ocampo, m. l. s.; arzeno, m. e. g. o processo psicodiagnóstico_archive

7
" Capítulo I O processo psicodiagnóstico Caracterização. Objetivos. Momentos do Processo. Enquadramento. María L. S. de Ocampo e Maria E. García Arzeno

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ARZENO, M. E. G. O Processo psicodiagnóstico. Cap I

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Page 1: OCAMPO, M. L. S.; ARZENO, M. E. G. O Processo Psicodiagnóstico_archive

"

Ca

pít

ulo

I

O p

rocess

o p

sico

dia

gn

óst

ico

Ca

racte

riza

çã

o.

Ob

jeti

vo

s. M

om

en

tos

do

Pro

cess

o.

En

qu

ad

ram

en

to.

Mar

ía L

. S.

de

Oca

mpo e

Mar

ia E

. G

arcí

a A

rzen

o

Page 2: OCAMPO, M. L. S.; ARZENO, M. E. G. O Processo Psicodiagnóstico_archive

A

co

ncep

ção

do

p

rocess

o p

sico

dia

gn

óst

ico

, ta

l co

mo

o

po

stu

lam

os

nest

a o

bra

, é

rela

tiv

am

en

te n

ova.

Tra

dic

ion

alm

en

te e

ra c

on

sid

era

do

“a

part

ir d

e fo

ra”

, co

mo

um

a s

itu

ação

em

qu

e o

psi

log

o a

pli

ca u

m t

est

e e

m a

lgu

ém

,

e era

nest

es

term

os

qu

e s

e f

azia

o e

ncam

inh

am

en

to.

Em

alg

un

s

caso

s esp

ecif

icav

a-s

e,

inclu

siv

e,

qu

e t

est

e,

ou

test

es,

se

dev

e-

ria a

pli

car.

A i

nd

icação

era

fo

rmu

lad

a e

ntã

o c

om

o “

fazer

um

Ro

rsch

ach

” o

u “

ap

licar

um

desi

dera

tiv

o”

em

alg

uém

.

De o

utr

o p

on

to d

e v

ista

, “a

part

ir d

e d

en

tro

”,

o p

sicó

log

o

trad

icio

nalm

en

te

sen

tia

sua ta

refa

co

mo

o

cu

mp

rim

en

to

de

um

a s

oli

cit

ação

co

m a

s cara

cte

ríst

icas

de

um

a d

em

an

da a

ser

sati

sfeit

a s

eg

uin

do

os

pass

os

e u

tili

zan

do

os

inst

rum

en

tos

ind

i-

cad

os

po

r o

utr

os

(psi

qu

iatr

a,

psi

can

ali

sta,

ped

iatr

a,

neu

rolo

-

gis

ta,

etc

.).

O o

bje

tiv

o f

un

dam

en

tal

de

seu

co

nta

to c

om

o p

a-

cie

nte

era

, en

tão

, a

inv

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igação

do q

ue e

ste f

az d

ian

te d

os

est

í-

mu

los

ap

rese

nta

do

s. D

est

e m

od

o,

o p

sicó

log

o a

tuav

a c

om

o a

l-

gu

ém

qu

e a

pre

nd

eu

, o m

elh

or

qu

e p

ôd

e,

a ap

licar

um

test

e,

O

pacie

nte

, p

or

seu

la

do

, re

pre

sen

tav

a alg

uém

cu

ja p

rese

nça é

imp

resc

ind

ível;

alg

uém

de

qu

em

se

esp

era

qu

e c

ola

bo

re d

ocil

-

men

te,

mas

qu

e s

ó i

nte

ress

a c

om

o o

bje

to p

arc

ial,

ist

o é

, co

mo

“aq

uele

qu

e d

eve f

azer

o R

ors

ch

ach

ou

o T

este

das

Du

as

Pes-

soas”

. T

ud

o

qu

e se

d

esv

iass

e d

est

e p

rop

ósi

to o

u in

terf

eri

sse

Page 3: OCAMPO, M. L. S.; ARZENO, M. E. G. O Processo Psicodiagnóstico_archive

60

pro

cess

o p

sico

dia

gn

óst

ico

e a

s té

cnic

as

pro

jeti

vas

em

se

u s

ucess

o era

co

nsi

dera

do

co

mo

u

ma p

ert

urb

ação

q

ue

afe

ta e

co

mp

lica o

tra

balh

o.

Term

inad

a a

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licação

d

o ú

ltim

o t

est

e,

em

gera

l, d

esp

e-

dia

-se o

pacie

nte

e e

nv

iav

a-s

e a

o r

em

ete

nte

um

in

form

e e

lab

o-

rad

o c

om

en

foq

ue a

tom

izad

o,

isto

é,

test

e p

or

test

e,

e co

m u

ma

am

pla

gam

a d

e d

eta

lhes,

a p

on

to d

e in

clu

ir,

em

alg

un

s caso

s,

o p

roto

co

lo d

e re

gis

tro

do

s te

stes

ap

licad

os,

sem

lev

ar

em

co

nta

qu

e o

pro

fiss

ion

al

rem

ete

nte

não

tin

ha c

on

hecim

en

tos

esp

ecí-

fico

s su

ficie

nte

s p

ara

ex

trair

alg

um

a i

nfo

rmação

úti

l d

e t

od

o

est

e m

ate

rial.

