a segurança contra o incêndio no brasil (pronatec)

Upload: diego

Post on 28-Feb-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    1/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    2/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    3/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    4/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    5/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    6/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    7/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    8/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    9/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    10/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    11/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    12/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    13/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    14/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    15/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    16/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    17/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    18/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    19/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    20/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    21/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    22/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    23/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    24/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    25/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    26/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    27/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    28/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    29/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    30/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    31/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    32/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    33/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    34/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    35/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    36/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    37/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    38/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    39/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    40/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    41/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    42/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    43/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    44/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    45/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    46/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    47/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    48/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    49/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    50/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    51/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    52/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    53/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    54/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    55/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    56/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    57/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    58/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    59/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    60/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    61/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    62/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    63/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    64/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    65/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    66/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    67/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    68/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    69/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    70/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    71/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    72/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    73/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    74/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    75/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    76/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    77/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    78/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    79/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    80/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    81/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    82/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    83/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    84/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    85/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    86/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    87/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    88/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    89/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    90/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    91/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    92/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    93/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    94/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    95/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    96/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    97/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    98/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    99/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    100/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    101/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    102/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    103/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    104/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    105/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    106/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    107/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    108/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    109/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    110/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    111/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    112/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    113/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    114/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    115/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    116/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    117/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    118/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    119/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    120/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    121/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    122/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    123/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    124/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    125/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    126/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    127/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    128/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    129/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    130/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    131/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    132/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    133/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    134/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    135/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    136/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    137/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    138/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    139/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    140/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    141/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    142/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    143/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    144/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    145/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    146/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    147/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    148/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    149/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    150/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    151/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    152/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    153/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    154/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    155/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    156/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    157/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    158/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    159/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    160/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    161/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    162/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    163/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    164/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    165/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    166/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    167/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    168/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    169/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    170/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    171/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    172/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    173/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    174/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    175/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    176/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    177/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    178/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    179/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    180/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    181/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    182/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    183/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    184/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    185/483A segurana contra incndio no Brasil 16

    5.3.3.2. TraTamenToS ignfugoS

    O tratamento contra o fogo aplicado madeira visa incorporao de produtos qumicos de modo atorn-la um material que to somente carbonize at sua completa degradao sem que propague chamas ou quecontribua para a combusto no ambiente, assegurando um desempenho que no teria naturalmente, (LEPAGE etal, 1986). Dois processos so u lizados para esse m, segundo a forma de aplicao:.

    ) T t t s p c c t s s t sc t s (f 51)

    A ao desses produtos se d por meio do retardo na propagao de chamas devido intumescnciada camada de tinta, formando uma espuma microporosa e termo-isolante, cuja espessura aps a exposioao fogo pode chegar at a 30 mm, que inibe a elevao da temperatura no substrato, impede o acesso dooxignio na reao de combusto, retarda a propagao de chamas, reduz a emisso de fumaas txicas e a

    liberao dos produtos inflamveis necessrios combusto. Existe uma gama produtos para conferir a me -lhoria da reao ao fogo madeira. Em alguns casos, inseticidas so adicionados ao produto ignfugo. Essesignfugos so solvidos em gua, com tempo de cura de at trs dias e apresentam opo de acabamento in-color ou pigmentado.

    A aplicao feita por rolo ou pincelamento cruzado, com espessura nal entre 40 m a 12 mm. Orendimento varia em funo do po de super cie de madeira, sua absoro e em funo do produto ignfugo:aproximadamente 200 ml/m 2 a 500 ml/m2. Alm do pincelamento, alguns produtos possibilitam a aplicao porpistolas. importante salientar que, salvo por orientao do fabricante, no recomendada a sobreposio deoutros produtos sobre o produto ignfugo empregado, tal como ntas ou vernizes comuns, pois resulta na perdado efeito ignfugo do reves mento. Como ilustrao apresentam-se na tabela 12, alguns produtos disponveis

    no mercado.

    FIGURA 50 Proteo da madeira por material isolante por cobrimento em pilares e vigas,exemplos de xao (Fonte: Eurocode 5, 2004)

    FIGURA 51 Tinta intumescente . (Fonte:CKC do Brasil Ltda , 2007 e FLOORINGTEC BRASIL, 2007)

    Tinta intumescente Tinta intumescente combi-nado com verniz

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    186/483A segurana contra incndio no Brasil164

    Tabela 12 - Produtos ignfugos disponveis no mercado brasileiro

    Podemos citar como vantagens desse mtodo: a execuo do tratamento na prpria obra ou edi cao,mesmo aps sua concluso; apresenta pouca interferncia nas propriedades mecnicas e sicas da madeira; resis -tncia lixiviao e bom desempenho no retardamento da propagao da chama. Como desvantagens citam-se:menor controle de qualidade; fcil remoo do produto por abraso e lixiviao.

    b) Tratamento por impregnao de produtos ignfugos

    Consiste em impregnar na madeira as solues com sais ignfugos. O mtodo por imerso citado comoopo pelos fabricantes de alguns produtos como uma opo de tratamento por impregnao; no entanto, devido maior e ccia, o tratamento de impregnao por presso mais difundido. Desse modo, uma combinao devcuo e presso realizada na madeira, forando a penetrao dos sais em sua estrutura. Esse mtodo de proteo realizado em usinas de tratamento. Possui um carater industrial e apresenta algumas vantagens em relao aoprocesso de imerso por haver a possibilidade de uniformidade no produto nal, facilidade no controle de quali -dade e segurana.

    O fator cr co para a e ccia desse tratamento a espessura do produto impregnado madeira, visto serum fenmeno de super cie. Concorre favoravelmente para isso a permeabilidade do substrato, o qual varia emfuno da espcie de madeira u lizada entre outros fatores. Normalmente as madeiras leves, espcies conferas e amadeira oriunda do alburno apresentam melhor absoro por impregnao, devido sua cons tuio anatmica.

    Podemos citar como vantagens desse mtodo: melhor controle de qualidade, resistncia da remoo dotratamento por ao mecnica; possibilita adio de formulaes inse cidas e fungicidas. Como desvantagens ci -tam-se: o custo elevado, se comparado ao mtodo de pintura; reduo de cerca de 10% na resistncia mecnica damadeira; por ser um produto solvel em gua, a variao do teor de umidade na madeira pode conduzir a migrao

    dos sais para a super cie, vindo a se cristalizarem; a cristalizao dos sais na super cie eleva a alcalinidade da ma -

    PRODUTO forneCedor CaraCTerSTiCaS

    SPAC- An fogo para madeira Spalaor comercial Ltda. Ignfugo e cupinicida; incolor epigmentado

    NOFIRE Wood Flooringtec do Brasil Incolor; exvel; aplicao porimerso ou rolo; retarda chamas

    NFW-Thicness Color Flooringtec do Brasil Incolor; retarda chamas

    FLAMMEX 01 Fakolith

    Intumescente; pigmentado emvrias opes de cores; para usoexterno ou de possvel impactomecnico recomendado o usode verniz protetor

    FLAMMEX HOLZ 2K Fakolith

    Intumescente; transparente; es -pecialmente indicado para climastropicais devido boa resistnciaa alta umidade

    CKC-2020 CKC do Brasil Ltda.Retarda chamas; incolor; aplicadocom um impermeabilizante quepermite resistncia a intempries

    CKC-F-268 CKC do Brasil Ltda.Intumescente; nta em cor bran -ca com possibilidade de adiode pigmentao na cor desejada

    CKC-141vr CKC do Brasil Ltda. Verniz acabamento brilhante oufosco; retarda chamas

    CKC-166vi CKC do Brasil Ltda.Verniz intumescente; aplicvelem ambiente externo quandocombinado ao verniz CKC-167

    Fonte: SPALAOR Comercial Ltda, 2004; FAKOLITH, 2007, CKC do Brasil Ltda, 200 7; FLOORINGTEC Brasil, 2007

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    187/483A segurana contra incndio no Brasil 16

    deira atacando eventuais peas metlicas a ela incorporadas. A opo pelo tratamento deve preceder a construo,pois a madeira tratada em usina. Aps a obra pronta ou em edi caes j existentes esse mtodo se inviabiliza(AGUILAR, 1986).

    Em suas formulaes, os tratamentos comerciais inorgnicos, tal como, cromato de zinco cromatado;

    Minalith e Pyresote possuem em suas formulaes fosfatos de amnio. As formulaes com compostos orgnicoscontm carbono, halognios e derivados de fsforo. O American Ins tute of Timber Construc on - AITC no re -comenda que peas estruturais de grande dimenso sejam tratadas por ignfugos impregnados. O mo vo reside naresistncia natural que esses elementos j possuem pela suas dimenses, de modo que o tratamento no elevariade modo signi ca vo a resistncia ao fogo desses elementos e contribuiria desfavoravelmente para a reduo daspropriedades da madeira.

    refernCiaS BiBliogrfiCaS

    AGUILAR, D.Filho.Combus bilidade e tratamento ignfugo da madeira. So Carlos. Dissertao (Mestrado) Escola de Engenharia de So Carlos. Universidade de So Paulo. 1986.

    AMERICAN SOCIETY TESTING AND MATERIALS (ASTM E-119). Standard test methods for re tests of building construc onsand material. West Conshohocken (EUA): 2000.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. Aes e segurana nas estruturas. NBR 8681. Rio de Janeiro: 2003.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. Exigncias de resistncia ao fogo dos elementos constru vos das edi caes. NBR 14323. Rio de Janeiro: 2000.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS.Dimensionamento de estruturas de ao de edi cios em situao de incndio.NBR 14323. Rio de Janeiro: 1999.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. Projeto de estruturas de madeira. NBR 7190. Rio de Janeiro: 1997.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS.Projeto de estruturas de concreto em situao de incndio. NBR 15200.Rio de Janeiro: 2004.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS.Componentes constru vos estruturais - Determinao da resistncia ao fogo. NBR 5628. Rio de Janeiro: 2001.

