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Projeto financiado por:

[Year]

A PRODUÇÃO MEDIÁTICA SOBRE ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

A produção mediática sobre as alterações climáticas

1

Índice

Acerca deste manual ................................................................................................................ 2

Literacia mediática: o conceito ................................................................................................ 4

Direitos de autor e Licenças Creative Commons ..................................................................... 7

Dicas para descarregar imagens, fotos e músicas com licenças Creative Commons ........... 12

Potencialidades e desvantagens dos diferentes média ........................................................ 16

Os géneros jornalísticos ......................................................................................................... 18

Da informação às notícias: fontes e critérios ........................................................................ 21

Produção de conteúdos Texto ............................................................................................... 25

Produção de conteúdos áudio ............................................................................................... 36

Produção de conteúdos em vídeo ......................................................................................... 41

Produção de conteúdos multimédia ...................................................................................... 46

Produção de conteúdos para a Internet ................................................................................ 52

Ligações úteis – Alterações climáticas .................................................................................. 57

Ligações úteis – Educação ..................................................................................................... 59

Ligações úteis – Média........................................................................................................... 61

Bibliografia .................................................................................................................................. 64

Ficha técnica ............................................................................................................................... 67

A produção mediática sobre as alterações climáticas

2

Este manual é composto por uma série de materiais produzidos no âmbito do

projeto Clima@EduMedia e dirige-se aos professores do Ensino Básico e Ensino

Secundário. Em forma de síntese, salientando os tópicos principais, este documento

baseia-se nos materiais do MOOC “As alterações climáticas nos média escolares” e nos

materiais produzidos no âmbito da Formação Relâmpago ministrada em 30 escolas

participantes no projeto (ver mais informação em “Sobre o Clima@EduMedia”). O

manual neste caso divide-se em duas partes, sendo esta a segunda e tendo como

enfoque a produção mediática sobre o tema das alterações climáticas.

O objetivo é que este manual seja ele próprio um conteúdo multiplataforma,

complementado por uma versão em formato digital disponível no website do projeto

Clima@EduMedia.

É nesta plataforma (com o nome “Recursos Educativos”) que, aproveitando as

potencialidades do digital, se disponibiliza para download todo o acervo de conteúdos

criados pelo projeto, seja no âmbito das alterações climáticas, dos média ou do uso dos

média na educação.

Entre estes documentos, há manuais, vídeos, estratégias de ensino, fichas de

atividade, dicas, entre outros.

No final de cada síntese temática é feita uma ligação à plataforma online “Recursos

Educativos” onde são disponibilizados os vários documentos.

Aconselhamos a leitura do primeiro documento “As alterações climáticas e o seu

ensino através dos média” que explora, em maior pormenor, como é que se podem

utilizar conteúdos mediáticos para ensinar a temática das alterações climáticas em sala

de aula, bem como contextualiza no que toca à ciência por detrás deste tema.

Acerca deste manual

A produção mediática sobre as alterações climáticas

3

Sobre o Clima@EduMedia:

O Clima@EduMedia é um projeto desenvolvido pela Faculdade de Letras da

Universidade do Porto ao abrigo do Programa “AdaPT - Adaptando Portugal às

Alterações Climáticas", com a missão de apoiar a educação nacional em matéria de

mudanças climáticas, através do uso dos média.

O objetivo é promover abordagens inovadoras para o ensino e aprendizagem dos

conteúdos ligados às alterações climáticas em diferentes escolas nacionais, dando

particular destaque às áreas da adaptação e da mitigação.

O Clima@EduMedia dinamizou duas edições do MOOC “As alterações climáticas

nos média escolares” nas quais participaram ao todo mais de 1000 professores de

diversas áreas de ensino. Para o MOOC a equipa do projeto produziu 9 manuais

temáticos, 10 vídeos e 4 estratégias de ensino.

Para além da formação de professores, o Clima@EduMedia deu também formação

a alunos do Ensino Básico e Ensino Secundário, tendo produzido também materiais

sobre os média e as alterações climáticas.

A produção mediática sobre as alterações climáticas

4

A sociedade em que hoje vivemos encontra-se alicerçada nas Tecnologias de

Informação e Comunicação (TIC), em que a informação é o pilar do desenvolvimento.

A existência das TIC e o avanço tecnológico possibilita a todos os cidadãos a

oportunidade de, para além de consumidores, serem produtores de informação. Hoje,

qualquer pessoa com acesso a ferramentas adequadas e conhecimentos de TIC pode

publicar conteúdos na Internet. Não só é possível produzir conteúdos, como é dada a

possibilidade de os distribuir livremente. Como se sabe, nem toda a informação que é

disponibilizada é credível e é muito importante a aquisição de conhecimentos para

avaliar estes conteúdos. Desta forma, não nos deixamos enganar.

A literacia mediática prevê que um indivíduo se questione relativamente ao que vê,

ouve e lê nos média, mas que também ele seja capaz de criar através das TIC os seus

próprios conteúdos. Neste manual, consideramos como média todos os meios de

comunicação que permitem emitir e trocar mensagens, de que são exemplos, a rádio, a

televisão, a imprensa e a Internet.

O que é a literacia mediática?

A capacidade para aceder, analisar, avaliar e criar conteúdos mediáticos.

Em suma, um cidadão com literacia mediática deve ser capaz de:

Literacia mediática: o conceito

A produção mediática sobre as alterações climáticas

5

1) aceder aos diferentes meios de comunicação, desde a imprensa, à televisão, passando pela

rádio e Internet.

2) avaliar e interpretar criticamente os média e a informação que eles veiculam, o que implica

compreender que:

a) os média são construções sociais. Os meios de comunicação não refletem a

realidade tal como ela é. A informação apresentada resulta de uma construção cuidadosa que

reflete muitas decisões/opções, as quais resultam da conjugação de vários fatores.

b) as mensagens possuem implicações comerciais. Um cidadão com literacia mediática

tem de entender que os média são influenciados por interesses comerciais, que podem

determinar o seu conteúdo, técnica e distribuição e também que os meios de comunicação

pertencem a grandes grupos económicos, que procuram, principalmente, o lucro, o que pode

influenciar as mensagens a transmitir.

c) as mensagens contêm diferentes valores e ideologias. Todos os produtos mediáticos

promulgam valores e estilos de vida.

d) as mensagens têm implicações sociais e políticas. Os média têm uma grande

influência na vida política e na mudança social. A televisão, por exemplo, pode influenciar a

eleição de um determinado político, com base no poder da imagem.

e) cada meio de comunicação possui a sua própria linguagem. Concretamente,

existem meios que, pelas suas características, são mais adequados para comunicarem um

determinado acontecimento do que outros. Por exemplo, o vídeo pode ser mais indicado

quando se quer transmitir imagens fortes e o áudio quando se pretende despertar a emoção

do ouvinte.

f) os anúncios publicitários transmitidos pelos média utilizam técnicas de marketing

que procuram tornar um determinado produto aliciante aos olhos do consumidor. Importa,

pois, compreender o que está a ser vendido e qual o objetivo do anúncio.

g) as mensagens mediáticas podem omitir deliberadamente determinados aspetos de

um assunto.

h) as pessoas utilizam o seu sistema de crenças e experiências pessoais para darem

significado às mensagens mediáticas, o que significa que uma mesma mensagem pode ser alvo

de diferentes interpretações.

i) as mensagens mediáticas influenciam crenças, atitudes, valores, comportamentos

e, até, o processo democrático.

j) muita informação que consultamos na Internet pode não ser fiável. Como hoje em

dia qualquer pessoa pode publicar conteúdos online, desde que tenha as ferramentas

adequadas para tal, é necessário saber avaliar se a informação a que acedemos é de facto

credível, ou se, por outro lado, a devemos excluir.

3) Criar mensagens mediáticas e comunicar em diferentes contextos e meios de

comunicação. A educação para os média não se debruça apenas na compreensão dos textos

mediáticos e nas suas implicações para a nossa cultura e sociedade, mas também na criação de

conteúdos por parte dos cidadãos.

A produção mediática sobre as alterações climáticas

6

Recursos de interesse:

Para saber mais sobre literacia científica pode aceder à plataforma “Recursos Educativos”

(http://www.climaedumedia.com/recursos-educativos.html) da página do projeto

Clima@EduMedia, procurando na secção “Média”, o símbolo correspondente ao

associado a este tema no manual.

Nessa secção pode encontrar os seguintes documentos para visualização e download:

Manual I do MOOC “As alterações climáticas nos média escolares”;

Vídeo sobre literacia mediática.

Ficha de atividade “Distinguir de forma correta um conteúdo jornalístico”.

A produção mediática sobre as alterações climáticas

7

Para ilustrar um artigo ou um outro trabalho sentimos muitas vezes necessidade de

encontrar uma imagem. Para os média, a fotografia representa um papel muito

importante, pois também transmite informação e ajuda a comunicar uma mensagem.

Em alguns órgãos de comunicação social, existem fotojornalistas que fazem a cobertura

fotográfica de diversos acontecimentos. Noutros casos é o próprio jornalista a fazer o

registo fotográfico de um evento.

Os média recorrem, também, em alternativa, a bancos de imagens na Internet. Há

vários que são pagos, mas muitos outros que são gratuitos, podendo ser utilizados,

embora com algumas condições. Hoje em dia existem diversas formas para encontrar

uma imagem ou outro material gratuito para utilização, sem desrespeitar os direitos de

autor.

Direitos de autor

Protegem o trabalho original publicado ou

não publicado ao longo da vida do autor e até

70 anos após a sua morte, da duplicação

sem autorização, devido crédito e compensação.

