ISSN 2176-1396

A PRÁTICA DO PEDAGOGO NO CENTRO DE MÍDIAS DE

EDUCAÇÃO DO AMAZONAS: POR ENTRE DESAFIOS E

POSSIBILIDADES

Sirley Marques da Silva1 (ULHT)

Grupo de Trabalho - Didática: Teorias, Metodologias e Práticas

Agência Financiadora: não contou com financiamento

Resumo

Por muitos anos vem-se discutindo sobre a evolução da era digital. A globalização surge

justamente para ampliarmos nesta era e de avançarmos tecnologicamente. Com este avanço

não se pode deixar de lado a área educacional e, principalmente de um dos profissionais

ligados a mesma: o Pedagogo, onde a realidade pós-moderna exige de imediato, por mais que

não se alcance um resultado concreto investigativo, um profissional especialista totalmente

diversificado, conhecedor das novas tecnologias, dinâmico e claro, tolerante e atento às

questões decorrentes às diversidades culturais que caracterizam nossa sociedade. Nesse

sentido optou-se por desenvolver e explanar neste estudo especificamente sobre esse

profissional, que realiza atividades um tanto quanto distintas, que é o Assessor Pedagógico do

Centro de Mídias do Amazonas, departamento que desenvolve o programa intitulado “Ensino

Presencial Mediado por Tecnologia”, o qual atende as seguintes séries escolares: Ensino

Fundamental, Ensino Médio e a Educação de Jovens e Adultos (EJA). A atuação deste

profissional é totalmente inovadora, voltada para o uso das ferramentas tecnológicas, bastante

necessária no acompanhamento pedagógico dos professores ministrantes do referido Centro.

Que tem como objetivo analisar como ocorre a prática do pedagogo no Centro de Mídias de

Educação do Amazonas e os resultados alcançados por este profissional com a interface ao

processo educativo mediado por tecnologia. O estudo caracteriza-se como uma pesquisa

descritivo-exploratória, com abordagem qualitativa com coleta de dados através de

questionários e roteiros de entrevistas. Atualmente a pesquisa segue apenas com aspectos de

pesquisa bibliográfica, as observações de pesquisa de campo ocorrerão em outro momento.

Palavras-chave: Educação Mediada. Uso das Tics. Era Digital.

Abstract

For many years it comes to discussing the evolution of the digital age. Globalization rightly

arises to broaden this era and advance technologically. With this advance can not ignore the

1 Pedagoga e Especialista em Metodologia do Ensino Superior pela Universidade Federal do Amazonas

(UFAM).

Mestranda em Ciências da Educação pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT).

E-mail: sirley@seduc.info

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educational area and mainly one of the professionals involved the same: Educator, where the

postmodern reality demands immediately, however that does not reach an investigative

concrete result, a professional expert fully diverse, knowledgeable new technologies, dynamic

and clear, tolerant and attentive to issues arising to cultural diversities that characterize our

society. In this sense it was decided to develop and explain this study specifically on this

professional who conducts activities somewhat different, which is the Pedagogical Advisor to

the Amazon Media Center, department that develops the program entitled "Face Teaching

Mediated by Technology" which covers the following grade levels: elementary school, high

school and the Youth and Adult Education (EJA). The performance of this professional is

totally innovative, focused on the use of technological tools, much needed in pedagogic

supervision of teachers ministering to that center. Which aims to analyze how does the

practice of teacher education in the Amazon Media Center and the results achieved by this

professional interface with the educational process mediated by technology. The study is

characterized as a descriptive and exploratory research with a qualitative approach with data

collection through questionnaires and interview scripts. Currently the research follows only

with aspects of literature, field research observations will occur at another time.

Keywords: Mediated Education. Use of Tics. Digital Age.

Introdução

O século XXI trouxe para a sociedade grandes mudanças e transformações, as quais

refletiram tanto no âmbito político, cultural e principalmente da ciência e na tecnologia.

