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A reutilização de água residual tratada: a perspetiva da Agricultura Auditório IPQ, Caparica | 22 maio 2018 DGDADR-DSPAA-DGRN

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A reutilização de água residual tratada:

a perspetiva da Agricultura

Auditório IPQ, Caparica | 22 maio 2018

DGDADR-DSPAA-DGRN

A reutilização de água residual tratada:

a perspetiva da Agricultura Auditório IPQ, Caparica | 22 maio 2018

Fatores contributivos para uma gestão sustentável do recurso água:

Implementação das Diretiva Quadro da Água (2000/60 CE), e da Diretiva

91/271 CEE;

Alterações climáticas;

Princípio da Economia Circular.

EEA (2012)

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A reutilização de água residual tratada:

a perspetiva da Agricultura Auditório IPQ, Caparica | 22 maio 2018

O uso sustentável do recurso

água dum país

implica que a extração de água

para diversos fins não exceda

um determinado ratio, função da

capacidade de renovação desse

mesmo recurso.

Esse ratio é designado por Índice

de Exploração (%). Este índice

permite identificar quais as

regiões com maior pressão sobre

os recursos hídricos.

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a perspetiva da Agricultura Auditório IPQ, Caparica | 22 maio 2018

A agricultura constitui um

sector de grande importância

económica, constituindo

paralelamente o sector de

maior uso consumptivo de

água, designadamente através

do regadio, atingindo em

Portugal uma percentagem

próxima dos 55%

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O Regadio em números: Área irrigável e irrigada

A área irrigável no Continente ascende a 540 000 há Corresponde a 14,5% da Superfície Agrícola Utilizada (SAU) do Continente (3 668 145 ha)

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O Regadio em números: Coletivo (Público e Privado) e Individual

- A área equipada em 2013

registou um acréscimo de 3,2%

relativamente a 2009

- 41% dos regadios coletivos

públicos correspondem a

aproveitamentos hidroagrícolas

construídos entre 1938 e 1974

(necessidade de

modernização/reabilitação)

- Existem cerca de 1 750

regadios coletivos privados

(regadios tradicionais) em

atividade

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Consumos e disponibilidades hídricas nacionais

Em Portugal apenas é utilizada uma pequena parte das disponibilidades hídricas anuais. Esta aparente abundância esconde uma realidade bem distinta entre as diferentes regiões do país e os sucessivos anos hidrológicos

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Com base nestes pressupostos, a CE encomendou à

Joint Research Centre (JRC), a elaboração dum

documento contendo os requisitos mínimos de

qualidade para a reutilização de águas residuais na

agricultura e na recarga de aquíferos, cuja ultima

versão, (3.2-Draft, December de 2016), foi posta à

discussão dos Estados Membros.

Pretende a CE com este documento elaborar um

Regulamento, tendo em vista a uniformização de

critérios pelos diferentes EM.

Nesse sentido, e em Portugal, os diferentes

organismos envolvidos elaboraram um conjunto de

questões que, em sede de discussão pública, foram

remetidas à CE.

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Origens:

Águas residuais urbanas abrangidas pela Diretiva 91/271/CEE (transposta pelo Dec-Lei

152/97 de 19 Junho, na sua atual redação) e

Águas residuais industriais identificadas no anexo III desta mesma diretiva.

Utilizações consideradas:

•Rega;

•Recarga de aquíferos.

Sistema de Reutilização:

•Águas residuais brutas afluentes a ETAR urbanas (abrangidas pela Diretiva 91/271/CEE);

Sistema de tratamento de águas residuais (ETAR urbana);

Sistema de tratamento adicional para produção de águas tratadas para reutilização em

função dos usos;

Sistema de armazenamento e drenagem;

Sistema de irrigação, quando o destino final é a rega.

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Suporte legislativo:

•Quadro legal existente a nível Europeu (Diretiva-Quadro da Água, Diretiva das águas

residuais tratadas, Diretiva das águas subterrâneas, etc.);

•Quadro legal Nacional Dec-Lei 236/98 de 1 de Agosto, Anexo XVI, parâmetros de

qualidade da água para rega;

•Quadro legal e normativo (NP 4434-2005) existente nos diversos Estados-membros (EM)

para a reutilização de água;

•Guias e documentos de orientação existentes a nível mundial (OMS, USEPA, CE, JRC,

EEA);

•Referências científicas consideradas relevantes para o âmbito do documento.

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Rega

Definição de quatro classes de qualidade de água em função do uso, sendo que

a cada classe está associado um nível de tratamento adequado e respetivos

critérios de desempenho, normas de qualidade para proteção da saúde, métodos

de irrigação adequados e identificação de possíveis barreiras.

A definição de cada classe é função do nível de risco de contacto direto

(ingestão e inalação) versus severidade dos danos.

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O tipo de culturas consideradas são:

Culturas destinadas ao consumo em cru ou sem qualquer tipo de processamento;

Culturas destinadas ao consumo após processamento (cozinhadas, processadas

industrialmente, etc.);

Culturas não alimentares: Culturas não destinadas ao consumo humano, incluindo

pastagens para exploração leiteira ou de produção de carne (pastagens, forragens),

produção de fibras, produção de plantas ornamentais, produção de sementes,

energia ou turfa.

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O documento da JRC refere que os EM têm de definir, quando se justifique, critérios de

qualidade adicionais, não incluídos nas diretivas comunitárias. Esta definição terá de

ser caso-a-caso e os parâmetros definidos terão de ser incluídos nos programas de

verificação de monitorização. Como orientação pode ser seguida a abordagem de

gestão de risco atrás descrita.

O documento refere a necessidade de terem de ser desenvolvidos documentos de

orientação, monitorização e de normalização, para avaliação da reutilização de água

na rega.

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Saibamos pois aceitar o Risco como um Desafio

A todos, o nosso muito obrigado

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