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A Política Nacional de Defesa XVII CURSO DE EXTENSÃO EM DEFESA NACIONAL 25 de abril de 2018 UNIJORGE Salvador - Bahia Chefia de Assuntos Estratégicos Cel GUILHERME Assessor Militar Subchefia de Política e Estratégia

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A Política Nacional de Defesa

XVII CURSO DE EXTENSÃO EM DEFESA NACIONAL

25 de abril de 2018 – UNIJORGE Salvador - Bahia

Chefia de Assuntos Estratégicos

Cel GUILHERME Assessor Militar

Subchefia de Política e Estratégia

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

A BASE LEGAL DE DEFESA

A POLÍTICA NACIONAL DE DEFESA

CONSIDERAÇÕES FINAIS

2

MINISTRO DA DEFESA

Conselho Militar de Defesa

ESTADO-MAIOR CONJUNTO DAS FORÇAS ARMADAS

GABINETE DO SECRETÁRIO-GERAL

Escola Superior de Guerra (ESG)

Organização Institucional

Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto

Produtos de Defesa

Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia

Operações Conjuntas

Assuntos Estratégicos

Logística

- Assessoria de Planejamento (ASPLAN) - Consultoria Jurídica - Secretaria de Controle Interno - Instituto Pandiá Calógeras (IPC)

EB MB FAB

MINISTRO DA DEFESA

ESTADO-MAIOR CONJUNTO DAS FORÇAS ARMADAS

Escola Superior de Guerra (ESG)

Assuntos Estratégicos

- Assessoria de Planejamento (ASPLAN) - Instituto Pandiá Calógeras (IPC)

EB MB FAB

SÍNTESE DAS MISSÕES DA CAE

1. Coordenar e participar do Planejamento Estratégico de Defesa.

2. Acompanhar as conjunturas política e estratégica, relacionadas à Defesa Nacional.

3. Monitorar os Cenários Prospectivos de interesse da Defesa.

4. Coordenar e, em sua área de competência, conduzir ações da Diplomacia de Defesa, à luz dos marcos legais.

5. Orientar e supervisionar as representações da Defesa em Organismos Regionais e Internacionais, Representações Diplomáticas Brasileiras e em Órgãos Nacionais Congêneres.

5

INSTITUTO PANDIÁ

CALÓGERAS ASPLAN

ESG

ACADEMIA NO BRASIL

CENTROS / NÚCLEOS

ESTRATÉGICOS DE OUTROS

ÓRGÃOS PÚBLICOS E PRIVADOS

MRE

GSI/PR

SAE/PR CMDA JID CID

CDS CEED

ESUDE

CAE CPLP

INSTITUTOS INTERNACIONAIS

CONGÊNERES

MILITARES BRASILEIROS

NO EXTERIOR

MB

EB

FAB

RELACIONAMENTOS ( NETWORKING ) DA CAE

6

CAE Chefia de Assuntos Estratégicos

SCPE Subchefia de Política e

Estratégia

SCOA Subchefia de Organismos

Americanos

SCAI Subchefia de Assuntos

Internacionais

GABINETE

VCAE Vice-Chefia de

Assuntos Estratégicos

CHEFIA DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS

7

Representação Brasileira na JID ( RBJID )

Conselheiros Militares ( NOVA IORQUE – GENEBRA )

Adidâncias de Defesa do Brasil no Exterior

SUBCHEFIA DE POLÍTICA E ESTRATÉGIA – SCPE

SCPE Subchefia de Política e

Estratégia

SAE Seção de Avaliação

Estratégica

SPD Seção de

Política de Defesa

SED Seção de Estratégia de

Defesa

SAA Seção de Apoio Administrativo

Nu CEPED Núcleo do Centro de Estudos

Políticos e Estratégicos de Defesa

8

9

“Se você não sabe aonde vai, qualquer caminho serve.”

SUBCHEFIA DE POLÍTICA E ESTRATÉGIA – SCPE

O Futuro é, fu da e tal e te, i certo. Para algu s, a i certeza é u a justificativa para não pensar o futuro; para outros, ela é fo te de oportu idades.