Atualmente, a educação se mostra de forma bastante diferenciada, saindo de seus

métodos tradicionais e iniciando o uso de métodos mais avançados com a implantação do uso

de novas tecnologias. Pensemos que a transmissão de conhecimento não deve permanecer na

mesmice e sim em modelos mais avançados e eficazes de transmissão de conhecimento.

O fundamento básico do processo de ensino e aprendizagem ocorre de forma

dialógica, tendo em vista que a construção do conhecimento não se dá no acaso e no vazio.

Para Becker (1993 p.35), existem dois tipos de conhecimento: “o conhecimento que vem da

prática, que é o conhecimento até que me falta um pouco, e o conhecimento teórico, que é

praticamente o que temos”.

No entanto, embora esse aparato seja compartilhado por nossa espécie e determine

limites e possibilidades, ele não é suficiente para humanizar o ser. Vygotsky (1992), acredita

que o conhecimento é construído pela criança, em interação ao meio em que vive. No entanto,

a aprendizagem só é efetivada quando está direcionada para o desenvolvimento e este, por sua

vez, possibilita a aprendizagem. Assim sendo, essas teorias só surgiram para que, realmente

houvesse um processo de desenvolvimento e aprendizado do ensino.

Para que esse aprendizado se torne realmente consistente, com a utilização de

ferramentas tecnológicas, e que também, hoje o uso dessas novas ferramentas se faz mais

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presente no cotidiano de nossas vidas, a utilização de ambientes virtuais toma espaço na sala

de aula. Diante dessa modernização surge um profissional que aos poucos foi se

diferenciando e se aperfeiçoando, o Pedagogo, o qual durante muitos anos teve e tem um

papel bastante significativo e expressivo no acompanhamento pedagógico dos professores.

Hoje infelizmente, a formação de pedagogo se reduz à docência, pois, o sistema público

educacional substituiu esses profissionais por um apoio pedagógico que pode ser um

professor formado em qualquer área de ensino.

Dessa forma, abordou-se neste estudo a temática: A PRÁTICA DO PEDAGOGO

NO CENTRO DE MÍDIAS DE EDUCAÇÃO DO AMAZONAS: POR ENTRE

DESAFIOS E POSSIBILIDADES e apresentar também que neste Centro, toda atividade

pedagógica é totalmente distinta aos moldes educacionais convencionais.

O Pedagogo, um profissional que com o passar dos anos foi adquirindo e aprendendo

novas formas, técnicas e metodologias embasadas e sustentadas pelas TICs2, mostra ao

professor/educador, que o modelo antigo, tradicional de se fazer educação e ministrar aulas,

transferindo apenas conteúdos, não dispor de criatividade, ficou para o século passado,

convertendo-se em obsoleto. Hoje, com o avanço da ciência, com o advento da globalização,

se faz necessário um novo tipo de metodologia pedagógica. É pertinente que, mesmo diante

de tantas dificuldades, da falta de reconhecimento da verdadeira identidade do pedagogo,

saber qual sua atuação, como proceder numa era totalmente globalizada, de como se

aperfeiçoar no acompanhamento de seus professores, se não existem recursos para tal prática?

Diante desses questionamentos, ainda assim, o pedagogo mostra sua nova cara.

Entretanto, apresenta-se neste artigo, o percurso do trabalho pedagógico no Centro de

Mídias da Secretaria de Educação do Amazonas (CEMEAM), como um trabalho distinto,

inovador e bastante atrativo aos moldes do pedagogo convencional e tradicional. Nesta

plataforma de ensino o Assessor Pedagógico realiza diversas atribuições junto ao seu

professor:

Orientar o professor quanto às diretrizes do Ensino Presencial Mediado por

Tecnologia;

Orientar o professor ministrante quanto às etapas do planejamento pedagógico

curricular.

Orientar o professor ministrante quanto à utilização de recursos midiáticos

inovadores no planejamento das aulas;

2 Tecnologias da Informação e Comunicação

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Orientar o professor ministrante a disponibilizar atividades complementares nos

ambientes virtuais de aprendizagem.

