deus tem rosto humano

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INTENÇÃO MENSAL DA MI DEUS TEM ROSTO HUMANO R ec?nhece: a presença de Cri~to ~o prOXUllOe uma esperança, pOIS nao é um processo automático, mas uma dinâmica gradual e consciente de quem escolheu transformar a própria sensibilidade naquela de Cristo que se identifica com cada pessoa huma- na, em qualquer situação que esta se encontre, segundo a sua condição (cf. Mt 25,31-46). Sensibilidade humana que orienta o próprio pensamento e liberdade a quem mais precisa, que sabe dar e respeitar o espaço do outro, que oferece sem lamentações e sensação de perda seu precioso tempo, a própria experiência e paci- ência, os bens, os talentos e a riqueza espiritual, a companhia na alegria e desencanto do amigo, a própria prece por quem esmaga e destrói a saúde integral dos mais fragilizados. A esperança cristã carrega um aspecto paci- ficante, que brota como consequência daquela intimidade quotidiana vivida com Cristo: que o Senhor Jesus, verdade e graça (cf. Jo 1,14), tocando os pontos de desequilíbrio e inércia do nosso coração, integre as energias da nossa natu- reza humana e as experiências de nossa existên- cia histórica com as intenções do Pai Celeste e a liberdade criativa do Espírito Santo que já habita em nós, para nos transfigurar como pessoas de excelência humana e caridade 010

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Intenção Mensal

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Page 1: Deus tem Rosto Humano

INTENÇÃO MENSAL DA MI

DEUS TEMROSTO HUMANO

R ec?nhece: a presença de Cri~to ~oprOXUllOe uma esperança, pOIS naoé um processo automático, mas uma

dinâmica gradual e consciente de quem escolheutransformar a própria sensibilidade naquela deCristo que se identifica com cada pessoa huma-na, em qualquer situação que esta se encontre,segundo a sua condição (cf. Mt 25,31-46).Sensibilidade humana que orienta o própriopensamento e liberdade a quem mais precisa,que sabe dar e respeitar o espaço do outro, queoferece sem lamentações e sensação de perdaseu precioso tempo, a própria experiência e paci-ência, os bens, os talentos e a riqueza espiritual,

a companhia na alegria e desencanto do amigo, aprópria prece por quem esmaga e destrói a saúdeintegral dos mais fragilizados.

A esperança cristã carrega um aspecto paci-ficante, que brota como consequência daquelaintimidade quotidiana vivida com Cristo: queo Senhor Jesus, verdade e graça (cf. Jo 1,14),tocando os pontos de desequilíbrio e inércia donosso coração, integre as energias da nossa natu-reza humana e as experiências de nossa existên-cia histórica com as intenções do Pai Celeste e aliberdade criativa do Espírito Santo que já habitaem nós, para nos transfigurar como pessoas deexcelência humana e caridade

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Page 2: Deus tem Rosto Humano

Isto significa sentir profundamente a mi-sericórdia divina que nos perscruta e sondanossas misérias, insuficiências e falências, nosensinando a não nos refugiarmos em subter-rugi os e esquemas da culpa, mas olharmo-noscom os olhos de Deus (cf. Gn 1,31; Dt 32,10;Eclo 11,12-13; SI 44,21; Mt 22,10), perceber-mo-nos como imagens da Trindade Santíssima,tratarmo-nos com realismo e respeito derivantedaquela filiação divina que nos compõe. Cristoé a chave deste caminho lento, mas necessário(cf. Ef 4, 13), pois é a imagem visível do Deusinvisível (cf. Col 1,15), que a nossa consciênciadeve assimilar.

A caridade precisa passar pelo crivo de umaexperiência integrativa de nossos limites paraque o rosto de quem é diferente de nós não nosescandalize, mas receba toda a nossa gentilezae acolhida. Quem não acolhe e integra aquiloque dentro de si parece estranho à própriapersonalidade e saúde interior, e se caracterizacomo uma limitação para o bem, não conseguereceber com naturalidade a cultura o costumea linguagem e a experiência de vida'diferente d~própria, pois trata com distância e os identificacomo ameaça, marginalizando como um perigoa presença e convivência com o estrangeiro, omigrante, o diferente.

Nascidos na cultura brasileira, aprendemosdesde pequenos a integrar as diferenças emnossa nação multiétnica, mas a caridade radicalao desconhecido é um fato não culturalmentedado e por vezes se embate com os limites denossa personalidade e organismos da sociedadede pertença. Em algumas regiões da Europa, aquestão dos migrantes e dos estrangeiros porvezes se torna um problema estrutural para asdimensões organizativas. No entanto, nem asmelhores condições culturais ou as mais intri-gantes problemáticas estruturais excluem quetal caridade radical, como valor da pessoa, éconstruída com motivação e generosidade, comomodelo convincente que a nossa mente e afetoaceitam e se apropriam como sua propriedadee característica principal. Se a imitação da ma-ternidade de Maria, a nós cristãos católicos se,torna o nosso empenho pessoal de caridade e osegredo para uma acolhida incondicional, pro-gredimos no amor maduro que reconhece Cristono próximo e constrói uma cultura de vida.

Reconhe-cer apresençade Cristono próxi-mo é umaesperança

Perguntas

1Comoencaramos

as diferençasculturais nosambientesque frequen-tamos?

2 Qual osentimento

que nutrimosdiante dosinnàos menosfavorecidos?

ÁREA DEFOR\lAÇo\O

CONSAGRAÇÃO ANOSSA SENHORAVirgem Imaculada. Minha mãe Maria.

Eu renovo, hoje e sempre, a consagraçãode todo o meu ser, para que disponhaisde mim para o bem de todos. Somentepeço que eu possa, minha rainha e mãe

da Igreja, cooperar fielmente com a vossamissão de construir o reino do vosso FilhoJesus, no mundo. Para isso, vos ofereço

minhas orações, sacrifícios e ações."Para que reconheçamos a presença de Cristono rosto dos migrantes e dos estrangeiros que

vivem no meio de nós"Ó Maria concebida sem pecado, rogai por

nós que recorremos a vós e por todosquantos não recorrem a vós, especialmentepelos inimigos da santa Igreja e por todos

quantos são a vós recomendados.

Somos protagonistas de uma cultura de sã in-tegraçào ou de distância e precaução exageradapara com quem, diferente de nós culturalmentemas não em dignidade, espera de nós gesto~evidentes que prolonguem os sentimentos deCristo, tais como a simplicidade no trato, afa-bilidade e delicadeza no acolher, serenidade emreceber e conviver com quem é diferente, comespírito de interesse e aprendizagem?!

Qual sentimento permitimos que de imediatorecebam de nossa parte: o nosso homem velhomesquinho que se defende ou o homem novo dedilatado coração filial, materno e paterno ternodisponível a doar-se!? "

Na companhia de graça de Maria, mãe emestra, busquemos amar não a ideia de Cristoque construímos em nossa mente, mas a realida-de da pessoa de Cristo que nos abre ao coraçãoda Trindade, que por si mesmo se apresenta nasinstâncias da vida quotidiana, em nossos irmãose, de modo radical e concreto, em cada irmão.

ROBERTO MÁRIO BARBOSAMISSIONÁRIO DA IMACULADA-PADRE KOLBE

CENTRO INTERNACIONAL DA MIROMA - ITÁLIA

S.\IB \ \tAIS: w\\w.miliciadaimaculda.org.br.\IILíCIA DA I\tACULADA/ESPIRITUALID·\OE