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A R B I TR A G E M A R B I TR A G E M Atualização Profissional destinada à Equipe do Centro de Imagens e Informações Geográficas do Exército Brasileiro Convite formulado pelo Oficial Samuel Tel/fax: (55) - (61) 3202-6103 / 3042-2703 Sítio: www.cadf.org.br E-mail: [email protected]

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Page 1: A R B I TR A G E M A R B I TR A G E M Atualização Profissional destinada à Equipe do Centro de Imagens e Informações Geográficas do Exército Brasileiro

A R B I TR A G E MA R B I TR A G E M

Atualização Profissional destinada à Equipe doCentro de Imagens e Informações Geográficas do Exército

Brasileiro

Convite formulado pelo Oficial Samuel

Tel/fax: (55) - (61) 3202-6103 / 3042-2703 Sítio: www.cadf.org.br E-mail: [email protected]

Page 2: A R B I TR A G E M A R B I TR A G E M Atualização Profissional destinada à Equipe do Centro de Imagens e Informações Geográficas do Exército Brasileiro

A resolução de conflitos pela via da ARBITRAGEM é, também,

EXERCÍCIO DA CIDADANIA

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As pessoas quando resolvem seus litígios, sem a tutela do Estado, promovem a Cidadania; geram

harmonia; que, resulta em amizade, economia de tempo e recursos

financeiros, para o Povo e para o País.

TODOS GANHAM

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Ferramentas básicas a disposição da Sociedade para

resolução de conflitos de forma amigável:

Consciência, Conciliação, Mediação e

ARBITRAGEM

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Consciência das Partes envolvidas; desde que haja um bom nível de informação e compreensão nas relações sociais haverá ambiente amigável

Conciliar:“Pôr em boa harmonia; pôr de acordo; congraçar; reconciliar. Aliar, unir; combinar. Atrair, granjear, captar; conseguir.”(Dic. Aurélio). Normalmente com a intercessão de Terceiros que sugere soluções.

.

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Mediar:

“mediação é a atividade técnica exercida por terceira pessoa que, escolhida ou aceita pelas partes interessadas, as escuta e as orienta com o propósito de lhes permitir que, de modo consensual, previnam ou solucionem conflitos.”

(transcrição do projeto de lei). A Terceira pessoa, não sugere solução; mas, incentiva as partes à construção da

mesma.

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Arbitrar:

Ato de Terceiro decidir conflito,

envolvendo patrimônio disponível,

entre pessoas capazes.

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Arbitrar

[Do lat. arbitrare.] 1. Julgar como árbitro.

2.Determinar, fixar (quantia) por arbítrio. 3.Decidir,

resolver.

4.Atribuir judicialmente; adjudicar.

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O processo de arbitramento é nato do ser humano. Existe

antes mesmo das leis e regulamentos oficiais.

Com a evolução da sociedade essa prática passou a ser

utilizada com mais freqüência, especialmente nas

grandes causas; muitas vezes envolve litígios entre

nações.

Page 10: A R B I TR A G E M A R B I TR A G E M Atualização Profissional destinada à Equipe do Centro de Imagens e Informações Geográficas do Exército Brasileiro

A título de exemplo, alguns casos antigos e notórios de

Arbitragens brasileiras:

Questão de Luz (cidade em MG)

Questão das Missões (Brasil x Argentina)

Questão do Amapá (Brasil x França)

Questões do Pirara (Brasil x Inglaterra)

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Primeira Base Legal, no Brasil independente:Constituição Política do Império do Brazil, 25/03/1824

TITULO 6ºDo Poder Judicial.

CAPITULO UNICO.Dos Juizes, e Tribunaes de Justiça.

Art. 151. O Poder Judicial independente, e será composto de Juizes, e Jurados, os quaes terão logar assim no Civel, como no Crime nos casos, e pelo modo, que os Codigos determinarem.

........................................................................................................Art. 160. Nas civeis, e nas penaes civilmente intentadas,

poderão as Partes nomear Juizes Arbitros. Suas Sentenças serão executadas sem recurso, se assim o

convencionarem as mesmas Partes.

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Vários procedimentos arbitrais foram realizados entre nações,

empresas e pessoas físicas.

No Brasil, diante do processo de desestatização de empresas,

onde grupos internacionais despertaram interesse na aquisição das

mesmas, foi necessário agilizar e desburocratizar os processos de

resolução de possíveis litígios contratuais, para tanto, pleitearam

junto ao Congresso Nacional, uma legislação mais moderna.

Assim, surgiu a

Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996

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LEI Nº 9.307, DE 23 DE SETEMBRO DE 1996

Dispõe sobre arbitragem.

PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis.

Art. 2º A arbitragem poderá ser de direito ou de equidade, a critério das partes.

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CAPÍTULO II

DA CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM E SEUS

EFEITOS

Art. 3º As partes interessadas podem submeter a

solução de seus litígios ao juízo arbitral mediante

convenção de arbitragem, assim entendida a

cláusula compromissória e o compromisso

arbitral.