Encaminhar o material pedagógico para a produtora, de acordo com o fluxo do

planejamento;

Acompanhar as aulas no chat/ IPTV.

Referente a esta colocação o autor mostra que com o uso das novas tecnologias,

aprende-se, no entanto, que a educação se une a comunicação e interação, ocorrendo assim, a

produção de novos saberes, técnicas e valores. Pode-se mostrar que através dessas novas

interfaces, a presença de um pedagogo contribui para que o docente saiba ampliar suas

atividades escolares, utilizando os recursos midiáticos mais atuais que o CEMEAM oferece,

levando aos alunos aulas atraentes, agradáveis e de visualização e entendimento satisfatórios,

fazendo com que, haja realmente um feedback, um resultado positivo dos alunos, perpassando

através desses recursos, suas maiores dificuldades.

Mesmo com toda essa inovação, ainda existem muitos questionamentos e dúvidas

quanto ao profissional pedagogo como:

Qual o verdadeiro papel de um pedagogo?

Faz diferença não ter pedagogo numa escola?

Sabendo que o professor (docente) conduz perfeitamente suas atividades. De que

forma a presença de um pedagogo contribui nessas atividades?

Para Libäneo (2010 p. 33): “pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias

da prática educativa, direta ou indireta, ligadas à organização e aos processos de transmissão e

assimilação de saberes e modo de ação”.

Ainda em relação às evidências quanto ao pedagogo Luck (2004 p.20) destaca que:

O papel do supervisor escolar se constitui, em última análise, na somatória de esforços e ações desencadeados com o sentido de promover a melhoria do ensino-

aprendizagem. Esse esforço voltou-se constantemente ao professor, num processo de

assistência aos mesmos e coordenação de sua ação.

Salienta-se também, que existe uma distinção entre pedagogo e o profissional docente,

o professor. Para muitos, o papel de pedagogo se reduziu ao de docente, ou como também

apoio pedagógico, não que seja uma redução de valores profissionais, mas de qualificação

mesmo, em que cada um tanto professor e pedagogo / especialista devem atuar dentro de suas

próprias áreas. Como mostra Libâneo, (2010 p.14):

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A ação pedagógica não se resume a ações docentes, de modo que, se todo trabalho docente é trabalho pedagógico, nem todo trabalho pedagógico é trabalho docente.

Nesse caso, o pedagogo representa um ser bastante significativo na esfera

educacional, pois sua contribuição na formação de educadores se faz necessária e de

grande valor.

Assim sendo, a pedagogia não se resume apenas nos modos de se ensinar ou num

conjunto de procedimentos, ou técnicas de ensino, mas nas Inovações Metodológicas.

O Centro de Mídias da Secretaria de Estado de Educação do Amazonas/AM

O Centro de Mídias é um Departamento da Secretaria de Educação do Estado do

Amazonas, que desenvolve uma metodologia distinta, a qual prevê aulas ao vivo, transmitidas

pela televisão, proferidas por um Professor Ministrante, especialista em sua área. Tem como

objetivo ampliar e diversificar o atendimento aos alunos da rede pública de ensino do Estado

do Amazonas, oferecendo uma educação inovadora e de qualidade, por meio das tecnologias

da informação com ênfase na interatividade. Conta com mais de 2000 mil turmas que vai do

Ensino Fundamental anos finais, Ensino Médio e a EJA 2ª, 3ª e 4ª fase. Com um total de

31098 alunos matriculados no ano de 2015.

O Departamento do Centro de Mídias tem como principio: o desenvolvimento de

politicas educacionais e tecnológicas voltadas ao aprimoramento do trabalho pedagógico

realizado pelos professores em sala de aula do mediado por tecnologia. A principal ação

dentre essas políticas foi propiciar um intenso processo de discussão sobre a teoria e

metodologia de ensino e, levar a cabo, a construção curricular para todas as etapas da

Educação Básica.