Est

e t

ipo

de

info

rme p

sico

lóg

ico

fu

ncio

na c

om

o

um

a p

rest

ação

de

co

nta

s d

o p

sicó

log

o a

o o

utr

o p

rofi

ssio

nal,

qu

e é

sen

tid

o c

om

o u

m s

up

ere

go

ex

igen

te e

in

qu

isid

or.

Atr

ás

dess

e d

ese

jo d

e m

ost

rar

deta

lhad

am

en

te o

qu

e a

co

nte

ceu

en

tre

seu

pacie

nte

e e

le,

esc

on

de-s

e u

ma g

ran

de i

nse

gu

ran

ça,

fru

to

de s

ua f

rág

il i

den

tid

ad

e p

rofi

ssio

nal.

Su

rge,

en

tão

, u

ma n

eces-

sid

ad

e i

mp

eri

osa

de ju

stif

icar-

se e

pro

var

(e p

rov

ar

para

si)

qu

e

pro

ced

eu

co

rreta

men

te,

deta

lhan

do

ex

cess

ivam

en

te o

qu

e a

co

n-

teceu

, p

or

med

o d

e n

ão

mo

stra

r n

ad

a q

ue s

eja

ess

en

cia

l e

cli

-

nic

am

en

te ú

til.

Ess

es

info

rmes

psi

co

lóg

ico

s sã

o,

à lu

z d

e n

os-

sos

con

hec

imen

tos

atu

ais,

um

a f

ria e

nu

mera

ção

de

dad

os,

tra

ço

s,

fórm

ula

s,

etc

.,

freq

üen

tem

en

te n

ão

in

teg

rad

os

nu

ma

Gest

alt

qu

e a

pre

en

da o

ess

en

cia

l d

a p

ers

on

ali

dad

e d

o p

acie

nte

e p

er-

mit

a e

vid

en

ciá

-lo

.

O p

sicó

log

o t

rab

alh

ou

du

ran

te m

uit

o t

em

po

co

m u

m m

o-

delo

sim

ilar

ao d

o m

éd

ico

clí

nic

o q

ue,

para

pro

ced

er

co

m e

fi-

ciê

ncia

e o

bje

tiv

idad

e,

tom

a a

maio

r d

istâ

ncia

po

ssív

el

em

re

-

lação

a s

eu p

acie

nte

a f

im d

e est

ab

ele

cer

um

vín

cu

lo a

feti

vo

qu

e n

ão

lh

e i

mp

eça d

e t

rab

alh

ar

co

m a

tra

nq

üil

idad

e e

a o

bje

-

tiv

idad

e n

ecess

ári

as.

Em

no

ssa o

pin

ião

, o p

sicó

log

o f

req

üen

tem

en

te a

gia

ass

im

— e

ain

da a

ge -

po

r care

cer

de u

ma i

den

tid

ad

e s

óli

da q

ue l

he

perm

ita s

ab

er

qu

em

é e

qu

al

é se

u v

erd

ad

eir

o t

rab

alh

o d

en

tro

das

ocu

paçõ

es

lig

ad

as

à sa

úd

e m

en

tal.

Po

r is

so t

om

ou

em

pre

s-

tad

o,

pas

siv

am

ente

, o m

od

elo

de

trab

alh

o d

o m

éd

ico

clí

nic

o (

pe-

dia

tra,

neu

rolo

gis

ta,

etc.

) q

ue l

he d

ava

um

pse

ud

o-a

lív

io s

ob

do

is

asp

ecto

s. P

or

um

lad

o,

tom

ou

em

pre

stad

a u

ma p

seu

do

-id

en

ti-

dad

e,

neg

an

do

as

dif

ere

nças

e n

ão

pen

san

do

para

não

dis

tin

-

gu

ir e

fic

ar,

de

no

vo

, d

esp

rote

gid

o.

O p

reço

dest

e a

lív

io,

além

da i

mp

osi

ção

ex

tern

a,

foi

a su

bm

issã

o i

nte

rio

r q

ue o

em

po

bre

-

cia

so

b to

do

s o

s p

on

tos

de

vis

ta,

ain

da q

ue lh

e ev

itass

e u

m

qu

est

ion

am

en

to so

bre

q

uem

era

e c

om

o d

ev

eri

a t

rab

alh

ar.

A

não

-in

dag

ação

de

tud

o o

qu

e s

e re

feri

a a

o s

iste

ma c

om

un

ica-

cio

nal

din

âm

ico

au

men

tav

a a

dis

tân

cia

en

tre o

psi

log

o e

o

pacie

nte

e d

imin

uía

a p

oss

ibil

idad

e d

e v

iven

cia

r a

an

stia

qu

e

tal

rela

ção

p

od

e

desp

ert

ar.