    AUSTRALIAN STANDARD. AS 1720.4 1990.Timber structures. Part 4: Fire resistance of structural mber members.Sidney: 1990.

    BRITISH STANDARD INSTITUTION.Fire Tests on Building Materials and Structures Methods for Determina on of theContribu on of Components to the Fire Resistance of a Structure. BS476: Part 23. London: 1987.

    CORPO DE BOMBEIROS POLCIA MILITAR DO ESTADO DE SO PAULO (CB-PMESP).Segurana estrutural nas edi caes Resistncia ao fogo dos elementos de construo. Instruo Tcnica do Corpo de Bombeiros. IT 08:04. So Paulo: 2004.

    CKC DO BRASIL Ltda, 2007. Produtos CKC, Proteo passiva contra incndio.h p://ckc.com.br/empresa/raiz_emp.html. 13/maio/2007.

    DEUTSCHES INSTITUT FR NORMUNG.Structural re protec on in industrial buildings. DIN 18230. Part 1. Berlin: 1998

    EC1.General Ac ons Ac ons on structures exposed to re. Eurocode 2 - Part 1-2. EUROPEAN COMMITTEE FORSTANDARDIZATION. Brussels: 2002.

    EC2.Design of concrete structures. Structural re Design. Eurocode 2 - Part 1-2.EUROPEAN COMMITTEE FORSTANDARDIZATION. Brussels: 2004.

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    188/483A segurana contra incndio no Brasil166

    EC3.Design of steel structures. Structural re design Eurocode 3 - Part 1.2. EUROPEAN COMMITTEE FOR STANDARDIZATION. Brussels: 2003.

    EC4.Design of composite steel and concrete structures. Structural re design Eurocode 4 - Part 1-2. EUROPEAN COMMITTEE FOR STANDARDIZATION. Brussels: 2003.

    EC5.Design of mber structures. Structural re design. Eurocode 5- Part 1-2. EUROPEAN COMMITTEE FOR STANDARDIZATION. Brussels: 2004.

    EC 6.Design of masonry structures. Structural re design. Eurocode 6 - Part 1-2. EUROPEAN COMMITTEE FORSTANDARDIZATION. Brussels: 2005.

    EC9. Design of aluminium structures. Structural re design. Eurocode 9 - Part 1-2. EUROPEAN COMMITTEE FORSTANDARDIZATION. Brussels: 1998.

    FAKOLITH Gmbh, 2007.Productos. h p://www.fakolith.com/brasil/producto.php?id=26. 10/ abril/2007.

    FLOORINGTEC BRASIL, 2007. Productos Flooringtec.h p://www. ooringtec.com.br. 13/maio/2007.

    FREITAG, J. K.The Fireproo ng of Steel Structures. 1st Edi on, John Wiley & Sons, 1899.

    INTERNATIONAL STANDARDIZATION FOR ORGANIZATION. Fire-resistance tests - Elements of building construc on. ISO 834.Genve: 1994.

    INTERNATIONAL STANDARDIZATION FOR ORGANIZATION. Corrosion of metals and alloys Corrosivity of Atmosphere Classi ca on. ISO 9223. Genve: 1992.

    LEPAGE, E.S et al.Manual de preservao de madeira. Ins tuto de Pesquisas Tecnolgicas do Estado de So Paulo - PT. So Paulo: 1986.

    MELO, J.E de. Madeira:Caracters cas e aplicaes. Ministrio do meio ambiente e dos recursos naturais renovveis. Raslia: 2002.

    MRSCH, E.Teora e prc ca del hormign armado. Tomo I. Verso do alemo por Company, M. Editorial Gustavo Gili.Barcelona: 1948.

    PETTERSSON,O.; MAGNUSSEN,S.; THOR, J.Fire engineering design of steel structures. Swedish Ins tute of Steel Construc on. Stockholm: 1976.

    PINTO, E. M. Determinao de um modelo de taxa de carbonizao transversal gr para o Eucalyptus citriodora e Eucalyptusgrandis. So Carlos. Tese (Doutorado) Interunidades em Cincia e Engenharia de Materiais. Universidade de SoPaulo: 2005.

    SCHAFFER, E.L.Charring rate of selected woods-transverse to grain. FPL. 69. Madison, WI: US Department of agriculture,Forest Products Laboratory. 1967.

    SILVA, V. P. Estruturas de ao em situao de incndio. Zigurate Editora. So Paulo: 2004.

    SILVA, V. P.Determina on of the temperature of thermally unprotected steel members under re situa ons. Considera onson the sec on factor. La n American Journal of Solids & Structures: 2006.

    SILVA, V. P. Determina on of the steel re protec on material thickness by analy cal process - A simple deriva on. Engineering Structures. Reino Unido, v. 27, n. 14, p. 2036-2043, 2005.

    SPALAOR COMERCIAL LTDA, 2004.Spalaor. h p://www.spalaor.com.br. 11/maio/2007.

    UNDERWRITERS LABORATORY.Directory. Fire Resistance. Illinois: 2002

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    189/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    190/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    191/483A segurana contra incndio no Brasil 16

    COMPARTIMENTAOE AFASTAMENTO ENTEDIFICAES

    Ten Cel Res PM Jovelli MarcaCorpo de Bombeiros da Polcia Militar do Estado de So Paulo

    Maj PM Hamilton da Silva Coelho Filho

    Maj PM Jolan Eduardo Berqu Filho

    Corpo de Bombeiros da Polcia Militar do Estado de So Paulo

    Corpo de Bombeiros da Polcia Militar do Estado de So Paulo

    1. Introduo

    Aproteo passiva contra incndio cons tuda por meios de proteo incorporados edi cao e que norequer nenhum po de acionamento para o seu funcionamento em situao de incndio. Esses meios deproteo atendem s necessidades dos usurios em situao normal de funcionamento do edi cio, porm

    em situao de incndio tm um comportamento especial que retarda o crescimento do incndio, impede umagrande emisso de fumaa ou permite uma sada segura para os ocupantes do prdio, entre tantas outras nalida -des. So exemplos de proteo passiva o controle de materiais de acabamento e reves mento, proteo das rotasde fuga, compar mentao e isolamento de risco.

    O papel da compar-mentao impedir o cres -cimento do incndio em umaedi cao por meio de barrei -ras resistentes ao fogo, aumen-tando a segurana nas aesde abandono do prdio pelosocupantes e combate a incn-dio (Figura 1)

    O isolamento de ris-co tem como obje vo impedirque o incndio de uma edi ca -o seja propagado para umaedi cao vizinha, e por issoexige medidas urbans cas(distncia mnima de separa -o entre edi caes), medi -das arquitetnicas (dimenses e formas de espaos fechados, terraos e sacadas) e projeto estrutural diferenciado(COSTA, ONO & SILVA (2006)), de forma a considerar duas reas con guas isoladas em caso de incndio.

    A compar mentao e isolamento de risco exigem projetos elaborados adequadamente, especi cando-seprodutos e tcnicas constru vas de nidos em normas per nentes.

    FIGURA 1: Esquema bsico de compar mentao

    XI

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    192/483A segurana contra incndio no Brasil170

    2. De nies2.1. ComParTimenTao

    Tcnica que consiste na interposio de elementos de construo resistentes ao fogo (paredes resistentesao fogo, portas, selos e dampers corta-fogo), des nadas a separar um ou mais locais do restante da edi cao, deforma e evitar ou minimizar a propagao do fogo, calor e gases aquecidos, interna ou externamente ao edi cio, nomesmo pavimento ou para pavimentos elevados consecu vos ou no.

    2.2. ComParTimenTao horizonTal

    uma medida de proteo passiva cons tuda por elementos de construo (barreiras) resistentes aofogo, separando ambientes de tal modo que o incndio que con nado no local de origem e evite sua propagaono plano horizontal.

    2.3. ComParTimenTao verTiCal uma medida de proteo passiva cons tuda de elementos constru vos resistentes ao fogo, separando

    pavimentos consecu vos, de tal modo que o incndio que con do no local de origem e di culte a sua propagaopara outros pavimentos.

    2.4. afaSTamenTo enTre edifiCaeS iSolamenTo de riSCo

    Controle do risco de propagao do incndio por radiao do calor, conveco de gases aquecidos e trans-misso de chamas, de forma a impedir que o incndio proveniente de uma edi cao (edi cao expositora) nose propague para outra (edi cao em exposio).

    3. CompartimentaoO alastramento do incndio em uma edi cao pode ser restrito se for subdividido em compar mentos,

    separados entre si por paredes e/ou pisos de construo resistentes ao fogo.O obje vo da compar mentao prevenir ou minimizar a propagao rpida do fogo, que pode di cul -

    tar ou impedir a sada dos ocupantes de um prdio, alm de reduzir a chance de o fogo se tornar maior. Grandesincndios so mais perigosos no apenas para os ocupantes do edi cio, mas tambm para a brigada contra incn -dio, para o corpo de bombeiros e para a vizinhana. A compar mentao deve ser estudada de forma criteriosa,complementando os demais sistemas de proteo contra incndio da edi cao.

    De acordo com MALHOTRA (1993), os compar mentos so divises internas horizontais, ver cais, ou umacombinao de ambas, de uma edi cao de grande porte, com o propsito de limitar a propagao de incndiopor toda a edi cao. As divises internas podem ser requeridas para permi r a desocupao de edi cios de ml -plos andares, assegurando, a priori , a rpida desocupao dos pavimentos adjacentes, quer acima ou abaixo dasreas diretamente afetadas (MALHOTRA (1993)apud PURKISS (1996)).

