a reforma do irc - vida económica · que se refere o dl nº 20/90, de 13/01, nos casos previstos...

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CEM NORTE DE11562011GRC Diretor-adjunto: Miguel Peixoto de Sousa Diretor: Peixoto de Sousa 4,00 euros (IVA incl.) JANEIRO • 2ª QUINZENA ANO 82º • 2014 • N o 2 1. Introdução A Lei n.º 2/2014, de 16 de janeiro, procedeu à re- forma da tributação das sociedades, alterando o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (CIRC), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-B/88, de 30 de novembro, o Decreto Regulamentar n.º 25/2009, de 14 de setembro, e o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (CIRS), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-A/88, de 30 de novembro. Esta reforma introduz alterações significativas em sede de imposto sobre o rendimento das pessoas cole- tivas (IRC), tendo como objetivo a revisão geral das bases legais fundamentais do sistema de tributação das empresas, de forma a: i) promover a simplificação do IRC; ii) redefinir a respetiva base tributável; iii) efetuar a reavaliação da taxa nominal; e iv) rever alguns regimes fundamentais para pro- mover o investimento nacional e estrangeiro, o emprego, a competitividade e a internacionali- zação das empresas portuguesas. 2. Principais alterações De entre as medidas introduzidas pela Lei n.º 2/2014, destacam-se aqui as seis que nos parecem mais abran- gentes ao universo das empresas nacionais. 2.1. Taxas A taxa geral vigente em Portugal é reduzida para 23%, para os exercícios iniciado em, ou após, 1 de ja- neiro de 2014. No entanto, no caso de sujeitos passivos A reforma do IRC NESTE NÚMERO: • IRS - tabelas de retenção na fonte 2014 • IRC - principais alterações introduzidas pela Lei nº 2/2014, de 16 de janeiro (Continua na pág. 37) SUMÁRIO Legislação Port. nº 371/2013, de 27.12 (IRS - modelo 39 - rendimentos e retenções a taxas liberatórias - novas instruções de preenchimento ) ...................... 56 Port. 372/2013, de 27.12 (IRS e IRC - declaração modelo 30 - rendimentos pagos ou colocados à disposição dos sujeitos passivos não residentes) .... 58 Port. nº 373/2013, de 27.12 (IRS - declaração modelo 13 - novas instruções de preenchimento) ..... 60 Despacho n.º 706-A/2014, de 15.1 (IRS - tabelas de retenção na fonte para 2014) ................................. 51 Dec. Leg. Reg. n.º 31-A/2013/M, de 31.12 (IRS e IRC - adaptação do sistema fiscal nacional à Região Autónoma da Madeira) ..................... 62 Resoluções administrativas e Inf. vinculativas Tributação aduaneira: impacto do novo regime S.P.G. após 1 de janeiro de 2014 .......................................... 45 Benefícios fiscais: fundos de pensões - isenção prevista no artigo 16º do EBF ........................ 46 IVA: documento retificativo - nota de devolução; regime de bens em circulação e documentos de transporte; mediação imobiliária; produção agrícola - serviços de guarda, criação e engorda e animais ............. 47 a 50 Obrigações fiscais do mês e informações diversas ............................................................... 34 a 44 Trabalho e Segurança Social Informações Diversas e Regulamentação do Trabalho ............................................................. 64 a 67 Sumários do Diário da República ............................... 68

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Page 1: A reforma do IRC - Vida Económica · que se refere o DL nº 20/90, de 13/01, nos casos previstos no regime transitório estabelecido no n.º 2 do art.º 130 da Lei 55-A/2010, de

CEM NORTEDE11562011GRC

Diretor-adjunto:Miguel Peixoto de Sousa

Diretor:Peixoto de Sousa

4,00 euros (IVA incl.)

JANEIRO • 2ª QUINZENA ANO 82º • 2014 • No 2

1. IntroduçãoA Lei n.º 2/2014, de 16 de janeiro, procedeu à re-

forma da tributação das sociedades, alterando o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (CIRC), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-B/88, de 30 de novembro, o Decreto Regulamentar n.º 25/2009, de 14 de setembro, e o Código do Imposto sobre o

Rendimento das Pessoas Singulares (CIRS), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-A/88, de 30 de novembro.

Esta reforma introduz alterações signifi cativas em sede de imposto sobre o rendimento das pessoas cole-tivas (IRC), tendo como objetivo a revisão geral das bases legais fundamentais do sistema de tributação das empresas, de forma a:

i) promover a simplifi cação do IRC; ii) redefi nir a respetiva base tributável;iii) efetuar a reavaliação da taxa nominal; eiv) rever alguns regimes fundamentais para pro-

mover o investimento nacional e estrangeiro, o emprego, a competitividade e a internacionali-zação das empresas portuguesas.

2. Principais alteraçõesDe entre as medidas introduzidas pela Lei n.º 2/2014,

destacam-se aqui as seis que nos parecem mais abran-gentes ao universo das empresas nacionais.

2.1. TaxasA taxa geral vigente em Portugal é reduzida para

23%, para os exercícios iniciado em, ou após, 1 de ja-neiro de 2014. No entanto, no caso de sujeitos passivos

A reforma do IRC

NESTE NÚMERO:• IRS - tabelas de retenção na fonte 2014• IRC - principais alterações introduzidas

pela Lei nº 2/2014, de 16 de janeiro

(Continua na pág. 37)

SUMÁRIOLegislaçãoPort. nº 371/2013, de 27.12 (IRS - modelo 39 - rendimentos e retenções a taxas liberatórias - novas instruções de preenchimento ) ...................... 56Port. 372/2013, de 27.12 (IRS e IRC - declaração modelo 30 - rendimentos pagos ou colocados à disposição dos sujeitos passivos não residentes) .... 58Port. nº 373/2013, de 27.12 (IRS - declaração modelo 13 - novas instruções de preenchimento) ..... 60Despacho n.º 706-A/2014, de 15.1 (IRS - tabelas de retenção na fonte para 2014) ................................. 51Dec. Leg. Reg. n.º 31-A/2013/M, de 31.12 (IRS e IRC - adaptação do sistema fi scal nacional à Região Autónoma da Madeira) ..................... 62Resoluções administrativas e Inf. vinculativasTributação aduaneira: impacto do novo regime S.P.G. após 1 de janeiro de 2014 .......................................... 45Benefícios fi scais: fundos de pensões - isenção prevista no artigo 16º do EBF ........................ 46IVA: documento retifi cativo - nota de devolução; regime de bens em circulação e documentos de transporte; mediação imobiliária; produção agrícola - serviços de guarda, criação e engorda e animais ............. 47 a 50Obrigações fi scais do mês e informações

diversas ............................................................... 34 a 44Trabalho e Segurança SocialInformações Diversas e Regulamentação do Trabalho ............................................................. 64 a 67Sumários do Diário da República ............................... 68

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Boletim do Contribuinte34JANEIRO 2014 - Nº 2

I R S (Até ao dia 20 de fevereiro)– Entrega do imposto retido no mês de janeiro sobre ren-

dimentos de capitais, prediais e comissões pela intermediação na realização de quaisquer contratos, bem como do imposto retido pela aplicação das taxas liberatórias previstas no art. 71º do CIRS.

– Entrega do imposto retido no mês de janeiro sobre as remunerações do trabalho dependente, independente e pen-sões – com exceção das de alimentos (Categorias A, B e H, respetivamente).

I R C (Até ao dia 20 de fevereiro)– Entrega das importâncias retidas no mês de janeiro por

retenção na fonte de IRC, nos termos do art. 84º do Código do IRC.

– Os contribuintes que pretendam optar pelo regime sim-plifi cado do IRC em 2014 devem apresentar uma declaração de alterações. (Até 28 de fevereiro de 2014)I V A

- Entrega do imposto liquidado no mês de dezembro, pelos contribuintes de periodicidade mensal do regime normal. (Até ao dia 10 de fevereiro)*

- Entrega do imposto liquidado no 4º trimestre de 2013 pelos contribuintes de periodicidade trimestral do regime normal. (Até ao dia 15 de fevereiro)*

- Regime dos pequenos retalhistas - pagamento do imposto apurado relativo ao 4º trimestre de 2013 (Até ao dia 20 de fevereiro)*.

SEGURANÇA SOCIAL (De 11 a 20 de fevereiro)– Contribuições relativas às remunerações do mês de

janeiro de 2013.

IMPOSTO ÚNICO DE CIRCULAÇÃO (Até ao dia 28 de fevereiro)

– Liquidação, por transmissão electrónica de dados, e pa-gamento do Imposto Único de Circulação – IUC – relativo aos veículos cujo aniversário da matrícula ocorra no mês de fevereiro.

IMPOSTO DO SELO (Até ao dia 20 de fevereiro)– Entrega, por meio de guia, do imposto arrecadado no

mês de janeiro. O pagamento deve ser efectuado nos locais habituais – tesourarias da Fazenda Pública, caixas multiban-co ou balcões dos CTT.

PAGAMENTOSEM FEVEREIRO

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Boletim do Contribuinte

IVADeclaração Periódica

Regime mensalAté ao dia 10 de fevereiro deverá ser enviada a Declaração

Periódica, por transmissão eletrónica de dados, acompanhada dos anexos que se mostrem devidos, pelos contribuintes do regime normal mensal, relativa às operações efetuadas em dezembro do ano anterior.

IVADeclaração Periódica

Regime trimestralAté ao dia 15 de fevereiro deverá ser entregue a Declaração

Periódica, por transmissão eletrónica de dados, acompanhada dos anexos que se mostrem devidos, pelos contribuintes do regime normal trimestral, relativa às operações efetuadas no 4.º trimestre do ano anterior.

IVADeclaração Recapitulativa

Até ao dia 20 de fevereiro deverá ser entregue a Declaração Recapitulativa por transmissão eletrónica de dados, pelos su-jeitos passivos do regime normal mensal que tenham efetuado transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços noutros Estados Membros, no mês anterior, quando tais operações sejam aí localizadas nos termos do art.º 6.º do CIVA, e para os sujeitos passivos do regime normal trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens a incluir na declaração tenha no trimestre em curso (ou em qualquer mês do trimestre) excedido o montante de € 50.000.

IVADeclaração RecapitulativaSujeitos passivos isentos

Até ao dia 20 de fevereiro deverá ser entregue a Declaração Recapitulativa por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos isentos ao abrigo do art.º 53.º que tenham efetuado prestações de serviços noutros Estados Membros, no mês anterior, quando tais operações sejam aí localizadas nos termos do art.º 6.º do CIVA.

IVAPequenos retalhistas

Até ao dia 20 de fevereiro deverá ser entregue a Declaração Modelo P2 ou da guia Modelo 1074, pelos retalhistas sujeitos ao regime de tributação previsto no art.º 60.º do CIVA, consoante haja ou não imposto a pagar, relativa ao 4.º trimestre do ano anterior.

OBRIGAÇÕES EM FEVEREIRO

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Boletim do Contribuinte 35JANEIRO 2014 - Nº 2

IVAPedidos de restituição de IVA

Até ao dia 28 de fevereiro deverão ser entregues os pe-didos de restituição, por transmissão eletrónica de dados, do IVA suportado na aquisição de bens do ativo imobilizado pelas IPSS e pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a que se refere o DL nº 20/90, de 13/01, nos casos previstos no regime transitório estabelecido no n.º 2 do art.º 130 da Lei 55-A/2010, de 31/12.

Deverão ainda ser entregues por transmissão eletrónica de dados os pedidos de restituição IVA pelos sujeitos passivos cujo imposto suportado, no ano civil anterior, noutro Estado Membro ou país terceiro (neste caso em suporte de papel), quando o montante a reembolsar for superior a € 400 e respei-tante a um período de três meses consecutivos ou, se período inferior, desde que termine em 31 de dezembro do ano civil imediatamente anterior e o valor não seja inferior a € 50, tal como refere o Decreto-Lei n.º 186/2009, de 12 de agosto.

IRSDeclaração mensal de remunerações

Comunicação de rendimentos pelas entidades devedoras

Até ao dia 10 de fevereiro deverá ser entregue a Declara-ção Mensal de Remunerações, por transmissão eletrónica de dados, pelas entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS, ainda que dele isentos, bem como os que se encontrem excluídos de tributação, nos termos dos artigos 2.º e 12.º do Código do IRS, para comunicação daqueles rendimentos e respetivas retenções de imposto, das deduções

efetuadas relativamente a contribuições obrigatórias para regimes de proteção social e subsistemas legais de saúde e a quotizações sindicais, relativas ao mês anterior.

IRSNotários e conservadores

Entrega da declaração modelo 11

Até ao dia 15 de fevereiro deverá ser entregue a Decla-ração Modelo 11, por transmissão eletrónica de dados, pelos notários e outros funcionários ou entidades que desempenhem funções notariais, bem como as entidades ou profi ssionais com competência para autenticar documentos particulares que titulem atos ou contratos sujeitos a registo predial, ou que intervenham em operações previstas nas alíneas b), f) e g) do n.º 1 do artigo 10.º, das relações dos atos praticados no mês anterior, suscetíveis de produzir rendimentos.

IRSDeclaração modelo 10

Até ao dia 28 de fevereiro deverá ser entregue a Declaração Modelo 10 (pelos devedores de rendimentos), por transmissão eletrónica de dados, ou em suporte de papel para as pessoas singulares que não exerçam atividades empresariais ou pro-fi ssionais.

IRSDeclaração Modelo 16

Até ao dia 28 de fevereiro deverá ser entregue a Declaração Modelo 16, por transmissão eletrónica de dados, pelas entida-des gestoras dos fundos de poupança em ações.

Benefícios fi scaisDeclaração modelo 25

Até ao dia 28 de fevereiro deverá ser entregue a Decla-ração Modelo 25, por transmissão eletrónica de dados, pelas entidades benefi ciárias de donativos fi scalmente relevantes no âmbito do regime consagrado no Estatuto dos Benefícios Fiscais e do Estatuto do Mecenato Científi co.

Rendimentos de poupançaJuros pagos ou atribuídos a não residente

Declaração Modelo 35

Até ao dia 28 de fevereiro deverá ser entregue a Declaração Modelo 35, por transmissão eletrónica de dados, pelas entidades que paguem ou atribuam rendimentos de poupança sob a forma de juros a benefi ciários efetivos ou outras entidades não residen-tes em território português e desde que sejam residentes noutro Estado membro, bem como em Andorra, Liechtenstein, Mónaco, San Marino, Suíça e nos territórios de Anguilla, Antilhas Ho-landesas, Aruba, Ilhas Cayman, Guernsey, Jersey, Ilha de Man, Monserrate, Ilhas Turks e Caicos e Ilhas Virgens Britânicas.

IVAComunicação das faturas emitidas

Até ao dia 25 de fevereiro deverá ser efetuada comu-nicação à Autoridade Tributária (AT), por transmissão eletrónica de dados dos elementos das faturas emitidas no mês anterior pelas pessoas singulares ou coletivas que tenham sede, estabelecimento estável ou domicílio fi scal em território português e que aqui pratiquem operações sujeitas a IVA.

(cfr. DL nº 198/2012, de 24.8, com as alterações introduzidas pela Lei do OE para 2013, modelo da declaração aprovada pela Port. nº 426-A/2012, de 28.12 e informação publicada na pág. 8 do último número)

OBRIGAÇÕES EM FEVEREIRO

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte36JANEIRO 2014 - Nº 2

Rendimentos de poupançaJuros pagos ou atribuídos a pessoas singulares

que não sejam benefi ciários efetivosAté ao dia 28 de fevereiro deverá ser entregue a Declaração

Modelo 36, por transmissão eletrónica de dados, por entida-des que paguem ou atribuam rendimentos de poupança sob a forma de juros, a pessoas singulares que provem que atuam por conta de uma das entidades referidas no art.º 3.º ou 9.º do Decreto-Lei n.º 62/2005, de 11 de março, desde que revelem o nome e o endereço dessa entidade.

Juros e amortizações de habitação permanente

Prémios de seguros de saúde e acidentes pessoais

Até ao dia 28 de fevereiro deverá ser entregue a Declaração Modelo 37, por transmissão eletrónica de dados, pelas institui-ções de crédito, cooperativas de habitação, empresas de seguros, empresas gestoras de fundos e outros regimes complementares referidos nos arts. 16º e 21º do Estatuto dos Benefícios Fiscais.

IRS e IRCPagamento de subsídios ou subvenções

Até ao dia 28 de fevereiro deverá ser entregue a Declaração modelo 42 pelas entidades que paguem subsídios ou subvenções não reembolsáveis no âmbito do exercício de uma atividade abrangida pelo artigo 3.º do Código do IRS, ou a sujeitos pas-sivos de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, referente aos rendimentos atribuídos no ano anterior, conforme determinam o artigo 121.º do CIRS e o artigo 127.º do CIRC.

IMIParticipação de rendas antigas à AT garante

cláusula de salvaguarda

Até 31 de janeiro

De acordo com o preceituado no artigo 15º-N do Decreto--Lei nº 287/2003, de 12 de novembro, os proprietários de casas com rendas antigas que queiram continuar a benefi ciar da cláusula de salvaguarda que impede o aumento súbito do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) têm de entregar nas fi nanças a sua declaração de participação de rendas até 31 de janeiro, via internet, através do portal das fi nanças – por-taldasfi nancas.gov.pt - ou em qualquer serviço de fi nanças.

Esta é a segunda data limite fi xada, já que o prazo ini-cialmente previsto na lei terminaria a 15 de dezembro, mas como o modelo de declaração só foi publicado no Diário da República a 12 de dezembro (Portaria nº 358-A/2013), o Go-verno alargou o prazo até 31 de janeiro para os proprietários cumprirem esta obrigação.

De salientar que esta cláusula de salvaguarda foi criada na sequência da avaliação geral de imóveis realizada pelas Finanças, que veio aumentar o valor patrimonial tributário (VPT) de todos os imóveis, incluindo aqueles que estavam arrendados com rendas antigas e muito baixas. O objetivo é garantir que o VPT destes prédios, para efeitos somente de IMI, não exceda o valor que resultar da capitalização da renda anual pela aplicação do fator 15, de forma a evitar que o imposto a pagar possa exceder o valor da renda a receber pelo senhorio.

(Cfr. Portaria nº 358-A/2013, de 12.12, transcrita no Boletim do Contribuinte, 2013, pág. 857).

Valor médio de construção mantém-se inalterado em 2014

Para efeitos de cálculo do valor patrimonial tributário dos prédios urbanos, em sede de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), foi fi xado pela Portaria nº 370/2013, de 27.12, o valor médio de construção por metro quadrado, que se mantém para 2014 em 482,40 euros.

Deve ter-se presente que um dos elementos objetivos integrados na fórmula de cálculo do sistema de avaliação de prédios urbanos é o valor médio de construção por metro quadrado, fi xado anualmente pelo Governo, sob proposta da Comissão Nacional de Avaliação de Prédios Urbanos (CNAPU).

A nova portaria, transcrita na pág. 13 do último número, aplica-se a todos os prédios urbanos cujas declarações modelo 1 sejam entregues a partir de 1 de janeiro de 2014.

O valor médio de construção é determinado tendo em conta os encargos diretos e indiretos suportados na cons-trução do edifício, tais como os relativos a materiais, mão--de-obra, equipamentos, energia, comunicações e outros consumíveis.

Refi ra-se que o valor médio de construção por metro qua-drado encontra-se fi xado em 482,40 euros desde o ano 2010.

IRSTabelas de retenção na fonte 2014

Foram já publicadas as tabelas de retenção na fonte de IRS, a aplicar aos rendimentos de trabalho dependente e de pensões pagos ou colocados à disposição a partir de 16 de janeiro.

Nos termos do Despacho nº 706-A/2014, de 15.1, que publicamos na página 51 e seguintes deste número, é de 0,39% a taxa de juro respeitante à remuneração do montante de IRS retido ou pago por conta em valor superior ao devido.Por seu lado, a taxa de juro referente ao pagamento de juros de mora quando, havendo lugar a reembolso de imposto, este não seja efetuado dentro do prazo legal, será de 4%.Refi ra-se que em 2014 não está prevista a aplicação de tabelas específi cas para os trabalhadores da Administração Pública e para os pensionistas, ao contrário do que aconteceu no ano 2013.

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 37JANEIRO 2014 - Nº 2

A reforma do IRC

(Continuação da pág. 33)que exerçam, diretamente e a título principal, uma atividade económica de natureza agrícola, comercial ou industrial, que sejam qualifi cados como pequena ou média empresa, nos termos previstos no anexo ao Decreto-Lei n.º 372/2007, de 6 de novembro (Certifi cação PME pelo IAPMEI), a taxa de IRC aplicável aos primeiros 15.000 € de matéria coletável é de 17% (a aplicação desta taxa está sujeita às regras comunitárias para os auxílios “de minimis”1). Ao excedente aplica-se a taxa de 23%.

Taxas de IRC 2013 2014 2014

Taxa geral PME – MC até 15.000 € --- --- 17,0%

Taxa geral 25,0% 23,0%

Adicional – Derrama municipal 1,5% 1,5%

Taxa geral + Derrama municipal 26,5% 24,5%

Adicional – Derrama estadual 1 3,0% 3,0%

Adicional – Derrama estadual 2 5,0% 5,0%

Adicional – Derrama estadual 3 --- 7,0%

Por exemplo:Matéria coletável do exercício de 2014 = 50.000,00 €

Coleta de IRC 2014 = 15.000×17%+35.000×23%=10.600,00 €

Perspetivas de evolução da taxa geral de IRC:- 2015 = 21%- 2016 = 17% a 19%

Importa também referir o alargamento dos escalões da derrama estadual de dois para três.

2.2. Tributações autónomasSão alteradas as taxas de tributação autónoma referentes

aos encargos efetuados ou suportados por sujeitos passivos que não benefi ciem de isenções subjetivas e que exerçam, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, relacionados com viaturas ligeiras de passagei-ros, motos ou motociclos, excluindo os veículos movidos exclusivamente a energia elétrica, como segue:

1. Defi nidas no Regulamento (CE) n.º 1998/2006, da Comissão, de 15 de dezembro.

As taxas de tributação autónoma (despesas representação, ajudas de custo e quilómetros, lucros distribuídos a sujeitos passivos isentos, entre outros), bem como o agravamento em 10 pontos percentuais das taxas em caso de prejuízo fi scal, não são aplicáveis aos sujeitos passivos a que se aplique o regime simplifi cado de determinação da matéria coletável.

2.3. Regime simplifi cado de tributação (artigos 86.º-A e 86.º-B do CIRC)

Introdução de um regime simplifi cado de tributação em sede de IRC para sociedades que cumpram os requisitos abaixo indicados, sendo que estas estão dispensadas da realização de pagamentos especiais por conta.

Quem pode optar pelo regime simplifi cado?Podem optar pelo regime simplifi cado de determinação da

matéria coletável os sujeitos passivos residentes, não isentos nem sujeitos a um regime especial de tributação, que exer-çam a título principal uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola e que verifi quem, cumulativamente, as seguintes condições:

• Tenham obtido, no período de tributação imediatamente anterior, um montante anual ilíquido de rendimentos não superior a (euro) 200 000;

• O total do seu balanço relativo ao período de tributação imediatamente anterior não exceda (euro) 500 000;

• Não estejam legalmente obrigados à revisão legal de contas;

• O respetivo capital social não seja detido em mais de 20 %, direta ou indiretamente, nos termos do n.º 6 do artigo 69.º, por entidades que não preencham alguma das condições previstas nas alíneas anteriores, exceto quando sejam sociedades de capital de risco ou inves-tidores de capital de risco;

• Adotem o regime de normalização contabilística para microentidades aprovado pelo Decreto-Lei n.º 36-A/2011, de 9 de março;

• Não tenham renunciado à aplicação do regime nos três anos anteriores, com referência à data em que se inicia a aplicação do regime.

Como é feito o enquadramento no ano de início de atividade?

No período do início de atividade, o enquadramento no regime simplifi cado de determinação da matéria coletável faz--se em conformidade com o valor anualizado dos rendimentos estimado (conforme consta na declaração de início de atividade).

Como é formalizada a opção?A opção pela aplicação deste regime deverá ser formali-

zada pelos sujeitos passivos:(Continua na pág. seguinte)

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte38JANEIRO 2014 - Nº 2

• i) na declaração de início de atividade;• ii) na declaração de alterações (artigo 118.º), a apre-

sentar até ao fi m do 2.º mês do período de tributação, no qual pretendam iniciar a aplicação do regime sim-plifi cado de determinação da matéria coletável.