A

ssim

, u

tili

zav

am

-se

os

test

es

co

mo

se

eles

co

nst

itu

ísse

m e

m s

i m

esm

os

o o

bje

tiv

o d

o p

sico

-

dia

gn

óst

ico

e c

om

o u

m e

scu

do

en

tre o

pro

fiss

ion

al

e o

pacie

n-

te,

para

ev

itar

pen

sam

en

tos

e se

nti

men

tos

qu

e m

ob

iliz

ass

em

afe

tos

(pen

a,

reje

ição

, co

mp

aix

ão

, m

ed

o,

etc.

).

Mas

nem

to

do

s o

s p

sicó

log

os

ag

iram

de

aco

rdo

co

m e

sta

desc

rição

. M

uit

os

ex

peri

men

tara

m o

dese

jo d

e u

ma a

pro

xim

a-

ção

au

tên

tica c

om

o p

acie

nte

. P

ara

-lo

em

prá

tica,

tiv

era

m

de

ab

an

do

nar

o

mo

delo

m

éd

ico

en

fren

tan

do

po

r u

m la

do

a

desp

rote

ção

e,

po

r o

utr

o,

a so

bre

carg

a a

feti

va p

elo

s d

ep

ósi

tos*

de

qu

e e

ram

ob

jeto

, se

m e

stare

m p

rep

ara

do

s p

ara

iss

o.

Po

dia

aco

nte

cer

en

tão

qu

e a

tuass

em

de

aco

rdo

co

m o

s p

ap

éis

in

du

-

zid

os

pelo

pacie

nte

: q

ue s

e d

eix

ass

em

in

vad

ir,

sed

uzi

r, q

ue o

sup

erp

rote

gess

em

, o a

ban

do

nass

em

, et

c. O

resu

ltad

o e

ra u

ma

co

ntr

a-i

den

tifi

cação

pro

jeti

va c

om

o p

acie

nte

, in

co

nv

en

ien

te

po

rqu

e in

terf

eri

a em

se

u tr

ab

alh

o.

Dev

em

os

lev

ar

em

co

nta

qu

e é

esc

ass

a a

co

nfi

an

ça q

ue p

od

em

os

ter

em

um

dia

gn

óst

i-

co

em

qu

e t

en

ha o

pera

do

est

e m

ecan

ism

o,

sem

po

ssib

ilid

ad

es

de

co

rreção

po

steri

or.

Dev

ido

à d

ifu

são

cre

scen

te d

a p

sican

á-

lise

no

âm

bit

o u

niv

ers

itári

o e

su

a a

do

ção

co

mo

marc

o d

e re

fe-

rên

cia

, o

s p

sicó

log

os

op

tara

m p

or

aceit

á-l

a c

om

o m

od

elo

de

trab

alh

o,

dia

nte

da n

ecess

idad

e d

e a

ch

ar

um

a i

mag

em

de i

den

-

tifi

cação

qu

e l

hes

perm

itis

se c

resc

er

e se

fo

rtale

cer.

Est

a a

qu

i-

«

O p

roce

sso

psi

co

dia

gn

óst

ico_

__

__

__

__

__

__

__

__

__

__

__

__

__

__

__

* D

ep

osi

tar

será

usa

do

no

sen

tid

o d

e co

loca

r n

o o

utr

o e

dei

xar

. (N

. do E

.)

Page 4: OCAMPO, M. L. S.; ARZENO, M. E. G. O Processo Psicodiagnóstico_archive

sição

sig

nif

ico

u u

m p

rog

ress

o d

e v

alo

r in

est

imáv

el,

mas

pro

-

vo

co

u,

ao

mesm

o t

em

po

, u

ma n

ov

a c

rise

de i

den

tid

ad

e n

o p

si-

log

o.

Ten

tou

tra

nsf

eri

r a

din

âm

ica d

o p

rocess

o p

sican

alí

tico

para

o p

rocess

o p

sico

dia

gn

óst

ico

, se

m l

ev

ar

em

co

nta

as

ca-

racte

ríst

icas

esp

ecíf

icas

dest

e.

Isto

tro

ux

e,

para

lela

men

te,

um

a

dis

torç

ão

e

um

em

po

bre

cim

en

to d

e cará

ter

dif

ere

nte

d

os

da

lin

ha a

nte

rio

r. E

nri

qu

eceu

-se a

co

mp

reen

são

din

âm

ica d

o c

aso

mas

fora

m d

esv

alo

rizad

os

os

inst

rum

en

tos

qu

e n

ão

era

m u

tili

-

zad

os

pelo

psi

can

ali

sta.

A t

écn

ica d

e en

trev

ista

liv

re f

oi

sup

er-

valo

rizad

a e

nq

uan

to e

ra r

ele

gad

o a

um

seg

un

do

pla

no

o v

alo

r

do

s te

stes,

em

bo

ra f

oss

e p

ara

iss

o q

ue e

le e

stiv

ess

e m

ais

pre

-

para

do

. S

ua a

titu

de e

m r

ela

ção

ao

pacie

nte

est

av

a c

on

dic

ion

a-

da

po

r su

a v

ers

ão

d

o m

od

elo

an

alí

tico

e

seu

en

qu

ad

ram

en

to

esp

ecíf

ico

: p

erm

itir

a s

eu

pacie

nte

dese

nv

olv

er

o t

ipo

de c

on

-

du

ta q

ue su

rge esp

on

tan

eam

en

te em

cad

a se

ssão

, in

terp

reta

r

co

m b

ase

nest

e m

ate

rial

co

nta

nd

o c

om

um

tem

po

pro

lon

gad

o

para

co

nse

gu

ir s

eu

ob

jeti

vo

, p

od

en

do

e d

ev

en

do

ser

co

nti

nen

-

te d

e cert

as

co

nd

uta

s d

o p

acie

nte

, ta

is c

om

o r

ecu

sa d

e f

ala

r o

u

bri

ncar

(caso

tr

ab

alh

ass

e

co

m cri

an

ças)

, si

lên

cio

s p

rolo

ng

a-

do

s, f

alt

as

rep

eti

das'

atr

aso

s, e

tc.