    MALHOTRA (1993) complementa o propsito da compar mentao, acrescendo a funo de separar dife -rentes riscos e diferentes ocupaes, por exemplo, compar mentao do incndio entre edi cios e entre ocupaesnum mesmo edi cio sem, no entanto, assinalar as implicaes de cada uma dessas duas situaes. Contudo, ele clas -si ca a compar mentao em dois pos: a compar mentao essencial e a compar mentao referente ao controledas dimenses do incndio. A primeira assegura que reas espec cas esto sempre isoladas, de tal modo que o incn -dio incapaz de se alastrar para as reas adjacentes; a separao de rotas de fuga, poos ( sha s ) de servios, escadasenclausuradas, dutos de ven lao e forros, so exemplos de locais que requerem a compar mentao essencial. Asegunda limita o sinistro para reduzir o risco dos usurios e facilitar as aes de combate ao fogo.

    O nvel de compar mentao est relacionado u lizao do edi cio e do seu porte, incluindo sua altura; por

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    193/483A segurana contra incndio no Brasil 17

    exemplo, um edi cio de pequeno porte pode ser considerado como um nico compar mento (MALHOTRA (1993).O Fire Protec on Handbook (1996) acrescenta que os estudos des nados a de nir a compar mentao

    deve levar em considerao a severidade do incndio, a carga de incndio do edi cio, os efeitos da ven lao e aforma como o incndio pode propagar-se.

    A severidade do incndio ao qual uma barreira pode ser exposta est relacionada intensidade de um in-cndio completamente desenvolvido no espao adjacente barreira resistente ao fogo. O fenmeno no qual todosos materiais combus veis de um ambiente esto em processo de queima conhecido por ashover .

    O ashover ocorre em locais fechados, se a temperatura da camada superior dos gases alcanar aproximadamen -te 600oC. Testes de incndio e anlise de equilbrio de energia em ambientes incendiados mostraram que a temperaturadessa camada superior de gases depende do calor liberado pela queima, ven lao do local, e da carga de incndio.

    A intensidade e a durao de um incndio totalmente desenvolvido dependem da quan dade de combus -veis disponveis, sua taxa de queima e do ar (comburente) disponvel para combusto, e pode ser expressa em umgr co denominado curva tempo-temperatura-padro.

    A curva tempo-temperatura-padro foi adotada pela American Society for Tes ng and Materials (ASTM)em 1918 e tem sido a base de todos os testes de resistncia de materiais ao fogo desde ento. As paredes de com-par mentao (barreiras de resistncia ao fogo) so avaliadas em um forno de teste por meio da exposio de umincndio cuja severidade segue uma curva de temperatura que varia em funo do tempo, conhecida como curvado incndio-padro. Foram feitos diversos estudos comparando incndios reais e a curva do incndio-padro.

    Carga de incndio a medida do calor mximo que seria liberado se todos os combus veis em determinada reaqueimassem. A mxima liberao de calor produto do peso de cada combus vel mul plicado pelo seu potencial calo -r co. Em um edi cio pico, a carga de incndio inclui mobilirio, acabamento interno, acabamento do piso e elementosestruturais. A carga de incndio comumente expressa em termos da carga de incndio espec ca, que o peso de com -bus vel equivalente dividido pela rea do piso do compar mento em metros quadrados, conforme a seguinte frmula:

    onde:

    = valor da carga de incndio espec ca, em megajoule por metro quadrado de rea de piso.Mi = massa total de cada componente i do material combus vel, em quilograma. Esse valor no poder

    ser excedido durante a vida l da edi cao exceto quando houver alterao de ocupao, ocasio em que Midever ser reavaliado.

    h = potencial calor co espec co de cada componente i do material combus vel, em megajoule porquilograma.

    Af =rea do piso do compar mento, em metro quadrado.

    A intensidade de um incndio depende, entre outros fatores, da taxa de ven lao, relacionada quan -dade e geometria das aberturas do edi cio A intensidade mxima do incndio ocorre quando a taxa de ven lao su ciente para manter a queima dos gases liberados pelo aquecimento do combus vel. A ven lao pode aumen -

    tar, por exemplo, quando houver destruio das janelas eportas de um edi cio em chamas.

    O modo comum de propagao do fogo em umedi cio por meio de portas abertas, escadarias e sha sno fechados, aberturas no protegidas e espaos con na -dos que abrigam materiais combus veis. Quando a com -par mentao for adequadamente projetada, construdae man da e ver aberturas protegidas, ela dever ser capazde conter incndios de severidade mxima em qualquerpo de ocupao. Entretanto, nenhuma compar mentaopoder minimizar ou conter a propagao de forma con -vel se no for adequadamente construda e man da, e se as

    aberturas no forem protegidas (Figura 2).FIGURA 2: Ausncia de compar mentao ver cal

    q = S Mi HiA

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    194/483A segurana contra incndio no Brasil172

    A NFPA (1997) classi ca as falhas de compar mentao em trs categorias: falhas precoces, resultantes de falhas operacionais. Por exemplo: m conservao de portas corta-fogo, etc. falhas aleatrias, resultantes de falha dos materiais de construo dos vedos, ocorrncia de um incndio

    com severidade imprevista, etc..

    falhas decorrentes da degradao do material.A funo da compar mentao comprome da na presena de qualquer po de abertura desprotegida,tornando ine cazes os obje vos de separao dos ambientes vizinhos com elevado risco de incndio e reduo dosriscos de vida dos ocupantes de reas circunvizinhas ao local do incio do incndio. Da surgem duas caracters casda compar mentao: isolamento do fogo e estanqueidade fumaa.

    A compar mentao assegura a con abilidade do dimensionamento das estruturas de concreto em situa -o de incndio, visto que os clculos u lizados tm a premissa do incndio ser compar mentado, no propagandoalm do compar mento de origem (COSTA 2002). Logo, o compar mento apresenta uma caracters ca tcnica decorta-fogo. H tambm mtodos de determinao da ao trmica do incndio que variam com a rea compar -mentada em funo das conseqncias do incndio.

    A resistncia ao fogo dos elementos de compar mentao avaliada pela integridade sica que os ele -mentos de vedao horizontal e ver cal (que de nem o espao compar mentado) devem manter durante um tem -po preestabelecido, para assegurar a fuga dos usurios do edi cio e a entrada das equipes de brigada ou do corpode bombeiros em segurana. Os elementos secundrios e equipamentos tambm par cipam da compar menta -o para impedir a entrada ou sada de fumaa e gases quentes do incndio para compar mentos adjacentes e,portanto, devem atender s mesmas exigncias impostas aos elementos de vedao. A determinao da resistnciaao fogo requerida pelos elementos de compar mentao depende do propsito e da severidade do incndio parao qual ela ser exposta.

    No Brasil, a severidade do incndio est diretamente relacionada ao uso e ao tamanho da edi cao, deacordo com a NBR 14.432:2000 Exigncias de Resistncia ao Fogo de Elementos Constru vos da Edi cao.

    3.1. ComParTimenTao horizonTal

    A compar mentao horizontal des na-se a con nar o incndio no pavimento a ngido e evitar a sua pro -pagao, criando tambm num mesmo pavimento locais menores nos quais o fogo possa ser isolado e con nado,evitando a sua propagao no sen do horizontal. Espaos horizontais pequenos, tais como forros e pisos falsos,podem propagar o incndio entre compar mentos do mesmo pavimento sem que seja iden cados.

    As separaes ver cais que caracterizam a compar mentao horizontal so: paredes de compar mentao de reas. portas e vedadores corta-fogo nas paredes de compar mentao. selagem corta-fogo nas passagens das instalaes prediais existentes nas paredes de compar mentao. registros ou damper corta-fogo nas tubulaes de ven lao e ar-condicionado. portas corta-fogo de acesso a unidades autnomas.A compar mentao horizontal dever ser compa vel com as prescries das normas tcnicas locais (Figura 3).

    FIGURA 3: Detalhes constru vos da compar mentao horizontal

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    195/483A segurana contra incndio no Brasil 17

    3.2. ComParTimenTao verTiCal

    Para ROSSO (1975), a compar mentao ver cal des na-se a con nar o incndio no pavimento a ngido eevitar a sua propagao em sen do ver cal para o pavimento sucessivo. Na compar mentao ver cal essa funo

    j desempenhada pelas lajes de concreto armado e outros elementos com resistncia compa vel ao fogo, porm necessrio assegurar a estanqueidade, de forma que todos os vos abertos e instalaes que atravessam os vedos(sha s , dutos, eletrodutos, etc.) sejam protegidos por materiais resistentes ao fogo.

    A compar mentao ver cal ob da internamente pelos elementos horizontais de compar mentao: entrepisos corta-fogo. enclausuramento de escadas por meio de parede corta-fogo de compar mentao. enclausuramento de elevadores e monta-carga. poos para outras nalidades por meio de porta pra-chama. selos corta-fogo. registros corta-fogo (dampers). vedadores corta-fogo. elementos constru vos corta-fogo/pra-chama de separao ver cal entre pavimentos consecu vos.Externamente, a compar mentao ver cal feita por selagem perimetral corta-fogo: elemento resisten -

    te ao fogo implementando uma barreira com altura mnima de 1,20 m nas janelas (Figura 4) ou aba horizontal noprolongamento do piso, externa ao edi cio, com dimenso mnima de 0,90 m (Figura 5).