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CAPÍTULO III - DOS ÁRBITROS

Art. 13 Pode ser árbitro qualquer pessoa capaz e que tenha a confiança das partes.

§ 1º As partes nomearão um ou mais árbitros, sempre em número ímpar, podendo nomear, também, os respectivos suplentes.

.............................................................................

.....§ 3º As partes poderão, de comum acordo, estabelecer o processo de escolha dos árbitros, ou adotar as regras de um órgão arbitral institucional ou entidade especializada. (grifamos e destacamos)

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CAPÍTULO III - DOS ÁRBITROS

Art. 17 Os árbitros, quando no exercício de suas funções ou em razão delas, ficam equiparados aos funcionários públicos, para os efeitos da legislação penal.

Art. 18 O árbitro é juiz de fato e de direito, e a sentença que proferir não fica sujeita a recurso ou a homologação pelo Poder Judiciário.

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CAPÍTULO V - DA SENTENÇA ARBITRALArt. 23 A sentença arbitral será proferida no prazo

estipulado pelas partes. Nada tendo sido convencionado, o prazo para a apresentação da

sentença é de seis meses, contado da instituição da arbitragem ou da substituição do árbitro.

Parágrafo único As partes e os árbitros, de comum acordo, poderão prorrogar o prazo estipulado.

Art. 31 A sentença arbitral produz entre as partes e seus sucessores, os mesmos efeitos da sentença

proferida pelos órgãos do Poder Judiciário e, sendo condenatória, constitui título executivo.

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Lei Complementar nº 123, de 14/12/2006 –Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte

Seção IIDa Conciliação Prévia, Mediação e Arbitragem 

Art. 75.  As microempresas e empresas de pequeno porte deverão ser estimuladas a utilizar os institutos de conciliação prévia, mediação e arbitragem para solução dos seus conflitos. 

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Lei Complementar nº 123, de 14/12/2006

Art. 75 . ..............................................................................

§ 1o  Serão  reconhecidos de pleno direito os acordos celebrados no âmbito das comissões de conciliação prévia. 

§ 2o  O estímulo a que se refere o caput deste artigo compreenderá campanhas de divulgação, serviços de esclarecimento e tratamento diferenciado, simplificado e favorecido no tocante aos custos administrativos e honorários cobrados. 

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Seção III

Das Parcerias

Art. 75-A. Para fazer face às demandas originárias do estímulo previsto nos arts. 74 e 75 desta Lei Complementar, entidades privadas, públicas, inclusive o Poder Judiciário, poderão firmar parcerias entre si, objetivando a instalação ou utilização de ambientes propícios para a realização dos procedimentos inerentes a busca da solução de conflitos. (Incluído pela Lei Complementar nº 128, de 2008)

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OBJETO DA ARBITRAGEM:PATRIMÔNIO DISPONÍVEL

PARTES: CAPACIDADE CIVIL

ÁRBITRO: CONFIANÇA DAS PARTES E CONHECIMENTO DA MATÉRIA

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PROCESSO/FUNCIONAMENTO:

Compromisso arbitral;Escolha do(s) Árbitro(s);

Tipo de Arbitragem;Sentença Arbitral irrecorrível

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Entidades de Apoio Institucional

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas – SEBRAE

Confederação das Associações Comerciais e Empresarias do Brasil – CACB

Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID

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Entidades Referenciais/Normativas

Conselho Nacional das Instituições de Mediação e Arbitragem – CONIMA

Comitê Brasileiro de Arbitragem – CBAr

Programa Brasileiro de Fortalecimento da Mediação e da Arbitragem Empresarial – convênio CACB/BID/Sebrae

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BONS MOTIVOS PARA USAR A ARBITRAGEM:

- Celeridade;- Custo benefício;

- Sigilo;- Simplicidade;

- Relação amigável;- privilégio em escolher o juiz;- geração de emprego e renda.

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Levantamento sobre arbitragem no Brasil(*):

Ano em valores (R$) procedimentos

2005 247.633.598,82 21 2006 739.224.536,30 24 2007 594.275.708,92 30 2008 867.052.581,42 77 2009 2.473.062.894,95 134

total 4.921.249.320,41 286

* Prof. Selma Lemes, GVLaw FGV (dados extraídos de 5 câmaras, sendo 3 em SP, 1 do RJ e 1 de MG)

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Referência local de entidade arbitral:

CÂMARA ARBITRAL DO DISTRITO FEDERAL - CADF

O MALHETE CONCILIADOR

QI 17, lotes 21/25, Ed. Mult Center, sala 103 – Taguatinga Norte - DFTelefones: 3046-2703, 3046-2803, 9968-2285

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Entidades Parceiras da CADF:

- Grande Loja Maçônica do Distrito Federal – GLMDF- Organização .. OEEA/CMA/- ONG Voluntários da Saúde- Secretaria de Assuntos Estratégicos do GDF- Instituto de Fiscalização e Controle – IFC - Conselho Regional de Contabilidade - CRC

QI 17, lotes 21/25, Ed. Mult Center, sala 103 – Taguatinga Norte - DFTelefones: 3046-2703, 3046-2803, 9968-2285

Page 29: A R B I TR A G E M A R B I TR A G E M Atualização Profissional destinada à Equipe do Centro de Imagens e Informações Geográficas do Exército Brasileiro

Apesar da Lei 9.307 estar vigendo desde 1996; bem como a Lei Complementar nº 123 desde 2006, a grande maioria dos profissionais liberais e dos

empresários desconhecem suas eficácias e benefícios.