O processo de ensino e aprendizagem envolve elementos essenciais que são

indissociáveis na ação pedagógica: os conteúdos escolares; as relações de ensino; o processo

de avaliação; a definição de planos de ação, de planejamento de ensino; a definição de

recursos didáticos. Por serem essenciais, devem ser objeto de permanente reflexão e

considerados na definição clara dos objetivos da escola no sentido desta, realizar a sua função

social. Por sua vez, em sala de aula, o professor presencial (mediador do processo de ensino e

aprendizagem), efetivamente recepcionará a aula juntamente aos educandos. Essa

interlocução colaborativa (professor ministrante versus professor presencial) é fundamental

para que a apreensão do conhecimento seja construída significativamente. Ressalta-se,

inclusive, a importância do momento da Dinâmica Local Interativa (DLI), que requer o olhar

atento de todos os sujeitos (ministrantes presenciais e assessoria pedagógica). A DLI é,

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portanto, um dos indicadores qualitativos para o feedback entre os condutores/mediadores da

ação pedagógica em sala de aula.

Nesta metodologia conta-se também, com o professor presencial. De certa forma esse

tipo de ensino é considerado igualmente regular, mas, no entanto, devido a interatividade que

acontece entre alunos e professor ministrante, sendo considerada, através desse meio de

comunicação uma atividade bastante participativa sem falar que também é inovadora e

considerada mediada, dando ao educando, uma visão vinculada ao mundo do trabalho e à

prática social. Diante dessa educação e-learning e b-learnig, o aluno poderá ter autonomia

intelectual e pensamento crítico, além de compreender os fundamentos científicos e

tecnológicos do processo produtivo e educativo.

Nessa perspectiva é que surgem então novas tecnologias, as quais serão referidas

algumas configurações de formato, desde as dimensões de realidade que Pierre Levy (apud

MELO 2007, p.17) chama de Inteligência Coletiva, Ciberespaço, Ecologia Coletiva e

Cibercultura.

Inovação e mudança são necessidades apontadas no campo educacional, como

exigências da qualidade de ensino e modernização do processo educativo, incluindo novas

tecnologias no ambiente escolar, de forma que, a internet ganha seu espaço, sua importância.

Essas inovações vêm se fortalecendo num mundo pós-moderno, através da inclusão digital,

inclusão esta que hoje é vista como necessidade na área educacional. “Aprender bem exige

mudanças profundas frente a vezo tradicionais anteriores”. (DEMO, 2009, p.14). E, é através

desta mudança que o especialista ou Assessor Pedagógico como é chamado no CEMEAM faz

o seu acompanhamento, o qual é diferenciado, pois não se trata de uma orientação seguida

pelos moldes convencionais, com quadro branco, pincéis, e etc. Trata-se de uma aula

transmitida por IPTV (IP é um acrônimo para a expressão inglesa “INTERNETPROTOCOL”

ou Protocolo de Internet, usado entre duas máquinas em rede para encaminhamento dos

dados.

Para Melo Neto (2007 p.111), “a aprendizagem cooperativa assistida por computador,

pode ser um caminho considerado nesses processos que não se limite à distância. O que deve

ser valorizado é a troca de conhecimento em rede“.

De certa forma essa aprendizagem assistida nos tempos atuais, deve ser muito

valorizada, pois as crianças cada vez mais estão se apropriando deste tipo de ensino,

conhecimento e educação. No entanto, para o Assessor Pedagógico, que trabalha e desenvolve

junto com seu corpo docente que são os Professores Ministrantes das aulas por IPTV, esse

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tipo de troca de conhecimento em rede deve ser limitado, pois, deve-se respeitar um fluxo de

produção das aulas, nesse caso o prazo o tempo determinado para a realização dessas

atividades é que devem ser respeitadas, sendo exigido um período para a entrega deste

material, os quais são relacionados abaixo e que são passados ao Assessor Pedagógico.

CSA - Cronograma das aulas;

PA- Plano de Aula (por unidades)

AVA - Avaliação A e B;

AVG - Gabaritos dessas Avaliações;

PERP - Plano de Estudos de Recuperação Paralela.