    3.3. normaS e eXignCiaS inTernaCionaiS

    Os nveis de segurana absoluta variam de um para outro pas; conseqentemente, h uma mul plicidadede cdigos e regulamentos usados para garan r a segurana contra incndio das edi caes. Cada pas possui regu -lamentos ou instrues tcnicas mais espec cas, tendo por base as tradies e nveis de es ma va de seguranalocais, aludindo a mtodos de ensaio nacional ou internacional.

    FIGURA 4: Modelo de compar mentao ver cal externa FIGURA 5: Modelo de compar mentao externa por aba

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    196/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    197/483A segurana contra incndio no Brasil 17

    Na maioria dos regulamentos nacionais, a rea mxima admissvel de compar mentao pode variar deoitocentos metros quadrados (situaes mais restri vas) a dez mil metros quadrados (situaes mais brandas).Porm, para alguns casos, por exemplo, edi cios habitacionais, escolares/educacionais, garagens e depsitos demateriais incombus veis, no determinada uma rea mxima a ser compar mentada.

    3.6. deTalheS ConSTruTivoS

    O projeto de reas compar mentadas deve ser elaborado de forma bastante criteriosa, pois envolve di -versos detalhes constru vos, seleo apurada dos materiais que sero u lizados na construo das paredes decompar mentao (pois implicar a espessura, caracters ca diretamente relacionada resistncia ao fogo), eoutros fatores.

    3.6.1. ComParTimenTao horizonTal

    Uma caracters ca importante da parede de compar mentao sua estrutura, que dever ser construdaentre o piso e o teto, e vinculada estrutura do edi cio, com reforos estruturais adequados, para conferir-lhe re -sistncia mecnica. Sua parte superior dever ultrapassar a linha de cobertura da edi cao (telhado) sempre que aestrutura da cobertura for cons tuda por materiais combus veis. Devem ainda impedir o colapso de suas estruturasem situao de queda da cobertura, evitando a propagao do fogo para a rea compar mentada no a ngida.

    As aberturas (janelas, portas, etc.) existentes na mesma fachada, em lados opostos da parede de compar -mentao, devem ser afastadas entre si por um trecho de parede que no permita a passagem do incndio paraa rea no a ngida. Esse afastamento pode ser subs tudo pelo prolongamento da parede de compar mentaopara rea externa edi cao.

    A parede de compar mentao deve ser construda por materiais que possuam tempo de resistncia aofogo estabelecido pela NBR 10.636. Especial ateno deve ser dada resistncia ao fogo da estrutura, compa vel resistncia dos fechamentos.

    Devero ser u lizados os critrios de afastamento de risco nas situaes em que exis rem aberturas si -

    tuadas em fachadas paralelas ou ortogonais, pertencentes rea de compar mentao horizontal adjacente doedi cio, de forma a evitar a propagao do incndio por radiao trmica. Esse afastamento poder ser subs tudopor proteo nas aberturas, cons tuda por portas ou vedadores corta-fogo.

    O projeto da compar mentao deve levar em considerao as exigncias para rotas de fuga e sadas deemergncia, em cada rea compar mentada.

    3.6.2. ComParTimenTao verTiCal inTerna

    Para assegurar-se que o fogo no ser propagado ver calmente pelo interior da edi cao, todas as aber -turas existentes entre os pisos devero ser adequadamente protegidas. Para isso, devero ser u lizados vedadorescorta-fogo construdos e instalados de acordo com a NBR 11.711 Portas e vedadores corta-fogo com ncleo demadeira para isolamento de riscos em ambientes comerciais e industriais.

    Escadas e poos de elevadores ou mon -ta-cargas devero possuir suas paredes envolt-rias construdas em material resistente ao fogo, eas aberturas para ingresso ou sada protegidas porportas corta-fogo. Suas estruturas devem ser di-mensionadas para situao de incndio, e devemser devidamente vinculadas estrutura do edi cio.

    Todos os dutos de ven lao, exaustode gases e ar-condicionados que atravessarem pa-redes ou outros elementos de compar mentaodevem possuir registros corta-fogo ancorados

    laje, alm de selagem externa (Figura 6). FIGURA 6:Modelos de damper corta-fogo

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    198/483A segurana contra incndio no Brasil176

    As aberturas u lizadas para passagem de tubulao de gua, eletricidade, telefonia, ou outros servios de -vero ser protegidas por selos corta-fogo, vedando os espaos entre tubulaes e lajes no nvel do piso (Figura 7).

    trios so grandes espaos internos a edi cao e que interferem na compar mentao horizontal e ver -cal. Sua proteo deve ser feita de forma que cada trio faa parte exclusivamente de uma nica prumada de rea

    compar mentada horizontalmente, em todos os pavimentos servidos em seu permetro interno ou no permetroda rea de circulao que o rodeia em cada pavimento. A exigncia de compar mentao para trios pode ser subs -tuda pelos sistemas de proteo por chuveiros autom cos, controle de fumaa, deteco de incndios, etc..

    3.6.3. ComParTimenTao verTiCal eXTerna

    Na fachada do edi cio, dever haver uma distncia mnimaentre verga e peitoril, construda por materiais resistentes ao fogo,de forma a impedir a propagao do incndio para os pavimentos su-periores. Em razo do projeto arquitetnico, esse elemento ver calentre as janelas poder ser subs tudo pelo prolongamento da lajedos pisos, cons tuindo uma aba que impede a propagao ver cal dofogo (Figura 8).

    Nas situaes em que toda a fachada do edi cio possuir aca -bamento em vidro (pele de vidro), devem ser observadas as exign -cias para instalao de elementos resistentes ao fogo na parte internada fachada (Figura 9).

    FIGURA 7: Exemplos de selagem das aberturas dos sha s

    FIGURA 8: Esquema de compar mentao ver cal externa

    FIGURA 9:Proteo do espao entre a estrutura daedi cao e a pele de vidro

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    199/483A segurana contra incndio no Brasil 17

    4. Afastamento entre edi caes (isolamento de risco)O incndio em uma edi cao pode se propagar para outra edi cao por conveco (massas de gases

    aquecidos e fumaa), por fagulhas levadas pelo vento e principalmente por radiao, que a forma de transmissode calor por ondas eletromagn cas (luz). Na pr ca, uma fagulha ou chama pode cons tuir uma fonte de igniocom temperatura su ciente para iniciar a queima de gases ououtros combus veis. Esse mecanismo difere da ignio espon -tnea provocada por radiao, na qual no h fonte de ignioprxima com temperatura su ciente, e para a qual so necess -rias intensidades mais altas de radiao.

    A edi cao em chamas, responsvel pela emisso degases quentes, fagulhas e ondas eletromagn cas denomina -da edi cao expositora, e a edi cao que recebe os efeitos docalor por radiao, movimentao de fumaa e gases quentes oupor qualquer outra forma denominada edi cao em exposi -

    o (Figura 10).A transferncia de calor por conveco pode ser desconsiderada quando as aberturas na fachada da edi -cao expositora (painel irradiante) possurem dimenses su cientes para permi rem a transmisso de calor porradiao para outra edi cao adjacente, pois esse fenmeno ocorre a distncias substancialmente maiores do queaquelas nas quais a transmisso de calor feita por transmisso direta de chama ou por conveco.

    A distncia mnima de segurana entre edi caes baseada em estudos nos quais materiais combus -veis podem in amar-se quando subme dos a uma energia trmica de 12,5 kW/m. Esse princpio foi abordado emdetalhes no Fire and the Spa al Separa on of Buildings (McGuire, 1966).

    As concluses mais importantes foram que os nveis de radiao estavam relacionados s porcentagensde aberturas nas paredes do edi cio, e que os materiais combus veis presentes no interior do edi cio (mobilirio,equipamentos, produtos armazenados, divisrias, materiais de acabamento e reves mento) produzem altos nveisde radiao fora do edi cio.

    A implementao de distncia segura entre edi caes, de forma a impedir a propagao do incndio daedi cao expositora para outra edi cao uma opo do proje sta, para consider-las dis ntas e dimensionara proteo contra incndio para cada edi cao de forma independente, de acordo com as caracters cas de cadauma. Caso as edi caes no atendam aos critrios de afastamento, as edi caes devero ser consideradas umanica (com as reas somadas) para o dimensionamento da proteo contra incndio.

    Em razo de disposies cons tucionais e das exigncias dos Cdigos de Obras e Edi caes adotadospelos municpios, os critrios de afastamento entre edi caes no Brasil, para edi caes localizadas em proprie -dades dis ntas, so recomendados.

    4.1. iSolamenTo de riSCo Por afaSTamenTo enTre edifiCaeS

    O isolamento de risco implementado por afastamento entre edi caes pode ser ob do por distnciasseguras entre fachadas (caso mais comum) ou entre a cobertura de uma edi cao de menor altura e a fachada deuma edi cao adjacente. Essa distncia segura est diretamente relacionada ao nvel de radiao proveniente daedi cao expositora, fator que depende da severidade do incndio, da rea de aberturas da fachada e da resistn -cia dos vedos (paredes).

    A severidade do incndio est associada ao tamanho do compar mento incendiado e carga de incndioda edi cao.

    O clculo u liza um fator selecionado de acordo com critrios que levam em considerao a carga deincndio, porcentagem de aberturas da fachada da edi cao expositora e relao altura x comprimento da facha -da, conforme a seguinte frmula:

    d = x (largura ou altura) +

    FIGURA 10: Exposio entre edi caes

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    200/483A segurana contra incndio no Brasil178

    onde:d = distncia mnima de segurana = coe ciente ob do em funo da relao da porcentagem

    de aberturas e da classi cao de severidade (carga de incndio)

    = coe ciente de segurana que assume valores de acor -do com a existncia ou no de corpo de bombeiros no municpio.

