a presença de deus no ser humano

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Page 1: A presença de deus no ser humano
Page 2: A presença de deus no ser humano

A PRESENÇA DE DEUS NO SER

HUMANO E A BUSCA DE SENTIDO EM

VIKTOR FRANKL

Ir. Fernanda Olivette dos Santos ASCJ

Page 3: A presença de deus no ser humano

OBJETIVO

Compreender que a busca do ser

humano pelo transcendente o auxilia a

responder ao seu anseio por um sentido

à sua vida.

Page 4: A presença de deus no ser humano

“[...] este período, de mudanças rápidas e complexas, deixa, sobretudo os jovens, a quem pertence e de quem depende o futuro, na sensação de estarem privados de pontos de referência autênticos. A necessidade de um alicerce sobre o qual construir a existência pessoal e social faz-se sentir de maneira premente, principalmente quando se é obrigado a constatar o caráter fragmentário de propostas que elevam o efêmero ao nível de valor, iludindo assim a possibilidade de se alcançar o verdadeiro sentido da existência. Deste modo, muitos arrastam a sua vida quase até à borda do precipício, sem saber o que os espera. Isto depende também do fato de, às vezes, quem era chamado por vocação a exprimir em formas culturais o fruto da sua reflexão, ter desviado o olhar da verdade, preferindo o sucesso imediato ao esforço duma paciente investigação sobre aquilo que merece ser vivido.”

(JOÃO PAULO II, 2006, p. 13, § 6)

Page 5: A presença de deus no ser humano

“Ele (Deus) é a realidade primeira, fundamental,

onipresente e onicompreensiva, que nos tira do

nada com um puríssimo ato de amor, e com

igual amor nos mantém no ser. Para Deus, pois,

que corre espontâneo e insistente o nosso

pensamento; para ele corre insaciavelmente,

como a “corça para a nascente da água”,

porque dele pouco sabemos, apesar de a

história das religiões e da humanidade ter

colecionado tantas mensagens a seu respeito.”

(Mondin)

Page 6: A presença de deus no ser humano

A PRESENÇA DE DEUS

“Rompeu Deus o silêncio: saiu de

seu mistério, dirigiu-se ao homem e

desvendou-lhe os segredos de sua

vida pessoal; comunicou-lhe seu

desígnio inaudito de uma aliança que

levasse a uma participação de vida.”

(LATOURELLE 1981, p. 5)

Page 7: A presença de deus no ser humano

“A razão e a fé constituem como duas

asas pelas quais o espírito humano se

eleva para a contemplação da verdade.

Foi Deus quem colocou no coração do

homem o desejo de conhecer a verdade

e, em última análise, de conhecer a ele,

para que, conhecendo-o e amando-o,

possa chegar também à verdade plena

sobre si próprio.”

Papa, João Paulo II, na Carta Encíclica Fides et Ratio, de João Paulo II (1998, p. 5)

Page 8: A presença de deus no ser humano

A BUSCA DE SENTIDO

A busca de sentido presente no homem é como um

anseio de o fazer perceber-se capaz de ser mais que o

mero existir imanente.

“O homem não é capaz de viver por mecanismos de

defesa e dar a vida por formações reativas, mas o

homem é capaz sim de viver por valores e ideais e dar

a vida por eles se for preciso.”

(Frankl)

Page 9: A presença de deus no ser humano

VIKTOR EMIL FRANKL

Sendo judeu foi preso juntamente com sua esposa no

mesmo ano em que se casaram, no ano de 1942, nos

campos de concentração perde sua esposa e seus pais.

Frankl passa por quatro campos nazistas entre 1942 a

1945 o mais conhecido deles é o “famoso” Auschwitz

(1944).

Nasceu em Viena, 26 de março de 1905.

2 de setembro de 1997.

Page 10: A presença de deus no ser humano

LOGOTERAPIA

Dimensão noética: Autotranscendência

Vazio

existencialLiberdade e

responsabilidade

Page 11: A presença de deus no ser humano

A FELICIDADE NA PERSPECTIVA DE VIKTOR FRANKL

Page 12: A presença de deus no ser humano

A experiência da vida no campo de

concentração mostrou-nos que a pessoa

pode muito bem agir “fora dos esquemas”.

Há suficientes exemplos, muitos deles

heroicos, que demonstraram ser possível

superar a apatia e reprimir a irritação; e

que continua existindo, portanto, um

resquício de liberdade do espírito humano,

de atitude livre do eu frente ao meio

ambiente, mesmo nessa situação de

coação aparentemente absoluta, tanto

exterior como interior [...]