Aplicam-se a livros (daí não ser legal fotocopiar

um livro inteiro), artigos, anúncios, letras de músicas, ilustrações, músicas, entre outros.

São um Direito do Homem e um Direito

Fundamental, consagrado na Constituição da

República Portuguesa.

Direitos de autor e Licenças

Creative Commons

A produção mediática sobre as alterações climáticas

8

Como é possível perceber se uma imagem está ou não protegida por direitos de autor

e em que condições é possível utilizá-la?

Através da Creative Commons:

Vejamos o seguinte exemplo:

Exemplo 1- Vamos supor que queremos utilizar esta imagem para acompanhar um

texto sobre o clima para o jornal da escola:

O que podemos fazer se esta imagem estiver identificada com os seguintes ícones?

O que é a Creative Commons?

É uma Organização Não Governamental sem fins

lucrativos que oferece uma alternativa à proteção total

dos direitos de autor.

Através das licenças de “Creative Commons"

sabemos que podemos utilizar uma imagem. Mas

existem condições.

Há algo que temos de fazer sempre: Identificar o autor

do trabalho!

Foto: Flickr/Previsioni Meteo

A produção mediática sobre as alterações climáticas

9

Foto: Flickr/Previsioni Meteo Foto: Adaptado de: Flickr/Previsioni Meteo

ou

Todos os direitos reservados

Não é possível utilizar este trabalho, nem indicando o

nome do autor. Nesse caso, teríamos de procurar uma

outra imagem.

Compartilhamento pela mesma licença

Podemos partilhar e utilizar a imagem e realizar trabalhos

derivados, desde que utilizemos a mesma licença do trabalho

que encontramos.

Não comercial

Se o objetivo do trabalho para o qual é necessário, por exemplo,

uma imagem, é obter lucro, então não é possível utilizar este

material.

Não a obras derivadas Podemos utilizar esta imagem, mas apenas tal qual a encontramos, não podendo realizar alterações.

Atribuição

É possível usar este trabalho, fazendo referência ao nome

do autor. É também possível alterá-lo, realizando um

trabalho derivado, como exemplificado nas imagens em

baixo.

A produção mediática sobre as alterações climáticas

10

Nota: Regra geral, se não existe qualquer identificação sobre se podemos ou não utilizar,

o melhor é não o fazer.

Qualquer trabalho pode ter uma licença para utilização?

Exemplo 2 - O objetivo é que este documento desenvolvido pelo Clima@EduMedia

seja partilhado e utilizado e, por isso, este tem a seguinte licença Creative Commons:

O que significa:

Para tornarmos esta vontade oficial, devemos preencher, na página do website Creative

Commons para esse efeito, uma licença com estas condições, que vai ter o seguinte aspeto:

Tem uma licença Creative Commons, portanto podemos usá-lo;

É preciso identificar o autor, neste caso o Clima@EduMedia (o autor tem um

website? Então poderemos colocar a referência do website:

http://www.climaedumedia.com);

Não é possível utilizar para fins comerciais;

Ao utilizar este documento, é preciso usar a mesma licença, sendo que estes

símbolos são de presença obrigatória.

Domínio Público Podemos utilizar esta imagem como quisermos, sem ser necessário autorização. Um trabalho em domínio público não tem quaisquer direitos de autor.

É possível associar uma licença, consoante o que autorizarmos que as outras pessoas possam

fazer com o trabalho original desenvolvido. Um desenho, um livro, um trabalho realizado,

entre outras criações, pode estar protegido por estas licenças.

Através do exemplo em baixo, explicamos como fazer:

A produção mediática sobre as alterações climáticas

11

Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-

CompartilhaIgual 4.0 Internacional.

Através dos Creative Commons, é-nos indicado um código para incorporação e

publicação em websites e trabalhos na Internet. Assim, podemos indicar a quem vê que é

possível utilizar o nosso trabalho e quais as condições.

Recursos de interesse:

Nas páginas que se seguem apresentamos mais informação sobre como podemos encontrar

conteúdos que possamos utilizar sem desrespeitar os direitos de autor. Na plataforma “Recursos

Educativos” (http://www.climaedumedia.com/recursos-educativos.html) da página do projeto

Clima@EduMedia, procurando na secção “Média”, o símbolo correspondente ao associado a este

tema no manual, pode fazer o download em pdf desta mesma dica que apresentamos.

Para uma lista mais exaustiva, aconselhamos também a consulta da secção “Ligações úteis”

existente mais abaixo neste documento e também na plataforma categorizada com o nome e

símbolo “@”.

A produção mediática sobre as alterações climáticas

12

Quando há necessidade de encontrar uma imagem para acompanhar um trabalho

para o jornal da escola, para utilizar num vídeo, publicar num blogue, ou mesmo para

um trabalho académico, é necessário ter em conta que a maioria das imagens,

sobretudo se for feita uma pesquisa simples num motor de pesquisa, têm direitos de

autor.

Dica 1 – Pesquisar no motor de pesquisa “Google”

O conceito de permissão para utilizar e reutilizar é atualmente evidente e o próprio

motor de pesquisa “Google” facilita e oferece uma forma de encontrar, por exemplo,

imagens etiquetadas com licenças “Creative Commons” e, que, por isso, podem ser

utilizadas, ou já em domínio público.

O exemplo da imagem em baixo mostra como o fazer:

Domínio público: Diz-se que uma obra está em “domínio público” quando é de

livre uso comercial e sem quaisquer direitos de autor reservados a ser atribuídos

a uma pessoa física ou jurídica. De acordo com o Código dos Direitos de Autor e

Direitos Conexos, 70 anos após a morte do autor, os trabalhos realizados pelo

mesmo passam a estar em “domínio público”.

Dicas para descarregar imagens, fotos e

músicas com licenças Creative Commons

Pesquisa no “Google” por imagens com licenças Creative

Commons

A produção mediática sobre as alterações climáticas

13

Além deste motor de pesquisa, existem vários websites que disponibilizam imagens

de forma gratuita, com alguns direitos reservados.

Dica 2 – Pesquisa por imagens em websites específicos

É necessário ter em conta que muitos destes websites são desenvolvidos em inglês

e, portanto, devemos usar as palavras-chave neste idioma, neste caso “Climate Change”.

Exploremos exemplos de como utilizar e descarregar imagens em alguns destes

websites, tendo em conta que o objetivo é encontrar uma imagem sobre “alterações

climáticas” para acompanhar um trabalho ou mesmo para compor um vídeo:

Pesquisa no “Flickr” por imagens com licenças Creative Commons

Pesquisa no site “Pixabay”

A produção mediática sobre as alterações climáticas

14

Tal como num trabalho, quando se utiliza uma fotografia ou outro material, é

importante haver referência ao local onde encontramos a informação (bibliografia),

mencionando, por exemplo, o nome do autor.

Dica 3 – Atribuição dos direitos de autor ao trabalho realizado (som,

música ou imagem)

Também existem websites onde é possível descarregar gratuitamente músicas para

a realização de vídeos ou para acompanhamento de peças áudio.

Assim como acontece com as imagens, na utilização de uma música, é necessário

identificar o autor e o nome da música e também o website onde a música foi

descarregada.

Num vídeo, normalmente, esta referência aparece no final, junto a uma ficha

técnica. Para além do nome da música e da referência ao website, devem estar também

devidamente identificadas as imagens utilizadas que não sejam da autoria de quem fez

o vídeo. É também importante fazer referência aos autores, como é possível verificar no

exemplo em baixo:

Identificação do autor e do nome da música num vídeo

A produção mediática sobre as alterações climáticas

15

Ficha Técnica num vídeo

A produção mediática sobre as alterações climáticas

16

Dentro dos média existem vários canais e meios de informação, cada um com as

suas características. Para a produção mediática num jornal escolar, por exemplo, é

possível escolher o meio a usar consoante a mensagem a transmitir.

Texto – Imprensa

- O leitor é quem decide o que vai ler, onde,

quando e como;

- Um jornal pode ser transportado para onde

o leitor quiser;

- Permite pormenorizar e detalhar um tema

específico, o que não acontece com outros meios.

- Número de caracteres limitado;

- Impossibilidade de despertar outros sentidos para a mensagem.

Televisão – Vídeo

- Imediatismo e emoção: é o único meio que

permite transmitir imagens e sons de

acontecimentos em tempo real, à distância (os

diretos);

- Realismo: A imagem permite a identificação da

audiência com o jornalista ou outros

intervenientes.

- Dependência de suporte tecnológico;

Potencialidades e desvantagens

dos diferentes média

A produção mediática sobre as alterações climáticas

17

- Necessidade de tradução de toda a informação em imagem (difícil de conciliar com exatidão

científica);

- Grande necessidade de simplificar conceitos para os adaptar à linguagem oral;

Rádio – Áudio

- Tem um baixo custo de produção;

- É facilmente combinado com outros suportes

mediáticos, permitindo utilizar mais do que um sentido

na apreensão da mensagem;

- Desperta a imaginação e as sensações através das

palavras e dos recursos de sonoplastia1.

- Dependência de suporte tecnológico.

- A ciência não pode ser facilmente explicada através de sons; há poucos sons que traduzam

conceitos científicos.

- Grande necessidade de simplificar conceitos para os adaptar à linguagem oral.