Logo, os sujeitos passivos que pretendam optar pelo regime simplifi cado em 2014 devem apresentar uma declaração de alterações até 28 de fevereiro de 2014.

Este regime cessa quando deixem de se verifi car os res-petivos requisitos necessários à permanência no mesmo ou o sujeito passivo renuncie à sua aplicação. Para além disso, o regime simplifi cado de determinação da matéria coletável cessa ainda quando o sujeito passivo não cumpra as obri-gações de emissão e comunicação das faturas (Código do IVA e n.º 1 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 198/2012). Os efeitos da cessação ou da renúncia do regime simplifi cado de determinação da matéria coletável reportam-se ao 1.º dia do período de tributação em que deixe de se verifi car algum dos requisitos necessários, se verifi que alguma causa de cessação mencionada acima ou seja comunicada a renúncia à aplicação do regime simplifi cado de determinação da matéria coletável, nos termos e prazos previstos na alínea b) do n.º 3 do CIRC.

Como se determina a matéria coletável no regime simplifi cado?

A matéria coletável relevante para efeitos da aplicação do regime simplifi cado obtém-se através da aplicação dos seguintes coefi cientes:

• 0,04 das vendas de mercadorias e produtos, bem como das prestações de serviços efetuadas no âmbito de atividades hoteleiras e similares, restauração e bebidas (coefi ciente reduzido em 50 % e 25 % no período de tributação do início da atividade e no período de tribu-tação seguinte, respetivamente);

• 0,75 dos rendimentos das atividades profissionais constantes da tabela a que se refere o artigo 151.º do Código do IRS;

• 0,10 dos restantes rendimentos de prestações de ser-viços e subsídios destinados à exploração (coefi ciente reduzido em 50 % e 25 % no período de tributação do início da atividade e no período de tributação seguinte, respetivamente);

• 0,30 dos subsídios não destinados à exploração2;• 0,95 dos rendimentos provenientes de contratos que

tenham por objeto a cessão ou utilização temporária da propriedade intelectual ou industrial ou a prestação

2. Os subsídios relacionados com ativos não correntes são considerados, quando respeitem a ativos depreciáveis ou amortizáveis, após a aplicação do coefi ciente previsto na alínea d) do n.º 1 do artigo 86-B.º do CIRC, pelo montante que proporcionalmente corresponder à quota mínima de depreciação ou amortização ou, nos restantes casos, nos termos estabelecidos no artigo 22.º do CIRC.

de informações respeitantes a uma experiência adqui-rida no setor industrial, comercial ou científi co, dos outros rendimentos de capitais, do resultado positivo de rendimentos prediais, do saldo positivo das mais e menos-valias e dos restantes incrementos patrimoniais;

• 1,00 do valor de aquisição dos incrementos patrimo-niais obtidos a título gratuito determinado nos termos do n.º 2 do artigo 21.º.

No âmbito da aplicação deste regime, as mais-valias e as menos-valias correspondem à diferença entre o valor de realização, líquido dos encargos que lhe sejam inerentes, e o valor de aquisição deduzido das perdas por imparidade e outras correções de valor3, das depreciações ou amortizações que tenham sido fi scalmente aceites e, no que respeita a ativos depreciáveis ou amortizáveis, das quotas mínimas de depre-ciação ou amortização relativamente ao período em que seja aplicado este regime.

A matéria coletável não pode ser inferior a 60% do valor anual da retribuição mensal míni-

ma garantida.

Matéria coletável mínima = 60% ×485 € ×14 = 4.074,00 €

Nos setores de revenda de combustíveis, de tabacos, de veículos sujeitos ao imposto sobre os veículos e de álcool e bebidas alcoólicas não se consideram, para efeitos da deter-minação da matéria coletável, os montantes correspondentes aos impostos especiais sobre o consumo e ao imposto sobre os veículos.

Os sujeitos passivos que, no exercício de início de ativida-de, optem pelo regime simplifi cado devem apresentar como matéria coletável mínima os seguintes valores:

3. O valor de aquisição corrigido é atualizado mediante a aplicação dos coefi cientes de desvalorização da moeda publicados por portaria do membro do Governo responsável pela área das fi nanças, nos termos e condições esta-belecidos no artigo 47.º do CIRC.

(Continuação da pág. anterior)

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Boletim do Contribuinte 39JANEIRO 2014 - Nº 2

- 1.º ano = 2037,00 € (redução de 50% sobre a RMMG);- 2.º ano = 3055,50 € (redução de 25% sobre a RMMG);Aplicando-se-lhes ainda os seguintes coefi cientes específi cos:

RendimentosCoefi cientes

1.º ano 2.º ano

Vendas de mercadorias e produtos, bem como das prestações de serviços efetuadas no âmbito de ati vidades hoteleiras e similares, restauração e bebidas.

2% 3%

Restantes rendimentos de prestações de serviços e subsídios desti nados à exploração. 5% 7,5%

As taxas de tributação autónoma sobre os encargos efetu-ados ou suportados relativos a viaturas ligeiras de passageiros também são aplicáveis aos sujeitos passivos que tenham optado pelo regime simplifi cado.

2.4. Transparência fi scal (alteração ao artigo 6.º do CIRC)

Alteração do regime da transparência fi scal aplicável às sociedades de profi ssionais. Assim, considera-se sociedade de profi ssionais:

1) A sociedade constituída para o exercício de uma ati-vidade profi ssional especifi camente prevista na lista de atividades a que se refere o artigo 151.º do Código do IRS (advogados, arquitetos, médicos, TOC, ROC, engenheiros, enfermeiros, etc.), na qual todos os sócios pessoas singulares sejam profi ssionais dessa atividade; ou,

2) A sociedade cujos rendimentos provenham, em mais de 75%, do exercício conjunto ou isolado de ativida-des profi ssionais especifi camente previstas na lista constante do artigo 151.º do Código do IRS, desde que, cumulativamente, em qualquer dia do período de tributação, o número de sócios não seja superior a cinco, nenhum deles seja pessoa coletiva de direito público, e pelo menos 75% do capital social seja detido por profi ssionais que exercem as referidas atividades, total ou parcialmente, através da sociedade.

Mais de 75% dos rendimentos provenham do exercício de atividades profissionais

Número de sócios nãosuperior a 5

Nenhum dos sócios sejapessoa coletiva de direito

público

Pelo menos 75% do capitalsocial detido por profissionais

que exercem as referidasatividades, total ou

parcialmente, através dasociedade

Basta que as condições se verifiquem cumulativamente em qualquer dia do período de tributação

2.5. Prejuízos fi scais (alteração ao artigo 52.º do CIRC)Institui-se o alargamento do prazo de reporte de prejuízos

de 5 para 12 anos. Assim, os prejuízos fi scais apurados em

determinado período de tributação são deduzidos aos lucros tributáveis, havendo-os, de um ou mais dos 12 períodos de tributação posteriores. Esta alteração aplica-se aos prejuízos fi scais verifi cados após 1 de janeiro de 2014. A dedução a efe-tuar em cada um dos períodos de tributação não pode exceder o montante correspondente a 70 % do respetivo lucro tributável.

Ano dos prejuízos N.º de anos de reporte Prazo de reporte

Até 2009 6 anos 20152010 4 anos 20142011 4 anos 20152012 5 anos 20172013 5 anos 20182014 12 anos 2026

Devem ser deduzidos em 1.º lugar os prejuízos fi scais apurados há mais tempo.

A dedução dos prejuízos fi scais deixa de ser aplicável quando se verifi car, à data do termo do período de tributação em que é efetuada a dedução, que, em relação àquele a que respeitam os prejuízos, se verifi cou a alteração da titularidade de mais de 50 % do capital social ou da maioria dos direitos de voto. No entanto, não são consideradas as alterações:

a) Das quais resulte a passagem da titularidade do capital social ou dos direitos de voto de direta para indireta, ou de indireta para direta;

b) Decorrentes de operações efetuadas ao abrigo do re-gime especial previsto no regime especial aplicável às fusões, cisões, entradas de ativos e permutas de partes sociais (artigo 73.º do CIRC e seguintes);

c) Decorrentes de sucessões por morte;d) Quando o adquirente detenha ininterruptamente, direta ou

indiretamente, mais de 20 % do capital social ou da maioria dos direitos de voto da sociedade desde o início do período de tributação a que respeitam os prejuízos4; ou

e) Quando o adquirente seja trabalhador ou membro dos órgãos sociais da sociedade, pelo menos desde o início do período de tributação a que respeitam os prejuízos5.

PrejuízosFiscais

Dedução 12 anos

Eliminaçãocausasperda

reporte

70% do lucrotributável

4. Não dispensa autorização do membro do Governo responsável pela área das fi nanças, em casos de reconhecido interesse económico e mediante requerimento a apresentar à Autoridade Tributária e Aduaneira, relativamente à parte dos prejuízos fi scais respeitantes ao período de tributação em que o adquirente tenha passado a deter, direta ou indiretamente, mais de 20 % do capital social ou da maioria dos direitos de voto ou tenha iniciado funções na sociedade, respetivamente, bem como aos períodos anteriores àquele.

5. Ver 4. (Continua na pág. seguinte)

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Boletim do Contribuinte40JANEIRO 2014 - Nº 2

2.6. Regime de “participation exemption”Introdução no ordenamento jurídico-nacional de um regime

de “participation exemption” de carácter universal - aplicável aos lucros e reservas distribuídos e, bem assim, às mais-valias realizadas –, de cariz universal (i.e., aplicável ao investimento independentemente do país ou região em que este se materia-lize, salvo as indispensáveis normas antiabuso) e horizontal (aplicável tanto à distribuição de lucros e de reservas quanto às mais-valias, e, bem assim, às diversas operações suscetíveis de serem consideradas substitutos próprios destas operações). Requisitos principais:

• Detenção de uma participação não inferior a 5% do capital social desde que detida por um período de 12 meses.

• Não abrangidos pela transparência fi scal.

Regime departicipationexemption

Mais valiasrealizadas

Lucros e reservasdistribuídos

2.7. Outras alterações relevantes2.7.1. Reconhecimento dos réditos e dos gastos pela

quantia nominal (alterações ao artigo 18.º do CIRC)Os réditos relativos a vendas e a prestações de serviços,

bem como os gastos referentes a inventários e a fornecimentos e serviços externos, são imputáveis ao período de tributação a que respeitam pela quantia nominal da contraprestação.

ExemploNo dia 31 de dezembro de 2014 a entidade A vendeu mer-

cadorias à entidade B, no montante de € 100.000, com prazo de pagamento de um ano. A taxa de juro para operações de prazo e risco similar é de 7%.

Contabilização pela Entidade A em 2014 (sem considerar o IVA):

Débito Crédito Valor

211 93.457,94

711 93.457,94

çã €

Acréscimo ao Q07 da Modelo 22:100.000,00 – 93.457,94 = 6.542,06 €

Contabilização pela Entidade B em 2014 (sem considerar o IVA):

Débito Crédito Valor

311 93.457,94

221 93.457,94

Dedução ao Q07 da Modelo 22:

93.457,94 - 100.000,00 = -6.542,06 €

Contabilização pela Entidade A em 2015:

Débito Crédito Valor

211 6.542,06

791 6.542,06

12 100.000,00

211 100.000,00

Dedução ao Q07 da Modelo 22:0 – 6.542,06 € = -6.542,06 €

Contabilização pela Entidade B em 2015

Débito Crédito Valor

691 6.542,06

221 6.542,06

221 100.000,00

12 100.000,00

Acréscimo ao Q07 da Modelo 22:

6.542,06 € - 0 = 6.542,06 €

Este procedimento origina a aplicação de impostos diferi-dos nas entidades que apliquem as 28 NCRF.

2.7.2. Contratos de construção (alterações ao artigo 19.º do CIRC)

A determinação dos resultados de contratos de construção é efetuada segundo o critério da percentagem de acabamento, independentemente do prazo de execução do contrato.

Exemplo- Valor da adjudicação em 30/06/2014 = 1.000.000 €- Data prevista para conclusão da obra: 31/03/2015- Gastos incorridos até 31/12/2014 = 400.000 €- Gastos estimados para conclusão da obra em 2015 =

400.000 €- Faturação em 2014 = 450.000 €

é €

(Continuação da pág. anterior)

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Boletim do Contribuinte 41JANEIRO 2014 - Nº 2

Método do lucro nuloQuando, de acordo com a normalização contabilística, o

desfecho de um contrato de construção não possa ser estimado de forma fi ável, considera-se que o rédito do contrato corres-ponde aos gastos totais do contrato.

Exemplo- Valor da adjudicação em 30/06/2014 = 1.000.000 €- Data prevista para conclusão da obra: 31/03/2015- Gastos incorridos até 31/12/2014 = 400.000 €- Gastos estimados para conclusão da obra em 2015: Não

é possível estimar com fi abilidade- Faturação em 2014 = 500.000,00 €

Rédito a reconhecer em 2014 = 400.000,00 €

2.7.3. Conformidade documental dos gastos dedutíveis (alteração ao artigo 23.º do CIRC)

Os gastos dedutíveis para efeitos fi scais devem estar com-provados documentalmente, independentemente da natureza ou suporte dos documentos utilizados para esse efeito. No caso de gastos incorridos ou suportados pelo sujeito passivo com a aquisição de bens ou serviços, o documento comprovativo deve conter, pelo menos, os seguintes elementos:

a) Nome ou denominação social do fornecedor dos bens ou prestador dos serviços e do adquirente ou destina-tário;

b) Números de identifi cação fi scal do fornecedor dos bens ou prestador dos serviços e do adquirente ou destinatá-rio, sempre que se tratem de entidades com residência ou estabelecimento estável no território nacional;

c) Quantidade e denominação usual dos bens adquiridos ou dos serviços prestados;

d) Valor da contraprestação, designadamente o preço;e) Data em que os bens foram adquiridos ou em que os

serviços foram realizados.Quando o fornecedor dos bens ou prestador dos serviços

esteja obrigado à emissão de fatura ou documento legalmente equiparado nos termos do Código do IVA, o documento com-provativo das aquisições de bens ou serviços deve obrigato-riamente assumir essa forma.

Na prática, foi transposta para o CIRC a disciplina formal vigente no CIVA.

2.7.4. Perdas por imparidade em dívidas a receber (Artigo 28.º-A do CIRC)

Podem ser deduzidas para efeitos fi scais as perdas por imparidade, quando contabilizadas no mesmo período de tri-butação ou em períodos de tributação anteriores, relacionadas com créditos resultantes da atividade normal, incluindo os juros pelo atraso no cumprimento de obrigação, que, no fi m do período de tributação, possam ser considerados de cobrança

duvidosa e sejam evidenciados como tal na contabilidade.2.7.5. Quotas de depreciação ou amortização (alteração

ao artigo 31.º do CIRC)Para efeitos da determinação do valor depreciável ou

amortizável:a) Não são consideradas as despesas de desmantelamento;

eb) Deduz-se o valor residual.

ExemploCamião para transporte de mercadoriasValor de aquisição = 80.000,00 €Taxa de depreciação (DR 25/2009) = 20%Valor residual = 15%

Depreciação taxa máxima= (80.000-15%×80.000)×20%=13.600,00 €

Depreciação taxa mínima= (80.000-15%×80.000)×10%=6.800,00 €

Valor residual: de um ativo é a quantia estimada que uma entidade obteria correntemente pela alienação de um ativo, após dedução dos custos de alienação estimados, se o ativo já tivesse a idade e as condições esperadas no fi nal da sua vida útil. (NCRF 7)

Somos de opinião que a dedução do valor residual corres-ponde a uma faculdade e não a uma obrigação dos sujeitos passivos.

2.7.6. Prazo de dedução do pagamento especial por conta (alteração ao artigo 93.º do CIRC)

O pagamento especial por conta deduz-se no próprio pe-ríodo de tributação a que respeita ou, se insufi ciente, até ao 6.º período de tributação seguinte. Aplicável apenas aos paga-mentos especiais por conta efetuados a partir do exercício de 2014, mantendo o prazo de 4 anos para dedução dos anteriores.

4 Anos 2014 6 Anos

2.7.7. Obrigações contabilísticas das empresas (altera-ção ao artigo 123.º do CIRC)

Os livros, registos contabilísticos e respetivos documentos de suporte devem ser conservados em boa ordem durante o prazo de 12 anos.

Quando a contabilidade for estabelecida por meios infor-máticos, a obrigação de conservação referida anteriormente é extensiva à documentação relativa à análise, programação e execução dos tratamentos informáticos.

O prazo de 12 anos é também aplicável para efeitos de manutenção em boa ordem do dossier fi scal (artigo 130.º do CIRC).

João Gomes e Jorge Pires (Autores do livro “SNC - Teoria e Prática - ed. Vida Económica e NormalizaçãoContabilística das Microentidades - ed. Vida Económica)

Nota de Redação: Com o próximo número do Boletim do Con-tribuinte será distribuído, em separata, o Código do IRC, na versão alterada e republicada pela Lei nº 2/2014, de 16 de fevereiro, também disponível no site do Boletim do Contribuinte)

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Boletim do Contribuinte42JANEIRO 2014 - Nº 2

IRS e IRCConvenções de Dupla Tributação

com o Koweit e Singapura

Nos termos do Aviso nº 11/2014, de 15.1 (1ª série do DR), a Convenção entre Portugal e o Estado do Koweit para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento entrou em vigor no dia 5 de dezembro de 2013.

Assim, foram emitidas notas pelos Ministérios dos Negócios Estrangeiros de Portugal e do Koweit em que se comunica terem sido cumpridas as formalidades internas de aprovação da referida Convenção, assinada em Lisboa, a 23 de fevereiro de 2010, e aprovada pela Resolução da Assem-bleia da República nº 44/2011, de 18.3.

Nos termos desta Convenção, são considerados impostos sobre o rendimento os impostos incidentes sobre o rendi-mento total ou sobre parcelas do rendimento, incluindo os impostos sobre os ganhos derivados da alienação de bens mobiliários ou imobiliários, os impostos sobre o montante global dos salários pagos pelas empresas, bem como os impostos sobre as mais-valias.

Os impostos atuais a que a mesma Convenção se aplica são, relativamente ao Koweit:

- o imposto sobre o rendimento das sociedades;- a contribuição sobre os lucros líquidos das sociedades

por acções do Koweit pagável à Fundação para o Avanço da Ciência do Koweit (KFAS);

- a contribuição sobre os lucros líquidos das sociedades por acções do Koweit pagável para apoio ao Orça-mento Nacional;

- o Zakat;- o imposto cobrado ao abrigo da lei de apoio aos em-

pregados nacionais.Relativamente a Portugal:- o imposto sobre o rendimento das pessoas singulares

(IRS);- o imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas

(IRC); - a derrama.

Alterações à Convenção com Singapura

Por seu lado, o Aviso nº 9/2014, de 15.1, divulgou terem sido cumpridas as formalidades constitucionais internas de aprovação do Protocolo que altera a Convenção entre Portu-gal e Singapura para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, assinado em Singapura, em 28 de maio de 2012.

Nos termos daquele Aviso, o Protocolo que altera a Convenção entrou em vigor no dia 26 de dezembro de 2013.

Refi ra-se que o Protocolo foi aprovado pela Resolução da Assembleia da República nº 96/2013, de 11.7.

IRS e IRCNova declaração modelo 10

Foi já publicada em Diário da República, através da Por-taria nº 363/2013, de 20.12, a nova declaração Modelo 10 do IRS (artigo 119º) e do IRC (art. 128º), bem como as respetivas instruções de preenchimento, que decorre da aplicação de uma sobretaxa sobre os rendimentos sujeitos a IRS auferidos no ano de 2013 e deve ser usada a partir de 1 de janeiro de 2014.

Esta declaração Modelo 10 destina-se a dar cumprimento à obrigação declarativa de comunicação de rendimentos e retenções.

Estão obrigados ao envio por transmissão eletrónica de dados da declaração:

- todos os sujeitos passivos de IRC, ainda que isentos, sub-jetiva ou objetivamente;

- os sujeitos passivos de IRS titulares de rendimentos em-presariais ou profi ssionais.

As pessoas singulares que, não tendo auferido rendimentos empresariais ou profi ssionais, estejam obrigadas a cumprir a obrigação declarativa referida podem optar por fazê-lo através de transmissão eletrónica de dados ou em suporte de papel.

As entidades que procedam ao envio através de transmissão eletrónica de dados devem:

- efetuar o registo, caso ainda não disponham de senha de acesso, no Portal das Finanças;

- possuir um fi cheiro com as características e estrutura de informação a disponibilizar no mesmo endereço;

- efetuar o envio de acordo com os procedimentos indicados na referida página.

Quando for utilizada a transmissão eletrónica de dados, a declaração considera-se apresentada na data em que é submetida, sob condição de correção de eventuais erros no prazo de 30 dias. Se, fi ndo o referido prazo, não forem corrigidos os erros detetados, a declaração é considerada sem efeito.

Foi revogada a Portaria n.º 314/2011, de 29 de dezembro, publicada no Boletim do Contribuinte, 2012, pág. 47.

Relembramos que, no âmbito do IRS ou IRC, foram recen-temente foram aprovados novos modelos declarativos ou novas instruções de preenchimento destacando:

- Portaria nº 365/2013 23.12, que aprova os novos modelos de impressos da declaração modelo 3 do IRS (disponível no Boletim do Contribuinte on line);

- Portaria nº 371/2013, de 27.12, que aprova novas ins-truções de preenchimento da declaração modelo 39 «Rendimentos e retenções a taxas liberatórias» e revoga as anteriores (transcrita na pág. 56);

- Portaria nº 372/2013 27/12/2013, que aprova a declaração modelo 30 e instruções (transcrita na pág. 58); e

- Portaria nº 373/2013, de 27.12, que aprova as novas instruções de preenchimento da declaração modelo13 (transcrita na pág. 60).

(Cfr. Portaria nº 363/203, de 20.12, na pág. 16 e seguintes do último número do Boletim do Contribuinte)

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Boletim do Contribuinte 43JANEIRO 2014 - Nº 2

IVAPequenos agricultores

Entrega da declaração de início de atividade até 31 de janeiro de 2014

O prazo de entrega das declarações de início de atividade e de alterações por parte dos pequenos agricultores, que antes se encontravam abrangidos pelo referido regime de isenção, foi prorrogado até 31 de janeiro de 2014, sem quaisquer acréscimos ou penalidades.

Em conformidade com a anterior informação do Bole-tim do Contribuinte o prazo previsto para a inscrição dos pequenos agricultores terminava a dia 31 de Outubro de 2013, mas verifi cou-se que esta adaptação ao regime geral de IVA, nomeadamente a obrigação da entrega das declarações de início de atividade e de alterações (referidas nos artigos 31.º e 32.º do Código do IVA), suscitou diversas questões por parte daqueles agricultores.

Os pequenos agricultores passaram a ter que entregar estas declarações na sequência de um acórdão do Tribunal de Justiça da União Europeia, de Março de 2012, que julgou o regime de isenção de IVA aplicável aos pequenos agricul-tores portugueses contrário ao disposto na Diretiva do IVA. Dando cumprimento ao acórdão, Portugal revogou o regime de isenção, substituindo-o pelo regime geral de IVA aplicável a todos os agentes económicos.

Os pequenos agricultores cujo volume de negócios anual não exceda os 10 000 euros continuarão a benefi ciar de um regime de isenção de IVA, à semelhança do que ocorre com a generalidade dos sujeitos passivos.

Sistemas de incentivos do QREN mantêm-se até 30 de junho de 2014

Foi publicado no dia 31 de dezembro, em Diário da Repú-blica, o Decreto-Lei n.º 167-B/2013, diploma que procede ao prolongamento, até 30 de junho de 2014, do período fi xado para a vigência das condições e regras a observar pelos sis-temas de incentivos às empresas do período 2007-2013, ao nível do enquadramento nacional.

A medida surge na sequência da prorrogação, até à mesma data, do período previsto nos enquadramentos comunitários aplicáveis aos auxílios com fi nalidade regional, adotada nas Orientações da Comissão relativas aos auxílios estatais com fi nalidade regional para 2014-2020 e da decisão que prorro-gou o mapa de auxílios com fi nalidade regional de Portugal.

A necessidade de conformar o enquadramento nacional dos sistemas de incentivos às referidas Orientações deter-minou, assim, este alargamento por um período de 6 meses.

O enquadramento nacional dos sistemas de incentivos ao

investimento nas empresas aplicável em território continen-tal foi aprovado pelo Decreto-Lei n.º 287/2007, de 17-08, e defi ne as condições e as regras a observar pelos sistemas de incentivos enquanto instrumentos fundamentais das políticas públicas de dinamização económica.