Page 13: A presença de deus no ser humano

No campo de concentração se pode privar a pessoa

de tudo, menos da liberdade última de assumir uma

atitude alternativa frente às condições dadas. E

havia alternativa! A cada dia, a cada hora no campo

de concentração, havia milhares de oportunidades

de concretizar essa decisão interior, uma decisão

da pessoa contra ou favor da sujeição aos poderes

do ambiente que ameaçavam privá-la daquilo que é

sua característica mais intrínseca - sua liberdade - e

que a induzem, com a renúncia à liberdade e à

dignidade, a virar mero joguete e objeto das

condições externas, deixando-se por eles cunhar

um prisioneiro “típico” do campo de concentração.

(FRANKL, 2011, p. 88)

Page 14: A presença de deus no ser humano

“Naquele momento eu sabia pouco

de mim ou do mundo, só tinha na

cabeça uma frase, sempre a mesma:

desde minha estreita prisão chamei

o meu Senhor e Ele me respondeu

desde o espaço na liberdade.”

(Frankl)

Page 15: A presença de deus no ser humano

“quem busca sempre encontra Deus,

porque se dá conta de que sempre

estava nele antes mesmo de buscá-lo

[...] o mistério de Deus é a raiz de

nossa própria vida”.

(Leonardo Boff)

Page 16: A presença de deus no ser humano

A EXPERIÊNCIA COM DEUS COMO

RESPOSTA À BUSCA DE SENTIDO

O aspecto mais sublime da dignidade humana

está nesta vocação do homem à comunhão com

Deus. Este convite que Deus dirige ao homem,

de dialogar com Ele, começa com a existência

humana. Pois se o homem existe, é só porque

Deus o criou por amor e, por amor, não cessa

de dar-lhe o ser, e o homem só vive

plenamente, segundo a verdade, se reconhecer

livremente este amor e se entregar ao Criador.

(PAPA PAULO VI. 1965, p.19,§1)

Page 17: A presença de deus no ser humano

“Se Deus existe, a vida pode não se acabar com a morte, o conceito de justiça alarga-se e a imortalidade da alma deixa de ser apenas uma quimera, já que irrompe a perspectiva da eternidade. Um destino no além-túmulo se nos espera e somos interpelados a agir, aqui e agora de acordo com as suas exigências irrefragáveis. Além disso os valores supremos que norteiam nossa existência também passam a ser outros, porquanto o fim para o qual tendemos muda. Eis o transcendente como fim último do homem, e o que o move não pode ser mais valores tão somente temporais e pragmáticos, outrora absolutos e invioláveis.”

(CAMPOS; 2011, p. 17)

Page 18: A presença de deus no ser humano

“Em um último e violento protesto contra o inexorável

de minha morte iminente, senti como se meu... senti-

me transcender àquele mundo desesperado,

insensato, e de alguma parte escutei o vitorioso “sim”

como contestação à minha pergunta sobre a

existência de uma intencionalidade última. E naquele

momento, em uma franja longínqua acendeu uma luz,

que ficou ali fixa no horizonte como alguém a houvera

pintado, em meio do gris miserável daquele

amanhecer na Baviera. E a luz brilhou em meio à

obscuridade.”

(FRANKL, 1982, p.48)

Page 19: A presença de deus no ser humano

O desejo de Deus está inscrito no coração do

homem, que foi criado por Deus e para Deus.

Deus não deixa de atrair o homem para si, e só

em Deus encontra a paz, a verdade e a alegria,

que não cessa de buscar. O homem é um ser

religioso. Como dizia São Paulo na cidade de

Atenas, "em Deus vivemos, nos movemos e

existimos" .*

(CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. Nº. 27, p.23, 1993)

*ATOS DOS APÓSTOLOS, 17:28. b

Page 20: A presença de deus no ser humano

A LIBERDADE E A RESPOSTA DO HOMEM A DEUS

“Pela fé, o homem presta assentimento a esse testemunho divino de

transcendência. Isto significa que reconhece plena e integralmente a

verdade de tudo o que foi revelado, porque é o próprio Deus que o garante.

Esta verdade, oferecida ao homem sem que ele a possa exigir, insere-se no

horizonte da comunicação interpessoal e impele a razão a abrir-se a esta e

a acolher o seu sentido profundo. É por isso que o ato pelo qual nos

entregamos a Deus sempre foi considerado pela Igreja como um momento

de opção fundamental, que envolve a pessoa inteira. Inteligência e vontade

põem em ação o melhor da sua natureza espiritual, para consentir que o

sujeito realize um ato no pleno exercício da sua liberdade pessoal. Na fé,

portanto, não basta a liberdade estar presente, exige-se que entre em ação.

É a fé que permite a cada um exprimir, do melhor modo, a sua própria

liberdade. Por outras palavras, a liberdade não se realiza nas opções contra

Deus. Na verdade, como poderia ser considerado um uso autêntico da

liberdade, a recusa de se abrir àquilo que permite a realização de si

mesmo? No acreditar é que a pessoa realiza o ato mais significativo da sua

existência; de fato, nele a liberdade alcança a certeza da verdade e decide

viver nela.”

(JOÃO PAULO II, 2006, p. 21, § 13)

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