Internet – Multimédia

- Interatividade: Possibilidade de o utilizador interagir

com o conteúdo;

- Hipertextualidade: Ligação entre diferentes páginas

através de hiperligações;

- Multimedialidade: Um conteúdo pode incluir

diferentes suportes mediáticos (texto, vídeo,

fotografia, áudio);

- Imediatismo: Conteúdos podem ser constantemente atualizados;

- Ubiquidade: Um conteúdo pode chegar a qualquer local através da Internet, não tendo

limitações físicas de alcance.

- Dependência de suporte tecnológico;

- Pode não estar acessível a todos os potenciais interessados;

- Dispersão da atenção do público, o que implica a elaboração de conteúdos verdadeiramente

apelativos.

1 Efeitos sonoros empregados no cinema, rádio e televisão, a fim de enriquecer o programa proporcionando-lhe mais realismo e vivacidade. "sonoplastia", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://priberam.pt/dlpo/sonoplastia [consultado em 31-05-2016].

A produção mediática sobre as alterações climáticas

18

Os géneros jornalísticos são categorias em que se inserem diferentes tipos de

trabalho que vemos, ouvimos e lemos nos meios de comunicação social. Estes dividem-

se em dois grupos:

Os informativos

Em comum neste tipo de trabalho está a norma, presente no Código Deontológico

dos Jornalistas2, associada à ausência de opinião do jornalista e à isenção.

Os opinativos

Nestes casos, o autor pode não ser um jornalista e são espaços de opinião acerca

de temas de atualidade.

2 http://www.gmcs.pt/ficheiros/pt/codigo-deontologico-de-1976.pdf

Notícia Reportagem

Entrevista

Crónica Editorial

Os géneros jornalísticos

A produção mediática sobre as alterações climáticas

19

Para que objetivos e temas se enquadra melhor um género

jornalístico?

Explicar de que forma as

alterações climáticas estão a afetar

a biodiversidade em Portugal

Reportagem

Informar sobre a ocorrência de

um evento extremo na Europa

Notícia

Dar a conhecer a carreira de um

especialista em ambiente

Entrevista

Dar a conhecer aos leitores o

posicionamento de uma revista

acerca do tema das alterações

climáticas

Editorial

Especialista a dar uma opinião

sobre os desafios da

sustentabilidade em Portugal e na

Europa

Crónica

A notícia, a reportagem e a entrevista são géneros jornalísticos explorados em

maior pormenor neste manual.

A produção mediática sobre as alterações climáticas

20

Recursos de interesse:

Para saber mais sobre os géneros jornalísticos pode aceder à plataforma “Recursos

Educativos” (http://www.climaedumedia.com/recursos-educativos.html) da página do

projeto Clima@EduMedia, procurando na secção “Média”, o símbolo correspondente ao

associado a este tema no manual.

Nessa secção pode encontrar os seguintes documentos para visualização e download:

Manual II do MOOC “As alterações climáticas nos média escolares”;

A produção mediática sobre as alterações climáticas

21

A informação que nos chega através dos média resulta do trabalho de pesquisa e de

seleção feito por um jornalista, que disponibiliza ao público os conteúdos mais

importantes a saber sobre um determinado assunto.

Os jornalistas têm duas formas de obter informação: através de observação direta

ou do relato que outras pessoas fazem dos acontecimentos. Neste último caso, falamos

das fontes de informação.

Contudo, as fontes são sempre uma parte interessada no processo jornalístico,

pois esperam ver publicadas as informações que passaram ao jornalista. O jornalista

deve verificar sempre a informação e se a fonte é ou não credível.Passamos a analisar

um exemplo muito concreto de uma notícia publicada no jornal online “Observador”, no

dia 16 de maio de 2016, na sequência de um grande incêndio que deflagrou no Canadá:

Fontes de informação

Pessoas, organizações,

grupos sociais ou referências

que disponibilizam dados aos

jornalistas para que estes

produzam notícias.

Da informação às notícias:

fontes e critérios

A produção mediática sobre as alterações climáticas

22

“Lisboa e outras cidades portuguesas correm (um grande) risco de ter um

incêndio semelhante ao que deflagra na região de Alberta, no Canadá. Entre as

razões apontadas estão a proximidade a zonas florestais, a existência de

terrenos baldios junto ou dentro das cidades e as alterações climáticas. Os

dados foram revelados pelo The Guardian que, na sequência do devastador

incêndio florestal que atingiu (e destruiu) a cidade canadiana de Fort McMuray

(ainda não controlado), foi procurar as razões e quais as cidades vulneráveis a

estes fenómenos.”

Nesta notícia existem duas fontes de informação. Para o jornal online “Observador”,

a primeira foi o jornal britânico “The Guardian” que publicou uma notícia com base

numa outra fonte de informação, um estudo científico da autoria de Heiko Baltzer, da

Universidade de Leicester, em Inglaterra.

Outros órgãos de comunicação social são frequentemente fontes de informação

para os jornalistas. Faz parte do trabalho diário das redações a consulta e a leitura de

jornais e revistas em busca de notícias. Regra geral, é através de agências de notícias e

dos média internacionais que a maior parte dos jornalistas portugueses têm acesso a

informações relevantes do que se passa no mundo e as noticiam. As fontes devem ser,

sempre que possível, identificadas, salvaguardando algumas exceções previstas na lei,

no caso das fontes confidenciais, por exemplo.

A produção mediática sobre as alterações climáticas

23

De facto, a notícia publicada pelo “Observador” destaca os dados divulgados pelo

“The Guardian”, fonte principal, reforçando que o estudo citado por este jornal e nele

abordado genericamente (“Quais as cidades do mundo com maior risco de incêndio?”),

indica Lisboa e outras cidades portuguesas como correndo risco de incêndio semelhante

ao do Canadá.

Será que esta notícia seria dada em Portugal se não fossem mencionadas cidades

portuguesas neste estudo?

Esta questão vai de encontro ao conceito de valor-notícia:

Valores-notícia = Critérios que definem se um acontecimento pode ser ou não

transformado em notícia. Os valores-notícia são conhecidos também por critérios de

noticiabilidade.

Estes critérios existem para auxiliar o jornalista no processo de seleção da informação

que lhe chega todos os dias, pois nem todas as informações são passíveis de serem

publicadas. Os valores-notícia são comuns a todos os jornalistas e servem de guia na

execução do seu trabalho.

Voltando ao exemplo anterior e respondendo à questão colocada: “Será que esta

notícia seria dada em Portugal se não fossem mencionadas cidades portuguesas neste

estudo?”

A resposta é “provavelmente, não”. Esta notícia foi publicada em Portugal, devido a

um critério chamado “proximidade”. Utilizando este critério, a notícia não se centrou

no estudo propriamente dito, como acontece na notícia do “The Guardian”, mas nos

resultados que apontam cidades portuguesas como estando em perigo de incêndio.

Proximidade – os acontecimentos são mais prováveis de serem

notícia se tiverem proximidade geográfica e cultural com o público.

A produção mediática sobre as alterações climáticas

24

Existem outros valores-notícia que também contribuíram para a divulgação desta

informação. A relevância, por exemplo. A possibilidade de ocorrência de mais incêndios

de grandes dimensões, como o que ocorreu no Canadá, é um facto pertinente, para o

qual é necessário chamar a atenção. É também um tema do interesse do público.

Relevância – os factos só merecem ser noticiados se forem importantes

para o público e se tiverem impacto na sua vida. Os acontecimentos

adquirem ainda mais relevância se afetarem o país ou a nação.

Recursos de interesse:

Para saber mais sobre os fontes e valores-notícia pode aceder à plataforma “Recursos

Educativos” (http://www.climaedumedia.com/recursos-educativos.html) da página do

projeto Clima@EduMedia, procurando na secção “Média”, o símbolo correspondente ao

associado a este tema no manual.

Nessa secção pode encontrar os seguintes documentos para visualização e download:

Manual II do MOOC “As alterações climáticas nos média escolares”;

Vídeo Módulo II (Média)

A produção mediática sobre as alterações climáticas

25

Numa notícia, a informação mais importante é a primeira a aparecer. Esta forma de

estruturar um texto informativo tem o nome de pirâmide invertida.

As normas do jornalismo indicam que o primeiro parágrafo da notícia, isto é, o lead

deve responder a pelo menos quatro questões-chave. Desta forma, o leitor, que pode

não ter muito tempo, fica desde início com uma ideia do acontecimento a que se refere

um determinado trabalho jornalístico.

O lead deve dar resposta a:

Em alguns casos, pode também responder às questões “Como?” e “Porquê?”.

O título

Mas, antes do lead, o primeiro contacto do leitor com a notícia é o título. O título é

dos elementos mais importantes de uma notícia, assim como a presença de uma

fotografia ou de uma imagem, sempre que possível, a ilustrar o acontecimento.

O título deve ser, tanto quanto for possível, curto e apelativo, revelando a

informação essencial da notícia.

Exemplo:

Quem? Onde? O quê? Quando?

Notícia do Jornal “Diário de Notícias” sobre o recorde conseguido em Portugal, tendo, durante quatro dias, as energias renováveis como fonte de eletricidade. Disponível em: http://www.dn.pt/dinheiro/interior/renovaveis-alimentaram-o-pais-quatro-dias-e-meio-5176232.html

Produção de conteúdos

Texto

A produção mediática sobre as alterações climáticas

26

Exemplos de títulos corretos e errados para uma notícia:

o Conferência sobre Alterações climáticas

o O Dia Mundial do Ambiente na escola

o Visita de estudo à LIPOR

o Professor da Universidade do Porto dá conferência sobre alterações

climáticas

o Vários eventos assinalam o dia mundial do ambiente na escola

o Alunos visitam LIPOR

Ao longo de uma notícia, a linguagem a utilizar deve ser clara, rigorosa e isenta.