Aprovado novo regime de acompanhamento de projetos

de investimento Foi aprovado através do Decreto-Lei n.º 154/2013, de

5 de novembro, o sistema de acompanhamento de projetos de investimento, incluindo os projetos de Potencial Interesse Nacional (PIN).

O mesmo diploma procedeu ainda à criação da Comissão Permanente de Apoio ao Investidor (CPAI) e do Conselho Interministerial para o Investimento.

A CPAI, que sucede à Comissão de Avaliação e Acompa-nhamento dos projetos PIN, tem por missão o acompanha-mento de projetos de investimento em Portugal, bem como o reconhecimento dos projetos PIN, ao passo que o Conselho Interministerial para o Investimento é a estrutura encarregue da defi nição e coordenação da política económica e do investimento do Governo, competindo-lhe asssegurar o efi caz funcionamento do sistema de acompanhamento de projetos de investimento.

Podem ser acompanhados pela CPAI os projetos que obedeçam a determinados requisitos cumulativos legalmente previstos, assim como aqueles que se encontrem a aguardar

Práticas individuais restritivas do comércio têm novo

regime jurídico

No dia 26 do corrente mês de janeiro entra em vigor o novo regime, aplicável às partes individuais restritivas do comércio aplicável às empresas estabelecidas em Portugal, aprovado pelo Dec.-Lei nº 166/2013, de 27.11, e que será publicado no próximo número do Boletim do Contribuinte.

Integram as denominadas práticas individuais res-tritivas do comércio as vendas de bens a preço abaixo do preço de custo ou vendas com prejuízo, a prática de preços ou condições de venda discriminatórios, a recusa de venda de bens ou de prestação de serviços, práticas negociais abusivas e a não utilização de tabelas de preços e de informação das condições de venda.

O novo regime jurídico, a publicar no próximo número do Boletim do Contribuinte, pretende tornar mais dissua-sor o seu incumprimento através do agravamento do seu quadro sancionatório. Este diploma densifi ca o conceito de práticas negociais abusivas, identifi cando expressamente algumas dessas práticas proibidas a qualquer operador económico. Por outro lado, incentiva os operadores eco-nómicos a desenvolverem instrumentos de autorregulação, prevendo a respetiva institucionalização.

(Continua na pág. seguinte)

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Boletim do Contribuinte44JANEIRO 2014 - Nº 2

uma decisão por parte da Administração Pública há mais de 12 meses, desde que a ausência de decisão não seja imputável ao promotor.

Para serem reconhecidos como PIN, os projetos, além dos requisitos gerais, terão ainda que:

- Representar um investimento global igual ou superior a 25 milhões de euros;

- Criar um número de postos de trabalho diretos igual ou superior a 50;

- Ser apresentados por promotores de reconhecida idonei-dade e credibilidade.

Ainda que tenha um valor inferior a 25 milhões de euros e crie menos de 50 postos de trabalho, o projeto pode ainda ser reconhecido, excecionalmente, como PIN desde que preencha dois dos seguintes requisitos:

- Atividade interna de Investigação e Desenvolvimento (I&D) no valor de pelo menos 10% do volume de negócios da empresa;

- Forte componente de inovação aplicada, traduzida numa parte signifi cativa da sua atividade ancorada em patente desenvolvida pela empresa;

- Manifesto interesse ambiental;- Mínimo de 50% do volume de negócios dirigido ao

mercado internacional;- Produção relevante de bens e serviços transacionáveis.Aos projetos PIN é aplicável um regime especial de proce-

dimento administrativo caracterizado, nomeadamente:- Pela tramitação simultânea dos procedimentos admi-

nistrativos da competência da administração central;- Pela redução e decurso simultâneo de prazos endopro-

cedimentais;- Por um período único de consulta pública para efeitos

dos diversos procedimentos administrativos;- Pela simplifi cação dos procedimentos respeitantes aos

instrumentos de gestão territorial e às operações urba-nísticas necessárias para o projeto;

- Por pareceres tácitos positivos e deferimento tácito no âmbito dos diversos procedimentos aplicáveis.

Reprodução de música através de televisor não carece de licença

da SPA

O acórdão do Supremo Tribunal de Justiça n.º 15/2013, publicado a 16 de dezembro, em Diário da República, veio fi xar jurisprudência relativamente à questão de saber se a reprodução de música, sem licença da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), a partir de um televisor a que foram ligadas colunas de som para distribuição do som por todo o espaço de um estabelecimento público (bar) onde se encontravam clientes, constitui crime de usurpação do direito do autor.

Na prática, a questão a dirimir resumia-se a saber se ao ligar quatro colunas de som ao aparelho de televisão o arguido estaria apenas a recepcionar o sinal ou se, mais do que isso, es-taria a direcioná-lo, transformando-o em “agente transmissor”.

Para decidir tal questão, o acórdão procedeu à distinção entre receção e comunicação. Assim, a receção será a captação pelos equipamentos adequados dos sinais de sons e imagens difundidos pelo transmissor, constituindo o terminus do processo de transmissão. A utilização das obras pelo recetor confere aos autores o direito de a autorizarem e o direito à remuneração por essa utilização, mas, uma vez autorizada, a receção é livre, ou seja, o recetor pode organizá-la como bem entender, desde que se mantenha no âmbito da receção.

Já diferente da mera receção (captação dos sinais) é a reutilização da obra, que se verifi ca quando a transmissão acrescenta, modifi ca ou inova, constituindo assim uma nova utilização da obra. Só nesses casos tem sentido conferir ao autor da obra o direito a uma nova remuneração.

Essa nova utilização traduzir-se-á em qualquer modifi cação por meios técnicos na forma de receção, suscetível de produzir um efeito visual ou sonoro espetacular que a mera receção do programa radiodifundido não provocaria. Tal sucede, por exemplo, quando a receção é convertida ela própria num espetáculo, organizado em estabelecimentos públicos, em torno de eventos desportivos ou musicais, haja ou não entradas pagas, mas publicitado, com vista à captação de uma audiência mais alargada do que aquela que normalmente acorreria ao estabelecimento. Nesses casos, há uma organização e uma “encenação” que alteram a normal receção do programa e, nessa medida, estaremos já no plano da comunicação pública, que deve ser paga.

Contudo, já não poderemos falar em nova utilização da obra no caso da mera receção em cafés ou bares abertos ao público e sem obrigação de pagamento de entrada, que cons-tituem tradicionalmente lugares de convivência e reunião, nos quais a captação de programas televisivos pode funcionar ocasionalmente como chamariz especial, mas normalmente apenas serve a clientela habitual, para a qual não representa nenhum atrativo.

No caso concreto submetido a apreciação, o STJ entendeu que as colunas de som, embora não fi zessem originariamente parte do televisor, são um equipamento que já vem instalado em regra nesse tipo de aparelhos, pois qualquer televisor possui necessariamente o dispositivo adequado para difundir o som.

Quer isto dizer que as colunas nada acrescentavam à emis-são televisiva, limitando-se a ampliar e a distribuir o som, que o televisor já difundia, por todo o espaço do estabelecimento. No entendimento do STJ, não havia, pois, qualquer recriação do programa transmitido, mas apenas a melhoria da captação do som, pelo que a situação se enquadrava inteiramente no plano da receção da radiodifusão.

Assim, com base nesta fundamentação, foi fi xada a se-guinte jurisprudência:

«A aplicação, a um televisor, de aparelhos de ampliação do som, difundido por canal de televisão, em estabelecimento comercial, não confi gura uma nova utilização da obra trans-mitida, pelo que o seu uso não carece de autorização do autor da mesma, não integrando consequentemente essa prática o crime de usurpação, p. e p. pelos arts. 149.º, 195.º e 197.º do Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos».

(Continuação da pág. anterior)

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Boletim do Contribuinte 45JANEIRO 2014 - Nº 2

RESOLUÇÕESADMINISTRATIVAS

(Continua na pág. seguinte)

Tributação aduaneiraSistema de preferências pautais generalizadas

Impacto do novo regime SPG. após 1 de janeiro de 2014

De acordo com orientações dadas pela Comissão Europeia, e atendendo a que o novo regime SPG em vigor no período de 2014 – 2023, que consta do Regulamento (UE) nº 978/2012 (Regulamento SPG), não se aplica a um número signifi cati-vo de países que anteriormente benefi ciavam deste regime, considera-se de informar o seguinte:

- As alterações introduzidas no regime visam direcionar as preferências em causa para os países que delas mais necessitam – nomeadamente, para os países conside-rados “Menos Avançados” que se encontram listados no Anexo IV do Regulamento nº 978/2012 acima referido, com a atualização feita pelo Anexo III do Regulamento (UE) nº 1421/2013 publicado no JOUE, série L, nº 355 de 31/12/2013 –, e para os países que, pelo seu envolvimento na implementação da legislação internacional em matéria de direitos humanos, direitos laborais, ambiente e boa governação, se têm revelado mais merecedores deste apoio comunitário – aos quais se aplica o “regime especial de incentivo ao desenvolvi-mento sustentável e à boa governação” (SPG +), como referido no Anexo III do referido Regulamento SPG, estabelecido em conformidade com a lista em Anexo ao Regulamento (UE) nº 1/2014 publicado no JOUE, L, nº 1 de 04/01/2014 –. Esta orientação veio assim implicar uma signifi cativa redução dos países abrangidos pelo regime geral SPG, cuja lista se encontra publicada no Anexo II do referido Regulamento SPG, revista pelo Anexo II do Regulamento (UE) nº 1421/2013 acima indicado.

- Chama-se, contudo, a atenção para o facto de o carácter dinâmico do sistema SPG, assente no binómio país–produto, aconselhar a que seja sempre consultada nesta matéria a Pauta de Serviço que diariamente refl ete todas as possíveis atualizações no que respeita às taxas em vigor para os diferentes países, em virtude de eventuais ajustamentos introduzidos nas referidas listas.

- Refi ra-se que a adoção do novo regime, e em particular a referida exclusão de numerosos países do benefício do regime geral SPG, vem colocar algumas questões de ordem prática que importa clarifi car, nomeadamente no que se refere ao tratamento das mercadorias origi-nárias desses países no início da aplicação do novo Regulamento.

- O artigo 67º do CAC estabelece que, e salvo indicação expressa em contrário, a data relevante para efeitos de aplicação das disposições que estabelecem o regime aduaneiro para o qual as mercadorias são declaradas

é a data de aceitação da declaração pelas autori-dades aduaneiras. Considerando que o artigo 43º do Regulamento nº 978/12 determina, claramente, que o novo regime SPG se aplica a partir de 1 de Janeiro de 2014, e não tendo sido estabelecidas quaisquer medidas transitórias neste domínio, conclui-se que, nos casos em que a data de aceitação da declaração na UE seja posterior a 01.01.2014, as mercadorias originárias dos países que foram excluídos da lista de benefi ciários do SPG já não poderão benefi ciar dessa preferência, mesmo que tenham saído do país de origem ainda em 2013 e venham acompanhadas de certifi cado de origem Form A.

Deste entendimento decorre que: - Mercadorias que foram introduzidas em livre cir-

culação no território aduaneiro da UE antes de 01.01.2014 – Benefi ciam da preferência ao abrigo do anterior Regulamento [Regulamento (UE) nº 732/ 2008];

- Mercadorias que entraram na UE em 2013, mas que não foram introduzidas em livre circulação antes de 1 de Janeiro de 2014 – Regra geral, não podem benefi ciar da preferência, uma vez que o momento relevante para a determinação do regime é o da aceitação da declaração em livre circulação, e esta ocorre já após 01.01.2014;

- Mercadorias que foram introduzidas em livre prá-tica ainda em 2013, mas cuja prova de origem só foi apresentada já em 2014 – Se o importador tiver apresentado declaração incompleta nos termos dos artigos 256º e 257º das DAC, desde que a declaração para introdução em livre prática tenha sido efetuada até 31 de Dezembro de 2013 e o tratamento preferencial tenha sido requerido até essa data, poderá vir a ser aceite, mais tarde, um certifi cado de origem – emitido aquando da exportação das mercadorias, ou depois disso, a posteriori, – sendo, desse modo, confi rmado o tratamento preferencial previamente requerido;

Refi ra-se, a este propósito, que os países que deixaram de ter o benefício da preferência SPG em 01.01.2014 poderão, contudo, continuar a emitir certifi cados de origem Form A a posteriori no que respeita a mercadorias originárias que tenham sido exportadas e declaradas em livre prática até 31.12.2013. De facto, dado que esses países terão que continuar a respon-der pelos compromissos de cooperação administrativa com as autoridades aduaneiras dos EM, considera-se que podem, após 01.01.2014, emitir certifi cados a posteriori, os quais de-vem assim ser aceites se a declaração de introdução em livre prática das mercadorias a que se referem tiver sido efetuada até 31.12.2013 e o benefício da preferência SPG tiver, nessa conformidade, sido requerido, e condicionalmente concedido, antes de 01.01.2014.

Assim, em conclusão, não haverá lugar à atribuição de tratamento preferencial SPG para as mercadorias originárias dos países que foram excluídos da aplicação do regime SPG a partir de 2014, quando se verifi que que esse tratamento não foi requerido antes de 1.1.2014.

No entanto, caso se suscitem eventuais questões nesta matéria, deverão as mesmas ser remetidas a esta DS, para uma análise detalhada.

Por último, recorda-se que os países agora excluídos do SPG que tenham já celebrado Acordos de comércio com a UE,

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46 Boletim do Contribuinte

RESOLUÇÕESADMINISTRATIVAS

JANEIRO 2014 - Nº 2

dos quais resulte a aplicação de um tratamento preferencial para os produtos originários das partes, poderão benefi ciar dessa preferência desde que os produtos em causa cumpram as regras de origem aplicáveis nos termos do Protocolo de Origem do Acordo em questão, e seja apresentada para o efeito uma prova de origem válida (certifi cado de origem EUR 1 ou declaração de origem na fatura).

(Ofício Circulado nº 15236/2014, de 17.1.2014, da DSTA, da AT)

Benefícios fi scaisFundos de pensões

Isenção prevista no artigo 16º do EBF

Efeitos decorrentes do Acórdão do Tribunal de Justiça da União Europeia, de 6.11.2011

(Processo C-493/09)

I - ENQUADRAMENTO Na sequência de uma ação (Processo C-493/09) intentada

pela Comissão Europeia contra a República Portuguesa junto do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), nos termos do artigo 258º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE), foi proferido o Acórdão TJUE, de 6.10.2011.

Nos termos desse Acórdão, foi decidido que, ao reservar o benefício da isenção de imposto sobre as sociedades apenas aos fundos de pensões residentes no território português, a República Portuguesa não cumpriu as obrigações que lhe in-cumbem por força dos artigos 63º, do TFUE, e 40º, do Acordo sobre o Espaço Económico Europeu, de 2 de Maio de 1992.

Por forma a dar cumprimento a este Acórdão, foram, pelo artigo 144º da Lei nº 64-B/20 11, de 30 de Dezembro, aditados

ao artigo 16º do Estatuto dos Benefi cias Fiscais (EBF), os seus atuais nºs 7 e 8, através dos quais o legislador nacional conformou este concreto aspeto da legislação nacional com o Direito da União, eliminando assim a desconformidade que o TJUE havia afi rmado existir. Tais alterações entraram em vigor em 1.1.2012.

Levantando-se dúvidas sobre qual o tratamento a conferir a situações que tenham por base factos tributários ocorridos antes da entrada em vigor das referidas alterações, ou seja, até 31.12.2011, e por forma a assegurar a uniformidade de decisões, divulga-se o entendimento sancionado por despacho da Substituta Legal do Diretor-Geral de 11.09.2013:

II - INSTRUÇÕES O referido Acórdão não deixa dúvida razoável quanto ao

juízo de desconformidade com o Direito da União que o TJUE teceu relativamente a um concreto aspeto da legislação nacional, pelo que, e na falta de instrução clara e precisa do legislador nacional quanto à solução a conferir aos casos ocorridos antes da entrada em vigor das alterações ao disposto no artigo 16º do EBF, se admite que a Administração Tributária possa, na aplicação do direito interno, dar relevo direto à orientação jurisprudencial do TJUE.

Tal signifi ca que deve a Administração Tributária, relativa-mente aos casos concretos pendentes, cujo facto tributário tenha ocorrido até 31.12.2011, como por exemplo as reclamações ou recursos, determinar a anulação dos atas de retenção de IRC que tenham incidido sobre dividendos que provenham de participações sociais cuja titularidade se tenha mantido nos Fundos de Pensões reclamantes, residentes noutros Estados membros da União Europeia ou do Espaço Económico Euro-peu, durante o ano anterior à respetiva colocação à disposição.

Pelo que a anulação dos atos tributários que se encontre peticionada e em análise nos serviços competentes da AT, com fundamento na referida desconformidade, dependerá da efetiva demonstração de cada uma das circunstâncias supra referidas.

Havendo lugar a reembolso de montante de imposto retido, no caso de anulação dos atos de retenção na fonte, dever-se-á adicionalmente verifi car se os montantes de imposto retidos fo-ram efetivamente entregues ao Estado pelo substituto tributário.

(Ofício circulado nº 20168/2013, de 7.11.2013, Gabinete da Subdiretora-Geral do IR e das Relações Internacionais, da AT)

(Continuação da pág. anterior)

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Boletim do Contribuinte 47JANEIRO 2014 - Nº 2

RESOLUÇÕESADMINISTRATIVAS

- A nossa empresa, com a receção da mercadoria devolvida, emite uma nota de crédito.

- Como proceder de forma a cumprir o estipulado no nº 6 do artigo 36 do CIVA”

II - Apreciação dos factos 3 - A requerente exerce uma atividade comercial,

por grosso, de artigos de cosmética, que se mantêm no mercado entre 3 e 5 anos, e que em determi-nado ano alguns desses artigos - referências - são descontinuados que o cliente devolve.

4 - Para efeitos das devoluções, a guia ou nota de devolução que as acompanha, conforme nº 6 do artigo 36º do CIVA deve identifi car a fatura relativa aos produtos então devolvidos. A obrigação, para o sujeito passivo, constitui um constrangimento na fi gura dos seus clientes uma vez que estes não têm possibilidade identifi car as faturas a que se reportam os produtos devolvidos, o que também acontece relativamente à requerente.

Ou seja, conforme segue: i) os clientes não identifi cam a fatura de forneci-

mento e terão difi culdades em ligar determinada referencia a determinada fatura;

ii) a requerente por sua vez também não consegue ligar as mercadorias devolvida, pois as referências são fornecidas varias vezes, em diversas faturas e em diversos momentos.

III - Enquadramento tributário 5 - De acordo com o nº 3 do artigo 36º do CIVA,

as faturas são substituídas por guias ou notas de devolução, quando se trate de devoluções de mercadorias anteriormente transacionadas entre as mesmas pessoas.

6 - Por sua vez, o nº 6 do artigo 36º do CIVA, estabelece que as guias ou notas de devolução (…) devem conter, (….), bem como a referência à fatura a que respeitam e as menções desta que são objeto de alterações.

7 - Refere a requerente a difi culdade do cliente em mencionar os elementos da fatura (nº, data, quan-tidades, designações……) na nota de devolução, permitindo-se, assim, fazer uma alocação das mer-cadorias ora devolvidas às que foram adquiridas.

8 - Não dispõe o CIVA de qualquer dispensa quanto aos elementos a mencionar nas notas de devolução por forma da mencionada disposição legal para certas e determinadas atividades, pelo que as notas de devolução têm de ser elaboradas de acordo com a mencionada disposição legal.

9 - Contudo, de acordo com o ofi cio circulado 30141, de 04/01/2013, a Direção de Serviços do IVA já se pronunciou quanto ao assunto em ques-tão, considerando que, quando não seja viável a referência às faturas a que o documento retifi cativo respeita, podem os sujeitos passivos identifi car o período temporal a que se refere, sem prejuízo da identifi cação do valor tributável e do correspondente imposto, caso este seja objeto de regularização (nos termos do nº 13 do artigo 78º do CIVA) IV.

Conclusões 10 - As notas de devolução emitidas pelos clientes

quanto às devoluções de bens efetuadas têm de estar

IVADocumento retifi cativo - Nota de devolução

FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: CIVA Artigo: 36º Assunto: Documento Retifi cativo - Nota de Devolução –

Impossibilidade de referência às faturas a que o documento retifi cativo respeita.

Processo: nº 4766, por despacho de 2013-09-19, do SDG do IVA, por delegação do Diretor Geral.

Conteúdo: Tendo por referência o pedido de informação vincu-lativa solicitada, ao abrigo do art° 68° da Lei Geral Tributária (LGT), apresenta-se o a seguir descrito.

De acordo com Sistema de Gestão e Registo de Contribuinte, a requerente está registada para efeitos de IVA no regime normal mensal, cuja atividade registada por CAE é a seguinte: 46450 - Comércio por grosso de perfumes e de produtos de higiene, 47750 - Com. Ret. Prod. Cosméticos e higiene, estab. espec., 47910 - Comercio a retalho por correspon-dência ou via internet, 96022 - Instituto de beleza.

I - Factos apresentados 1 - Para efeitos da sua pretensão, a requerente,

apresenta os factos seguintes: i) Que desenvolve comercio por grosso de produtos

cosméticos com centenas de referências agrupadas em linhas de produtos que duram entre 3 a 5 anos, com clientes distribuídos por diversas portas (pontos de venda).

ii) Que o modus operandi é o seguinte: 1 - Cliente encomenda lançamento de produtos; 2 - Posteriormente vai encomendando ao longo do

tempo (anos) esses produtos como rotina; 3 - Por política comercial ou outra, em determi-

nado ano alguns desses produtos - referências são descontinuados;

4 - Cliente devolve esses produtos descontinuados. 2 - Com o intuito de cumprir com o estipulado no

nº 6 do Artigo 36 do CIVA, na redação dada pelo DL nº 197/2012 de 24 de agosto, nomeadamente a “ referencia à fatura a que respeitam e as menções desta que são objeto de alterações”, pretende saber como proceder no seguinte caso exemplifi cativo:

“ - Cliente devolve, seguindo a política acima des-crita, varias vezes, mercadoria (referencias diversas) fornecida em determinados anos, não identifi cando a fatura de fornecimento e não conseguindo também nós ligar essa mercadoria devolvida, pois essas referências foram fornecidas, varias vezes, em di-versas faturas e em diversos momentos. Este mesmo cliente, também por isto, terá difi culdades em ligar determinada referencia a determinada fatura. (Continua na pág. seguinte)

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48 Boletim do Contribuinte

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

JANEIRO 2014 - Nº 2

(Continuação da pág. anterior)elaboradas de acordo o nº 6 do artigo 36º do CIVA, ou seja, têm de mencionar a fatura a que respeitam as mercadorias devolvidas e fazerem menção da (s) fatura (s) que é objeto de alterações.

11 - Contudo, e conforme entendimento desta Di-reção Serviços, quando não seja viável a referência às faturas a que o documento retifi cativo respeita, podem os sujeitos passivos identifi car o período temporal a que se refere, sem prejuízo da iden-tifi cação do valor tributável e do correspondente imposto, caso este seja objeto de regularização.

IVARegime de bens em circulação e documentos de transporte

FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: L 147/2003, de 11/07 Artigo: alínea c) do n.º 1 do art. 3.º; art. 13.º; alínea a) do

n.º 1 e da alínea a) do n.º 2 do art. 2.º Assunto: RBC – DT-Custódia e gestão de arquivos, deposi-

tária do arquivo documental dos seus clientes -O transporte das caixas de cartão, para acondicionar e embalar os documentos

Processo: nº 5465, por despacho de 2013-09-18, do SDG do IVA, por delegação do Diretor-Geral.

Conteúdo: I – Pedido A Requerente solicita, nos termos do art. 68.º da

Lei Geral Tributária (“LGT”), a emissão de uma informação vinculativa, com o propósito de se pro-videnciar o enquadramento jurídico-tributário, para efeitos de determinação da aplicabilidade do Regime dos Bens em Circulação (“RBC”), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, e alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto, relativamente aos seguintes factos:

1. A Requerente é uma sociedade por quotas, que de-senvolve atividades de custódia e gestão de arquivos, i.e., atua como depositária do arquivo documental dos seus clientes, procedendo, em instalações, por si detidas, à respetiva guarda e gestão.

2. Em complemento, a Requerente providencia um serviço de transporte dos documentos, que compõem o arquivo dos clientes, das instalações destes, para o seu armazém, onde os mesmos fi cam depositados.

