1914 -1918

• Entre 1871 e 1914 a sociedade européia - liberal e

capitalista, passou por uma das fases de maior

prosperidade devido ao desenvolvimento industrial

que trouxe conforto e a ciência e a técnica que

abriram possibilidades de comunicação e transporte,

com a invenção do telégrafo, do telefone e do

automóvel (aumento da produção exigia novos

mercados).

• Entretanto, devido as disputas territoriais e a má

distribuição dos benefícios do progresso entre a

população, gradativamente instaurou-se um clima de

instabilidade política que logo desencadearia em uma

guerra (1914).

• Essa expressou se justifica não só pela sua extensão

geográfica, mas ainda pelas proporções que o

confronto alcançou, pelo aparato bélico e potencial

destrutivo: 9 milhões de mortos na Europa, além de

imenso prejuízo material.

• Os produtos industriais da Alemanha começaram a

ganhar mercado em regiões dominadas pela

Inglaterra. Sua engenharia e indústria naval

ameaçava a supremacia inglesa nos mares.

• Em 1889, a Alemanha anunciou a construção de uma

ferrovia que ligaria Berlim a Bagdá (região rica em

petróleo).

• Os países europeus de industrialização mais antiga,

como Inglaterra e França, ocuparam vastas regiões de

outros continentes no século XIX, formando enormes

impérios coloniais. A Itália e a Alemanha, cuja

unificação e desenvolvimento industrial se deram

tardiamente (1870 e 1871 respectivamente), queriam

novos mercados e desfrutar da partilha da África e

da Ásia. Com isso, Itália e Alemanha começaram a

reivindicar, por meio de pressões diplomáticas e

militares, áreas do mundo colonial.

• Disputa entre Alemanha e França pelo Marrocos, que

era rico em minérios (o acordo de 1904 concedeu o

território aos franceses);

• Disputa entre a França e a Itália pela Tunísia

• Ao longo do século XIX, o nacionalismo mobilizou

povos na luta pela unidade territorial e pela

afirmação dos valores e tradições nacionais. O

nacionalismo europeu assumiu diferentes formas.

• Sentimento provocado pela derrota da França na

Guerra Franco-Prussiana (1870-1871). Ensinava-se

nas escolas, igrejas e imprensa francesas o ódio aos

alemães.

• Afirmação russa de proteção aos povos eslavos que

frequentemente gerava conflitos entre a Rússia e os impérios

Austro-húngaro e Turco-Otomano pelo domínio dos Bálcãs

(região com diferentes etnias e religiões que ligava a Europa

ao Oriente).

• Até o começo do século XIX essa região era dominada pelo

Império Turco-Otomano. Gradativamente, nações foram

conquistando sua independência como a Grécia (1820), a

Sérvia, Montenegro e a Romênia (1828), a Bulgária (1897) e a

Albânia (1912).

• A Sérvia queria aumentar seu território reivindicando

a província da Bósnia-Herzegovina que estava sob o

domínio do Império Austro-húngaro.

• Corrente ideológica que lutava pela união dos povos

europeus de origem germânica sob a liderança alemã

(Liga Pangermânica, em 1893).

• As manifestações nacionalistas e as disputas

imperialistas formaram dois blocos antagônicos de

nações:

• A Tríplice Aliança – Alemanha, Austro-Hungria e a

Itália;

• A Tríplice Entente – Inglaterra, Rússia e França.

• O assassinato do herdeiro do trono austríaco

desencadeou uma série de conflitos que resultou na

I Grande Guerra.

• A I Grande Guerra durou de 1914 a 1918. Ficou

conhecida como “guerra de trincheiras”. E

participaram dela:

• Tríplice Aliança – Alemanha, Austro-Hungria, Império

Turco-Otomano e Bulgária;

• Tríplice Entente – Inglaterra, França, Rússia, Sérvia,

Japão, Portugal, Romênia, Estados Unidos, Grécia,

Brasil e Itália.

• Alemanha – Pagou a conta da guerra. Perdeu a Alsácia-

Lorena para a França e outras regiões para Bélgica,

Tchecoslováquia e Polônia. Foi criado o “corredor polonês”

(estreita faixa de terra ligando a Polônia ao Mar Báltico)

que cortou a Alemanha em duas partes. Teve que pagar

uma pesada indenização em dinheiro como “reparações

de guerra”. Entregou parte de sua frota de navios,

locomotivas e reservas de ouro as nações vencedoras. Foi

proibida de ter marinha de guerra, tanques e artilharia

pesada. Seu exército foi fixado em 100 mil soldados;

• Inglaterra – Fim da hegemonia inglesa;

• Rússia – perdeu parte de seu território;

• EUA – emergência dos Estados Unidos que vendeu

armas e prosperou muito durante a guerra. Após a

guerra os países europeus estavam endividados com

os EUA. Os norte-americanos abasteceram os países

europeus, bem como, suas colônias com produtos

industriais e alimentícios durante a guerra.

• Participaram da conferência 32 governos, liderados

pela Inglaterra (Lloyd George), França (Georges

Clemenceau) e EUA (Woodrow Wilson).

• O Tratado fixou os termos de paz, reformulou o mapa

da Europa, desmembrou o Império Austro-húngaro e

Turco-Otomano, dando origem a diversas nações,

constituiu a Sociedade das Nações ou Liga da

Nações a fim de estimular o convívio pacífico entre os

povos do mundo, e impôs duras condições a Alemanha

a título de “reparações de guerra”.

• A I Grande Guerra não foi capaz de

por fim a sua principal causa: disputa

entre as nações mais desenvolvidas

pela hegemonia do mercado mundial

(práticas imperialistas).