Para isso, é necessário seguir uma série de normas a nível sintático e gramatical. A

produção de um conteúdo jornalístico passa por várias fases de trabalho até estar

pronto para publicação (ver em pormenor cada uma das fases em "Dicas de produção"

indicada na secção "Recursos de Interesse).

Um acontecimento, diferentes abordagens

Uma notícia pode ter ainda diferentes abordagens jornalísticas, visto que um

mesmo acontecimento pode ser analisado através de ângulos diferentes. Cabe ao

jornalista decidir como vai contar a sua história, começando por dar ênfase a um ou

outro aspeto.

A abordagem dada à notícia pode também variar de acordo com a linha editorial de

cada jornal e o público a quem se dirige.

Atentemos nos seguintes exemplos:

A produção mediática sobre as alterações climáticas

27

Estes exemplos mostram dois ângulos diferentes do mesmo acontecimento,

noticiados por dois jornais. Um representa uma notícia sobre a noite dos óscares e outro

mostra um vídeo com o discurso do ator Leonardo Di Caprio sobre as alterações

climáticas, após ter ganho o galardão para melhor ator, e um texto que o contextualiza.

Para além do ângulo diferente atribuído ao mesmo acontecimento, estes dois

jornais distinguem-se pelo formato em que optaram por apresentar a informação e dar

a notícia.

Recorrendo às vantagens do jornalismo Online e do multimédia, o jornal “Público”

optou por combinar um vídeo com o discurso do ator com um pequeno texto que o

contextualiza. Isto acontece porque o discurso tem maior impacto se utilizado em

formato vídeo ou áudio, do que em texto.

Notícia do Jornal de Notícias. Disponível em: http://www.jn.pt/cultura/interior/acompanhe-aqui-ososcars-

5052514.html

A produção mediática sobre as alterações climáticas

28

Desta forma, é mais eficaz para passar a mensagem e reforçar a abordagem sobre

as alterações climáticas, recorrer à imagem e ao som, combinado com o texto.

Este ângulo é uma outra possibilidade de dar a notícia. Por exemplo, num jornal ou

revista sobre o ambiente, este seria o ângulo preferencial. A notícia foi sobre o alerta do

ator para a ameaça das alterações climáticas e a urgência na tomada de ações concretas

na noite em que ganhou um óscar pela primeira vez e num discurso de agradecimento.

Tendo em conta esta abordagem, os valores-notícia destacados foram o “inesperado” e

a relevância e impacto do discurso.

Com uma abordagem definida, o jornalista escreve a notícia em conformidade com

essa decisão, desenvolvendo, ao longo da mesma, outros factos importantes do

acontecimento.

Num média escolar, mais particularmente num jornal, é também importante seguir

as normas da estrutura de uma notícia, por exemplo, para informar a comunidade

escolar dos mais recentes acontecimentos que envolvem esse estabelecimento de

ensino.

No entanto, nem tudo é notícia. Os temas a abordar, neste caso, terão de ser do

interesse do público do jornal: alunos, funcionários, professores e os pais dos alunos.

Vídeo na secção “Multimédia” do jornal “Público” Disponível em: https://www.publico.pt/multimedia/video/dicaprio-falou-sobre-as-alteracoes-climaticas-20162291110126

A produção mediática sobre as alterações climáticas

29

A entrevista

A entrevista é considerada um género jornalístico quando surge publicada

isoladamente. Regra geral, esta é redigida em formato pergunta-resposta. Neste caso,

e ao contrário do que acontece numa notícia ou reportagem, as perguntas que o

jornalista fez vão aparecer. Por isso, é preciso dar especial atenção à sequência com que

são colocadas e à sua pertinência para que faça sentido para o leitor e se consiga

garantir um bom resultado final.

Existem dois tipos de entrevista neste formato: a temática, com questões com

maior enfoque num determinado tema, que pode ou não estar ligado à atualidade, e a

biográfica, com perguntas mais direcionadas para o percurso de vida e profissional do

entrevistado.

Exemplo de entrevista biográfica:

Entrevista no Clima@EduMedia. Disponível em: http://www.climaedumedia.com/entrevista_filipeduartesantos.html

A produção mediática sobre as alterações climáticas

30

O título

O título na entrevista deve ter sempre que possível o nome da pessoa entrevistada.

Regra geral, como se trata de uma entrevista, o título é composto por uma citação de

destaque.

Parágrafo inicial

A introduzir cada entrevista é sempre necessário ter um pequeno parágrafo inicial

que vai contextualizar o leitor sobre a pessoa entrevistada e o tema da entrevista ou o

que motivou a realização do trabalho.

Se possível, este texto deve contextualizar sobre o tema, abordando os tópicos

essenciais da conversa, despertando, assim, a atenção do leitor para o trabalho

realizado.

Atentemos no parágrafo inicial da entrevista dada em exemplo:

Neste caso é feita uma contextualização, abordando um pouco as temáticas

tratadas na entrevista e o motivo pelo qual Filipe Duarte Santos está a ser entrevistado.

Na área das alterações climáticas, tema de enfoque na página do projeto

Clima@EduMedia, é um dos nomes mais importantes.

Uso de entretítulos

Como as entrevistas, sobretudo as que procuram aprofundar uma temática, podem

ser longas, é importante, para facilitar a leitura, o uso de entretítulos. Neste caso, estes

pequenos títulos, a separar blocos de texto, são geralmente citações de destaque de

frases ditas pelo entrevistado que são referidas nos parágrafos subsequentes.

Exemplo de entrevista temática:

“Filipe Duarte Santos é físico, docente na Faculdade de Ciências da Universidade de

Lisboa e um dos nomes portugueses mais sonantes na área das alterações climáticas.

Começou a investigar sobre o tema quando ainda não se ouvia falar em aquecimento

global. Hoje, mais de 30 anos depois, considera que a sociedade está mais informada,

mas alerta para a necessidade de “implicar os jovens na responsabilização pelo

futuro” do clima.”

A produção mediática sobre as alterações climáticas

31

No exemplo em cima, por ser tratar de uma entrevista extensa, utilizam-se vários

entretítulos, como este:

“Temos um stock de eficiência energética enorme”

Foi coordenadora de estudos que serviram de base ao Programa Nacional de

Alterações Climáticas, ao Roteiro Nacional de Baixo Carbono e à Reforma da

Fiscalidade Verde, bem como a outras medidas de política pública. Como é que

Portugal poderá reduzir os gases com efeito de estufa?

Há dois fatores muito importantes. Um é o stock de eficiência energética. Portugal tem

um stock de eficiência energética enorme em vários setores, mas sobretudo nos

edifícios. Isto significa que nós temos um conjunto de edifícios, no setor residencial e

também dos serviços e comércio, que podem ser melhorados em termos do seu

isolamento, por exemplo, proporcionando uma melhoria no conforto térmico sem

consumir energia ou sem consumir tanta energia.

(…)

Entrevista no Clima@EduMedia publicada no dia 07/12/2015 http://www.climaedumedia.com/cop21juliaseixas.html

A produção mediática sobre as alterações climáticas

32

Por fim, a entrevista deve ser acompanhada por pelo menos uma foto do entrevistado

ou, quando não é possível ou a entrevista é mais focada num determinado tema e não

no percurso pessoal da pessoa em questão, uma foto relativa à temática.

A reportagem

A reportagem é um trabalho jornalístico cujo objetivo é informar o leitor sobre um tema

ou acontecimento de uma forma mais aprofundada e alargada.

O estilo de escrita de uma reportagem deve ser criativo, descritivo e narrativo.

Exemplo:

O título

O título é essencial numa reportagem. Deve ser curto, apelativo e identificar o

tema do trabalho. Nos títulos são de evitar frases exclamativas, podendo surgir na

forma interrogativa ou afirmativa.

Primeiro parágrafo

O primeiro parágrafo da reportagem é, como na notícia, também muito importante,

pois vai contextualizar o leitor acerca do tema abordado. Este deve ser apelativo,

convidando à leitura do texto.

Reportagem da Revista Visão publicada no dia 18/12/2014 e disponível em: http://visao.sapo.pt/ambiente/o-clima-ja-esta-a-mudar-a-nossa-vida=f804925

A produção mediática sobre as alterações climáticas

33

Atentemos no primeiro parágrafo da reportagem em exemplo:

Neste caso o jornalista capta a atenção do leitor, dirigindo-se a ele. As frases são

curtas e o leitor é contextualizado acerca do tema da reportagem: os impactes das

alterações climáticas em Portugal.

Uso de entretítulos

Como a reportagem é um texto geralmente mais longo, é importante, para facilitar

a leitura e organizar a informação, o uso de entretítulos.

Continuemos com o exemplo da revista Visão que, por ser extenso, recorre aos

entretítulos:

Estes são pequenos títulos que podem ser frases muito curtas ou citações

importantes ditas pelo entrevistado. Estas devem estar antes dos parágrafos a que

se refere o entretítulo.

(…) “Por causa disto, e à semelhança do plano de contingência para

as ondas de calor, com avisos à população, existe já um programa de

vigilância de culicídeos (insetos que transmitem doenças).

MENOS ÁGUA, LUZ MAIS CARA

Apesar da frequência de trombas de água, chove cada vez menos em

Portugal, de década para década (com a primavera, o verão e o inverno

mais secos, e o outono mais húmido). No Sul do País, há um "aumento da

contribuição de dias chuvosos para a precipitação anual", diz a

climatologista Fátima Espírito Santo. (…)”

“Menos chuva, mas mais períodos de precipitação extrema. Subida da

temperatura de meio grau por década. Ondas de calor mais frequentes e

longas. Secas intensas e prolongadas. Doenças tropicais. "Sim", pensa o leitor.