3. Pretende, a Requerente, face a este acervo fáctico, que lhe sejam esclarecidas as seguintes questões:

a. O transporte das caixas de cartão, que a Re-querente utiliza para acondicionar e embalar os documentos destinados a serem arquivados, está sujeito à obrigação de emissão de um documento de transporte, para efeitos do RBC?

b. Deve, o transporte deste documentos, destinados a serem arquivados, fi car sujeito às obrigações, de índole declarativo, impostas pelo RBC? Nomea-damente por se entender que tais documentos são passíveis de serem considerados como bens, para efeitos do consignado na alínea a) do n.º 1 do art. 2.º do RBC? Ou, eventualmente, por se entender que tais bens são objeto de transmissões sujeitas a IVA?

c. Respondendo-se, afi rmativamente, à questão an-terior, como é que deve a Requerente (bem como os respetivos clientes), proceder à comunicação, à AT, dos elementos/dados constantes dos documentos de transporte, para efeitos de cumprimento do n.º 5 do art. 5.º do RBC?

II -Enquadramento jurídico-legal Tendo por base cada uma das questões suscitadas,

temos que: a) Transporte de caixas de cartão, utilizadas para

acondicionar os documentos destinados a arquivo 4. Em resultado da revogação do Plano Ofi cial de

Contas (“POC”), e da adoção do Sistema de Nor-malização Contabilística (“SNC”), que resultou da aprovação do Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de julho, e face à implementação de um novo Código de Contas, nos termos da Portaria n.º 1011/2009, de 9 de setembro, constata-se que a terminologia “taras e embalagens retomáveis”, prevista na alínea h) do n.º 1 do art. 3.º do RBC, corresponde, hoje em dia, ao conceito de “embalagens de consumo”.

5. Entendendo-se por embalagens de consumo “os bens envolventes ou recipientes das mercadorias ou produtos, indispensáveis ao seu acondicionamento e transação” (vide Elementos de Contabilidade Geral, da autoria de António Borges, Azevedo Rodrigues e Rogério Rodrigues, da Áreas Editora, 25.ª Edição, 2010, pág. 663).

6. Assim sendo, não se vislumbra como é que as caixas, a utilizar pela Requerente, para transporte dos documentos a arquivar, possam ser considera-das como embalagens de consumo, visto que, em momento algum, visam acondicionar produtos, ou mercadorias, a transacionar.

7. Pelo que, não pode, o transporte das mesmas, benefi ciar da exclusão do âmbito de aplicação do RBC, consignado na alínea h) do n.º 1 do art. 3.º do RBC.

8. Não obstante, e desde que as referidas caixas estejam registadas, contabilisticamente, como elementos do “ativo imobilizado corpóreo” da Requerente (ao qual, de acordo com a terminologia atualmente empregue, pelo SNC, se dá o nome de “ativo fi xo tangível”), já poderá, o respetivo transporte, fi car excluído do cumprimento das obrigações, de índole declarativo, impostas pelo RBC (atenda-se, para este efeito, à alínea c) do n.º 1 do art. 3.º do RBC).

9. Contudo, neste caso, as entidades fi scalizadoras, previstas no art. 13.º do RBC, podem exigir prova da legalidade da proveniência e origem destes bens, sempre que existam dúvidas sobre a legalidade da respetiva circulação. Devendo, essa prova, ser

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Boletim do Contribuinte 49JANEIRO 2014 - Nº 2

(Continua na pág. seguinte)

efetuada mediante a apresentação de qualquer do-cumento comprovativo da natureza e quantidade dos bens, sua proveniência e destino (vide n.º 3 e n.º 4 do art. 3.º do RBC).

b) Âmbito de aplicação do RBC, no que concerne o transporte de documentos, destinados a arquivo

10. De acordo com o preceituado na alínea a) do n.º 1 do art. 2.º do RBC, apenas se devem considerar como bens, para efeitos da aplicação deste regime legal, os que puderem ser objeto de transmissão, nos termos do n.º 1 do art. 3.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (“CIVA”). Ou seja, os que forem passíveis de transferência onerosa, por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade.

11. Por seu turno, a alínea a) do n.º 2 do art. 2.º do RBC, claramente prescreve que este regime legal apenas é suscetível de aplicação no que diz respeito aos sujeitos passivos que ponham, em circulação, no território nacional, bens/mercadorias, por motivo da sua transmissão onerosa (incluindo a troca), de transmissão gratuita, de devolução, de afetação a uso próprio, de entrega à experiência, ou para fi ns de demonstração, ou da sua incorporação em prestações de serviços, de remessa à consignação ou de simples transferência.

12. No caso, em apreço, constatamos que a Re-querente se encontra impossibilitada de proceder à transferência onerosa dos bens, i.e., documentos destinados a arquivo, que lhe foram confi ados pelos respetivos clientes. Até porque, na prática, a Requerente fi ca, na qualidade de depositária, sujeita às obrigações constantes do regime legal aplicável ao contrato de depósito, previsto no art. 1185.º e ss. do Código Civil (“CC”). Destacando-se, deste regime legal, as alíneas a) a c) do art. 1187.º do CC, onde se lê: “O depositário é obrigado: a) A guardar a coisa depositada; b) A avisar imediatamente o depositante, quando saiba que algum perigo ame-aça a coisa ou que terceiro se arroga direitos em relação a ela, desde que o facto seja desconhecido do depositante; c) A restituir a coisa com os seus frutos”

13. Constando-se que: (i) a Requerente se encontra legalmente impossi-

bilitada de proceder à transferência onerosa destes bens;

(ii) os bens, apesar de confi ados à Requerente, continuam a ser propriedade dos respetivos clien-tes; (iii) os bens não são utilizados/incorporados, pela Requerente, em prestações de serviços (visto que a prestação de serviços, a providenciar, pela Requerente, se esgota na sua simples guarda/detenção); importa, necessariamente, concluir-se pela não verifi cação dos pressupostos normativos constantes da alínea a) do n.º 1, e da alínea a) do n.º 2, ambos do art. 2.º do RBC. Pelo que, o transporte, destes bens, se deve considerar excluído do âmbito de aplicação do RBC.

c) Obrigação de comunicação 14. Verifi cando-se que o transporte, deste tipo de

bens, não se encontra sujeito ao cumprimento das obrigações, de índole declarativo, impostas pelo

RBC, importa concluir que inexiste a obrigatorie-dade de se efetuar a comunicação dos elementos constantes dos documentos de transporte, consig-nada no n.º 5 do art. 5.º deste mesmo regime legal

III – Conclusões 15. O transporte de caixas, necessárias para acon-

dicionar os documentos, que fi cam à guarda da Requerente, desde que as mesmas sejam contabi-lizadas como parte do respetivo ativo fi xo tangível, fi ca excluído das obrigações declarativas, impostas pelo RBC, nos termos da alínea c) do n.º 1 do art. 3.º do RBC.

16. Não obstante, poderão, neste caso, as entidades fi scalizadoras, previstas no art. 13.º do RBC, exi-gir prova da legalidade da proveniência e origem destes bens, sempre que existam dúvidas sobre a legalidade da respetiva circulação. Devendo, essa prova, ser efetuada mediante a apresentação de qualquer documento comprovativo da natureza e quantidade dos bens, sua proveniência e destino (vide n.º 3 e n.º 4 do art. 3.º do RBC).

17. O transporte de documentos, para serem objeto de um contrato de depósito, nos termos do art. 1185.º e ss. do CC, não se encontra sujeito ao cumprimento das obrigações, de índole declarativo, impostas pelo RBC, em virtude de não se mostrarem preenchidos os pressupostos normativos, constantes da alínea a) do n.º 1 e da alínea a) do n.º 2 do art. 2.º do RBC.

18. Verifi cando-se que o transporte, deste tipo de bens, não se encontra sujeito ao cumprimento das obrigações, de índole declarativo, impostas pelo RBC, importa concluir que inexiste a obrigatorie-dade de se efetuar a comunicação dos elementos constantes dos documentos de transporte, consig-nada no n.º 5 do art. 5.º deste mesmo regime legal.

IVAMediação imobiliária

FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: CIVA -DL n.º 347/85 Artigo: 6º e n.º 2 do artigo 1.º do DL n.º 347/85 Assunto: Localização de operações – Prestação de serviços

realizada por uma imobiliária relativamente á venda de um imóvel

Processo: nº 3248, despacho do SDG dos Impostos, substituto legal do Director -Geral, em 2012-06-21.

Conteúdo: Tendo por referência o pedido de informação vinculativa solicitada, ao abrigo do art° 68° da Lei Geral Tributária (LGT), por « ….A…», presta-se a seguinte informação.

A Requerente, com sede no território do continente, pretende vender um imóvel de que é proprietária, localizado nos Açores, contratando, para tal, os serviços de uma sociedade de mediação imobiliária. Pretende informação vinculativa sobre qual a taxa de IVA a aplicar na factura da comissão de venda, a emitir por esta sociedade: se 23% em vigor no continente, ou 16% em vigor na região autónoma.

Page 18: A reforma do IRC - Vida Económica · que se refere o DL nº 20/90, de 13/01, nos casos previstos no regime transitório estabelecido no n.º 2 do art.º 130 da Lei 55-A/2010, de

50 Boletim do Contribuinte

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

JANEIRO 2014 - Nº 2

(Continuação da pág. anterior) O n.º 3 do artigo 18.º do Código do IVA (CIVA)

determina que, relativamente às operações que, de acordo com a legislação especial, se considerem efetuadas na Região Autónoma dos Açores, as taxas reduzida, intermédia e normal do imposto são, respetivamente, de 4%, 9% e 16%.

O Decreto-Lei n.º 347/85, de 23 de agosto, es-tabelece as regras a observar na localização das operações tributáveis entre o continente e as regiões autónomas, determinando, no n.º 2 do seu artigo 1.º, que as mesmas se consideram localizadas num ou noutro espaço territorial, de acordo com os critérios estabelecidos pelo artigo 6.º do CIVA, com as devidas adaptações, sem prejuízo da regra específi ca prevista no n.º 2, relativa às prestações de serviços de transporte.

De harmonia com as alíneas a) dos números 7 e 8 do artigo 6.º do CIVA, em derrogação às regras gerais previstas no n.º 6 do mesmo artigo, as prestações de serviços relacionadas com um imóvel, incluindo os serviços prestados por peritos e agentes imobiliários, consideram-se efetuadas no local onde o mesmo se encontra situado, independentemente do local da sede, estabelecimento estável ou domicílio, tanto do prestador como do adquirente dos serviços, bem como da natureza deste último (se um particular ou um sujeito passivo do imposto).

Deste modo, para efeitos de localização e tributação das operações, os serviços de mediação imobiliária na venda de um imóvel consideram-se, sempre, efetuados no local onde se situa o imóvel a que respeitam. No caso presente, tratando-se de um imóvel localizado na Região Autónoma dos Açores e tendo em consideração o disposto no n.º 2 do artigo 1.º do Decreto-lei n.º 347/85, a comissão sobre a venda do mesmo, cobrada pela sociedade de mediação imobiliária, é passível de IVA à taxa normal em vigor naquela região autónoma, atual-mente de 16%.

IVAProdução agrícola - Serviços de guarda, criação

e engorda de animaisFICHA DOUTRINÁRIA Diploma: CIVA Artigo: alínea a) do nº 1 do artº 18º -alínea d) da verba 4.2.

da lista anexa ao CIVA Assunto: Taxas -Serviços agrícolas de guarda, criação e en-

gorda de animais Processo: nº 4705, por despacho de 23-05-2013, do SDG do IVA, por delegação do Diretor-Geral.

Conteúdo: Tendo por referência o pedido de informação vinculativa solicitada, ao abrigo do art° 68° da Lei Geral Tributária (LGT), por « ….A…», presta-se a seguinte informação.

A presente informação vinculativa prende-se com as dúvidas colocadas no âmbito das prestações de serviços que contribuem para a realização da pro-dução agrícola, designadamente a guarda, criação e engorda de animais.

Situação apresentada 1. O técnico ofi cial de contas refere que o seu

cliente é “ (…) prestador de serviços no âmbito da avicultura em que:

a) Apenas disponibiliza o espaço para a criação de aves, prestando todos os serviços necessários (alimentação, aquecimento, …, etc.) até as aves estarem prontas para abate;

b) As aves são propriedade de outro Sujeito passivo (seu cliente);

c) Os alimentos necessários para a engorda dos animais são igualmente fornecidos pelo cliente.

2. Nestes termos, pretende saber, face às alterações introduzidas pela Lei do Orçamento de Estado 2013 (OE/2013) à lista I anexa ao Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (CIVA), qual o enqua-dramento das operações referidas, nomeadamente, se se enquadram “ (…) na verba 4.2-d) ou 5.2 da Lista I anexa ao CIVA? Ou aplica-se a taxa normal de IVA? (…) “.

Enquadramento da operações 3. As operações, realizadas no desenvolvimento da

atividade do requerente, são prestações de serviços sujeitas a imposto sobre o valor acrescentado (IVA), nos termos do nº 1 do artº 4º do CIVA e dele não isentas que conferem o direito à dedução, que até 31.12.2012, deveriam ter sido tributadas à taxa normal em vigor, de acordo com a alínea c) do nº do artº 18º do CIVA.

4. A lei nº 66-B/2012, de 31 de dezembro (OE/2013), aditou à lista I anexa ao CIVA a verba 4.2 -Presta-ções de serviço que contribuem para a realização da produção agrícola.

5. Na citada verba 4.2 está contemplada na sua alínea d) a guarda, criação e engorda de animais.

6. Nestes termos, as prestações de serviços supra referidas a partir de 1 de janeiro do corrente ano, entrada em vigor do OE 2013, passaram a estar sujeitas a IVA à taxa reduzida de acordo com a alínea a) do nº 1 do artº 18º do CIVA -no território do continente 6%; na Região Autónoma dos Açores 4% e na Região Autónoma da Madeira 5%.

Conclusão 7. Desde 1 de janeiro de 2013, entrada em vigor da

lei nº 66-B/2012, de 31 de dezembro (OE/2013) as prestações de serviços que contribuem para a realização da produção agrícola, designadamente “a guarda, criação e engorda de animais”, têm enquadramento na alínea d) da verba 4.2. da lista anexa ao CIVA, pelo que o requerente deve proceder à sua tributação à taxa reduzida de acordo com a alínea a) do nº 1 do artº 18º do CIVA.

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Boletim do Contribuinte 51JANEIRO 2014 - Nº 2

LEGISLAÇÃO

IRSTabelas de retenção na fonte para 2014

Trabalho dependente e pensões – Continente

Despacho n.º 706-A/2014, de 15 de janeiro(in DR, nº 10, II Série, 1º Suplemento, de 15.1.2014)

Em execução do disposto no Decreto-Lei n.º 42/91 (1), de 22 de janeiro, diploma quadro do regime de retenção na fonte em sede de imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS), são apro-vadas as tabelas de retenção na fonte, bem como as taxas de juro a que se referem os artigos 14.º e 16.º daquele diploma legal.

As tabelas agora aprovadas mantêm as mesmas taxas de reten-ção na fonte aprovadas pelo Despacho n.º 796-B/2013 (2), de 14 de janeiro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 39/2013 (3), de 21 de junho, uma vez que os elementos do Código do IRS a ter em conta para efeitos do apuramento do imposto a reter não foram alterados para 2014.

Assim: Ao abrigo do n.º 5 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 42/91 (1), de 22

de janeiro, a Ministra de Estado e das Finanças determina o seguinte: 1 - São aprovadas as seguintes tabelas de retenção na fonte,

em euros, para vigorarem durante o ano de 2014: a) Tabelas de retenção n.º I (não casado), II (casado, único

titular) e III (casado, dois titulares), sobre rendimentos do trabalho dependente, auferidos por titulares não defi cientes e em cuja aplicação deve observar-se o disposto nos artigos 2.º, 2.º-A e 3.º do Decreto-Lei n.º 42/91, de 22 de janeiro;

b) Tabelas de retenção n.º IV (não casado), V (casado, único titular) e VI (casado, dois titulares) sobre rendimentos do trabalho dependente, auferidos por titulares defi -cientes a aplicar de harmonia com o disposto no n.º 2 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 42/91, de 22 de janeiro, tomando-se igualmente em consideração os artigos 2.º, 2.º-A e 3.º do mesmo diploma;

c) Tabela de retenção n.º VII sobre pensões, com exceção das pensões de alimentos, auferidas por titulares não defi cientes, a aplicar de harmonia com o disposto no artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 42/91, de 22 de janeiro;

d) Tabela de retenção n.º VIII sobre pensões, com exce-ção das pensões de alimentos, auferidas por titulares defi cientes, a aplicar de harmonia com o disposto no artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 42/91, de 22 de janeiro;

e) Tabela de retenção n.º IX sobre pensões, com exce-ção das pensões de alimentos, auferidas por titulares deficientes das Forças Armadas abrangidas pelos Decretos-Lei n.º 43/76, de 20 de janeiro, e n.º 314/90, de 13 de outubro.

2 - As tabelas de retenção a que se refere o número ante-rior aplicam-se aos rendimentos a que se reportam, pagos ou colocados à disposição de titulares residentes em território português, com exceção das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, devendo ainda observar-se o seguinte:

a) Cada dependente com grau de incapacidade permanente igual ou superior a 60 % equivalerá, para efeitos de retenção na fonte, a quatro dependentes não defi cientes;

b) Na situação de “casado único titular”, o cônjuge que não auferindo rendimentos das categorias A ou H, seja portador de defi ciência que lhe confi ra um grau de incapacidade permanente igual ou superior a 60%, equivalerá, para efeitos de retenção na fonte sobre rendimentos de trabalho dependente auferidos pelo outro cônjuge, a cinco dependentes não defi cientes;

c) Na situação de “casado único titular”, sendo o cônjuge, que não aufere rendimentos das categorias A ou H, portador de defi ciência que lhe confi ra um grau de incapacidade permanente igual ou superior a 60%, a taxa de retenção na fonte a aplicar aos rendimentos de pensões auferidos pelo outro cônjuge deverá ser reduzida em um ponto percentual.

3 - As tabelas de retenção respeitantes aos sujeitos passi-vos casados aplicam-se igualmente às pessoas que, vivendo em união de facto, tenham exercido a opção pelo regime de tributação dos sujeitos passivos casados e não separados ju-dicialmente de pessoas e bens, ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 14.º do Código do IRS.

4 - A taxa de retenção a aplicar é a que corresponder: a) Nas tabelas de retenção sobre rendimentos do trabalho

dependente, à interseção da linha em que se situar a remuneração com a coluna correspondente ao número de dependentes a cargo;

b) Nas tabelas de retenção sobre pensões, à interseção da linha em que se situar o montante da pensão com a coluna correspondente à situação pessoal.

5 - É fi xada, para 2014, em 0,39 % a taxa prevista no artigo 14.º (4) do Decreto-Lei n.º 42/91, de 22 de janeiro, sendo a do artigo 16.º (5) do mesmo diploma equivalente à taxa dos juros legais fi xados nos termos do n.º 1 do artigo 559.º do Código Civil, por força do artigo 43.º da Lei Geral Tributária.

6 - As tabelas de retenção na fonte a que se refere o n.º 1 aplicam-se aos rendimentos de trabalho dependente e de pensões pagos ou colocados à disposição após a entrada em vigor do presente despacho.

7 - A não entrega, total ou parcial, nos cofres do Estado das quantias referidas nos números anteriores constitui infração fi scal nos termos da lei, sem prejuízo da responsabilidade do substituto pelos juros compensatórios devidos desde o termo do prazo de entrega até ao termo do prazo para apresentação da declaração pelo responsável originário ou até à data da entrega do imposto retido, se anterior.

8 - O presente despacho entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

N.R. 1 – O Decreto-Lei nº 42/91, de 22.1, diploma que estabelece o regime de retenção na fonte, foi recentemente alterado (arts. 7º, 8º e 18º) pelo art. 180º da Lei nº 83-C/2013, de 31.12, Lei do OE para 2014, publicada em suplemento à 1ª quinzena de janeiro de 2014. 2 – O Despacho nº 796-B/2013, de 14.1, que aprovou as tabelas de retenção na fonte de IRS para 2013, foi publicado no Bol. do Contribuinte, 2013, pág. 44. 3 – A Lei nº 39/2013, de 21.6, transcrita no Bol. do Contribuinte, 2013, pág. 480, regulou a reposição, em 2013, do subsídio de férias para os trabalhadores públicos, aposentados, reformados e demais pensionistas. 4 - A taxa de juro de 0,39% refere-se à remuneração do montante de IRS retido ou pago por conta em valor superior ao devido. 5 - A taxa de juro referente ao pagamento de juros de mora quan-do, havendo lugar a reembolso de imposto, este não seja efetuado dentro do prazo legal, será de 4%. 6 - Até ao momento do fecho do presente número do Boletim do Contribuinte não haviam sido divulgadas as tabelas de retenção na fonte para as Regiões Autónomas das Madeira e Açores.

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Boletim do Contribuinte52JANEIRO 2014 - Nº 2

TABELAS DE RETENÇÃO DO IRS PARA 2014 - CONTINENTE

TABELA I - TRABALHO DEPENDENTE - NÃO CASADO

Remuneração Mensal EurosNúmero de dependentes

0 1 2 3 4 5 ou maisAté 585,00 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%Até 590,00 1,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%Até 595,00 2,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%Até 633,00 5,0% 3,0% 2,0% 1,0% 0,0% 0,0%Até 675,00 6,0% 4,0% 3,0% 1,5% 1,0% 0,0%Até 726,00 7,5% 5,5% 4,5% 2,5% 1,5% 1,0%Até 801,00 8,5% 7,5% 5,5% 3,5% 2,5% 1,5%Até 907,00 11,0% 10,0% 8,0% 6,0% 5,0% 4,0%Até 988,00 12,5% 11,5% 10,5% 7,5% 6,5% 5,5%Até 1.048,00 13,5% 12,5% 11,5% 9,5% 7,5% 6,5%Até 1.124,00 14,5% 13,5% 12,5% 10,5% 9,5% 8,5%Até 1.205,00 15,5% 14,5% 13,5% 11,5% 10,5% 9,5%Até 1.300,00 16,5% 15,5% 14,5% 12,5% 11,5% 10,5%Até 1.401,00 17,5% 16,5% 15,5% 13,5% 13,5% 12,5%Até 1.537,00 18,5% 17,5% 16,5% 15,5% 14,5% 13,5%Até 1.683,00 20,0% 19,0% 19,0% 17,0% 16,0% 15,0%Até 1.840,00 21,5% 20,5% 20,5% 18,5% 17,5% 17,5%Até 1.945,00 22,5% 21,5% 21,5% 19,5% 19,5% 18,5%Até 2.056,00 23,5% 22,5% 22,5% 20,5% 20,5% 19,5%Até 2.182,00 24,5% 23,5% 23,5% 21,5% 21,5% 20,5%Até 2.328,00 25,5% 24,5% 24,5% 22,5% 22,5% 21,5%Até 2.495,00 26,5% 26,5% 25,5% 24,5% 23,5% 23,5%Até 2.722,00 27,5% 27,5% 26,5% 25,5% 24,5% 24,5%Até 3.054,00 28,5% 28,5% 27,5% 26,5% 25,5% 25,5%Até 3.478,00 29,5% 29,5% 28,5% 27,5% 27,5% 26,5%Até 4.052,00 30,5% 30,5% 29,5% 28,5% 28,5% 28,5%Até 4.576,00 32,5% 32,0% 31,0% 30,0% 30,0% 30,0%Até 5.111,00 33,5% 33,0% 33,0% 31,0% 31,0% 31,0%Até 5.786,00 34,5% 34,0% 34,0% 32,0% 32,0% 32,0%Até 6.653,00 36,5% 35,5% 35,5% 34,0% 34,0% 34,0%Até 7.852,00 37,5% 36,5% 36,5% 36,0% 35,0% 35,0%Até 9.455,00 39,5% 38,5% 38,5% 38,0% 38,0% 37,0%Até 11.159,00 40,5% 39,5% 39,5% 39,0% 39,0% 38,0%Até 18.648,00 41,5% 40,5% 40,5% 40,0% 40,0% 39,0%Até 20.000,00 42,5% 41,5% 41,5% 41,0% 41,0% 40,0%Até 22.500,00 43,0% 42,5% 42,5% 42,0% 42,0% 41,0%Até 25.000,00 43,5% 43,5% 43,5% 43,0% 43,0% 42,0%Superior a 25.000,00 44,5% 44,5% 44,5% 44,0% 44,0% 43,0%

