao Ocidente (Roma), sem impe-dimento algum (Atos 28.31). Era um homem comprome-tido com a excelência da missão.

No seu encontro com os pastores de Éfeso, na cidade de Mileto, ele testemunhou: “Mas em nada considero a vida preciosa para mim mes-mo, contanto que eu com-plete a carreira e o minis-tério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus” (At 20.24). É impres-sionante nesse discípulo criativo a consciência bem amadurecida da missão que ele recebeu de Cristo (Atos

é acompanhado do restante das orientações de Jesus. O “ide” fora do seu contexto é somente a mola que nos empurra para o campo, mas ao chegarmos lá, faremos o quê? No campo, chamado mundo, ou seja, qualquer local geográfico que Deus nos levar devemos “fazer discípulos”. Não basta ter-mos disposição para irmos, precisamos ir e fazer o que tem que ser feito. Temos um chamado para ir fazer discípulos, ou seja, investir nossas vidas em novos discí-pulos de Jesus, “ensinando-

9.15,16; I Coríntios 9.16). O aprendiz criativo é um visionário. Como o Senhor Jesus ensinou, Ele vê os cam-pos que estão brancos para a ceifa (João 4.35). Há um compromisso com a expan-são do Evangelho em todo o mundo. Ele não retrocede, mas avança, olhando sem-pre para Jesus, o Autor e o Consumador da fé (Hebreus 12.1-2).

O discípulo, à semelhança de Paulo, tem estratégia. Ele tem um plano de trabalho e o executa com destreza. Ele semeia a Palavra, ora pelas pessoas que a receberam e mantém contato com elas. O seu relacionamento é criativo. Ele não perde o foco. A sua estratégia está

-os a guardar” tudo o que Jesus nos ensinou.

Quando enfatizamos o “ide” podemos perder de vista a finalidade da ordem de Jesus. Ele nos faz olhar para o mundo como um campo missionário carente da mensagem de salvação, mas também nos dá o roteiro de atuação no mundo. Nossa missão é fazer discípulos. E quando entendemos que precisamos fazer discípulos, nós começamos a perguntar onde e como. A localidade geográfica não é prioritária, a prioridade passa ser “fazer

fundamentada no seu com-promisso com Cristo Jesus. Uma das suas mais vigoro-sas estratégias é o treina-mento de pessoas e o seu estímulo a esse ministério. Foi isso que ele fez com os líderes Timóteo, Tito, Epafrodito, Silas e tantos outros. O seu compromisso era preparar pessoas para a obra do ministério. Treinar pessoas para ensinarem a outras. Não existe sucesso sem sucessor. O discípulo criativo é movido pela pai-xão missionária.

O aprendiz criativo tem como meta o aperfeiçoa-mento constante. Preso em Roma, o apóstolo Paulo pede a Timóteo os seus li-vros, pergaminhos que ele

discípulos”. O mundo é o nosso campo de atuação e as pessoas que nos circundam no cotidiano são as que de-vemos discipular.

Quando entendemos que a missão de fazer discípulos é a missão mais nobre desse mundo, pois é ensinar as pessoas a se reconciliarem com Deus, ouvirem o Evan-gelho e trilharem a caminha-da da eternidade, deixamos de perder tempo e passamos a trabalhar para o que re-almente importa. Quando percebemos o quanto pode-mos fazer em prol do cres-

havia deixado em Trôade, na casa de Carpo (II Timóteo 4.13). O discípulo de Jesus nunca para de aprender. O seu aprendizado é constante e prazeroso. Aprende para poder ensinar, pois quem para de aprender cessa de ensinar. Aquele que não fica sentado para aprender não pode ficar em pé para ensi-nar. Ele tem consciência de que a sua capacidade vem do Senhor (II Coríntios 3.5). Vale a pena ser um discípulo criativo. É valioso demais ser discípulo do Mestre que deu a Sua vida por nós. O Senhor Jesus espera que sejamos discípulos criativos para a edificação da Igreja, para a salvação dos perdidos e para a Glória de Deus Pai.

cimento do Reino de Deus através do discipulado não deixamos mais de investir em vidas. Esse investimento promove salvação, transfor-mação e redirecionamento, e só faz essas coisas discípu-los que amam a Jesus e que cumprem a missão dada por Ele. Cristo nos impulsiona a irmos, a sairmos da nos-sa zona de conforto, mas revela que nossa missão no contexto chamado mundo é “fazermos discípulos de to-das as nações”. Jesus mostra a expansão da nossa missão de discipulado: o mundo.