"A lengalenga de sempre. Já sei que as alterações climáticas vão afetar o País.

Mas estou mais preocupado com o jantar de hoje."”

A produção mediática sobre as alterações climáticas

34

O entretítulo “Menos água, luz mais cara” introduz ao leitor o tema a ser abordado

nos parágrafos seguintes, ajudando, neste caso, a separar duas temáticas.

Uso de fontes diversas, exploração aprofundada dos assuntos

Outra característica muito comum na reportagem é o uso de várias fontes de

informação. Este género jornalístico utiliza, por isso, várias vezes, elementos de outros

géneros jornalísticos como a entrevista.

Estas fontes podem ser especialistas, mas também estudos científicos, por exemplo.

Para a reportagem da revista “Visão” foram entrevistados diversos especialistas nas

várias áreas de impactes das alterações climáticas.

A diversidade de fontes acrescenta dinamismo, mais informação e credibilidade ao

trabalho realizado. O uso do discurso direto, ou seja, a existência de citações, é também

muito importante no texto jornalístico.

Existem várias formas de citar fontes, como podemos ver no exemplo que

apresentamos:

"A temperatura média global já aumentou 0,85º C desde o período pré-industrial. Em

Portugal, esse aumento é ainda superior", explica Filipe Duarte Santos, coordenador

dos maiores estudos nacionais sobre alterações climáticas.

(…)

Fátima Espírito Santo, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA),

enuncia os dados registados nas últimas décadas. "Desde meados dos anos 70, a

temperatura média subiu em Portugal Continental a uma taxa de cerca de 0,3º C por

década (…)

Segundo o último relatório SIAM (Scenarios, Impacts and Adaptation Measures,

coordenado por Filipe Duarte Santos), a espécie mais afetada será o arroz, com

perdas de produção médias, para o País, entre 55 e 70% (no Alentejo, as perdas

podem chegar aos 91 por cento).

A produção mediática sobre as alterações climáticas

35

As entrevistas para o trabalho de reportagem devem ter em conta um maior

trabalho de pesquisa e perguntas de caráter exploratório. A informação recolhida na

entrevista pode ser utilizada pelo jornalista para escrever o texto.

Tal como numa notícia, o texto na reportagem deve também ser simples e fácil de

entender. Por exemplo, no caso de surgirem conceitos científicos que o público do jornal

desconheça, o jornalista deve explicar o que significam, de modo a esclarecer o leitor.

Por fim, a reportagem, regra geral, surge acompanhada por uma ou várias

fotografias (numa galeria de imagens por exemplo) que ilustrem o tema, fazendo, assim,

parte de um trabalho multimédia.

(…) “existe já um programa de vigilância de culicídeos (insetos que

transmitem doenças).” (…)

Recursos de interesse:

Para saber mais sobre a produção de conteúdos jornalísticos em texto pode aceder à

plataforma “Recursos Educativos” (http://www.climaedumedia.com/recursos-

educativos.html) da página do projeto Clima@EduMedia, procurando na secção “Média”,

o símbolo correspondente ao deste tema neste manual.

Nessa secção pode encontrar os seguintes documentos para visualização e download:

Manual II do MOOC “As alterações climáticas nos média escolares”;

Dicas sobre produção mediática;

Guião de apoio ao trabalho jornalístico; (para ser preenchido pelos alunos com o

auxílio dos professores)

Check-list – redação de um texto jornalístico (para ser preenchido pelos alunos

com o auxílio dos professores)

A produção mediática sobre as alterações climáticas

36

No jornalismo radiofónico, o som é o grande foco de comunicação. Na rádio o texto

é para ser ouvido e, por isso, a linguagem deve ser clara, coloquial e direta ao assunto.

O jornalista deve esforçar-se para que a mensagem chegue a qualquer pessoa, seja

um iletrado ou um professor universitário.

Em resumo, escrever para rádio é respeitar a regra dos 3 C’S:

Claro

Correto

Conciso

Para que a informação que está a ser transmitida seja mais facilmente assimilada

pelos ouvintes, este tipo de jornalismo recorre, regra geral, a duas técnicas:

Técnica da espiral

Lei da redundância

Produção de conteúdos áudio

Técnica que volta a referir, no fecho da peça jornalística, as informações

essenciais.

Permite que a ideia central se mantenha ao longo da notícia, para

facilitar à audiência a retenção das ideias fulcrais. É por essa razão que

se repetem palavras-chave ao longo da notícia.

A produção mediática sobre as alterações climáticas

37

Na rádio, o lead de uma notícia é um pouco diferente do habitual. É importante

chamar logo a atenção do ouvinte, e por isso, não deve ter uma estrutura muito rígida.

É necessário que o ouvinte fique “agarrado” aos conteúdos, tendo o jornalista de

conseguir uma forma mais apelativa de responder às questões essenciais do jornalismo

(“Quem?”, “O quê?”, “Onde?”, “Como?”, “Quando?”, “Porquê?”) ao longo da notícia.

Também para as reportagens e entrevistas a rádio apresenta características

próprias.

A reportagem

A reportagem em rádio vive de sons ambiente e de descrição. Esta vive também de

testemunhos de pessoas, havendo uma identificação emocional da parte do ouvinte.

Através da rádio, podemos conhecer a voz de quem tem uma história para contar.

Os depoimentos são muito importantes. As declarações das fontes devem ser

intercaladas com a voz-off, ou seja, o texto lido pelo jornalista.

A adição de recursos sonoros e de testemunhos dá uma maior riqueza ao trabalho

jornalístico. A reportagem apela, em vários momentos, à criatividade do jornalista.

Os sons que acompanham um trabalho jornalístico em áudio devem ser livres de

direitos de autor. Existem várias páginas na Internet onde é possível encontrar estes

recursos.

Atentemos neste exemplo de Grande Reportagem:

A produção mediática sobre as alterações climáticas

38

Este exemplo consiste numa reportagem alargada sobre a expedição à Antártida do

cientista polar e investigador José Xavier, que estuda o impacte das alterações climáticas

na biodiversidade marinha deste local.

A reportagem é rica em depoimentos do cientista e em entrevistas e também em

sons gravados durante a própria investigação.

A entrevista

A entrevista em rádio pode ser realizada em direto ou editada. Quando editada,

esta apresenta várias vantagens, permitindo, por exemplo, fazer uma seleção da

informação a transmitir. Na edição da entrevista, antes de se colocar trechos do

entrevistado, é importante contextualizar o ouvinte, também em frases curtas e de

forma apelativa, sobre a pessoa que irá falar e o tema a ser abordado. As perguntas

podem aparecer na gravação, num formato pergunta-resposta, ou o jornalista pode

optar por intercalar pequenos trechos de voz-off com as declarações do entrevistado.

Exemplos:

Entrevista em formato pergunta-resposta incluída numa rubrica/programa de rádio:

A produção mediática sobre as alterações climáticas

39

O vox pop

Ainda referente a este género, existe um tipo de entrevista muito comum,

utilizado em rádio e também em televisão.

Este tipo de entrevista chama-se vox pop e normalmente realiza-se quando o

objetivo é auscultar a opinião/perceção/hábitos/ideias da população relativamente a

um determinado tema.

O objetivo é fazer a mesma questão e recolher respostas à mesma por parte de

um grupo diferenciado de pessoas. O vox pop pode utilizar-se, por exemplo, numa

reportagem, ajudando a criar um maior dinamismo. Um tema que pode ser usado e

explorado em vox pop, por exemplo, são os hábitos de separação do lixo.

“Costuma separar o lixo? Com que frequência o faz?”

Exemplo do programa de rádio “Antena 2 Ciência”. Disponível para ouvir em: http://www.rtp.pt/play/p783/e242769/antena2-ciencia

A produção mediática sobre as alterações climáticas

40

Recursos de interesse:

Para saber mais sobre a produção de conteúdos jornalísticos áudio pode aceder à

plataforma “Recursos Educativos” (http://www.climaedumedia.com/recursos-

educativos.html) da página do projeto Clima@EduMedia, procurando na secção “Média”,

o símbolo correspondente ao deste tema neste manual.

Nessa secção pode encontrar os seguintes documentos para visualização e download:

Manual IV do MOOC “As alterações climáticas nos média escolares”;

Dicas sobre produção mediática;

Guião de apoio ao trabalho jornalístico; (para ser preenchido pelos alunos com

auxílio dos professores)

Check-list para redação de uma voz-off. (para ser preenchido pelos alunos com o

auxílio dos professores)

A produção mediática sobre as alterações climáticas

41

No jornalismo audiovisual, o realismo é uma das características mais importantes.

Para além do texto, a imagem e o som auxiliam na transmissão da informação, neste

caso para o telespectador. Por isso se diz que o jornalista de televisão, quando se desloca

ao “terreno” na sua missão de recolha de informação, é “o olho e o ouvido do público”.

No terreno, ele tem de estar atento, tirar notas, selecionar a informação que

considera mais importante para o trabalho que está a desenvolver e, sobretudo,

procurar depoimentos.

O desenvolvimento de um conteúdo jornalístico em vídeo obedece aos mesmos

critérios e regras do jornalismo e tem uma estrutura concreta, tendo uma introdução,

com as informações mais importantes, um desenvolvimento e uma conclusão.