TABELA II - TRABALHO DEPENDENTE - CASADO - ÚNICO TITULAR

Remuneração Mensal Euros Número de dependentes0 1 2 3 4 5 ou mais

Até 633,00 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%Até 675,00 0,5% 0,5% 0,5% 0,0% 0,0% 0,0%Até 696,00 2,5% 1,0% 1,0% 0,5% 0,0% 0,0%Até 741,00 3,5% 1,0% 1,0% 0,5% 0,5% 0,0%Até 781,00 5,0% 3,0% 1,5% 1,0% 1,0% 0,5%Até 822,00 6,0% 4,0% 3,0% 1,0% 1,0% 0,5%Até 872,00 7,0% 6,0% 4,0% 2,0% 1,0% 0,5%Até 958,00 8,0% 7,0% 6,0% 3,0% 2,0% 1,0%Até 1.063,00 9,0% 8,0% 7,0% 5,0% 3,0% 2,0%Até 1.205,00 10,0% 9,0% 8,0% 6,0% 5,0% 4,0%Até 1.381,00 11,5% 10,5% 9,5% 7,5% 6,5% 6,5%Até 1.603,00 12,5% 11,5% 10,5% 9,5% 8,5% 7,5%Até 1.704,00 14,0% 13,0% 13,0% 11,0% 10,0% 10,0%Até 1.819,00 15,0% 14,0% 14,0% 12,0% 11,0% 11,0%Até 1.966,00 16,0% 15,0% 15,0% 13,0% 13,0% 12,0%Até 2.122,00 17,0% 16,0% 16,0% 14,0% 14,0% 13,0%Até 2.308,00 18,0% 18,0% 17,0% 15,0% 15,0% 14,0%Até 2.525,00 19,0% 19,0% 18,0% 17,0% 16,0% 16,0%Até 2.888,00 20,0% 20,0% 19,0% 18,0% 17,0% 17,0%Até 3.301,00 22,0% 22,0% 21,0% 20,0% 19,0% 19,0%Até 3.553,00 23,0% 23,0% 22,0% 21,0% 21,0% 20,0%Até 3.820,00 24,0% 24,0% 23,0% 22,0% 22,0% 21,0%Até 4.143,00 25,0% 25,0% 24,0% 23,0% 23,0% 23,0%Até 4.531,00 26,5% 26,0% 25,0% 24,0% 24,0% 24,0%Até 4.995,00 27,5% 27,0% 27,0% 25,0% 25,0% 25,0%Até 5.564,00 28,5% 28,0% 28,0% 26,0% 26,0% 26,0%Até 6.280,00 29,5% 29,0% 29,0% 27,0% 27,0% 27,0%Até 7.207,00 30,5% 30,0% 30,0% 28,0% 28,0% 28,0%Até 8.306,00 31,5% 31,0% 31,0% 30,0% 29,0% 29,0%Até 9.188,00 33,0% 32,5% 32,5% 31,5% 30,5% 30,5%Até 10.282,00 34,0% 33,5% 33,5% 32,5% 32,5% 31,5%Até 13.860,00 35,0% 34,5% 34,5% 33,5% 33,5% 32,5%Até 19.898,00 37,0% 36,5% 36,5% 36,0% 36,0% 35,0%Até 22.500,00 38,0% 37,5% 37,5% 37,0% 37,0% 36,0%Até 25.000,00 38,5% 38,5% 38,5% 38,0% 38,0% 37,0%Até 28.000,00 39,5% 39,5% 39,5% 39,0% 39,0% 38,0%Superior a 28.000,00 40,5% 40,5% 40,5% 40,0% 40,0% 39,0%

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Boletim do Contribuinte 53JANEIRO 2014 - Nº 2

TABELAS DE RETENÇÃO DO IRS PARA 2014 - CONTINENTE

TABELA III - TRABALHO DEPENDENTE - CASADO - DOIS TITULARES

Remuneração Mensal EurosNúmero de dependentes

0 1 2 3 4 5 ou maisAté 585,00 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%Até 590,00 1,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%Até 595,00 2,0% 1,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%Até 633,00 5,0% 4,0% 3,0% 1,5% 1,5% 1,0%Até 675,00 6,0% 5,0% 4,0% 2,0% 2,0% 1,5%Até 726,00 7,5% 6,5% 5,5% 3,5% 3,0% 2,0%Até 801,00 8,5% 7,5% 6,5% 5,5% 4,5% 3,0%Até 907,00 11,0% 10,0% 10,0% 8,0% 7,0% 6,0%Até 988,00 12,5% 11,5% 11,5% 9,5% 8,5% 8,5%Até 1.048,00 13,5% 12,5% 12,5% 10,5% 9,5% 9,5%Até 1.124,00 14,5% 13,5% 13,5% 11,5% 11,5% 10,5%Até 1.205,00 15,5% 14,5% 14,5% 12,5% 12,5% 11,5%Até 1.300,00 16,5% 16,5% 15,5% 14,5% 13,5% 13,5%Até 1.401,00 17,5% 17,5% 16,5% 15,5% 14,5% 14,5%Até 1.537,00 18,5% 18,5% 17,5% 16,5% 15,5% 15,5%Até 1.683,00 20,0% 20,0% 19,0% 18,0% 18,0% 17,0%Até 1.840,00 21,5% 21,5% 20,5% 19,5% 19,5% 18,5%Até 1.945,00 22,5% 22,5% 21,5% 20,5% 20,5% 19,5%Até 2.056,00 23,5% 23,5% 22,5% 21,5% 21,5% 21,5%Até 2.182,00 24,5% 24,5% 23,5% 22,5% 22,5% 22,5%Até 2.328,00 25,5% 25,5% 25,5% 23,5% 23,5% 23,5%Até 2.495,00 26,5% 26,5% 26,5% 24,5% 24,5% 24,5%Até 2.722,00 27,5% 27,5% 27,5% 25,5% 25,5% 25,5%Até 3.054,00 28,5% 28,5% 28,5% 26,5% 26,5% 26,5%Até 3.478,00 29,5% 29,5% 29,5% 27,5% 27,5% 27,5%Até 4.052,00 30,5% 30,5% 30,5% 29,5% 28,5% 28,5%Até 4.576,00 32,5% 32,0% 32,0% 31,0% 30,0% 30,0%Até 5.111,00 33,5% 33,0% 33,0% 32,0% 32,0% 31,0%Até 5.786,00 34,5% 34,0% 34,0% 33,0% 33,0% 32,0%Até 6.653,00 36,5% 35,5% 35,5% 35,0% 35,0% 35,0%Até 7.852,00 37,5% 36,5% 36,5% 36,0% 36,0% 36,0%Até 9.455,00 39,5% 38,5% 38,5% 38,0% 38,0% 38,0%Até 11.159,00 40,5% 39,5% 39,5% 39,0% 39,0% 39,0%Até 18.648,00 41,5% 40,5% 40,5% 40,0% 40,0% 40,0%Até 20.000,00 42,5% 41,5% 41,5% 41,0% 41,0% 41,0%Até 22.500,00 43,0% 42,5% 42,5% 42,0% 42,0% 42,0%Até 25.000,00 43,5% 43,5% 43,5% 43,0% 43,0% 43,0%Superior a 25.000,00 44,5% 44,5% 44,5% 44,0% 44,0% 44,0%

TABELA IV - TRABALHO DEPENDENTE - NÃO CASADO - DEFICIENTE

Remuneração Mensal EurosNúmero de dependentes

0 1 2 3 4 5 ou maisAté 1.290,00 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%Até 1.391,00 1,5% 0,5% 0,5% 0,0% 0,0% 0,0%Até 1.431,00 4,5% 2,5% 2,5% 2,0% 2,0% 2,0%Até 1.613,00 5,5% 4,5% 3,5% 2,0% 2,0% 2,0%Até 1.925,00 7,0% 6,0% 6,0% 3,5% 3,5% 2,0%Até 2.046,00 8,5% 7,5% 7,5% 5,5% 5,5% 4,5%Até 2.177,00 10,5% 8,5% 8,5% 7,5% 6,5% 6,5%Até 2.278,00 13,0% 11,0% 10,0% 9,0% 8,0% 8,0%Até 2.439,00 15,0% 13,0% 12,0% 11,0% 10,0% 9,0%Até 2.520,00 16,0% 15,0% 14,0% 13,0% 11,0% 11,0%Até 2.621,00 17,0% 16,0% 15,0% 14,0% 13,0% 13,0%Até 2.883,00 18,0% 17,0% 16,0% 15,0% 15,0% 15,0%Até 3.195,00 19,0% 18,0% 17,0% 16,0% 16,0% 16,0%Até 3.528,00 20,0% 19,0% 18,0% 17,0% 17,0% 17,0%Até 3.659,00 21,0% 20,0% 20,0% 18,0% 18,0% 18,0%Até 3.871,00 22,0% 21,0% 21,0% 19,0% 19,0% 19,0%Até 4.284,00 24,0% 23,0% 23,0% 21,0% 21,0% 21,0%Até 4.546,00 25,0% 24,0% 24,0% 22,0% 22,0% 22,0%Até 4.838,00 26,0% 25,0% 25,0% 23,0% 23,0% 23,0%Até 5.121,00 27,0% 26,0% 26,0% 24,0% 24,0% 24,0%Até 5.544,00 28,0% 27,0% 27,0% 26,0% 25,0% 25,0%Até 5.967,00 29,5% 28,5% 28,5% 27,5% 26,5% 26,5%Até 6.693,00 30,5% 29,5% 29,5% 28,5% 27,5% 27,5%Até 7.157,00 31,5% 30,5% 30,5% 29,5% 28,5% 28,5%Até 7.731,00 32,5% 31,5% 31,5% 30,5% 30,5% 29,5%Até 8.407,00 33,5% 32,5% 32,5% 31,5% 31,5% 30,5%Até 9.183,00 34,5% 33,5% 33,5% 32,5% 31,5% 31,5%Até 9.909,00 36,0% 35,0% 35,0% 34,0% 34,0% 33,0%Até 12.398,00 37,0% 36,0% 36,0% 35,0% 35,0% 34,0%Superior a 12.398,00 38,0% 37,0% 37,0% 36,0% 36,0% 35,0%

Page 22: A reforma do IRC - Vida Económica · que se refere o DL nº 20/90, de 13/01, nos casos previstos no regime transitório estabelecido no n.º 2 do art.º 130 da Lei 55-A/2010, de

Boletim do Contribuinte54JANEIRO 2014 - Nº 2

TABELAS DE RETENÇÃO DO IRS PARA 2014 - CONTINENTE

TABELA V - TRABALHO DEPENDENTE - CASADO - ÚNICO TITULAR - DEFICIENTE

Remuneração Mensal EurosNúmero de dependentes

0 1 2 3 4 5 ou maisAté 1.624,00 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%Até 1.724,00 1,0% 0,5% 0,5% 0,0% 0,0% 0,0%Até 1.875,00 4,0% 2,0% 2,0% 1,5% 1,5% 1,5%Até 1.940,00 5,0% 4,0% 4,0% 3,0% 1,5% 1,5%Até 2.303,00 6,0% 6,0% 5,0% 4,0% 3,0% 3,0%Até 2.480,00 7,0% 7,0% 6,0% 5,0% 4,0% 4,0%Até 2.722,00 9,0% 9,0% 8,0% 7,0% 7,0% 6,0%Até 2.923,00 10,0% 10,0% 9,0% 8,0% 8,0% 7,0%Até 3.135,00 11,5% 11,5% 10,5% 9,5% 9,5% 8,5%Até 3.301,00 12,5% 12,5% 11,5% 10,5% 10,5% 10,5%Até 3.457,00 14,0% 14,0% 13,0% 12,0% 12,0% 12,0%Até 3.558,00 15,0% 15,0% 15,0% 13,0% 13,0% 13,0%Até 3.765,00 16,0% 16,0% 16,0% 14,0% 14,0% 14,0%Até 3.871,00 17,0% 17,0% 17,0% 15,0% 15,0% 15,0%Até 4.183,00 18,0% 18,0% 18,0% 16,0% 16,0% 16,0%Até 4.385,00 19,0% 19,0% 19,0% 17,0% 17,0% 17,0%Até 4.813,00 20,0% 20,0% 20,0% 18,0% 18,0% 18,0%Até 5.232,00 21,0% 21,0% 21,0% 19,0% 19,0% 19,0%Até 5.438,00 22,0% 22,0% 22,0% 21,0% 20,0% 20,0%Até 5.867,00 23,0% 23,0% 23,0% 22,0% 21,0% 21,0%Até 6.174,00 24,0% 24,0% 24,0% 23,0% 22,0% 22,0%Até 6.749,00 25,0% 25,0% 25,0% 24,0% 23,0% 23,0%Até 7.268,00 26,0% 26,0% 26,0% 25,0% 25,0% 24,0%Até 8.094,00 27,0% 27,0% 27,0% 26,0% 26,0% 25,0%Até 9.032,00 28,0% 28,0% 28,0% 27,0% 27,0% 26,0%Até 10.070,00 29,5% 29,5% 29,5% 28,5% 28,5% 27,5%Até 11.108,00 30,5% 30,5% 30,5% 29,5% 29,5% 28,5%Até 12.802,00 32,0% 32,0% 32,0% 31,0% 31,0% 30,0%Superior a 12.802,00 33,0% 33,0% 33,0% 32,0% 32,0% 31,0%

TABELA VI - TRABALHO DEPENDENTE - CASADO - DOIS TITULARES - DEFICIENTE

Remuneração Mensal EurosNúmero de dependentes

0 1 2 3 4 5 ou maisAté 1.290,00 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%Até 1.391,00 1,5% 0,5% 0,5% 0,0% 0,0% 0,0%Até 1.431,00 4,0% 4,0% 2,0% 1,5% 1,5% 1,5%Até 1.613,00 5,0% 5,0% 4,0% 3,0% 3,0% 1,5%Até 1.925,00 7,0% 7,0% 6,0% 5,0% 5,0% 4,0%Até 2.046,00 8,5% 8,5% 7,5% 6,5% 6,5% 6,5%Até 2.177,00 10,5% 9,5% 9,5% 8,5% 7,5% 7,5%Até 2.278,00 13,0% 12,0% 11,0% 10,0% 10,0% 10,0%Até 2.439,00 15,0% 14,0% 13,0% 12,0% 11,0% 11,0%Até 2.520,00 16,0% 15,0% 15,0% 14,0% 13,0% 13,0%Até 2.621,00 17,0% 16,0% 16,0% 15,0% 14,0% 14,0%Até 2.883,00 18,0% 17,0% 17,0% 16,0% 15,0% 15,0%Até 3.195,00 19,0% 18,0% 18,0% 17,0% 16,0% 16,0%Até 3.528,00 20,0% 19,0% 19,0% 18,0% 17,0% 17,0%Até 3.659,00 21,0% 20,0% 20,0% 19,0% 19,0% 18,0%Até 3.871,00 22,0% 21,0% 21,0% 20,0% 20,0% 19,0%Até 4.284,00 23,5% 22,5% 22,5% 21,5% 21,5% 20,5%Até 4.546,00 24,5% 23,5% 23,5% 22,5% 22,5% 22,5%Até 4.838,00 25,5% 24,5% 24,5% 23,5% 23,5% 23,5%Até 5.121,00 26,5% 25,5% 25,5% 24,5% 24,5% 24,5%Até 5.544,00 27,5% 26,5% 26,5% 25,5% 25,5% 25,5%Até 5.967,00 29,0% 28,0% 28,0% 27,0% 27,0% 27,0%Até 6.693,00 30,5% 29,5% 29,5% 28,5% 28,5% 28,5%Até 7.157,00 31,5% 30,5% 30,5% 29,5% 29,5% 29,5%Até 7.731,00 32,5% 31,5% 31,5% 30,5% 30,5% 30,5%Até 8.407,00 33,5% 32,5% 32,5% 31,5% 31,5% 31,5%Até 9.183,00 34,5% 33,5% 33,5% 32,5% 32,5% 32,5%Até 9.909,00 36,0% 35,0% 35,0% 34,0% 34,0% 34,0%Até 12.398,00 37,0% 36,0% 36,0% 35,0% 35,0% 35,0%Superior a 12.398,00 38,0% 37,0% 37,0% 36,0% 36,0% 36,0%

Page 23: A reforma do IRC - Vida Económica · que se refere o DL nº 20/90, de 13/01, nos casos previstos no regime transitório estabelecido no n.º 2 do art.º 130 da Lei 55-A/2010, de

Boletim do Contribuinte 55JANEIRO 2014 - Nº 2

Autores: Cristina Gonçalves, Dolores Santos, José Rodrigo, Sant’Ana Fernandes | Páginas: 400 | P.V.P.: € 25 | Editor: Vida Económica

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RELATO FINANCEIRO INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE

TABELAS DE RETENÇÃO DO IRS PARA 2014 - CONTINENTE

TABELA VII PENSÕES

TABELA IXPENSÕES - TITULARES DEFICIENTES

DAS FORÇAS ARMADAS

TABELA VIIIPENSÕES - TITULARES DEFICIENTES

Remuneração Mensal EurosCasado dois

titulares / Não casado

Casado único titular

Até 595,00 0,0% 0,0%Até 628,00 1,0% 0,0%Até 664,00 2,0% 0,0%Até 682,00 3,5% 0,0%Até 740,00 4,5% 1,0%Até 812,00 6,0% 3,0%Até 891,00 8,5% 5,5%Até 953,00 9,5% 5,5%Até 1.024,00 10,5% 6,0%Até 1.052,00 11,5% 6,5%Até 1.130,00 12,5% 9,0%Até 1.197,00 13,5% 9,0%Até 1.294,00 14,5% 10,0%Até 1.391,00 15,5% 11,0%Até 1.516,00 16,5% 12,0%Até 1.642,00 17,5% 13,5%Até 1.719,00 18,0% 14,5%Até 1.815,00 18,5% 16,0%Até 1.912,00 20,5% 17,0%Até 2.027,00 21,5% 18,0%Até 2.154,00 23,0% 18,0%Até 2.298,00 24,0% 18,5%Até 2.424,00 24,5% 19,5%Até 2.499,00 26,0% 20,5%Até 2.640,00 27,0% 21,5%Até 2.801,00 28,0% 21,5%Até 2.989,00 29,0% 23,0%Até 3.159,00 30,5% 24,0%Até 3.357,00 31,5% 25,0%Até 3.583,00 32,5% 27,0%Até 3.839,00 33,0% 27,5%Até 4.103,00 33,5% 27,5%Até 4.348,00 34,0% 27,5%Até 4.593,00 35,0% 28,5%Até 4.876,00 36,5% 30,0%Até 5.282,00 37,5% 31,0%Até 7.168,00 38,5% 32,0%Até 7.485,00 39,5% 33,0%Até 8.608,00 39,5% 34,0%Superior a 8.608,00 40,0% 34,5%

Remuneração Mensal EurosCasado dois

titulares / Não casado

Casado único titular

Até 1.391,00 0,0% 0,0%Até 1.584,00 2,0% 2,0%Até 1.622,00 4,0% 3,0%Até 1.815,00 6,0% 4,5%Até 1.883,00 8,0% 4,5%Até 1.979,00 9,0% 5,5%Até 2.077,00 10,0% 6,5%Até 2.221,00 11,5% 8,5%Até 2.318,00 12,5% 9,5%Até 2.414,00 13,5% 10,0%Até 2.452,00 15,0% 10,5%Até 2.640,00 16,0% 11,0%Até 2.735,00 17,0% 12,0%Até 2.829,00 18,0% 13,0%Até 2.924,00 18,5% 13,0%Até 3.018,00 19,5% 14,0%Até 3.112,00 20,0% 14,5%Até 3.206,00 20,5% 15,5%Até 3.395,00 21,5% 17,0%Até 3.583,00 22,0% 17,5%Até 3.772,00 23,0% 18,5%Até 3.961,00 23,0% 18,5%Superior a 3.961,00 24,5% 20,0%

Remuneração Mensal EurosCasado dois

titulares / Não casado

Casado único titular

Até 1.391,00 0,0% 0,0%Até 1.584,00 1,5% 1,5%Até 1.622,00 4,0% 3,0%Até 1.815,00 6,0% 3,5%Até 1.883,00 7,5% 4,5%Até 1.979,00 8,5% 4,5%Até 2.077,00 9,5% 6,0%Até 2.221,00 11,0% 7,5%Até 2.318,00 12,0% 9,0%Até 2.414,00 13,0% 9,5%Até 2.452,00 14,5% 10,0%Até 2.640,00 15,5% 10,5%Até 2.735,00 16,5% 11,5%Até 2.829,00 17,5% 12,5%Até 2.924,00 18,0% 12,5%Até 3.018,00 19,0% 13,5%Até 3.112,00 19,5% 14,0%Até 3.206,00 20,0% 15,0%Até 3.395,00 21,0% 16,5%Até 3.583,00 21,5% 17,0%Até 3.772,00 22,5% 18,0%Até 3.961,00 23,0% 18,5%Superior a 3.961,00 24,0% 19,5%

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Boletim do Contribuinte56JANEIRO 2014 - Nº 2

LEGISLAÇÃO

IRSDeclaração modelo 39

Rendimentos e retenções a taxas liberatórias

Novas instruções de preenchimento

Portaria n.º 371/2013 de 27 de dezembro

(in DR nº 251, I série, de 27.12.2013)

Com a publicação da Lei n.º 55-A/2012(1), de 29 de outubro, foi conferida uma nova redação aos nºs 12 e 13 do artigo 71.º do Código do Imposto do Rendimento das Pessoas Singu-lares (adiante «Código do IRS»), passando a ser aplicada a taxa liberatória de 35 % aos rendimentos previstos naqueles números, i. e., aos rendimentos tributados por taxa liberatória que sejam pagos ou colocados à disposição em contas abertas em nome de um ou mais titulares mas por conta de terceiros não identifi cados e aos rendimentos devidos por entidades não residentes sem estabelecimento estável em território português e que sejam domiciliadas em país, território ou região sujeitas a um regime fi scal claramente mais favorável.

Face à referida alteração legislativa houve necessidade de alterar as instruções da declaração de rendimentos e retenções a taxas liberatórias modelo 39.

Assim: Nos termos do disposto no artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 442-

A/88, de 30 de novembro, e do n.º 1 do artigo 144.º do Código do IRS, aprovado pelo mesmo decreto-lei, manda o Governo, pelo Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, o seguinte:

Artigo 1.º Objeto

1 - São aprovadas novas instruções de preenchimento da declaração modelo 39 «Rendimentos e retenções a taxas liberatórias», aprovada pela Portaria n.º 414/2012, de 17 de dezembro, constantes do anexo à presente portaria.

2 - A declaração a que se refere o número anterior deve ser apresentada pelas entidades referidas no n.º 12 do artigo 119.º do Código do IRS, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-A/88, de 30 de novembro.

Artigo 2.º Norma Revogatória

São revogadas as anteriores instruções de preenchimento da declaração modelo 39 aprovadas pela Portaria n.º 414/2012, de 17 de dezembro (2).

Artigo 3.º Entrada em vigor

A presente portaria entra em vigor no dia 1 de janeiro de 2014.

N.R. 1 - A Lei nº 55-A/2012, de 29.10, transcrita no Boletim do Contribuinte, 2012, pág. 758 e seguintes, introduziu alterações em diversos códigos fi scais (IRS, IRC, Imposto do Selo, LGT, tendo também criado a nova taxa de IS que incide sobre os prédios urbanos de valor superior a um milhão de euros.

2 – A Port. nº 414/2012, de 17.12, foi oportunamente transcrita o Bol. do Contribuinte, 2012, pág. 61.

3 – Ver na página seguinte 58 e seguintes a Portaria nº 372/2013 27/12/2013, que aprova a declaração modelo 30 (declaração para comunicação dos rendimentos pagos ou colocados á de sujeitos passivos não residentes e Portaria nº 373/2013, de 27.12, que aprova as novas instruções de preenchimento da declaração modelo13, a que se refere a obrigação prevista no art. 124 do Código do IRS (opera-ções sobre valores mobiliários, warrants autónomos e instrumentos fi nanceiros derivados).

INSTRUÇÕES

A declaração modelo n.º 39 é de entrega obrigatória pelas entidades devedoras e pelas entidades que paguem ou coloquem à disposição dos respetivos titulares pessoas singulares residentes em território português e que não beneficiem de isenção, dis-pensa de retenção ou redução de taxa, rendimentos de capitais a que se refere o artigo 71.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares ou quaisquer rendimentos de capitais sujeitos a retenção na fonte a título definitivo de montante superior a € 25.

A declaração deve ser apresentada através de transmissão eletrónica de dados, até ao final do mês de janeiro do ano seguinte, como dispõe a alínea b) do n.º 12 do artigo 119.º do Código do IRS.