PERP G – Gabarito do Plano de Estudos

OD – Orientações Didáticas

PAR – Plano de Aula de Revisão e Avaliação

PAA – Plano de Aula Assíncrona

Como planos futuros do CEMEAM, através da Secretaria de Estado de Educação do

Amazonas (SEDUC), por meio do Plano Estadual de Educação, que está sendo construído por

toda sociedade amazonense. Institui 21 metas, dentre essas, a meta 21 que trata sobre

Conectividade. O qual a meta 21 estabelece 5 (cinco) estratégias para esta meta. E a meta 21.5

contempla:

Ampliar em parceria com os municípios a capacidade de conectividade e

atendimento do Centro de Mídias da SEDUC para prestar serviços às redes de

ensino garantindo a qualidade de funcionamento.

Fluxograma das Aulas

Diante do quadro atual percebe-se o quão diferenciado é o trabalho de um Assessor

Pedagógico do CEMEAM, diferenciado e não tão simples assim. Para Perrenoud (2011), a

prática pedagógica parece ser assim tão simples, mas, sabe-se que existem inúmeras

dificuldades para se realizar um bom trabalho e para se obter bons resultados. Porém,

acredita-se no bom desempenho, que o especialista na área educacional venha desenvolver

através de sua autonomia e claro com a contribuição da tecnologia, meios para se alcançar o

tão esperado resultado, que é através de comprometimento, compromisso e conhecimento.

Até porque Demo (2009 p. 113) ressalta que:

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Cuidado maior, no entanto, merecem os professores. Não se faz uma escola renovada com professores tradicionais. A experiência de escolas integrais anteriores

mostrou isso à sociedade. É imprescindível formar professores especialmente para

essa tarefa. Se eles não sabem aprender bem com as novas tecnologias, nada de novo

vai ocorrer com os alunos.

O fluxograma a seguir mostra como é conduzido todo trabalho pedagógico e como se

processa, de forma eficaz e condizente todas as etapas a serem seguidas, fazendo com que a

aprendizagem cada vez mais se torne realmente relevante. O fluxograma também mostra o

passo a passo de todo o material produzido pelo Professor Ministrante, até chegar a etapa final

que é a transmissão dessas aulas via IPTV.

Figura 1 – Fluxograma das Aulas

Fonte: Centro de Mídias do Amazonas (2015)

Na IMAGEM 1: Registra que o Professor Ministrante ao construir suas aulas,

primeiramente ele deve fazer uma pré- análise ou consultar nas normas do MEC, internet e

repassar ao Assessor Pedagógico para que seja feito um parecer pedagógico.

Figura 2- Fluxograma das Aulas

Fonte: Centro de Mídias do Estado do Amazonas (2015).

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Na IMAGEM 2: Registra que todo material recebido pelo pedagogo é encaminhado à

produtora para que seja construída todo processo midiático dessas aulas através de cartelas,

vídeos, AVA, evobook. Todas essas aulas que receberam essa análise do Assessor

Pedagógico, com a inclusão de recursos midiáticos e realizado o parecer pedagógico, esta aula

é repassada somente pelo Assessor Pedagógico para a Produtora poder construir e fazer a

inserção de cartelas, vídeos, imagens e animações. E assim, ocorrer à transmissão da aula.

Figura 3- Fluxograma das Aulas

Fonte: Centro de Mídias do Estado do Amazonas (2015).

Na IMAGEM 3: Todas essas aulas que receberam essa análise do Assessor

Pedagógico, o qual já foi transmitida estas aulas, com a inclusão de recursos midiáticos e

realizado o parecer pedagógico. Recebe agora a avaliação do processo destas aulas.