Uma peça jornalística é composta por vários elementos:

VOZ-OFF

Texto gravado pelo jornalista. Este texto está pensado para ser lido e, por isso, socorre-se de

uma linguagem oral.

A voz-off complementa as imagens visualizadas pelo telespectador,

contextualizando ou acrescentando informação e introduz também pequenos excertos de

entrevistas.

O texto da voz-off tem de ser claro e simples para mais facilmente ser compreendido

pelo público.

LEAD O lead de uma peça

televisiva é o texto

introdutório lido pelo

apresentador do telejornal

antes de a peça ser lançada.

IMAGENS As imagens devem ser recolhidas de acordo com o tema

tratado ou acontecimentos. São muito importantes em

televisão. Na recolha de imagens, o critério é recolher o

máximo possível, para permitir uma maior escolha e não

ter de voltar ao local.

Produção de conteúdos em

vídeo

A produção mediática sobre as alterações climáticas

42

Atentemos no seguinte exemplo:

Depoimentos diferentes e identificação com os oráculos: Alguns exemplos

DEPOIMENTOS

Faz parte do trabalho do jornalista

de televisão recolher depoimentos

no local para numa fase seguinte

escolher excertos que vão fazer

parte da peça jornalística.

Estes excertos devem ser curtos e

cuidadosamente selecionados.

ORÁCULOS Os oráculos são uma espécie de legenda, em

grafismo, que têm diferentes funções, servindo

para:

Identificar os intervenientes (autores dos

depoimentos);

Resumir uma ideia ou citação numa frase

curta;

Fornecer dados adicionais ao espectador.

Exemplo de uma notícia do canal de televisão SIC em que é possível verificarmos um oráculo informativo inicial (na caixa a vermelho) que contextualiza quem está a ver e a ouvir. Disponível ver em: http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2015-04-17-PSP-de-Lisboa-organiza-concurso-de-reciclagem-para-criancas-e-idosos

A produção mediática sobre as alterações climáticas

43

A estrutura desta notícia seguiu também a pirâmide invertida, ou seja, o mais

importante aparece no início e o menos importante no fim.

Após uma introdução, um lead propriamente dito, da parte do apresentador (pivô)

do telejornal, a peça jornalística construiu-se seguindo esta “narrativa”:

1) No início, o jornalista já responde às questões “O quê?” e “Quem?” do lead,

mostrando os alunos e a imagem do carro-patrulha que fizeram à base de

materiais recicláveis.

2) Há pouca voz-off para dar espaço aos depoimentos dos participantes da

iniciativa da PSP que descrevem o trabalho que realizaram.

3) Logo de seguida, há uma voz-off que faz a ligação entre os depoimentos das

crianças participantes e os depoimentos dos idosos, que também fizeram um

carro-patrulha.

4) Outro excerto da voz-off dá mais informação ao telespectador: demorou

um mês a desenvolver o carro-patrulha feito de materiais recicláveis.

5) No final de uma peça jornalística, que representa um acontecimento em

particular, há lugar para informações de contexto e que ajudam a fechar a

notícia. As informações dadas pelo jornalista mostram que a iniciativa faz

parte de um concurso, que os carros-patrulha vão estar expostos, dizendo

onde e até quando dura essa exposição.

A notícia em vídeo deve ser curta, tendo entre 1 a 2 minutos, sensivelmente. A peça

jornalística em exemplo tem 1:57.

A entrevista e a reportagem em televisão

Em televisão, há ainda lugar para reportagens e entrevistas. Enquanto género

jornalístico, estas enquadram-se, na maioria das vezes, em rubricas de programas

televisivos de informação, para além do telejornal.

A produção mediática sobre as alterações climáticas

44

A entrevista em televisão serve, muitas vezes, de apoio ou esclarecimento acerca

de um tema em particular, em que, muitas vezes o especialista é convidado do

telejornal ou do programa informativo.

Atentemos no seguinte exemplo:

Neste caso, antes da entrevista, para contextualizar os telespectadores sobre o

tema a ser abordado, os jornalistas da RTP desenvolveram uma voz-off lida pela pivô

(apresentadora do programa), numa curta edição com algumas imagens.

Já a reportagem desenvolve de forma mais aprofundada um determinado assunto,

sendo mais longa e envolvendo um trabalho de investigação mais demorado da parte

do jornalista. Os depoimentos de diferentes especialistas ganham maior protagonismo

neste género jornalístico.

Atentemos no seguinte exemplo:

Exemplo de uma entrevista no programa informativo da RTP “Bom dia Portugal” sobre as alterações climáticas. Disponível para ver em: http://www.rtp.pt/noticias/pais/projeto-estrategico-sobre-clima-lancado-em-lisboa_v797118

A produção mediática sobre as alterações climáticas

45

A reportagem da TVI que vemos no exemplo resultou de um trabalho de dois anos

e foi pela primeira vez mostrada no contexto do início da Conferência das Partes (COP21)

em Paris, realizada em novembro de 2015.

Trata-se de uma “Grande Reportagem” e tem a duração de 25 minutos.

Exemplo de uma reportagem da TVI sobre as alterações climáticas, chamada “Corrida contra o Tempo”. Disponível para ver em: https://www.youtube.com/watch?v=7fJlG7ktIOk

Recursos de interesse:

Para saber mais sobre produção de conteúdos jornalísticos em vídeo pode aceder à

plataforma “Recursos Educativos” (http://www.climaedumedia.com/recursos-

educativos.html) da página do projeto Clima@EduMedia, procurando na secção “Média”,

o símbolo correspondente ao deste tema neste manual.

Nessa secção pode encontrar os seguintes documentos para visualização e download:

Manual V do MOOC “As alterações climáticas nos média escolares”;

Vídeo Módulo V (Média);

Dicas sobre produção mediática;

Guião de apoio ao trabalho jornalístico; (para ser preenchido pelos alunos com

auxílio dos professores)

Check-list – redação de uma voz-off; (para ser preenchido pelos alunos com auxílio

dos professores)

Dicas de filmagem.

A produção mediática sobre as alterações climáticas

46

O termo “multimédia” tem vindo a ganhar maior protagonismo com a Internet.

Progressivamente, jornais, rádios e televisões foram criando os seus próprios espaços

online, permitindo aos leitores, ouvintes e telespectadores voltar a ver uma

determinada informação, fazer os seus comentários, ver novos conteúdos, entre

outras potencialidades.

Muito por intermédio da Internet, a informação pode atualmente ser conjugada por

trechos de uma peça de áudio, texto, ter um vídeo a acompanhar e ter fotografias, numa

galeria de imagens, por exemplo.

A informação na era da Internet ganhou novas características e regras para

transmitir uma mensagem ao utilizador (que deixa de ser apenas ouvinte, leitor ou

telespectador). O termo “multimédia” surge enquadrado no conceito de jornalismo

online.

Multimédia

Utilizar ferramentas multimédia é poder apresentar conteúdos de forma mais

apelativa para o leitor, aproveitando as potencialidades de cada um dos meios

jornalísticos. Na Internet, o utilizador decide o que quer ler, ver e ouvir.

Conjugação no mesmo trabalho de pelo menos dois dos seguintes

elementos: texto, imagem e som.

Produção de conteúdos

multimédia

A produção mediática sobre as alterações climáticas

47

Exemplos:

Esta reportagem é multimédia, pois combina trechos de áudio, texto, vídeo

fotografia e infografia.

O tema é o avanço do mar sobre a costa de Esmoriz e a narrativa está muito assente

nas histórias destas pessoas que lidam diariamente com esta realidade. O utilizador

escolhe o que quer explorar e ver primeiro.

No exemplo acima, vemos que o texto da reportagem dá a conhecer um pouco da

história de Emídio Silva. Junto ao texto, está um “player” de um pequeno trecho de som

se o utilizador quiser ouvir, na primeira pessoa, o testemunho deste entrevistado.

Reportagem multimédia da rádio Renascença chamado “O meu quintal é o mar”. Disponível em: http://rr.sapo.pt/o-meu-quintal-e-o-mar/default.html

A produção mediática sobre as alterações climáticas

48

Infografia

Mas o termo multimédia não se refere apenas à Internet. Num jornal, um

trabalho composto por texto e várias imagens é considerado multimédia.

Uma infografia, por exemplo, um gráfico, representando informação de forma

visual, acompanhando um texto, é também considerado um trabalho multimédia.

Existem dois tipos de infografia e ambas se podem enquadrar numa lógica multimédia

offline e online:

Versus

Estática

Funciona como uma

ilustração gráfica da

informação;

Não permite interação;

Geralmente está

presente em jornais ou

revistas;

Surge com frequência

sob a forma de mapa ou

gráfico;

Dinâmica/Digital

É uma infografia que pode

conter elementos animados;

Permite a interação do

utilizador;

Está presente em várias

seções de multimédia,

sobretudo de jornais e

rádios;

A produção mediática sobre as alterações climáticas

49

Exemplos:

Infografia dinâmica

Esta infografia apresenta algumas potencialidades de interação, como por

exemplo, optar por ver dados sobre a capacidade elétrica instalada, a energia primária

(perceber quais os tipos de fontes de energia a que o país mais recorreu) ou dados sobre

os combustíveis fósseis utilizados para produção de energia.

Permite também explorar informações mais detalhadas sobre cada um dos dados.

Esta infografia está em forma de gráfico que pode ser explorado de forma interativa e

que representa visualmente uma série de informações.

Tal como qualquer trabalho jornalístico, a infografia deve ser realizada com base

em pesquisa de informação e esta deve ser rigorosa e correta. É necessário também

identificar as fontes de informação utilizadas para realizar a infografia. No exemplo em

questão, o utilizador pode consultar mais informação nas fontes que estão

discriminadas após o trabalho.