    4.2. iSolamenTo de riSCo Por Parede CorTa fogo

    O afastamento entre as edi caes pode ser subs tudo por uma parede corta-fogo construda de acordocom as normas tcnicas, que possua como caracters cas principais a resistncia ao fogo, resistncia mecnica,isolamento trmico e estanqueidade, sem qualquer po de abertura, mesmo que protegida.

    A resistncia ao fogo ob da em funo do material empregado e de acordo com ensaios em laboratriostcnicos. Deve possuir resistncia mecnica su ciente para suportar, sem grandes danos, impactos de cargas ouequipamentos normais em trabalho, bem como resis r ao colapso da estrutura do telhado em caso de sinistro.

    A propriedade de isolamento trmico deve conferir parede corta-fogo a possibilidade de resis r trans -misso de calor, impedindo que a temperatura na face no exposta ao fogo supere determinados limites. A estan-queidade impede a passagem de chamas e/ou gases quentes, por um perodo de tempo determinado.

    Sua estrutura deve ser desvinculada da estrutura das edi caes adjacentes, e sua parte superior deveprojetar-se acima dos telhados, de forma a impedir a propagao do fogo para a rea no sinistrada.

    De acordo com a NFPA, paredes corta-fogo so paredes in-ternas que separam o incndio entre reas do mesmo edi cio. Elasdevem ser projetadas para manter a integridade estrutural mesmoem caso de completo colapso da estrutura em cada um dos ladosda parede corta-fogo. Elas so construdas em concreto reforado,blocos de concreto, concreto protendido ou jolo. Paredes de con -creto ou alvenaria geralmente requerem algum po de reforo de

    ao para suportar efeitos de dilatao. Deve haver uma espessurade reves mento adequada de concreto sobre a armadura de ao.Isso par cularmente importante no caso de paredes de concretoprotendido. Elas devem ser tambm suportadas por colunas e ou -

    tros elementos estruturais, caso tenham altura ou comprimento considervel.

    4.3. iSolamenTo de riSCo em inSTalaeS

    possvel isolar-se riscos em instalaes da mesma forma que em edi caes, seja por distncias seguras,de forma que o fogo no possa propagar-se, seja por paredes corta-fogo, tornando as instalaes separadas. Pormalgumas diferenas devem ser levadas em considerao.

    A primeira delas que todas as instalaes de produo, armazenamento e distribuio de lquidos ougases combus veis ou in amveis devem possuir determinadas distncias de edi caes, vias de circulao (pbli -cas ou internas edi cao), transformadores ou outros equipamentos eltricos, etc.. Nesse caso, o isolamento derisco compulsrio, e no uma opo ao proje sta. Outra diferena importante que nos casos possveis de haversubs tuio da distncia por paredes corta-fogo, esses elementos devem possuir tempo de resistncia ao fogosuperior queles u lizados para isolamento em edi caes, sendo, portanto mais robustos.

    4.4. normaS e regulamenToS

    4.4.1. irB inSTiTuTo de reSSeguroS do BraSilPossui critrios de afastamento entre edi caes e riscos baseados em uma tabela (valores xos) u liza -

    dos nos contratos de seguro contra incndios. Embora empricos, esses critrios foram u lizados por vrios anos

    inclusive como base nos regulamentos estaduais.

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    201/483A segurana contra incndio no Brasil 17

    4.4.2. nfPa 80 a

    uma norma que u liza clculos baseados em ensaios para determinao da distncia mnima de segu -rana para que no haja a transmisso de calor su ciente para iniciar o fogo em uma super cie combus vel na

    edi cao em exposio.

    4.4.3. regulamenToS eSTaduaiS

    Todos os modernos regulamentos de segurana contra incndio no Brasil u lizam os critrios estabeleci -dos pela NFPA 80 A.

    5. Consideraes naisOs obje vos bsicos da compar mentao apresentados pela literatura especializada e na legislao em

    vigor so concordantes entre si: di cultar a propagao do fogo na edi cao, proteger as unidades adjacentes e

    outras propriedades vizinhas do dano, permi r a desocupao dos usurios da edi cao em segurana duranteum tempo su ciente e, que as aes de combate e salvamento se procedam em segurana, inclusive para protegera propriedade, alm de determinar as exigncias de resistncia a fogo das estruturas e aplicao dos mtodos deveri cao existentes (COSTA, ONO & SILVA (2006)). Pode-se acrescentar, ainda, como obje vo da compar menta-o, a proteo ao meio ambiente resultante do con namento do incndio, pela reduo da rea sinistrada ou pelaquan dade de poluentes lanados na atmosfera.

    Inicialmente, as exigncias de compar mentao eram efetuadas apenas como um limite de rea, afetandoo projeto arquitetnico. Atualmente, os regulamentos de proteo contra incndio permitem a subs tuio da com -par mentao por outros sistemas de proteo, como por exemplo, controle de fumaa ou chuveiros autom cos.

    Faz-se necessria a elaborao, pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas, de uma norma brasileirasobre compar mentao.

    refernCiaS BiBliogrfiCaS

    CORPO DE BOMBEIROS DA POLCIA MILITAR DO ESTADO DE SO PAULO (CBPMESP). Regulamento de Segurana ContraIncndio das Edi caes e reas de Risco do Estado de So Paulo (Instrues Tcnicas ITs). Decreto Estadual n 46076/01.

    So Paulo: Secretaria de Segurana Pblica do Estado de So Paulo: 2004. [1 CD-ROM]

    MALHOTRA, H. L.Proposed code for Fire Safety in Buildings for the State of Sao Paulo.Radle (U.K.): AGNICONSULT: 1993.

    ONO, R. Arquitetura de Museus e Segurana contra Incndio. In: Seminrio Internacional NUTAU2004 Demandas Sociais, Inovaes Tecnolgicas e a Cidade. So Paulo: NUTAU/FAUUSP, 2004. (1 CD-ROM).

    ROSSO, T.Incndios e Arquitetura. So Paulo: FAUUSP, 1975.

    SO PAULO (Estado).Decreto Estadual n 46.076 de 31 de agosto de 2001. Ins tui o Regulamento de Segurana Contra Incndio das Edi caes e reas de Risco para os ns da Lei n 684, de 30 de setembro de 1975 e estabelece outras providncias.

    Dirio O cial do Estado de So Paulo, Poder Execu vo, So Paulo, SP, 01 set. 201. Seo I, p. 111 (166).

    COSTA, Carla Neves; ONO, Rosria; SILVA, Valdir Pigna a. A importncia da compar mentao e suas implicaes nodimensionamento das estruturas de concreto em situao de incndio. In: 47 CONGRESSO BRASILEIRO DO IBRACON, 2005,

    Olinda. 47 Congresso Brasileiro do IBRACON - CBC 2005 - CD. Recife: Ibracon, 2005.

    Fire Protec on Handbook. In: Eighteenth Edi on, Na onal Fire Protec on Associa on, 1997.

    Building Construc on and Safety Code. NFPA 5000. In: 2003 Edi on, Na onal Fire Protec on Associa on, NFPA Interna onal, 2003.

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    202/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    203/483A segurana contra incndio no Brasil 18

    AS INSTALAES ELTRICAE A SEGURANA CONINCNDIO NO BRASIL

    1. Introduo

    Hilton Moreno

    considerando que, no Brasil, as esta s cas indicam um percentual bastante signi ca vo das ocorrnciasdos bombeiros para incndios de origem eltrica, de extrema importncia que as instalaes eltricas dequalquer edi cao sejam tratadas com a seriedade e os cuidados que lhes so devidos. sabido que, em muitos casos, os sistemas eltricos so tratados como meros coadjuvantes, ou ainda

    instalaes complementares de uma edi cao, quando, na verdade, so os sistemas em geral (eltrica, telefo -

    nia, dados, hidrulica, ar-condicionado, etc.) que daro vida e permi ro a u lizao da edi cao para o m aque se des na.Este captulo, alm de ter como base as prescries das normas tcnicas mais atuais per nentes sobre

    os vrios aspectos que envolvem uma instalao eltrica, apresenta dados de carter pr co, proporcionando aoleitor uma ampla viso sobre o assunto. Dessa forma, o leitor ter elementos su cientes para prosseguir em estu -dos espec cos, conforme a sua necessidade e interesse, aprofundando seus conhecimentos em temas de sumaimportncia rela vos s instalaes eltricas e que in uenciam sobremaneira a preveno e a segurana contraincndios das edi caes.

    2. Legislao pro ssional Sistema CONFEA/CREA

    2.1. legiSlao eSPeCfiCa da engenhariaPelo fato de a segurana contra incndio envolver a vidades tcnicas relacionadas ao campo da enge -

    nharia, necessrio se faz observar a legislao que rege as a vidades pro ssionais correspondentes. a chamadalegislao do sistema CONFEA/CREA.

    No Brasil existem pro sses regulamentadas e pro sses no-regulamentadas. O Estado regulamentapro sses se entender que o seu exerccio indiscriminado coloca em risco a sociedade, evitando, assim, que opor -tunistas e despreparados atuem em reas nas quais s quem teve a devida formao pro ssional consideradoapto para colocar o conhecimento cien co a servio da sociedade.

    As pro sses regulamentadas possuem scalizao pelo correspondente Conselho Pro ssional. No casoda rea tecnolgica (engenheiros, arquitetos, agrnomos, tecnlogos, tcnicos, gelogos, gegrafos e meteorolo -gistas) esta scalizao feita pelo sistema CONFEA/CREA. Existe um Conselho Regional de Engenharia, Arquitetu-ra e Agronomia (CREA) por Estado e no Distrito Federal.