Se o

psi

log

o d

ev

e f

azer

um

psi

co

dia

gn

óst

ico

, o e

nq

ua-

dra

men

to n

ão

po

de s

cr

ess

e:

ele

dis

e d

e u

m t

em

po

lim

itad

o;

a d

ura

ção

ex

cess

iva d

o p

rocess

o t

orn

a-s

e p

reju

dic

ial;

se n

ão

se

co

locam

lim

ites

às r

eje

içõ

es,

b

loq

ueio

s e

atr

aso

s,

o t

rab

alh

o

fracass

a,

e est

e d

ev

e s

er

pro

teg

ido

po

r to

do

s o

s m

eio

s. E

m r

e-

lação

à t

écn

ica d

e en

trev

ista

liv

re o

u t

ota

lmen

te a

bert

a,

se a

do

-

tam

os

o m

od

elo

do

psi

can

ali

sta (

qu

e n

em

to

do

s ad

ota

m),

de-

vem

os

deix

ar

qu

e o

pacie

nte

fale

o q

ue q

uis

er

e q

uan

do

qu

iser

,

isto

é,

resp

eit

are

mo

s se

u t

imin

g.

Mas

co

m i

sto

cair

em

os

nu

ma

co

nfu

são

: n

ão

dis

po

mo

s d

e t

em

po

ili

mit

ad

o.

Em

no

sso

co

ntr

a-

to c

om

o p

acie

nte

fala

mo

s d

e “

alg

um

as

en

trev

ista

s” e

às

vezes

até

se

esp

ecif

ica m

ais

ain

da,

esc

lare

cen

do

qu

e s

e tr

ata

de

três

ou

qu

atr

o.

Po

rtan

to,

aceit

ar

silê

ncio

s m

uit

o p

rolo

ng

ad

os,

lacu

-

nas

tota

is e

m t

em

as

fun

dam

en

tais

, in

sist

ên

cia

em

um

mesm

o

tem

a,

etc.

, “p

orq

ue é

o q

ue o

pacie

nte

deu

”, é

fu

ncio

nar

co

m u

ma

_£__________

___

O p

roce

sso

psi

cod

iag

stic

o e

as

técn

icas

pro

jeti

vas

O p

rocess

o p

sico

dia

gnó

stic

o9

iden

tid

ad

e a

lheia

(a

do

tera

peu

ta)

e ro

mp

er

o p

róp

rio

en

qu

a-

dra

men

to.

Dare

mo

s u

m e

xem

plo

: se

o p

acie

nte

ch

ega m

uit

o

atr

asa

do

à

sua s

ess

ão

, o t

era

peu

ta i

nte

rpre

tará

em

fu

nção

do

mate

rial

co

m q

ue c

on

ta,

e ess

e a

traso

po

de c

on

stit

uir

para

ele

um

a c

on

du

ta sa

ud

áv

el

em

cert

o m

om

en

to d

a t

era

pia

, co

mo

,

po

r ex

em

plo

, n

o c

aso

de

ser

o p

rim

eir

o s

inal

de

tran

sferê

ncia

neg

ati

va

em

u

m p

acie

nte

m

uit

o

pre

dis

po

sto

a id

eali

zar

seu

vín

cu

lo c

om

ele

. N

o c

aso

do

psi

log

o q

ue d

eve

reali

zar

um

dia

gn

óst

ico

, ess

es

po

uco

s m

inu

tos

qu

e re

stam

não

lh

e se

rvem

para

nad

a,

já q

ue,

no

máx

imo

, p

od

erá

ap

licar

alg

um

test

e g

rá-

fico

mas

sem

gara

nti

a d

e q

ue p

oss

a s

er

co

nclu

ído

no

mo

men

to

pre

cis

o.

Po

de o

co

rrer

en

tão

q

ue p

rolo

ng

ue a

en

trev

ista

, ro

m-

pen

do

seu

en

qu

ad

ram

en

to,

ou i

nte

rro

mp

a o

test

e; t

ud

o i

sto

per-

turb

a o

pacie

nte

e a

nu

la s

eu t

rab

alh

o,

já q

ue u

m t

est

e n

ão

co

n-

clu

ído

não

tem

vali

dad

e.

Ess

e m

esm

o a

traso

sig

nif

ica,

ness

e

seg

un

do

caso

, u

m a

taq

ue m

ais

séri

o a

o v

íncu

lo c

om

o p

rofi

s-

sio

nal

po

rqu

e a

taca d

ireta

men

te o

en

qu

ad

ram

en

to p

rev

iam

en

-

te e

stab

ele

cid

o.