O preenchimento da declaração deve efetuar-se conforme se indica:

Quadro 1 - indicar o número de identificação fiscal do declarante, entidade que se encontra obrigada a efetuar a retenção na fonte.

ANEXO A QUE SE REFERE O N.º 1 DO ARTIGO 1.º DA PORTARIA Nº 371/2013, DE 27.12DECLARAÇÃO MODELO 39 – INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

Quadro 2 - indicar o número de identificação fiscal do técnico oficial de contas, sempre que a entidade se encontre obrigada nos termos da legislação fiscal.

Quadro 3 - indicar o ano da exigibilidade do imposto, nos termos da legislação fiscal.

Quadro 4 - indicar o código do serviço de finanças da sede ou domicílio fiscal da entidade declarante.

Quadro 5 - assinalar com uma cruz se se trata da primeira declaração ou de uma declaração de substituição, sendo que esta substitui toda a informação da primeira.

Quadro 6:Campo 6.1, “NIF do Titular” - indicar o número de identificação

fiscal do titular dos rendimentos. No caso de contitularidade de rendimentos estes devem ser imputados a cada um dos titulares na proporção da respetiva quota.

Campo 6.2, “Código dos rendimentos” – neste campo deverá ser inscrito o código correspondente ao tipo de rendimento, de acordo com a seguinte tabela que integra estas instruções.

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Boletim do Contribuinte 57JANEIRO 2014 - Nº 2

CÓDIGOS RENDIMENTOS01 Lucros e adiantamentos por conta de lucros devidos

por entidades residentes (inclui dividendos).Rendimentos resultantes de partilha qualificados como de aplicação de c apitais ou amortização de partes sociais sem redução de capital.Rendimentos que o associado aufira na associação à quota e na associação em participação.

02 Rendimentos de valores mobiliários pagos ou coloca-dos à disposição dos respetivos titulares, residentes em território português, devidos por entidades que não tenham domicílio em território português a que possa imputar-se o pagamento, por intermédio de entidades que estejam mandatadas por devedores ou titulares ou ajam por conta de uns ou outros.

03 Juros de depósitos à ordem ou a prazo, incluindo os certificados de depósitos. Juros e outras formas de remuneração de supri-mentos, abonos ou adiantamentos de capital feitos pelos sócios à sociedade.Juros e outras formas de remuneração devidos pelo facto de os sócios não levantarem os lucros ou re-munerações colocados à sua disposição. Rendimentos de títulos de dívida, de operações de reporte, cessões de crédito, contas de títulos com garantias de preço ou de outras operações similares ou afins. Ganhos decorrentes das operações de swaps ou operações cambiais a prazo.

04 Diferença positiva entre os montantes pagos a título de resgate, adiantamento ou vencimento de seguros e operações do ramo “Vida” e outros regimes complementares que não beneficiam de exclusão – n.º 3 do artigo 5.º do Código do IRS e artigo 26.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais (adiante “EBF”).

05 Diferença positiva entre os montantes pagos a título de resgate, adiantamento ou vencimento de seguros e operações do ramo “Vida” e outros regimes complementares que beneficiam da exclusão da tributação de 1/5 – alínea a) do n.º 3 do artigo 5.º do Código do IRS, alínea a) do artigo 25.º e artigo 26.º do EBF.

06 Diferença positiva entre os montantes pagos a título de resgate, adiantamento ou vencimento de seguros e operações do ramo “Vida” e regimes com-plementares que beneficiam da exclusão da tributação de 3/5 – alínea b) do n.º 3 do artigo 5.º do Código do IRS, alínea b) do artigo 25.º e artigo 26.º do EBF.

07 Rendimentos pagos pelos fundos de poupança--reforma que beneficiam de exclusão de 3/5 – alínea b) do n.º 3 do artigo 21.º do EBF.

08 Rendimentos pagos pelos fundos de poupança--reforma que beneficiam da exclusão da tributação do rendimento de 1/5 – n.º 5 do artigo 21.º do EBF e alínea a) do n.º 3 do artigo 5.º do Código do IRS.

09 Rendimentos pagos pelos fundos de poupança--reforma que beneficiam da exclusão da tributação do rendimento de 3/5 – n.º 5 do artigo 21.º do EBF e alínea b) do n.º 3 do artigo 5.º do Código do IRS.

10 Rendimentos pagos pelos fundos de poupança--reforma que não beneficiam de qualquer exclusão – n.º 5 do artigo 21.º do EBF (1.ª parte).

11 Rendimentos de unidades de participação em fundos de capital de risco, fundos de investimento imobiliá-rio em recursos florestais e fundos de investimento imobiliário de reabilitação urbana.

12 Regime Transitório (antes de 1.1.1991 e depois desta data até 31.12.1994) – Diferença positiva entre os montantes pagos a título de resgate, adiantamen-to ou vencimento de seguros e operações do ramo “Vida” e regimes complementares que beneficiam da exclusão da tributação da totalidade do rendimento para contratos celebrados antes de 1.1.1991 e para contratos celebrados entre 1.1.1991 e 31.12.1994 – alínea b) do n.º 3 do artigo 5.º do Código do IRS - redação do Decreto-Lei n.º 267/91, de 6 de agosto.

13 Regime Transitório (1.1.1991 a 31.12.1994) – Dife-rença positiva entre os montantes pagos a título de resgate, adiantamento ou vencimento de seguros e operações do ramo “Vida” e regimes complemen-tares que beneficiam da exclusão da tributação de 1/2 – alínea a) do n.º 3 do artigo 5.º do Código do IRS (redação do Decreto-Lei n.º 267/91, de 6 de agosto).

14 Regime Transitório (1.1.1995 a 31.12.2000) – Dife-rença positiva entre os montantes pagos a título de resgate, adiantamento ou vencimento de seguros e operações do ramo “Vida” e regimes complemen-tares que beneficiam da exclusão da tributação de 2/5 – alínea a) do n.º 3 do artigo 5.º do Código do IRS (redação da Lei n.º 39-B/94, de 27 de dezembro).

15 Regime Transitório (1.1.1995 a 31.12.2000) – Dife-rença positiva entre os montantes pagos a título de resgate, adiantamento ou vencimento de seguros e operações do ramo “Vida” e regimes complemen-tares que beneficiam da exclusão da tributação de 4/5 – alínea b) do n.º 3 do artigo 5.º do Código do IRS (redação da Lei n.º 39-B/94, de 27 de dezembro)

16 Regime Transitório (Planos celebrados até 31.12.2005) – As importâncias pagas pelos fundos de poupança-reforma, PPE e PPR/E que beneficiam da exclusão de 4/5 – alínea b) do n.º 1 e n.º 3 do artigo 21.º do EBF, conforme o disposto no n.º 3 do artigo 55.º da Lei n.º 60-A/2005, de 30 de dezembro

17 Os rendimentos referidos nos campos 01, 02 e 03 sempre que sejam pagos ou colocados à disposição em contas abertas em nome de um ou mais titulares mas por conta de terceiros não identificados (exceto quando seja identificado o beneficiário efetivo) – n.º 12 do artigo 71.º do Código do IRS

18 Os rendimentos pagos ou colocados à disposição dos respetivos titulares, residentes em território português, devidos por entidades não residentes sem estabelecimento estável em território português e que sejam domiciliadas em país, território ou região su-jeitas a um regime fiscal claramente mais favorável, por intermédio de entidades que estejam mandatadas por devedores ou titulares ou ajam por conta de uns ou outros – n.º 13 do artigo 71.º do Código do IRS

Campo 6.3, “Montante dos rendimentos” - os rendimentos devem ser indicados pelo seu valor ilíquido de retenção. Os que beneficiam de exclusão (códigos 05, 06, 07, 08, 09, 12, 13, 14, 15 e 16) devem ser indicados pela totalidade incluindo a parte excluída.

Campo 6.4, “Montante do imposto retido” - deve ser indicado o montante total de imposto retido sobre os rendimentos referidos no campo 6.3.

Campo 6.5, “NIF da entidade emitente” – Deve ser indicado o número de identificação fiscal da entidade emitente quando se trate de rendimentos em que a obrigação de efetuar a retenção pertence às entidades registadoras ou depositárias de valores mobiliários. No caso de rendimentos de valores mobiliários emitidos por entidades não resi-dentes, indique o número de identificação fiscal da entidade declarante.

DECLARAÇÃO MODELO 39 – INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

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Boletim do Contribuinte58JANEIRO 2014 - Nº 2

LEGISLAÇÃO

IRS e IRCDeclaração modelo 30

Rendimentos pagos ou colocados à disposição dos sujeitos passivos não residentes

Portaria n.º 372/2013 de 27 de dezembro

(in DR nº 251, I série, de 27.12.2013)

A declaração modelo 30 destina-se a dar cumprimento à obriga-ção declarativa a que se refere o n.º 7 do artigo 119.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares e o artigo 128.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas.

Com a transposição para o ordenamento jurídico nacional da Diretiva n.º 2011/16/UE, do Conselho, de 15 de fevereiro, através do Decreto-Lei n.º 61/2013(1), de 10 de maio, e da Diretiva n.º 2003/49/CE, do Conselho, de 3 de junho, através do Lei n.º 55/2013(2), de 8 de agosto, mostra-se necessário introduzir algumas alterações na-quele modelo declarativo e respetivas instruções de preenchimento, aprovadas pela Portaria n.º 16/2012, de 19 de janeiro, em ordem a permitir a correta aplicação daquelas diretivas e a melhorar a qua-lidade da informação que a Autoridade Tributária e Aduaneira deve dispor para fazer face aos compromissos internacionais assumidos no que se refere à troca automática de informações.

Assim: Manda o Governo, pelo Secretário de Estado dos Assuntos Fis-

cais, nos termos do artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 442-A/88, de 30 de novembro, e do n.º 1 do artigo 144.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, o seguinte:

Artigo 1.º Objeto

É aprovada a declaração modelo 30 para cumprimento da obrigação declarativa a que se refere o n.º 7 do artigo 119.º do Código do IRS e o artigo 128.º do Código do IRC e respetivas instruções de preenchimento, anexas à presente portaria.

Artigo 2.º Cumprimento da obrigação

1 - Estão obrigados à apresentação desta declaração as entidades que paguem ou coloquem à disposição de entidades não residentes rendimentos que nos termos legais se considerem obtidos em território português.

2 - Esta obrigação declarativa deve ser cumprida por transmissão eletrónica de dados, até ao fi nal do segundo mês seguinte àquele em que ocorra o facto tributário, devendo os sujeitos passivos:

a) Proceder ao registo, caso ainda não disponham de senha de acesso, no portal das fi nanças, no endereço www.portaldasfi nancas.gov.pt;

b) Possuir um fi cheiro com as características e estrutura de informação, a disponibilizar no mesmo endereço;

c) Efetuar o envio de acordo com os procedimentos indi-cados na referida página.

3 - A declaração considera-se apresentada na data em que é submetida, sob condição de correção de eventuais erros no prazo de 30 dias.

4 - Se, fi ndo o prazo referido no número anterior, não fo-rem corrigidos os erros detetados, a declaração é considerada sem efeito.

Artigo 3.º Documentos de suporte

Os originais dos formulários e outros documentos de prova que justifi quem a não utilização de qualquer taxa de retenção de imposto ou utilização de taxas reduzidas deverão fi car na posse da entidade declarante, pelo período de 10 anos, a exibir sempre que solicitados pela Autoridade Tributária e Aduaneira.

Artigo 4.º Utilização dos impressos

Os impressos aprovados pela presente portaria devem ser utilizados a partir de 1 de janeiro de 2014.

Artigo 5.º Norma revogatória

É revogada a Portaria n.º 16/2012, de 19 de janeiro(3).

Artigo 6.º Entrada em vigor

A presente portaria entra em vigor no dia 1 de janeiro de 2014.

N.R. 1 – O Decreto-Lei n.º 61/2013, procede à revisão do mecanismo de troca de informações em matéria tributária, que se destina a combater a fraude e a evasão fi scais, abrangendo impos-tos de qualquer natureza, com exceção do IVA, direitos aduaneiros, impostos especiais sobre o consumo e contribuições obrigatórias para a Segurança Social.

São três as modalidades previstas de troca de informações:- Troca de informações a pedido;- Troca de informações automática;- Troca de informações espontânea.A troca de informações automática pressupõe que as autoridades

dos diferentes Estados-Membros possam recolher a informação constante dos registos e bases de dados da Autoridade Tributária portuguesa, para além da efetiva comunicação de informações pelo menos uma vez por ano, no prazo de seis meses a partir do período de tributação em que a informação foi conhecida pela AT.

A troca de informações automática entrará em vigor apenas a partir de 1 de janeiro de 2015; contudo. abrange informações relativas aos períodos de tributação com início a 1 de janeiro de 2014.

2 – A Lei nº 55/2013, de 8.8, foi transcrita no Boletim do Contri-buinte, 2013, pág. 585, tendo então introduzido alterações aos artigos 14º, 87º, 96º e 98º do Código do IRC, no âmbito do regime fi scal comum aplicável aos pagamentos de juros e royalties efectuados entre sociedades associadas de Estados-membros diferentes

3 – A Portaria nº 16/2012, de 19.1, foi publicada no Boletim do Contribuinte, 2012, pág. 82.

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Boletim do Contribuinte 59JANEIRO 2014 - Nº 2

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTOOBSERVAÇÕES PRÉVIASA declaração modelo 30, destinada a dar cumprimento à obrigação acessória prevista no n.º 7 do artigo 119.º do Código

do IRS e artigo 128.º do Código do IRC, é de entrega obrigatória sempre que sejam pagos ou colocados à disposição rendi-

segundo mês seguinte ao do pagamento ou colocação à disposição dos rendimentos.

utilização de taxas reduzidas ou outras situações, deverão ser conservados na posse da declarante pelo prazo de dez anos, devendo ser exibidos à administração tributaria sempre que solicitados.

corresponde ao NIF atribuído nos termos do n.º 5 do artigo 3.º do Decreto-lei n.º 463/79, de 30 de novembro, com a redação que lhe foi dada pelo artigo 1.º do Decreto-lei n.º 81/2003, de 23 de abril.

No campo 32as entidades não residentes possuem no respetivo país de residência.

No campo 33, deve indicar-se o código do país de residência, de acordo com a norma ISO (parte numérica), disponível em www.

No campo 34 e sempre que aplicável, deve indicar-se, na coluna D, a percentagem de participação que o sujeito passivo não residente detém no capital social da declarante e, na coluna S, a percentagem que a declarante detém no capital social do sujeito passivo.

O campo 35 destina-se a inscrever o valor bruto do rendimento

tipo de rendimento de acordo com a tabela II.Tratando-se de remunerações (rendimentos do trabalho dependente), deverá assinalar-se o código 22 (Remunerações públicas) sempre que os rendimentos respeitem a salários, vencimentos e outras remuner-ações similares pagas pelo Estado Português ou por uma subdivisão política ou autarquia local em consequência de serviços prestados ao Estado (administração central, regional ou local), nos restantes casos deve indicar-se o código 15. No caso de pagamento de pensões, deverá indicar-se o código 23 (Pensões públicas) quando estejam em causa pensões e outras remunerações similares pagas pelo Estado Português ou por uma subdivisão política ou autarquia local, quer diretamente, quer através de fundos por eles constituídos, em consequência de serviços pres-tados a esse Estado (administração central, regional ou local), nos restantes casos deve indicar-se o código 18.

No campo 36 deve ser indicada a taxa de tributação utilizada e

os códigos constantes da tabela I.No campo 37 deve indicar-se o montante do imposto retido sobre

os rendimentos inscritos no campo 35.O campo 38 corresponde ao total das importâncias retidas no

mês, valor este que deve ser igual ao dos campos 17 do quadro 6 e 30 do quadro 7.

No campo 39 deve indicar-se o NIF da entidade emitente quando se trate de rendimentos em que a obrigação de efetuar a retenção na fonte pertence às entidades registadoras ou depositárias de valores mobiliários.

Quadro 1

da entidade devedora/pagadora dos rendimentos.Quadro 2

contas, sempre que a entidade declarante possua ou deva possuir contabilidade organizada.

Quadro 3Nos campos 03 e 03A indicar respetivamente o ano e mês em

que os rendimentos foram pagos ou colocados à disposição do res-petivos titulares.

Quadro 4Indicar o código do Serviço de Finanças da sede ou domicílio

Quadro 5Assinalar se se trata da primeira declaração ou de declaração de

substituição, sendo que esta substitui toda a informação da primeira.Quadro 6Nos campos 06 a 16, 40 e 41 deste quadro deve ser inscrito o valor

total do imposto retido durante o mês, por natureza dos rendimentos, tendo por referência a tabela II e observando-se ainda o seguinte:

- O valor a inscrever no campo 09 é o resultante do somatório das retenções efetuadas sobre os rendimentos dos tipos 15 (trabalho dependente) e 16 (Percentagem de membros de órgãos sociais);- O valor a inscrever no campo 10 é o resultante do somatório das retenções efetuadas sobre os rendimentos dos tipos 14 (trabalho independente) e 17 (Rendimentos de artistas ou desportistas);- O valor a inscrever no campo 16 é o resultante do somatório das retenções efetuadas sobre os rendimentos dos tipos 20 (Subsídios pagos a estudantes e estagiários) e 21 (Outros rendimentos).

O campo 17 corresponde ao somatório dos valores inscritos nos campos 06 a 16, 40 e 41 e deve coincidir com o valor apurado para os campos 30 do quadro 7 e 38 do quadro 8

Quadro 7Indicar o(s) número(s) da(s) guia(s) de pagamento utilizada(s) e

o respetivo valor total. O campo 30 corresponde ao valor total da(s) guia(s) e deve coincidir com o valor total do imposto retido a não residentes (campo 17 do quadro 6 e campo 38 do quadro 8) no mês a que respeita a declaração.

Quadro 8No campo 31

de entidades que apenas obtenham em território português rendi-

CÓDIGO REGIMES DE TRIBUTAÇÃO

PrediaisPrestações de serviçosComissõesDividendosJuros ou rendimentos de aplicações de capitaisRoyalties

Trabalho independenteTrabalho dependentePercentagens de membros de órgãos sociaisRendimentos de artistas ou desportistasPensõesRemunerações públicas

Subsídios pagos a estudantes ou estagiários

Outros rendimentos

TIPO RENDIMENTOS

060708101112

1415161718222021

TABELA ICÓDIGOS DOS REGIMES DE TRIBUTAÇÃO

(CAMPO 36 DO QUADRO 8)

Tributação nos termos dos Códigos do IRS e/ou IRC

Fundos de Investimento (Art.º 22.º do EBF)

Aplicações a Prazo (Art.º 25.º do EBF)

Tributação nos termos de uma convenção para evitar a dupla tributação

Isenção nos termos do art.º 14.º, n.º 3 do CIRC (Diretiva nº 2011/96/

Empréstimos externos e rendas de locação de equipamentos importados (Art.º 28.º do EBF)Swaps(Art.º 30.º do EBF)

Depósitos de instituições de crédito não residentes (Art.º 31.º do EBF)Isenção nos termos do art.º 14.º, n.º 12 do CIRC (Diretiva n.º 2003/49/CE, sobre Juros e Royalties)

Regime Especial de Tributação dos Rendimentos de Valores Mobiliários Representativos de Dívida ( D.L. n.º 193/2005, de 7 de novembro)

do EBF)

Tributação nos termos de outras normas de direito internacional aplicáveis

Tributação nos termos de regimes jurídicos de direito interno aplicáveis

Fundos de capital de risco (Art.º 23.º do EBF)

01

02

03

05

06

08

07

09

17

18

19

20

15

16

TABELA IITIPO DE RENDIMENTOS DE ACORDO COM

A CONVENÇÃO MODELO DA OCDE(CAMPO 35 DO QUADRO 8)

Pensões públicas23

MINISTÉRIO DAS FINANÇASAUTORIDADE TRIBUTÁRIA E ADUANEIRA

DECLARAÇÃO

( Artigo 119.º N.º 7 do CIRS )

30MODELORENDIMENTOS PAGOS OU COLOCADOS À DISPOSIÇÃO DE

SUJEITOS PASSIVOS NÃO RESIDENTES

CÓDIGO DO SERVIÇO DE FINANÇAS DA SEDE OU DOMICÍLIO FISCAL4 53NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL DO

TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS1 2NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL DA ENTIDADE DECLARANTE PERÍODO

SUBSTITUIÇÃO 2

TIPO DE DECLARAÇÃO

05

0403

0201PRIMEIRA 1

19

20

21

22

23

18

N.º GUIA DE PAGAMENTO N.º GUIA DE PAGAMENTO

25

26

27

28

29

24

7 RELAÇÃO DAS GUIAS DE PAGAMENTO

30

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VALORTOTAL DA GUIA

VALORTOTAL DA GUIA

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PREDIAIS

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. . ,PENSÕES PÚBLICAS

07

08

09

10

11

13

14

DIVIDENDOS OU LUCROS DERIVADOS DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS

12

JUROS OU RENDIMENTOS DERIVADOS DA APLICAÇÃO DE CAPITAIS

TRABALHO INDEPENDENTE

TRABALHO DEPENDENTE

ROYALTIES

PENSÕES

PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS

REMUNERAÇÕES PÚBLICAS

COMISSÕES

40

41

06

RESUMO DAS IMPORTÂNCIAS RETIDAS6

17TOTAL

. . .

RELAÇÃO DOS BENEFICIÁRIOS DOS RENDIMENTOS836 373534 39333231

2

3

4

5

1

NÚMERO DEIDENTIFICAÇÃO

FISCAL PORTUGUÊS

NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO

FISCAL NO PAÍS DERESIDÊNCIA

MONTANTE DOIMPOSTO RETIDO

VALORTIPOD S

REGIME DETRIBUTAÇÃO

CÓD. TAXA

RENDIMENTOS

. . . , , . . ,

PARTICIPAÇÃONO CAPITAL

CÓDI

GO D

O PA

ÍS D

ERE

SIDE

ÊNCI

A

TOTAL 38

IR -

050

/ 201

2

TOTAL

NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃOFISCAL DA

ENTIDADE EMITENTE

. . . , , . . ,

. . . , , . . ,

. . . , , . . ,

. . . , , . . ,

. . ,

03-A

ANO

MÊS

. . ,16OUTROS

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Boletim do Contribuinte60JANEIRO 2014 - Nº 2

LEGISLAÇÃO

IRSDeclaração Modelo 13

Operações relativas a valores mobiliários, warrants autónomos e outros instrumentos

e produtos fi nanceiros Novas instruções de preenchimento

Portaria n.º 373/2013 de 27 de dezembro

(in DR nº 251, I série, de 27.12.2013)

A declaração Modelo 13 destina-se a dar cumprimento à obriga-ção declarativa a que se refere o artigo 124.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, pelas instituições de crédito e sociedades fi nanceiras que devem comunicar anualmente à Autoridade Tributária e Aduaneira, com referência a cada sujeito passivo, as operações efetuadas com a sua intervenção, relativamente a valores mobiliários e warrants autónomos, bem como os resultados apurados nas operações relativas a instrumentos fi nanceiros deriva-dos, incluindo os produtos fi nanceiros complexos.

Face às alterações legislativas ocorridas e à necessidade de con-sonância da informação fornecida com a realidade atual do sistema de registo bancário e fi nanceiro, há que proceder à adequação das

respetivas instruções de preenchimento, aprovadas pela Portaria n.º 415/2012, de 17 de dezembro.

Assim: Manda o Governo, pelo Secretário de Estado dos Assuntos Fis-

cais, nos termos do artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 442-A/88, de 30 de novembro, e do n.º 1 do artigo 144.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, o seguinte:

Artigo 1.º Objeto

1 - São aprovadas as instruções de preenchimento da de-claração Modelo 13 aprovada pela Portaria n.º 698/2002, de 25 de junho, constantes do anexo à presente portaria.

2 - A declaração a que se refere o número anterior deve ser utilizada pelas entidades referidas no artigo 124.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares.

Artigo 2.º Norma revogatória

É revogada a Portaria n.º 415/2012, de 17 de dezembro(1).

Artigo 3.º Entrada em vigor

A presente portaria entra em vigor no dia 1 de janeiro de 2014.

N.R. 1 - A Portaria nº 415/2012, de 17.12, foi publicada no Boletim do Contribuinte, 2013, pág. 63. 2 - Na página seguinte são publicadas as novas instruções de preenchimento da declaração mo-delo 13, reproduzindo-se em baixo o impresso da respetiva declaração aprovada pela Portaria nº 698/2002, de 25.6.