Exemplo de infografia dinâmica, do jornal Público, sobre as fontes de energia utilizadas em Portugal ao longo de várias décadas Disponível em: https://www.publico.pt/ecosfera/interactivo/um-seculo-de-energia-em-portugal

A produção mediática sobre as alterações climáticas

50

Infografia estática

Multiplataforma

Para além do multimédia, uma outra ferramenta de aproveitamento das

potencialidades de cada média é o uso da estratégia multiplataforma.

Por exemplo, uma revista pode realizar uma reportagem para a edição impressa e,

complementá-la, para o público da sua página online, com um vídeo com um dos

Ficha técnica da infografia

O mesmo trabalho desenvolvido de forma diferente e complementar em duas

ou mais plataformas diferentes, aproveitando as suas características.

Exemplo de infografia realizada pelo Clima@EduMedia. Disponível em:

http://www.climaedumedia.com/conceitos-elementares.html

A produção mediática sobre as alterações climáticas

51

entrevistados. Geralmente, a revista remete o leitor para a informação complementar a

que pode este pode aceder no website.

Esta estratégia é importante também pois permite chegar a diferentes tipos de

público, devido à linguagem utilizada para comunicar a informação. O público que lê a

revista em papel pode não ser o mesmo que vai consultar a versão online da mesma.

Recursos de interesse:

Para saber mais sobre produção de conteúdos jornalísticos multimédia e multiplataforma

pode aceder à plataforma “Recursos Educativos”

(http://www.climaedumedia.com/recursos-educativos.html) da página do projeto

Clima@EduMedia, procurando na secção “Média”, o símbolo correspondente ao deste

tema neste manual.

Nessa secção pode encontrar os seguintes documentos para visualização e download:

Manual III do MOOC “As alterações climáticas nos média escolares”;

Vídeo Módulo III (Média);

Dicas sobre produção mediática;

Guião de apoio ao trabalho jornalístico; (para ser preenchido pelos alunos com

auxílio dos professores)

Check-list – redação de um texto (para ser preenchido pelos alunos com auxílio

dos professores)

Dicas de filmagem;

A produção mediática sobre as alterações climáticas

52

Com o aparecimento da Internet, muitos jornais e revistas passaram a ter as suas

próprias páginas web, passando a desenvolver com maior frequência conteúdos

multimédia.

A acompanhar os canais de televisão, estações de rádio e os jornais, surgiram os

jornais online, que têm na Internet a sua única plataforma para publicação de

conteúdos.

Este tipo de jornalismo – o jornalismo online/digital – vem acompanhado de

algumas características diferentes. Maioritariamente existem jornais online que, tendo

conteúdos escritos, estes são desenvolvidos com uma lógica e estrutura distinta.

Atentemos em algumas dessas características:

Características do jornalismo digital

NARRATIVA HIPERTEXTUAL

Permite colocar hiperligações para

outros conteúdos relacionados (outras

notícias/websites).

Desta forma, é dado contexto e mais

informação sobre um determinado

tema a quem está a ver o trabalho

jornalístico desenvolvido, direcionando

o utilizador para outro conteúdo

explicativo ou página, evitando textos

mais longos.

EDIÇÃO NA HORA

Permite corrigir erros e gralhas no

momento, ao contrário do que

acontece com a edição em papel.

Quando isso acontece, o autor do texto

deve assumir o erro e colocar uma

pequena nota: “Corrigido em/Editado

em/Alterado em”, informando o

utilizador/leitor que o texto teve uma

alteração em relação à informação já

publicada.

Produção de conteúdos para a

Internet

A produção mediática sobre as alterações climáticas

53

Tirando partido destas características, há algumas especificidades a ter em conta

para produzir um conteúdo para ser publicado na Internet.

Deixamos algumas dicas:

Colocar palavras-chave

Estas vão ajudar o utilizador a encontrar mais informação acerca daquele assunto

no próprio website; Hoje em dia há muitos blogues e websites que apresentam estas

potencialidades;

Dividir um conteúdo em diferentes partes por temas

FEEDBACK DIRETO DO PÚBLICO

Possibilita aos leitores, neste caso

utilizadores, um papel mais ativo. Podem

deixar o seu comentário ou opinião sobre

o conteúdo que acabaram de ver.

ESPAÇO ILIMITADO

Os custos de publicação online face ao

jornal, não aumentam em função do

tamanho do conteúdo. Para além disso,

é possível uma subdivisão de conteúdos.

INFORMAÇÃO SEMPRE

ATUALIZADA

Permite uma atualização constante dos

conteúdos desenvolvidos. É possível

publicar uma notícia no próprio dia do

acontecimento e não apenas no dia a

seguir.

POSSIBILIDADE DE TORNAR O

CONTEÚDO MULTIMÉDIA

Permite enriquecer o trabalho com vídeos,

imagens, áudio e infografias, tornando a

informação mais completa.

A produção mediática sobre as alterações climáticas

54

No caso de uma reportagem, é possível dividi-la por temas e interligar as diferentes

partes através de hiperligações.

Cada segmento é independente e o utilizador escolhe o que quer ler.

Colocar um lead apelativo na página principal

Assim convida o utilizador a carregar naquele conteúdo e ler a notícia/ reportagem/

entrevista;

Pensar numa lógica de hiperligações e de conteúdos relacionados

Colocar hiperligações em palavras-chave para conteúdos explicativos ou páginas

credíveis com maior informação sobre o tema. Por exemplo, notícia é baseada num

estudo e ele está disponível na Internet? Então é possível colocar uma hiperligação para

o estudo quando este é mencionado das primeiras vezes.

Atentemos no seguinte exemplo:

Exemplo de reportagem publicada na página do projeto Clima@EduMedia. Disponível em: http://www.climaedumedia.com/biodiversidadeac.html

A produção mediática sobre as alterações climáticas

55

Esta reportagem tem como tema os efeitos das alterações climáticas na

biodiversidade em Portugal. Trata-se de um trabalho multimédia, pois é constituído por

texto e fotos. Poderia ser publicada num jornal em papel, mas, estando online tem a

vantagem de poder contextualizar quem está a ler através de diversas hiperligações.

Neste caso em particular as hiperligações remetem para as páginas dos centros de

investigação a que pertencem os investigadores. A presença destes links acrescenta

credibilidade ao trabalho e direciona o utilizador para mais informação sobre os

especialistas contactados. Uma outra hiperligação presente está na palavra “artigo”,

remetendo o utilizador para o trabalho realizado e publicado pelos entrevistados.

As maiores ou menores potencialidades do jornalismo online dependem também

da plataforma web que está ser utilizada. Hoje em dia existem vários websites e blogues

gratuitos que oferecem várias ferramentas importantes num trabalho jornalístico, como

por exemplo a associação de palavras-chave ou referência e possibilidade de navegar

em conteúdos relacionados.

O jornalismo online “obriga” a uma atualização quase constante de conteúdos,

podendo apostar-se, nestes casos, na publicação de entrevistas e reportagens temáticas

realizadas pelos alunos, espaços de opinião protagonizados por professores, pequenos

vox pop’s com temas de interesse para os mais novos, entre outros.

A produção mediática sobre as alterações climáticas

56

Nas páginas que se seguem apresentamos uma série de hiperligações que podem

ser úteis no desenvolvimento de trabalhos jornalísticos. Por exemplo, são

disponibilizadas hiperligações para websites credíveis na área do ambiente e das

alterações climáticas que podem surgir apresentadas num texto, remetendo o utilizador

diretamente para a fonte de informação, sendo que também sugerimos e apresentamos

uma série de plataformas e ferramentas web gratuitas para a publicação de conteúdos.

Recursos de interesse:

Para saber mais sobre a produção de conteúdos para a Internet e o jornalismo online pode

aceder à plataforma “Recursos Educativos” (http://www.climaedumedia.com/recursos-

educativos.html) da página do projeto Clima@EduMedia, procurando na secção “Média”,

o símbolo correspondente ao deste tema neste manual.

Nessa secção pode encontrar os seguintes documentos para visualização e download:

Manual II do MOOC “As alterações climáticas nos média escolares”;

Vídeo Módulo II (Média);

Dicas sobre produção mediática;

Guião de apoio ao trabalho jornalístico; (para ser preenchido pelos alunos com

auxílio dos professores)

Check-list – redação de um texto. (para ser preenchido pelos alunos com auxílio

dos professores)

A produção mediática sobre as alterações climáticas

57

Uma das competências relacionadas com a literacia mediática é a capacidade de

encontrarmos fontes credíveis, no vasto mundo da Internet, acerca de um determinado

tema. Neste caso, deixamos algumas referências de websites que poderão ser

relevantes no que toca ao tema das alterações climáticas.