Não

rest

a a

men

or

vid

a d

e q

ue a

teo

ria e

a t

écn

ica p

si-

can

alí

ticas

dera

m ao

p

sicó

log

o u

m m

arc

o

de

refe

rên

cia

im

-

pre

scin

dív

el

qu

e o

aju

do

u a

en

ten

der

co

rreta

men

te o

qu

e a

co

n-

tecia

em

seu

co

nta

to co

m o

pacie

nte

. M

as,

ass

im co

mo

um

a

vez t

ev

e d

e se

reb

ela

r co

ntr

a s

ua p

róp

ria t

en

dên

cia

a s

er

um

ap

licad

or

de t

est

es,

su

bm

eti

do

a u

m m

od

elo

de

trab

alh

o f

rio

,

desu

man

izad

o,

ato

miz

ad

o

e su

perd

eta

lhis

ta,

tam

bém

ch

eg

ou

um

mo

men

to (

e d

iría

mo

s q

ue e

stam

os

viv

en

do

est

e m

om

en

to)

em

qu

e.t

ev

e d

e d

efi

nir

su

as

sem

elh

an

ças

e d

ifere

nças

em

rela

-

ção

ao

tera

peu

ta p

sican

alí

tico

. T

od

o e

ste p

rocess

o s

e d

eu

, en

tre

ou

tras

razõ

es,

pelo

fato

de s

er

um

a p

rofi

ssão

no

va,

pela

fo

rma-

ção

receb

ida (

pró

ou

an

tip

sican

alí

tica)

e fa

tore

s p

ess

oais

. D

o

no

sso

po

nto

de v

ista

, at

é a

in

clu

são

da

teo

ria e

da

técn

ica p

si-

can

alí

ticas,

a t

are

fa p

sico

dia

gn

óst

ica c

are

cia

de

um

marc

o d

e

refe

rên

cia

qu

e l

he

dess

e c

on

sist

ên

cia

e u

tili

dad

e c

lín

ica,

esp

e-

cia

lmen

te q

uan

do

o d

iag

stic

o e

o p

rog

stic

o e

ram

reali

za-

do

s em

fu

nção

de

um

a p

oss

ível

tera

pia

. A

ap

rox

imação

en

tre

Page 5: OCAMPO, M. L. S.; ARZENO, M. E. G. O Processo Psicodiagnóstico_archive

O p

rocess

o p

sico

dia

gn

óst

ico

e a

s té

cnic

as

pro

jeti

vas

a ta

refa

psi

co

dia

gn

óst

ica e

a t

eo

ria e

a t

écn

ica p

sican

alí

ticas

rea-

lizo

u-s

e p

or

um

esf

orç

o m

útu

o.

Se

o p

sicó

log

o t

rab

alh

a c

om

seu

pró

pri

o m

arc

o d

e r

efe

rên

cia

, o p

sican

ali

sta d

ep

osi

ta m

ais

co

nfi

an

ça e

esp

era

nças

na c

orr

eção

e n

a u

tili

dad

e d

a i

nfo

rma-

ção

qu

e r

eceb

e d

ele

. O

psi

can

ali

sta s

e ab

riu

mais

à i

nfo

rmação

pro

po

rcio

nad

a p

elo

psi

log

o,

e es

te,

po

r se

u l

ado

, ao

sen

tir-

se

mais

bem

rece

bid

o,

red

ob

rou

seu

s es

forç

os

para

^ia

r al

go

cad

a

vez m

elh

or.

Até

há p

ou

co

tem

po

, o f

ato

de

o i

nfo

rme p

sico

lóg

i-

co i

nclu

ir a

en

um

era

ção

do

s m

ecan

ism

os

defe

nsi

vo

s u

tili

zad

os

pelo

pacie

nte

co

nst

itu

ía u

ma i

nfo

rmação

im

po

rtan

te.

No

est

ad

o

atu

al

das

cois

as,

co

nsi

dera

mo

s q

ue d

izer

qu

e o p

acie

nte

uti

liza a

dis

socia

ção

, a

iden

tifi

cação

pro

jeti

va e

a i

deali

zação

é d

ar

um

a

info

rmação

até

cert

o p

on

to ú

til

mas

insu

ficie

nte

. P

oss

ivel

men

te,

tod

o s

er

hu

man

o a

pela

para

to

das

as d

efe

sas

co

nh

ecid

as

de

aco

r-

do

co

m a

sit

uaç

ão

in

tern

a q

ue d

eve

enfr

enta

r. P

or

isso

, p

en

sam

os

quet

o m

ais

úti

l é

desc

rev

er a

s si

tuaçõ

es

qu

e p

õem

em

jo

go

ess

as

defe

sas,

a s

ua

inte

nsi

dad

e e

as

pro

bab

ilid

ad

es

de

qu

e s

eja

m e

fi-

caz

es.

C

on

sid

era

mo

s qu

e o t

era

peu

ta e

xtr

air

á u

ma i

nfo

rmação

mais

úti

l de

um

in

form

e d

ess

a n

atu

reza.