IR-008/2002

MINISTÉRIO DAS FINANÇASDIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS 13

MODELOVALORES MOBILIÁRIOS, WARRANTS AUTÓNOMOS E

INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

IDENTIFICAÇÃO DO TITULAR6

09

06 0 0 0 2

RELAÇÃO DAS OPERAÇÕES EFECTUADAS

NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃOFISCAL DO TITULAR PAÍS

07 08 NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCALDO REPRESENTANTE LEGAL

10 14 15CÓDIGO DO VALOR MOBILIÁRIONÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL DA

ENTIDADE EMITENTENÚMERO DE TÍTULOS / CONTRATOS VALOR DA OPERAÇÃO / RESULTADOS APURADOS NOS

INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

1

2

3

4

5

6 . . .

. . . . , . . . . , . . . . , . . . . , . . . . , . . . . ,

IDENTIFICAÇÃO DO TITULAR6

09

06

RELAÇÃO DAS OPERAÇÕES EFECTUADAS

NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃOFISCAL DO TITULAR PAÍS

07 08 NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCALDO REPRESENTANTE LEGAL

10 14 15CÓDIGO DO VALOR MOBILIÁRIONÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL DA

ENTIDADE EMITENTENATUREZA DAO P E R A Ç Ã O

VALOR DA OPERAÇÃO / RESULTADOS APURADOS NOSINSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

1

2

3

4

5

6 . . .

. . . . , . . . . , . . . . , . . . . , . . . . , . . . . ,

PRIMEIRA 1

TIPO DE DECLARAÇÃO

SUBSTITUIÇÃO 2

CÓDIGO DO SERVIÇO DE FINANÇASDA SEDE OU DOMICÍLIO FISCAL

05

4 5

04

3NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL DO

TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS

030201

1 2NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL DO

DECLARANTEDADOS DA DECLARAÇÃOANO

DECLARAÇÃO( Artigo 124.º do CIRS )

0 0 0 1

131211DESIGNAÇÃO NÚMERO DE TÍTULOS / CONTRATOS

NATUREZA DAO P E R A Ç Ã O

131211DESIGNAÇÃO DATA DA OPERAÇÃO

MÊS

MÊS DIA

DIA

DATA DA OPERAÇÃO

"Modelo só para consulta. Envio exclusivo pela INTERNET: www.e-financas.gov.pt"

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Boletim do Contribuinte 61JANEIRO 2014 - Nº 2

MODELO 13

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

OBSERVAÇÕES PRÉVIASEsta declaração é de entrega obrigatória pelas instituições de crédi-

to e sociedades financeiras que com a sua intervenção, tenham efetuado operações relativas a valores mobiliários e warrants autónomos, bem como operações relativas a instrumentos financeiros derivados, in-cluindo os produtos financeiros complexos, nos termos do artigo 124º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas singulares.

DECLARAÇÃOIndique:

QUADRO 1 – O número de identificação fiscal da entidade declarante.QUADRO 2 – O número de identificação fiscal do Técnico Oficial de

Contas da entidade declarante.QUADRO 3 – O ano a que se reporta a declaração.QUADRO 4 – O código do serviço de finanças a que pertence a área

da sede ou domicílio fiscal da entidade declarante.QUADRO 5 – O tipo de declaração, assinalando com um “X”, o campo

relativo à PRIMEIRA quando se tratar da primeira declaração do ano a que respeitam os factos, e o campo relativo à SUBSTITUIÇÃO quando se preten-de inserir, modificar ou suprimir parte da informação que consta da declaração ou declarações já entregues.

QUADRO 6 – IDENTIFICAÇÃO DO TITULAR / RELAÇÃO DAS OPERAÇÕES EFETUADAS

Deve ser identificado o titular das operações com valores mobiliários, contratos relativos a instrumen-tos financeiros derivados ou produtos financeiros complexos (indicar o número de ordem do titular no conjunto a comunicar):

Campo 06 – O número de identificação fiscal do titular dos rendimen-tos. Nos casos de contitularidade de rendimentos estes devem ser imputados a cada um dos titulares na proporção da respetiva quota.

Campo 07 – O código do país da residência do titular, segundo a norma ISO 3166 (International Organization for Standardization).

Campo 08 – O número de identificação fiscal do representante legal do titular, quando se trata de entidade não residente em território português e a sua nomeação seja obrigatória.

RELAÇÃO DAS OPERAÇÕES EFETUADASIndique as operações efetuadas por cada titular anteriormente

identificado:Campo 09 – Indique o número de identificação fiscal da entidade

emitente. No caso de valores mobiliários emitidos por entidades não residentes, indique o número de identificação fiscal da entidade declarante. No caso de contratos de instrumentos financeiros derivados ou pro-dutos financeiros complexos não negociados em bolsa de valores, indique o número de identificação fiscal da contraparte. No caso de instrumentos financeiros de-rivados ou produtos financeiros complexos negociados em bolsa de valores, indique o número de identificação fiscal da entidade gestora da bolsa.

Campo 10 – Indique o código do valor mobiliário segundo a codifi-cação ISIN (Número Internacional de Identificação de Valores Mobiliários). Se o valor mobiliário não tiver ISIN atribuído, deve ser utilizado um código composto por 12 carateres alfanuméricos de acordo com a seguinte sequência:- Dois carateres alfabéticos identificadores do país do

emitente do valor mobiliário, devendo para o efeito ser usada a norma internacional ISO 3166 (Alpha-2 code). Deverá ser utilizado o prefixo XS para situações em que os instrumentos financeiros são transacionados através do Clearstream ou do Euroclear;

- Seis carateres alfabéticos correspondentes às posições do código CFI (Classification of Financial Instruments) estipulado na norma ISO 10962. De acordo com o

definido nessa norma, quando ao valor mobiliário não for aplicável (ou for indefinida), alguma(s) das posições, deve ser aposto X na(s) mesma(s);

- As restantes 4 posições deverão ser preenchidas com 9999.

Campo 11 – Indique o código da designação/tipo do valor ou instru-mento:01 – Obrigações02 – Ações03 – Títulos de participação04 – Unidades de participação05 – Warrants autónomos06 – Certificados que atribuam direito a receber o valor

de ativo subjacente07 – Produtos financeiros complexos quando o risco de

perda de capital existe08 – Instrumentos financeiros derivados09 – Outros valores mobiliários

Com o código 06, devem ser discriminadas as operações relati-vas a certificados que se enquadram no disposto na al.g) do n.º1 do art.10º do CIRS.

Com o código 07, devem ser declarados os produtos financeiros complexos que não sejam de incluir nos outros códigos, integrando, nomeadamente, as operações com obrigações estruturadas, a comer-cialização combinada de contratos de depósito e outros instrumentos financeiros autónomos, os contratos de seguro ligados a outros instru-mentos financeiros, os ETF (Exchange Traded Funds), os contratos de seguro ligados a fundos de investimento (Unit Linked) e as operações de capitalização ligadas a fundos de investimento.

Com o código 08, devem ser declaradas todas as operações com instrumentos financeiros derivados onde se incluem, nomeadamente, os futuros, as opções, os forwards, os contratos diferenciais (CFD’s – contracts for difference), os derivados de crédito, as soluções de proteção de taxas de juro (caps, floors e collars) e os derivados atípicos, híbridos e sintéticos.Campo 12 – Indique a data da operação. No caso de se tratar de

valores mobiliários, a data da operação corresponde à data da liquidação sempre que haja lugar a liquidação.

No caso de se tratar de operações relativas a instru-mentos financeiros derivados ou produtos financeiros complexos, a data da operação corresponde à data em que o resultado foi apurado.

Campo 13 – Indique a natureza da operação:01 – Operações com contratos de futuros e opções so-

bre ações reais ou teóricas, ou índices sobre essas ações celebrados em bolsa de valores

02 – Operações com outros contratos de futuros e op-ções celebrados em bolsa de valores não referidos no código 01

03 – Operações com outros instrumentos financeiros derivados não mencionados nos códigos 01 e 02

04 – Aquisição de warrants autónomos05 – Alienação de warrants autónomos06 – Exercício de warrants autónomos07 – Aquisição/subscrição de outros valores mobiliários08 – Alienação/resgate/reembolso de outros valores

mobiliários (aplicável até 2011)10 – Alienação de outros valores mobiliários11 – Resgate/reembolso de outros valores mobiliários09 – Outras

Campo 14 – Indique o número de títulos registados na operação ou o número de contratos relativos a instrumentos finan-ceiros derivados ou produtos financeiros complexos a que se referem os resultados apurados na operação.

Campo 15 – Indique o valor correspondente a cada operação no caso de se tratar de valores mobiliários, ou os resultados positivos ou negativos apurados no caso de se tratar de instrumentos financeiros derivados ou produtos financeiros complexos. No caso de se tratar de uma operação com o código de natureza 09, o valor da operação será positivo quando se trate de uma entrada na conta do titular e será negativo quando se trate de uma saída na conta do titular.

ANEXO REFERIDO NO N.º 1 DO ARTIGO 1.º DA PORTARIA Nº 373/2013, DE 27.12

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Boletim do Contribuinte62JANEIRO 2014 - Nº 2

LEGISLAÇÃO

IRS e IRCOrçamento da Região Autónoma

da Madeira para 2014

Adaptação do sistema fi scal nacional

Decreto Legislativo Regional n.º 31-A/2013/M de 31 de dezembro de 2013 (extrato)

(in DR nº 253, I série, 2º Suplemento, de 31.12.2013)

O Orçamento da Região Autónoma da Madeira para 2014 cumpre com os diversos princípios e regras orçamentais estabelecidos na Lei de Enquadramento do Orçamento, nomeadamente as regras da anualidade, do equilíbrio, da não consignação, do orçamento bruto, da especifi cação, da unidade e da universalidade.

Este Orçamento constitui um instrumento de política económica e orçamental, que dá continuidade à implementação e execução de medidas necessárias ao processo de sustentabilidade e estabilização das fi nanças públicas e à salvaguarda dos compromissos fi nanceiros da Região Autónoma da Madeira.

Os resultados recentes das medidas implementadas, através da execução do Programa de Ajustamento, têm conduzido progressiva-mente as fi nanças públicas regionais à sua estabilização, condição essencial ao processo de reposição da sua capacidade de fi nancia-mento autónomo.

As previsões da receita e da despesa orçamental para o ano de 2014 tiveram em consideração as contingências decorrentes da necessidade de ajustamento das fi nanças públicas regionais em cum-primento do Programa de Assistência Financeira ao País e à Região Autónoma da Madeira.

Apesar da necessidade em assegurar o processo de consolidação orçamental e sustentabilidade das fi nanças públicas, em garantir a redução dos níveis de endividamento e recuperação da estabilidade fi nanceira, o Orçamento Regional tem subjacente a necessidade de assegurar disponibilidades orçamentais para a promoção do cresci-mento económico sustentável, a criação de emprego e a proteção social, vetores de fundamental importância na atual conjuntura.

Assim: A Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira

decreta, ao abrigo do disposto na alínea p) do n.º 1 do artigo 227.º da Constituição da República Portuguesa e na alínea c) do n.º 1 do artigo 36.º do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma da Madeira, aprovado pela Lei n.º 13/91, de 5 de junho, revisto e alterado pelas Leis n.os 130/99, de 21 de agosto, e 12/2000, de 21 de junho, o seguinte:

(…)CAPÍTULO V

Adaptação do sistema fi scal nacional às especifi cidades regionais

Artigo 17.º Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares

Mantêm-se em vigor na Região Autónoma da Madeira as taxas de imposto sobre o rendimento das pessoas singulares estabelecidas nos artigos 2.º e 2.º-A(1) do Decreto Legislativo

Regional n.º 3/2001/M, de 22 de fevereiro, com as alterações introduzidas pelos Decretos Legislativos Regionais n.os 34/2009/M, de 31 de dezembro e 2/2011/M, de 10 de janeiro, e artigo 15.º do Decreto Legislativo Regional n.º 42/2012/M (2), de 31 de dezembro.

Artigo 18.º Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas

O artigo 2.º do Decreto Legislativo Regional n.º 2/2001/M, de 20 de fevereiro, com as alterações introduzidas pelos Decretos Legislativos Regionais n.os 45/2008/M, de 31 de dezembro, 34/2009/M, de 31 de dezembro e 20/2011/M (3), de 26 de dezembro, passa a ter a seguinte redação:

«ARTIGO 2.º

1 - A taxa do imposto sobre o rendimento das pessoas co-letivas, prevista no n.º 1 do artigo 87.º do Código do IRC, para vigorar na Região Autónoma da Madeira, é de 23%.

2 - ........................................................................................ 3 - ........................................................................................ 4 - ...................................................................................... »

Artigo 19.º Derrama regional

Ao abrigo da alínea f) do n.º 1 do artigo 37.º do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma da Madeira, aprovado pela Lei n.º 13/91, de 5 de junho, revisto e alterado pelas Leis n.os 130/99, de 21 de agosto, e 12/2000, de 21 de junho, conjugado com o n.º 1 do artigo 56.º da Lei Orgânica n.º 1/2010, de 29 de março, e os artigos 87.º-A e 105.º-A do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-B/88, de 30 de novembro, com as adaptações previstas nos artigos 4.º, 5.º e 6.º do Decre-to Legislativo Regional n.º 14/2010/M, de 5 de agosto, pelo artigo 16.º do Decreto Legislativo Regional n.º 2/2011/M, de 10 de janeiro, e n.º 2 do artigo 15.º do Decreto Legislativo Regional n.º 5/2012/M, de 30 de março, e n.º 2 do artigo 17.º do Decreto Legislativo Regional n.º 42/2012/M (2), de 31 de dezembro, mantêm-se em vigor para a Região Autónoma da Madeira, a derrama regional.

Artigo 20.º Contribuição sobre o setor bancário

1 - É prorrogado o regime da contribuição sobre o setor bancário para a Região Autónoma da Madeira, aprovada ao abrigo da alínea f) do n.º 1 do artigo 37.º do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma da Madeira, aprovado pela Lei n.º 13/91, de 5 de junho, revisto e alterado pelas Leis n.os 130/99, de 21 de agosto, e 12/2000, de 21 de junho, conjugado com o n.º 1 do artigo 56.º da Lei Orgânica n.º 1/2010, de 29 de março, e ainda o artigo 141.º da Lei n.º 55-A/2010, de 31 de dezembro, alterado pelo artigo 182.º da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, e artigo 252.º da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, e o artigo 227.º (4) da Lei que aprova o Orçamento do Estado para 2014, com as adaptações previstas nos artigos 17.º a 24.º do Decreto Legis-lativo Regional n.º 2/2011/M (5), de 10 de janeiro e alteração prevista no artigo 16.º do Decreto Legislativo Regional n.º 5/2012/M (6), de 30 de março.

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Boletim do Contribuinte 63JANEIRO 2014 - Nº 2

LEGISLAÇÃO

2 - O artigo 20.º (7) do Decreto Legislativo Regional n.º 2/2011/M, de 10 de janeiro, passa a ter a seguinte redação:

«ARTIGO 20.º [...]

1 - A taxa aplicável à base de incidência defi nida pela alínea a) do artigo anterior varia entre 0,01% e 0,07% em função do valor apurado.

2 - A taxa aplicável à base de incidência defi nida pela alínea b) do artigo anterior varia entre 0,00010% e 0,00030% em função do valor apurado.»

(…)

Artigo 54.º Adoção do POCP na administração regional

1 - É obrigatória a adoção do Plano Ofi cial de Contabilidade Pública em todos os serviços do Governo Regional.

2 - Em 2014, todos os Serviços e Fundos Autónomos deverão utilizar sistemas informáticos de contabilidade devi-damente certifi cados e que correspondam às necessidades de integração na plataforma de integração central de informação contabilística deste subsetor.

Artigo 67.º Entrada em vigor

O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação, produzindo efeitos desde 1 de janeiro de 2014.

N.R. 1 – As taxas de IRS previstas nos arts. 2º e 2º-A do Dec. Legislativo Regional nº 3/2001/M, de 22.2 são as seguintes:

Art. 2º

Rendimento Coletavel (em euros)

Taxas (em percentagem)

Normal (A) Média (B)Até 7000 14,50 14,500De mais de 7 000 até 20 000 28,50 23,600De mais de 20 000 até 40 000 37,00 30,300De mais de 40 000 até 80 000 45,00 37,650Superior a 80 000 48,00 -

Artigo 2-Aº Ao quantitativo do rendimento coletável superior a 80 000

euros incidem as seguintes taxas adicionais de solidariedade:

Rendimento Coletavel (em euros)

Taxas (em percentagem)

De mais de 80 000 até 250 000 2,5Superior a 250 000 5

2 – O Dec. Legisl. Regional nº 42/2012/M, de 31.12, foi publicado no Bol. do Contribuinte, 2013, pág. 66. 3 – O Dec. Legisl. Regional nº 20/2011/M, de 26.12, foi transcrito no Bol. do Contribuinte, 2012, pág. 15. 4 – O art. 227º da Lei nº 83-C/2013, de 31.12 (Lei do OE para 2014) encontra-se transcrito no Bol. do Contribuinte, 2013, suplem. à 1ª quinz. de janeiro. 5 – O Dec. Legisl. Regional nº 2/2011/M, de 10.1, aprovou o Orçamento da Região Autónoma da Madeira para 2011. 6 – O Dec. Legisl. Regional nº 5/2012/M, de 30.3, que aprovou o Orçamento da Madeira para 2012, foi publicado no Bol. do Con-tribuinte, 2012, pág. 260. 7 – A redação anterior do art. 20º do Dec. Legisl. Regional nº 2/2011/M, de 10.1, era a seguinte:

Taxas - 1 - A taxa aplicável à base de incidência defi nida pela al. a) do artigo anterior varia entre 0,01 % e 0,05 % em função do valor apurado.

2 - A taxa aplicável à base de incidência defi nida pela al. b) do artigo anterior varia entre 0,000 10 % e 0,000 20 % em função do valor apurado.

Autor: António Lúcio Baptista Páginas: 224 P.V.P.: € 10.90

R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c4000-263 PORTO

“É de desejar que outros cientistas portugueses se inspirem neste exemplo e se empenhem em transformar os resultados da sua investigação em projetos tecnológicos e industriais capazes decontribuir para a riqueza do país e o bem-estar dos portugueses.”

Maria da Graça Carvalho (Deputada do Parlamento Europeu e Professora Catedrática da UTL)

Edição bilingue Português / Inglês

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Boletim do Contribuinte64

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALJANEIRO 2014 - Nº 2

O Tribunal Constitucional (TC) consi-derou que as normas do diploma aprovado na Assembleia da República, que estabele-ce o regime de convergência das pensões do Estado com o regime da Segurança Social, são inconstitucionais por violação do princípio da proteção da confi ança, consagrado no art. 2º da Constituição da República.

Aquele Tribunal entendeu, por unani-midade dos juízes, através do Acórdão nº 862/2013, de 19.12, que os preceitos em causa - que implicam, relativamente às pensões de aposentação, reforma, invalidez

e sobrevivência, de valor ilíquido mensal superior a 600 euros, uma redução em 10%, ou um recálculo das mesmas por substituição pela percentagem de 80% da remuneração inicialmente aplicada – violam aquele dispositivo da Constitui-ção, uma vez que os interesses públicos invocados (sustentabilidade do sistema da Caixa Geral de Aposentações, justiça in-tergeracional e convergência dos sistemas de proteção social) não são adequadamente prosseguidos pela medida, de modo a prevalecerem e a justifi carem o sacrifício dos direitos adquiridos e das legítimas ex-pectativas dos atuais pensionistas da CGA

CONVERGÊNCIA DAS PENSÕES DO ESTADO COM O SETOR PRIVADO

Tribunal Constitucional pronunciou-se pela inconstitucionalidade

na manutenção dos montantes das pensões.Segundo comunicado divulgado pelo

TC, “a pretendida igualação da taxa da formação da pensão – com a consequente redução e recálculo de pensões da CGA, não pode ser vista como uma medida es-trutural de convergência de pensões, nem tem qualquer efeito de reposição de justiça intergeracional ou de equidade dentro do sistema público de segurança social.

Representa antes uma medida avulsa de redução de despesa, através da afetação dos direitos constituídos dos pensionistas da CGA”.

Com esta medida o Governo previa poupar cerca de 388 milhões de euros.

A apreciação pelo Tribunal Constitu-cional do diploma aprovado pelo Parla-mento - Decreto da Assembleia da Repú-blica nº 187/XII, resultou de um pedido do Presidente da República de fi scalização preventiva da constitucionalidade.

A Portaria nº 378-H/2013, de 31.12, que regula as medidas “Contrato em-prego-inserção” e “Contrato emprego--inserção+”, foi recentemente alterada, permitindo a candidatura de entidades coletivas privadas do sector empresarial local (empresas municipais), e alargando o número de benefi ciários em situação precária, inscritos no Instituto do Em-prego e Formação Profi ssional (IEFP).

Com as novas alterações introduzidas pela Portaria nº 378-H/2013, de 31.12, pretende-se que, perante a ausência de outras oportunidades de inserção, es-pecialmente em algumas zonas do país em que a atividade empresarial tem uma expressão muito reduzida, seja facilitado o encaminhamento de pessoas nestas situações para trabalho socialmente necessário.

Considera-se trabalho socialmente necessário a realização, por desempre-gados inscritos no IEFP, de atividades

que satisfaçam necessidades sociais ou coletivas temporárias.

De entre os benefi ciários considera-dos prioritários no acesso às medidas, refi ra-se que a Portaria nº 378-H/2013, passou a abranger os desempregado com idade igual ou superior a 45 anos de idade, em vez de 55 anos.

Segundo deliberação do IEFP, o pe-ríodo de candidaturas para as Medidas Contrato Emprego Inserção e Contrato Emprego Inserção +, decorre entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2014, inclusive.

O Contrato Emprego-Inserção con-siste na realização, por desempregados subsidiados (benefi ciários de subsídio de desemprego ou de subsídio social de desemprego), de atividades socialmente úteis que satisfaçam necessidades sociais ou coletivas temporárias, no âmbito de projetos promovidos por entidades coletivas públicas ou privadas sem fi ns

INCENTIVOS AO EMPREGOAlterações às medidas “Contrato emprego-inserção”

e “Contrato emprego-inserção+”

lucrativos, durante um período máximo de 12 meses.

Têm prioridade no acesso à medida os desempregados subsidiados com prestações iguais ou inferiores ao valor do salário mínimo. São, ainda, considerados prioritários os desempregados subsidiados que se encontrem numa das seguintes condições:

- pessoa com defi ciências e incapa-cidades;

- desempregado de longa duração;- idade igual ou superior a 45 anos;- ex-recluso ou pessoa que cumpra

pena em regime aberto voltado para o exterior ou outra medida judicial não privativa de liberdade.

Constituem entidades promotoras as entidades coletivas, públicas ou privadas sem fi ns lucrativos, designadamente:

- serviços públicos que desenvolvam atividades relevantes para a satisfa-ção de necessidades sociais ou cole-tivas, autarquias locais e entidades de solidariedade social.

Por seu lado, o Contrato Emprego--Inserção+ destina-se a desempregados beneficiários do rendimento social de inserção (RSI), sendo prioritários os de-sempregados com as características acima referidas no caso do contrato emprego--inserção.

Page 33: A reforma do IRC - Vida Económica · que se refere o DL nº 20/90, de 13/01, nos casos previstos no regime transitório estabelecido no n.º 2 do art.º 130 da Lei 55-A/2010, de

Boletim do Contribuinte 65

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALJANEIRO 2014 - Nº 2

(Valores em euros)

AJUDAS DE CUSTO EM PORTUGAL 2014

– Membros do Governo 69,19 (2)

• com remunerações base superiores ao valor do nível remuneratório 18 (1) 50,20

• com remunerações base que se situem entre os valores dos níveis remuneratórios 18 e 9 (1) 43,39

• outros 39,83

AJUDAS DE CUSTO NO ESTRANGEIRO

– Membros do Governo 100,24

Trabalhadores que exercem funções públicas:

• com remunerações base superiores ao valor do nível remuneratório 18 (1) (1) 89,35

• com remunerações base que se situem entre os valores dos níveis remuneratórios 18 e 9 (1) 85,50

• outros 72,72

SUBSÍDIOS DE VIAGEM

- Transporte em automóvel próprio 0,36/km

- Transportes públicos 0,11/km

- Transporte em automóvel de aluguer:

• Um trabalhador 0,34/km

• Dois trabalhadores (cada um) 0,14/km

• Três ou mais trabalhadores (cada um) 0,11/km

SUBSÍDIO DE REFEIÇÃO

Subsídio de refeição 4,27

(Limites para efeitos de IRS: 4,27 euros ou 4,27 euros + 60% = 6,83 euros) (3)

(1) Aos níveis remuneratórios 18 e 9 correspondem os valores 1355,96 e 892, 53 euros.(2) Valor a considerar para efeitos de não tributação em sede de IRS, nos termos do art. 2º, nº 3, al. d), do Código do IRS.(3) Valor a considerar para efeitos de não tributação em sede de IRS, nos termos do art. 2º, nº 3, al. b), nº 2), do Código do IRS. De acordo com a alteração introduzida ao Código do IRS pela Lei nº 66-B/2012, de 31.12 (OE 2013), o subsídio de refeição passa a ser tributado em IRS na parte em que exceder o montante de subsídio atribuído aos trabalhadores da Administração Pública, se pago em dinheiro, ou na parte em que ultrapassar em 60% o mesmo montante, sempre que o respetivo subsídio seja atribuído através de vales de refeição.Tais limites servem igualmente de referência para efeitos de pagamento de contribuições à Segurança Social, conforme determina o Código Contributivo.