TERRITÓRIO – 8.5 milhões de km² (5º país)

AMÉRICA DO SUL: 48%

Fronteiras: 15.735 km terrestres e 7.367 km marítimas.

POPULAÇÃO – 208 milhões (top 10)

AMÉRICA DO SUL: 50%

ECONOMIA - US$ 1,8 trilhões (top 10)

RESERVAS DE ÁGUA DOCE

AMÉRICA DO SUL: 48% / MUNDIAL: 12%

TERRAS AGRICULTÁVEIS: 45%

ENERGIA – RENOVÁVEL: 46%

AMPLA GAMA DE RECURSOS

4319 km

4394 km

BRASIL: UM ATOR GLOBAL ?

10

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

A BASE LEGAL DE DEFESA

A POLÍTICA NACIONAL DE DEFESA

CONSIDERAÇÕES FINAIS

11

Leis

Complementares

12

LC 97, 09/06/1999 LC 117, 02/09/2004 LC 136, 25/08/2010

http://www.eeas.europa.eu/csdp/about-csdp/european-security-strategy/

Estado-Maior Geral

ESG EMFA

1946 1949

PDN

1996 1988 2005

1ª atualização

PDN

2008

END

2016 1999

MD

2012

2ª atualização PND 1ª atualização END

LBDN

SISPED

3ª atualização PND 2ª atualização END

1ª atualização LBDN

Conceito Estratégico

Nacional

1969

Estabelece

O quê fazer

Objetivos Nacionais de

Defesa

Define

O como fazer

Diretrizes

Provê

Publicidade

confiança mútua

14

Alinhamento entre Objetivos, Estratégias e Ações Estratégicas

Objetivos

Estratégias

Ações Estratégicas

16

Política

Nacional

de Defesa

Leis

Complementares

REVISÃO QUADRIENAL TRABALHO CONJUNTO

- ASPLAN - CAE/SCPE

Lei complementar nº 136, de 25 de agosto de 2010

§3º O Poder Executivo encaminhará à apreciação do Congresso Nacional, na primeira metade da sessão legislativa ordinária, de 4 (quatro) em 4 (quatro) anos, a partir do ano de 2012, com as devidas atualizações: I- a Política de Defesa Nacional II- a Estratégia Nacional de Defesa III- o Livro Branco de Defesa Nacional

18

20

CONGRESSO NACIONAL

-CAE/SCPE -ASPLAN

- EMCFA - SG - ASCOM - ASPAR - ESG - IPC - SEPROD - SEPESD - F Sing

- SAE (CONVIDADA)

COMITÊ COORDENADOR

GT 1

- MRE

- MF

- MCTI

- MPOG

- MDIC

- MI

- MJU

- CRE

- CREDN

GT 2

CSE Comitê de Supervisão Estratégica

PLANO DE TRABALHO

- Chefes dos Estados-Maiores FA - CEMCFA - Secretário-Geral do MD - Chefe da ASPLAN

PR/ CASA CIVIL

FEV 15 Início

26 ABR 16 Minutas

JUNHO Apreciação

CSE

JULHO Apreciação

Min Def

NOV/DEZ Congresso

SETEMBRO Apreciação

PR

OUT Lideranças

Políticas Seminário

PND/END/LBDN

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

A BASE LEGAL DE DEFESA

A POLÍTICA NACIONAL DE DEFESA

CONSIDERAÇÕES FINAIS

21

A PND é o documento de mais alto nível do País em

questões de Defesa, baseado nos princípios fundamentais

constitucionais e alinhado às aspirações nacionais, que consolida os

posicionamentos do Estado brasileiro e estabelece os objetivos mais

elevados neste tema.