Discipulado: missão nobre

Discípulo criativo

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15o jornal batista – domingo, 09/10/16ponto de vista

OBSERVATÓRIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

Nos últimos artigos temos menciona-do diversos aspec-tos da Igreja como

comunidade e hoje temos o desafio de demonstrar o seu papel profético, isto é, o seu papel “noutético” – que vem de uma palavra grega do Novo Testamento que significa “colocar na mente”, convencer. Ao viver o Evan-gelho em suas implicações, os crentes da Igreja Primi-tiva causavam alteração no ambiente em que viviam. Vejam o depoimento que davam deles: “Aqueles que estão transformando (tra-dução do original grego) o mundo chegaram até aqui.” (Atos 17.6.12).

Então, este papel profético tem a ver com a influência que, como Igreja, como cren-tes, temos diante do mundo, da sociedade, da cultura con-temporânea e diante de cada um de nós, pois também é uma ação interna. No contex-to bíblico, a palavra “mundo” tem um significado especial, pois geralmente se refere ao curso desta vida, ao estilo de vida adotado pela humani-dade decaída no pecado e governada por Satanás e seus valores e princípios éticos que orientam as decisões das pessoas.

Para nos ensinar, Jesus uti-lizou recursos de linguagem que nos aproximam da per-cepção concreta do que ele queria nos transmitir, tais como parábolas, ilustrações do cotidiano, etc. Por exem-plo, mostra o envolvimen-to do cristão com o mundo por meio de dois elementos presentes no nosso dia a dia – sal e luz (Mateus 5.13-16).

Tanto o sal, quanto a luz têm diversas características interessantes das quais des-tacamos a influência, isto é, sempre atuam no ambiente em que estão. A luz avança sobre as trevas e nos mostra

o que está escondido, indica o caminho seguro. O sal pe-netra no alimento e altera o seu sabor.

Com a mesma figura da luz, o apóstolo Paulo destaca ainda nosso papel neste mun-do caótico em que vivemos, onde há bondade, alegria, mas também violência pro-miscuidade, corrupção, ego-ísmo, inveja, traição. Nosso papel, tendo uma biografia – sendo filhos de Deus – é ser irrepreensíveis, sinceros, ser “luzeiros”, isto é, indicado-res do caminho da verdade, não apenas salvadora, mas também da verdade que está ligada aos valores bíblicos e cristãos norteando o caminho da vida com princípios éticos sadios, honestidade, amor, respeito, humildade, paciên-cia, mansidão, pacificação, respeito ao ambiente, socorro ao necessitado, distribuição justa de bens e oportunidade de trabalho/sustento, mas também com a criação de oportunidades de desenvolvi-mento digno da vida de cada ser humano. O texto cha-ve está em Filipenses 2.15: “Para que vos torneis irrepre-ensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e cor-rupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo”. Por isso mesmo, o mundo aguarda a manifestação dos filhos de Deus (Romanos 8.18-21) com seu estilo bíbli-co e saudável de vida.

Na oração sacerdotal Jesus salta para a linguagem literal: “Pai, rogo não que os tires do mundo” (João 17.15). Assim, somos enviados ao mundo (vs.18) não para vivermos a partir dos seus valores e princípios éticos (Romanos 12.2), mas para vivermos para e por Cristo nele (II Co-ríntios 5.15). Mesmo porque este mundo (no grego “aion”) é governado por Satanás, o príncipe das trevas (Efésios

2.1-10) e tem como prática inverter os princípios e va-lores divinos (Isaías 5.20), de modo a levar as pessoas a viverem orientadas pelos seus valores éticos (Efésios 2.2), especialmente hoje di-vulgados pelos massivos de comunicação.

No mundo hipermoderno, a valorização da vontade pessoal se torna fundamental, a autonomia da pessoa é o ponto de partida. Mas o ser humano foi criado para ser ligado aos ideais divinos de vida (Gênesis 1-2) e, assim, o conflito entre estas duas ideologias leva-nos a ser-mos espetáculo do mundo (I Coríntios 4.9), motivo de marginalização, segregação. Por isso mesmo, Paulo indica para não “nos conformar-mos” a este mundo (Romanos 12.2), isto é, assumirmos seus valores e ideais de vida.