AJUDAS DE CUSTO, SUBSÍDIOS DE VIAGEM E DE REFEIÇÃO EM VIGOR

Os montantes de ajudas de custo e subsídios de transporte atualmente em vi-gor são os mesmos que resultaram da re-dução dos respetivos valores para 2011, efetuada pelo Dec-Lei nº 137/2010, de 28.12 (Boletim do Contribuinte, 2011, pág. 25), à Portaria nº 1553-D/2008, de 21.12 (Boletim do Contribuinte, 2009, pág. 52), que tinha estabelecido tais valores para 2009 e 2010.

Relativamente ao subsídio de refei-

ção, importa destacar que a Lei do OE para 2013 (Lei nº 66-B/2012, 31.12) alterou o Código do IRS no sentido de reduzir o limite para efeitos de tributação. Assim, quando pago em dinheiro o limite para efeitos de não sujeição a imposto é de A 4,27.

Refi ra-se, ainda, que os montantes de ajudas de custo no estrangeiro resultaram de uma redução efetuada pela já citada Lei do OE para 2013.

CESRedução nas pensões

de valor a partir de 1000 euros

O Governo aprovou uma proposta de lei (Orçamento Retifi cativo) que reformula a Contribuição Extraordinária de Solidarie-dade (CES), prevista na Lei nº 83-C/2013, de 31.12 - Orçamento do Estado para 2014, passando a aplicar uma redução de 3,5% nas pensões de montante a partir dos 1000 euros, em vez dos atuais 1350 euros. Por outro lado, alarga-se também o patamar de incidência das taxas marginais suple-mentares de 15% e 40% (os dois escalões mais elevados de pensão), para pensões acima de 11 vezes o valor do Indexante dos Apoios Sociais - IAS (4611 euros) e acima de 17 IAS (7126 euros), quando eram 12 IAS e 18 IAS.

Nos termos do art. 76º da atual redação da Lei do Orçamento do Estado, a Con-tribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) é aplicada às pensões, quer de natu-reza pública, privada ou cooperativa, nos seguintes termos:

• 3,5% sobre a totalidade das pensões de valor mensal entre 1350 e 1800 euros;

• 3,5% sobre o valor de 1 800 euros e 16 % sobre o remanescente das pen-sões de valor mensal entre 1800,01 e 3750 euros, perfazendo uma taxa global que varia entre 3,5% e 10%;

• 10 % sobre a totalidade das pensões de valor mensal superior a 3750 euros.

Quando as pensões tenham valor superior a 3750 euros, são aplicadas, em acumulação com os 10% sobre a totalida-de das pensões, as seguintes percentagens:

• 15 % sobre o montante que exceda 12 vezes o valor do IAS, mas que não ultrapasse 18 vezes aquele valor;

• 40 % sobre o montante que ultrapas-se 18 vezes o valor do IAS.

Na mesma reunião, o Executivo apre-sentou uma proposta de aumento de 1% dos descontos a efetuar pelos benefi ciários dos subsistemas ADSE, Assistência na Doença aos Militares (ADM) e da Divisão de Assistência na Doença (SAD), que será posteriormente objeto de apreciação pelos representantes sindicais e associativos dos benefi ciários.

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Boletim do Contribuinte66

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALJANEIRO 2014 - Nº 2

ESTÁGIOS EMPREGOMedida prolongada até 31 de dezembro de 2014

A Portaria nº 204-B/2013, de 18.6 (Bol. do Contrib., 2013, pág. 519), que criou a medida Estágios Emprego, foi alterada no sentido de prolongar a sua vigência até 31 de dezembro de 2014.

Segundo o Governo, tendo em con-sideração que o desemprego dos jovens se tem revelado um problema persistente, tornou-se necessário assegurar a manu-tenção de medidas que favoreçam a ati-vação e a inserção dos jovens no mercado de trabalho e evitem a sua entrada em longos ciclos de desemprego.

Nos termos das alterações introduzi-das pela Portaria nº 375/2013, de 27.12, até 31 de dezembro de 2014 e no caso de estágios que se enquadrem em ativi-dades ligadas à agricultura, são ainda destinatários da Medida os jovens entre os 31 e os 35 anos, inclusive, inscritos como desempregados no Instituto do Emprego e Formação Profi ssional (IEFP) e detentores de uma qualifi cação de nível 2, 3, 4, 5, 6, 7 ou 8 do Quadro Nacional de Qualifi cações (QNQ).

São equiparadas a desempregados as pessoas inscritas no IEFP como trabalha-dores com contrato de trabalho suspenso com fundamento no não pagamento pontual da retribuição.

Os destinatários que tenham frequen-tado um estágio profi ssional fi nanciado por fundos públicos só podem frequentar um novo estágio no âmbito da Portaria nº 204-B/2013 no caso de, após o início do anterior estágio, terem:

- obtido um novo nível de qualifi ca-ção nos termos do QNQ;

- obtida uma qualifi cação em área diferente e o novo estágio seja nessa área.

As regras referentes aos requisitos a preencher pelos destinatários da medida Estágios Emprego aplicam-se a todas as candidaturas que venham a ser decididas após 1 de janeiro de 2014, independente-mente da data da respetiva apresentação.

Com o objetivo de concretizar a har-monização e a agregação das medidas ati-vas de emprego e de formação profi ssional destinadas aos jovens desempregados, a medida Estágios Emprego, aprovada pela já citada Portaria nº 204-B/2013, de 18.6, sucedeu às medidas Passaporte Emprego, criadas pela Portaria nº 225-A/2012, de 31.7 (Bol. do Contrib., 2012, pág. 581), ao Programa de Estágios Profi ssionais, criado pela Portaria nº 92/2011, de 28.2 (Bol. do Contrib., 2012, pág. 276), e aos Estágios Património, criados pela Portaria nº 33/2013, de 29.1.

As pensões mínimas do regime geral de Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações (CGA), para o ano de 2014, foram atualizadas pela Portaria nº 378-B/2013, de 31.12.

Este diploma atualiza em 1% as pen-sões mínimas do regime geral de Segu-rança Social correspondentes a carreiras contributivas inferiores a 15 anos, as pen-sões de aposentação, reforma e invalidez e outras correspondentes a tempo de serviço até 18 anos do regime de proteção social convergente, as pensões do regime especial de Segurança Social das atividades agríco-las (RESSAA), as pensões do regime não

contributivo e regimes a estes equiparados, as pensões dos regimes transitórios dos trabalhadores agrícolas e o complemento por dependência.

Assim, aos pensionistas de invalidez e de velhice do regime geral com carrei-ra contributiva relevante para a taxa de formação da pensão inferior a 15 anos é garantido um valor mínimo de pensão de 259,36 euros.

O valor das pensões provisórias de invalidez que esteja a ser concedido a 1 de janeiro do ano corrente é fi xado em 199,53 euros.

O quantitativo mensal das pensões de

invalidez e de velhice do regime especial das atividades agrícolas é fi xado em 239,43 euros.

Por seu lado, o valor mensal das pen-sões de invalidez e de velhice do regime não contributivo encontra-se fi xado em 199,53 euros.

O montante mensal do complemento por dependência dos pensionistas de invalidez, de velhice e de sobrevivência do regime geral de Segurança Social é de 99,77 euros nas situações de 1º grau e de 179,58 nas situações de 2º grau.

No regime especial das atividades agrícolas, no regime não contributivo e regimes equiparados o quantitativo men-sal do complemento por dependência dos pensionistas de invalidez, de velhice e de sobrevivência foi fi xado em 89,79 euros nas situações de 1º grau e em 169,60 euros nas situações de 2º grau.

PENSÕES MÍNIMAS DA SEGURANÇA SOCIAL E CGA

Valores para 2014

ACIDENTES DE TRABALHOAtualização anual

das pensões

A Portaria nº 378-C/2013, de 31.12, procedeu à atualização anual das pensões de acidentes de trabalho para 2014 em 0,4%.

Encontra-se previsto um regime de atualização anual do valor das pensões de acidente de trabalho, que considera como referenciais de atualização o crescimento real do produto interno bruto (PIB) e a variação média do índice de preços no consumidor (IPC), sem habitação.

Deste modo, considerando que a mé-dia da taxa do crescimento médio anual do PIB dos últimos dois anos, apurado a partir das contas nacionais trimestrais do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativas ao 3º trimestre de 2013, é inferior a 2 %, e a variação média dos últimos 12 meses do IPC, sem habitação, disponível em 30 de novembro de 2013, foi de 0,4%, a atualização das pensões de acidente de trabalho para 2014 cor-responderá ao IPC, sem habitação.

Refi ra-se que a nova portaria produz efeitos desde 1 de janeiro de 2014, ten-do revogado a Portaria nº 338/2013, de 21.11 (Bol. do Contribuinte, 2013, pág. 825), que fi xou para 2013 uma atualiza-ção das pensões de 2,9%.

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Boletim do Contribuinte 67JANEIRO 2014 - Nº 2

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - JANEIRO/2014

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - 1ª QUINZENA (De 1 a 15 de janeiro de 2014)

Mergulho recreativoPort. n.º 6/2014, de 13.1 - Regulamenta as

experiências de mergulho recreativoONG das Pessoas com Deficiência

Port. n.º 7/2014, de 13.1 - Define as regras a que obedece o registo das Organizações Não Governamentais das Pessoas com DeficiênciaSaúde

Port. n.º 1/2014, de 2.1 - Atualiza o pro-grama de formação da área de especialização de Endocrinologia/NutriçãoSaúde e serviços médicos

Port. n.º 8/2014, de 14.1 - Primeira alteração à Port. n.º 615/2010, de 3 de agosto, que estabe-lece os requisitos mínimos relativos à organização e funcionamento, recursos humanos e instalações técnicas para o exercício da atividade das unidades privadas que tenham por objeto a prestação de serviços médicos e de enfermagem em obstetrícia e neonatologiaSegurança Rodoviária

Res. Con. Min. n.º 5/2014, de 13.1 - Aprecia positivamente a Revisão Intercalar 2013 - 2015 da Estratégia Nacional de Segurança RodoviáriaSeguros - Privatizações

Res. Con. Min. n.º 6/2014, de 13.1 - Sele-ciona a proposta vencedora para a aquisição de ações do capital social das sociedades Fidelidade - Companhia de Seguros, S.A., Multicare - Seguros de Saúde, S.A., e Cares - Companhia de Seguros, S.A., ou da sociedade ou sociedades que detenham, direta ou indiretamente, a totalidade ou parte

dos respetivos ativos, objeto de venda direta de referênciaServiço Nacional de Saúde

Res. Con. Min. n.º 2/2014, de 9.1 - Autoriza a realização da despesa relativa à prorrogação da execução do contrato de aquisição de bens e serviços para análise, conceção, desenvolvimento, implementação e operação do centro de conferên-cia de faturas do Serviço Nacional de SaúdeTrabalho e Segurança Social

DL n.º 1/2014, de 9.1 - Procede à transição para as carreiras gerais dos trabalhadores que exercem funções nos estabelecimentos fabris do Exército, extingue carreiras e categorias destes es-tabelecimentos e identifica as carreiras e categorias que subsistem por impossibilidade de transição dos trabalhadores para as carreiras gerais

DL n.º 2/2014, de 9.1 - Procede à quinta alte-ração ao DL n.º 290-A/2001, de 17 de novembro, que aprova o regime de exercício de funções e o estatuto do pessoal do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, modificando o regime de admissão ao estágio para provimento nas categorias de inspetor e inspetor-adjunto

DL n.º 3/2014, de 9.1 - Aprova o Estatuto do Corpo da Guarda Prisional

Port. n.º 8-A/2014, de 15.1 – (Supl.) - Re-gulamenta o programa de rescisões por mútuo acordo de técnicos superiores a realizar no âm-bito da administração direta e indireta do Estado, estabelecendo a sua duração, os requisitos e as condições específicas a aplicar e a tramitação do processo prévio ao acordo de cessação do con-

(Continuação da pág. 68)

1 - Transcrito neste número.2 - A publicar no próximo número.

trato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado

Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 862/2013, de 7.1 - Pronuncia-se pela inconstitu-cionalidade das alíneas a), b), c) e d) do n.º 1 do artigo 7.º do Decreto da Assembleia da República n.º 187/XII, que estabelece mecanismos de con-vergência de proteção social

Aviso n.º 6/2014, de 9.1 - Torna público que a República Portuguesa depositou, nos termos do artigo 22.º da Convenção n.º 184 da Organização Internacional do Trabalho sobre a Segurança e Saúde na Agricultura, o respetivo instrumento de ratifica-ção da Convenção, concluída em Genebra em 2001Transporte marítimo

DL n.º 7/2014, de 15.1 - Assegura a exe-cução na ordem jurídica interna das obrigações decorrentes do Regulamento (CE) n.º 261/2004, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de fevereiro, alterado pelo Regulamento (UE) n.º 1177/2010, do Parlamento Europeu e do Conse-lho, de 24 de novembro, relativo aos direitos dos passageiros dos serviços de transporte marítimo e por vias navegáveis interioresTribunal Penal Internacional

Aviso n.º 1/2014, de 2.1 - Torna público que a República da Costa do Marfim depositou o seu ins-trumento de ratificação nos termos do n.º 2 do artigo 126.º do Estatuto de Roma do Tribunal Penal Inter-nacional, adotado em Roma, em 17 de julho de 1998

REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO

Compilação de sumários do Boletim do Trabalho e Emprego, 1ª Série, nºs 47 e 48, de 2013 e 1 e 3, de 2014

Siglase

Abreviaturas

Feder. - FederaçãoAssoc. - AssociaçãoSind. - SindicatoInd. - IndústriaDist. - DistritoCT - Comissão Técnica

CCT - Contrato Coletivo de TrabalhoACT - Acordo Coletivo de TrabalhoPRT - Port. de Regulamentação de TrabalhoPE - Port. de ExtensãoAE - Acordo de Empresas

Águas e Resíduos Sólidos- Acordo de empresa entre a EMARP - Em-

presa Municipal de Águas e Resíduos de Porti-mão, EM, SA e o STAL – Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional - Revisão global

(BTE, nº 3, de 22.1.2014)Azeite

- ELAIA Lagar - Produção e Comercialização de Azeites, SA (Beja) - Autorização de laboração contínua

(BTE, nº 3, de 22.1.2014)- ELAIA Lagar - Produção e Comercialização

de Azeites, SA (Portalegre) - Autorização de

laboração contínua(BTE, nº 3, de 22.1.2014)

Operadores Portuários- Acordo coletivo entre a AVEIPORT - Socie-

dade Operadora Portuária de Aveiro, Lda e outras e o Sindicato 2013 dos Trabalhadores dos Terminais

Portuários de Aveiro – Alteração(Bol. do TE, nº 1, de 8.1.2014)

Ótica- Acordo de empresa entre a Carl Zeiss

Vision Portugal, S.A. e a FEVICCOM - Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâ-mica e Vidro - Alteração salarial e outras e texto consolidado.

(Bol. do TE nº 47, de 22.12.2013)Transportes Rodoviário

- Aviso sobre a data da cessação da vigência do Acordo de empresa entre a Rodoviária do Tejo, S.A. e a FESTRU - Federação dos Sindicatos dos Transportes Rodoviários e Urbanos e outros

(Bol. do TE nº 48, de 29.12.2013)

www.BoletimdoContribuinte.ptA informação fi scal na Internet.

Page 36: A reforma do IRC - Vida Económica · que se refere o DL nº 20/90, de 13/01, nos casos previstos no regime transitório estabelecido no n.º 2 do art.º 130 da Lei 55-A/2010, de

JANEIRO 2014 - Nº 2

Boletim do Contribuinte68

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - JANEIRO/2014

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - 1ª QUINZENA (De 1 a 15 de janeiro de 2014)

R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c - 4000-263 PortoTelf. 223 399 400 • Fax 222 058 098

www.boletimdocontribuinte.ptImpressão: Uniarte Gráfica, S.A.Nº de registo na DGCS 100 299

Depósito Legal nº 33 444/89

Boletim do ContribuinteEditor: João Carlos Peixoto de Sousa

Proprietário: Vida Económica - Editorial, S.A.

AçoresDec. Regul. Reg. n.º 1/2014/A, de 13.1 -

Revoga o Dec. Regul. Reg. n.º 4/2003/A, de 8 de fevereiro, que criou uma reserva integral de caça na ilha Terceira

Dec. Leg. Reg. n.º 1/2014/A, de 15.1 - Apro-va o Plano Anual Regional para 2014Administração Pública

Port. n.º 8-A/2014, de 15.1 – (Supl.) - Re-gulamenta o programa de rescisões por mútuo acordo de técnicos superiores a realizar no âmbito da administração direta e indireta do Estado, estabelecendo a sua duração, os requisitos e as condições específicas a aplicar e a tramitação do processo prévio ao acordo de cessação do con-trato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminadoAdministração Pública

DL n.º 1/2014, de 9.1 - Procede à transição para as carreiras gerais dos trabalhadores que exercem funções nos estabelecimentos fabris do Exército, extingue carreiras e categorias destes es-tabelecimentos e identifica as carreiras e categorias que subsistem por impossibilidade de transição dos trabalhadores para as carreiras gerais

DL n.º 2/2014, de 9.1 - Procede à quinta alte-ração ao DL n.º 290-A/2001, de 17 de novembro, que aprova o regime de exercício de funções e o estatuto do pessoal do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, modificando o regime de admissão ao estágio para provimento nas categorias de inspetor e inspetor-adjuntoAmbiente e cultura

Res. Con. Min. n.º 4/2014, de 10.1 - De-termina que a missão de proteger, conservar, valorizar divulgar e promover a «Paisagem Cultural Evolutiva e Viva do Alto Douro Vinhateiro» passa a ser prosseguida pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do NorteAmbiente - licenças de emissão de gases

Port. n.º 3-A/2014, de 7.1 – (Supl.) - Estabe-lece os procedimentos de repartição das receitas geradas pelos leilões de licenças de emissão de gases com efeito de estufa, incluindo o plano anual de utilização das receitas e o modo de articulação do Fundo Português de Carbono com outros or-ganismos na alocação e utilização dessas receitas, bem como os montantes a deduzir à tarifa de uso global do Sistema Elétrico NacionalAmbiente e ordenamento do território

Port. n.º 5/2014, de 9.1 - Aprova a alteração à delimitação da Reserva Ecológica Nacional do município de Alcácer do SalAnimais de companhia

Res. Assemb. Legisl. da RA dos Açores n.º 1/2014/A, de 13.1 - Recomenda ao Governo Regional que promova medidas que tornem conse-quente o normativo legal em vigor sobre a proteção dos animais de companhia e promoção do bem--estar animal, que, só por si, tem sido insuficiente para reduzir o número de animais de companhia errantes na Região Autónoma dos AçoresAssembleia da República

Res. Assemb. Rep. n.º 1-A/2014, de 13.1 – (Supl.) - Primeiro orçamento suplementar da Assembleia da República para 2014

Atividade funeráriaDL n.º 4/2014, de 14.1 - Prorroga o pra-

zo previsto no n.º 1 do artigo 25.º do DL n.º 109/2010, de 14 de outubro, que estabelece o re-gime jurídico de acesso e de exercício da atividade funerária, prorrogando o período de transição para a habilitação dos responsáveis técnicosCertificação de manuais escolares

DL n.º 5/2014, de 14.1 - Regula o regime de avaliação, certificação e adoção dos manuais escolares dos ensinos básico e secundário, previsto na Lei n.º 47/2006, de 28 de agostoComissão de Proteção de Crianças e Jovens

Port. n.º 4/2014, de 8.1 - Cria a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de BorbaConvenções sobre dupla tributação

Aviso n.º 9/2014, de 15.1 - Torna público terem sido cumpridas as formalidades constitu-cionais internas de aprovação do Protocolo que altera a Convenção entre a República Portuguesa e a República de Singapura para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, assinado em Singapura, em 28 de maio de 2012

Aviso n.º 11/2014, de 15.1 - Torna público que foram cumpridas as formalidades consti-tucionais internas de aprovação da Convenção entre a República Portuguesa e o Estado do Koweit para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, assinada em Lisboa, a 23 de fevereiro de 2010Direito dos Tratados – adesão de Timor-Leste

Aviso n.º 2/2014, de 3.1 - Torna público que a República Democrática de Timor-Leste aderiu à Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados, adotada em Viena, a 23 de maio de 1969Dívida Pública

Res. Con. Min. n.º 1/2014, de 6.1 - Autoriza a emissão de dívida pública, em execução do Or-çamento do Estado para 2014, aprovado pela Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro, e do Regime Geral da Emissão e Gestão da Dívida Pública, aprovado pela Lei n.º 7/98, de 3 de FevereiroEleições - Parlamento Europeu

Lei Orgânica n.º 1/2014, de 9.1 - Procede à quinta alteração à Lei n.º 14/87, de 29 de abril, que aprova a Lei Eleitoral para o Parlamento Europeu, transpondo a Diretiva n.º 2013/1/UE, do Conselho, de 20 de dezembro de 2012, que altera a Diretiva n.º 93/109/CE, do Conselho, de 6 de dezembro de 1993, no que se refere a alguns aspetos do sistema de elegibilidade nas eleições para o Parlamento Europeu dos cidadãos da União residentes num Estado membro de que não tenham a nacionalidade

Energia AtómicaAviso n.º 8/2014, de 10.1 - Torna público que

o Governo da República Portuguesa depositou, a 10 de outubro de 2013, a Carta de aceitação das Emendas ao artigo VI e ao parágrafo A. do artigo XIV do Estatuto da Agência Internacional de Ener-gia Atómica, aprovadas pela 43.ª sessão ordinária da Conferência Geral da Agência Internacional de Energia Atómica, que teve lugar em Viena, a 1 de outubro de 1999

Aviso n.º 10/2014, de 15.1 - Torna público que o Governo da República Portuguesa deposi-tou, a Carta de aceitação das Emendas ao artigo VI e ao parágrafo A. do artigo XIV do Estatuto da Agência Internacional de Energia Atómica, aprova-das pela 43.ª sessão ordinária da Conferência Geral da Agência Internacional de Energia Atómica, que teve lugar em Viena, a 1 de outubro de 1999Ensino

DL n.º 5/2014, de 14.1 - Regula o regime de avaliação, certificação e adoção dos manuais escolares dos ensinos básico e secundário, previsto na Lei n.º 47/2006, de 28 de Agosto

DL n.º 6/2014, de 14.1 - Procede à alteração do reconhecimento de interesse público e da denominação do Instituto Superior da Maia para Instituto Universitário da MaiaGuardas prisionais

DL n.º 3/2014, de 9.1 - Aprova o Estatuto do Corpo da Guarda PrisionalInconstitucionalidade

Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 862/2013, de 7.1 - Pronuncia-se pela inconstitu-cionalidade das alíneas a), b), c) e d) do n.º 1 do artigo 7.º do Decreto da Assembleia da República n.º 187/XII, que estabelece mecanismos de con-vergência de proteção socialIRS e IRC

Aviso n.º 9/2014, de 15.1 - Torna público terem sido cumpridas as formalidades constitu-cionais internas de aprovação do Protocolo que altera a Convenção entre a República Portuguesa e a República de Singapura para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, assinado em Singapura, em 28 de maio de 2012

Aviso n.º 11/2014, de 15.1 - Torna público que foram cumpridas as formalidades constitucio-nais internas de aprovação da Convenção entre a República Portuguesa e o Estado do Koweit para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, assinada em Lisboa, a 23 de fevereiro de 2010Madeira

Res. Assemb. Legisl. da RA da Madeira n.º 1/2014/M, de 8.1 - Aprova o Plano de In-vestimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração da Região Autónoma da Madeira para o ano de 2014

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