O p

sicó

log

o t

ev

e d

e p

erc

orr

er

as m

esm

as

eta

pas

qu

e u

m

ind

ivíd

uo

perc

orr

e e

m se

u c

resc

imen

to.

Bu

sco

u f

igu

ras

bo

as

para

se

iden

tifi

car,

ad

eriu

in

gên

ua e

do

gm

ati

cam

en

te a

cer

ta i

deo

-

log

ia e

id

en

tifi

co

u-s

e in

tro

jeti

vam

en

te co

m o

utr

os

pro

fiss

io-

nais

qu

e f

un

cio

nara

m c

om

o i

mag

en

s p

are

nta

is,

até

qu

e p

ôd

e

qu

est

ion

ar-

se,

às v

ezes

co

m c

rueld

ad

e e

xcess

iva (

co

mo

ad

o-

lesc

en

tes

em

cri

se),

so

bre

a p

oss

ibil

idad

e d

e n

ão

ser

co

mo

ele

s.

Pen

sam

os

qu

e o

psi

log

o e

ntr

ou

nu

m p

erí

od

o d

e m

atu

rid

ad

e

ao

perc

eb

er

qu

e u

tili

zav

a u

ma “

pse

ud

o”

iden

tid

ad

e q

ue,

foss

e

qu

al

foss

e,

dis

torc

ia s

ua i

den

tid

ad

e r

eal.

Para

perc

eb

er

est

a ú

lti-

ma,

tev

e d

e to

mar

um

a c

ert

a d

istâ

ncia

, p

en

sar

cri

ticam

en

te n

o

qu

e e

ra d

ad

o c

om

o i

nq

uest

ion

áv

el,

av

ali

ar

o q

ue e

ra p

osi

tiv

o e

dig

no

de s

er

inco

rpo

rad

o e

o q

ue e

ra n

eg

ati

vo

ou

co

mp

leta

men

-

te a

lheio

à s

ua a

tiv

idad

e,

ao

qu

e t

ev

e d

e r

en

un

cia

r. C

on

seg

uiu

ass

im u

ma m

aio

r au

ton

om

ia d

e p

en

sam

en

to e

prá

tica,

co

m a

qu

al

não

só s

e d

isti

ng

uir

á e

fo

rtale

cerá

su

a i

den

tid

ad

e p

róp

ria,

O p

rocess

o p

sico

dia

gnóst

ico.

11

co

mo

ta

mb

ém

p

od

erá

p

en

sar

mais

e

melh

or

em

si

m

esm

o,

co

ntr

ibu

ind

o p

ara

o e

nri

qu

ecim

en

to d

a t

eo

ria e

da

prá

tica p

si-

co

lóg

ica i

nere

nte

a s

eu

cam

po

de

açã

o.

Ca

racte

riza

çã

o d

o p

roc

ess

o p

sico

dia

gn

óst

ico

Inst

itu

cio

nalm

en

te,

o p

rocess

o p

sico

dia

gn

óst

ico

co

nfi

gu

-

ra u

ma s

itu

ação

co

m p

ap

éis

bem

defi

nid

os

e co

m u

m c

on

trato

no

qu

al

um

a p

ess

oa (

o p

acie

nte

) p

ed

e q

ue a

aju

dem

, e

ou

tra (

o

psi

log

o)

aceit

a o

ped

ido

e s

e co

mp

rom

ete

a s

ati

sfazê-l

o n

a

med

ida d

e su

as p

oss

ibil

idad

es.

E u

ma s

itu

ação

bip

ess

oal

(psi

-

log

o-p

acie

nte

ou

psi

log

o-g

rup

o f

am

ilia

r),

de

du

ração

lim

i-

tad

a,

cu

jo o

bje

tiv

o é

co

nse

gu

ir u

ma d

esc

rição

e c

om

pre

en

são

,

o

mais

pro

fun

da e

co

mp

leta

po

ssív

el,

da p

ers

on

ali

dad

e t

ota

l d

o

pacie

nte

ou

do

gru

po

fam

ilia

r. E

nfa

tiza t

am

bém

a i

nv

est

igação

de a

lgu

m a

specto

em

part

icu

lar,

seg

un

do

a s

into

mato

log

ia e

as

cara

cte

ríst

icas

da i

nd

icação

(se

ho

uv

er)

. A

bra

ng

e o

s asp

ecto

s

pass

ad

os,

pre

sen

tes

(dia

gn

óst

ico

) e

futu

ros

(pro

gn

óst

ico

) d

est

a

pers

on

ali

dad

e,

uti

lizan

do

para

alc

an

çar

tais

ob

jeti

vo

s cert

as

téc-

V n

icas

(en

trev

ista

se

mid

irig

ida,

técn

icas

pro

jeti

vas,

en

trev

ista

\d

e d

ev

olu

ção

).

Ob

jeti

vo

s

Em

n

oss

a

cara

cte

rização

d

o

pro

cess

o

psi

co

dia

gn

óst

ico

ad

ian

tam

os

alg

o a

resp

eit

o

de

seu

o

bje

tiv

o.