Metodologia

Atualmente, o Centro de Mídias conta com a colaboração de 13 (treze) Assessores

Pedagógicos, para atender a um resultado positivo e um trabalho desenvolvido em parceria,

junto ao professor ministrante. Nessa metodologia, o Assessor Pedagógico atua como um

companheiro, um auxiliar. Como também, um mediador entre os objetos de conhecimento

como: o conteúdo, professor presencial e alunos. O pedagogo acompanha o professor

ministrante de cada área de conhecimento, ou seja, Ciências da Natureza, Ciências Humanas,

Linguagens, Matemática e Ensino Religioso. Sendo que esse apoio não se dá somente na

análise de todo pacote didático conforme foi especificado neste artigo. Mas, depois de analisar

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todo esse material, o mesmo terá que assistir as aulas transmitidas via iptv, nos estúdios, cada

série tem seu próprio estúdio. Para saber se professor presencial e alunos estão recebendo uma

aula midiatizada com entendimento, clareza, qualidade e atrativa. Pois, para atender as

demandas do Ensino Mediado por Tecnologia, oriundas das comunidades rurais do interior do

Amazonas, o CEMEAM utiliza uma proposta de ensino não convencional, mas com

características em EaD.

Temática – Didática: Teorias, Metodologias e Práticas

Nesta temática o estudo se vinculará às ações pedagógicas do CEMEAM, de forma

que a Assessoria deverá seguir todo o seu desempenho, conforme as Diretrizes e Orientações

Pedagógicas Curriculares da Proposta Pedagógica do Programa do Ensino Mediado por

Tecnologia.

O presente estudo será realizado no CEMEAM, localizado na zona sul do município

de Manaus, com a participação dos Professores Ministrantes. A abordagem escolhida foi a

dialética, pois permite por meio do diálogo visar, transformar e gerar novas sínteses na

vivência e esfera tanto educacional, como social, entre sujeito e objeto. A natureza deste

estudo que ainda está em andamento é qualitativa, onde se utilizará roteiro de entrevistas e

questionários. O qual serão analisados dois conjuntos de atores que representam o universo de

20 (vinte) Pedagogos, sendo: 13 Assessores do CEMEAM, 06 Coordenadores Distritais e 01

Coordenador Pedagógico do CEMEAM.

Dessa forma, garantir a representatividade dos dados a serem coletados e a

legitimidade da pesquisa, serão realizadas entrevistas com utilização de um roteiro

semiestruturado com 10 (dez), questões-guias , relacionadas ao problema da pesquisa,

aplicadas aos Assessores Pedagógicos representantes do CEMEAM e das Coordenadorias

Distritais, universo que se pretende analisar considerando o grau de satisfação deste

profissional, já não mais deixando respostas fechadas a oportunidade para que os outros

pesquisadores possam desenvolver novos questionamentos a respeito da relação Assessores

Pedagógicos, Professor Ministrante com a utilização de novas mídias.

Conforme Bogdan (1994 p. 16) em relação a natureza desta investigação ressalta-se o

seguinte:

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Utilizamos a expressão investigação qualitativa como um termo genérico que agrupa diversas estratégias de investigação que partilham determinadas características. Os

dados recolhidos são designados por qualitativos, o que significa ricos em

pormenores descritivos relativamente a pessoas, locais e conversas, e de complexo

tratamento estatístico. As questões a investigar não se estabelecem mediante a

operacionalização de variáveis, sendo, outrossim, formuladas com o objetivo de

investigar os fenômenos em toda sua complexidade e em contexto natural.

Esse fenômeno de causa e efeito é que esperamos dentro desta abordagem.

O cronograma foi baseado nas seguintes ideias que PERRENOUD (2001, p.97)

apresenta, de certa forma como: “A pedagogia ativa permite a cada um encontrar seu lugar na

escola, escolher as atividades em que pode ser bem-sucedido”.

Portanto, mesmo diante de dificuldades, com desafios para se trabalhar com

ferramentas virtuais, com aprendizagens virtuais, com a Profissão de Pedagogo desvalorizada,

e mesmo diante de tantas críticas que esse profissional recebe. Demo (2009, p.112), afirma

que:

Afinal, pedagogia é a engenharia mais fina jamais inventada pela espécie humana.

Agora vem ainda mais incrementada pelo apoio que recebe das novas tecnologias,

conclamando a todos os pedagogos a serem autores inequívocos para poderem fazer de cada aluno um autor.