• Estado, Segurança e Defesa • Áreas de interesse estratégico • Objetivos Nacionais de Defesa

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II - garantir o desenvolvimento nacional;

III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

23

Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

I- independência nacional

II- prevalência dos direitos humanos

III- autodeterminação dos povos

IV- não-intervenção

V- igualdade entre os Estados

VI- defesa da paz

VII- solução pacífica dos conflitos

VIII- repúdio ao terrorismo e ao racismo

IX- cooperação entre os povos para o progresso da humanidade

X- concessão de asilo político 24

1. INTRODUÇÃO

3. CONCEPÇÃO POLÍTICA DE DEFESA

(posicionamentos políticos na área de defesa)

2. CONTEXTO

- Fundamentos

- Ambiente nacional

- Ambiente internacional

4. OBJETIVOS NACIONAIS DE DEFESA

(08 objetivos)

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

25

I – Segurança Nacional é a condição que permite ao País a preservação da soberania e da integridade territorial, a realização dos interesses nacionais, livre de pressões e ameaças de qualquer natureza, e a garantia aos cidadãos do exercício dos direitos e deveres constitucionais;

II - Defesa Nacional é o conjunto de atitudes, medidas e ações do Estado, com ênfase na expressão militar, para a defesa do território, da soberania e dos interesses nacionais contra ameaças preponderantemente externas, potenciais ou manifestas.

PERCEPÇÃO

AÇÃO

PND CONCEITOS FUNDAMENTAIS

26

SEGURANÇA x DEFESA

SEGURANÇA

DEFESA

28

PND – FUNDAMENTOS

O Brasil defende uma ordem internacional baseada em:

• Multilateralismo e cooperação

• Independência e democracia

• Proscrição de armas NBQR

• Uso pacífico da energia nuclear

• Reformulação dos organismos internacionais

• Solução pacífica das controvérsias

• Observância dos princípios e normas legais internacionais

29

III – Poder Nacional, compreendido como a capacidade que tem a Nação para alcançar e manter os Objetivos Nacionais, em conformidade com a Vontade Nacional.

Manifesta-se em cinco expressões:

política, econômica, psicossocial, militar e científico-tecnológica

PND – FUNDAMENTOS

30

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

31

PODER MILITAR - FORÇAS ARMADAS

LEI COMPLEMENTAR 97/1999

32

PODER MILITAR - FORÇAS ARMADAS

MISSÃO-SÍNTESE

Preparar e empregar o Poder Naval, a fim de contribuir para a defesa da Pátria;

para a garantia dos poderes constitucionais; e, por iniciativa de qualquer destes, da lei

e da ordem

para o cumprimento das atribuições subsidiárias previstas em lei

para o apoio à política externa

22/09/2016 CSUPE 2016 33

MISSÃO-SÍNTESE

contribuir para a garantia da soberania nacional, dos poderes constitucionais,

da lei e da ordem

salvaguardando os interesses nacionais

cooperando com o desenvolvimento nacional e o bem-estar social

22/09/2016 34

22/09/2016 35

MISSÃO-SÍNTESE

Manter a soberania do espaço aéreo nacional com vistas à defesa da

Pátria

Cooperar, subsidiariamente, com setores relacionados ao

desenvolvimento nacional e à segurança

Política Nacional de Defesa

Estratégia Nacional de Defesa

Política Militar

de Defesa

Estratégia Militar

de Defesa

Doutrina Militar

de Defesa

Estrutura Militar

de Defesa

Doutrina de Operações

Conjuntas

ARCABOÇO ORIENTADOR DAS FORÇAS ARMADAS

Política Nacional

Estratégia Nacional

1. INTRODUÇÃO

3. CONCEPÇÃO POLÍTICA DE DEFESA

(posicionamentos políticos na área de defesa)

2. CONTEXTO

- Fundamentos

- Ambiente nacional

- Ambiente internacional

4. OBJETIVOS NACIONAIS DE DEFESA

(08 objetivos)

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

37

ÁREAS DE INTERESSE ESTRATÉGICO

Carência de investimentos em CT&I

Aquisições de produtos de defesa: falta de regularidade (desestímulo à BID)

Extensão das fronteiras (terrestres e marítimas) e ambiente aeroespacial

Amazônia brasileira: bx densidade X mobilidade X potencial hidro X recursos / biodiversidade – presença do Estado...