Veja

mo

-lo

m

ais

deta

lhad

am

en

te.

Diz

em

os

qu

e n

oss

a i

nv

est

igação

psi

co

lóg

ica

dev

e co

nse

gu

ir u

ma d

esc

rição

e c

om

pre

en

são

da p

ers

on

ali

dad

e

dõ~

pãc

ien

te.

Men

cio

nar

seu

s ele

men

tos

co

nst

itu

tiv

os

não

sati

s-

faz n

oss

as

ex

igên

cia

s. A

lém

dis

so,

é m

iste

r ex

pli

car

a d

inâm

i-

ca d

o^cas

o t

al co

mo

ap

are

ce n

o m

ate

rial,

reco

lhid

o,

inte

gra

n-

do

-o n

um

qu

ad

ro g

lob

al.

Um

a v

ez a

lcan

çad

o u

m p

an

ora

ma p

re-

cis

o e

co

mp

leto

do c

aso

, in

clu

ind

o o

s asp

ecto

s p

ato

lóg

ico

s e

Page 6: OCAMPO, M. L. S.; ARZENO, M. E. G. O Processo Psicodiagnóstico_archive

os

ad

ap

tati

vo

s,

trata

rem

os

de

form

ula

r re

co

men

daçõ

es

tera

-

pêu

ticas

ad

eq

uad

as.

(tera

pia

bre

ve e

pro

lon

gad

a,I

nH

ivíd

üãl^

de

casa

l, d

e g

rup

o o

u d

e g

rup

o f

am

ilia

r; c

om

qu

e f

req

üên

cia

; se

é re

co

men

dáv

el

um

tera

peu

ta h

om

em

ou

mu

lher;

se

a t

era

pia

po

de s

er

an

alí

tica o

u d

e o

rien

tação

an

alí

tica o

u o

utr

o t

ipo

de

tera

pia

; se

o c

aso

necess

ita d

e u

m t

rata

men

to m

ed

icam

en

toso

p

ara

lelo

, etc

.).

Mo

me

nto

s d

o p

ro

ce

sso

psic

od

iag

sti

co

/W

S

eg

un

do

no

sso

en

foq

ue,

reco

nh

ecem

os

no

pro

cess

o p

si-

vf

(co

dia

gn

óst

ico

os

seg

uin

tesj

jasso

s:

1?)

Pri

meir

o c

on

tato

e e

ntr

ev

ista

in

icia

l co

m o

pacie

nte

.

2?)

Ap

licação

de

test

es

e té

cn

icas

pro

jeti

vas.

3?)

En

cerr

am

en

to d

o p

rocess

o:

dev

olu

ção

ora

l ao

pacie

n-

te (

e/o

u a

seu

s p

ais

).

4o)

In

form

e e

scri

to p

ara

o r

em

ete

nte

.

No

mo

men

to d

e ab

ert

ura

est

ab

ele

cem

os

o p

rim

eir

o c

on

-

tato

co

m o

pacie

nte

, q

ue p

od

e s

er

dir

eto

(p

ess

oalm

en

te o

u p

or

tele

fon

e)

ou

po

r in

term

éd

io d

e o

utr

a p

ess

oa.

Tam

bém

in

clu

í-

mo

s aq

ui

a p

rim

eir

a e

ntr

ev

ista

ou

en

trev

ista

in

icia

l, à

qu

al

no

s

refe

rire

mo

s d

eta

lhad

am

en

te n

o c

ap

ítu

lo I

I. O

seg

un

do

mo

men

-

to c

on

sist

e n

a a

pli

cação

da b

ate

ria p

rev

iam

en

te s

ele

cio

nad

a e

ord

en

ad

a d

e a

co

rdo

co

m o

caso

. T

am

bém

in

clu

ímo

s aq

ui

o t

em

-

po

qu

e o

psi

log

o d

eve d

ed

icar

ao e

stu

do

do

mate

rial

reco

lhi-

do.

O t

erc

eir

o e

o q

uart

o m

om

en

tos

são

in

teg

rad

os

resp

ecti

va-

men

te p

ela

en

trev

ista

de

dev

olu

ção

de

info

rmação

ao

pacie

nte

(e/o

u a

os

pais

) e

pela

red

ação

do i

nfo

rme p

ert

inen

te p

ara

o p

ro-

fiss

ion

al

qu

e o

en

cam

inh

ou

. E

stes

pass

os

po

ssib

ilit

am

in

for-

mar

o p

acie

nte

acerc

a d

o q

ue p

en

sam

os

qu

e s

e p

ass

a c

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ele

e o

rien

tá-l

o

co

m re

lação

à

ati

tud

e m

ais

re

co

men

dáv

el

a se

r

tom

ad

a

em

se

u

cas

o.

Faz-s

e

o

mesm

o

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re

lação

a

qu

em

en

vio

u o

caso

para

psi

co

dia

gn

óst

ico

. A

fo

rma e

o c

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teú

do

do

info

rme d

ep

en

dem

de

qu

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o s

oli

cit

ou

e d

o q

ue p

ed

iu q

ue

foss

e

inv

est

igad

o m

ais

esp

ecif

icam

en

te.