Assim surge uma questão séria que se aplica a cada cristão, a cada Igreja: qual tem sido a influência da so-ciedade presente em nossas decisões pessoais, nos pa-drões de conduta na vida diá-ria, na adoração, na vivência da Igreja? Somos desafiados a sermos sal e luz, como vi-mos, não esponja ou mesmo óleo. Este separa, segrega, marginaliza, aquela absorve e assume os valores con-temporâneos como finais e determinantes. Não há como ficarmos em silêncio sobre isso com o risco de estar-mos cometendo o pecado da omissão (Tiago 4.17).

Estes desafios demonstram claramente o papel do Cris-tianismo, das Igrejas, dos cristãos em relação ao mun-do à sua volta, em relação à sociedade e ao cotidiano. Nosso papel é viver inseridos no mundo, na vida, é influen-ciarmos ao meio ambiente em que vivemos, como a encarnação de Jesus aqui na terra, transformadores da

realidade, em vez de sermos seus consumidores.

Esta característica do sal e da luz me leva a pensar na função profética da Igreja, não somente denunciando os males sociais, econômicos e políticos, mas também como instrumento de transforma-ções estruturais na sociedade e no mundo. O cristão e a Igreja não podem viver isola-dos do mundo como ocorreu na época dos mosteiros e ordens religiosas do passado. Antes de ser crucificado, Jesus orou ao Pai “Não peço que os tires do mundo ... eles não são do mundo...a fim de que todos sejam um...para que o mundo creia que tu me en-viaste” (Jo 17.15,16,21,22). O que precisamos, então, não é nos isolar do mundo, mas saber qual é o nosso papel perante ele. Desde o prin-cípio deve ficar claro que o Evangelho não é hóspede do estilo de vida do mundo, mas seu juiz e redentor (“Contex-tualização – uma Teologia do Evangelho e da Cultura”. Vida Nova. Nicholls, p. 13). Sendo assim, o Evangelho é colocado acima da cultura e tem sobre ela o papel trans-formador. Temos de aprender a manter o equilíbrio entre o isolar-se do mundo e o se envolver tanto a ponto de ser por ele contaminado no campo dos ideais e valo-res que influenciarão nossas decisões e escolhas diárias. Paulo nos admoesta: “Não vos conformeis com (moldar a vida conforme) este mundo, mas transformai-vos (Roma-nos 12.2).

Mas será que perdemos a nossa função profética? Se mudássemos de onde esta-mos, alguém sentiria falta? Por que estamos afastados da vivência cotidiana e tran-cafiados dentro de nossos “templos-guetos” vivendo apenas um Evangelho do-minical e escatológico que

lança o significado da vida e tudo o mais para a eterni-dade? Nosso papel não é ser sal ou luz da Nova Jerusalém, mas aqui deste mundo.

Parece-me que estamos preparando as pessoas ape-nas para a morte e a vida no além, deixando de discutir, por exemplo, os dilemas do mundo contemporâneo e como podemos superá-los por meio da aplicação da visão e cosmovisão bíblica. Deixamos que os não cris-tãos ditem a nossa agenda de vida com a aprovação de leis e procedimentos públicos que se chocam com nossos ideais.

Jesus orou para que Deus não nos tirasse do mundo, mas persistimos em viver longe do mundo em nossos “mosteiros eclesiásticos” ten-tando viver em um dia da semana – domingo – o cris-tianismo de sete dias, o que eu chamo de “Síndrome de Extrato de Tomate Elefante”. Estamos deixando de viver o cristianismo em tempo inte-gral. Reduzimos cristianismo em atividades, programas e eventos, em vez de vida comprometida com os ide-ais cristãos onde estivermos. Conseguimos reduzir a Gran-de Comissão num imperativo equivocado de IR, e quem não pode ir para o campo missionário, então que pague a conta com sua oferta no dia de missões, enquanto que o imperativo da Grande Comis-são (Mateus 28.19-20) está em fazer discípulos, ter, portanto, “vida copiável”.

Qual é o papel da Igreja perante o mundo? Como a Igreja deve viver no mundo? Temos aqui a função ou mis-são profética da Igreja que Deus deseja que cumpramos. No próximo artigo citaremos, pelo menos, três ações que a Igreja pode operacionali-zar para concretizar esta sua função.

Estudos sobre a Igreja (13) - A Igreja como comunidade

profética - (parte 1)

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