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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRUSQUE – UNIFEBE CURSO DE DIREITO A PRIVATIZAÇÃO DO SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO: solução ou utopia, um ensaio teórico à luz da realidade vigente no Brasil Aluno: Carlos Arnoldo Queluz Orientadora: Profª. Esp. Isolde Inês Lemfers BRUSQUE JUNHO/2010

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Page 1: A PRIVATIZAÇÃO DOS PRESÍDIOS NO BRASIL SLIDE

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRUSQUE – UNIFEBECURSO DE DIREITO

A PRIVATIZAÇÃO DO SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO: solução ou utopia, um ensaio teórico à luz da

realidade vigente no Brasil

Aluno: Carlos Arnoldo QueluzOrientadora: Profª. Esp. Isolde Inês Lemfers

BRUSQUEJUNHO/2010

Page 2: A PRIVATIZAÇÃO DOS PRESÍDIOS NO BRASIL SLIDE

Este trabalho tem como ideia central estudar os aspectos da privatização do sistema penitenciário brasileiro, como uma plausível solução ao atual caos em que se encontra este sistema.

Partindo disso, discorrer sobre os aspectos inerentes a privatização dos presídios, destacando exemplos bem sucedidos no Brasil e apresentando argumentos favoráveis e desfavoráveis a sua implantação.

INTRODUÇÃO

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PROBLEMA, HIPÓTESES, OBJETIVOS

Problema: É solução ou utopia a privatização do sistema

prisional brasileiro?

Hipóteses: O sistema penitenciário brasileiro vive hoje um estado

de tensão permanente; O direito de punir pertence exclusivamente ao Estado; A privatização do sistema penitenciário não é um

prenúncio de solução para o estado de tensão que vive o sistema hoje;

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PROBLEMA, HIPÓTESES, OBJETIVOS ... continuação

A flutuação da população prisional; O aumento repentino e considerável da criminalidade; Interferência Estatal no intuito de equacionar o sistema

prisional.

Objetivos: Investigar a possibilidade (jurídica e factual) de

privatização dos estabelecimentos prisionais brasileiros como uma provável solução para a busca da Ressocialização do apenado.

 

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METODOLOGIA

O método utilizado na fase de investigação foi o indutivo, cuja operacionalização ocorreu com a adoção das técnicas do referente, da categoria, do conceito operacional e da pesquisa bibliográfica, bem como a pesquisa de campo, onde foram colhidas opiniões de pessoas que vivenciam o sistema prisional, bem como de pessoas abnegadas preocupadas com a atual situação carcerária brasileira.

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ROL DE CATEGORIAS

PRISÃO PRESÍDIO PRESO PRIVATIZAÇÃO RESSOCIALIZAÇÃO

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“Costuma-se dizer que ninguém conhece verdadeiramente uma nação até que tenha estado dentro de suas

prisões. Uma nação não deve ser julgada pelo modo como trata seus

cidadãos mais elevados, mas sim pelo modo como trata seus cidadãos mais

baixos”

(Nelson Mandela – Long Walk to Freedon, Little Brown, Londres: 1994)

Page 8: A PRIVATIZAÇÃO DOS PRESÍDIOS NO BRASIL SLIDE

BREVE RELATO HISTÓRICO

Inicialmente no EUA na década de 80 Diminuir gastos Superlotação Falta de vagas Perspectiva de altos lucros –Forte pressão do

empresariado sobre o Estado 1989 – 20 unidades prisionais 1993 – 43 - Hoje 260

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O SURGIMENTO DA IDEIA DE PRIVATIZAÇÃO NO BRASIL

1992 - A proposta de Edmundo Oliveira ao Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.

O repúdio da OAB, MP e Magistratura 1999 – Dep. federal Luiz Barbosa – PL

2.146/99 - Submetido a apreciação do CNPCP foi rejeitado.

Justificativa: Os problemas não seriam resolvidos pela privatização.

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OBSTÁCULOS A PRIVATIZAÇÃO

ASPECTOÉTICO

Vantagens econômicas com o trabalho carcerário – (Art. 5º, XLVII, C – CF)

ASPECTO POLÍTICO

O lucro com o encarceramento leva ao aumento da criminalidade.

ASPECTO JURÍDICO

Execução da pena e outras sanções- LEP. O trabalho carcerário gerenciado por empresa privada – (Art. 34 – LEP) Indelegabilidade da atividade jurisdicional – Inconstitucional.

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PRIVATIZAÇÃO OU TERCEIRIZAÇÃO

A Confusão. Como definir privatização? Para muitos seria, inclusive, a total

transferência das atividades relativas e execução penal.

Para outros um termo “deselegante” e impreciso.

Terceirização forma suave de privatização

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OS PRIMEIROS MODELOS APLICADOS NO BRASIL

Penitenciária Industrial de Guarapuava (1999)

Penitenciária Industrial Regional do Cariri (2001)

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O MODELO CATARINENSE

Penitenciária Industrial de Joinville (2005)

Adota sistema terceirizado Não existe superlotação carcerária Incentivo ao trabalho e ao estudo Atualmente comporta 366 detentos Índice de reincidência 12%

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ÁREA FÍSICA

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Trabalho

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ASSISTÊNCIA E ESTUDO

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O MODELO APAQUEANO

Associação de Proteção de Assistência aos Condenados

Entidade sem fins lucrativos Modelo Pesquisado: Itaúna/MG Implantado em 1984 A sociedade cuidando da própria sociedade Indice de reincidência: 10%

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ESPAÇO FÍSICO E TRABALHO

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CONCLUSÕES

1. Os objetivos propostos foram atendidos a teor do exposto nos capítulos 1,2 e 3;

2. As hipóteses propostas, mesmo que em parte, restaram confirmadas através da exposição da bibliografia, mostrando estar, o tema carente de estudos mais aprofundados;

3. Conclui-se que a implantação do modelo de privatização no sistema penitenciário brasileiro está muito longe de acontecer. O principal complicador que podemos notar gira em torno das definições que envolvem as palavras privatização e terceirização, visto que privatizar encontra obstáculos em nosso ordenamento jurídico e terceirizar não. Porém, com base no presente estudo, onde foi possível vivenciar os modelos públicos e os modelos públicos-privados de gestão penitenciária, restou demonstrado que o modelo privatizado, sem que o Estado delegue suas funções exclusivas, não constitui uma utopia, mas sim a mais provável solução para o caótico problema carcerário brasileiro, em busca da RESSOCIALIZAÇÃO do apenado, objetivo maior para manter a paz social.