A azô ia Azul : vital relevância para o País

população brasileira: percepção desvanecida das ameaças (caráter difuso)

PND – AMBIENTE NACIONAL

39

Crescente interdependência, mas com benefícios desiguais

Configuração internacional: assimetrias de poder

Tensões e instabilidades: nacionalismos, Estados fragmentados

Urbanização desordenada e demanda por recursos naturais

Disputas: áreas marítimas e espaciais, fontes de água/alimentos/energia

Demanda por ajuda humanitária e por operações de paz

Entorno estratégico: recursos naturais X (sem) conflitos

Incremento da cooperação entre os países sulamericanos:

confiança mútua... (e projetos de defesa ??)

PND – AMBIENTE INTERNACIONAL

40

1. INTRODUÇÃO

3. CONCEPÇÃO POLÍTICA DE DEFESA

(posicionamentos políticos na área de defesa)

2. CONTEXTO

- Fundamentos

- Ambiente nacional

- Ambiente internacional

4. OBJETIVOS NACIONAIS DE DEFESA

(08 objetivos)

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

41

A paz e a estabilidade nas relações internacionais requerem ações integradas e coordenadas nas esferas: 3 Ds

Desenvolvimento: redução de deficiências estruturais

Diplomacia: conjugação política dos interesses conflitantes de países

Defesa: dissuasão ou enfrentamento de ações hostis

PND – CONCEPÇÃO POLÍTICA DE DEFESA

42

1. INTRODUÇÃO

3. CONCEPÇÃO POLÍTICA DE DEFESA

(posicionamentos políticos na área de defesa)

2. CONTEXTO

- Fundamentos

- Ambiente nacional

- Ambiente internacional

4. OBJETIVOS NACIONAIS DE DEFESA

(08 objetivos)

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

43

I. Garantir a soberania, o patrimônio nacional e a integridade territorial

II. Assegurar a capacidade de defesa, para o cumprimento das missões constitucionais das Forças Armadas

III. Salvaguardar as pessoas, os bens, os recursos e os interesses nacionais, localizados no exterior

IV. Contribuir para a preservação da coesão e unidade nacionais

V. Contribuir para a estabilidade regional e para a paz e a segurança internacionais

VI. Contribuir para o incremento da projeção do Brasil junto às nações e sua inserção em processos decisórios internacionais

VII. Promover a autonomia produtiva e tecnológica na área de defesa

VIII. Ampliar o envolvimento da sociedade brasileira nos assuntos de Defesa Nacional

PND - OBJETIVOS NACIONAIS DE DEFESA

44

1. INTRODUÇÃO

3. CONCEPÇÃO POLÍTICA DE DEFESA

(posicionamentos políticos na área de defesa)

2. CONTEXTO

- Fundamentos

- Ambiente nacional

- Ambiente internacional

4. OBJETIVOS NACIONAIS DE DEFESA

(08 objetivos)

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

45

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

A BASE LEGAL DE DEFESA

A POLÍTICA NACIONAL DE DEFESA

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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ALGUMAS QUESTÕES... Defesa não é assunto exclusivo dos militares.

Envolvimento da sociedade e do Congresso nos assuntos de Defesa...

Segurança x Defesa → “novas ameaças” se tornaram velhos problemas... Problemas (de segurança) na fronteira brasileira... → migração, ilícitos transnacionais... Os militares e a segurança pública...

Transformações políticas em curso na América do Sul... → reordenamento?

Há espaço para uma comunidade de segurança sul-americana?

Interesse da China em investimentos ligados à infraestrutura → AS e África

Governo Trump x AS → aproximação ou esquecimento?

Diplomacia e Defesa → aproximação oportuna (Dep Ass Def Seg MRE)

Interesses nacionais... → estão bem definidos?

Grande Estratégia Brasileira... → temos uma?

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Obrigado!

Coronel Guilherme Otávio Godinho de Carvalho

Seção de Avaliação Estratégica

Subchefia de Política e Estratégia

Chefia de Assuntos Estratégicos

Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas

Ministério da Defesa do Brasil

[email protected]

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