    Luiz Olimpio CosEngenheiro eletricista,

    consultor, palestrante, presi-dente da Associao Nacional

    de Fabricantes de ProdutosEltricos NEMA Brasil,membro da ABNT/CB-03 e da

    NFPA, conselheiro da ABEE-SP [email protected].

    br - www.nemabrasil.org.br

    Paulo E.Q.M. BarretoEngenheiro eletricista, ps-

    graduado em administrao deempresas, presidente da ABRASIP

    Associao Brasileira de Enge-nharia de Sistemas Prediais, mem-bro da ABNT/CB-03, scio e diretor

    tcnico da Procion Engenharia- cos @procion.com.br -

    www.procion.com.br

    Engenheiro eletricista, professor da ps-graduao da Universidade Mackenzie,

    consultor, palestrante, membro daABNT/CB-03, diretor da Barreto Enge-

    nharia www.barreto.eng.br

    XII

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    204/483A segurana contra incndio no Brasil182

    A seguir so citados alguns documentos contendo requisitos que, alm do aspecto de ordem legal, propor-cionam a devida segurana sociedade, na medida em que asseguram a par cipao de pro ssionais legalmentehabilitados na execuo de a vidades tcnicas. Esses documentos se originam no Congresso Nacional (no caso dasleis) ou do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia CONFEA (no caso das resolues).

    Lei Federal n 5.194/66 - Regula o exerccio das pro sses de engenheiro, arquiteto e engenheiro-agrnomo. Lei Federal n 6.496/77 Ins tui a Anotao de Responsabilidade Tcnica (ART) na prestao de servi-

    os de engenharia, arquitetura e agronomia. Resoluo do CONFEA n 218/73 Discrimina a vidades das diferentes modalidades pro ssionais da

    engenharia, arquitetura e agronomia. Resoluo do CONFEA n 425/98 Dispe sobre a Anotao de Responsabilidade Tcnica (ART). Resoluo do CONFEA n 1002/02 - Adota o Cdigo de ca Pro ssional.

    Desses documentos, podem ser extradas algumas informaes de ordem pr ca, aplicveis ao desenvol -vimento de a vidades na segurana contra incndios. Por exemplo:

    Projetos, execues e vistorias devem ser realizados sob responsabilidade de pro ssional legalmentehabilitado (Art. 7 da Lei Federal n 5.194/66).

    Devem ser colocadas Placas de Obra nos locais nos quais se realizam servios tcnicos (obras, instala-es, servios, etc.), contendo nome do autor do projeto e dos responsveis pela execuo dos trabalhos (Art. 16da Lei Federal n 5.194/66).

    Exerce ilegalmente a pro sso de engenheiro, arquiteto ou engenheiro-agrnomo, a pessoa sica ou jurdica que realizar atos ou prestar servios, pblicos ou privados, reservados aos pro ssionais de que trata esta leie que no possua registro nos conselhos regionais (Alnea a do Art. 6 da Lei Federal n 5.194/66).

    Os estudos, plantas, projetos, laudos e qualquer outro trabalho de engenharia, de arquitetura e deagronomia, quer pblico, quer par cular, somente podero ser subme dos ao julgamento das autoridades com -petentes e s tero valor jurdico quando seus autores forem pro ssionais habilitados de acordo com essa Lei (Art.13 da Lei Federal n 5.194/66).

    Nenhuma obra ou servio poder ter incio sem a competente Anotao de Responsabilidade Tcnica- ART (Art. 3 da Resoluo do CONFEA n 425/98).

    No exerccio da pro sso, dever do pro ssional desempenhar sua pro sso ou funo nos limites de suasatribuies e de sua capacidade pessoal de realizao (Alnea d inciso II do Art. 9 da Resoluo CONFEA n 1002/02).

    2.2. qualifiCao, haBiliTao e aTriBuio

    No desenvolvimento de a vidades da rea tecnolgica importante conhecer e aplicar de forma corretaos termos quali cao, habilitao e atribuio pro ssional. No apenas para uma adequada comunicao, mastambm para a veri cao da legalidade dos trabalhos a serem desenvolvidos.

    A quali cao pro ssional ocorre no sistema o cial de ensino, nos cursos tcnicos de 2 grau, superiorde tecnologia e superior pleno. O pro ssional diplomado considerado quali cado (no mbito da sua formao).No entanto, ainda no poder exercer a vidades pro ssionais enquanto no se registrar no correspondente CREA .Diz-se tambm que o pro ssional est devidamente quali cado quando possui conhecimento su ciente sobre otrabalho a ser realizado, no apenas pela formao pro ssional do curso de graduao, mas tambm pela sua ex -perincia, por cursos e estudos realizados posteriormente.

    De posse do registro no CREA o pro ssional considerado legalmente habilitado, podendo exercer dessaforma as a vidades previstas na legislao pro ssional, desde que considerado em dia com as suas obrigaesperante o CREA.

    Por outro lado, mesmo com o competente registro efetuado, o pro ssional ainda precisa observar quais so aslimitaes impostas pela legislao pro ssional para o exerccio de a vidades na rea tecnolgica, em funo da sua for -mao escolar e do tulo pro ssional. So as atribuies pro ssionais, ou seja, o que um determinado pro ssional podee no pode fazer, uma vez que existem restries de a vidades para o tcnico de 2 grau e para o tecnlogo, bem como

    restries de campo de atuao para os pro ssionais das diversas reas (eltrica, mecnica, civil, arquitetura, etc.).

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    205/483A segurana contra incndio no Brasil 18

    Oportuno ainda salientar que a legislao trata do poder fazer, que bem diferente do saber fazer - queca por conta de cada pro ssional decidir se est apto ou no para a realizao de determinada a vidade tcnica.

    3. Viso geral sobre a ABNT NBR 5410 Instalaes eltricas de baixa tensoA primeira norma brasileira de instalaes eltricas de baixa tenso foi publicada em 1941, tendo sido

    revisada pelas edies de 1960, 1980, 1990, 1997, at chegar publicao em vigor que de 2004.A norma brasileira ABNT NBR 5410:2004 estabelece as condies mnimas a que devem sa sfazer as ins-

    talaes eltricas de baixa tenso, a m de que sejam garan das a segurana das pessoas e a preservao dopatrimnio. No caso das pessoas, deseja-se evitar as conseqncias danosas de choques eltricos e queimaduras,enquanto que, em relao ao patrimnio, pretende-se evitar incndios e seus resultados devastadores.

    A norma ABNT NBR 5410:2004 aplica-se s instalaes eltricas de edi caes residenciais, comerciais,pblicas, industriais, de servios, agropecurias, pr-fabricadas, reas descobertas externas s edi caes, trailers,campings, marinas, canteiros de obras, feiras, exposies e instalaes temporrias em geral. No se aplica a insta -laes de trao eltrica, de veculos automotores, embarcaes, aeronaves, iluminao pblica, redes pblicas de

    energia eltrica, minas e cercas eletri cadas.A norma ABNT NBR 5410:2004 aplica-se s instalaes novas e s reformas, abrangendo circuitos eltricos

    alimentados sob tenso nominal igual ou inferior a 1.000 V em corrente alternada com freqncias inferiores a 400Hz, ou a 1500 V em corrente con nua.

    Os princpios fundamentais que orientam a norma so aqueles rela vos proteo contra choques el -tricos, contra efeitos trmicos (incndio e queimaduras), contra sobrecorrentes (sobrecargas e curtos-circuitos) econtra sobretenses.

    4. In uncias externas4.1. finalidade

    A primeira providncia que se deve tomar quando da elaborao de um projeto de instalaes eltricas,antes mesmo da marcao dos pontos de u lizao, efetuar a classi cao das in uncias externas dos diversoslocais existentes no empreendimento, conforme estabelecido na norma ABNT NBR 5410.

    Essa classi cao permi r ao proje sta iden car os locais que devero receber maior ateno durante aelaborao do projeto (marcao de pontos, colocao de linhas eltricas e equipamentos) e a correspondente es -peci cao tcnica dos componentes da instalao. Sem essa classi cao, poder ocorrer srio comprome mentona segurana das instalaes e dos usurios.

    Salienta-se que in uncias externas no deve ser entendida como sendo alguma in uncia do meio am -biente exterior apenas, mas, sim, do meio no qual esto inseridos a instalao, seus componentes e equipamentos.

    4.2. aPliCao

    Como exemplo de aplicao dessa classi cao, per nente segurana contra incndio, tem-se a condiode in uncia externa classi cada como Natureza dos materiais processados ou armazenados (BE), subdividida em:

    BE1:riscos desprezveis so os locais considerados normais, sem nenhum risco aparente.BE2:riscos de incndio locais que contm substncias combus veis, como bras e lquidos com alto

    ponto de fulgor.BE3:riscos de exploso locais com presena de substncias in amveis, como lquidos com baixo ponto

    de fulgor, gases e vapores, ps-combus veis sujeitos a exploso e substncias explosivas.BE4: riscos de contaminao locais com presena de alimentos, produtos farmacucos e anlogos, sem proteo.

    Ainda podemos citar outras classi caes que tambm in uenciam a distribuio de pontos de u lizao,

    linhas eltricas e equipamentos, e que tm algum po de implicao com a segurana contra incndio. So elas:

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    206/483

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    207/483A segurana contra incndio no Brasil 18

    outro material incombus vel, devem ser no-propagantes de chama, livres de halognio e com baixa emisso defumaa e gases txicos.

    c) no caso de linhas em condutos fechados, os condutos que no sejam metlicos ou de outro materialincombus vel devem ser no-propagantes de chama, livres de halognios e com baixa emisso de fumaa e gases

    txicos. Na primeira hiptese (condutos metlicos ou de outro material incombus vel), podem ser usados condu -tores e cabos apenas no-propagantes de chama; na segunda devem ser usados cabos no-propagantes de chama,livres de halognio e com baixa emisso de fumaa e gases txicos.