Assim, cabe especialmente aos bem informados e novos profissionais, divulgarem para a população em geral, os novos métodos de solução de conflitos pela

via amigável.

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O exercício da ARBITRAGEM, além de representar conquista da dignidade pessoal, gera emprego e

renda.

Você pode divulgarVocê pode atuar como Árbitro

Você pode recomendar para alguémVocê pode indicar uma demanda à CADF

VAMOS CRIAR CULTURA NOVA; MOSTRAR O PODER DAS PESSOAS EM SUAS DECISÕES

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Obrigado pela atenção; aguardamos contatos de Vocês.

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resumo dos casos concretos citados

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A título de exemplo, alguns casos notórios de

Mediação e Arbitragens:

Questão de Luz - por volta de 1780, na região de Bambuí-MG, existia,

duas fazendas, pertencentes às famílias "Camargos" e "Cocais".

Não havia demarcação definida da divisa dessas fazendas. Um amigo comum

agiu como árbitro/mediador para resolver a demanda, sugeriu aos dois

fazendeiros que saíssem, a cavalo, de suas respectivas casas, na mesma hora, em

direção a casa do outro, onde se encontrassem seria a divisa das terras.

Concordaram e assim foi feito.

Uma das esposas havia feito uma promessa de construir uma capela na divisa,

em agradecimento a Nossa Senhora da Luz e, assim foi feito.

Com o tempo, formou-se ali uma vila e posteriormente uma cidade, que foi

emancipada em 1930 com o nome de Luz, localizada na BR 262, no sentido

Araxá/Belo Horizonte.

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A Questão de Palmas, também denominada como Questão

das Missões,

foi um contencioso em relações internacionais , envolvendo os

governos da Argentina e do Brasil, entre 1890 e 1895.

A Argentina reivindicava a região oeste dos atuais Estados do

Paraná e de Santa Catarina, as chancelarias de ambos os

países haviam acordado que o litígio seria solucionado por

Arbitramento.

Assim, a questão foi submetida ao arbitramento do presidente

estadunidense Grover Cleveland, cujo laudo foi inteiramente

favorável ao Brasil. A cidade de Clevelândia , no estado do

Paraná, localizada na área do litígio, teve o nome dado em

homenagem ao presidente americano.

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Questão de Amapá

A França reinvidicava para si parte do território no Amapá, ao

sul do Rio Oiapoque.

As desavenças começaram em 1897, quando franceses passaram

a fazer incurssões freqüentes no território brasileiro. A questão

foi submetida ao arbitramento internacional, a cargo do

Presidente da Suíça, Walter Hauser, que deu ganho de causa

integral ao Brasil, em 1900.

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Questão do Pirara - Parte IA chamada Questão do Pirara constituiu-se num contencioso do Brasil com a Grã-Bretanha pela posse da região do Pirara .Ao enviar para a então Guiana Inglesa, em 1835, o explorador alemão Robert Hermann Schomburgk, patrocinado pela Royal Geographical Society, sob o pretexto de fazer explorações da

riqueza zoobotânica da região, a inglaterra fomentou uma disputa fronteiriça com o Brasil, em um território a leste de

onde hoje está o atual Estado de Roraima, uma região de 33.200 km².

Mais tarde, sob o argumento britânico de o território do Pirara ser ocupado por tribos independentes que reclamavam a proteção inglesa, o Brasil reconheceu provisoriamente a

neutralidade da área em litígio e dali retirou seus funcionários e o destacamento militar, com a condição de que as tribos

continuassem independentes.

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Pirara - Parte II Contudo, em 1842, uma expedição militar liderada por Schomburgk colocou marcos fronteiriços, demarcando a

fronteira sem a anuência do governo brasileiro. A questão se prolongou até 1904 , quando, por fim, o Brasil

aceitou o laudo arbitral do rei Vitor Emanuel III da Itália , que deu ganho de causa à Inglaterra, perdendo o Brasil 19.630 km² de seu território (o rei italiano concedeu de volta ao Brasil os

outros 13.570 km²) e, conseqüentemente, os afluentes da bacia do Essequibo. Com a conquista, a Inglaterra obteve acesso às

águas do Rio Amazonas pelos rios Ireng e Tacutu.

Obs.: fato semelhante hoje parece que se avizinha com a questão da demarcação da reserva Raposa Serra do Sol.

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Fim ou Começo...