Assim sendo, Pedagogia é se fazer presente, acompanhar é se atualizar e mostrar a

sociedade que, podemos sim fazer a diferença, que nosso acompanhamento não é feito em

vão, que temos um único propósito e que temos um diferencial o amor pela profissão, onde o

espaço físico está dando lugar ao cibernético, ou à construção de redes de aprendizagem, de

forma que professores e alunos aprendem juntos e cooperam entre si.

Dessa forma que o Centro de Mídias da Secretaria de Educação do Amazonas

(CEMEAM) desenvolve suas atividades escolares, o espaço físico dá lugar a interatividade

com seus alunos, nesse sentido sai da Educação à Distância para ser uma Educação Mediada

por Tecnologia, num espaço que proporciona aos seus colaboradores trabalhar de forma

criativa, com autonomia, em equipe e acima de tudo respeito mútuo.

Resultados

Pretende-se obter assim, uma interpretação qualitativa coerente dos dados, ou seja,

será realizado o cruzamento dos dados obtidos as entrevistas, para compreender-se qual o

papel das mesmas para o desenvolvimento, desempenho e práticas pedagógicas do Assessor

Pedagógico do CEMEAM, uma vez que a pesquisa não se valerá apenas do uso de entrevistas

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como instrumento hegemônico de coleta, mas também da pesquisa documental, através do

levantamento de dados secundários estatísticos (planos, relatórios, projetos, etc.) públicos que

ao final serão correlacionados com os discursos dos respondentes da pesquisa. Para que os

dados coletados sejam trabalhados de forma sistemática e proporcione uma análise mais

detalhada. Será realizada a categorização dos dados coletados, através de itens relacionados à

satisfação, capacitação, acesso à informação, avaliação e sugestão.

Considerações Finais

Diante do exposto neste trabalho, percebeu-se o quanto o profissional pedagogo

evoluiu, o quanto a educação seja convencional ou midiatizada fez e está fazendo a diferença

na vida dos pedagogos e professores do CEMEAM da SEDUC – AM, além da grande

importância e influência tanto para a classe docente, quanto para pedagogos especialistas.

Analisou-se também, que o especialista em educação do século XX não é o mesmo do século

XXI, pois, o acréscimo de conhecimento que se vem conquistando ao longo desses anos,

surge em virtude do eixo da formação desse pedagogo. A aprendizagem cada vez mais se

torna valorizada na sociedade do conhecimento.

Percebeu-se também, que a relevância no desenrolar e descobertas das novas TICs, na

verdade a inclusão dessas novas ferramentas só veio a contribuir com características próprias

de um profissional. Este novo especialista deixou de ser um simples condutor de crianças e

passou a ser um inovador, mediador e articulador de um modelo educacional mais exigente,

que não aceita um profissional que cruze os braços, ou permaneça na mesmice, mas, um

profissional totalmente renovado e especializado. Onde encontra também, espaço, liberdade

humanitária e ética em seu local de trabalho.

REFERÊNCIAS

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BOGDAN, Robert; BIKLEN, Sari. Investigação qualitativa em Educação: fundamentos, métodos e técnicas. In: Investigação qualitativa em educação. Portugal: Porto Editora,1994.

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Demo. - - São Paulo: Atlas, 2009.

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LUCK, Heloísa, Ação Integrada: Administração, Supervisão e Orientação Educacional – 22.

ed. – Editora Vozes, 2004.

LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos, para quê? / José Carlos Libâneo – 12. Ed. – São Paulo, Cortêz, 2010.

MELO, Neto, José Augusto de, 1969. A Tecnologia Educacional: formação de professores

no labirinto do ciberespaço, José Augusto de Melo Neto – Rio de Janeiro: MEMVAVEM,

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Disponível em:

http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1

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PERRENOUD, Philippe A pedagogia na escola das diferencias: fragmentos de uma

sociologia do fracasso / Philippe Perrenoud; trad. Cláudia Schilling. – Porto Alegre: Artmed

Editora, 2001.