    Note que o texto menciona algumas reas em locais BD2, BD3 e BD4. Ou seja, hospitais, hotis, teatros,cinemas, escolas, etc., so locais BDX, os quais possuem reas privadas, sem acesso ao grande pblico (escritrio, co-zinha, lavanderia, camarins, etc.) e reas comuns, de circulao e de concentrao de pblico. No primeiro caso valemas regras gerais da ABNT NBR 5410 e no segundo caso onde de fato valem as prescries espec cas acima.

    Para efeito de escolha dos condutores, o item 6.2.3.5 da ABNT NBR 5410 esclarece que os cabos no-pro-pagantes de chama, livres de halognio e com baixa emisso de fumaa e gases txicos devem atender normaABNT NBR 13248.

    5.2. LOCAIS BE2

    A classi cao BE de um local baseia-se na natureza dos materiais que so nele processados ou armazena -dos. Em par cular, locais BE2 so aqueles que apresentam maior risco de incndio devido presena de substn -cias combus veis em quan dade aprecivel.

    Em 5.2.2.3.6, a ABNT NBR 5410 estabelece que, quando as linhas eltricas no forem totalmente embu -das em material incombus vel, ou seja, se forem aparentes, devem ser tomadas precaues para garan r que elasno venham a propagar chama. Em par cular, os condutores e cabos devem ser no-propagantes de chama.

    5.3. LOCAIS CA2

    Locais CA2 so aqueles construdos predominantemente com materiais combus veis, tais como madeira,

    materiais pls cos, etc..A nica meno proteo contra incndio nestes locais est em 5.2.2.4.2 que diz que devem ser tomadas pre -

    caues para que os componentes da instalao eltrica no possam provocar a combusto de paredes, tetos e pisos.Nenhuma referncia espec ca feita s caracters cas das linhas eltricas, o que difere em muito da

    edio de 1997 da ABNT NBR 5410 que prescrevia para as linhas aparentes em locais CA2 o emprego de condutose/ou condutores livres de halognio e com baixa emisso de fumaa e gases txicos.

    5.4. LOCAIS CB2

    Edi caes CB2 so aquelas cuja estrutura facilita a propagao de incndio como, por exemplo, edi cios comfachadas em que predomina o uso de vidro. Nesses locais, de acordo com 5.2.2.5.2 da ABNT NBR 5410:2004, devem sertomadas precaues para que as instalaes eltricas no possam propagar incndios (por exemplo, por efeito chamin).Obturar pisos e paredes que so atravessados por linhas eltricas um exemplo de como atender prescrio desse itemda norma. Aqui tambm, nenhuma referncia espec ca feita s caracters cas das linhas eltricas.

    6. Proteo contra sobrecargas e curtos-circuitos sabido que todos os componentes das instalaes eltricas aquecem quando em funcionamento normal

    devido ao efeito Joule. Via de regra, esse aquecimento bem suportado pelos materiais que esto prximos aoscomponentes. No entanto, existem situaes anormais que podem ocorrer ao longo da vida de uma instalao, asquais levam os componentes a a ngirem temperaturas muito acima da normal por tempos que podem ser desdemilsimos de segundo at, em alguns casos, horas ou dias. Tais temperaturas anormais ocorrem quando circulamas chamadas sobrecorrentes por uma instalao eltrica.

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    208/483A segurana contra incndio no Brasil186

    As sobrecorrentes podem ser de duas naturezas: sobrecargas ou curtos-circuitos. No primeiro caso, cor -rentes rela vamente pequenas acima da nominal circulam durante tempos rela vamente longos. No h valorespadronizados para de nir exatamente esses valores mas, para se ter uma idia, disjuntores so ensaiados em si -tuao de sobrecarga com correntes 30% a 45% acima da nominal circulando por uma ou duas horas. No caso dos

    curtos-circuitos, tem-se correntes rela vamente elevadas acima da nominal circulando por tempos rela vamentepequenos. Usando novamente o exemplo dos disjuntores, eles so ensaiados com correntes dezenas de vezes anominal que circulam por poucos milsimos de segundos.

    Em ambos os casos de sobrecorrentes, as temperaturas que os componentes da instalao eltrica podema ngir so potencialmente muito elevadas (centenas de graus), podendo facilmente provocar a combusto de ma -teriais prximos, resultando em incndios.

    A ABNT NBR 5410:2004 traz uma srie de requisitos muito claros sobre a proteo contra sobrecorrentesno caso par cular de condutores eltricos.

    7. Linhas eltricas

    O item 6.2.9 da ABNT NBR 5410:2004 trata das condies de instalao das linhas eltricas. A seguir soanalisadas algumas situaes que tm relao com situaes de incndio.

    7.1. duToS de eXauSTo de fumaa e de venTilao

    Em 6.2.9.4.3 est prescrito que no se admitem linhas eltricas no interior de dutos de exausto de fu -maa ou de dutos de ven lao.

    7.2. eSPaoS de ConSTruo e galeriaS

    Em 6.2.9.6.7 trata-se dos espaos de construo e galerias, prescrevendo-se que nos espaos de constru -o, e nas galerias, devem ser tomadas precaues adequadas para evitar a propagao de um incndio.

    Assim, de acordo com a Tabela 32 Caracters cas dos componentes da instalao em funo das in u -ncias externas (ABNT NBR 5410:2004), na classi cao CB2, os componentes eltricos (e no-eltricos) instaladosem espaos de construo e galerias devem ser cons tudos de materiais no-propagantes de chama ou devem serprevistas barreiras corta-fogo ou ainda podem ser previstos detectores de incndio.

    7.3. PooS verTiCaiS ShafTS

    Em 6.2.9.6.8, temos: No caso de linhas eltricas dispostas em poos ver cais atravessando diversos n -veis, cada travessia de piso deve ser obturada de modo a impedir a propagao de incndio. Admite-se que essaobturao das travessias possa no ser provida nas seguintes situaes:

    a) no caso de linhas cons tudas por cabos xados em paredes ou em tetos, quando os cabos forem no-

    propagantes de chama, livres de halognio e com baixa emisso de fumaa e gases txicos.b) no caso de linha em conduto aberto, quando os cabos forem no-propagantes de chama, livres de halog -

    nio e com baixa emisso de fumaa e gases txicos e o conduto, caso no seja metlico ou de outro material incom -bus vel, tambm for no-propagante de chama, livre de halognio e com baixa emisso de fumaa e gases txicos.

    c) no caso de linha em conduto fechado, quando o conduto for metlico ou de outro material incombus -vel ou, ainda, caso no seja metlico ou de outro material incombus vel, quando o conduto for no-propagantede chama, livre de halognio e com baixa emisso de fumaa e gases txicos. Na primeira hiptese (conduto me -tlico ou de outro material incombus vel), os condutores e cabos podem ser apenas no-propagantes de chama;na segunda, os cabos devem ser no-propagantes de chama, livres de halognio e com baixa emisso de fumaa egases txicos.

    De um modo geral, as travessias de pisos devem ser obturadas, a menos que se u lizem cabos e condutosespeci camente indicados.

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    209/483A segurana contra incndio no Brasil 18

    Alm disso, no eventual caso de um conduto no-metlico vir a ser no-propagante de chama, livre dehalognio e com baixa emisso de fumaa e gases txicos, ento se exige que os condutores tambm possuamessas mesmas propriedades.

    7.4. eleTroduToS e BuSwaySReconhecendo que so muito comuns os casos de travessias de paredes e pisos por eletrodutos e busways

    (linha eltrica pr-fabricada), a norma traz algumas prescries espec cas para essas situaes, a saber:6.2.9.6.2 - Linhas eltricas tais como as cons tudas por eletrodutos ou condutos fechados equivalentes e

    as pr-fabricadas, que penetrem em elementos da construo cuja resistncia ao fogo seja conhecida e especi ca -da, devem ser obturadas internamente de forma a garan r pelo menos o mesmo o grau de resistncia ao fogo doelemento em questo, e tambm obturadas externamente, conforme 6.2.9.6.1.

    6.2.9.6.4 - Os eletrodutos ou condutos fechados equivalentes que sejam no-propagantes de chama ecuja rea de seo transversal interna seja de no mximo 710 mm 2 no precisam ser obturados internamente,desde que:

    a) os eletrodutos ou condutos equivalentes apresentem grau de proteo IP33.b) todas as extremidades da linha que terminem em um compar mento constru vamente separado do

    compar mento do qual ela provm sa sfaam o grau de proteo IP33.Destaque nas prescries acima para a necessidade de obturar internamente os eletrodutos ou condutos

    fechados equivalentes no-propagantes de chama e busways, com exceo dos eletrodutos e condutos fechadosIP33 (proteo contra corpos slidos superiores a 2,5 mm e proteo contra chuva at 60 o da ver cal) e com dime -tro interno de at 30 mm (710 mm 2), o que, segundo as normas de eletrodutos baseadas na IEC 60614-2-1 (met -licos) e IEC 60614-2-2 (no-metlicos) signi cam, respec vamente, tamanhos nominais de at 25 mm (metlico) e32 mm (no-metlico). Note ainda que as eletrocalhas perfuradas de um modo geral no atendem ao grau IP33.

    7.5. oBTuraeS

    Em relao s barreiras corta-fogo, a norma trata em 6.2.9.6.1 sobre as travessias, estabelecendo quequando uma linha eltrica atravessar elementos da construo tais como pisos, paredes, coberturas, tetos etc., asaberturas remanescentes passagem da linha devem ser obturadas de modo a preservar a caracters ca de resis -tncia ao fogo de que o elemento for dotado.