12_____________

O p

rocess

o p

sico

dic

ignóst

ico

e a

s té

cn

ica

s p

roje

tiva

s

En

qu

ad

ram

en

to

Já n

os

refe

rim

os

à n

ecess

idad

e d

e u

tili

zar

um

en

qu

ad

ra-

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to a

o l

on

go

do p

rocess

o p

sico

dia

gn

óst

ico

. D

efi

nir

em

os

ag

o-

ra o

qu

e en

ten

dem

os

po

r en

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adra

mento

e e

scla

rece

rem

os

alg

un

s

po

nto

s a

resp

eit

o d

isto

.

Uti

lizar

um

en

qu

ad

ram

en

to

sig

nif

ica,

para

n

ós,

m

an

ter

\ co

nst

an

tes

cert

as

vari

áv

eis

qu

e i

nte

rvêm

no

pro

cess

o,

a sa

ber:

— E

scla

recim

en

to d

os

pap

éis

resp

ecti

vo

s (n

atu

reza e

lim

i-

te d

a f

un

ção

qu

e c

ad

a p

art

e i

nte

gra

nte

do

co

ntr

ato

de-

sem

pen

ha).

— L

ug

are

s o

nd

e s

e re

ali

zarã

o a

s en

trev

ista

s.

/ —

Ho

rári

o e

d

ura

ção

do p

rocess

o (e

m t

erm

os

ap

rox

ima-

/ d

os,

ten

do

o cu

idad

o d

e n

ão

est

ab

ele

cer

um

a d

ura

ção

C n

em

mu

ito

cu

rta n

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ito

lo

ng

a).

\ —

Ho

no

rári

os

(caso

se

trate

de

um

a c

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sult

a p

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icu

lar

ou

\ de

um

a i

nst

itu

ição

pag

a).

N

ão

se

po

de d

efi

nir

o e

nq

uad

ram

en

to c

om

maio

r p

recis

ão

po

rqu

e s

eu c

on

teú

do

e s

eu

mo

do

de

form

ula

ção

dep

en

dem

, em

mu

ito

s asp

ecto

s, d

as

cara

cte

ríst

icas

do p

acie

nte

e d

os

pais

.

\ P

or

isso

reco

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dam

os

esc

lare

cer

desd

e o

co

meço

os

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-

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tos

imp

resc

ind

íveis

do

en

qu

ad

ram

en

to,

deix

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do

o

s re

s-

I ta

nte

s p

ara

o f

inal

da p

rim

eir

a e

ntr

ev

ista

. P

erc

eb

er

qu

al

o e

n-

C

qu

ad

ram

en

to a

deq

uad

o p

ara

o c

aso

e p

od

er

man

tê-l

o d

e i

me-

dia

to é

um

ele

men

to t

ão

im

po

rtan

te q

uan

to d

ifíc

il d

e ap

ren

der

na t

are

fa p

sico

dia

gn

óst

ica.

O q

ue n

os

pare

ce m

ais

reco

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dá-

vel

é u

ma a

tiU

ide

perm

eáv

el

e ab

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a (

tan

to p

ara

co

m a

s n

eces-

sid

ad

es

do

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nte

co

mo

para

co

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s p

róp

rias)

para

não e

sta-

bele

cer

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nd

içõ

es

qu

e l

og

o s

e to

rnem

in

sust

en

táv

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(fa

lta d

e

lim

ites

ou

lim

ites

mu

ito

ríg

ido

s, p

rolo

ng

am

en

to d

o p

rocess

o,

deli

neam

en

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nfu

so de

sua t

are

fa,

etc

.) e

qu

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reju

diq

uem

esp

ecia

lmen

te o p

acie

nte

. A

pla

stic

idad

e ap

are

ce co

mo

u

ma

co

nd

ição

vali

osa

para

o p

sicó

log

o q

uan

do

est

e a

uti

liza p

ara

se

O p

rocess

o p

sico

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gn

óst

ico_____________________________

situ

ar

acert

ad

am

en

te d

ian

te d

o c

aso

e m

an

ter

o e

nq

uad

ram

en-

Page 7: OCAMPO, M. L. S.; ARZENO, M. E. G. O Processo Psicodiagnóstico_archive

to a

pro

pri

ad

o.

Tam

bém

o é

qu

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do

sab

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iscri

min

ar

en

tre u

ma

necess

idad

e re

al

de

mo

dif

icar

o en

qu

ad

ram

en

to p

refi

xad

o e

um

a r

up

tura

de

en

qu

ad

ram

en

to p

or

atu

ação

do

psi

log

o i

nd

u-

zid

a p

elo

pacie

nte

ou

po

r se

us

pais

. A

co

ntr

a-i

den

tifi

cação

pro

-

jeti

va c

om

alg

um

del

es (

pacie

nte

ou

pai

) p

od

e i

nd

uzir

a t

ais

err

os.

14_____________

O p

roce

sso

psi

co

dia

gnó

stic

o e

as

técn

icas

pro

jeti

vas

Ca

pít

ulo

II

A e

ntr

evis

ta i

nic

ial

Mar

ia L

. S.

de

Oca

mpo e

Mar

ia E

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arci

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o