Em Portugal, podemos encontrar informação credível, por exemplo, nos seguintes

websites:

Nome do website/página/entidade

Conteúdos relevantes

Endereço

Agência Portuguesa do

Ambiente

- Informação sobre políticas ambientais.

http://www.apambiente.pt/

Grupo de

investigação"Climate Change

Impacts, Adaptation and

Modelling"

- Informação sobre a investigação que tem vindo a ser feita em Portugal nesta área por este grupo de investigação da Universidade de Lisboa. - Contactos de diversos especialistas em alterações climáticas em várias áreas (biodiversidade, mar, adaptação, mitigação, entre outros).

http://cciam.fc.ul.pt/

Naturlink - Conteúdos informativos sobre a Natureza e o Ambiente

http://naturlink.pt/

Associação Portuguesa de

Energias Renováveis

- Informações úteis sobre energias renováveis

http://www.apren.pt/pt/

Instituto de Conservação da

Natureza e das Florestas

- Informações sobre Biodiversidade, Florestas e Áreas Protegidas

http://www.icnf.pt/

Ligações úteis – Alterações

climáticas

A produção mediática sobre as alterações climáticas

58

A nível internacional, existem também importantes fontes a consultar, dos quais

destacamos os seguintes exemplos:

Liga para a Proteção da

Natureza

- Iniciativas para conservação da natureza

http://www.lpn.pt/

Projeto EcoCasa - Informações úteis sobre poupança energética.

http://ecocasa.pt/

Instituto Português do Mar e

da Atmosfera - IPMA

- Informação científica sobre agricultura, mar, ambiente, clima e sismos.

http://www.ipma.pt/pt/oipma/

Laboratório Nacional de

Energia e Geologia (LNEG)

- Investigações em Energia e Geologia.

http://www.lneg.pt/lneg/

Quercus - Iniciativas para conservação da natureza.

http://www.quercus.pt/

Nome do website/página/entidade

Conteúdos relevantes

Endereço

Agência Europeia do

Ambiente (AEA)

- Gráficos e mapas com dados atualizados sobre diferentes vertentes do tema das alterações climáticas.

http://www.eea.europa.eu/pt/themes/climate/intro

Painel Intergovernamental

par as Alterações Climáticas -

IPCC

- Avaliações regulares de base científica sobre as mudanças climáticas, seus impactos e opções para adaptação e mitigação.

http://www.ipcc.ch/

CLIMA-Adapt - Informação sobre políticas e estratégias de adaptação às Alterações Climáticas.

http://climate-adapt.eea.europa.eu/

NASA Global Climate Change

- Gráficos, imagens e vídeos; Informação específica para educadores; secção dedicada a crianças

http://climate.nasa.gov/

A produção mediática sobre as alterações climáticas

59

Uma das competências relacionadas com a literacia mediática é a capacidade de

encontrarmos fontes credíveis, no vasto mundo da Internet, acerca de um determinado

tema.

Neste caso, deixamos algumas referências de websites que poderão ser relevantes

no que toca à educação para os média e à produção de conteúdos mediáticos:

Nome do website/página/entidade

Conteúdos relevantes

Endereço

Direção-Geral de Educação –

área temática de Educação

para os Media

- Referencial de Educação para os Medias para a Educação Pré-escolar, o Ensino Básico e o Ensino Secundário

http://www.dge.mec.pt/educacao-para-os-media

Rádio e Televisões escolares

(Direção-Geral da Educação)

- Informação sobre atividades direcionadas para rádios e televisões escolares

http://erte.dge.mec.pt/radios-e-televisoes-escolares

SeguraNet - Recursos multimédia, jogos e manuais direcionados a professores e a crianças e jovens sobre segurança na internet

http://www.seguranet.pt/pt

Jornais Escolares (Direção-

Geral da Educação)

- Informação sobre atividades direcionadas para jornais escolares

http://jornaisescolares.dge.mec.pt/

Media Smart - Programa sem fins lucrativos de literacia sobre a publicidade nos diversos media

http://www.mediasmart.com.pt/media_smart.1.html

RTP Ensina - Vídeos, áudios, infografias e fotografias produzidas pelos diferentes canais da RTP, com relevância para determinadas matérias escolares

http://ensina.rtp.pt/sobre/

Ligações úteis – Educação

A produção mediática sobre as alterações climáticas

60

Pode ainda ser interessante conhecer outros projetos que, de alguma forma,

abordam temas semelhantes aos que desenvolvemos ao longo do projeto

Clima@EduMedia e neste manual:

Portal da Literacia Mediática

- Recursos para pais, alunos e professores sobre literacia mediática

http://www.literaciamediatica.pt/

E-media Education Lab - Recursos educativos para professores sobre Educação para os Média desenvolvidos por especialistas de vários países europeus.

http://e-mediaeducationlab.eu/

Nome do website/página/

entidade

Conteúdos relevantes

Endereço

O clima é connosco

- Conjunto de ações de comunicação e de sensibilização ambiental para o empowerment climático, promovidas pela ASPEA – Associação Portuguesa de Educação Ambiental

http://oclimaeconnosco.wix.com/o-clima-e-connosco

Eco Escolas

- Programa internacional da “Foundation for Environmental Education”.

Pretende encorajar ações e reconhecer o trabalho desenvolvido pela escola, no âmbito da Educação Ambiental para a Sustentabilidade.

http://ecoescolas.abae.pt/

Jovens Repórteres

pelo Ambiente

- Programa internacional que pretende contribuir para o treino do exercício de uma cidadania ativa e participativa enfatizando a vertente do jornalismo ambiental.

http://jra.abae.pt/

Connect4Climate

- Projeto direcionado para a comunidade mais jovem, com iniciativas em diferentes áreas: cinema, moda, mundo académico e desporto, que pretendem tornar esses mundos mais sustentáveis.

https://www.connect4climate.org/

A produção mediática sobre as alterações climáticas

61

Hoje em dia, há várias formas de aceder a conteúdos gratuitos na Internet, sejam

eles fotos, imagens, músicas, sons, entre outros. Estes conteúdos podem ser de livre utilização ou ter licenças específicas.

Quando procurar conteúdos na Internet deve atentar nestas páginas:

Nome do website/página/entidade

Conteúdos relevantes

Endereço

Sociedade Portuguesa de

Autores

Legislação sobre os direitos de autor

https://www.spautores.pt/autores/legislacao

Creative Commons Licenças Creative Commons http://creativecommons.org/

Flickr

Imagens de utilização gratuita https://www.flickr.com/creativecommons/

Wikimedia commons

Imagens de utilização gratuita https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Images

Unsplash

Imagens de utilização gratuita https://unsplash.com/

Pixabay

Imagens de utilização gratuita https://pixabay.com

Photopin

Imagens de utilização gratuita http://photopin.com/

Open Clipart Library

Imagens de utilização gratuita https://openclipart.org/

Clker

Imagens de utilização gratuita http://www.clker.com/latest/clip+art

Ligações úteis – Média

A produção mediática sobre as alterações climáticas

62

Também na web, é possível encontrar ferramentas que ajudam na edição dos

conteúdos mediáticos. Seguem-se alguns exemplos:

FreeMusicArchive

Músicas de utilização gratuita http://freemusicarchive.org/

FreePlayMusic

Músicas de utilização gratuita http://freeplaymusic.com/

FreeSFX

Músicas de utilização gratuita http://www.freesfx.co.uk/

Opsound

Músicas de utilização gratuita http://opsound.org/

Soundbible

Sons de utilização gratuita http://soundbible.com/

Videvo

Vídeos de utilização gratuita http://www.videvo.net/

Nome do website/página

/entidade

Conteúdos relevantes

Endereço

WeVideo Ferramenta de edição de vídeo online https://www.wevideo.com/

Loopster

Ferramenta de edição de vídeo online http://www.loopster.com/

Magisto

Ferramenta de edição de vídeo online https://www.magisto.com/

Youtube Editor Ferramenta de edição de vídeo online https://www.youtube.com/editor

Soundation Studio Ferramenta de edição de som online https://soundation.com/

Mp3Cut

Ferramenta de edição de som online http://mp3cut.net/pt/

Gimp Software gratuito de edição de fotografia

https://www.gimp.org/downloads/

A produção mediática sobre as alterações climáticas

63

Para publicação de conteúdos mediáticos, são várias as ferramentas que estão

disponíveis de forma gratuita. Seguem-se alguns exemplos:

Priberam

Dicionário online – Ferramenta de apoio à escrita

https://www.priberam.pt/DLPO/

Infopédia

Dicionário online – Ferramenta de apoio à escrita

https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/

Nome do website/página

/entidade

Conteúdos relevantes

Endereço

Weebly Plataforma de criação de websites gratuitos

https://www.weebly.com/

Wordpress Plataforma de criação de websites gratuitos

https://wordpress.com/

Soundcloud Plataforma gratuita de publicação de podcasts

https://soundcloud.com/

Spreaker Plataforma de criação e publicação de podcasts

https://www.spreaker.com/

Vimeo Plataforma de publicação de vídeos https://vimeo.com/

Google Drive Plataforma que permite a edição e trabalho colaborativo de texto e partilha de diversos documentos.

https://drive.google.com/

Dropbox Plataforma de partilha e armazenamento de ficheiros.

https://www.dropbox.com/

Wetransfer Plataforma para enviar de ficheiros até 2 GB .

https://www.wetransfer.com/

A produção mediática sobre as alterações climáticas

64

Brooks, B., Kennedy, G., Moen, D. & Ranly, D. (2002). News Reporting and Writing (7ª ed.).

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A produção mediática sobre as alterações climáticas

67

Coordenação geral e científica:

José Azevedo

António Guerner

Produção executiva:

Susana Neves

Consultadoria:

Luísa Aires

Paulo Rocha

Equipa pedagógica:

Diana Seabra

Margarida Marques

Paulo Rocha

Equipa de materiais de apoio pedagógico:

Ana Cristina Torres

Cátia Santana

Cláudia Azevedo

Diana Seabra

Isabel Pereira

Ivone Santos

Margarida Marques

Renata Silva

Estruturação de conteúdos:

Isabel Pereira

Renata Silva

Design gráfico:

Isabel Madalena

Vanessa Costa

Ficha técnica