    6.2.9.6.3 - As prescries de 6.2.9.6.1 e 6.2.9.6.2 so consideradas atendidas se a obturao provida forde um modelo que tenha sido subme do a ensaio de po.

    6.2.9.6.5 - Toda obturao des nada a cumprir com 6.2.9.6.1 e/ou 6.2.9.6.2 deve atender s prescriesdas alneas a) a c), bem como as de 6.2.9.6.6:

    a) deve ser compa vel com os materiais da linha eltrica com os quais deve ter contato.b) deve permi r as dilataes e contraes da linha eltrica sem que isso reduza sua efe vidade como

    barreira corta-fogo.c) deve apresentar estabilidade mecnica adequada, capaz de suportar os esforos que podem sobrevir de

    danos causados pelo fogo aos meios de xao e de suporte da linha eltrica.

    NOTA Essa prescrio considerada atendida: se a xao da linha eltrica for reforada com grampos, abraadeiras ou suportes, instalados a no mais de

    750 mm da obturao e capazes de suportar as cargas mecnicas esperadas em conseqncia da ruptura dos suportessituados do lado da parede j a ngido pelo fogo e de tal forma que nenhum esforo seja transmi do obturao.

    ou se a concepo da prpria obturao garan r uma sustentao adequada, na situao considerada.

    6.2.9.6.6 - As obturaes devem poder suportar as mesmas in uncias externas a que a linha eltrica estsubme da e, alm disso,

    a) devem ter uma resistncia aos produtos de combusto equivalente dos elementos da construo nos

    quais forem aplicadas.

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    210/483A segurana contra incndio no Brasil188

    b) devem apresentar um grau de proteo contra penetrao de gua pelo menos igual ao requerido doselementos da construo nos quais forem aplicadas.

    c) devem ser protegidas, tanto quanto as linhas, contra gotas de gua que, escorrendo ao longo da linha,possam vir a se concentrar no ponto obturado, a menos que os materiais u lizados sejam todos resistentes umi -

    dade, originalmente e/ou aps nalizada a obturao.

    7.6. eSPeCifiCao de ConduToreS

    A norma precisa ao de nir os pos de cabos permi dos e os no-permi dos para u lizao nas insta -laes xas cobertas pela norma. So contemplados os condutores com isolao em PVC, EPR, XLPE e os livre s dehalognio e com baixa emisso de fumaa, conforme texto da norma a saber:

    6.2.3.2 - Os cabos uni e mul polares devem atender s seguintes normas:a) os cabos com isolao de EPR, NBR 7286.b) os cabos com isolao de XLPE, NBR 7287.c) os cabos com isolao de PVC, NBR 7288 ou NBR 8661.NOTA Os cabos em conformidade com a NBR 13249 no so admi dos nas maneiras de instalar previstas

    na tabela 33, tendo em vista que tais cabos des nam-se to-somente ligao de equipamentos.

    6.2.3.3 - Para efeito desta norma, os condutores com isolao de XLPE que atendam NBR 7285, com-preendendo condutores isolados e cabos mul plexados, so considerados cabos unipolares e cabos mul polares,respec vamente.

    6.2.3.4 - Os condutores isolados com isolao de PVC de acordo com a NBR NM 247-3 devem ser no-propagantes de chama.

    6.2.3.5 - Os cabos no-propagantes de chama, livres de halognio e com baixa emisso de fumaa e gasestxicos devem atender NBR 13248.

    NOTA Os cabos no-propagantes de chama, livres de halognio e com baixa emisso de fumaa e gases

    txicos podem ser condutores isolados, cabos unipolares e cabos mul polares.

    Na pr ca, os catlogos dos fabricantes mencionam as normas que os seus produtos atendem e o nmero danorma do produto deve ser gravado sobre a isolao (condutores isolados / cabos unipolares) e cobertura (cabos mul -polares) dos produtos, o que facilita a especi cao e a inspeo dos cabos a serem u lizados nas instalaes eltricas.

    8. Quadros de distribuio8.1. CaraCTerSTiCaS TCniCaS

    Um quadro de distribuio pode ser considerado como o corao de uma instalao eltrica, j que

    distribui a energia eltrica por toda a instalao e acondiciona os disposi vos de proteo dos diversos circuitos el -tricos. Assume, portanto, uma funo bastante signi ca va, merecendo os devidos cuidados no dimensionamentoe na especi cao tcnica.

    O quadro de distribuio, tambm designado por conjunto de proteo, manobra e comando, erronea -mente designado por painel.

    De acordo com a sua nalidade um quadro pode ser: Quadro de distribuio, quando recebe energia eltrica de uma ou mais alimentaes e a distribui a um

    ou mais circuitos. Quadro (de distribuio) terminal, quando alimenta exclusivamente circuitos terminais.

    As caracters cas tcnicas de um quadro de distribuio so estabelecidas pela norma ABNT NBR IEC60439-1 para os quadros totalmente testados (TTA) e os parcialmente testados (PTTA) tambm conhecidos como

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    211/483A segurana contra incndio no Brasil 18

    de aplicao industrial; e a norma ABNT NBR IEC 60439-3 aos quadros instalados em locais acessveis a pessoas noquali cadas tambm conhecidos como de uso residencial e anlogo.

    Da leitura dessas normas depreende-se que para a adequada especi cao tcnica de um quadro de dis -tribuio, por mais simples que ele seja, de todas as caracters cas tcnicas citadas necessria a meno de pelo

    menos as seguintes: Tenso nominal. Corrente nominal. Capacidade de curto-circuito. Grau de proteo IP. Tipo de montagem (sobrepor ou de embu r). Tipo de barramento. Tipos de disjuntores (ou fusveis) a serem instalados.

    8.2. Seleo e inSTalao

    J o dimensionamento dos circuitos eltricos, dos disposi vos de proteo, os critrios para a seleo e ainstalao do quadro devem ter como base a norma ABNT NBR 5410, de onde extramos as seguintes consideraes:

    Deve possuir grau de proteo (IP) compa vel com as in uncias externas a que car subme do. Todo quadro de distribuio deve ter capacidade de reserva para futuras ampliaes de circuitos. Os quadros devem ser instalados em local de fcil acesso e possuir iden cao do lado externo. Todos os componentes no interior dos quadros devem ser devidamente iden cados. Todo quadro de distribuio des nado a instalaes residenciais e anlogas deve possuir uma advertn -

    cia, colocada pelo instalador ou j vinda de fbrica, com o seguinte contedo:

    8.3. ProTeo ConTra ChoqueS elTriCoS

    Os quadros devem possuir grau de proteo mnimo IP2X, com a porta fechada. Uma vez aberta a porta,esse grau de proteo IP2X dever ser man do. Ou seja, mesmo com a porta aberta, as pessoas no podero teracesso s partes energizadas. Apenas s alavancas dos disposi vos de manobra e proteo.

    A remoo da barreira de proteo s poder ser feita por meio de chave ou ferramenta ou, ainda, peladesenergizao do quadro (mtodo no usual).

    Podem ser excludos dessa exigncia da barreira de proteo os quadros situados em locais com acessopermi do apenas a pessoal BA4 (adver do) ou BA5 (quali cado). o que normalmente ocorre em subestaes e

    salas de servio eltrico, trancadas e com sinalizao de restrio e de perigo.

    adverTnCia1. Quando um disjuntor ou fusvel atua, desligando algum circuito ou a instalao inteira, a causa pode

    ser uma sobrecarga ou um curto-circuito. Desligamentos freqentes so sinais de sobrecarga. Por isso,NUNCA troque seus disjuntores ou fusveis por outros de maior corrente (maior amperagem), simples -mente. Como regra, a troca de um disjuntor ou fusvel por outro de maior corrente requer, antes, atroca dos os e cabos eltricos, por outros de maior seo (bitola).

    2. Da mesma forma, NUNCA desa ve ou remova a chave autom ca de proteo contra choques el -tricos (disposi vo DR), mesmo em caso de desligamentos sem causa aparente. Se os desligamentosforem freqentes e, principalmente, se as tenta vas de religar a chave no ver xito, isso signi ca,muito provavelmente, que a instalao eltrica apresenta anomalias internas, que s podem ser iden-cadas e corrigidas por pro ssionais quali cados. A DESATIVAO OU REMOO DA CHAVE SIGNIFI-

    CA A ELIMINAO DE MEDIDA PROTETORA CONTRA CHOQUES ELTRICOS E RISCO DE VIDA PARUSURIOS DA INSTALAO.

  • 7/25/2019 A Segurana Contra o Incndio No Brasil (PRONATEC)

    212/483A segurana contra incndio no Brasil190

    9. Documentao de uma instalao eltrica9.1. ParTeS ConSTiTuinTeS de um ProJeTo

    Conforme estabelece a norma ABNT NBR 5410, uma instalao eltrica deve ser executada a par r de um projetoespec co. o que se denomina de projeto para execuo (conforme norma ABNT NBR 13531), ou de projeto execu vo.

    No entanto, comum as pessoas associarem um projeto apenas ao jogo de desenhos. Um projeto vaimuito alm disso.

    Ainda de acordo com a norma ABNT NBR 5410, um projeto deve conter as seguintes partes: plantas (de-senhos), esquemas, detalhes, memorial descri vo e especi cao dos componentes.

    Sucintamente, apresenta-se a seguir uma sugesto de contedo para cada uma dessas partes cons tuin -tes de um projeto de instalaes eltricas:

    Plantas (desenhos) - representao gr ca do que ser instalado (quadros, caixas, eletrodutos, conduto -res, pontos de iluminao e de tomadas, etc).

    Esquemas - devem ser apresentados na documentao (alm das plantas) eventuais esquemas tcnicosque sejam necessrios para o bom entendimento das solues que